SANTOS DO DIA DE HOJE
- 17 de Janeiro de 2010 -
• António, Santo
Janeiro 17 - Abade
António, Santo
Abade
Martirológio Romano: Memória de santo António, abade, que, havendo perdido a seus pais, distribuiu todos seus bens entre os pobres seguindo a indicação evangélica e se retirou para a solidão da Tebaida, no Egipto, onde levou uma vida ascética. Trabalhou para reforçar a acção da Igreja, sustentou aos confessores da fé durante a perseguição do imperador Diocleciano e apoiou a santo Atanásio contra os arianos, e reuniu a tantos discípulos que mereceu ser considerado pai dos monges (356).
Etimologicamente: António = florido, inestimável”. Vem da língua grega.
Data de canonização: Foi canonizado no ano 491.
António nasceu no povo de Comas, perto de Heraclea, no Alto Egipto. Se conta que em redor dos vinte anos de idade vendeu todas as suas posses, entregou o dinheiro aos pobres e se retirou a viver numa comunidade local fazendo ascética, dormindo num sepulcro vazio. Logo passou muitos anos ajudando a outros ermitãos a dirigir sua vida espiritual no deserto, mais tarde foi-se internando muito mais dentro do deserto, para viver em absoluta solidão.
De acordo com os relatos de santo Atanásio e de são Jerónimo, popularizados no livro de vidas de santos A lenda doirada que compilou o dominicano genovês Santiago de la Vorágine no século XIII, António foi reiteradamente tentado pelo demónio no deserto. A tentação de santo António se voltou em tema favorito da iconografia cristã, representado por numerosos pintores de fuste.
Sua fama de homem santo e austero atraiu a numerosos discípulos, aos que organizou num grupo de ermitãos junto a Pispir e outro em Arsínoe. Por isso, se o considera como fundador da tradição monacal cristã. Sem embargo, e pese o atractivo que seu carisma exercia, nunca optou pela vida em comunidade e retirou-se para o monte Colzim, perto do Mar Vermelho como ermitão. Abandonou seu retiro em 311 para visitar Alexandria e pregar contra o arianismo.
Jerónimo de Estridón, em sua vida de Paulo o Simples, um famoso decano dos anacoretas de Tebaida, conta que António foi a visitá-lo em sua idade madura e o dirigiu na vida monástica; o corvo que, segundo a lenda, alimentava diariamente a Paulo entregando-lhe uma fogaça de pão, deu as bem-vindas a António subministrando duas fogaças. À morte de Paulo, António o enterrou com a ajuda de dois leões e outros animais; daí seu patronato sobre os coveiros e os animais.
Se conta também que numa ocasião se lhe acercou uma javali com suas crias (que estavam cegos), em atitude de súplica. António curou a cegueira dos animais e desde então a mãe não se separou dele e o defendeu de qualquer mal que se aproximasse. Mas com o tempo e pela ideia de que o cerdo era um animal impuro se fez costume de o representar dominando a impureza e por isto lhe colocavam un cerdo domado aos pés, porque era vencedor da impureza. Além disso, na Idade Média para manter os hospitais soltavam os animais e para que a gente não se apropriasse deles, puseram-nos sob o patrocínio do famoso Santo António, pelo que corria sua fama. Na teologia o colocar os animais junto à figura de um cristão era dizer que essa pessoa havia entrado na vida bem-aventurada, isto é, no céu, posto que dominava a criação.
Relíquias e ordem monástica
Se afirma que António viveu até aos 105 anos, e que deu ordem de que seus restos repousassem à sua morte num túmulo anónimo. Sem embargo, em redor de 561 suas relíquias foram levadas a Alexandria, onde foram veneradas até redor do século XII, quando foram trasladadas para Constantinopla. A Ordem dos Cavaleiros do Hospital de Santo António, conhecidos como Hospitalários, fundada por essa altura, se pôs sob sua invocação. A iconografia o reflecte, representando com frequência a António com o hábito negro dos Hospitalários e a TAU ou a cruz egípcia que veio a ser o emblema como era conhecido.
Após a queda de Constantinopla, as relíquias de António foram levadas para a província francesa do Delfinado, a uma abadia que anos depois se fez célebre sob o nome de Saint-Antoine-en-Viennois. A devoção por este santo chegou também a terras valencianas, difundida pelo bispo de Tortosa a princípios do século XIV.
A ordem dos antonianos se há especializado desde o princípio na atenção e cuidado de enfermos com doenças contagiosas: peste, lepra, sarna, venéreas e sobretudo o ergotismo, chamado também fogo de Santo António, fogo sacro ou serpentina. Se estabeleceram em vários pontos do Caminho de Santiago, nos arrabaldes das cidades, donde atendiam aos peregrinos afectados.
O hábito da ordem é uma túnica de saial com capucho e levam sempre uma cruz em forma de TAU, como a dos templários. Durante a Idade Média além disso, tinham o costume de deixar seus cerdos soltos pelas ruas para que a gente os alimentasse. Sua carne se destinava aos hospitais ou se vendia para recolher dinheiro para a atenção dos enfermos.
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca
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