terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

16 DE FEVEREIRO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

SANTOS DO DIA DE HOJE 

TERÇA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2010

Juliana, (ou Eliana) Mártir, Santa
Fevereiro 16   -  Biografia

Juliana, (o Ileana)  Mártir, Santa

Juliana, (ou Eliana) Mártir, Santa

Fevereiro 16

Quando chegou a paz de Constantino, a matrona Sofrónia tomou as relíquias do corpo da mártir Juliana com a intenção de as levar consigo a Roma. Por uma tempestade, teve que desembarcar em Puzoli onde lhe edificou un templo que logo destruíram os lombardos. As relíquias se viram perigar e prudentemente se trasladaram para Nápoles onde repousam e se veneram com grande devoção.
Em Nicomedia tiveram lugar os factos, de mil maneiras narrados e com toda classe de matizes comentados, em torno a esta santa que fez um projecto de sua vida contraposto ao desejado por seu pai. Os narrarei seguidamente adiantando já que foi pela perseguição de Maximiano.
Juliana é filha de uma conhecida família ilustre mas com um pai pagão metido no exercício de Direito - que quando chega o momento chega a converter-se em perseguidor dos cristãos - e uma mãe agnóstica. Ela, pela situação familiar nada favorável para a vivência cristã, fez-se baptizar em segredo. Além disso ocorreu-lhe entregar-se inteiramente a Cristo e não entra o casamento em seus planos de futuro. Este é o marco. 
A dificuldade do caso começa quando Eluzo, que é um senador jovem, quer casar-se com Juliana. A coisa se põe ainda mais interessante porque, conhecendo que Eluzo bebe os ventos por sua filha, já concertou o pai o matrimónio entre o senador e a jovem, comprometendo sua honorabilidade. 
A suposta noiva o recebe amavelmente e com cortesia fazendo gala de sua esmerada educação. Mas, ao chegar o momento culminante dos detalhes matrimoniais, salta sobre o tapete uma condição ao aspirante com a intenção de desligar-se do compromisso. Não o aceitará -lhe diz- enquanto não seja juiz e prefeito da cidade. Claro que isso era como pedir a lua; mas se viu caçada em suas palavras já que em pouco tempo, graças a influências, dinheiro e valia pessoal, Eluzo se há convertido em juiz e prefeito de Nicomedia; além disso, continua insistindo em suas pretensões matrimoniais com Juliana. A donzela mantém a dignidade dando-lhe toda classe de felicitações e parabéns, ao tempo que lhe assegura não poder aceitar o matrimónio até que se dê outra condição imprescindível para cobrir o cisma que os separa: deve fazer-se cristão.
Ante tamanho disparate é o próprio Eluzo quem porá o pai ao corrente do que está passando e da «novidade» que se apresenta. «Se isso é verdade, seremos juiz e fiscal para minha filha». Juliana só sabe contestar a seu padre furioso que anseia ser a primeira dama da cidade, mas que sem ser cristão, tudo o demais o estima em nada.
«Por Apolo e Diana! Antes quero ver-te morta que cristã».
Convertida ao cristianismo, se destacou por seu entusiasmo e ardor na difusão da fé, pelo que foi encarcerada, torturada e finalmente decapitada no ano 305. Seu corpo foi trasladado a Cumas, em Itália, e posteriormente suas relíquias chegaram a Espanha, onde em sua honra os condes de Castela levantaram o célebre mosteiro de Santillana (Santa Ileana), um dos melhores monumentos da Idade Média espanhola
Na conversação tratará a seu pai com respeito e amor de filha, mas... «meu Salvador é Jesus Cristo em quem tenho posta toda minha confiança». Vêm os tormentos esperados quando as razões não são escutadas. Estanho derretido e fogo; além disso, cadeia para lhe dar tempo a pensar e levá-la a uma mudança de atitude. Finalmente, com 18 anos, se lhe corta a cabeça em 16 de Fevereiro de 308.
Alguma vez há pais «que se passam» ao forçar a seus filhos quando têm que eleger estado. Isto tem mais complicações sem razões profundas, como a fé prática, dificulta a compreensão dos motivos que distanciam. ¿Não pensaria o pai de Juliana que sem matrimónio e cristã sua filha seria desgraçada? Talvez com viva fé cristã chegasse a vislumbrar que Jesus Cristo enche mais que o dinheiro, o poder, a dignidade e a fama.

Onésimo Santo
Fevereiro 16   -  Mártir

Onésimo Santo

Onésimo Santo

Mártir
Fevereiro 16

Etimologicamente significa “ajuda, benfeitor”. Vem da língua grega.
Este escravo, morto no ano 90, o nomeia são Paulo brevemente numa de suas cartas. Se sabe que estava ao serviço de Filemón, o líder da cidade de Colossos.
Tinha uma amizade muito íntima com Paulo porque foi um de seus conversos. Gozava de uma boa reputação como pessoa amável, generosa e hospitaleira. 
O pecado de haver roubado a seu dono, o confessou e pediu perdão. Desde então nunca mais deixaria os passos de são Paulo, o apóstolo das gentes.
Voltou de novo a casa de Filemón e o aceitou como a um verdadeiro irmão, já que são Pablo o nomeou de novo na carta aos de Colossos.
Tudo o resto de sua vida é um tanto desconhecido. Sem embargo, autores da solvência e garantia como são Jerónimo, afirmam que Onésimo chegou a ser pregador da Palavra de Deus, e algo mais tarde foi consagrado bispo, possivelmente de Berea na Macedónia, e seu anterior dono foi também consagrado bispo de Colossos.
Outras fontes afirmam que Onésimo pregou em Espanha e aqui sofreu o martírio. 
O que realmente impactou a este santo foi a visita que fez a são Paulo quando estava encarcerado em Roma, nas prisões Mamertinas, no mesmo Foro romano. Hoje em dia se podem ver.
Este encontro lhe deixou com a alma tão cheia, tão feliz e tão impressionada pela atitude de Paulo prisioneiro por Cristo, que foi a origem de sua verdadeira conversão à fé de Cristo para toda sua vida.
Domiciano sentiu vontade de o conhecer, não tanto por ver seus milagres e costumes, mas para acabar com sua vida no ano 90 ou 95.
¡Felicidades a quem leve este nome!
“O agradecimento envelhece rapidamente” (Aristóteles).
Este dia também se festeja a
Santa Juliana Mártir, a São Macário e a Bernardo de Escammaca
Comentários ao P. Felipe Santos:
fsantossdb@hotmail.com

Macário, São
Fevereiro 16   -  Abade

Macario, San

Macário, São

Abade

Martirológio Romano: Comemoração de são Macário o Grande, presbítero e abade do mosteiro de Scete, em Egipto, que, considerando-se morto para o mundo, vivia só para Deus, ensinando-o assim a seus monges (c. 390).
Etimologia: Macário = Aquele que encontrou a felicidade, é de origem grega.
Este santo nasceu no Egipto no ano 300. Passou sua meninice como pastor, e na solidão do campo adquiriu o gosto pela oração e pela meditação e o silêncio.
Uma mulher atrevida lhe inventou a calúnia de que o menino que ia a ter era filho de Macário, el qual, segundo dizia ela, a havia obrigado a pecar. A gente endoidecida arrastou o pobre jovem pelas ruas. Mas ele pediu ao Senhor em sua oração que fizesse saber a todos a verdade, e sucedeu que tal mulher começou a sentir terríveis dores e não podia dar a luz, até que por fim contou a seus vizinhos quem era o verdadeiro papá do menino. Então a gente se convenceu da inocência de Macário e mudou seu antigo ódio por uma grande admiração a sua humildade e a sua paciência.
Para fugir dos perigos do mundo, Macário foi viver no deserto de Egipto, dedicando-se à oração, à meditação e à penitência, e ali esteve 60 anos e foram muitos os que se lhe foram juntando para receber dele a direcção espiritual e aprender os métodos para chegar à santidade. 
O bispo de Egipto ordenou de sacerdote a Macário para que pudesse celebrar-lhes a missa a seus numerosos discípulos. Depois foi necessário ordenar de sacerdotes a quatro de seus alunos para atender as quatro igrejas que se foram construindo ali perto onde ele vivia, para as centenas de cristãos que haviam ido a seguir seu exemplo de oração, penitência e meditação no deserto.
Macário queria cumprir aquela exigência de Jesus: "Se algum quer ser meu discípulo, tem que negar-se a si mesmo", e se dedicou a mortificar suas paixões e seus apetites. Estava convencido de que ninguém será puro e casto se não nega de vez em quando a seus sentidos algo do que estes pedem e desejam. Desejava dominar suas paixões e dirigir rectamente seus sentidos. Sentia a necessidade de vencer suas más inclinações, e notou que o melhor modo para obter isto era a mortificação e a penitência. Como sua carne lutava contra seu espírito, se propôs por meio do espírito dominar as paixões da carne. A quem lhe perguntava porquê tratava tão duramente a seu corpo, lhes respondia: "Ataco o que ataca minha alma". E se a alguns lhe pareciam demasiadas suas mortificações lhe dizia: "Se souberes as recompensas que se conseguem mortificando as paixões do corpo, nunca te pareceriam demasiadas as mortificações que se fazem para conservar a virtude".
Naqueles desertos, com 40 graus de temperatura e um vento espantosamente quente e seco, não tomava água nem nenhuma outra bebida durante o dia. Numa viagem ao vê-lo torturado pela sede, um discípulo lhe levou um vaso de água, mas o santo lhe disse:  "Prefiro acalmar a sede, descansando um pouco debaixo de uma palmeira", e não tomou nada. E a um de seus seguidores disse um dia: "Nestes últimos 20 anos jamais hei dado a meus sentidos tudo o que queriam. Sempre os hei privado de algo do que mais desejavam".
Dominava sua língua e não dizia senão palavras absolutamente necessárias. A seus discípulos lhes recomendava muito que como penitência guardassem o maior silêncio possível. E os aconselhava que na oração não empregassem tantas palavras. Que dissessem a Nosso Senhor: "Deus meu, concede-me as graças que Tu sabes que necessito". E que repetissem aquela oração do salmo: "Deus meu, vem em meu auxilio, Senhor dá-te pressa em socorrer-me".
Admirável era o modo como moderava seu génio e seu carácter, de maneira que a gente ficava muito edificada ao vê-lo sempre alegre, de bom génio e que não se impacientasse por mais que o ofendessem ou o humilhassem.
A um jovem que lhe pedia conselhos de como livrar-se da preocupação do que dirão os demais, o mandou a um cemitério e que dissesse um montão de frases duras aos mortos. Quando voltou lhe perguntou Macário: Que te responderam os mortos? Não me responderam nada, lhe disse o jovem. ¡Então agora vais e diz-lhes toda classe de elogios e louvores! O rapaz foi e fez o que o santo lhe havia mandado, e este voltou a perguntar-lhe: ¿Que te responderam os mortos? ¡Padre, nada me responderam! "Pois olha",  disse o homem de Deus: "Tu tens que ser como os mortos: nem entristecer-te porque te criticam e te insultam, nem orgulhar-te porque te louvam e te felicitam. Porque tu és somente o que és ante Deus, e nada mais nem nada menos".
A um que lhe perguntava que devia fazer para não deixar-se derrotar pelas tentações impuras lhe disse: "Trabalhe mais, coma menos, e não conceda a seus sentidos e a suas paixões o gosto ao prazer imediato. Quem não se mortifica no lícito, tampouco se mortificará no ilícito". O outro praticou estes conselhos e conservou a castidade.
Macário pediu a Deus que lhe dissesse a que grau de santidade havia chegado já, e Nosso Senhor lhe disse que todavia não havia chegado a ser como a de duas senhoras casadas que viviam na cidade mais próxima. O santo foi visitá-las e a perguntar-lhes que meios empregavam para santificar-se, e elas lhe disseram que os métodos que empregavam eram os seguintes: dominar a língua, não dizendo palavras inúteis ou danosas. Ser humildes, suportando com paciência as humilhações que recebiam e a pobreza e os ofícios simples que tinham que fazer. Ser sempre amáveis e muito pacientes, especialmente com seus maridos que eram de muito mau génio, e com os filhos rebeldes e os vizinhos ásperos e pouco caritativos. E como meio muito especial lhe disseram que se esmeravam por viver todo o dia em comunicação com Deus, oferecendo-lhe ao Senhor todo o que faziam, sofriam e diziam, tudo para maior glória de Deus e salvação das almas.
Os hereges arianos que negavam que Jesus Cristo é Deus, desterraram a Macário e seus monges a uma ilha onde a gente não cria em Deus. Mas ali o santo se dedicou a pregar e a ensinar a religião, e cedo os pagãos que habitavam naquelas terras se converteram e se fizeram cristãos.
Quando os hereges arianos foram vencidos, Macário pôde voltar a seu mosteiro do deserto. E sentindo que já ia a morrer, pois tinha 90 anos, chamou os monges para despedir-se deles. Ao ver que todos choravam, disse-lhes: "Meus bons Irmãos: choremos, choremos muito,mas choremos por nossos pecados e pelos pecados do mundo inteiro. Essas sim são lágrimas que aproveitam para a salvação".
Jesus disse: "Ditosos os que choram, porque eles serão consolados (Mt. 5). Ditosos os que choram e se afligem por seus próprios pecados. Ditosos os que choram pelas ofensas que os pecadores fazem a Deus. Choremos arrependidos nesta vida, para que não tenhamos que ir a chorar os tormentos eternos". E morreu logo muito santamente. Levava 60 anos rezando, jejuando, fazendo penitência, meditando e ensinando, no deserto.

Oração
São Macário, santo penitente:
consegue-nos de Deus a graça de fazer penitência por nossos pecados nesta vida,
para não ter que ir a pagar nos castigos da eternidade.
Ámen

¡Felicidades a quem tenha este nome! 
O Martirológio Romano na actualidade o recorda em 19 de Janeiro (*).

*) Conforme podem constatar esta biografia foi já publicada neste blogue na referida data.António Fonseca


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Bernardo de Escammaca
Fevereiro 16   -  Religioso

Religioso

Etimologicamente significa “coração de ouro”.Vem da língua alemã.
Não podemos olvidar que, para Deus, todo ser humano é sagrado, consagrado pela inocência ferida de sua infância. Com efeito, muitas vezes, é da ferida da infância de onde sacamos energias para amar, para amar até ao final de nossa existência sobre a terra.
Este jovem siciliano teve uma boa educação por parte de seus pais, ricos e endinheirados.
Mas, ao chegar a sua juventude, gastou mal o tempo em jogos e em festas. 
Num duelo resultou gravemente ferido. Este sucesso o fez assentar a cabeça. Sua longa convalescença lhe permitiu pensar muito.
Uma vez que se pôs bom, saiu de casa e foi direito aos Dominicanos para pedir que o admitissem na Ordem. 
Já como religioso, foi o oposto ao que era antes. Deixou tudo o que o atraía para dedicar-se à oração, à solidão e à contínua penitência.
Sua ferida juvenil se ia curando pouco a pouco. Quando se punha a confessar era extremamente amável com os pecadores.
Este foi seu trabalho fundamental durante sua vida, já que não tinha muitas qualidades para pregar.
Exercia um grande poder sobre os pássaros e os animais, conta uma lenda. Quando saía a passear pelo jardim, os pássaros se punham diante para lhe cantar. Quando viam que havia entrada em êxtases, deixavam de cantar.
Uma vez foi o porteiro à sua habitação para o chamar, e viu um grande resplendor na porta. Olhou e pôde ver um menino celestial que lhe sustentava o livro que lia. Foi correndo ao superior para que visse a maravilha.
Tinha o dom da profecia. O empregava para que a gente mudasse de vida. Depois de sua morte, apareceu ao superior indicando-lhe que seus restos mortais, os levassem à capela do Rosário.
Na sua mudança, curou a um paralítico que tocou em suas relíquias. Nasceu em Catânia e morreu em 1486.
¡Felicidades a quem leve este nome!

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

15 DE FEVEREIRO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

SANTOS DO DIA DE HOJE 

SEGUNDA-FEIRA, 15 DE FEVEREIRO DE 2010

 

Faustino e Jovita, Mártires
Fevereiro 15   -  Diácono e Presbítero

Faustino y Jovita, Mártires

Faustino e Jovita, Mártires

Diácono e Presbítero

Nascidos em Brescia (Lombardia). São dois irmãos varões ainda que o nome do segundo nos induza a confusão. Foram baptizados desde pequenos e sempre estiveram unidos por laços ainda mais fortes que os de sangue.
Apolónio, bispo de Brescia, os chamou ao sacerdócio; a Faustino o fez presbítero e a Jovita, mais jovem, diácono. Com a consagração se aumenta o fervor dos irmãos. Sentem agora mais profundamente a responsabilidade de ser fieis para não defraudar aos que tem chegado sua fama de propagadores da doutrina de Cristo. Até os fez populares sua bondade; a gente os busca para ouvi-los falar do Senhor; inclusive os pagãos querem escutar as doutrinas que lhes são estranhas, mas que tem tanto que ver com a verdade. Já começam alguns a destroçar seus próprios ídolos.
Marchavam bem as coisas até que se acendeu o fogo da perseguição. 
O cacique aproveita a conjuntura de que o imperador Adriano se lhes aproxima ao passar por Ligúria. Os acusa ante as autoridades romanas de querer destroçar o Império pela ofensa que infere aos deuses que são seu fundamento. O imperador toma cartas no assunto porque o que lhe chegou é que Faustino e Jovita são uns impostores; que enganam com magia, são poderosos nas palavras e adoram a um judeu que morreu crucificado chamado Jesus Cristo. Que lavaram o cérebro a muita gente honrada; os templos estão desertos e os deuses abandonados ¡Há que salvar o Império!
Era coisa tão simples oferecer uns grãos de incenso no templo do deus Sol... mas não houve maneira de os convencer a fazê-lo. Isso é claramente apostasia. Morrem com a cabeça cortada no caminho de Cremona, no ano 122. 
O bom sentido dos cristãos adornou logo a magnífica figura de seus exemplares heróis mártires com narração apócrifa que preenche os vazios da escura e seca história. Dizem esses relatos que ainda fizeram muito maior bem do que se desprende da entrega de suas vidas. É ingénuo, mas comovedor o acrescento posterior. Se entretém, podemos seguir lendo.
Foram presos e postos à disposição do imperador. Ante a mantida negativa a sacrificar, resultou que a estátua idolátrica do deus Sol se tingiu de negro e, quando os servidores do templo pagão se dispuseram a limpá-la, se desfez num monte de pó. Depois os deitaram às feras, mas os quatro leões do circo se mostraram mansos e deitados a seus pés; o mesmo se passou com os ursos e leopardos. Ainda que na realidade não eram tão mansos porque o delator -que desceu furioso à arena para excitar as feras- foi devorado por eles. A gente que presenciava o espectáculo fugiu espavorida a suas casas deixando as portas abertas e Faustino e Jovita mandaram os bichos para o campo. 
O imperador, continua o fabuloso relato, também se assustou; mas quis tirar partido dos dois irmãos. Ocorreu-lhe a ideia de utilizá-los em seu proveito fazendo que percorressem as cidades de Itália para divertir com sua magia à gente no circo. Milão, primeiro; Nápoles, logo. Em todas partes os prodígios se repetiram e foi providencial a marcha para que muitos e em todas as partes conhecessem ao Ressuscitado entre os tormentos e os prodígios que se contemplam no corpo dos santos: chumbo derretido, ossos partidos, tormento de fogo aplicado nas costas. Seu carcereiro, Calocero, se converteu e também morreu mártir. Finalmente cortaram-lhes a cabeça.
¿Não é verdade que o acrescentado não inventa o santo? Só o honra.

• Cláudio da Colombiére, São
Fevereiro 15   - Confessor

Claudio de la Colombiére, San

Cláudio de la Colombiére, São

Fevereiro 15
Confessor

Etimologicamente significa “coxo, tolhido”. Vem da língua latina. 
Faz menos de um ano teve a ocasião – já por segunda vez – de visitar Paray-le Monial, a sede onde nasceu a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Realmente é uma visita maravilhosa pelo encanto da cidade, pela igreja românica, uma imagem em miniatura do que foi a de Cluny. Mas o peregrino que se acerca ali, chegado dos mais diversos lugares, vai buscando algo mais que o simplesmente artístico.
Além de visitar os lugares das aparições do Sagrado Coração a Santa Margarita Maria, também há tempo para ver a belíssima igreja de são Cláudio.
Quando tinha 17 anos, pediu entrar na Companhia de Jesus para sentir-se feliz cumprindo com seu dever e lograr a perfeição que tanto ansiava.
Apenas o ordenaram de sacerdote, o enviaram ao colégio próximo e lhe dão o cargo de confessor das monjas da Visitação. Tinha então 34 anos. 
A superiora do convento tinha problemas com a irmã Margarita porque era demasiado tímida e porque, além disso, lhe dizia que havia recebido confidencias do Sagrado Coração de Jesus.
Então a confiou a Cláudio. Ambos se entenderam à perfeição e em seguida.
Ao contacto com esta jovem, o padre jesuíta sentiu igualmente a ânsia de se fazer santo como sua dirigida espiritual.
Se converteu no meio pelo qual se difundisse em todo o mundo a devoção que tanto amava Margarita.
Por questões de obediência, o destinaram dois anos a York, Inglaterra, como pregador da duquesa. Voltou com a tuberculose. Margarita lhe disse:"Nosso Senhor me disse que ele queria o sacrifício de tua vida nesse país".
Morreu aos 41 anos. Seus escritos manifestam uma bela harmonia entre a espiritualidade de santo Ignácio e a de são Francisco de Sales.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Sigfrido, São
Fevereiro 15   -  Biografia

Sigfrido, San

Sigfrido, São

Fevereiro 15

Etimologicamente significa “ vitorioso”. Vem da língua alemã.
Este santo, nascido em Inglaterra e morto na Suécia em 1045, é o padroeiro dos suecos/as. O motivo de que sendo inglês vivesse na Suécia, se deve a uma chamada que lhe fez o rei Olaf de Noruega que se havia convertido ao cristianismo.
Sua vida cristã se viu cheia quando o ordenaram de sacerdote em York ou Glastonbury. Apenas teve a ordem sagrada, o rei Etelred o enviou como missionário à Noruega com dois bispos.
Depois de converter a muitos pagãos, Sigfrido seguiu para a Suécia em 1008. Já antes, outro santo havia deixado as sementes da fé no ano 830, ainda que o país tenha voltado a recair de novo no paganismo.
Sigfrido construiu uma capela de madeira ao sul de Suécia e trabalhou com êxito em várias cidades. Com a ajuda de Deus converteu aos doze homens mais importantes, e outros muitos seguiram seu exemplo.
A outros, entre os que há que incluir ao rei Olaf de Suécia, lhes chamou muito a atenção dos ornamentos e vasos empregados durante a celebração da Missa, a escuta da pregação e a dignidade nas cerimónias de adoração cristã. 
Mas foi sobretudo o exemplo do bispo e de seus missionários o que lhes atraiu verdadeiramente ao mundo impressionante de Deus. 
Calhou a Sigfrido a honra de poder ordenar a dois bispos nativos para missionar outros lugares.
Também estendeu seu trabalho pastoral a Dinamarca. Aqui, sem embargo, encontrou as dificuldades próprias dos feiticeiros ou idólatras rebeldes. Deram morte a três de seus sacerdotes , e Sigfrido lhes deu sepultura. 
Disse aos idólatras:"Isto será vingado na terceira geração". E assim sucedeu.
Sua festa se celebra tanto na Suécia como na Dinamarca. O fez santo o Papa Adriano IV.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Ângelo de Sansepolcro, Beato
Fevereiro 15   -  Presbítero e Ermitão

Ángelo de Sansepolcro, Beato

Ângelo de Sansepolcro, Beato

Martirológio Romano: Em Borgo, San Sepolcro, na Umbría, beato Ángel Scarpetti, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho (1306).
Etimologia: Ângelo = mensageiro. Vem da língua grega.
 
O Beato Ângelo de Sansepolcro, irmão da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, nasceu em Sansepolcro na primeira metade do século XIII. Uma antiga tradição local diz que pertencia à família Scarpetti. Entrou no convento dos Eremitas de Juan Bono em redor de 1254. Em 1256 o convento passou à nova Ordem dos irmãos Eremitas de Santo Agostinho. Dele se recordam alguns episódios milagrosos ocorridos durante sua vida, como o da ressurreição de um inocente condenado a morte. É provável, ainda que não certa, sua participação na missão para estender a Ordem a Inglaterra. Os escritores agostinhos de fins do século XVI, destacam suas principais virtudes: profunda humildade, caridade e pureza tanto de corpo como de espírito, através das quais conquistou entre os que o rodeavam fama de santo. 
Morreu em Sansepolcro em 1306. Em 1310, perto da igreja agostinha da cidade, surgiu uma confraria dedicada à Virgem Maria e ao ‘glorioso irmão Ângelo’, a que se lhe outorgaram privilégios os priores provinciais e gerais da Ordem. Enquanto aos irmãos, em 1555 deixaram a primeira igreja para mudar-se para a actual, levando com eles o corpo do irmão Ângelo, fixando em 29 de Setembro para a celebração da festa da trasladação de seu corpo. Esta festa foi suprimida em 1855. Em 1740 o corpo foi submetido a reconhecimento canónico pelo bispo de Sansepolcro monsenhor Raimundo Pecchioli. Em 1905 se iniciou o processo sobre o culto prestado a este servo de Deus, que conclui com a aprovação do mesmo em 1922.
Actualmente seu corpo se conserva numa talha em madeira doirada e decorada com cenas da vida do beato, sob o altar mor da igreja de Santo Agostinho em Sansepolcro. O beato foi representado no século XIV um fresco, que, proveniente da antiga igreja Agostinha, agora está exposto no Museu Cívico de Sansepolcro. 
A última manifestação solene do culto tributado ao beato foi em Outubro de 1987 quando a urna contendo o corpo foi transportada processionalmente pelas ruas circundantes da igreja de Santo Agostinho.

Miguel Sopocko, Beato
Fevereiro 15   -  Presbítero e Fundador

Miguel Sopocko, Beato

Miguel Sopocko, Beato

Director espiritual de
Santa Faustina Kowalska


Miguel Sopocko nasceu em 1 de Novembro de 1888 em Nowosady (Juszewszczyzna), então naquela altura fazendo parte da Rússia Imperial. A autoridade czarista perseguia a  Igreja Católica, e também aos polacos e lituanos dentro de seus territórios. Na família Sopocko, que era de nobre linhagem, as tradições polacas e católicas se conservam e fortaleciam. 
O jovem Miguel amadureceu nessa atmosfera religiosa e patriótica, sentia um forte desejo de serviço incondicional a Deus, à Igreja e à humanidade, por isso ingressou no Seminário Maior de Vilna. Em 15 de Junho de 1914, foi ordenado ao sacerdócio pelo Bispo Franciszek Karewicz.
Por quatro anos (1914-1918) laborou como vigário paroquial em Taboryszki, onde abriu duas missões em Miedniki e Onżadw, assim como diversas escolas.
Informado por alguém de que as autoridades alemãs da zona o buscavam para o prender, ele deixou a paróquia e mudou-se para Varsóvia. Ali assumiu o cargo de capelão do exército polaco. Enquanto se dedicava a seu ministério como capelão, ingressou a estudar na Faculdade de Teologia da Universidade de Varsóvia em que obteve um doutorado. Ao mesmo tempo, se graduou no Instituto Pedagógico Nacional. Em 1924, se converteu num dos coordenadores regionais dos capelães militares, com sede em Vilna.
Em 1927, o arcebispo Romuald Jalbrzykowski lhe encomendou a responsabilidade de ser o Director Espiritual do Seminário Mayor. Durante este mesmo período foi professor na Faculdade de Teologia na universidade Stefan Batory, também em Vilna. Finalmente pediu ao Arcebispo para o pôr em liberdade de sua pastoral castrense e do seminário. Seu desejo era dedicar-se totalmente aos estudos teológicos. Em 1934, recebeu o título de “docente” em teologia pastoral. Enquanto ensinava, nunca esqueceu a importância do serviço pastoral.
Foi reitor da Igreja de São Miguel e também serviu como confessor de Irmãs da Congregação de Maria Mãe da Misericórdia..
Um dos acontecimentos mais importantes na vida de Frei Sopocko se produziu em 1933, quando se converteu em director espiritual de Soror (agora Santa) Faustina Kowalska. Ele seguiu prestando assistência à Santa depois de que foi transferida a Łagiewniki, onde ela morreu em 5 de Outubro de 1938.
Como seu confessor, ele empreendeu uma avaliação completa das experiências místicas de Soror Faustina sobre a devoção à Divina Misericórdia. Seguindo um conselho dado por ele, ela escreveu seu "Diário”, material que até ao momento segue sendo de valiosa inspiração espiritual.
Soror Faustina, apoiando-se nas revelações del Salvador que experimentava ainda antes de chegar a 
Vilna, lhe falava o padre Sopocko das indicações que recebia durante essas revelações. Se tratava de pintar o quadro do Salvador Misericordioso, estabelecer  a Festa da Divina Misericórdia para o primeiro domingo depois da Páscoa e fundar uma nova Congregação Conventual. A Divina Providência confiou a realização destas tarefas ao
padre Sopocko.
Apoiado na doutrina da igreja, buscava os argumentos teológicos que explicaram a existência da qualidade da misericórdia em Deus e os fundamentos para fixar como festa o dia mencionado nas revelações. Os resultados de suas investigações e os argumentos para introduzir o dia no calendário festivo da igreja, os apresentou em vários artigos nas revistas teológicas e em vários trabalhos autónomos acerca do tema da Divina Misericórdia.
Em Junho de 1936 em Vilna, publicou o primeiro folheto titulado “Divina Misericórdia” com a imagem de Jesus Cristo Misericordioso na portada (criado pelo artista Eugeniusz Kazimirowski). Enviou essa publicação a todos os bispos reunidos na conferência do Episcopado em Czestochowa. Sem embargo, não recebeu nem uma resposta de algum deles. O segundo folheto titulado “Divina Misericórdia na liturgia” se publicou em 1937 em Poznan.
Em 1938, ele estabeleceu um comité para construir a Igreja de Divina Misericórdia em Vilna. Sem embargo, este esforço teve que ser detido ao iniciar-se a Segunda Guerra Mundial. Mas apesar da guerra e da ocupação alemã, Frei Sopocko persistiu em seus esforços para promover a devoção à Divina Misericórdia. Cheio de zelo, ajudou constantemente a aqueles que foram oprimidos e ameaçados com o extermínio, por exemplo, a numerosa população judia. Afortunadamente, ele conseguiu evitar ser preso.
Em 1942, junto com os professores e estudantes do seminário, foi obrigado a ocultar-se perto de Vilna. Permaneceria oculto por dois anos, foi nesse tempo que Frei Sopocko teve um rol importante na criação de uma nova Congregação Religiosa. Segundo as revelações de Soror Faustina, esta Congregação teria como fim promover a devoção à Divina Misericórdia. Depois da Guerra, ele escreveu a Constituição da Congregação, e trabalhou activamente no crescimento e desenvolvimento do que nós conhecemos como a Congregação das Irmãs da Divina Misericórdia.
Em 1947, Arcebispo Jalbrzykowski, que desde dois anos antes estava em Bialystok com sua Cúria diocesana, buscou que Frei Sopocko se  mudasse para essa cidade. Ele aceitou uma posição como professor no Seminário Maior Arquidiocesano. Ali ensinou pedagogia, caterética, homilética, teologia pastoral, e espiritualidade. Adicionalmente, continuou impulsionando o apostolado da Divina Misericórdia. Também fez sérios esforços para obter a aprovação oficial para a devoção à Divina Misericórdia das autoridades da Igreja. Frei Sopocko trabalhou incansavelmente nos fundamentos bíblicos, teológicos e pastorais para explicar a verdade doutrinal acerca da devoção de Divina Misericórdia. Suas publicações se traduziram a numerosos idiomas, entre eles: latim, inglês, francês, italiano, e português.
Frei Miguel Sopocko morreu em 15 de Fevereiro de 1975, em seu apartamento na Calle Poleska. Aclamado popularmente para sua santidade foi enterrado no cemitério da paróquia em Bialystok. Logo depois de iniciado o processo para sua Beatificação, seu corpo se trasladou para a Igreja da Divina Misericórdia em 30 de Novembro de 1988.
Foi beatificado em 28 de Setembro de 2008 no Santuário da Divina Misericórdia em Bialystok, sob o pontificado de S. S. Bento XVI.

Reproduzido com autorização de
Vatican.va

traduzido por Xavier Villalta

http://es.cathoilic.net/santoral

 

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

Encontro Ibérico de Taizé no PORTO

 

Jovens cristãos dão colorido diferente ao Porto

23 países representado no Encontro promovido pela Comunidade de Taizé

 

 

 

Taizé: beleza, jogo, religião

Director do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil

 

Começou este Sábado na Invicta o Encontro Ibérico de Taizé. Organizado conjuntamente pela Comunidade de Taizé e pelos Secretariados Diocesanos de Pastoral Juvenil e Universitária do Porto, integrado, aliás, no projecto Missão 2010.

Esta comunidade fundada pelo Irmão Roger, na sua vocação ecuménica, tem criado pontes entre países, igrejas, culturas e mesmo religiões diversas através do seu carisma contemplativo de simplicidade, oração e beleza. Por isso digo que quem vai a Taizé ou participa num Encontro por ela promovido realiza uma experiência estética, lúdica e religiosa.

Experiência estética porque em Taizé tudo é simples e, por isso, tudo é belo. Simplicidade está aqui nas antípodas de banalidade. A beleza é uma porta para a humanização e disso precisa urgentemente a nossa sociedade dita pós-moderna mas, porventura, bastante mais embrutecida e superficial do que qualquer outra porque ruidosa e grotesca. Sobra dizer que a via pulchritudinis foi a privilegiada dos místicos de todos os tempos e lugares.

Trata-se também de uma experiência lúdica no sentido mais rico do termo. Lembremos «a Liturgia como Jogo» de R. Guardini, no seu celebérrimo «Espírito da Liturgia». Ele equipara a liturgia a um jogo porque este quando autêntico é gratuito, desinteressado, cria laços fraternos, obriga a entrar na lógica das regras partilhadas e construídas em conjunto, tornando os homens iguais e simples como crianças. E, sobretudo, o jogo leva ao sorriso: a mais bela assinatura de Deus no corpo humano.

Finalmente, Taizé propicia uma experiência religiosa. Abre ao silêncio, convida a sentar-se, afina o ouvido para a escuta e a voz para o canto. Alguns dirão que é uma experiência um pouco nebulosa, que não cria raízes porque é muito intensa mas fugaz. É aqui que entra a responsabilidade dos agentes de evangelização, mormente os da pastoral juvenil, em dar continuidade a esta que é uma experiência liminar, em quantos porventura não conhecem ou se afastaram mesmo da fé, e em ordem a um encontro profundo e contínuo com o Senhor Jesus. Compete aos cristãos fazer deste que é um ensaio religioso um ensaio do essencial cristão para quantos nele participam.

O Irmão Alois pergunta no texto de convite: Como purificar em nós a fonte de esperança e de alegria? E o Bispo do Porto, Dom Manuel Clemente, insinua a resposta: A Páscoa do Senhor é a Páscoa da verdadeira alegria.

Surrexit Dominus vere! Bom encontro!

P. Pablo Lima, Director do DNPJ

Fotos

Dossier | Pablo Lima | 2010-02-14 | 14:50:08 | 3082 Caracteres | Taizé

http://ecclesia.pt

Recolha e transcrição do boletim Agência Ecclesia por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...