Jovens cristãos dão colorido diferente ao Porto
23 países representado no Encontro promovido pela Comunidade de Taizé
Taizé: beleza, jogo, religião
Director do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil
Começou este Sábado na Invicta o Encontro Ibérico de Taizé. Organizado conjuntamente pela Comunidade de Taizé e pelos Secretariados Diocesanos de Pastoral Juvenil e Universitária do Porto, integrado, aliás, no projecto Missão 2010.
Esta comunidade fundada pelo Irmão Roger, na sua vocação ecuménica, tem criado pontes entre países, igrejas, culturas e mesmo religiões diversas através do seu carisma contemplativo de simplicidade, oração e beleza. Por isso digo que quem vai a Taizé ou participa num Encontro por ela promovido realiza uma experiência estética, lúdica e religiosa.
Experiência estética porque em Taizé tudo é simples e, por isso, tudo é belo. Simplicidade está aqui nas antípodas de banalidade. A beleza é uma porta para a humanização e disso precisa urgentemente a nossa sociedade dita pós-moderna mas, porventura, bastante mais embrutecida e superficial do que qualquer outra porque ruidosa e grotesca. Sobra dizer que a via pulchritudinis foi a privilegiada dos místicos de todos os tempos e lugares.
Trata-se também de uma experiência lúdica no sentido mais rico do termo. Lembremos «a Liturgia como Jogo» de R. Guardini, no seu celebérrimo «Espírito da Liturgia». Ele equipara a liturgia a um jogo porque este quando autêntico é gratuito, desinteressado, cria laços fraternos, obriga a entrar na lógica das regras partilhadas e construídas em conjunto, tornando os homens iguais e simples como crianças. E, sobretudo, o jogo leva ao sorriso: a mais bela assinatura de Deus no corpo humano.
Finalmente, Taizé propicia uma experiência religiosa. Abre ao silêncio, convida a sentar-se, afina o ouvido para a escuta e a voz para o canto. Alguns dirão que é uma experiência um pouco nebulosa, que não cria raízes porque é muito intensa mas fugaz. É aqui que entra a responsabilidade dos agentes de evangelização, mormente os da pastoral juvenil, em dar continuidade a esta que é uma experiência liminar, em quantos porventura não conhecem ou se afastaram mesmo da fé, e em ordem a um encontro profundo e contínuo com o Senhor Jesus. Compete aos cristãos fazer deste que é um ensaio religioso um ensaio do essencial cristão para quantos nele participam.
O Irmão Alois pergunta no texto de convite: Como purificar em nós a fonte de esperança e de alegria? E o Bispo do Porto, Dom Manuel Clemente, insinua a resposta: A Páscoa do Senhor é a Páscoa da verdadeira alegria.
Surrexit Dominus vere! Bom encontro!
P. Pablo Lima, Director do DNPJ
Dossier | Pablo Lima | 2010-02-14 | 14:50:08 | 3082 Caracteres | Taizé
Recolha e transcrição do boletim Agência Ecclesia por António Fonseca
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