SANTOS DO DIA DE HOJE
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE FEVEREIRO DE 2010
• Faustino e Jovita, Mártires
Fevereiro 15 - Diácono e Presbítero
Faustino e Jovita, Mártires
Diácono e Presbítero
Nascidos em Brescia (Lombardia). São dois irmãos varões ainda que o nome do segundo nos induza a confusão. Foram baptizados desde pequenos e sempre estiveram unidos por laços ainda mais fortes que os de sangue.
Apolónio, bispo de Brescia, os chamou ao sacerdócio; a Faustino o fez presbítero e a Jovita, mais jovem, diácono. Com a consagração se aumenta o fervor dos irmãos. Sentem agora mais profundamente a responsabilidade de ser fieis para não defraudar aos que tem chegado sua fama de propagadores da doutrina de Cristo. Até os fez populares sua bondade; a gente os busca para ouvi-los falar do Senhor; inclusive os pagãos querem escutar as doutrinas que lhes são estranhas, mas que tem tanto que ver com a verdade. Já começam alguns a destroçar seus próprios ídolos.
Marchavam bem as coisas até que se acendeu o fogo da perseguição.
O cacique aproveita a conjuntura de que o imperador Adriano se lhes aproxima ao passar por Ligúria. Os acusa ante as autoridades romanas de querer destroçar o Império pela ofensa que infere aos deuses que são seu fundamento. O imperador toma cartas no assunto porque o que lhe chegou é que Faustino e Jovita são uns impostores; que enganam com magia, são poderosos nas palavras e adoram a um judeu que morreu crucificado chamado Jesus Cristo. Que lavaram o cérebro a muita gente honrada; os templos estão desertos e os deuses abandonados ¡Há que salvar o Império!
Era coisa tão simples oferecer uns grãos de incenso no templo do deus Sol... mas não houve maneira de os convencer a fazê-lo. Isso é claramente apostasia. Morrem com a cabeça cortada no caminho de Cremona, no ano 122.
O bom sentido dos cristãos adornou logo a magnífica figura de seus exemplares heróis mártires com narração apócrifa que preenche os vazios da escura e seca história. Dizem esses relatos que ainda fizeram muito maior bem do que se desprende da entrega de suas vidas. É ingénuo, mas comovedor o acrescento posterior. Se entretém, podemos seguir lendo.
Foram presos e postos à disposição do imperador. Ante a mantida negativa a sacrificar, resultou que a estátua idolátrica do deus Sol se tingiu de negro e, quando os servidores do templo pagão se dispuseram a limpá-la, se desfez num monte de pó. Depois os deitaram às feras, mas os quatro leões do circo se mostraram mansos e deitados a seus pés; o mesmo se passou com os ursos e leopardos. Ainda que na realidade não eram tão mansos porque o delator -que desceu furioso à arena para excitar as feras- foi devorado por eles. A gente que presenciava o espectáculo fugiu espavorida a suas casas deixando as portas abertas e Faustino e Jovita mandaram os bichos para o campo.
O imperador, continua o fabuloso relato, também se assustou; mas quis tirar partido dos dois irmãos. Ocorreu-lhe a ideia de utilizá-los em seu proveito fazendo que percorressem as cidades de Itália para divertir com sua magia à gente no circo. Milão, primeiro; Nápoles, logo. Em todas partes os prodígios se repetiram e foi providencial a marcha para que muitos e em todas as partes conhecessem ao Ressuscitado entre os tormentos e os prodígios que se contemplam no corpo dos santos: chumbo derretido, ossos partidos, tormento de fogo aplicado nas costas. Seu carcereiro, Calocero, se converteu e também morreu mártir. Finalmente cortaram-lhes a cabeça.
¿Não é verdade que o acrescentado não inventa o santo? Só o honra.
• Cláudio da Colombiére, São
Fevereiro 15 - Confessor
Cláudio de la Colombiére, São
Fevereiro 15
Confessor
Etimologicamente significa “coxo, tolhido”. Vem da língua latina.
Faz menos de um ano teve a ocasião – já por segunda vez – de visitar Paray-le Monial, a sede onde nasceu a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Realmente é uma visita maravilhosa pelo encanto da cidade, pela igreja românica, uma imagem em miniatura do que foi a de Cluny. Mas o peregrino que se acerca ali, chegado dos mais diversos lugares, vai buscando algo mais que o simplesmente artístico.
Além de visitar os lugares das aparições do Sagrado Coração a Santa Margarita Maria, também há tempo para ver a belíssima igreja de são Cláudio.
Quando tinha 17 anos, pediu entrar na Companhia de Jesus para sentir-se feliz cumprindo com seu dever e lograr a perfeição que tanto ansiava.
Apenas o ordenaram de sacerdote, o enviaram ao colégio próximo e lhe dão o cargo de confessor das monjas da Visitação. Tinha então 34 anos.
A superiora do convento tinha problemas com a irmã Margarita porque era demasiado tímida e porque, além disso, lhe dizia que havia recebido confidencias do Sagrado Coração de Jesus.
Então a confiou a Cláudio. Ambos se entenderam à perfeição e em seguida.
Ao contacto com esta jovem, o padre jesuíta sentiu igualmente a ânsia de se fazer santo como sua dirigida espiritual.
Se converteu no meio pelo qual se difundisse em todo o mundo a devoção que tanto amava Margarita.
Por questões de obediência, o destinaram dois anos a York, Inglaterra, como pregador da duquesa. Voltou com a tuberculose. Margarita lhe disse:"Nosso Senhor me disse que ele queria o sacrifício de tua vida nesse país".
Morreu aos 41 anos. Seus escritos manifestam uma bela harmonia entre a espiritualidade de santo Ignácio e a de são Francisco de Sales.
¡Felicidades a quem leve este nome!
• Sigfrido, São
Fevereiro 15 - Biografia
Sigfrido, São
Fevereiro 15
Etimologicamente significa “ vitorioso”. Vem da língua alemã.
Este santo, nascido em Inglaterra e morto na Suécia em 1045, é o padroeiro dos suecos/as. O motivo de que sendo inglês vivesse na Suécia, se deve a uma chamada que lhe fez o rei Olaf de Noruega que se havia convertido ao cristianismo.
Sua vida cristã se viu cheia quando o ordenaram de sacerdote em York ou Glastonbury. Apenas teve a ordem sagrada, o rei Etelred o enviou como missionário à Noruega com dois bispos.
Depois de converter a muitos pagãos, Sigfrido seguiu para a Suécia em 1008. Já antes, outro santo havia deixado as sementes da fé no ano 830, ainda que o país tenha voltado a recair de novo no paganismo.
Sigfrido construiu uma capela de madeira ao sul de Suécia e trabalhou com êxito em várias cidades. Com a ajuda de Deus converteu aos doze homens mais importantes, e outros muitos seguiram seu exemplo.
A outros, entre os que há que incluir ao rei Olaf de Suécia, lhes chamou muito a atenção dos ornamentos e vasos empregados durante a celebração da Missa, a escuta da pregação e a dignidade nas cerimónias de adoração cristã.
Mas foi sobretudo o exemplo do bispo e de seus missionários o que lhes atraiu verdadeiramente ao mundo impressionante de Deus.
Calhou a Sigfrido a honra de poder ordenar a dois bispos nativos para missionar outros lugares.
Também estendeu seu trabalho pastoral a Dinamarca. Aqui, sem embargo, encontrou as dificuldades próprias dos feiticeiros ou idólatras rebeldes. Deram morte a três de seus sacerdotes , e Sigfrido lhes deu sepultura.
Disse aos idólatras:"Isto será vingado na terceira geração". E assim sucedeu.
Sua festa se celebra tanto na Suécia como na Dinamarca. O fez santo o Papa Adriano IV.
¡Felicidades a quem leve este nome!
• Ângelo de Sansepolcro, Beato
Fevereiro 15 - Presbítero e Ermitão
Ângelo de Sansepolcro, Beato
Martirológio Romano: Em Borgo, San Sepolcro, na Umbría, beato Ángel Scarpetti, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho (1306).
Etimologia: Ângelo = mensageiro. Vem da língua grega.
O Beato Ângelo de Sansepolcro, irmão da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, nasceu em Sansepolcro na primeira metade do século XIII. Uma antiga tradição local diz que pertencia à família Scarpetti. Entrou no convento dos Eremitas de Juan Bono em redor de 1254. Em 1256 o convento passou à nova Ordem dos irmãos Eremitas de Santo Agostinho. Dele se recordam alguns episódios milagrosos ocorridos durante sua vida, como o da ressurreição de um inocente condenado a morte. É provável, ainda que não certa, sua participação na missão para estender a Ordem a Inglaterra. Os escritores agostinhos de fins do século XVI, destacam suas principais virtudes: profunda humildade, caridade e pureza tanto de corpo como de espírito, através das quais conquistou entre os que o rodeavam fama de santo.
Morreu em Sansepolcro em 1306. Em 1310, perto da igreja agostinha da cidade, surgiu uma confraria dedicada à Virgem Maria e ao ‘glorioso irmão Ângelo’, a que se lhe outorgaram privilégios os priores provinciais e gerais da Ordem. Enquanto aos irmãos, em 1555 deixaram a primeira igreja para mudar-se para a actual, levando com eles o corpo do irmão Ângelo, fixando em 29 de Setembro para a celebração da festa da trasladação de seu corpo. Esta festa foi suprimida em 1855. Em 1740 o corpo foi submetido a reconhecimento canónico pelo bispo de Sansepolcro monsenhor Raimundo Pecchioli. Em 1905 se iniciou o processo sobre o culto prestado a este servo de Deus, que conclui com a aprovação do mesmo em 1922.
Actualmente seu corpo se conserva numa talha em madeira doirada e decorada com cenas da vida do beato, sob o altar mor da igreja de Santo Agostinho em Sansepolcro. O beato foi representado no século XIV um fresco, que, proveniente da antiga igreja Agostinha, agora está exposto no Museu Cívico de Sansepolcro.
A última manifestação solene do culto tributado ao beato foi em Outubro de 1987 quando a urna contendo o corpo foi transportada processionalmente pelas ruas circundantes da igreja de Santo Agostinho.
• Miguel Sopocko, Beato
Fevereiro 15 - Presbítero e Fundador
Miguel Sopocko, Beato
Director espiritual de
Santa Faustina Kowalska
Miguel Sopocko nasceu em 1 de Novembro de 1888 em Nowosady (Juszewszczyzna), então naquela altura fazendo parte da Rússia Imperial. A autoridade czarista perseguia a Igreja Católica, e também aos polacos e lituanos dentro de seus territórios. Na família Sopocko, que era de nobre linhagem, as tradições polacas e católicas se conservam e fortaleciam.
O jovem Miguel amadureceu nessa atmosfera religiosa e patriótica, sentia um forte desejo de serviço incondicional a Deus, à Igreja e à humanidade, por isso ingressou no Seminário Maior de Vilna. Em 15 de Junho de 1914, foi ordenado ao sacerdócio pelo Bispo Franciszek Karewicz.
Por quatro anos (1914-1918) laborou como vigário paroquial em Taboryszki, onde abriu duas missões em Miedniki e Onżadw, assim como diversas escolas.
Informado por alguém de que as autoridades alemãs da zona o buscavam para o prender, ele deixou a paróquia e mudou-se para Varsóvia. Ali assumiu o cargo de capelão do exército polaco. Enquanto se dedicava a seu ministério como capelão, ingressou a estudar na Faculdade de Teologia da Universidade de Varsóvia em que obteve um doutorado. Ao mesmo tempo, se graduou no Instituto Pedagógico Nacional. Em 1924, se converteu num dos coordenadores regionais dos capelães militares, com sede em Vilna.
Em 1927, o arcebispo Romuald Jalbrzykowski lhe encomendou a responsabilidade de ser o Director Espiritual do Seminário Mayor. Durante este mesmo período foi professor na Faculdade de Teologia na universidade Stefan Batory, também em Vilna. Finalmente pediu ao Arcebispo para o pôr em liberdade de sua pastoral castrense e do seminário. Seu desejo era dedicar-se totalmente aos estudos teológicos. Em 1934, recebeu o título de “docente” em teologia pastoral. Enquanto ensinava, nunca esqueceu a importância do serviço pastoral.
Foi reitor da Igreja de São Miguel e também serviu como confessor de Irmãs da Congregação de Maria Mãe da Misericórdia..
Um dos acontecimentos mais importantes na vida de Frei Sopocko se produziu em 1933, quando se converteu em director espiritual de Soror (agora Santa) Faustina Kowalska. Ele seguiu prestando assistência à Santa depois de que foi transferida a Łagiewniki, onde ela morreu em 5 de Outubro de 1938.
Como seu confessor, ele empreendeu uma avaliação completa das experiências místicas de Soror Faustina sobre a devoção à Divina Misericórdia. Seguindo um conselho dado por ele, ela escreveu seu "Diário”, material que até ao momento segue sendo de valiosa inspiração espiritual.
Soror Faustina, apoiando-se nas revelações del Salvador que experimentava ainda antes de chegar a
Vilna, lhe falava o padre Sopocko das indicações que recebia durante essas revelações. Se tratava de pintar o quadro do Salvador Misericordioso, estabelecer a Festa da Divina Misericórdia para o primeiro domingo depois da Páscoa e fundar uma nova Congregação Conventual. A Divina Providência confiou a realização destas tarefas ao padre Sopocko.
Apoiado na doutrina da igreja, buscava os argumentos teológicos que explicaram a existência da qualidade da misericórdia em Deus e os fundamentos para fixar como festa o dia mencionado nas revelações. Os resultados de suas investigações e os argumentos para introduzir o dia no calendário festivo da igreja, os apresentou em vários artigos nas revistas teológicas e em vários trabalhos autónomos acerca do tema da Divina Misericórdia.
Em Junho de 1936 em Vilna, publicou o primeiro folheto titulado “Divina Misericórdia” com a imagem de Jesus Cristo Misericordioso na portada (criado pelo artista Eugeniusz Kazimirowski). Enviou essa publicação a todos os bispos reunidos na conferência do Episcopado em Czestochowa. Sem embargo, não recebeu nem uma resposta de algum deles. O segundo folheto titulado “Divina Misericórdia na liturgia” se publicou em 1937 em Poznan.
Em 1938, ele estabeleceu um comité para construir a Igreja de Divina Misericórdia em Vilna. Sem embargo, este esforço teve que ser detido ao iniciar-se a Segunda Guerra Mundial. Mas apesar da guerra e da ocupação alemã, Frei Sopocko persistiu em seus esforços para promover a devoção à Divina Misericórdia. Cheio de zelo, ajudou constantemente a aqueles que foram oprimidos e ameaçados com o extermínio, por exemplo, a numerosa população judia. Afortunadamente, ele conseguiu evitar ser preso.
Em 1942, junto com os professores e estudantes do seminário, foi obrigado a ocultar-se perto de Vilna. Permaneceria oculto por dois anos, foi nesse tempo que Frei Sopocko teve um rol importante na criação de uma nova Congregação Religiosa. Segundo as revelações de Soror Faustina, esta Congregação teria como fim promover a devoção à Divina Misericórdia. Depois da Guerra, ele escreveu a Constituição da Congregação, e trabalhou activamente no crescimento e desenvolvimento do que nós conhecemos como a Congregação das Irmãs da Divina Misericórdia.
Em 1947, Arcebispo Jalbrzykowski, que desde dois anos antes estava em Bialystok com sua Cúria diocesana, buscou que Frei Sopocko se mudasse para essa cidade. Ele aceitou uma posição como professor no Seminário Maior Arquidiocesano. Ali ensinou pedagogia, caterética, homilética, teologia pastoral, e espiritualidade. Adicionalmente, continuou impulsionando o apostolado da Divina Misericórdia. Também fez sérios esforços para obter a aprovação oficial para a devoção à Divina Misericórdia das autoridades da Igreja. Frei Sopocko trabalhou incansavelmente nos fundamentos bíblicos, teológicos e pastorais para explicar a verdade doutrinal acerca da devoção de Divina Misericórdia. Suas publicações se traduziram a numerosos idiomas, entre eles: latim, inglês, francês, italiano, e português.
Frei Miguel Sopocko morreu em 15 de Fevereiro de 1975, em seu apartamento na Calle Poleska. Aclamado popularmente para sua santidade foi enterrado no cemitério da paróquia em Bialystok. Logo depois de iniciado o processo para sua Beatificação, seu corpo se trasladou para a Igreja da Divina Misericórdia em 30 de Novembro de 1988.
Foi beatificado em 28 de Setembro de 2008 no Santuário da Divina Misericórdia em Bialystok, sob o pontificado de S. S. Bento XVI.
Reproduzido com autorização de Vatican.va
traduzido por Xavier Villalta
http://es.cathoilic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca
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