quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

REZAR NA QUARESMA – Um caminho de mudança

17 de FEVEREIRO de 2010 
QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Mateus 6, 1-6.16-18

Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.”
****************
Começa hoje a Quaresma. Dizem que é um tempo de esforço, pesado, triste e sombrio.
Nada disso! É um tempo para nos pormos belos para o Senhor. De cabeça perfumada, de cara lavada e alegre. Antes duma festa, dum encontro importante, cuidamos do visual, do vestuário… antecipa-se já a alegria do encontro que vem a seguir.
É o mesmo com a Quaresma. É a preparação para a mais bela festa de todas: a Páscoa.
Fora com as caras abatidas. Está na hora da limpeza e da elegância. É tempo de deitar fora o lixo que torna pesado e duro o coração.

»»»»»»»»»»
Senhor, agradeço-Te este tempo da Quaresma que me ofereces.
É um presente que dás para que a vida seja mais bela.
Quero vivê-lo com alegria e empenho. Dá-me a energia para tirar o mal da minha vida e a força de optar pelo bem.


edisal@edisal.salesianos.pt
http://www.edisal.salesianos.pt/


NOTA:
Adquiri no sábado dia 13 de Fevereiro na Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, este livrinhoREZAR NA QUARESMA – Um Caminho de mudançacom leituras – citação bíblica do Evangelho do dia; uma frase bíblica em destaque; uma imagem para ajudar a pensar; uma meditação que faz a ponte entre o Evangelho e os dias de hoje; uma proposta de oração.
Creio que não estou a ir além do permitido, ao incluir neste meu blogue as referidas leituras – sem as imagens (que provavelmente não ficariam tão bem  impressas no referido livro) – desde que faça alusão à sua publicação através das Edições Salesianas, mesmo até porque este blogue não tem a veleidade de ser lido por muita gente e tal até servirá para fazer um pouco de propaganda para o referido livro poder ser adquirido por mais gente… penso eu.
Dai que, durante este período de Quaresma, eu tenha decidido efectuar aqui a transcrição dos textos diariamente, sob a forma acima expressa, pelo que solicito a devida vénia às Edições Salesianas.
António Fonseca

17 DE FEVEREIRO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

SANTOS DO DIA DE HOJE 

QUARTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2010

 

Os Sete fundadores da Ordem dos Servitas, Santos

Bonfilio, Bartolomé, Juan, Benito, Gerardino, Ricovero e Alejo


Fevereiro 17   -  Sete Fundadores dos Servos de Santa Maria Virgem

Fundadores de la Orden de los Servitas, Santos

Fundadores da Ordem dos Servitas, Santos

Sete Santos Fundadores dos servos de Santa María Virgem (Servitas)

Martirológio Romano: Os sete santos fundadores da Ordem dos Servos de Maria: Bonfilio, Bartolomé, Juan, Benito, Gerardino, Ricovero e Alejo. Sendo mercadores em Florença, se retiraram de comum acordo para o monte Senario para servir a Santíssima Virgem Maria, fundando uma Ordem sob a Regra de santo Agostinho. São comemorados neste dia, em que faleceu, já centenário, o último de eles, Alejo (1310).
Segundo a tradição houve sete homens, muito respeitáveis e honoráveis, aos que nossa Senhora uniu, à maneira de sete estrelas, para iniciar a Ordem sua e de seus servos. Os sete nasceram em Florença; primeiro levaram uma vida eremítica no monte Senario, dedicados em especial à veneração da Virgem Maria. Depois pregaram por toda a região toscana e fundaram a Ordem dos Servos de Santa María Virgem, aprovada pela Santa Sede em 1304. Se celebra hoje sua memória, porque neste dia, segundo se diz, morreu Santo Alejo Falconieri, um dos sete, o ano 1310. 
Na Monumenta Ordinis Servorum Beatae Maríae Virginis se lê o seguinte respeito do estado de vida dos Servos de Santa María Virgem: “Quatro aspectos podem considerar-se pelo que toca ao estado de vida dos sete santos fundadores antes que se congregassem para esta obra. Em primeiro lugar, com respeito à Igreja. Alguns de eles se haviam comprometido a guardar virgindade ou castidade perpétua, pelo que não se haviam casado; outros estavam já casados; outros haviam enviuvado.
Em segundo lugar, com relação à sociedade civil. Eles comerciavam com as coisas desta terra,mas quando descobriram a pedra preciosa, quer dizer, nossa Ordem, não só distribuíram entre los pobres todos seus bens, mas que, com ânimo alegre, entregaram suas próprias pessoas a Deus e a nossa Senhora, para servi-los com toda fidelidade. 
O terceiro aspecto que devemos ter em conta é seu estado pelo que se refere a sua reverência e honra para com nossa Senhora. Em Florença existia, já desde muito antigamente, uma sociedade em honra da Virgem Maria, que, por sua antiguidade e pela santidade e multidão de homens e mulheres que a formavam, havia obtido uma certa prioridade sobre as demais e, assim, havia chegado a chamar-se “Sociedade maior de nossa Senhora”. A ela pertenciam os sete homens de que falamos, antes de que chegassem a reunir-se, como destacados devotos que eram de nossa Senhora.
Finalmente, vejamos qual era seu estado no que respeita à sua perfeição espiritual. Amavam a Deus sobre todas as coisas e a ele ordenavam todas suas acções, como pede a recta ordem honrando-o assim com todos seus pensamentos, palavras e obras.
Quando estavam já decididos, por inspiração divina, a reunir-se, ao que os havia impulsionado de um modo especial nossa Senhora, regularizaram seus assuntos familiares e domésticos, deixando o necessário para suas famílias e distribuindo entre os pobres o que sobrava. Finalmente buscaram a uns homens de conselho e de vida exemplar, aos que manifestaram seu propósito.
Assim subiram ao monte Senario, e no seu alto erigiram uma casa pequena e adequada, em que foram viver em comunidade. Ali começaram a pensar não só na sua própria santificação, mas também na possibilidade de agregar-se novos membros, com o fim de acrescentar a nova Ordem que nossa Senhora havia começado valendo-se deles. Portanto, começaram a receber novos irmãos e, assim, fundaram esta Ordem. Sua principal artífice foi nossa Senhora, que quis que estivesse cimentada na humildade, que fosse edificada por sua concórdia e conservada por sua pobreza.

Eutrópio de Fregenal , Santo
Fevereiro 17   -  Bispo

Eutropio de Fregenal , Santo

Eutrópio de Fregenal , Santo

Bispo

O Padre Jerónimo Román de la Higuera em seu martirológio diz: «de Fregenal de Extremadura o trânsito glorioso de Santo Eutrópio bispo daquela cidade que conhecendo os erros que por Espanha semeavam os dois Auitos, enviou a África ao venerável presbítero Paulo Osório, para que consultadas estas heresias com Santo Agostinho, apontasse o modo mais seguro para as condenar».
Foi este santo Prelado parente muito próximo de Flávio Caupernico, Arcebispo de Toledo e sucessor de Castino, morreu em paz com opinião de santidade, a 17 de Fevereiro perto dos anos 420.
Marco Máximo, arcebispo de Zaragoza afirma que os dois monges hereges, chamados Auitos provinham um de Jerusalém e outro de Roma com doutrinas de Orígenes, Victorio e Basílio não muito ortodoxas, uma vez superadas as correntes priscilianistas. 
O Bispo Santo Eutrópio enviou a Paulo a consultar a São Jerónimo sobre a origem da alma. 
O Santo Bispo informado dos Santos Padres, Agostinho e Jerónimo, exerceu seu magistério com segurança, zelo e inteireza.
Consumiu sua vida, havendo guardado o depósito da fé.
¡Felicidades a quem leva este nome!

Teodoro de Anasea, Santo
Fevereiro 17   -  Mártir

Teodoro de Anasea, Santo

Teodoro de Anasea, Santo

Mártir

Martirológio Romano: Em Amasea, no Helesponto, paixão de são Teodoro, soldado, que sob o imperador Maximiano, por confessar abertamente sua fé cristã, foi terrivelmente açoitado, recluso na cadeia e finalmente queimado vivo. São Gregório de Nisa cantou os louvores deste santo, num de seus discursos (306).
Etimologicamente Teodoro = Aquele que é um regalo de Deus. Vem da língua grega. 
Na cidade Amasea, na província Panónia, nos tempos das perseguições pelo imperador Maximiano (anos 286-305), um guerreiro chamado Teodoro, junto com outros cristãos a quem intentaram obrigar a abjurar a Cristo e fazer um sacrifício aos ídolos. (O sobrenome Tiro significa em latim "recluta").
Ao negar-se a fazê-lo, Teodoro foi submetido a cruéis martírios e encerrado na cadeia. Aí, durante a oração ele foi consolado com a milagrosa aparição do  Senhor Jesus. Pouco tempo depois o tiraram da cadeia e com diferentes torturas novamente queriam obrigá-lo a abjurar a Cristo.
Finalmente, vendo sua firmeza, o governador o condenou à fogueira. Sem nenhum temor, São Teodoro subiu à fogueira e orando e glorificando a Deus entregou sua alma. Foi perto do ano 306. Seu corpo foi sepultado na cidade de Eujaita (actualmente Marcivan na Ásia Menor) Mais tarde suas relíquias foram trasladadas para Constantinopla para a Igreja consagrada a seu nome. Sua cabeça se encontra em Gaeta, Itália.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Silvino de Auchy, Santo
Fevereiro 17   -  Bispo

Silvino de Auchy, Santo

Silvino de Auchy, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Em Auchy, na região de Morins, França, sepultura de são Silvino, bispo (s. VIII).
Etimologicamente Silvino = Aquele que cuida os bosques, é de origem latina.
Não se sabe exactamente onde nasceu. Possivelmente em França. Sua morte foi em Fevereiro do ano 720.
Era um cortesão dos reis Childerico e Teodocido III.
Renunciou a sua vida mundana e se converteu num peregrino a Jerusalém e outras cidades santas.
Foi ordenado de sacerdote em Roma e se dedicou a evangelizar parte de França.
Trabalhou com fervor e devoção na pregação da Palavra de Deus, contando o essencial do Evangelho, suas verdades e o necessário para salvar-se.
Teve também a ousadia de anunciar aos pagãos a que deixassem seus cultos vazios e sem sentido.
Os instruía com seu exemplo e suas boas acções. Conseguiu, mediante a ajuda de Deus, muitas conversões ao cristianismo.
Depois de mais de 40 anos como missionário no activo, conseguiu a libertação de muitos escravos.
Cansado de tanta vida activa – como uma criança grande – se retirou para uma abadia de beneditinos, em que morreu com ânsias de seguir fazendo mais apostolado.
Se lhe faz menção nos martirológios romano, belga e Usuard tal dia como hoje o dia de seus funerais. 
A maior parte de suas relíquias estão na igreja de são Bertin, a que foram trasladadas por medo aos invasores Normandos..
¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários al P. Felipe Santos: al Santoral">al Santoral">al Santoral">al Santoral">al Santoral">fsantossdb@hotmail.com

Lucas Belludi, Beato
Fevereiro 17   -  Presbítero Franciscano

Lucas Belludi, Beato

Lucas Belludi, Beato

Presbítero Franciscano

Martirológio Romano: Em Pádua, na região de Veneza, beato Lucas Belludi, presbítero, da Ordem dos Frades Menores, discípulo e companheiro de santo António (1286).
Etimologicamente: Lucas = Aquele que é luminoso, é de origem latina.
Lucas nasceu em Pádua (Itália) no ano 1200, da nobre e muito rica família dos Belludi. Os dados que temos de sua vida, e em particular de sua juventude, são muito escassos. Com toda probabilidade estudou na Universidade de Pádua, como o prova sua grande cultura, e no ano 1220 se encontrou com são Francisco que, no seu regresso de Oriente, havia desembarcado em Veneza e, de caminho para sua terra, passou por Pádua. Em Santa Maria de La Cella ou Arcella, perto da cidade, o Santo fundou um mosteiro de clarissas, em que recebeu a beata Elena Enselmini, e junto ao mesmo um pequeno hospício para os frades que as atendiam; nele recebeu Lucas o hábito de mãos de Francisco e nele morreria anos mais tarde santo António. Parece que foi o próprio são Francisco quem orientou a Lucas ao sacerdócio, tida em conta de sua formação e suas virtudes. 
Na humilde residência da Arcella passou o já sacerdote Lucas anos de oração e penitência, à medida que começava a perfilar seus sermões. O ano 1227, santo António, que havia estado pregando no sul de França, regressou a Itália e foi eleito Ministro provincial do norte de Itália. Por então, talvez no mesmo ano, António se encontrou com Lucas, e este seria daí em diante o discípulo e companheiro inseparável do Santo, em suas correrias apostólicas e na redacção de seus Sermões. Quando depois da intensíssima Quaresma que pregou em Pádua no ano 1231, santo António se retirou ao eremitério de Camposampiero, perto de Pádua, ali o atendeu e cuidou o beato Lucas. Em 13 de Junho de 1231, durante a comida, António sofreu um colapso e se sentiu morrer; pediu que o trasladassem para Pádua e uma vez mais, Frei Lucas foi seu companheiro inseparável; o assistiu durante a viagem em carreta e permaneceu a seu lado na Arcella até que expirou naquela mesma tarde. Depois, nosso Beato foi um dos editores dos sermões do Santo, testemunha de sua santidade e promotor de sua glorificação mediante a pronta canonização e a construção de sua Basílica em Pádua. Tão estreita foi a relação entre o Santo e nosso Beato, que a este se chama também «Lucas de Santo António». 
Na vida do beato Lucas destaca-se sobretudo o haver sido companheiro e colaborador de santo António; mas, além disso, foi um homem de grande talento e profunda espiritualidade, um verdadeiro sábio, famoso pregador, de vida simples e sã doutrina. Foi eleito Ministro provincial várias vezes. Depois da morte de santo António, o beato Lucas foi um dos editores de seus Sermões; por outro lado, Lucas é também autor de seus próprios Sermões Dominicais e outros, que se conservam inéditos na Biblioteca Antoniana de Pádua.
Morreu no hospício da Arcella (Pádua) em 17 de Fevereiro de 1286. Seu corpo foi depositado, na Basílica de Santo António, no próprio sepulcro em que esteve sepultado ao princípio o Santo, seu amigo e mestre. Em 1971 os restos do Beato foram trasladados para outro túmulo dentro da mima Basílica, onde repousam na actualidade.
Foi beatificado por Pío XI em 18 de Maio de 1927. Entre os lugares da Basílica paduana que merecem visitar-se se encontra a Capela do Beato Lucas Belludi, totalmente pintada ao fresco por Giusto de Menabuoi (1382). Ainda hoje são muitos estudantes que acodem a seu sepulcro para pedir-lhe sua intercessão à hora dos exames.

Flaviano, Santo
Fevereiro 17   -  Bispo e Mártir

Flaviano, Santo

Flaviano, Santo

Bispo e Mártir

Martirológio Romano: Comemoração de são Flaviano, bispo de Constantinopla, que, por defender a fé católica proclamada em Éfeso, foi atacado com socos e pontapés pelos partidários do ímpio Dióscoro e, enviado ao exílio, faleceu pouco depois (449).
São Flaviano, sacerdote e tesoureiro da Igreja de Constantinopla, sucedeu em patriarcado a São Proclo, o ano 447. O cortesão Crisáfio, que gozava de grande favor ante o imperador Teodósio II, lhe sugeriu que pedisse a Flaviano um presente como mostra de gratidão por sua elevação à dignidade de patriarca. O bispo enviou ao imperador uns pães benzidos, segundo o costume daquele tempo, pois o pão era um símbolo de bênção e comunhão. Crisáfio fez saber ao santo que o imperador esperava um presente muito diferente e muito mais rico; mas o bispo respondeu resolutamente que as rendas da Igreja estavam destinadas a outros usos. A partir desse instante, o favorito do imperador decidiu acabar com Flaviano. Com efeito, valendo-se da imperatriz Eudócia, persuadiu o imperador para que obrigasse o patriarca a nomear a PULQUéRIA Santa Pulquéria, irmã do mesmo Teodósio II, diaconisa de sua Igreja, com o que a corte se veria livre da influência da santa. Flaviano se negou a isso, coisa que Crisáfio considerou como uma nova ofensa. Por outro lado, a condenação que Flaviano fez dos erros de Eutiques, abade de um mosteiro próximo à cidade, acabou de enfurecer a Crisáfio. Eutiques, movido de um zelo excessivo por convencer a Nestório de que havia duas pessoas em Cristo, caiu no erro de negar que também tivera duas naturezas. Isto o constituiu em chefe da heresia monofisita. Num sínodo reunido por São Flaviano em 448, Eusébio de Dorileo desmascarou o erro de Eutiques; o sínodo condenou como herética a opinião de Eutiques e o mandou comparecer para justificar-se. O alegado de Eutiques não convenceu ao sínodo, que o depôs e o excomungou. Eutiques apelou então aos bispos de Roma, Egipto e Jerusalém, e escreveu uma carta ao Papa São León I, queixando-se da forma em que o sínodo o havia tratado e havia entendido sua doutrina. Mas o Papa não se deixou enganar. Numa carta cuidadosamente redigida que enviou a Flaviano e que se fez famosa na História da Igreja com o nome de "Tomo" ou "Carta Dogmática," São León definiu a fé ortodoxa sobre os principais pontos da discussão.
Um novo concilio confirmou as decisões do sínodo anterior. Crisáfio, humilhado mas não vencido, tratou de conseguir seus fins por outros meios. Assim pois escreveu a Dióscoro, sucessor de São Cirilo na sede de Alexandria, prometendo-lhe sua amizade e apoio na condição de que se constituísse en defensor de Eutiques contra Flaviano e Eusébio. Dióscoro aceitou a proposta e ambos se valeram da imperatriz Eudócia, a qual pensava que, fazendo dano a Flaviano, molestaria a sua cunhada Pulquéría, a que detestava, Eudócia logrou persuadir a Teodósio de que convocasse a um concílio em Éfeso. O imperador convidou a Dióscoro de Alexandria a presidir ao concílio; com ele acudiram alguns bispos africanos e um grupo de laicos. Ao que parece, se tratava simplesmente de um bando organizado de malfeitores. Ao concílio foram também outros bispos de oriente, e São Leão enviou delegados. 
A assembleia, conhecida geralmente com o nome de Latrocinium ou "conciliábulo de bandidos," como a chamou mais tarde São León por causa das violências a que deu lugar, se abriu em Éfeso, em 8 de Agosto de 449. Eutiques esteve presente, assim como dois oficiais do imperador, acompanhados por um forte contingente de soldados. As deliberações, em que predominavam os partidários de Eutiques, se desenvolveram num ambiente de violências, se impediu aos legados papais que lessem as Cartas de São León ao concílio e se terminou, no meio de maior desordem, com a sentença de deposição de Flaviano e Eusébio, apesar dos protestos dos legados do Papa. Quando Dióscoro começou a ler a sentença, vários bispos pediram a gritos que se calasse. Dióscoro interrompeu a leitura e deu vozes para chamar aos enviados do imperador, Elpidio e Eulógio. Estes mandaram ao ponto que se abrissem as portas da igreja e Proclo, o procônsul de Ásia, entrou escoltado por soldados e seguido por uma multidão armada com paus. Esta incursão intimidou tanto a assembleia, que praticamente nenhum bispo teve o valor de negar-se a firmar a sentença, excepto os legados papais que se retiraram decepcionados.
São Flaviano fez uma apelação ao Papa São León e a outros bispos do ocidente, e entregou suas cartas aos legados papais. Mas quando se dispunha a abandonar a sala no meio do tumulto que seguiu à assembleia, a turba o derrubou e, segundo contam Dióscoro e o abade Barsumas, foi tão selvagemmente golpeado a pontapés pelos soldados e malfeitores, que morreu pouco depois, não em Éfeso (como supõem alguns autores) mas em Sardis de Lidia, a onde havia sido desterrado. 
O triunfo de Crisáfio foi de curta duração. O imperador morreu no ano seguinte e Marciano mandou executar a Crisáfio. Santa Pulquéría, a esposa de Marciano, mandou levar a Constantinopla o corpo de São Flaviano para que fosse sepultado, com grande pompa na sede episcopal, junto a seus predecessores. O Concilio de Calcedónia que teve lugar em 451, reivindicou sua memória, restituiu a Eusébio de Dorileo e depôs e desterrou a Dióscoro de Alexandria.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Mesrob, Santo
Fevereiro 17   -  Monge

Mesrob, Santo

Mesrob, Santo

Monge
Doutor dos arménios

Martirologio Romano: Em Arménia, são Mesrob, doctor de los armenios, el cual, siendo discípulo de san Narsete y escriba en el palacio real, se hizo monje. Inventó los signos del alfabeto para que el pueblo fuese instruido en las sagradas Escrituras, tradujo al armenio los dos testamentos y compuso himnos y cánticos (c. 440).
Mesrob Mashtots nació en Taron y murió en Vagharshapat. Koryun, su pupilo y biógrafo, nos dice que Mesrob recibió una educación liberal, y fue versado en los idiomas griego, siríaco y persa. Debido a su piedad y aprendizaje Mesrob fue nombrado secretario del rey Cosroes III. Su deber era escribir en Griego, Persa y Siriaco los decretos y edictos del soberano.
Pero Mesrop sintió la llamada a una vida más perfecta. Dejó la vida en la corte para servir a Dios, tomó los hábitos, y se retiró a un monasterio con unos pocos compañeros elegidos. Allí, de acuerdo a Koryun, se sometió a grandes austeridades, soportando el hambre y la sed, el frío y la pobreza. Vivía de vegetales, vestía sólo un cilicio, dormía en el suelo, y a menudo pasaba noches enteras orando y estudiando la Biblia. Continuó con este régimen de vida por unos pocos años, durante los que se preparó para la gran labor a la cual la Providencia lo llamaría en breve. Entonces, tanto la Iglesia como el Estado necesitarían de sus servicios.
Armenia, fue durante largo tiempo campo de batalla entre Romanos y Persas, perdió su independencia en el año 387, y fue dividida entre el Imperio Bizantino y Persia, aproximadamente cuatro quintas partes fueron entregadas a Persia. El oeste de Armenia fue gobernada por generales bizantinos, mientras tanto el rey armenio mantenía su cargo pero tan solo simbólicamente. La Iglesia lógicamente se vió afectada por estos cambios, aunque la pérdida de independencia civil y la división territorial no pudo destruir su organización ni dominar su espíritu. Los principales eventos de éste periodo son la invención del alfabeto armenio, la revisión de la liturgia, la creación de una literatura nacional y eclesiástica y el reajuste de las relaciones jerárquicas. Tres hombres están asociados con tu extraordinario trabajo: Mesrop, Isaac de Armenia, y el rey Vramshapuh, que sucedió a su hermano Cosroes III en 394.
Mesrop había pasado algún tiempo en un monasterio preparándose para la vida monastial. Con el apoyo del príncipe Shampith, predicó los Evangelios en el dsitrito de Golthn cercadel río Araxes, convirtiendo muchos herejes y paganos. Sin embargo, pasó por grandes dificultades instruyendo a su gente, ya que los armenios no tenían alfabeto propio; utilizaban la escritura griega, persa y siria, pero ninguna era adecuada para representar correctamente los numerosos sonidos complejos de su lengua nativa. Nuevamente, las Sagradas Escrituras y la liturgia, escritas en sirio, resultaban, para muchos, ilegible. De allí la constante necesidad de traductores e intérpretes que explicaran la Palabra de Dios al pueblo.
Deseoso de corregir la situación, Mesrop decidió inventar un alfabeto nacional, para el cual el rey Vramshapuh e Isaac prometieron asitirlo. Resulta difícil determinar exactamente que rol tuvo Mesrop en la creación del nuevo alfabeto. De acuerdo con sus biógrafos armenios, consultó a Daniel,un obispo de Mesopotamia, y a Rufinus, un monje de Samosata y con su ayuda pudo darle una forma definitiva, que probablemente adapto del griego. Otros, como Lenormant, piensan que fue derivado del Zend. El alfabeto de Mesrob consiste en 36 letras, otras dos (la O larga y la F) fueron agregadas durante el siglo XII.
La invención del alfabeto en el año (406) fue el comienzo de la literatura armenia, y provó ser un factor poderoso en la formación de un espíritu nacionalista. "El resultado del trabajo de Mesrob e Isaac", dice San Martín, "fue separar para siempre al pueblo armenio de otros pueblos del este, para convertirlos en una nación propia, y para fortalecer en ellos la fe cristiana prohibiendo el uso de alfabetos extranjeros profanos que era utilizados para transcribir los libros paganos de los seguidores de Zoroastro (también llamado Zarathustra). A Mesrob le debemos la preservación del lenguaje y la literatura armenias; porque sin su trabajo, su pueblo habría sido absorbido por los persas y sirios, y habría desaparecido como muchas otras naciones del este".
Ansiando que otros se beneficien por su descubrimiento, e incentivado por el patriarca y el rey, Mesrob fundó numerosas escuelas en diferentes partes del país. En ellas los jóvenes aprendian el nuevo abecedario. Pero su accionar no estuvo confinado sólo a la Armenia oriental. Provisto de cartas de Isaac, fue a Constantinopla y obtuvo permiso del emperador Teodosio el Jóven para predicar y enseñar en sus posesiones armenias. Mesrob evangelizó sucesivamente a los Gregorianosy a los Albanos (Aghouanghks), adaptando el alfabeto a sus idiomas, y, dondequiera que predicaba Los Evangelios, construía escuelas y seleccionaba maestros y sacerdotes para que continuaran su labor. Habiendo regresado a la Armenia Oriental para reportar los resultados de sus misiones al patriarca, pensó por primera vez en proveer a sus compatriotas de literatura religiosa. Habiendo reunido numerosos discípulos, envío algunos a Edesa, Constantinopla, Atenas, Antioquía, Alejandría, y otros centros de aprendizaje, a estudiar el idioma griego y traer de regreso piezas maestras de la literatura griega. Algunos de sus más famosos disípulos fueron John de Egheghiatz, Joseph de Baghin, Yeznik, Koryun, Moses de Chorene, y John Mandakuni.
El primer monumento a la literatura armenia es la versión de las Sagradas Escrituras. Isaac, según Moses de Chorene, realizó una traducción de la Biblia de un texto sirio para el año 411. Este trabajo debió haber sido considerado imperfecto, ya que poco después John de Egheghiatz y Joseph de Baghin fueron enviados a Edessa para traducir las escrituras. Llegaron hasta Constantinopla y regresaron con las copias auténticas de la versión griega. Con la ayuda de otras copias obtenidas de Alejandría, la Biblia fue traducida, nuevamente del griego, de acuerdo con el texto de Septuagint y Orígen "Hexapla". Esta versión, actuakmente en uso en la iglesia armenia, fue completada alrededor del año 434.
Los decretos de los tres primeros concilios — Nicæa, Constantinople, y Concilio de Éfeso — y la liturgia nacional (que fue escrita en siríaco) también fueron traducidas al armeño, la última fue revisada liturgicamente por san Basilio. Muchas obras de los Padres Griegos fueron traducidas también al armeño. La posterior pérdida de los originales griegos han dado una importancia especial a algunas de sus traducciones, por ejemplo, la segunda parte de la crónica de Eusebius de la que tan sólo existen unos fragmetnos en griego, ha sido conservada completa en armenio.
En medio de sus labores literarias Mesrob no descuidó las necesidades espirituales de las personas que lo buscaban, volviendo a visitar los distritos que había evangelizado en sus primeros años, y, después de Isaac en el 440, se hizo cargo de la administración espiritual de la feligrecía. Él sobrevivió a su maestro y amigo sólo seis meses. Los armeños lo mensionan en el canon de la Misa, y celebran su memoria el 19 de febrero.
Está enterrado en Oshakan, un pueblo a 8 km del sudoeste de Ashtarak.

Outros Santos e Beatos
Fevereiro 17  - Completando o santoral deste dia,

San Bonoso, obispo

En Tréveris, en la Galia Bélgica, san Bonoso, obispo, que, junto a san Hilario de Poitiers, trabajó con celo y doctrina para que en las regiones de la Galia se mantuviese la integridad de la fe (c. 373).


San Fintán, abade

 
En el monasterio de Clúain Ednech, en Irlanda, san Fintán, abad fundador del mismo y prestigioso por su austeridad (c. 440).

San Fian, abade e bispo


En Lindisfarne, de Northumbria, san Fian, obispo y abad, célebre por su doctrina y por su celo en la evangelización (c. 656).

San Constable, abade


En el monasterio de Cava, en la Campania, san Constable, abad, que por su eximia mansedumbre y caridad hacia todos, mereció ser llamado “cubridor de los hermanos” (1124).


San Evermodo, bispo


En Ratzeburg, en Holsacia, de Germania, san Evermodo, obispo, que, discípulo de san Norberto en la Orden Premonstratense, se dedicó a la evangelización de los wendos (1178).


San Pedro Yu Chong-nyul, mártir


En Pyongyang, en Corea, san Pedro Yu Chong-nyul, mártir, que, siendo padre de familia, mientras leía a los fieles congregados durante la noche en casa del catequista, fue apresado y azotado hasta la muerte por su condición de cristiano (1866).


Beato António Lesczewicz, religioso presbítero e mártir


En Rzeszow, en Polonia, beato Antonio Lesczewicz, presbítero de la Congregación de los Clérigos Marianistas y mártir, que, en la ocupación militar durante la guerra, fue quemado por los perseguidores de la Iglesia a causa de su fe en Cristo (1943).

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução muito incompleta por António Fonseca, por ter recebido há pouco uma notícia que me deixou muito triste, que mais tarde explicarei, se Deus quiser.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

16 DE FEVEREIRO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

SANTOS DO DIA DE HOJE 

TERÇA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2010

Juliana, (ou Eliana) Mártir, Santa
Fevereiro 16   -  Biografia

Juliana, (o Ileana)  Mártir, Santa

Juliana, (ou Eliana) Mártir, Santa

Fevereiro 16

Quando chegou a paz de Constantino, a matrona Sofrónia tomou as relíquias do corpo da mártir Juliana com a intenção de as levar consigo a Roma. Por uma tempestade, teve que desembarcar em Puzoli onde lhe edificou un templo que logo destruíram os lombardos. As relíquias se viram perigar e prudentemente se trasladaram para Nápoles onde repousam e se veneram com grande devoção.
Em Nicomedia tiveram lugar os factos, de mil maneiras narrados e com toda classe de matizes comentados, em torno a esta santa que fez um projecto de sua vida contraposto ao desejado por seu pai. Os narrarei seguidamente adiantando já que foi pela perseguição de Maximiano.
Juliana é filha de uma conhecida família ilustre mas com um pai pagão metido no exercício de Direito - que quando chega o momento chega a converter-se em perseguidor dos cristãos - e uma mãe agnóstica. Ela, pela situação familiar nada favorável para a vivência cristã, fez-se baptizar em segredo. Além disso ocorreu-lhe entregar-se inteiramente a Cristo e não entra o casamento em seus planos de futuro. Este é o marco. 
A dificuldade do caso começa quando Eluzo, que é um senador jovem, quer casar-se com Juliana. A coisa se põe ainda mais interessante porque, conhecendo que Eluzo bebe os ventos por sua filha, já concertou o pai o matrimónio entre o senador e a jovem, comprometendo sua honorabilidade. 
A suposta noiva o recebe amavelmente e com cortesia fazendo gala de sua esmerada educação. Mas, ao chegar o momento culminante dos detalhes matrimoniais, salta sobre o tapete uma condição ao aspirante com a intenção de desligar-se do compromisso. Não o aceitará -lhe diz- enquanto não seja juiz e prefeito da cidade. Claro que isso era como pedir a lua; mas se viu caçada em suas palavras já que em pouco tempo, graças a influências, dinheiro e valia pessoal, Eluzo se há convertido em juiz e prefeito de Nicomedia; além disso, continua insistindo em suas pretensões matrimoniais com Juliana. A donzela mantém a dignidade dando-lhe toda classe de felicitações e parabéns, ao tempo que lhe assegura não poder aceitar o matrimónio até que se dê outra condição imprescindível para cobrir o cisma que os separa: deve fazer-se cristão.
Ante tamanho disparate é o próprio Eluzo quem porá o pai ao corrente do que está passando e da «novidade» que se apresenta. «Se isso é verdade, seremos juiz e fiscal para minha filha». Juliana só sabe contestar a seu padre furioso que anseia ser a primeira dama da cidade, mas que sem ser cristão, tudo o demais o estima em nada.
«Por Apolo e Diana! Antes quero ver-te morta que cristã».
Convertida ao cristianismo, se destacou por seu entusiasmo e ardor na difusão da fé, pelo que foi encarcerada, torturada e finalmente decapitada no ano 305. Seu corpo foi trasladado a Cumas, em Itália, e posteriormente suas relíquias chegaram a Espanha, onde em sua honra os condes de Castela levantaram o célebre mosteiro de Santillana (Santa Ileana), um dos melhores monumentos da Idade Média espanhola
Na conversação tratará a seu pai com respeito e amor de filha, mas... «meu Salvador é Jesus Cristo em quem tenho posta toda minha confiança». Vêm os tormentos esperados quando as razões não são escutadas. Estanho derretido e fogo; além disso, cadeia para lhe dar tempo a pensar e levá-la a uma mudança de atitude. Finalmente, com 18 anos, se lhe corta a cabeça em 16 de Fevereiro de 308.
Alguma vez há pais «que se passam» ao forçar a seus filhos quando têm que eleger estado. Isto tem mais complicações sem razões profundas, como a fé prática, dificulta a compreensão dos motivos que distanciam. ¿Não pensaria o pai de Juliana que sem matrimónio e cristã sua filha seria desgraçada? Talvez com viva fé cristã chegasse a vislumbrar que Jesus Cristo enche mais que o dinheiro, o poder, a dignidade e a fama.

Onésimo Santo
Fevereiro 16   -  Mártir

Onésimo Santo

Onésimo Santo

Mártir
Fevereiro 16

Etimologicamente significa “ajuda, benfeitor”. Vem da língua grega.
Este escravo, morto no ano 90, o nomeia são Paulo brevemente numa de suas cartas. Se sabe que estava ao serviço de Filemón, o líder da cidade de Colossos.
Tinha uma amizade muito íntima com Paulo porque foi um de seus conversos. Gozava de uma boa reputação como pessoa amável, generosa e hospitaleira. 
O pecado de haver roubado a seu dono, o confessou e pediu perdão. Desde então nunca mais deixaria os passos de são Paulo, o apóstolo das gentes.
Voltou de novo a casa de Filemón e o aceitou como a um verdadeiro irmão, já que são Pablo o nomeou de novo na carta aos de Colossos.
Tudo o resto de sua vida é um tanto desconhecido. Sem embargo, autores da solvência e garantia como são Jerónimo, afirmam que Onésimo chegou a ser pregador da Palavra de Deus, e algo mais tarde foi consagrado bispo, possivelmente de Berea na Macedónia, e seu anterior dono foi também consagrado bispo de Colossos.
Outras fontes afirmam que Onésimo pregou em Espanha e aqui sofreu o martírio. 
O que realmente impactou a este santo foi a visita que fez a são Paulo quando estava encarcerado em Roma, nas prisões Mamertinas, no mesmo Foro romano. Hoje em dia se podem ver.
Este encontro lhe deixou com a alma tão cheia, tão feliz e tão impressionada pela atitude de Paulo prisioneiro por Cristo, que foi a origem de sua verdadeira conversão à fé de Cristo para toda sua vida.
Domiciano sentiu vontade de o conhecer, não tanto por ver seus milagres e costumes, mas para acabar com sua vida no ano 90 ou 95.
¡Felicidades a quem leve este nome!
“O agradecimento envelhece rapidamente” (Aristóteles).
Este dia também se festeja a
Santa Juliana Mártir, a São Macário e a Bernardo de Escammaca
Comentários ao P. Felipe Santos:
fsantossdb@hotmail.com

Macário, São
Fevereiro 16   -  Abade

Macario, San

Macário, São

Abade

Martirológio Romano: Comemoração de são Macário o Grande, presbítero e abade do mosteiro de Scete, em Egipto, que, considerando-se morto para o mundo, vivia só para Deus, ensinando-o assim a seus monges (c. 390).
Etimologia: Macário = Aquele que encontrou a felicidade, é de origem grega.
Este santo nasceu no Egipto no ano 300. Passou sua meninice como pastor, e na solidão do campo adquiriu o gosto pela oração e pela meditação e o silêncio.
Uma mulher atrevida lhe inventou a calúnia de que o menino que ia a ter era filho de Macário, el qual, segundo dizia ela, a havia obrigado a pecar. A gente endoidecida arrastou o pobre jovem pelas ruas. Mas ele pediu ao Senhor em sua oração que fizesse saber a todos a verdade, e sucedeu que tal mulher começou a sentir terríveis dores e não podia dar a luz, até que por fim contou a seus vizinhos quem era o verdadeiro papá do menino. Então a gente se convenceu da inocência de Macário e mudou seu antigo ódio por uma grande admiração a sua humildade e a sua paciência.
Para fugir dos perigos do mundo, Macário foi viver no deserto de Egipto, dedicando-se à oração, à meditação e à penitência, e ali esteve 60 anos e foram muitos os que se lhe foram juntando para receber dele a direcção espiritual e aprender os métodos para chegar à santidade. 
O bispo de Egipto ordenou de sacerdote a Macário para que pudesse celebrar-lhes a missa a seus numerosos discípulos. Depois foi necessário ordenar de sacerdotes a quatro de seus alunos para atender as quatro igrejas que se foram construindo ali perto onde ele vivia, para as centenas de cristãos que haviam ido a seguir seu exemplo de oração, penitência e meditação no deserto.
Macário queria cumprir aquela exigência de Jesus: "Se algum quer ser meu discípulo, tem que negar-se a si mesmo", e se dedicou a mortificar suas paixões e seus apetites. Estava convencido de que ninguém será puro e casto se não nega de vez em quando a seus sentidos algo do que estes pedem e desejam. Desejava dominar suas paixões e dirigir rectamente seus sentidos. Sentia a necessidade de vencer suas más inclinações, e notou que o melhor modo para obter isto era a mortificação e a penitência. Como sua carne lutava contra seu espírito, se propôs por meio do espírito dominar as paixões da carne. A quem lhe perguntava porquê tratava tão duramente a seu corpo, lhes respondia: "Ataco o que ataca minha alma". E se a alguns lhe pareciam demasiadas suas mortificações lhe dizia: "Se souberes as recompensas que se conseguem mortificando as paixões do corpo, nunca te pareceriam demasiadas as mortificações que se fazem para conservar a virtude".
Naqueles desertos, com 40 graus de temperatura e um vento espantosamente quente e seco, não tomava água nem nenhuma outra bebida durante o dia. Numa viagem ao vê-lo torturado pela sede, um discípulo lhe levou um vaso de água, mas o santo lhe disse:  "Prefiro acalmar a sede, descansando um pouco debaixo de uma palmeira", e não tomou nada. E a um de seus seguidores disse um dia: "Nestes últimos 20 anos jamais hei dado a meus sentidos tudo o que queriam. Sempre os hei privado de algo do que mais desejavam".
Dominava sua língua e não dizia senão palavras absolutamente necessárias. A seus discípulos lhes recomendava muito que como penitência guardassem o maior silêncio possível. E os aconselhava que na oração não empregassem tantas palavras. Que dissessem a Nosso Senhor: "Deus meu, concede-me as graças que Tu sabes que necessito". E que repetissem aquela oração do salmo: "Deus meu, vem em meu auxilio, Senhor dá-te pressa em socorrer-me".
Admirável era o modo como moderava seu génio e seu carácter, de maneira que a gente ficava muito edificada ao vê-lo sempre alegre, de bom génio e que não se impacientasse por mais que o ofendessem ou o humilhassem.
A um jovem que lhe pedia conselhos de como livrar-se da preocupação do que dirão os demais, o mandou a um cemitério e que dissesse um montão de frases duras aos mortos. Quando voltou lhe perguntou Macário: Que te responderam os mortos? Não me responderam nada, lhe disse o jovem. ¡Então agora vais e diz-lhes toda classe de elogios e louvores! O rapaz foi e fez o que o santo lhe havia mandado, e este voltou a perguntar-lhe: ¿Que te responderam os mortos? ¡Padre, nada me responderam! "Pois olha",  disse o homem de Deus: "Tu tens que ser como os mortos: nem entristecer-te porque te criticam e te insultam, nem orgulhar-te porque te louvam e te felicitam. Porque tu és somente o que és ante Deus, e nada mais nem nada menos".
A um que lhe perguntava que devia fazer para não deixar-se derrotar pelas tentações impuras lhe disse: "Trabalhe mais, coma menos, e não conceda a seus sentidos e a suas paixões o gosto ao prazer imediato. Quem não se mortifica no lícito, tampouco se mortificará no ilícito". O outro praticou estes conselhos e conservou a castidade.
Macário pediu a Deus que lhe dissesse a que grau de santidade havia chegado já, e Nosso Senhor lhe disse que todavia não havia chegado a ser como a de duas senhoras casadas que viviam na cidade mais próxima. O santo foi visitá-las e a perguntar-lhes que meios empregavam para santificar-se, e elas lhe disseram que os métodos que empregavam eram os seguintes: dominar a língua, não dizendo palavras inúteis ou danosas. Ser humildes, suportando com paciência as humilhações que recebiam e a pobreza e os ofícios simples que tinham que fazer. Ser sempre amáveis e muito pacientes, especialmente com seus maridos que eram de muito mau génio, e com os filhos rebeldes e os vizinhos ásperos e pouco caritativos. E como meio muito especial lhe disseram que se esmeravam por viver todo o dia em comunicação com Deus, oferecendo-lhe ao Senhor todo o que faziam, sofriam e diziam, tudo para maior glória de Deus e salvação das almas.
Os hereges arianos que negavam que Jesus Cristo é Deus, desterraram a Macário e seus monges a uma ilha onde a gente não cria em Deus. Mas ali o santo se dedicou a pregar e a ensinar a religião, e cedo os pagãos que habitavam naquelas terras se converteram e se fizeram cristãos.
Quando os hereges arianos foram vencidos, Macário pôde voltar a seu mosteiro do deserto. E sentindo que já ia a morrer, pois tinha 90 anos, chamou os monges para despedir-se deles. Ao ver que todos choravam, disse-lhes: "Meus bons Irmãos: choremos, choremos muito,mas choremos por nossos pecados e pelos pecados do mundo inteiro. Essas sim são lágrimas que aproveitam para a salvação".
Jesus disse: "Ditosos os que choram, porque eles serão consolados (Mt. 5). Ditosos os que choram e se afligem por seus próprios pecados. Ditosos os que choram pelas ofensas que os pecadores fazem a Deus. Choremos arrependidos nesta vida, para que não tenhamos que ir a chorar os tormentos eternos". E morreu logo muito santamente. Levava 60 anos rezando, jejuando, fazendo penitência, meditando e ensinando, no deserto.

Oração
São Macário, santo penitente:
consegue-nos de Deus a graça de fazer penitência por nossos pecados nesta vida,
para não ter que ir a pagar nos castigos da eternidade.
Ámen

¡Felicidades a quem tenha este nome! 
O Martirológio Romano na actualidade o recorda em 19 de Janeiro (*).

*) Conforme podem constatar esta biografia foi já publicada neste blogue na referida data.António Fonseca


Artigos relacionados: Macário o Grande, Santo

 

Bernardo de Escammaca
Fevereiro 16   -  Religioso

Religioso

Etimologicamente significa “coração de ouro”.Vem da língua alemã.
Não podemos olvidar que, para Deus, todo ser humano é sagrado, consagrado pela inocência ferida de sua infância. Com efeito, muitas vezes, é da ferida da infância de onde sacamos energias para amar, para amar até ao final de nossa existência sobre a terra.
Este jovem siciliano teve uma boa educação por parte de seus pais, ricos e endinheirados.
Mas, ao chegar a sua juventude, gastou mal o tempo em jogos e em festas. 
Num duelo resultou gravemente ferido. Este sucesso o fez assentar a cabeça. Sua longa convalescença lhe permitiu pensar muito.
Uma vez que se pôs bom, saiu de casa e foi direito aos Dominicanos para pedir que o admitissem na Ordem. 
Já como religioso, foi o oposto ao que era antes. Deixou tudo o que o atraía para dedicar-se à oração, à solidão e à contínua penitência.
Sua ferida juvenil se ia curando pouco a pouco. Quando se punha a confessar era extremamente amável com os pecadores.
Este foi seu trabalho fundamental durante sua vida, já que não tinha muitas qualidades para pregar.
Exercia um grande poder sobre os pássaros e os animais, conta uma lenda. Quando saía a passear pelo jardim, os pássaros se punham diante para lhe cantar. Quando viam que havia entrada em êxtases, deixavam de cantar.
Uma vez foi o porteiro à sua habitação para o chamar, e viu um grande resplendor na porta. Olhou e pôde ver um menino celestial que lhe sustentava o livro que lia. Foi correndo ao superior para que visse a maravilha.
Tinha o dom da profecia. O empregava para que a gente mudasse de vida. Depois de sua morte, apareceu ao superior indicando-lhe que seus restos mortais, os levassem à capela do Rosário.
Na sua mudança, curou a um paralítico que tocou em suas relíquias. Nasceu em Catânia e morreu em 1486.
¡Felicidades a quem leve este nome!

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...