sexta-feira, 4 de março de 2011

COMO SE 'PODE VIVER UM BOM CARNAVAL…

 

Do siteO SENHOR TE DÊ A PAZda Canção Nova, transcrevo o seguinte texto

 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Como os cristãos podem viver um bom carnaval?

O carnaval é uma festa que significa “adeus a carne”, uma expressão grega “carnis valles”. Antigamente, três a quatro dias antes da Quarta-feira de cinzas, os cristãos se reuniam em um determinado lugar para beber, comer e, com isso, “satisfazerem os prazeres da carne”. Em outros lugares, escravos ganhavam liberdade provisória e as pessoas trocavam presentes.O carnaval, hoje, traz muitas consequências ruins; tais como: aumento no consumo das drogas e muitas mortes.

Muitas pessoas contraem o vírus HIV. Estando preocupada com a proliferação deste vírus, a Secretária Nacional de Saúde – Brasil, está com a campanha, este ano, voltada para as mulheres. Pesquisas mostram que doenças tem aumentado, principalmente, entre as mulheres com baixa escolaridade e a sugestão da Secretária Nacional de Saúde, é o uso de camisinha durante a relação sexual nestes dias.

Para aqueles que são cristãos existe uma pergunta:

Como viver bem o carnaval?

A primeira atitude é saber que muitos valores que a sociedade apresenta são contrários ao evangelho e à doutrina da Igreja Católica. Uma festa que começou bonita, hoje tem uma conotação toda errada.

Cada pessoa precisa ter a consciência que não é objeto descartável, que se usa e joga fora, mas um filho de Deus, templo do Espírito Santo que precisa ser respeitado e amado. Sendo assim, uma relação sexual não deve acontecer com uma pessoa desconhecida, que se encontra em uma noite. As consequências depois virão, gravidez indesejada e doenças.

Outra sugestão para aqueles que querem passar estes dias com coerência é fazer um retiro, um passeio com a família, uma visita a um parente.

Os cristãos poderiam buscar o carnaval para fazer uma reflexão de vida e pedir a Deus que a quaresma nos leve a um sentido de profunda conversão.

Por: Uélisson Pereira dos Santos (Consagrado da Comunidade Canção Nova)

Cumprimentos de

António Fonseca

Nº 63 - 4 DE MARÇO DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

 

Nº 1295

SANTO LÚCIO I

Papa, Mártir (254)

Um dos ilustres presbíteros que seguiram o Santo papa S. Cornélio no desterro de Civita Vecchia, foi Lúcio, romano. Tendo Cornélio falecido neste desterro no ano de 253, foi Lúcio chamado a suceder-lhe na cátedra de S. Pedro. E pouco depois foi-lhe possível ficar a residir em Roma. S. Cipriano felicitou-o por carta.E noutra missiva escreveu que Santo Lúcio e seu predecessor “foram cheios do Espírito Santo e mártires gloriosos do Senhor”. Realmente, limitando-nos a Lúcio, diremos que se notabilizou muito na promoção da piedade, na defesa da fé até ao sangue, em promover a unidade e em destruir os restos do cisma de Novaciano. Mas foi muito breve o seu papado. Por último, foi o nosso Santo coroado com o martírio; e quando o conduziam para ele, encomendou a Igreja e os fieis dela a seu arcediago Estevão, que lhe veio a suceder no pontificado. Descansou no Senhor no dia 4 de Março do ano de 254, sendo sepultado no cemitério de Calisto. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

SANTO CASIMIRO

Confessor (1458-1484)

Casimiro, Santo

Casimiro, Santo

Entre os filhos de Casimiro IV, rei da Polónia e grã duque da Lituânia, e sua esposa Isabel de Áustria, Casimiro foi o terceiro, tendo nascido em 1458. Teve como preceptor João Dugloss, bispo de Lemberg, e, embora tivesse mostrado boa aptidão para o estudo e conscienciosa aplicação, foram sobretudo as lições espirituais que ele aproveitou. Deu desde muito cedo a impressão de pretender seguir o caminho da santidade, manifestando-se indiferente às honras e prazeres, vigiando os sentidos, chorando ao meditar nos sofrimentos do Senhor e encontrando toda a sua felicidade na oração,. Graças a um servo discreto, foi-lhe possível, sem despertar atenções, pôr em prática as suas penitências prediletas, como, por exemplo, dormir no chão junto dum leito confortável, trazer cilícios e passar noites ajoelhado diante da porta das igrejas. Casimiro IV, que pusera o seu primogénito no trono da Boémia, quis dar ao terceiro o trono da Hungria. tendo-lhe garantido que Matias Corvino (1490), rei deste país, estava destituído de quem o apoiasse, enviou-o à frente dum exército para o acabar de destronar. Mas, ao chegar o principezinho à fronteira  húngara, deparou com o exército do rei Matias. Concluiu então que a empresa em que o tinham comprometido era injusta e, satisfeito por ter de renunciar a ela, retirou-se durante três meses para o Castelo de Glozki, não só para não ter de aparecer diante do pai, mas também, como dizia, para expiar as suas faltas. De 1479 a 1483 teve de governar a Polónia, na ausência do pai, ocupado então na Lituânia. Tentaram nessa altura levá-lo a desposar a filha do imperador da Alemanha, mas Casimiro recusou,. para se manter fiel ao voto de continência quer tinha feito. Já antes os médicos o tinham aconselhado a casar-se, assegurando-lhe que seria bom para se libertar da tísica que o ia consumindo. Veio a morrer no dia 4 de Março de 1484, tendo apenas vinte e três anos e meio. Foi canonizado em 1522 e declarado patrono da Polónia em 1602. A seu pedido foi sepultado levando consigo o hino Omni die dic Mariae, que tantas vezes rezara em vida. É do teor seguinte:

«Não deixeis passar,  ó minha alma, dia algum sem render os teus respeitos a Maria; soleniza com devoção as suas festas, celebra as suas assombrosas virtudes. / Admira a sua grandeza e a sua elevação sobre todas as criaturas; não cesses de publicar a dita que teve de ser Mãe de Deus sem deixar de ser Virgem. / Honra-a com o tua Rainha, para que te alcance o perdão dos pecados; invoca-a como a tua boa Mãe, e não permitirá que sejas arrastado pela torrente das paixões. / Ainda que sei muito bem que Maria está acima de todo o louvor, também sei que é impiedade, que é loucura deixar de a louvar. /  Ela deve ser singularmente amada e exaltada por todos os homens; e não deveríamos jamais cessar de louvá-la, bendizê-la e invocá-la. /  Virgem Santa, ornamento e glória do vosso sexo, vós sois reverenciada em toda a terra, e estais colocada tão elevadamente no céu. / Dignai-vos ouvir as orações dos que se gloriam em cantar os vossos louvores, alcançai-nos o perdão dos nossos pecados, e fazei-nos dignos da felicidade eterna. / Deus vos salve, Virgem e Mãe, pois por vós se nos abriram, a nós miseráveis, as portas do céu, por vós a quem a antiga serpente não pode morder nem enganar. / Depois de Deus, ninguém teve maior parte que vós em nossa redenção; por isso pomos em vós toda a nossa confiança, e esperamos por vossa santa intercessão que não nos há-de tocar a infeliz sorte dos réprobos. / Livrai-me desse lago de fogo, onde se padecem todos os tormentos, e obtende-me por vossas orações um lugar de estância feliz dos bem-aventurados. / Alcançai-me pureza inalterável, modéstia que edifique, doçura universal, devoção constante , prudência verdadeira, coração sem artifício e espírito recto. / Desterrai do meu coração todo o sentimento de aversão ou tibieza; acendei nele uma caridade perfeita; extingui todo o sentimento, toda a inclinação de concupiscência; consegui-me a perseverança final, e que encontre em vós toda a assistência necessária contra os inimigos da minha eterna salvação».

Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

BEATO HUMBERTO III DE SABÓIA

Confessor (1136-1189)

Humberto III, filho de Amadeu III, conde de Sabóia, e de Matilde de Viena, nasceu em 1136; teve de tomar o governo do condado aos treze anos, quando o pai lhe morreu em Nicósia, no regresso da Terra Santa. Tomou, como guia e presidente do seu conselho, o Beato Amadeu, bispo de Lausana; sob esta santa direção, soube juntar ao mesmo tempo a arte de governar e a de santificar-se. Um dos seus primeiros cuidados foi restituir à abadia de Santo Maurício as somas que o pai tomara, como emprestadas, para a cruzada. Fazia um retiro na abadia de Haute-Combe quando o delfim do Vienense veio cercar a cidade de Montmèlian. Sem perder tempo, Humberto pôs-se à frente das sus tropas, venceu o agressor e depois entrou em Haute-Combe, para agradecer a Deus a graça e terminar o seu retiro espiritual. A fama da sua sabedoria, probidade e das outras virtudes espalhou-se bem para além dos limites dos seus estados; recebeu numerosos testemunhos da estima e da confiança dos seus contemporâneos. Tendo perdido a sua segunda mulher, de quem tivera uma filha, Humberto resolveu tomar o hábito monástico na abadia de Haute-Combe para se preparar para o julgamento de Deus com as austeras observâncias da vida religiosa. Mas os barões saboianos, ameaçados de cair sob o domínio dum príncipe estrangeiro, obrigaram–no a sair do claustro, a desposar em terceiras núpcias uma filha de Gerardo, conde da Borgonha, que lhe deu um filho e sucessor. Grande pela fé, bondade e coragem, Humberto morreu em Chambéry, a 4 de Março de 1189. O seu culto imemorial foi aprovado por Gregório XVI em 1836. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

• Maria de Mattias, Santa
Fundadora

Maria de Mattias, Santa

Maria de Mattias, Santa

Martirológio Romano  - Em Roma, beata María de Matías, virgem, que fundou o Instituto das Irmãs da Adoração do Preciosíssimo Sangue do Senhor (1866). Nasceu em 4 de Fevereiro de 1805 em Vallecorsa (Itália) numa família acomodada e de profunda fé cristã. já desde menina se familiarizou com a Sagrada Escritura, e sentiu um grande amor a Jesús, Cordeiro imolado pela salvação da humanidade. Teve especial devoção pelo Sangue de Cristo, derramado por amor aos homens.  Pelos costumes da época, viveu sua meninice e adolescência relativamente isolada, com poucos contactos e relações exteriores. Em seu interior, sem embargo, buscava o sentido de sua vida, que esperava encontrar num amor sem fim. Encomendou-se á Virgem Maria para que a iluminasse e Deus a fez experimentar a beleza de seu amor, que se manifestou com plenitude em Cristo crucificado, em Cristo que derramou seu preciosíssimo sangue por nossa salvação. Esta experiência foi a fonte, a força e a motivação que a levou a difundir por todos o amor misericordioso do Pai celestial, e o amor de Jesús crucificado. Estava convencida de que a reforma da sociedade nasce do coração das pessoas e que os homens se transformam quando chegam a compreender quão valiosos são aos olhos de Deus, quando caem na conta do imenso amor de que hão sido objecto: Jesús deu todo seu sangue para os resgatar. Quando tinha 17 anos, são Gaspar del Búfalo pregou em Vallecorsa uma missão popular e Maria viu como se transformava o povo, com a conversão de muitas pessoas. Em seu interior surgiu o desejo de contribuir, como esse santo, para a transformação espiritual das pessoas.  Sob a guia de um companheiro de são Gaspar, o venerável dom Giovanni Merlini, em 4 de Março de 1834 fundou a congregação das Religiosas Adoratrices de la Sangre de Cristo. Além de promover a educação das meninas, reunia as mães e as jovens para as catequizar, para fazer que se enamorassem de Jesús, impulsionando-as a viver cristãmente, segundo seu estado de vida. Muitos homens, aos que não podia falar, por causa dos costumes da época, acudiam espontaneamente a escutá-la. Apesar de seu carácter tímido e introvertido, o zelo pela causa de Cristo a converteu numa grande pregadora, que convencia tanto as pessoas simples como as cultas, tanto aos laicos como aos sacerdotes, porque quando falava dos mistérios da fé dava a impressão de que havia experimentado pessoalmente essas realidades. Seu grande desejo era que não se perdesse nem sequer uma gota do Sangue de Cristo,mas que chegasse a todos os pecadores para os purificar e para que, lavados naquele rio de misericórdia, voltassem ao bom caminho. Este zelo arrastou a muitas jovens. Assim, pôde fundar perto de setenta casas religiosas, principalmente em Itália, mas também na Alemanha e Inglaterra. Quase todas suas casas se abriam em pequenas aldeias abandonadas do centro de Itália, a exceção de Roma, a onde foi chamada pelo Papa Pío IX para dirigir o Hospício de São Luís e uma escola em Civitavecchia. Viveu toda sua vida com o único desejo de agradar a Jesús, que lhe havia roubado o coração desde sua juventude, e com o compromisso gozoso de difundir ao máximo o conhecimento do amor de Deus pela humanidade. Para isso não escamoteou esforços, nem se deixou abater pelas dificuldades. Sempre atuou em profunda comunhão com a Igreja universal e particular, e por amor a ela. Morreu em Roma em 20 de Agosto de 1866. Foi beatificada pelo Papa Pío XII em 1 de Outubro de 1950. Foi canonizada em 18 de Maio de 2003 pelo Papa João Paulo II, dia em que além disso Sua Santidade cumpriu 83 anos de idade. Em 20 de Agosto se recorda o nascimento ao céu de Santo Domingo Sávio, sendo em 4 de Março a data fixada para a celebração litúrgica de sua festa. ¡Felicidades a quem leve este nome! Reproduzido com autorização de Vatican.va

• Plácida Viel, Beata
Virgem,

Plácida Viel, Beata

Plácida Viel, Beata

Superiora Geral da
Congregação das Escolas Cristãs da Misericórdia

Martirológio Romano: No cenóbio de Saint-Sauveur-le-Vicomte, de Normandía, em França, beata Plácida (Eulália) Viel, virgem, que brilhou por seu zelo e humildade, dirigindo a Congregação das Escolas Cristãs da Misericórdia (1877).Etimologicamente: Plácida = Aquela que possui um carácter tranquilo, vem do latim. Victoria Eulália Jacqueline Viel, que um dia seria superiora geral das Irmãs das Escolas Cristãs da Misericórdia, nasceu numa aldeiazinha normanda de Val-Vacher. Era a oitava filha de um agricultor e sua instrução se reduz a sete anos de escola primária, na cidade de Quettehou. A beata era séria e tímida por temperamento. Até aos dezassete anos, viveu a existência tranquila e ordenada de uma filha de agricultor, encarregada de fazer casa a seu irmão. A essa idade foi visitar a uma tia sua, que era religiosa no convento de Santa María Magdalena Postel, em Saint-Sauveur-le- Vicomte. A visita impressionou tanto a jovem, que decidiu ingressar na comunidade. Foi admitida e tomou o nome de Plácida. La madre Postel, que tenía ya ochenta años, vio en la joven religiosa a una sucesora ideal para el gobierno de la congregación. Así pues, cuando Plácida terminó sus dos años de noviciado, asistió a unos cursos intensivos en la escuela normal de Argentan y después fue nombrada profesora en un pensionado. Al mismo tiempo, la santa fundadora la iba iniciando en los deberes y responsabilidades da administração y aun la mandó a abrir algunas nuevas casas. A los cinco años de vida religiosa, Plácida fue nombrada maestra de novicias, pero bien pronto tuvo que dejar el cargo para ir a París a reunir fondos para la restauración de la iglesia en la abadía de Saint-Sauveur y a arreglar otros asuntos de importancia. Santa María Magdalena Postel murió el 16 de julio de 1846. El capítulo general de las Hermanas de las Escuelas Cristianas escogió a Plácida para sucederla. La hermana María, su tía, esperaba ser elegida y, aunque la nueva superiora le dio mucha autoridad y responsabilidades, la hermana María, que ya desde antes se había mostrado hostil a su sobrina, obstaculizó mucho el gobierno de la madre Plácida durante los diez años siguientes. Para evitar esa dificultad, la beata residía el menor tiempo posible en la casa matriz y, mientras vivió su tía, gobernó la congregación "desde los abruptos y tortuosos caminos y senderos del centro y el oeste de Francia." En efecto, durante esa época, beata viajó mucho por Francia para recoger fondos y visitar los conventos de la congregación, que crecía rápidamente. Trabajó con particular empeño por obtener la aprobación oficial de la congregación. Las negociaciones fueron muy laboriosas y en una ocasión, la beata tuvo que hacer un viaje secreto a Viena para ver al conde de Chambord. La madre Plácida fue superiora general durante treinta años y la congregación prosperó mucho bajo su gobierno; se multiplicaron los orfanatos, las casas de cuna, los talleres y las escuelas primarias gratuitas. Una de las más famosas fundaciones fue el orfanato del Sagrado Corazón de María, en París, donde en 1877, había ya 500 niños. La beata pudo también llevar felizmente a término la reconstrucción de la gran iglesia de la casa matriz, emprendida por la fundadora. El cardenal Guibert, arzobispo de Burdeos, hablando de la situación de Francia en 1870, aplicó a la madre Plácida lo que se había dicho de la Beata Ana Javouhey: "Sólo conozco a una persona capaz de restablecer el orden en Francia: la madre Plácida, del convento de Saint-Sauveur-le-Vicomte". La impresión que dejan la vida y las realizaciones de la beata es la de que fue una religiosa de gran encanto personal y buen humor, serenamente decidida a hacer por las niñas lo que San Juan Bautista de la Salle había hecho por los niños. Durante su gobierno, se abrieron en Normandía treinta y seis colegios para niñas pobres y se suprimió como libro de lectura "Les ordonnances de Louis XIV." La vida de la beata fue muy sencilla en todos sentidos. No tuvo pruebas espirituales especiales ni gracias místicas. Sin embargo, no faltaron algunos hechos milagrosos, que ella atribuía a la intercesión de la madre Postel por cuya beatificación trabajó mucho. Su muerte ocurrió el 4 de marzo de 1877, cuando tenía sesenta y dos años de edad.  Bajo su gobierno, el número de conventos de la congregación aumentó de treinta y siete a ciento cinco y el número de religiosas, de ciento cincuenta a más de milSi usted tiene información relevante para la canonización de la Beata Plácida escriba a: Abbaye de Ste-Marie-Madeleine-Postel
50390 Saint-Sauveur-le-Vicomte, FRANCIA

• João António Farina, Beato
Bispo e Fundador,

Juan Antonio Farina, Beato

Juan Antonio Farina, Beato

Bispo de Vicenza
e Fundador do Instituto das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações

Martirológio Romano: Em Vicenza, cidade de Itália, beato Juan António Farina, bispo, cujo trabalho no campo da pastoral foi intenso, e fundou o Instituto das Irmãs Mestras de Santa Doroteia Filhas dos Sagrados Corações, para a formação das jovens pobres e ajuda às pessoas aflitas (1888). Sacerdote de extraordinária espiritualidade e de grande generosidade apostólica, Juan António Farina pode ser considerado um dos bispos mais insignes do século XIX italiano. Foi o fundador das Irmãs Mestras de S. Doroteia Filhas dos Sagrados Corações, que atualmente se encontram em várias partes do mundo com atividades educativas, assistenciais e pastorais. Originario de Gambellara (Vicenza), lugar en el que nació el 11 de enero de 1803 de Pedro y Francisca Bellame, Juan Antonio Farina recibió la primera formación bajo la tutela de su tío paterno, un santo sacerdote que fue para él un verdadero maestro del espíritu además de su preceptor, ya que todavía no existían las escuelas públicas en los pueblos pequeños. A los quince años entró en el seminario diocesano de Vicenza donde asistió a todos los cursos distinguiéndose por su bondad y una particular aptitud para el estudio. A los 21 años, mientras todavía asistía a los cursos de Teología, fue destinado a la enseñanza en el mismo seminario, revelando así sus marcadas dotes como educador. El 14 de enero de 1827 recibió la ordenación sacerdotal y poco después obtuvo el diploma que lo habilitaba a la enseñanza en las escuelas de primaria. En los primeros años de su ministerio se ocupó de varios encargos: la enseñanza en el seminario durante 18 años, la capellanía en la parroquia de S. Pedro en Vicenza por 10 años y la participación en distintas instituciones culturales, espirituales y caritativas de la ciudad, entre las cuales la dirección de la escuela pública primaria y superior. En 1831 dio inicio a la primera escuela popular femenina y en 1836 fundó las Hermanas Maestras de S. Dorotea Hijas de los Sagrados Corazones, un instituto de «maestras de auténtica vocación, consagradas al Señor y dedicadas totalmente a la educación de las niñas pobres».Poco después, quiso también que sus religiosas se dedicasen a las hijas de familias acomodadas, a las sordomudas y a las ciegas; más tarde las envió a la asistencia de los enfermos y de los ancianos en los hospitales, en los asilos y en sus domicilios. El 1 de marzo de 1839 obtuvo el decreto de alabanza del Papa Gregorio XVI; la Regla por él redactada permaneció en vigor hasta 1905, año en que el Instituto fue aprobado por el Papa Pío X, quien había sido ordenado sacerdote por el obispo Farina. En 1850 fue nombrado obispo de Treviso y recibió la consagración episcopal el 19 de enero de 1851. En esta diócesis desarrolló una variada actividad apostólica: en seguida inició la visita pastoral y organizó en todas las parroquias asociaciones para la ayuda material y espiritual de los pobres, incluso llegó a ser llamado «el obispo de los pobres». Propagó la práctica de los Ejercicios espirituales y la asistencia a los sacerdotes pobres y enfermos; cuidó la formación doctrinal y cultural del clero y de los fieles, y la instrucción y catechesis de los jóvenes. Los diez años de su episcopado en Treviso fueron marcados por el sufrimiento debido a cuestiones jurídicas con el Cabildo de la Catedral; esta situación condicionó la realización de su programa pastoral obstaculizando varias iniciativas y llegando a impedir la celebración del Sínodo diocesano. El 18 de junio de 1860 fue trasladado a la sede episcopal de Vicenza, donde puso en acto un amplio programa de renovación y desarrolló una importante obra pastoral orientada a la formación cultural y espiritual del clero y de los fieles, a la catechesis de los niños, a la reforma de los estudios y de la disciplina en el seminario. Convocó el Sínodo diocesano, que no había sido celebrado desde el 1689; en su visita pastoral a veces recorría kilómetros a pie o a lomos de una mula para poder llegar a los pueblos de montaña que no habían visto nunca un obispo. Instituyó numerosas confraternidades para socorrer a los pobres y sacerdotes ancianos y para la predicación de Ejercicios espirituales al pueblo; propagó una profunda devoción al Sagrado Corazón de Jesús, a la Virgen María y a la Eucaristía. Entre diciembre de 1869 y junio de 1870 participó al Concilio Vaticano I, donde hacía parte de los que sostenían la definición de la infalibilidad pontificia. Los últimos años de su vida fueron señalados con públicos reconocimientos por su labor apostólica y su caridad, pero también con fuertes sufrimientos e injustas acusaciones frente a las cuales él reaccionó con el silencio, la paz interior y el perdón, en fidelidad a su propia conciencia y a la regla suprema de la «salvación de las almas». Después de una primera grave enfermedad en 1886, sus fuerzas físicas se fueron debilitando gradualmente hasta el momento en que un ataque de apoplejía lo llevó a la muerte el 4 de marzo de 1888. Si usted tiene información relevante para la canonización del Beato Juan Antonio, contacte a: Sr. Albarosa Ines Bassani, SDVI - Suore Maestre di Santa Dorotea - Via S. Domenico 23 - 36100 Vicenza, ITALIA

Zoltán Lajos Meszlényi, Beato
Bispo e Mártir,

Zoltán Lajos Meszlényi, Beato

Zoltán Lajos Meszlényi, Beato

Data  de Beatificação: 31 de Outubro de 2009, durante o pontificado de S.S. Bento XVI, em cerimónia realizada na Catedral de Esztengom. Zoltán Lajos nasceu em 2 de Janeiro de 1892 no seio de uma família de sólida tradição católica. Chamado ao sacerdócio, conseguiu na Pontifícia Universidade Gregoriana o doutorado em Filosofia e em Teologia e o título em Direito Canónico. Em 28 de Outubro de 1937 foi ordenado bispo e nomeado auxiliar da arquidiocese de Esztergom na Hungria. Sua preparação e seu zelo pastoral lhe permitiram uma notável laboriosidade pastoral e cultural. Imediatamente depois da segunda Guerra Mundial, o regime comunista húngaro iniciou um encarniçado ataque contra a Igreja católica, aplicando a seus integrantes formas de intolerância que a miúdo desembocaram em violentas e sanguinárias perseguições. Acontecimento emblemático deste período de terror e real opressão foi a detenção do Primaz de Hungria, o arcebispo Jozsef Mindszenty. En el 1950, en oposición al deseo gubernativo, los canónigos de la catedral de Esztergom-Budapest eligieron al Beato Meszlényi como nuevo Vicario capitular, reconociendo así su rectitud y firmeza. Mons. Meszlényi, consciente de los riesgos, aceptó el nombramiento con prontitud y disponibilidad. La represión del régimen no se hizo esperar. Diez días después, el obispo fue detenido y, sin ningún proceso, fue internado en el establecimiento penal de Recsk y luego deportado al campo de concentración de Kistarcsa, cerca de Budapest, donde lo mantuvieron en total aislamiento. Iniciaron así ocho meses de cruel reclusión, en los que tuvo que sobrevivir casi sin comida y ni calefacción, jornadas de trabajo forzado y de violencias e inexplicables torturas, cosas en que los opresores de todos los tiempos son muy expertos. Frente al dilema ´fidelidad-traición´, Mons. Meszlényi confirmó con fortaleza su fidelidad al Evangelio, pese a vivir la perversidad de los acontecimientos, nunca perdió su fe en la misericordia y providencia divina. Soportó todo con amor. Murió agotado de privaciones el 4 de marzo1951. La reclusión inhumana literalmente lo mató. El móvil de su martirio fue el odio de los verdugos hacia Jesús, hacia Evangelio y hacia Iglesia. Esa es la consecuencia del mal que engendra odio: se va dejando una estela de muerte, destrucción y dolor indecible. Apenas se supo la noticia de su muerte, los que lo conocieron vieron en lo vivido por Mons. Meszlényi el sello del martirio. El régimen comunista obstaculizó de todos los modos posibles cualquier investigación para conocer la realidad de lo acontecido. Pero, como se sabe, la mentira no puede vencer a la verdad. Después de la caída del régimen la verdad brilló en toda su magnitud por el múltiple testimonio de documentos y personas.La Iglesia es una Iglesia de mártires, es decir de fuertes y atrevidos testigos del Evangelio. El mártir cristiano tiene a una muy precisa cualidad. Es asesinado, no mata. Es ultimado por odio a Jesús y a su Evangelio de vida y verdad. Pero su respuesta no es el odio sino el amor, no es la venganza sino el perdón, no es el resentimiento sino el rogar por la salvación de sus perseguidores y verdugos. Y esta es la gran lección de vida que mons. Meszlényi nos deja hoy, primera víctima del régimen comunista soviético posterior a la II Guerra Mundial que llega a la gloria de los altares. Si usted tiene información relevante para la canonización del Beato Zoltan, contacte a: Dr Andrea Ambrosi Primási és Érseki Hivatal Mindszenty hercegprímas tér 2 Pf. 25 H-2501 Esztergom, HUNGARY - Reproducido con autorización de Santiebeati.it  -responsable de la traducción: Xavier Villalta

Outros Santos e Beatos
Março 4   -  Completando santoral deste dia

Otros Santos y Beatos

Santos Fócio, Arquelao, Quirino e

outros dezassete companheiros, mártires

Em Nicomedia, em Bitinia, os santos Focio, Arquelao, Quirino e outros dezassete  companheiros mártires (s. III/IV).

São Basino, monge e bispo

Em Tréveris, de Renânia, na Austrásia, são Basino, bispo, da família dos duques do reino de Austrásia, que primeiro foi monge, depois abade de São Máximo de Tréveris e, elevado finalmente à sede episcopal da cidade, aprovou a fundação do mosteiro de Epternach, realizada por santa Irmina (705).

São Apiano, eremita

Em Comacchio, na província de Flaminia, são Apiano, monge, que, enviado desde o mosteiro de Pavía, levou nesta cidade vida eremítica (s. VIII).

São Pedro, eremita e bispo

No mosteiro de Cava, na Campânia, são Pedro, que havendo seguido desde sua juventude vida eremítica, foi eleito bispo de Policastro, mas cansado do estrépito da vida exterior, regressou ao mosteiro, onde, constituído abade, restabeleceu admiravelmente a disciplina (1123).

Beatos Cristóbal Bales, presbítero, Alejandro Blake e Nicolás Horner, mártires

Em Londres, em Inglaterra, os beatos Cristóbal Bales, presbítero, Alejandro Blake e Nicolás Horner, mártires, os quais, durante a perseguição sob o reinado de Isabel I, receberam ao mesmo tempo a coroa da glória (1590).

HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL

 

43870 > Sant' Appiano di Comacchio Monaco MR
43865 >
San Basino di Treviri Vescovo  MR
26250 >
San Casimiro Principe polacco  - Memoria Facoltativa MR
43880 >
Beati Cristoforo Bales, Alessandro Blake e Nicola Horner Martiri  MR
43860 >
Santi Fozio, Archelao, Quirino e diciassette compagni Martiri  MR
90331 >
Beato Giovanni Antonio Farina Vescovo MR
93081 >
Beati Miecislao Bohatkewicz, Ladislao Mackowiak e Stanislao Pyrtek Sacerdoti e martiri  MR
91054 >
San Pietro I (Pappacarbone) Abate di Cava  MR
43890 >
Beata Placida Viel Vergine  MR
94088 >
Beato Ruperto di Ottobeuren Abate 
92000 >
Beato Umberto III di Savoia Conte  MR
95079 >
Beato Zoltan Lajos Meszlenyi Vescovo e martire 

RECOLHA, TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO (incompleta) DE ESPANHOL PARA PORTUGUÊS, POR

ANTÓNIO FONSECA.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mensagem de Bento XVI para a Quaresma – www.es.catholic.net

 

Mensagem do Santo Padre para a Quaresma 2011

Com Cristo sois sepultados no Baptismo, com ele também haveis ressuscitado

Autor: S.S. Bento XVI | Fonte: http://www.vatican.va/

 

«Com Cristo sois sepultados no Baptismo, com ele também haveis ressuscitado» (cf. Col 2, 12)

Queridos irmãos e irmãs:

A Quaresma, que nos leva à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito valioso e importante, com vistas ao qual me alegra dirigir-vos umas palavras específicas para que o vivamos com o devido compromisso. A Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade operante, enquanto vê o encontro definitivo com seu Esposo na Páscoa eterna, intensifica seu caminho de purificação no espírito, para obter com mais abundância do Mistério da redenção à vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).

1. Esta mesma vida já se nos transmitiu no dia do Baptismo, quando «ao participar da morte e ressurreição de Cristo» começou para nós «a aventura gozosa e entusiasmada do discípulo» (Homilia na festa do Baptismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidamente na comunhão singular com o Filho de Deus que se realiza neste lavabo. O facto de que na maioria dos casos o Baptismo se receba na infância põe em relevo que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com suas forças. A misericórdia de Deus, que limpa o pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos que Cristo Jesús» (Flp 2, 5) comunica-se ao homem gratuitamente.
O Apóstolo das gentes, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que tem lugar ao participar na morte e ressurreição de Cristo, indicando sua meta: que eu possa «conhecer a ele, o poder de sua ressurreição e a comunhão em seus padecimentos até me fazer semelhante a ele na sua morte, tratando de chegar à ressurreição de entre os mortos» (Flp 3, 10-11). O Baptismo, portanto, não é um rito do passado mas o encontro com Cristo que conforma toda a existência do batizado, e da vida divina e o chama a uma conversão sincera, iniciada e sustentada pela Graça, que o leve a alcançar o talhe adulto de Cristo.
Um nexo particular vincula ao Baptismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II exortaram a todos os Pastores da Igreja a utilizar «com maior abundância os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal»
(Sacrosanctum Concilium, 109). Com efeito, desde sempre, a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Baptismo: neste Sacramento se realiza o grande mistério pelo qual o homem morre no pecado, participa da vida nova em Jesus Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo espírito de Deus que ressuscitou a Jesús de entre os mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um recurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: vivem realmente o Baptismo como um ato decisivo para toda sua existência.

2. Para empreender seriamente o caminho para a Páscoa e prepararmo-nos para celebrar a Ressurreição do Senhor - a festa mais gozosa e solene de todo o Ano litúrgico-, ¿que pode haver de mais adequado que nos deixarmos guiar pela Palavra de Deus? Por isto a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, nos guia a um encontro especialmente intenso com o Senhor, fazendo-nos percorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, e para quem está batizado, com vistas a novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na entrega mais plena a ele.
O primeiro domingo do itinerário quaresmal sublinha a nossa condição de homem nesta terra. A batalha vitoriosa contra as tentações, que dá início à missão de Jesús, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma chamada decidida a recordar que a fé cristã implica, seguindo o exemplo de Jesús e em união com ele, uma luta «contra os Dominadores deste mundo tenebroso» (Ef 6, 12), no qual o diabo atua e não se cansa, tampouco hoje, de tentar ao homem que quer aproximar-se do Senhor: Cristo sai vitorioso, para abrir também nosso coração à esperança e nos guiar para vencer as seduções do mal.
O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante de nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de que é levada, como os Apóstolos Pedro, S. Tiago e João «aparte, a um monte alto» (Mt 17, 1), para acolher novamente em Cristo, como filhos no Filho, o dom da graça de Deus: «Este é o meu Filho amado, em quem pus toda a minha complacência; escutai-O» (v. 5). É o convite para se afastar do ruído da vida diária para submergir-se na presença de Deus: ele quer transmitir-nos, cada dia, uma palavra que penetra nas profundidades de nosso espírito, onde distingue o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e fortalece a vontade de seguir ao Senhor.
A petição de Jesús à  samaritana: «Dá-me de beber» (Jn 4, 7), que se lê na liturgia do terceiro domingo, expressa a paixão de Deus por todo o homem e quer suscitar em nosso coração o desejo do dom da «água que brota para vida eterna» (v. 14): é o dom do Espírito Santo, que faz dos cristãos «adoradores verdadeiros» capazes de orar ao Padre «em espírito e em verdade» (v. 23). ¡Só esta água pode apagar nossa sede de bem, de verdade e de beleza! Só esta água, que nos dá o Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «até que descanse em Deus», segundo as célebres palavras de santo Agostinho.
O domingo do cego de nascença apresenta a Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «¿Tu crés no Filho do homem?». «Creio, Senhor» (Jn 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, dando voz a todo o crente. O milagre da cura é o sinal de que Cristo, junto com a vista, quer abrir nosso olhar interior, para que nossa fé seja cada vez mais profunda e possamos reconhecer nele como nosso único Salvador. Ele ilumina todas as escuridões da vida e leva ao homem a viver como «filho da luz».
Quando, no quinto domingo, se proclama a ressurreição de Lázaro, nos encontramos frente ao mistério último de nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... ¿Crês isto?» (Jn 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de voltar a pôr com sinceridade, junto com Marta, toda a esperança em Jesús de Nazaré: «Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, o que veio ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida nos prepara a cruzar a fronteira da morte, para viver sem fim nele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança na vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido último de nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade da dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e à sua vida social, à cultura,à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba encerrado dentro de um sepulcro sem futuro, sem esperança.
O percurso quaresmal encontra seu cumprimento no Tríduo Pascal, em particular na Grande Vigília da Noite Santa: ao renovar as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor de nossa vida, a vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e confirmamos de novo nosso firme compromisso de corresponder à ação da Graça para ser seus discípulos.

3. Nossa submissão na morte e ressurreição de Cristo mediante o sacramento do Baptismo,  impulsiona-nos cada dia a libertar nosso coração do peso das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus se revelou como Amor (cf. 1 Jn 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Co 1, 18), que se dá para levantar o homem e trazer-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Mediante as práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do compromisso de conversão, a Quaresma educa a viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O jejum, que pode ter distintas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: fazendo mais pobre nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica do dom e do amor; suportando a privação de alguma coisa -e não só do supérfluo- aprendemos a afastar o olhar de nosso «eu», para descobrir a Alguém a nosso lado e reconhecer a Deus nos rostos de tantos de nossos irmãos. Para o cristão o jejum não tem nada de intimista, mas se abre mais para Deus e para as necessidades dos homens, e faz que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).
No nosso caminho também nos encontramos perante a tentação de ter, da avidez de dinheiro, que invade o primado de Deus em nossa vida. O afã de possuir provoca violência, prevaricação e morte; por isto a Igreja, especialmente em tempo quaresmal, recorda a prática da esmola, quer dizer, a capacidade de compartilhar. A idolatria dos bens, em troca, não só afasta do outro, mas também despoja o homem, o faz infeliz, o engana, o defrauda sem realizar o que promete, porque situa as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. ¿Como compreender a bondade paternal de Deus se o coração está cheio de si mesmo e dos próprios projetos, com os quais nos enchemos de ilusões de que podemos assegurar o futuro? A tentação é pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em reserva para muitos anos... Mas Deus lhe disse: “¡Néscio! Esta mesma noite te reclamarão a alma”» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola nos recorda o primado de Deus e a atenção para com os outros, para redescobrir a nosso Pai bom e receber sua misericórdia.
Em todo o período quaresmal, a Igreja nos oferece com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver diariamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que segue falando a nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Baptismo. A oração nos permite também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência, simplesmente marca nossos passos para um horizonte que não tem futuro. Na oração encontramos, em troca, tempo para Deus, para conhecer que «suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar em íntima comunhão com ele que «ninguém poderá tirar-nos» (cf. Jn 16, 22) e que nos abre a esperança que não falta, a vida eterna.
Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual se nos convida a contemplar o Mistério da cruz, é «fazer-me semelhante a ele na sua morte» (Flp 3, 10), para levar a cabo uma conversão profunda de nossa vida: deixar-nos transformar pela ação do Espírito Santo, como são Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos de nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os demais e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é el momento favorável para reconhecer nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.
Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com nosso Redentor e mediante o jejum, a esmola e a oração, o caminho de conversão para a Páscoa nos leva a redescobrir nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma a acolhida da Graça que Deus nos deu nesse momento, para que ilumine e guie todas nossas ações. O que o Sacramento significa e realiza estamos chamados a vivê-lo cada dia seguindo a Cristo de modo cada vez mais generoso e autêntico. Encomendamos nosso itinerário à Virgem María, que engendrou o Verbo de Deus na fé e na carne, para submergirmos como ela na morte e ressurreição de seu Filho Jesús e obter a vida eterna.

Vaticano, 4 de novembro de 2010

BENEDICTUS PP. XVI

Transcrição e tradução (de espanhol para português) por

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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