sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Nº 1008 - (203) - 11 DE AGOSTO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO


Nº 1008
SANTA CLARA DE ASSIS
(1253)
Santa Chiara2
Pouco antes de nascer Santa Clara, rezando sua mãe a pedir feliz parto, ouviu uma voz que lhe dizia: «Mulher, não tenhas medo, porque darás à luz quem, com as suas chamas, iluminará o mundo». Esta a razão por que depois se deu à menina o nome de Clara: aquela que resplandece. Desde muito cedo revelou uma abnegação de que são capazes apenas as almas que imensamente amam. Não contente com dar aos pobres o supérfluo, chegava até a privar-se do necessário para os socorrer. Desde a mais tenra infância, tinham-na enlevado os mistérios do reino sobrenatural, e o chamamento do espírito tinha-a erguido acima dos gostos próprios da idade. Mesmo das distrações familiares costumava separar-se para rezar o Pai-nosso. Teve a educação do seu tempo e da sua classe elevada: conhecimentos elementares da leitura e escrita; trabalhos de agulha em que era primorosa; e direção da vida doméstica. Não lhe bastava cumprir a meias os seus deveres. Com previsão certeira, descobria as coisas dotadas de verdadeiro valor, unindo a esta qualidade um temperamento emotivo, sedento de beleza moral. A direção definitiva da sua vida ficou a devê-la a S. Francisco de Assis. Viram-se pela primeira vez na quaresma de 1212. Clara andava então pelos 18 anos. A sua família era uma das mais nobres do território de Assis; tinha um castelo nos arredores e uma casa senhorial no interior da cidade. O pai desejava vê-la casada, mas, quando lhe falava em projetos matrimoniais, ela ou não escutava ou mudava de assunto. Sentia quão necessário lhe era conservar a sua liberdade e consagrar a pureza a Jesus Cristo. S. Francisco ouvira falar de Clara, do trato delicado que tinha com os pobres. Desejou conhecê-la, «porque, diz o velho cronista, desejava arrancar esta nobre presa das garras do mundo perverso e depositá-la, como glorioso troféu, diante do altar de Deus». Clara, por seu lado, depois de ouvir a pregação de Francisco, teve a certeza de ter encontrado o seu guia espiritual. Cada vez que tratava com o seu novo diretor de consciência, voltava mais resolvida a romper com o século, mantendo no interior «uma visão das felicidades eternas, em comparação das quais o mundano é vil e desprezível; e a sua alma unicamente se derretia, mais e mais, com o santo anelo de tomar por esposo o rei dos céus». A dificuldade estava na família. Os pais queriam a todo o custo que ela se casasse. Mas, durante a quaresma, Clara firmou-se na resolução contrária. E no domingo de Ramos, no fim da tarde, fugiu do palácio e foi para a Porciúncula, onde a esperava S. Francisco. Naquela noite, Clara consagrou-se a Deus e Francisco cortou-lhe o cabelo, como testemunho do voto por ela feito. Ao amanhecer o novo dia, Francisco levou-a ao mosteiro de beneditinas de S. Paulo de Bastia, até encontrar casa própria para as religiosas franciscanas. Vieram procurar a jovem os seus parentes; refugiou-se na igreja e, quando iam a lançar-lhe as mãos, tirou o véu, mostrando a cabeça rapada. Agarrando-se ao altar, declarou publicamente os seus desposórios com Nosso Senhor Jesus Cristo. Passado isto, deixaram-na em paz. Na semana seguinte, veio juntar-se-lhe sua irmã mais nova, Inês, resolvida também a deixar o mundo e consagrar-se a Deus. Não foi tão feliz quanto Clara. Vieram, em seguida, os seus parentes, tiraram-na da igreja, arrastaram-na pela rua até que, já aborrecidos com gritos e lágrimas, a deixaram livre. S. Francisco obteve para elas o Oratório de S. Damião e a pequena morada contígua, que pertencia aos beneditinos do Monte Subásio. S. Damião ficou sendo, a partir dessa altura, casa gémea da Porciúncula. Depressa vieram outras damas nobres, dilacerando, como diz o seu primeiro biógrafo, com disciplinas o invólucro alabastrino do seu corpo. Francisco não deu a Clara nenhuma regra de vida; unicamente lhe inculcou o espírito de pobreza e a confiança na solicitude infinita de Deus. Por isso, foi S. Damião, segundo frase de Clara, «a torre forte da insigne pobreza». A comunidade não admitia nenhuma renda fixa. A esmola e o trabalho eram os dois pilares fortes. Clara dava o exemplo em tudo; servia à mesa e cuidava das doentes. De noite, levantava-se para acender as lâmpadas e fazer oração. A cama que tinha era um montão de varas; a comida, o pão e água, quando não passava dias inteiros sem comer. Numa Quinta-feira Santa teve um êxtase que lhe durou 24 horas. Quando Gregório IX quis que aceitasse a posse dalgumas rendas, Clara respondeu: «Santíssimo Padre, não é isso o que prometemos». – «Mas, não posso eu desligar-vos da vossa promessa?», respondeu o papa. Clara, inspirada pelo Espírito Santo, desarmou o Pontífice com esta resposta: «Desligai-me, peço-vos, das minhas culpas, mas não de imitar Nosso Senhor Jesus Cristo». Gregório IX concedeu-lhe o privilégio da altíssima pobreza, que mais tarde Inocêncio IV estendeu a todas as comunidades de Senhoras Pobres. S. Damião foi milagre que irradiou pureza, como o Sol irradia os seus raios. As mulheres queriam ser puras como Clara, e os homens aprendiam a respeitar a pureza das mulheres. «De toda a parte, escreve o primeiro biógrafo, corriam as mulheres ao cheiro dos seus perfumes». Veio ter com ela a morte no verão de 1253. O papa Inocêncio IV visitara-a, estando ela de cama; mas desejou beijar-lhe o pé, o que obteve estendendo-lho Inocêncio. pedindo em seguida a bênção com indulgência plenária, o papa respondeu: «Queira Deus, filha minha, que não necessite eu, mais tarde que tu, da misericórdia divina». Na sua prolongada enfermidade cheio de lágrimas, a agonizante murmurava, falando com a sua alma: «Sai sem medo, que bom guia tens para o caminho. Ó Senhor! Louvo-Te, glorifico-Te por me terdes criado». Clara acaba por olhar fixamente para a porta, que se abre para deixar passar uma procissão e virgens com vestidos brancos, e franjas de ouro à volta do cabelo luzidios. A mais alta, a mais bela, a que leva na fronte uma coroa real, avança até à cama, inclina-se para a moribunda, abraça-a e esconde-a entre os seus véus de luz. Nos braços de Maria, subiu à região das eternas claridades. É representada de custódia do Santíssimo Sacramento na mão, a deter os mouros às portas de Assis. Por lhe ter sido atribuído ver de longe o sepulcro de S. Francisco, foi ela declarada padroeira da televisão. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.pt
Áudio da RadioVaticana: RadioRai: e da RadioMaria
SANTA SUSANA
(mártir nos primeiros séculos)
Santa Susanna di Roma1
Susana é nome de origem hebraica e significa «lírio». O livro de Daniel (c. 13) fala-nos duma Susana que esteve para ser mártir da pureza. O Martirológio Jeronimiano traz, a 11 de Agosto: «Em Roma, nas Duas Casas, perto das termas de Diocleciano, a morte de Santa Susana». Segundo o autor da Paixão (sem valor) de Santa Susana, as duas casas eram as do pai de Susana, o sacerdote Gabínio, e do bispo de Roma, Gaio, tio da jovem. Susana tinha sido pedida em casamento nada menos que para o filho do imperador Diocleciano. Recusando-se ela, foi esganada na sua casa, pegada à de Gaio. Foi depositado o seu corpo no cemitério dos Iordani ou de Santo Alexandre (Via Salária). Mas os calendários e os Itinerários nada dizem a seu respeito. O título de Gaio, já antigo no tempo do concílio de 499, passou em 595 a chamar-se de Santa Susana. Escavações feitas revelaram uma casa do século III. Uma inscrição desaparecida indicava que Susana repousava lá, com o pai, o sacerdote Gabínio. Mas ela era talvez posterior à lenda. A igreja atual de Santa Susana, via XX Settembre, tem pinturas em honra da Susana romana e da sua homónima bíblica. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.pt.
BEATO MAURÍCIO TORNAY
Mártir (1910-1949)
Beato Maurizio (Maurice) Tornay3
No dia da sua beatificação, a 16 de Maio de 1993, João Paulo II afirmou acerca dele: «Para responder generosamente ao apelo de Deus, Maurício Tornay descobre que é preciso ir até ao fim, viver o amor de modo heroico. O amor de Deus não afasta dos homens. Impele à missão. No espírito de Santa Teresa de Lisieux, Maurício Tornay só tem um desejo: “Conduzir as almas a Deus”. No espírito da sua Ordem, na qual cada um põe em risco a própria vida para arrancar homens à tempestade, ele pede para partir para o Tibete, a fim de conquistar homens para Cristo. Começa por se fazer tibetano com os Tibetanos; ama esse país, que se torna a sua segunda pátria; aplica-se em aprender a língua, a fim de comunicar melhor Cristo. Como o bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas, Maurício Tornay ama o seu povo, a ponto de jamais querer abandoná-lo». Maurício Tornay nasceu na Suíça, a 31 de Agosto de 1910. Desejando corresponder ao apelo de Deus, entrou na Congregação dos Cónegos regulares do Grande São Bernardo. A 8 de Setembro de 1935 fez a profissão solene e no ano seguinte partiu para as missões da China. Fundos os estudos teológicos, em 1938 recebeu a ordenação sacerdotal em Hanoy. Depois de sete anos à frente duma escola, em 1945 foi nomeado pároco em Yercalo no Tibete livre. Entregou-se à sua comunidade com grande zelo e caridade apostólica. Todavia os Lamas, decididos a acabar com os cristãos no seu território, moveram-lhe uma guerra sem tréguas, forçando-o a retirar-se para Pamé, não longe de Yerkalo. Como o trabalho se tornava cada vez mais difícil, o intrépido religioso, com a aprovação dos Superiores, decidiu ir a Lassa, capital do Tibete, solicitar do Governo a devida licença para o trabalho apostólico. sabia os perigos que corria com essa arrojada viagem, mas o amor de Deus e o zelo apostólico impeliam-no a ir. No dia 11 de Agosto de 1949, foi interceptado pelos Lamas que opuseram termo à sua vida. Os cristãos, sabedores do sucedido, começaram a venerá-lo como verdadeiro mártir. Depois dos devidos processos canónicos, a 11 de Julho de 1992, a Santa Sé reconheceu a veracidade do martírio, o que levou à beatificação do Servo de Deus. AAS 85 (1993) 180-2; L’OSS. ROM. 23.5.1993. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.pt.
WWW.ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL
Clara de Assis, Santa
Agosto 11 Virgen y Fundadora,
sant_clara_de_asis
Alejandro el Carbonero, Santo
Agosto 11 Mártir y Obispo,
alejandro-carbonero
Susana, Santa
Agosto 11 Mártir,
susana-santa
Luis Biragui, Beato
Agosto 11 Sacerdote Fundador,
luis_biragui
Mauricio Tornay, Beato
Agosto 11 Presbítero y Mártir,
mauricio-tornay
Rafael Alonso Gutiérrez, Beato
Agosto 11 Mártir Laico,
rafael-alonso-gutierrez
Carlos Díaz Gandía, Beato
Agosto 11 Mártir Laico,
carlos-diaz
gaugerico-cambrai
Equicio, Santo
Agosto 11 Abad,
equicio-valeria
Rufino de Assis, Santo
Agosto 11 Obispo y Mártir,
rufino-asis
Tiburcio de Roma, Santo
Agosto 11 Mártir,
tiburcio-roma
 Sant' Alessandro il Carbonaio
 Santa Attratta Badessa
San Cassiano di Benevento
Santa Chiara Vergine
Santa Chiara1 Santa Chiara3Santa Chiara4
 Santa Degna Venerata a Todi
Santa Degna
Sant' Eliano di Filadelfia
 Sant' Equizio Abate
Santa Filomena di Roma1Santa Filomena di Roma2Santa Filomena di Roma3
San Gaugerico di Cambrai
Beato Giovanni Enrico Newman2Beato Giovanni Enrico Newman4Beato Giovanni Giorgio Rehm
Beato Giovanni Giorgio Rehm
Beati Giovanni Sandys, Stefano Rowsham e Guglielmo Lampley 
 Beato Maurizio (Maurice) Tornay Sacerdote e martire
Beato Michele (Miguel) Domingo Cendra
San Primo Martire Seconda domenica di agosto
Beati Raffale Alonso GutierrezbEATO Carlo Diaz Gandia
 Beato Robaldo Rambaudi Domenicano 
Beato Robaldo Rambaudi 
San Rufino di Assisi Vescovo e martire
San Rufino di Assisi 
Santa Susanna di Roma4Santa Susanna di Roma2Santa Susanna di Roma5Santa Susanna di Roma3
San Taurino di Evreux 
Santi Teobaldo d'Inghilterra e ompagno
 San Tiburzio Martire
San Tiburzio
Compilação por
António Fonseca

Nº 1007 - (202 - 10 DE AGOSTO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

 

Nº 1007

SÃO LOURENÇO

Mártir (258)

San Lorenzo 2

O papel dos diáconos na primitiva Igreja era de suma importância, comparável em muito àquele que hoje desempenham os Cardeais da Cúria. Havia sete que ajudavam em tudo o Romano Pontífice, especialmente na celebração dos divinos mistérios. O Arcediago ou primeiro dos diáconos era a personagem mais importante, logo abaixo do Papa; administrava todos os bens da Igreja. Tudo o que é temporal dependia dele; dirigia a construção dos cemitérios, recebia as esmolas e conservava os arquivos. Dele dependiam em grande parte todo o clero romano, os confessores , as viúvas, os órfãos e os pobres. Prevendo-se que viria a ocupar este cargo, olhava-se para ele já como imediato sucessor do pontífice reinante, do «seu papa», como dizem as inscrições. Referindo-se aos costumes da Igreja Romana no século III, diz Eulógio de Alexandria que o Arcediago subia ao trono pontifício em virtude dum costume inveterado e que ordená-lo sacerdote antes da sua eleição, seria tirar-lhe todas as possibilidades de ele chegar ao pontificado supremo. Este era o cargo que em Roma ocupava, em meados do século III, S. Lourenço, espanhol, natural de Huesca. O martírio impediu-lhe chegar ao papado, mas deu-lhe outra glória maior, a de testemunha sangrenta da fé em Cristo. O papa Sisto II tinha sido morto, com quatro dos seus diáconos, no dia 6 de Agosto do ano de 258 Estrela ver referência deste facto neste blogue do mesmo dia…) reinando Valeriano. Estava precisamente a celebrar os sagrados ritos no cemitério de Calisto. A tradição representa-nos S. Lourenço a conversar com o seu pontífice nos últimos momentos: «Para onde segues, pai, sem o teu filho? Para onde, ó sacerdote, sem o teu diácono?» – «Filho meu, respondeu o papa, não julgues que te abandono. Maiores são os combates que te esperam. Não chores. A separação será só de três dias». Os pormenores do martírio de S. Lourenço conhece-mo-los exatamente pelos escritores dos séculos IV e V, que parecem inspirar-se, mais que numas atas escritas, na tradição oral. Se houve atas escritas, devem ter-se perdido antes do século IV, pois Santo Agostinho e S. Máximo de Turim apelam só para a tradição. Mas esta tradição é segura, não distando nem um século do martírio. Santo Ambrósio foi o primeiro a escrever, no livro dos Ofícios, sobre o martírio de S. Lourenço. Depois temos o testemunho seguro do imortal Prudêncio, anterior aos sermões de Santo Agostinho e de São Máximo. «Lourenço, diz este poeta, era o primeiro dos sete varões que se aproximavam do altar do Pontífice; grande no grau levítico e mais nobre que os seus companheiros. Tinha as chaves das coisas sagradas; presidia ao arcano das coisas celestiais e, governando como fiel depositário, distribuía as coisas de Deus». Três dias depois do martírio do Papa, foi chamado à presença do prefeito Cornelius Saecularis, para entregar os livros de contas e o dinheiro que a Igreja possuía. Com previsão, tinha-o ele distribuído todo entre os pobres da comunidade cristã. Por isso, respondeu ao Prefeito: «Manda-me vir amanhã e trazer-te-ei tudo o que a Igreja possui de rico». No dias seguinte, apresenta-se de novo S. Lourenço e diz: «Vem comigo contemplar as riquezas que te apresento. Os pórticos estão cheios de vasos de ouro; os talentos dispostos ordenadamente brilham junto às paredes. Há estojos maravilhosos; há joias de beleza admirável. E apontava para o exército de coxos, cegos, crianças, pobres e doentes que alimentava a Igreja romana. Fazia Lourenço como Cornélia ao  mostrar ao povo os seus filhos, dizendo: «Estes são os meus tesouros». A resposta do Santo, cheia de fé, de caridade e de fina ironia, encheu de indignação o Prefeito: «Pagarás a fraude com a morte. Morrerás a fogo, em cima duma grelha». Ia cumprir-se a promessa do seu Pontífice. Segui-lo-ia ao fim de três dias, depois de maiores e longas provas. Na verdade, «estendido no assador de ferro, como diz Prudêncio, o seu rosto brilhava com beleza celestial e envolvia-o num fulgor louro. Parecia o legislador antigo, ao descer dos cumes do Sinai, ou Estevão, o Primeiro Mártir, quando, entre a chuvada de pedras, via a claridade de Deus. O odor da sua carne assada enchia a atmosfera; as chamas cravavam na carne o seu aguilhão pungente, mas outro fogo maior neutralizava-lhe o efeito devastador. Um fogo eterno e divino, Cristo, o fogo verdadeiro, que ilumina os justos e abraça os pecadores». A atitude heroica do mártir, no meio do fogo das grelhas, é uma das páginas mais gloriosas da primitiva Igreja cristã: «Já está cozido deste lado, diz ele ao verdugo, dá-lhe volta e come». No fim, esquece-se o mártir de si mesmo, dos seus verdugos, e dirige uma oração a Deus pela Igreja, Prudêncio interpretou de maneira grandiosa aqueles últimos momentos: «Ó Cristo, Deus único e verdadeiro; ó esplendor, ó Filho do Pai; Ó Criador do céu e da terra e fundador destas muralhas. Tu que puseste o cetro de Roma nos cumes da pujança, e decretaste que o mundo todo obedecesse à toga de Quirino…, tem compaixão, ó Cristo, dos teus romanos; faz que seja cristã a cidade por cujo ministério tu semeaste nas outras a salutar crença. Quando os membros rejeitam a superstição, não permaneça ímpia a cabeça; faça-se Rómulo cristão, seja crente Numa. Fuja Júpiter adúltero e triunfe a espada de Paulo». Meio século mais tarde, cumpriram-se os últimos desejos de S. Lourenço. O sucessor de Rómulo e Remo convertia-se ao Cristianismo e a cruz de Cristo começava a reinar sobre o cume do Capitólio. O Império abraçava oficialmente o Cristianismo e o sangue dos mártires, os seus corpos despedaçados, repartiam-se pelo Orbe inteiro como relíquias e tesouros preciosíssimos. A semente do Evangelho frutificava pujante e prolifera, com a regadura fecunda de tanto sangue inocente, derramado nos campos, nas ruas, nos circos e nas estradas. Roma cristã venera o hispano Lourenço com a mesma veneração e respeito com que honra os seus primeiros Apóstolos. Depois de S. Pedro e S. Paulo, a festa de S. Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo foi S. Lourenço em Roma. Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE www.jesuitas.pt. Áudio da RadioVaticana: e da RadioRai:

SANTA FILOMENA

filomena-martir

Em Roma, na catacumba de Priscila, na via Salária, santa Filomena, virgem e mártir: O anúncio agora lido de Santa Filomena não vem do chamado Martirológio jerominiano (do século V), nem de qualquer texto antigo. A história desta santa começa a 25 de Maio de 1802, dia em que se descobriram certos ossos ao escavar-se na catacumba de Priscila. A 8 de Junho de 1805, foram dados ao cónego Francisco de Lucia que os levou para a sua paróquia de Mugnano, na diocese de Nola, Itália. Houve milagres, organizaram-se peregrinações e depressa se tornou universal a celebridade da Santa; o «cura» de Ars, S. João Maria Vianney, tinha por ela extraordinária devoção e a ela atribuía os seus próprios milagres; chamava-lhe sua encarregada de negócios, seu embaixador junto de Deus e aquela que lhe emprestava o nome. Tornou-se a «milagreira do século XIX». Atribuiu à Santa frequentes comunicações, aí por 1835, uma irmã Maria Luisa. E Dositeia, outra Irmã, atribuiu à mesma santa a cura da tísica, aos 25 anos; só veio a morrer já octogenária. Até papas, ao que se diz, veneraram e invocaram muito Santa Filomena. Ao descobrirem-se os ossos, o túmulo estava fechado por três tijolos que se tinham pintado com letras vermelhas: LUMENA PAX TECUM FI. Logo se estabeleceu a ordem das palavras, a fim de lhes dar sentido: Pax tecum Filumena», «A paz esteja contigo, Filomena». Não houve cuidado de perguntar, na altura, se estavam presentes os restos duma mártir chamada Filomena. Nos símbolos pintados à volta das letras – âncora, palma, seta, folhas de hera, etc. – viu-se a indicação do suplicio: Filomena foi considerada como vítima de setas; e a «ampola de sangue» encontrada junto dos ossos tirou todas as dúvidas sobre ter existido essa Santa e ter sido mártir. As referidas eram, porém, explicações um tanto fantasiosas. Há muito que se sabia que as chamadas «ampolas de sangue» não contêm sangue e não indicam corpos de mártires! Os símbolos já não encerram mistério: a âncora lembra a cruz, a palma indica o triunfo no céu de qualquer bom cristão, as setas e as heras manifestam a separação das palavras umas das outras. Quanto à desordem dos termos ou parte deles não é facto casual, é coisa frequente: os coveiros (fossores) do século IV tornavam a empregar os restos das sepulturas encontradas mas evitando que as inscrições fossem julgadas como pertencentes aos novos ossos, que elas ficavam cobrindo. Em 1802, a inscrição deveria ter sido interpretada não como dizendo respeito aos ossos colocados por trás. É claro que Deus pode ouvir, como queira, qualquer oração, seja qual for o intermediário que se use. Ouvir-nos, não é primariamente dar-nos a certeza sobre a existência do Santo indicado. Assim, diante das dificuldades, a Sagrada Congregação dos Ritos determinou, em 1951: «A festa de Santa Filomena, virgem e mártir, deve ser retirada de todo e qualquer calendário». Ultimamente, porém, foi permitido celebra-la com qualquer «liturgia comum» (não como própria) da Santa. Conforme o papa João Paulo II explicou a um Bispo da Índia que lhe pedia esclarecimentos, o que se mantém é o seguinte: Estão proibidos em todas as dioceses a Missa própria e o Ofício litúrgico (cheio de fantasias) que antigamente se usavam. Pode celebrar-se Missa em honra de Santa Filomena, usando o formulário do comum das Virgens mártires, Não está proibido expor ao culto a imagem da santa. Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE www.jesuitas.pt.

HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL

Amadeo de Silva y Meneses, Beato
Agosto 10 Sacerdote Fundador,

amadeo-silva

Lorenzo, Santo
Agosto 10 Mártir,

lorenzo-diacono

Filomena, Santa
Agosto 10 Mártir,

filomena-martir

Francisco Drzewiecki, Beato
Agosto 10 Presbítero y Mártir,

francisco-drzewiecki

Lázaro Tiersot, Beato
Agosto 10 Presbítero y Mártir

lazaro-tiersot

Arcángel de Calatafino Piacentini, Beato
Agosto 10 Presbítero,

arcangel-calatafino

WWW.SANTIEBEATI.IT

 Beato Agostino Ota Martire del Giappone 

Beato Agostino Ota 

Beato Arcangelo Piacentini da Calatafimi Sacerdote

Beato Arcangelo Piacentini da Calatafimi 1
 San Besso Martire

San Besso1San Besso4San Besso5

San Blano Vescovo

San Blano

Beato Edoardo (Edward) Grzymala Sacerdote e martire

Beato Edoardo (Edward) Grzymala 
Sant' Erico (Erik) IV Re di Danimarca, martire

Sant' Erico (Erik) IV

Beato Francesco Drzewiecki Sacerdote orionino, martire 

Beato Francesco Drzewiecki 2Beato Francesco Drzewiecki 1
Beato Francesco Francois (Sebastiano da Nancy) Sacerdote e martire

 Beato Francesco Francois (Sebastiano da Nancy)
San Geraint II Re del Cornwall

San Geraint II

Beati Giovanni Martorell Soria e Pietro Mesonero Rodriguez Salesiani, martiri 

Beati Giovanni Martorell SoriaBeati Pietro Mesonero Rodriguez
 Beato Giuseppe Toledo Pellicer Sacerdote e martire

Beato Giuseppe Toledo Pellicer

Santi Ireneo ed Aurelio Martiri, venerati a Cutigliano

Santi Ireneo ed Aurelio

San Lorenzo Diacono e martire 10 agosto -

San Lorenzo 1San Lorenzo 3San Lorenzo 4San Lorenzo 5

Santi Martiri Alessandrini 

Santi Martiri Alessandrini 

Santa Plettrude VII-VIII secolo

Santa Plettrude

Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE www.jesuitas.pt. e site

s: HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL, WWW.SANTIEBEATI.IT

Compilação de

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...