terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Nº 1160-2ª Página - EVANGELHO, SEGUNDO S. MATEUS - ANO B – 10 DE JANEIRO DE 2012


Nº 1160-2ª Página

(Continuação (15)

LIVRO QUARTO
 
O REINO TORNA-SE IGREJA
 
 
15 - A tradição dos fariseus … Aproximaram-se então de Jesus alguns fariseus e escribas, vindos de Jerusalém e disseram-Lhe: «Porque transgridem os Teus discípulos a tradição dos Antigos? Pois não lavam as mãos antes das refeições». «E vós, replicou Ele, porque transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? «Deus, com efeito, disse «Honra teu pai e tua mãe», e ainda: «Quem amaldiçoar o pai ou a mãe seja punido de morte». Mas vós dizeis: Seja quem for que diga a seu pai ou a sua mãe: «Os bens com que poderias beneficiar-te são oferta sagrada», «esse já não está obrigado a socorrer o pai ou a mãe. E assim anulastes a palavra de Deus em nome da vossa tradição. Hipócritas! Muito bem profetizou Isaías a vosso respeito, ao dizer: «Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me presta, ensinando doutrinas que são preceitos humanos». Chamou depois a multidão para junto d’Ele e disse-lhes: «Escutais e tratai de compreender! Não é aquilo que entra pela boca que torna o homem  impuro». Mas o que sai da boca é que torna o homem impuro». Os discípulos aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Sabes que os fariseus ficaram indignados por Te ouvirem falar assimEle respondeu: «Toda a planta que não tenha sido plantada por Meu Pai celeste será arrancada. Deixai-os, são cegos a conduzir outros cegos! Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova». Tomando a palavra, Pedro disse-Lhe: «Explica-nos esta parábola». Jesus respondeu-lhes: «Também vós estais ainda sem compreender? Não compreendeis que tudo aquilo que entra pela boca passa para o ventre e é expelido em lugar próprio, ao passo que tudo quanto sai da boca provém do coração, e é isso que torna o homem impuro? Do coração procedem os meus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as prostituições, os roubos, os falsos testemunhos e as blasfémias. Eis o que torna o homem impuro; mas comer com  as mãos por lavar não torna o homem  impuro».
 
A fé duma gentia Jesus partiu dali e retirou-Se para os lados de Tiro e de Sidónia. Então uma cananeia, que viera daquela região, começou a gritar: «Tem piedade de mim Senhor, Filho de David: Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio». Mas Ele não lhe respondeu palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-Lhe com insistência: «Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos». Ele respondeu: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel». Mas a mulher veio prostrar-se diante d’Ele, dizendo: «Socorro-me Senhor». Ele respondeu-lhe: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorros». «É verdade, Senhor, retorquiu ela, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa aos seus donos». Então, Jesus respondeu-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas». E, a partir desse instante a filha dela achou-se curada».
 
Sumário: Resumo  … Jesus, partindo dali, foi para junto do mar da Galileia. Subiu ao monte e sentou-Se ali. Vieram ter com Ele numerosas multidões, transportando coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros, que lançavam a Seus pés. Ele curou-os, de sorte que as multidões ficaram maravilhadas ao ver os mudos a falar, os aleijados escorreitos, os coxos a andar e os cegos com vista. E davam glória ao Deus de Israel.
 
Jesus sacia 4 000 pessoasJesus, chamando os discípulos, disse-lhes «Tenho dó desta multidão porque há três dias que está comigo e não têm que comer. Não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam pelo caminho». Os discípulos disseram-Lhe: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?» Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?». «Sete, responderam, e alguns peixinhos». Então, depois de ordenar à multidão que se sentasse no chão, tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e começou a dá-los aos discípulos, que os distribuíram à multidão. Todos comeram até à saciedade, e com o que sobrou encheram sete cestos bem cheios. Ora, os que comeram, eram quatro mil homens, sem contar mulheres e crianças. depois de ter despedido a multidão, Jesus subiu para a barca e veio para a região de Magdã.
 

(continua em 11/1/2012)


Transcrição de António Fonseca

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

9 de Janeiro de 2012 - In memoriam - 108 anos depois

 

 

9-1-1904 a 19-3-1986

ARLINDO JOAQUIM PINTO DA FONSECA,

natural de Cinfães do Douro, onde nasceu em 9 de Janeiro de 1904 e que faleceu em 19 de Março de 1986. se hoje ainda fosse vivo, completaria 108 anos de idade.

Era um simples cidadão, trabalhou toda a vida, desde os 9 anos quando emigrou para o Porto, onde começou por ser ajudante numa padaria, depois de acabar a Instrução primária, Pouco depois, por volta dos anos 1912 a 1914, trabalhou em vários locais, aprendendo bem e depressa e a determinada altura, foi trabalhar para um escritório de advogados, onde esteve a trabalhar até aos 75 anos. Nesse escritório de advogados, aprendeu a escrever à máquina e trabalhava com um conceituado advogado (Dr. Morais de Almeida) e mais tarde, com o filho deste (que era mais ou menos da sua idade), que ainda foi mais famoso do que o pai, que entretanto já havia falecido. Este advogado, sabia praticamente de cor, todos os livros de Direito, pois havia-os lido quase todos, antes de se formar e começar a exercer a sua atividade e normalmente dizia ao empregado para procurar na biblioteca do escritório determinados livros dando a indicação exata dos nºs dos artigos, códigos, etc., de que necessitava, para qualquer causa de que estivesse a tratar no momento, no escritório ou no Tribunal. Era um indivíduo sumamente inteligente e leitor compulsivo de todas as leis que iam saindo, de tal modo, que devido à sua sapiência, nos anos de 1950/60, teve que ser internado na Suíça, onde esteve alguns anos, para ser tratado a problemas do foro mental, sem resultados favoráveis. Acabou por ter de voltar para casa onde faleceu na década de 60, após se ter delapidado a sua fortuna, e, bem assim, grande parte da fortuna de sua mulher –. que não sei se ainda é viva, - com os tratamentos a que foi submetido no estrangeiro e em Portugal, durante longos anos.

Meu Pai, - que é dele que se trata afinal, - tinha casado aos 25 anos (em 1929) com minha mãe que se chamava Regina, tendo ido morar para Rio Tinto, primeiro nu lugar da Campainha (creio eu) e depois na Rua de Medancelhe, onde ainda hoje vive a minha irmã mais nova. Minha mãe teve 8 filhos, mas dois morreram à nascença e outro que seria mais velho do que eu, parece que sobreviveu ainda alguns meses. Entretanto havia nascido em 1935 a minha irmã Maria Regina; em 1940 nasci eu; em 1943 nasceu meu irmão Fernando; em 1948 nasceu minha irmã Arminda e depois em 1952 (já não esperávamos…) nasceu meu irmão Luís Francisco, que faleceu de acidente vascular ou coisa parecida, quando estava na Guarda Nacional Republicana (antiga Brigada de Trânsito) em 1980 com 28 anos incompletos.

Por volta dos seus 18 ou 19 anos, foi fundado o Corpo Nacional de Escutas (CNE) e meu pai com alguns colegas da mesma idade ou aproximada, envolveram-se entusiasticamente nessa Associação, sendo considerado por muitos e por mim, principalmente, um dos fundadores do Escutismo na Região do Porto. Fundou vários Agrupamentos na cidade do Porto e nos arredores, nomeadamente em Rio Tinto, participou em inúmeras caminhadas e em todos os Acampamentos de Agrupamentos, Regionais e Nacionais. Com muita pena sua e também porque os tempos eram muito difíceis, só não pôde ir a Jamborees realizados fora do País, porquanto apenas ele trabalhava, para sustentar esta família que chegou a ser formada por sete pessoas (meus pais e cinco filhos, todos menores). No entanto, não esmoreceu nunca o seu entusiasmo pelo Escutismo, tendo levado todos os filhos para essa atividade. Primeiro minha irmã mais velha, que chegou a ser Chefe de Alcateia, no Grupo 10, sito no Bonfim. A seguir fui eu (com 6 anos apenas) fui integrado na referida Alcateia, como Lobito, onde percorri os escalões de sub-guia e guia de Bando (de Lobitos); depois fui Explorador, onde também fui sub-guia e guia de patrulha (patrulha Lobo). Mais tarde, ao atingir a idade de 16 anos, transferi-me por opção para o grupo de Campanhã, onde fui Caminheiro e Guia de Clã e finalmente na minha maioridade, que nessa altura, era aos 20 anos (creio eu) fui refundar o Agrupamento de Águas Santas, que estava paralisado por falta de Chefes, onde até 1962 exerci as funções de Chefe de Agrupamento. Meu irmão Fernando, também foi Lobito e Explorador no Bonfim. A Arminda foi Pioneira em Rio Tinto, assim como meu irmão Luís também andou por lá algum tempo.

Entretanto meu pai, conhecido como CHEFE ARLINDO ou VELHO LOBO DO NORTE – enquanto eu era o LOBO DO NORTE … -  não só no meio escutista, mas até fora dele, sofreu diversos dissabores, na Região do Porto, nomeadamente por parte de alguns dirigentes que na altura mandavam na Junta Regional do Porto, que o desrespeitaram muitíssimo; inclusive alguns desses dirigentes (que já cá não estão, felizmente..) tiveram o topete de o insultar, proibindo-o até de exercer as funções de dirigente de Agrupamento, nomeadamente o de Rio Tinto, que aliás tinha sido o primeiro por ele fundado. Mau grado, essas tribulações, que a mim pessoalmente, envergonhavam porque estive presente quando tal sucedeu, não esfriaram o seu entusiasmo, e fez questão de que quando morresse lhe vestissem a farda de Escuta (que sempre foi) e com o Rosário na mão.

O Escutismo foi para ele a sua meta; em tudo que ali fez, empregou todo o seu saber, entusiasmo, alegria e contagiava todos os que o rodeavam, com as canções que cantava e fazia cantar; sabia-as todas na ponta da língua e quando era preciso falar perante fosse quem fosse, fazia-o sem se preocupar com as críticas que alguns (… os já acima citados…) pejorativamente lhe manifestavam. Nunca odiou ninguém, pelo contrário, sempre os ajudou a manter viva a chama do Escutismo que nele ardia com muita intensidade. Morreu perdoando a todos e uma hora antes de falecer, no Hospital de S. João, ao fim de oito dias de internamento, quando lhe perguntei se já tinha falado com o Confessor, ele disse-me que não me preocupasse porque já o tinha feito e estava completamente em paz com os Homens e com Deus e só esperava a chamada final

Adeus meu querido Pai e até quando Deus quiser.

Pai Nosso e Ave Maria. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre. Ámen.

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Post colocado em 9/1/2012, às 15,36 Horas

ANTÓNIO FONSECA

Nº 1159-2ª Página - EVANGELHO, SEGUNDO S. MATEUS - ANO B – 9 DE JANEIRO DE 2012


Nº 1159-2ª Página

(Continuação (13)

LIVRO QUARTO
 
O REINO TORNA-SE IGREJA
 
SEGUNDA VISITA A NAZARÉ Chegado à Sua terra, ensinava na sinagoga de modo, que todos se enchiam de assombro e diziam: «De onde Lhe vem esta sabedoria e o poder de fazer milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? Não se chama Sua mãe Maria e Seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Suas irmãs não estão todas entre nós? De onde Lhe vem, pois, tudo isto?» E estavam escandalizados com Ele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria e em sua casa». E não fez ali muitos milagres por causa da falta de fé daquela gente.
 
14 – Execução do Baptista Por aquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos de Herodes, o tetrarca,  e ele disse aos seus cortesãos: «Esse homem é João Baptista! Ressuscitou dos mortos, e, por isso, tais poderes miraculosos se manifestam n’Ele». Herodes, com efeito, depois de prender João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de Filipe, seu irmão, pois João dizia-lhe: «Não a podes ter contigo». Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um  profeta. Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou em público e agradou a Herodes, pelo que se comprometeu, sob juramento, a dar-lhe o que ela lhe pedisse. Induzida pela mãe, respondeu: «Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Baptista». O rei ficou penalizado, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou quer lha trouxessem e mandou decapitar João Baptista na prisão. Trouxeram num prato a cabeça e deram-na à jovem, que a levou á mãe. Os discípulos de João vieram buscar o cadáver e sepultaram-no: depois foram dar a notícia a Jesus.
 
Jesus alimenta a multidão  Jesus, quando isto ouviu, retirou-Se dali numa barca, para um lugar solitário e afastado; mas o povo, quando soube disto, seguiu-O a pé, desde as cidades. Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, e possuído de grande compaixão por ela, curou os seus enfermos. Ao entardecer, os discípulos abeiraram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Este sítio é deserto e a hora já é avançada; manda embora toda esta gente para ir às povoações comorar alimento». Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que vão; dai-lhes vós de comer». «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes», responderam. «Trazei-mos cá», disse Ele. E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu-os aos seus discípulos, e estes à multidão. Todos comeram e ficaram saciados; e com o que sobejou encheram doze cestos! Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
 
Jesus caminha sobre as ondas Depois, Jesus, obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto despedia as turbas. E, logo que as despediu, subiu a um monte para rezar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só. A barca ia já no meio do mar, açoitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Ao verem-n’O caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se, dizendo: «É um fantasma!» E gritaram. No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos, sou Eu; não temais». Pedro respondeu-Lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas». «Vem», disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo da barca, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?» E quando entraram na barca, o vento amainou. Os que se encontravam na barca prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «És realmente o Filho de Deus!»
 
Sumário: Resumo da atividade de Jesus Após a travessia, pisaram terra em Genesaré. Ao reconhecerem-n’O, os habitantes daquele lugar espalharam a notícia por toda aquela região. Trouxeram-Lhe, então todos os doentes, suplicando-Lhe que, ao menos, os deixasse tocar na orla da Sua capa. E todo aqueles que a tocaram, ficaram completamente curados.
 

(continua em 10/1/2012)


Transcrição de António Fonseca

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