domingo, 10 de março de 2013

Nº 1585-2 - O ANTIGO TESTAMENTO - DEUTERONÓMIO (15) - 10 de Março de 2013

10 de Março de 2013
antoniofonseca1940@hotmail.com
2013

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Distribuição das Tribos em ISRAEL

Nº 1585

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Caros Amigos:
Ver por favor a edição de, 12 de Novembro, deste Blogue.

Resolvi simplesmente começar a editar o ANTIGO TESTAMENTO que é composto pelos seguintes livros:
GÉNESIS, ÊXODO, LEVÍTICO, NÚMEROS (Estes já estão…) – Faltam apenas 1030 páginas…(mais ou menos) - Sejamos optimistas.
DEUTERONÓMIO, constantes do PENTATEUCO; JOSUÉ, JUÍZES, RUTE, 1º E 2º de SAMUEL, 1º e 2º Reis, (2) CRÓNICAS (paralipómenos), ESDRAS, NEEMIAS, TOBIAS, JUDITE, ESTER, 1º E 2. MACABEUS (Livros históricos); JOB, SALMOS, PROVÉRBIOS, ECLESIASTES, CÂNTICO DOS CÂNTICOS, SABEDORIA, ECLESIÁSTICO (Livros Sapienciais ); ISAÍAS, JEREMIAS, JEREMIAS – Lamentações, BARUC, EZEQUIEL, DANIEL, OSEIAS, JOEL, AMÓS, ABDIAS, JONAS, MIQUEIAS, NAUM, HABACUC, SOFONIAS, AGEU, ZACARIAS e MALAQUIAS (Profetas).
SÃO APENAS POUCO MAIS DE 40 LIVROS = 1260 PÁGINAS … (coisa pouca…)
Poderei porventura dar conta do recado? Se calhar, não!
Só Deus o sabe e decerto providenciará o que lhe aprouver!
SEI: que é uma tarefa ciclópica, impossível., etc., para os meus 73 anos (*) . Desconheço se conseguirei executar esta tarefa e sei os limites que poderão antepor-se-me, mas CREIO EM DEUS TODO-PODEROSO que não me desamparará em ocasião alguma.
Com Fé e perseverança tudo se consegue e portanto irei até onde Deus me permitir, rezando todos os dias para que eu possa Evangelizar com os meios que tenho à disposição, durante o tempo que Deus Nosso Senhor Jesus Cristo entender.
Se o conseguir, darei muitas Graças a Deus
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Como afirmei inicialmente, Envolvi-me nesta tarefa, pois considero ser um trabalho interessante, pois servirá para que vivamos mais intensamente a Vida de Jesus Cristo que se encontra sempre presente na nossa existência, mas em que poucos de nós (eu, inclusive) tomam verdadeira consciência da sua existência e apenas nos recordamos quando ouvimos essas palavras na celebração dominical e SOMENTE quando estamos muito atentos,o que se calhar, é raro, porque não acontecendo assim, não fazemos a mínima ideia do que estamos ali a ouvir e daí, o desconhecimento da maior parte dos cristãos do que se deve fazer para seguir o caminho até Ele.
Como Jesus Cristo disse, aos Apóstolos, no dia da sua Ascensão ao Céu:
IDE POR TODO O MUNDO E ENSINAI TODOS OS POVOS”.

É apenas isto que eu estou tentando fazer. AF.
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Nº 1585 - 2ª Página

10 de Março de 2013

ANTIGO TESTAMENTO

DEUTERONÓMIO
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Mapa antigo de Israel

DEUTERONÓMIO

Segundo Discurso de MOISÉS

15  -  O ANO DA REMISSÃO – «De sete em sete anos, cumprirás a Lei da remissão. Eis a explicação desta remissão: nenhum credor poderá exigir o empréstimo que tiver feito ao seu próximo. Não exercerá contra o seu próximo e contra o seu irmão violência alguma quando for anunciada a remissão do Senhor. Contra o estrangeiro, poderás usar de constrangimento, mas, quanto às dívidas de teu irmão, farás remissão.

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O Dez Mandamentos

Discursos de Moisés durante o Êxodo e Apêndice relatando a fim da sua atuação e a sua morte, antes de chegar à Terra Prometida

Textos do LivroDEUTERONÓMIOdo ANTIGO TESTAMENTO

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10 de MARÇO de 2013 – 10.15 h
ANTÓNIO FONSECA

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http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt; http://bibliaonline.com.br/acf
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Nº 1584 - (3) - A VIDA DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA - 10 de Março de 2013

Nº 1584 - (3)

BOM ANO DE 2013

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Caros Amigos:

Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)

segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.

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PAULO III

Paulop III

Paulo III

(1534-1549)

O cardeal Farnese foi eleito em 13 de Outubro de 1534, após um dia de escrutínio e por unanimidade, escolhendo o nome de Paulo III.

A sua vida tinha sido pouco edificante, mas mudou completamente após ser ordenado aos 51 anos.

Homem culto e amante das artes, era um diplomata nato.

Logo que foi eleito, o imperador alemão e o rei francês procuraram atraí-lo para a sua órbita, mas Paulo III soube manter-se prudentemente neutro, enviando legados a ambos, convidando-os à reconciliação. Convocou-os depois para Nice, com vista a chegarem, a acordo, mas o melhor que conseguiu foi uma trégua de dez anos, confirmada em 18 de Setembro de 1544.

Dedicou-se então à abertura do Concilio de Trento, convocado em 1536, começando também pela reforma da Cúria e dos Tribunais Apostólicos, encarregando a Dictamen, que os regularia, a homens competentes.

Um dos pontos principais dessa reforma consistia na obrigação de residência permanente nas dioceses imposta aos bispos, que, deixando as almas entregues ao clero, usufruíam os proventos dos bispados, como meio de vida, residindo longe. Nessa mesma linha de reforma se deve a reorganização do Santo Ofício, ou Inquisição, pela bula Licet ab initio, de 1542, e a publicação do Índice dos Livros Proibidos, em 1543, em face do crescente número de publicações de ideias protestantes.

Finalmente, a 13 de Dezembro de 1545, deu-se início ao Concilio de Trento, com a presença de quatro cardeais, quatro arcebispos, 21 bispos e cinco gerais de ordens religiosas, com os teólogos pontifícios, Lainez e Salmeron, membros da Companhia de Jesus.

De Portugal estiveram presentes os dominicanos, Jorge de Santiago, Gaspar dos Reis, Jerónimo de Azambuja e, mais tarde, D. Frei Baltasar Limpo, bispo do Porto.

O primeiro decreto dogmático do concílio incide sobre as fontes da fé católica – a Sagrada Escritura e a tradição apostólica – anatematizando os que rejeitassem, no todo ou em parte, qualquer dos livros Sagrados. Dada a importância do assunto e para obstar ao perigo de traduções adulteradas, ficava proibida a impressão do texto sagrado, total ou parcialmente, sem a devida autorização da autoridade competente.

Prescreveu-se a todos os prelados a obrigação de criar cadeiras para o estudo da Sagrada Escritura em todas as igrejas, catedrais e colegiadas.

O concílio elaborou ainda decretos dogmáticos, face aos erros difundidos pelo luteranismo, como os referentes ao pecado original e à justificação. Quanto ao pecado original, transmite-se por herança e não por simples imitação, inerente à própria propagação do género humano, com a única exceção do privilégio da Santíssima Virgem. por sua vez, a justificação não pode basear-se apenas na fé, como pretendia Lutero, sob pena de se negar o livre-alvedrio e tirar qualquer mérito ou responsabilidade aos procedimentos humanos. Os 16 capítulos e 33 cânones que a expõem são uma obra-prima da prudência e clareza.

O decreto tridentário estabelece a justificação entre os extremos do protestantismo (pela fé) e do pelagianismo (pelas forças naturais), ou seja, a justificação consegue-se pela graça de Cristo, a qual não elimina a responsabilidade dos atos humanos.

Uma inesperada epidemia começou a fazer vítimas entre os participantes e o papa, que suspendeu o concílio, morria, entretanto, no Quirinal e era enterrado em, São Pedro.

Lutero tinha falecido em Fevereiro de 1546 e um ano depois, em Janeiro de 1547, morria Henrique VIII, deixando viva a sexta mulher, Catarina Parr. Durante a menoridade de Eduardo, seu sucessor, Thomas Cramer, arcebispo de Cantuária, deu o impulso necessário para a protestantizaçao da Inglaterra. A partir de então, o cisma transforma-se em heresia e a ruptura com Roma foi irremediável.

Entretanto a Companhia de Jesus, que Paulo III aprovou em 27 de Setembro de 1540, ia ser o grande suporte da ação cultural e missionária da Igreja e São Francisco Xavier embarca para Goa e Japão, ao serviço de Portugal, em Abril de 1541.

Em 1540, Paulo III aprovou a Congregação dos Clérigos Regulares, fundada por São Jerónimo Emiliano, e outra Ordem dos Clérigos, fundada por Santo António Maria Zacarias, e a Ordem das Ursulinas, fundada por Santa Ângela de Merici.

No que se refere a Portugal, Paulo III concedeu a D. João III, pela bula Cum ad nihil magis, de 23 de Maio de 1536, a introdução do Tribunal da Inquisição em Portugal, composto por três inquisidores-gerais, os bispos de Lamego, Coimbra e Ceuta, mas gozando de autoridade limitada aos crimes de fé e com o prévio julgamento dos culpados, para se apurar a gravidade das suas faltas.

As restrições não agradaram a D. João III, que fez diligências em Roma para ter uma Inquisição livre, o que conseguiu pela  bula Meditatro cordis, de 16 de Julho de 1547, pelo que criou tribunais do Santo Ofício em Lisboa, Évora, Coimbra, Porto, Lamego, Tomar e Goa.

Este papa tem também uma curiosa ligação aos Açores, mais exatamente à cidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel onde é venerada a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres, pois esta imagem foi oferecida por Paulo III. De facto um grupo de jovens deslocou-se a Roma para pedir ao papa uma bula apostólica de modo a viverem canonicamente, segundo a regra de Santa Clara. no convento da Caloura, Paulo III acedeu e fez-lhes a oferta da imagem.

Por causa do assédio dos corsários, os condes de Vila Franca do Campo mandaram as jovens para Ponta Delgada com a imagem, após mandarem erigir em 1541 aquele que veio a ser chamado o Convento de Nossa Senhora da Esperança.

Como último papa do Renascimento, Paulo III apoiou o desenvolvimento das artes e foi no seu pontificado que Miguel Ângelo terminou, na Capela Sistina, a obra imortal o Juízo Final e se encarregou dos projetos de construção da cúpula de São Pedro e da restauração do Capitólio.

 

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JÚLIO III

Júlio III

Júlio III

(1550-1555)

O conclave reuniu-se em 29 de Novembro de 1549, mas a eleição só aconteceu em 8 de Fevereiro de 1550, com os 47 cardeais divididos entre partidários do imperador alemão e do rei de França.

Eleito com o nome de Júlio III, o povo recebeu-o com manifestações de regozijo, fazendo uma mascarada carnavalesca pelas ruas, com touros e corridas de jovens. O espetáculo agradou tanto a Júlio III que durante o seu pontificado algumas vezes o repetiu para contentar as multidões.

Foi um papa condescendente, afável, mostrando-se liberal com o povo.

Empenhou-se na reforma da Igreja e num consistório, em 10 de Março de 1550, afirmou que grande parte do mal estava na avareza dos principais representantes da Cúria, na injusta distribuição dos benefícios e no exagerado luxo dos eclesiásticos e que, por isso, a reforma teria de começar por aí.

Teve grande mérito ao reabrir o Concilio de Trento, no qual, na primeira fase, se havia distinguido na qualidade de representante do papa Paulo III, seu antecessor.

Neste concílio, de 1 de maio de 1551 a 28 de Maio de 1552, foram tratados assuntos de grande e inegável importância, tais como: o culto à eucaristia, a sua conservação nas igrejas e a obrigação de comunhão pascal anual, bem como a indispensável preparação para esse ato.

Debatido o sacramento da penitência, onde são de salientar as participações de Diogo Lainez e do teólogo dominicano Melchior Cano, ficaram firmadas a distinção entre penitência e baptismo e a obrigatoriedade da explicação verbal dos pecados, não bastando a confissão interior feita a Deus.

No campo disciplinar, reafirmou-se a jurisdição episcopal, as suas obrigações pastorais e a necessidade de reforma do clero.

Com espírito ecuménico, convidaram os protestantes a comparecer em Trento para exporem a sua doutrina, mas estes revelaram não estar interessados em aclarar a verdade.

A situação política agravou-se e houve nova interrupção do concílio, mas Júlio III persistiu em dar realidade à reforma eclesiástica. Assim: mudança radical no funcionamento dos conclaves, para evitar intromissões politicas; os cardeais deveriam ser verdadeiros conselheiros e consultores do papa; os bispos ficariam obrigados a residir no seu bispado e a visitá-lo pastoralmente; a admissão ao sacerdócio devia ser mais exigente e rigorosa. Foi nomeada uma comissão para a efetivação desta reforma, tendo Júlio III trabalhado intensamente com ela.

No campo internacional o papa destacou-se com o apoio a Maria Stuart, quando esta, em 1553, se propunha restabelecer na Inglaterra a fé católica, entretanto desviada para o protestantismo, Júlio III enviou a Inglaterra o cardeal Reginaldo Polo para ajudar a rainha a concretizar a desejada união, que chegou a ser oficialmente decretada em Janeiro de 1555. Pouco depois chegou a Roma uma embaixada inglesa para estreitar as relações com a Igreja Católica.

Entretanto, Júlio III faleceu sem ver concretizada a desejada união.

O pontificado fica ainda marcado pela sua confiança na Companhia de Jesus, ao confirmar, em 1550, a sua aprovação e ao entregar-lhe o Colégio germânico de Roma.

Em quatro séculos de existência formaram-se na Companhia mais de 7000 alunos, entre os quais um papa,Estrela  29 cardeais, 57 arcebispos, 330 bispos e 50 mártires.

Neste pontificado deu-se a expansão missionaria, tanto no Oriente como na America Latina. No Oriente, o grande apóstolo São Francisco Xavier, que morreu em 1552, depois de intensa atividade em Goa e no Japão, e na América Latina a construção pelos missionários jesuítas padre Manuel da Nóbrega e beato José Anchieta, do Colégio de São Paulo, de onde viria a nascer a atual grande cidade brasileira de São Paulo.

Júlio III morreu deixando a Igreja lançada na Contra-Reforma e na cristianização dos novos mundos.

Estrela Também o papa FRANCISCO I eleito em 13-3-2013 veio da Companhia de Jesus!!!

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MARCELO II

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Marcelo II

(1555)

O cardeal Marcelo Cervino, homem de comprovada virtude, humilde e piedoso, foi eleito papa em 10 de Abril de 1555, tomando o nome de Marcelo II.

Esperava-se dele uma reforma eclesiástica para a qual estava disposto e capacitado. De facto, começou por abolir os festejos habituais pela altura da eleição papal, mandando distribuir pelos pobres o que neles se devia ter gasto e lançou-se afanosamente na continuação do concílio.

Infelizmente para a Igreja, uma morte prematura, levou-os aos 54 anos de idade, tendo sido apenas papa 21 dias.

Aprovou a Companhia de Jesus, de quem esperava ajuda para a reforma que pretendia efetuar.

Um seu sobrinho, São Roberto Belarmino, também jesuíta, veio a ser um grande Doutor da Igreja e influente na Contra-Reforma.

O nome deste papa ficou célebre pela missa polifónica intitulada Missa papae Marcelli, da autoria do famoso compositor Palestrina.

O historiador Pietro Sarpi deixou dele testemunho: «Homem grave, severo e constante, que, contra o costume dos seus antecessores, quis conservar o seu nome de baptismo, em prova de firmeza e como para dar a entender que nova dignidade não o tinha feito mudar».

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Continua:…

Este Post era para ser colocado em 10-3-2013 – 10H30

ANTÓNIO FONSECA

sábado, 9 de março de 2013

Nº 1579-3 - A VIDA DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA - (77) - 5 de Março de 2013

Nº 1579 - (3)

BOM ANO DE 2013

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Caros Amigos:

Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)

segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.

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MARTINHO V

Martinho V

Martinho V

(1417-1431)

Ainda cardeal, abandonou a Cúria de Gregório XII e no Concílio de Pisa tomou parte na eleição dos antipapas Alexandre V e João XXIII.

Com os problemas do pontificado anterior, verificou-se uma sede vacante de quase dois anos e meio, até que no Concílio de Constança, composto de 23 cardeais, da Alemanha, França, Itália, Espanha e Inglaterra, até então em litígio, elegeram em 11 de Novembro de 1417 o diácono Oddone Colonna, que tomou o nome de Martinho V, um papa, indiscutivelmente legitimo, que punha fim ao cisma que durara 40 anos e que permitia que a Igreja tivesse novamente uma cabeça quase universalmente reconhecida.

Ao ser eleito, não era mais do que subdiácono com o título honorífico de cardeal, pelo que foi ordenado diácono, sacerdote, consagrado bispo e coroado papa, no palácio episcopal de Constança.

Martinho V, que não se destacava por dotes de ciência ou de letras, logo mostrou o acerto da sua eleição.

Era um homem modesto e conciliador, mas também enérgico e realizador.

Um dos primeiros atos do seu pontificado, ainda no decorrer do Concilio de Constança, foi a publicação duma bula em que condenava os erros de Wiclef (1320-1384), já condenados por Gregório XI, e os erros de Jan Huss (1364-1415). No prosseguimento do concílio, confirmou as penas canónicas contra a simonia e proibiu a acumulação de benefícios. Martinho V deu por encerrado o concílio em 22 de Abril de 1418 e determinou que o próximo se realizaria em 1423, em Pavia.

Decretou também a proibição de se apelar para o concílio contra o papa, rejeitando assim a superioridade do concílio sobre o papa, votada em Constança.

Como Roma continuava agitada e ocupada pelos Napolitanos, o papa permaneceu em Constança, até que em Maio de 1418 se dirigiu para Milão. Daí passou a Florença, onde recebeu a retratação do arrependido João XXIII e os embaixadores de Constantinopla, procurando a união das duas igrejas.

Finalmente, com Roma pacificada, ali entrou em 30 de Setembro de 1420, encontrando a cidade completamente arruinada e por isso começou, imediatamente, por criar uma polícia especial contra os bandidos e os vadios.

Procurou consolidar os Estados Pontifícios, dando coesão aos municípios e províncias e reduzindo o predomínio das famílias principais, que se consideravam superiores às próprias leis.

No campo espiritual, publicou, em 1423, a celebração dum jubileu pregado por São Bernardino de Sena e procurou incrementar a devoção à eucaristia e ao culto dos santos.

Dando seguimento às determinações do Concilio de Constança, o concílio indicado para Pavia teve de ser transferido para Siena, onde se iniciou em 23 de Março de 1423. O concílio foi de escassa importância, limitando-se a condenar novamente as heresias de Huss e a excomungar os ainda seguidores de Bento XIII. Foi ainda determinado que o próximo se realizaria em 1431, em Basileia, a que o papa já não assistiu, pois faleceu em Roma, aos 63 anos de idade, vítima de apoplexia.

No dizer dos historiadores da época, o povo chorou-o como se tivesse perdido o melhor dos pais e o epitáfio do seu sepulcro exalta-o com temporum suorum felicitas.

No que respeita a Portugal, Martinho V interveio nos confrontos entre a autoridade real e a Igreja e sabendo dos vexames que D. João I infligia ao clero, expediu uma bula aos metropolitas de Braga e Lisboa, na qual, depois de se referir ao abusos perpetrados pelo rei, mandava que lhe fossem enviadas a Roma pessoas idóneas para tratarem com  ele do assunto.

D. João I receoso, apressou-se a reparar os agravos, firmando com os bispos reunidos em Santarém, em 30 de Agosto de 1427, uma concordata com 94 artigos para sanar os diferendos.

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BENTO XIV - ANTIPAPA

Bento XIV

(1425-1430)

Pouco se conhece da vida deste antipapa, sabendo-se que foi um dos que surgiram da jura feita a Bento XIII à hora da morte, pelos cardeais que lhe eram fiéis.

 

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EUGÉNIO IV

Eugenio IV

Eugénio IV

(1431-1447)

Gabriele Condulmaro ficou rico ainda muito jovem e decidiu doar 20 000 ducados aos pobres e entrar no mosteiro dos monges agostinhos.

Antigo eremita de Santo Agostinho, o cardeal Gabriele Condulmaro impôs-se ao concílio pela sua virtude e austeridade, vindo a ser eleito papa, com o nome de Eugénio IV, em 3 de Março de 1431, e coroado em Roma a 11 do mesmo mês.

Por uma bula publicada após a eleição comprometeu-se a reunir um concílio para reforma da igreja e a não tomar nenhuma decisão importante sem consultar o Colégio Cardinalício.

Entretanto, outros parentes de Gregório XII fazem-lhe oposição, porque depois de saquearem o tesouro da Santa Sé pretendiam conservar a propriedade do Castelo de Santo Ângelo e outras localidades, o que obrigou Eugénio IV a lançar sobre eles a excomunhão.

Para prosseguir e concretizar a reforma convocou o concílio de Basileia, que teve pouca concorrência devido à guerra entre a França e a Inglaterra. Declara o concílio encerrado, transferindo-o para Bolonha.  A bula da dissolução foi mal recebida pelos prelados e pelos doutores, que, sob  a proteção do imperador Segismundo, reafirmaram a autoridade do concílio superior à do papa. Da Universidade de Paris chegou também uma mensagem violenta contra o papa.

Temendo o pior, Eugénio IV mostra-se disposto a reabrir o Concilio de Basileia, mas, entretanto, Segismundo dirige-se a Itália, sendo coroado em São Pedro, em 31 de maio de 1433. De regresso à Alemanha passa por Basileia procurando solucionar o conflito pendente e Eugénio IV faz promessas mais amplas, exigindo apenas que o concílio anulasse os decretos que colidiam com o poder papal.

Inesperadamente, o duque de Milão, com outros capitães, dizendo-se mandatados pelo concílio, invadem os territórios pontifícios, chegando às portas de Roma. Eugénio IV, disfarçado de frade, foge para Florença  e envia delegados a Basileia com propostas conciliadoras que não são bem recebidas, o que o leva a declarar o V Concilio trasladado para Ferrara. Enfurecidos, os renitentes de Basileia, em Janeiro de 1438, declaram Eugénio suspenso das suas funções e, em Novembro de 1439, com a presença de um único cardeal e apenas 11 bispos, sete abades e nove canonistas, organizam um conclave que elege papa o duque Amadeu VIII de Saboia. O duque é coroado com o nome de Félix V (o último dos antipapas), durando dez anos esse ridículo pontificado, até que entregou o seu arrependimento a Nicolau V, sucessor de Eugénio IV, que o tratou com benignidade.

Entretanto, Eugénio IV, alheio às bizarrias do antipapa, começa a receber o arrependimento dos príncipes que lhe eram hostis e até de alguns cardeais,. uns e outros a retirarem o apoio dado aos conciliaristas, submetendo-se ao papa.

Eugénio IV, para alcançar uma conciliação com a Igreja do Oriente, convoca o Concilio de Ferrara numa altura em que a peste começa a aparecer naquela cidade. Transfere então o concílio para Florença (1439), onde se chega, finalmente, a acordo, mostrando-se os Gregos convencidos com a argumentação dos Latinos. Feliz com este resultado, Eugénio IV escreve uma bula onde anuncia o acordo a toda a Cristandade. «Alegrai-vos, ó céus, salta de gozo, ó terra, porque é completa a paz na igreja de Cristo». Contudo, a alegria foi curta porque o clero bizantino não recebeu bem os representantes que se tinham deslocado ao Ocidente. manobrou o povo fanatizado pela rivalidade e ódio contra Roma e encarcerou o metropolita Isidoro.

Ao morrer, Eugénio IV exclamou no seu leito de morte: «Muitas tempestades agitaram esta Sede, mas as minhas intenções foram rectas e, neste terrível momento, conforta-me o pensamento de que a misericórdia divina olha mais para a boa vontade do que para aquilo que se consegue».

Durante o seu pontificado, dedicou-se à reconstrução material e artística de Roma, tendo-se rodeado de artistas como Fra Angelico e Donatello.

Ele próprio mandou fazer as portas de bronze que ainda hoje adornam, a entrada de São Pedro, encarregando Fra Angelico de decorar a Capela do Santíssimo Sacramento, no Vaticano.

Também teve influência em Portugal, no conflito entre o clero e D. Duarte, o que motivaria uma bula a lembrar-lhes as suas obrigações. Confirmou, ainda, a Congregação dos Cónegos de São Salvador de Vilar de Frades, mais tardes chamados Frades Lóios, nome derivado de Santo Elói, cujo mosteiro em Lisboa lhes pertencia.

FÉLIX V -   -  O Último ANTIPAPA

Félix V

(1439-1449)

 

O papa Eugénio IV, ao convocar o Concilio de Basileia, transferindo-o depois para Bolonha, provocou a ira dos prelados e dos doutores que o contestavam. Dizendo-se mandatado dos conciliares, o duque de Milão  chega às portas de Roma, o que leva o papa a fugir para Florença, de onde envia novas propostas conciliadoras para Basileia, mas nem assim conseguiu que cedessem. Pelo contrário, em Janeiro de 1438, o Concilio de Basileia declara Eugénio IV suspenso das suas funções e, em 5 de Novembro de 1439, com a presença de um único cardeal e apenas 11 bispos, sete abades e nove canonistas, organizam um conclave que elege, para o substituir, Amadeu, 8º duque de Saboia, uma pessoa de bons costumes, viúvo e que tinha nove filhos, mas que de religião não sabia mais do que o catecismo elementar. Amadeu havia fundado em Ripaille a Ordem dos Santos Maurício e Lázaro, cuja divisa é Serville Deo Regnare Est, deixando o seu castelo de Ripaille, para se tornar no papa Félix V.

Amadeu tinha unificado os domínios da Casa de Saboia, promulgando os respectivos Estatutos, pelo que tomou o título de 8º duque de Saboia, mas como papa foi uma desilusão.

Dele dizia o seu secretário Eneias Sílvio: «Feliz príncipe, se a ambição das dignidades não lhe tivesse manchado a velhice».

Voltaire, a seu respeito, escreveu: «Ó bizarro Amadeu, Amadeu! Tu quiseste ser papa e deixaste de ser ajuizado».

A verdade é que após dez anos de um ridículo pontificado, vendo que ninguém fazia caso dele, em 7 de Abril de 1449 abdicou, mostrando o seu arrependimento a Nicolau V, sucessor de Eugénio IV, que ele nunca suplantara, e o papa tratou-o de forma benigna, pois nomeou-o vigário de Saboia e, mais tarde, cardeal com uma pensão vitalícia e a mais alta posição no Colégio Cardinalício.

Morreu em Genebra, e com ele desapareceu o último antipapa da história do papado, porque tudo começou em 217 quando Santo Hipólito foi considerado antipapa, o primeiro da história da igreja, e foram precisos treze séculos para que este problema terminasse de vez.

 

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Continua:…

Este Post era para ser colocado em 5-3-2013 – 10H30

ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...