terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Nº 3 6 7 7 - SÉRIE DE 2018 - (339) - SANTOS DE CADA DIA - 4 DE DEZEMBRO DE 2018 - Nº 28 DO 12º ANO



Caros Amigos











Nº  3 6 7 7



Série - 2018 - (nº 3 3 9)


4 de DEZEMBRO de 2018


SANTOS DE CADA DIA


12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



**********************************************************

Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos


___________________________________________________________________________

*********************************
***************************
*********************

»»»»»»»»»»»»««««««««««««





JOÃO DAMASCENO, Santo




São JOÃO DAMASCENO presbitero e Doutor da Igreja, insigne pela sua santidade e doutrina, que lutou ardorosamente com a sua palavra e seus escritos contra o imperador Leão, o Isáurico, em defesa do culto das sagradas imagens e, tornando-se monge na Laura de São SABAS, perto de Jerusalém, compôs hinos sagrados e ali morreu. O seu corpo foi sepultado neste dia. (749)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

Natural de Damasco, na Síria, era JOÃO filho de pais nobres e ricos, célebres por causa da grande caridade que praticavam para com os pobres, encarcerados e eremitas. Entre os presos resgatados achava-se também um sábio sacerdote da Calábria, de nome COSMAS, que instruiu o pequeno JOÃO nas ciências profanas e divinas.
O pai de JOÃO gozava de grande estima entre os Sarracenos, que naquela época eram senhores do país. Esta estima estendia-se ao filho. Os raros talentos e merecimentos deste levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo prefeito (Mansur) de Damasco. Esta circunstância aproveitou muito aos cristãos. Que mais poderia faltar, para completar a felicidade do Mansur ?  Este porém não se sentia bem na elevada posição. A palavra do Salvador, que «é muito dificil a um rico entrar no reino dos céus», não o deixava sossegado. Tomou uma resolução, que ninguém esperava: renunciou a todas as honras, distribuiu toda a fortuna entre os pobres e institutos de carácter religioso, e entrou para o convento de São SABAS, em Jerusalém.
O Mestre da Ordem venerável ancião, deu-lhe as seguintes regras: 
«Não procures nunca fazer a tua vontade. Aprende a morrer a ti mesmo para chegar ao completo desapego de todas as criaturas. Oferece a Deus as tuas acções, sofrimentos e orações. Não te ensoberbeças em virtude dos teus conhecimentos ou de qualquer outra coisa, mas convence-te cada vez mais de que não és nada senão ignorância e fraqueza. Renuncia à vaidade; desconfia da tua própria opinião e não queiras desejar aparições e privilégios extraordinários do céu. Afasta da tua memória tudo o que te ligou ao mundo. Observa bem o silêncio e fica sabendo que é fácil cometer pecado, não dizendo senão o bem». JOÃO observou fielmente todos estes conselhos e, dentro de pouco tempo, era considerado, entre os companheiros de religião, o mais perfeito. As virtudes que mais o adornavam, eram a humildade e a obediência. Do mestre recebeu um dia ordem de levar uns cestos ao mercado de Damasco e vendê-los por um preço muito alto. Para JOÃO significa isto uma humilhação muio grande; ele, ex-prefeito da cidade, apresentar-se ao mercado, a expor à venda uns cestos, por um preço ridiculamente exorbitante! JOÃO obedeceu. Não venderia os cestos, se um dos parentes não os tivesse comprado pelo preço indicado, só para o livrar duma situação penosa.
Em atenção às suas virtudes, foi promovido ao sacerdócio. Movido dum zelo extraordinário, pôs a pena ao serviço da defesa da causa da religião católica. O imperador Leão Isáurico tinha publicado leis muito severas contra o culto das imagens. O movimento iconoclasta tomara grande incremento no império.
JOÃO escreveu três livros sobre o culto das imagens. Baseava a argumentação no dogma da infabilidade da Igreja. «Não venerais o monte Calvário, a pedra do Santo Sepulcro, os livros do Santo Evangelho, o santo Lenho e os vasos sagrados  Que dúvida, pois,  tendes de venerar as imagens dos santos? »  
Ao imperador fez lembrar que não era da sua competência escrever sobre assuntos religiosos: «Ao monarca compete o governo do estado; nenhum direito, porém, lhe assiste de imiscuir-se em assuntos meramente religiosos». Seu biógrafo, o patriarca JOÃO, conta que na luta iconoclasta lhe foi decepada a mão direita, que em seguida, por intercessão de Maria Santíssima, outra vez se ligou ao braço mutilado. JOÃO não se limitou à defesa pela palavra escrita. Percorreu a Palestina toda, para animar os fiéis e confortá-los na fé.
São JOÃO DAMASCENO, o último dos Padres gregos, morreu pelo ano de 749, quase centenário. Foi declarado Doutor da Igreja por Leão XIII em 1890. Deve-se-lhe ter recolhido e exposto de maneira sistemática o essencial daquilo que os seus predecessores tinham escrito me ensinado. A sua Fonte de conhecimento é a primeira exposição sintética que foi feita, do dogma cristão. Traduzida para latim por 1150, com o título de De fide orthodoxa, esta obra tornou conhecidas no Ocidente as doutrinas dos Padres orientais que nele eram ignoradas. São TOMÁS DE AQUINO utiliza-ae cita-a muitas vezes. Cantamos ainda os seus belos hinos, que nos apresentam São JOÃO DAMASCENO como grande poeta.




BÁRBARA, Santa


Comemoração de Santa BÁRBARA, que, segundo a tradição, foi virgem e mártir, na Nicomédia, na actual Turquia. (data incerta)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:

Não faltam vidas impressas de Santa BÁRBARA; há-as antigas em latim, grego, síriaco e arménio. Eis, em resumo, o que elas dizem:

Um rico pagão, Dióscoro, tinha uma filha belíssima, BÁRBARA. Para resguardar dos pretendentes esta beleza, encerrou-a numa torre. Foi ela várias vezes pedida em casamento. Recusou sempre. O pai mandou que lhe fizessem uma piscina e partiu em viagem. A bela filha, cristã de coração, recebeu o baptismo. Tinha sido previsto que a torre tivesse duas janelas, mas ela exigiu uma terceira para o conjunto de todas ficar honrando a Santíssima Trindade. O pai regressa e mostra-se furioso ao ver que ela despreza os deuses. Quer matá-la, mas ela foge, abrindo-se um pedregulho para a deixar passar. Um pastor descobre onde ela se tinha recolhido, mas Deus castiga-o mudando-lhe as ovelhas em escaravelhos. Dióscoro chega por fim a encontrar a filha, arrasta-a até diante do juiz e começam os suplícios atrozes. Nosso Senhor conforta-a, porém. Une-se a BÁRBARA uma mulher chamada JULIANA. O resultado é enviar-lhe Deus um vestido. Mas Dióscoro corta a cabeça da filha. E JULIANA é executada pelos soldados. Acaba, porém, a história sendo Dióscoro reduzido a pó por um raio.
O culto de Santa BÁRBARA espalha-se no Oriente e no Ocidente. O ter-se estendido até à Rússia não favorece que o martírio se tenha dado na Toscana, em Itália. Outros locais propostos: o Egipto, Antioquia, Nicomédia e Roma. Diz-se que foi morta entre os anos de 235 e 313.
À Santa é atribuído preservar os seus devotos de morte repentina, naturalmente por alusão ao pai incrédulo que termina fulminado. Segundo os Livros de Horas, pedia-se: «Fazei, Senhor, que, por intercessão de Santa BÁRBARA, obtenhamos receber, antes da morte, o sacramento do corpo e do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo». Por isso é a Santa representada muitas vezes segurando um cibório encimado pela hóstia. Já aludimos à ideia do fogo, que é benfazejo ou malfazejo: a Santa é padroeira dos arcabuzeiros, dos canhoneiros, dos  marinheiros, dos mineiros, numa palavra, de todos quantos produzem explosões, às quais se devem juntar, por curioso paradoxo, os bombeiros. É sobretudo representada com a torre em que habitou.
O grande orador Padre ANTÓNIO VIEIRA num célebre Sermão sobre Santa BÁRBARA assim se refere ao seu poder sobre os raios e tempestades.

«Tinha Santa BÁRBARA, como filha única e herdeira de Dióscoro seu pai, senhor nobilíssimo da cidade de Nicomédia, um riquíssimo património dos bens que chamam da fortuna. tinha mais outro mais precioso e mais rico, que era o de todos os dotes da natureza e graça, formosura, discrição, honestidade, e as demais virtudes por onde o desejo e emulação de todos os grandes a procuravam por esposa. E tendo já consagrado tudo isto a Deus na flor da idade, até a liberdade e a vida lhe sacrificou  a sua fé e o seu amor; a liberdade em um dilatado martírio presa por muito tempo, e aferrolhada em um castelo; e a vida em outro martírio, mas muito mais cruel, sendo váriamente atormentada com todos os géneros de tiranias, e finalmente degolada com a maior de todas, por mão do sue próprio pai.
Este foi o preço verdadeiramente de tudo quanto possuía, com que BÁRBARA comprou os dois tesouros, um para si, outro para nós. Para si, o da eterna coroa que goza em paz na Igreja triunfante do céu: para nós, o do perpétuo socorro com que nos ajuda a batalhar e a vencer na militante da terra.
E se me perguntardes quando lhe deu Deus a investidura deste império (sobre os raios e tempestades) ou a posse deste governo, e de que modo? Respondo que por meio de dois raios fatais, pouco depois da morte da mesma santa. Concorreram para a morte, ou para o triunfo de BÁRBARA, dois bárbaros, um menor, outro maior tirano, ambos  crudelíssimos. O primeiro tirano, e menor, foi Marciano, que martirizou o corpo inocente e virginal da Santa com os mais esquisitos tormentos; o segundo tirano, e maior, foi Dióscoro, seu pai, que com entranhas mais feras que as das mesmas feras, desembainhou a espada e lhe cortou a cabeça. Que faria à vista deste espectáculo o fogo, que com instinto oculto e mais que natural, já sentia naqueles sagrados e coroados despojos e já começava a reconhecer a nova sujeição e obediência, que depois de Deus lhe devia?  Rasgam-se no mesmo tempo as nuvens, ouvem-se dois temerosos trovões, disparam-se furiosamente dois raios, os quais derrubando, abrasando e consumindo os dois tiranos, em um momento, os desfizeram em cinzas. Ah, miseráveis idólatras e tiranos impíissimos, que se no mesmo tempo em que os dois relâmpagos vos feriram os olhos, invocásseis o nome da mesma vítima a quem tirastes a vida, ela sem dúvida vos livraria da morte!  Mas nem os tiranos souberam conhecer onde tinham o seu remédio, nem os mesmo raios, que nesta execução começavam já o professar o culto e veneração de BÁRBARA, esperaram seu império».



JOÃO ORESTE CALÁBRIA, Beato, 



Em Verona, Itália, São JOÃO ORESTE CALÁBRIA presbitero que fundou a Congregação dos Pobres Servos e das Servas da Divina Providência. (1954)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:

Padre, fundador de duas Congregações religiosas e homem do Evangelho sem glosa, veio ao mundo em Verona - Itália, no seio de uma familia paupérrima. Com a morte do pai, teve de interromper os estudos primários. esta experiência infantil de extrema penúria vai influenciar a sua prodigiosa vida e apostolado.
Segundo os costumes aos 9 anos recebeu o sacramento do Crisma e aos 10 fez a primeira comunhão. Ia diariamente à igreja para ajudar à missa. Auxiliado por pessoas caridosas e vencendo dificuldades sem conta, conseguiu ordenar-se padre no dia 11 de Agosto de 1901.
Sendo ainda seminarista de 1894 a 1896 fez o serviço militar no departamento de saúde, causando, pelo seu comportamento exemplar, excelente impressão a colegas e superiores. De volta ao seminário, com as devidas licenças, empregou boa parte do tempo a cuidar dos enfermos e chegou mesmo a formar uma Pia União para tratar dos doentes pobres.
Como padre, impressionava por sua humildade, piedade, pobreza e caridade. Gastava a maior parte do dia no confessionário e em obras de beneficência. Abriu as portas da sua pobre casa aos meninos órfãos e abandonados.
Em 1907, com a cooperação de um padre e alguns leigos, fundou a «casa dos bons rapazes» para abrigar os órfãos e mendigos que já não cabiam na sua pequena residência. No ano seguinte mudou a casa para São ZENONE IN MONTE e deu-lhe o nome de «Obra do Senhor» Esta cresceu rapidamente e a partir de 1920 estendeu-se a outras dioceses  e chegou até à Índia.
Este desenvolvimento prodigioso só foi possível graças à fundação do Instituto dos Pobres da Divina Providência, que teve início a 26 de Novembro de 1907. O carisma especifico da Congregação é reavivar no mundo a fé e a confiança em deus, Pai de todos os homens, mediante o abandono total à Divina Providência. Os seus membros dedicam se às seguintes tarefas:


  1. 1. Acolher gratuitamente rapazes, material e moralmente necessitados, para os educar e encarreirar na vida.
  2. 2. Cultivar as vocações sacerdotais e religiosas, inclusive de adultos.
  3. 3. Receber doentes e idosos pobres.
  4. 4. Exercer o apostolado nas paróquias das regiões mais abandonadas.
  5. 5. Dar assistência aos encarcerados e ex-reclusos.


A par desta Congregação, o Servo de Deus, em 1910, fundou também o Instituto das Pobres Servas da Divina Providência.
Na homilia de beatificação de Monsenhor JOSÉ NASCIMBENI e do Padre JOÃO CALÁBRIA, a 17 de Abril de 1988, no estádio municipal de Verona, na presença de 40 Cardeais e Bispos, 900 sacerdotes e cerca de 50 000 fiéis, o santo Padre JOÃO PAULO II, a respeito deste último:

«Perito em pobreza, como sabeis, porque nascido de familia paupérrima, ajudado ele próprio pela caridade no período dos seus estudos, amou sobretudo os jovens  pobres, os órfãos e abandonados. A sua experiência oferecera-lhe uma particular sensibilidade e capacidade de aproximar os jovens afastados da fé, desprovidos de auxílio, necessitados sobretudo de calor familiar.
Foi precisamente a singular e vasta experiência da pobreza que suscitou nele a confiança ilimitada na Providência de Deus. Sempre chamou «Obra do Senhor» às suas iniciativas e fundações. Sabe-se que desde a mais tenra idade ele tinha sido fortemente impressionado pelas palavras do Evangelho: «Não vos inquieteis com o que haveis de comer... com o que haveis de vestir... O vosso Pai Celeste bem sabe que tendes necessidade de tudo isso. Procurai primeiro o seu reino e a sua justiça e tudo o mais se vos dará por acréscimo". Com este espírito, ele chamou à sua familia religiosa «Pobres Servos da Divina Providência», confiando os seus filhos espirituais a missão de ir lá «onde nada existe de humano a esperar».
Este projecto de caridade, humanamente paradoxal, tão audaz, tão confiante, tão singular, não pode deixar de imoressionar e de induzir a dar graças a Deus, que suscitou no meio de nós essa testemunha de confiança ilimitada na palavra do Evangelho».
AAS 78 (1986) 679-84; DIP I, 1698-1703.


ADOLFO KOLPING, Beato



Em Colónia, na Renânia da Prússia hoje na Alemanha, o beato ADOLFO KOLPING presbitero, que, ardentemente solicito para com os trabalhadores e a justiça social, fundou uma associação de jovens operários e a difundiu em muitos lugares. (1865)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:

O precursor de Rerum Novarum, Padre ADOLFO KOLPING nasceu em Kerpen - Alemanha, a 8 de Dezembro de 1813 e faleceu em Koln a 4 do mesmo mês de 1865. Foi beatificado por JOÃO PAULO II, no dia 27 de Outubro de 1991.
Na homilia da missa solene da beatificação, o Santo Padre apresenta os quatro principais pontos do pensamento e da actividade pastoral do Servo de Deus: 

Família, Igreja, Trabalho e Política. Eis as suas palavras:

A Família. «ADOLFO KOLPING sabia bem que, entre os homens, a familia é a primeira e mais natural comunidade de vida. Nenhum homem vem ao mundo sozinho: o pai e a mãe dão-lhe a vida. Uma criança precisa da familia, precisa de amigos e de parentes que a ajudem a estabelecer relações com o mundo que a circunda. ADOLFO KOLPING escreve: "A primeira coisa que o homem encontra na vida, a última para a qual estende as mãos é a mais valiosa que possui, mesmo quando não a aprecia, é a vida familiar».
A familia é o lugar onde o homem pode fazer as primeiras experiências de vida e de fé, para poder realizar, sobre o sue fundamento, as sucessivas experiências da fé e do mundo.
Apesar de tudo, KOLPING estava consciente das ameaças às famílias e dos seus maus êxitos. Eis porque atribuía um valor tão grande à santificação da familia. Repetia continuamente: "Deve começar em casa aquilo que poderá brilhar na pátria". Se a familia se mantém sã, então também a sociedade doente poderá curar-se. Mas se as famílias são doentes, então a sociedade no seu conjunto está seriamente ameaçada. Por este motivo, ADOLFO KOLPING reservou à familia um lugar fundamental no seu programa de renovamento pastoral social.

A Igreja. Para  ADOLFO KOLPING, a Igreja é o lugar onde o homem escuta a Palavra de Deus, que o orienta em todas as suas tarefas, e onde se aproxima dos sacramentos que lhe dão a força para cumprir estas tarefas.
Tudo aquilo que a Igreja tem recebeu-o de Jesus Cristo. Tem tudo isto não para si mesma, mas para a humanidade. Na Igreja encontramos Cristo, e, ao mesmo tempo, a nossa vocação no mundo.
ADOLFO KOLPING era um homem da Igreja. Foi marcado pelo Evangelho de Cristo desde a sua precedente experiência da vida como artesão. Como pastor, dirigia-se sobretudo aos explorados e aos fracos. Então, tratava-se dos artesãos e dos operários das fábricas. O seu empenho social, que se fundava na fé, deu-lhe a força de se dedicar ao serviço do próximo, levando-lhe assim a fé na amizade que Deus nutre pelos homens. ADOLFO KOLPING reuniu os artesãos e os operários, superando assim  o seu isolamento e a sua resignação. A comunidade na fé deu-lhes a força de enfrentar a vida de todos os dias, como testemunhas de Cristo diante do mundo...

A Missão. As sombras da injustiça, da exploração, do ódio e da humilhação dos homens dominavam a situação dos artesãos e dos operários das fábricas do século XIX.
ADOLFO KOLPING tinha-se posto de lado, primeiro de todo, dos homens. Não eram as estruturas que deviam ser as primeiras a mudar, mas os homens. Inspirado pela fé em Deus, quer a felicidade de todos os homens. KOLPING iniciou uma paciente obra de educação... Com as palavras  e os escritos, através de planificações e acções bem ponderadas, procurou, com os seus colaboradores, dar espaço e voz ao Evangelho do trabalho, que se tornou para KOLPING e para a sua obra o campo da actividade para um cristianismo cada vez mais próximo do mundo dos trabalhadores.
Com as suas ideias aplanou o caminho  e foi um  precursor  das grandes Enciclicas sociais que, iniciadas com a Rerum Novarum (1891) encontraram este ano, com a Centesimus annus, uma significativa  expressão. a Igreja esteve, desde sempre, do lado dos homens que trabalham. Com a beatificação de ADOLFO KOLPING, ela pretende prestar honras a estes artífices do progresso e do desenvolvimento da sociedade.

A Política.  O facto de assumir a responsabilidade em relação à sociedade e à comunidade dos homens era para KOLPING uma consequência do Evangelho. "Depende  do nosso cristianismo activo - escrevia KOLPING - se o mundo voltar à ordem cristã. Agora não devemos limitar esse Cristianismo activo apenas às paredes das Igrejas ou aos quartos dos doentes ou às nossas esferas familiares, mas devemos levá-lo à vida de todos os dias" Por este motivo, preparava e encorajava os seus amigos e assumirem responsabilidades na politica e na sociedade. Os cristãos não devem recusar-se , mas têm o seu papel e a sua tarefa  irrenunciáveis ao mundo do trabalho e nos lugares de comando em politica. KOLPING sabia que "a Igreja não pode nem deve descuidar a questão social - deve participar na vida civil e não deve temer a batalha
AAS 84 (992) 567-8; L'OSS. ROM. 3.11.1991.



HÉRACLAS, Santo


   
Na Alexandria, no Egipto, Santo HÉRACLAS bispo discipulo de ORÍGENES, seu colaborador e sucessor na escola catequética, que adquiriu extraordinária fama e depois foi eleito para dirigir esta sede episcopçal. (247)

.

MELÉCIO, Santo

Em Sebastopol, no Ponto, na hodierna Turquia, São MELÉCIO bispo, que, embora já famoso pela sua erudição, foi ainda mais eminente pela sua virtude e integridade de vida. (séc. IV)

FÉLIX, Santo

Em Bolonha, na Emília-Romagna, Itália, São FÉLIX bispo, que tinha sido diácono com Santo AMBRÓSIO na Igreja de Milão. (431)


 

APRO, Santo


Em Vienne, na Gália Lionense, hoje França, Santo APRO presbitero que, deixando a sua pátria, construiu para si uma pequena cela e seguiu vida solitária e penitente. (séc. VII)


SIGIRANO ou SIRANO, Santo


No território de Bourges, na Aquitânia, hoje França, São SIGIRANO ou SIRANO monge, peregrino e abade de Longoret. (séc. VII)


ADRAÍLDE ou ADA, Santa


Em Le Mans, na Nêustria - hoje França, Santa ADRAÍLDE ou ADA, abadessa do mosteiro de santa Maria. (692)


SOLA ou SUALO, Santo



No mosteiro de Ellwangen, na Baviera, Alemanha, São SOLA ou SOALO presbitero e eremita. (794)

JOÃO o Taumaturgo, Santo


Em Poliboto na Frígia, hoje Turquia, São JOÃO, chamado o Taumaturgo, bispo, que se empenhou intensamente contra o decreto do imperador Leão o Isáurico ou Arménio a favor do culto das sagradas imagens. (séc. IX)


ANÓNIO, Santo


No mosteiro de Siegburg, na Renânia, Alemanha, Santo ANÓNIO bispo de Colónia, homem de exímio talento, que, durante o reinado do imperador Henrique IV, teve uma actuação de grande prestigio, tanto na igreja como nos assuntos civis e, apara aumentar a fé e a piedade, fomentou a construção de muitas igrejas e mosteiros. (1075)


OSMUNDO, Santo


Em Salisbury, Inglaterra, Santo OSMUNDO bispo que, acompanhando  o rei Guilherme, se trasladou da Normandia para Inglaterra e, promovido ao episcopado celebrou a dedicação  da igreja catedral e promoveu a administração da diocese e a dignidade do culto divino. (1099)


BERNARDO, Santo


Em Parma, na Emília-Romagna, Itália, São BERNARDO bispo que sendo monge procurou sempre a vida da perfeição, como Cardeal o bem da Igreja e como Bispo a salvação das almas. (1133)


PEDRO PECTINIÁRIO, Beato


Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana  -  Itália, o Beato PEDRO PECTINIÁRIO religioso da Ordem Terceira de São Francisco, insigne pela sua peculiar caridade para com os pobres e os enfermos, bem como pela sua vida de humildade e silêncio. (1289)


FRANCISCO GÁLVEZ, JERÓNIMO DE ÂNGELIS e SIMÃO YEMPO, Beatos


Em Edo, Japão, os beatos mártires FRANCISCO GÁLVEZ presbitero da Ordem dos Frades Menores, JERÓNIMO DE ÂNGELIS presbitero e SIMÃO YEMPO religioso, ambos da Companhia de Jesus, que foram queimados vivos em ódio à fé. (1622 ou 1623)



JOÃO HARA MONDO,  Beato



Em Tóquio no Japão, o Beato JOÃO HARA MONDO religioso da Ordem Terceira de São Francisco e mártir (1623)


»»»»»»»»»»»»»»»»
&&&&&&&&&&&
Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




»»»»»»»»»»»»»»»»


»»»»»»

Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


"""""""""""""""

Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las





Parecem 2 Ursos abraçados (!!!)
Rochedos na Foz do Douro

ANTÓNIO FONSECA

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Nº 3676 - SÉRIE DE 2018 - (338) - SANTOS DE CADA DIA - 3 DE DEZEMBRO DE 2018 - Nº 27 DO 12º ANO



Caros Amigos











Nº  3 6 7 6



Série - 2018 - (nº 3 3 8)


3 de DEZEMBRO de 2018


SANTOS DE CADA DIA


12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



**********************************************************

Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos


___________________________________________________________________________

*********************************
***************************
*********************

»»»»»»»»»»»»««««««««««««





FRANCISCO XAVIER, Santo





Memória de São FRANCISCO XAVIER, presbitero da Companhia de Jesus, evangelizador das Índias que, nascido em Navarra, foi um dos primeiros companheiros de Santo INÁCIO DE LOYOLA. Movido pelo ardente desejo de propagar o Evangelho, anunciou diligentemente Cristo a inumeráveis povos da Índia, das Molucas e outras ilhas, e depois no Japão, convertendo muitos à fé; finalmente morreu na ilha de Sanchoão, consumido pela enfermidade e pela fadiga. (1552)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

«Não é muito alto nem muito pequeno. O seu porte é nobre sem afectação, e os seus olhos fixos continuamente no céu e humedecidos pelas lágrimas. Aos seus lábios assoma perpétuo sorriso; as suas palavras são poucas, mas comovem até fazerem chorar». Esta é a imagem de XAVIER que mantinha fresca na sua imaginação o Padre BALTAZAR BARRETO, ao escrever da Índia no ano de 1548.
Nas profundidades dos seus olhos negros encerravam-se as aspirações duma alma grande, que no Oriente inteiro encontrou cárcere estreito para as suas ânsias de apostolado.
Tinha nascido FRANCISCO no castelo de XAVIER em terça-feira santa, 7 de Abril de 1506. A infância e primeira juventude passaram para ele entre os duros azares da guerra, que lhe ensinaram nobreza e valentia  e, com as suas tristes consequências de lágrimas e pobreza, lhe endureceram o corpo e o acostumaram às privações da vida. Não lhe sorria a carreira das armas, depois dos duros revezes sofridos pelo pai e pelos irmãos. Preferiu a carreira das letras e, em busca da glória, demandou Paris no fim do Verão de 1525. Lá o esperava Deus.
O antigo e experimentado soldado INÁCIO DE LOYOLA, que se tinha posto também a caminho de Paris para estudar, soube ganhar o coração do jovem navarro e lançar nele a gota divina do desengano a respeito de todos os ideais humanos. «FRANCISCO que te aproveitava ganhar o mundo inteiro, se vens a perder a tua alma?» Esta sentença do Evangelho, repetida dia após dia, fixou-se bem fundo no espírito de XAVIER. No Verão de 1533 era ele humilde discípulo de INÁCIO. Pouco depois, fazia os exercícios espirituais e, diante da figura amável de Cristo Rei, ficava para sempre definida a orientação da sua vida. A 15 de Agosto de 1534 pronunciava os seus primeiros votos e alistava-se debaixo das bandeiras do exército missionário, que havia de capitanear.
Passaram-se todavia anos até se concretizar a vocação de Apóstolo do Oriente. Prenúncios teve em sonhos, durante uma viagem pelo Norte de Itália. «Jesus, - disse ele ao despertar - como estou cansado! Sabeis em que sonhava!  Que levava às costas um índio e o seu peso estava quase a esmagar-me».
Depressa e de maneira providencial iam realizar-se tais sonhos. Dom JOÃO III rei de Portugal, desejava enviar às suas recém-conquistadas possessões da Índia alguns Padres da  Companhia de Jesus, SIMÃO RODRIGUES e BOBADILLA foram os designados no princípio. Mas o homem propõe e Deus dispõe. BOBADILLA caiu doente. Não havia em Roma mais jesuítas senão JAYO, destinado para outra missão em Bagnoresa e FRANCISCO XAVIER. Curta foi a ordem de INÁCIO: «Deus quer servir-se de vós, Irmão Mestre FRANCISCO. esta é a vossa empresa, a vós toca esta missão.» - «Eis-me aqui, padre , estou disposto».
No dia seguinte seguiam para Portugal, no séquito do embaixador Dom Pedro de Mascarenhas, XAVIER e SIMÃO RODRIGUES. Depois de  magnifico trabalho dos dois em Lisboa, que lhes mereceu o cognome de «apóstolos», XAVIER deixou a Europa, no dia dos seus anos a 7 de Abril de 1541, para ser Apóstolo mais longe. Nos treze meses que durou a viagem, XAVIER  que levava a nomeação do Legado Pontifice, transformou-se em enfermeiro da pobre tripulação atacada pela peste. Chegou mesmo a lavar no convés a sua roupa e a dos doentes.
No dia 6 de maio de 1542 desembarcou em Goa e a 2 de Dezembro de 1552 morreu em Sanchoão às portas da China. Dez anos e sete meses  tinha durado o seu apostolado prodigioso. Quanto pode uma vontade enamorada dum grande ideal e posta incondicionalmente nas mãos de Deus!
Logo que pôs os pés em Goa, visitou o Arcebispo, apresentou-lhe os poderes que trazia como Legado Pontificio, mas prometeu que os não usaria sem o beneplácito do Prelado. Os cinco primeiros meses passou-os na capital da Índia Portuguesa: confessava, pregava, visitava os doentes no hospital e percorria as ruas com uma campainha, chamando as crianças para a doutrina.
Em Outubro de 1542 embarcou para a costa da Pescaria, onde o esperavam 20 000 Paravás, que não tinham senão o baptismo e o nome de cristãos. Num mês baptizou mais de 10 000. Os braços cansavam-se-lhe a a voz enrouquecia com tanto repetir o Credo e os Mandamentos.
Passado um ano, voltou a Goa, aceitou o Colégio de São Paulo para a formação do clero indígena, e partiu de novo para a costa da Pescaria e avançou até às regiões do Maturé. Percorreu o reino de Travancor e regressou à Pescaria. Falou com o vice-rei Dom João de Castro e, no ano de 1545, evangelizou as ilhas do Ceilão e Manor. A 25 de Maio desembarcava em Malaca, porta do mundo oriental malaio, que se abria aos ses olhos: as inexploradas ilhas de Samatra e Java. Macasar, do outro lado de  Bornéu e, mais para Oriente, nas últimas regiões descobertas, Ambóino e Banda, a famosa terra da noz moscada e, mais para Norte, Ternate nas Molucas, as terras do cravo aromático. Sonhos de Apóstolo que se converteram em realidade entre os anos de 1546 e 1548.
As praias de Cerão, no Norte de Ambóino, presenciaram o historicamente bem documentado milagre do caranguejo, que trouxe do fundo do mar o Crucifixo, pouco antes perdido por XAVIER numa tempestade.
De Ambóino passou a Ternate e dali às inóspitas e bárbaras ilhas do Moro. Então compreendeu ele, segundo escreveu, «Aquele latim por vezes tão dificil da palavra evangélica: quem perder a sua vida por Mim, encontrá-la-á». Num rasgo heróico de confiança em Deus, separou-se dos amigos e desprezou os remédios que lhe davam contra o veneno, e sozinho, esperando uma morte certa às mãos daqueles indómitos selvagens, encaminhou-se para as ilhas do Moro.
Deus premiou-o. «Nunca me lembro de ter tantas e tão frequentes consolações espirituais como nestas ilhas. Estão estas ilhas muito dispostas para uma pessoa perder, em poucos anos, a vista dos olhos corporais com a abundância de lágrimas de consolação».
Em Julho de 1547 estava de novo em Malaca. Em fins do mesmo ano trava conhecimento providencial com um japonês chamado ANGERO e forma o plano de evangelizar o Japão. A 20 de Março de 1548 está em Goa para ordenar o governo interior da Ordem e a 15 de Agosto de 1549 desembarca no Japão.
XAVIER faz-se como criança e começa de novo a aprender a falar, a sentar-se no chão e a comer com pauzinhos. Traduz as principais verdades da religião e ensina-as ao povo. Mas a suja pronúncia é incorrecta e excita o riso nos ouvintes.
O seu calvário foi a viagem de então a Meaco. Quinhentos quilómetros a pé e descalço, por caminhos intransitáveis e cobertos de neve, com a troça e o apedrejamento da rapaziada, ardendo com febre e agarrado por vezes à cauda de um cavalo para conseguir andar. E no fim encontrou a indiferença e o nada na corte, tendo de voltar desapontado, sem conseguir a entrevista com o imperador.
Desta vez tinha-o prejudicado a sua pobreza e humildade. Compreendeu que tinha de revestir-se de autoridade e fausto exterior, para ser  bem recebido entre os japoneses. E assim, diante do rei de Bungo, apresentou-se como Legado Pontificio, servido por pajens, escoltado por nobres portugueses e  carregado de valiosos presentes. O rei concedeu-lhe a ambicionada liberdade para pregar dentro dos seus domínios.
Firando, Facata, Amangúchi e Funai são outros tantos centros da primeira evangelização nipónica. Ao regressar em 1551 ficava solidamente plantada a Igreja com um grupo de 2000 fiéis em cinco cristandades.
Ainda lhe ficava um sonho, aquele que devia ser o último do seu coração de Apóstolo. Amarga luta teve de sustentar em Malaca contra a posição de Álvaro de Ataíde, até alcançar partir na nau «Santa Cruz» para a ilha de Sanchoão.
Ali, diante da costa da China, vendo morrerem as suas esperanças de penetrar em tão enorme império e atravessá-lo até chegar à Europa e recrutar apóstolos na Sorbona (Universidade de Paris) e voltar como chefe duma legião, enganado pelo chinês que se comprometera ao introduzi-lo secretamente em Cantão, abandonado por todos numa pobre choça da ilha deserta, morre consumido pela febre, com os olhos fixos na messe e o nome de Jesus nos lábios. Estava ao seu lado, em Sanchoão, apenas o jovem chinês ANTÓNIO, que lhe pusera nas mãos o Crucifixo. Era na madrugada de sábado, 3 de Dezembro de 1552.
Algumas semanas depois, vieram de Goa buscar o corpo, que encontraram perfeitamente incorrupto. Levaram-no e jaz em Goa, em esplêndida urna, venerado tanto por católicos como por hindus. Um braço foi-lhe cortado e levado para a igreja de Gesú em Roma. Dizem que foi desse corte que resultou ir secando a quase totalidade do corpo, como se vê hoje.
«Ordenadas numa linha, as suas viagens dariam três vezes a volta à terra. O Santo morreu aos 46 anos de idade e só empregou 10 para a execução dos seus prodigiosos trabalhos. Foi precisamente o tempo que empregou César para sujeitar e devastar as Gálias. E o mesmo que empregou Alexandre para fundar um império. Sonhou penetrar no coração da Índia e chegar aos mares do Oriente; era pequeno conquistador para tão grande empresa. São FRANCISCO XAVIER sem mais armas do que a sua Cruz e o sue breviário, chegou mesmo mais além do que os sonhos de Alexandre. Se o guerreiro tivesse podido conhecer o Santo, teria tremido de admiração perante ele; e até o seu mestre , o grande estagirista ARISTÓTELES, teria caído de joelhos para beijar aquela mão que fez chegar o ceptro de Cristo a milhares de homens».
O apostolado de São FRANCISCO XAVIER não se explica pelas suas qualidades puramente humanas. Temos de subir às alturas da graça, que se dá sem limites a quem se entrega docilmente. E a vastidão dos seus espantosos itinerários foi o aproveitamento, para o seu zelo ardentíssimo, das condições criadas, apesar de todos os defeitos, pelos descobrimentos e conquistas de Portugal.
Possuiu num grau singular o dom da profecia. Os milagres eram nele coisa frequente. Vinte ressurreições foram referidas, em público consistório, diante de GREGÓRIO XV. Mas não faltam grandes devotos seus que não aceitam hoje a verdade histórica de tanta ressurreição.
Quantas almas converteu ?  Na bula da canonização diz-se que baptizou centenas de milhares. Ele próprio escreveu: «É tão grande a multidão dos que se convertem à nossa fé, que muitas vezes acontece cansarem-se os braços de tanto baptizar, e há dias em que baptizo um lugar inteiro».
Já em 1621 foi designado como patrono do reino de Navarra, o que foi ratificado pelas cortes de Espanha três anos depois. BENTO XIV em 1749, declarou-o patrono de todas as missões do Oriente. Em 1909, São PIO X escolheu-o como «Celestial patrono da Congregação e da Obra da Propagação da Fé». Agora reparte ele com Santa TERESA DO MENINO JESUS esse mesmo padroado universal. E o Papa PIO XII nomeou em 1952, São FRANCISCO XAVIER patrono do Turismo.



EDUARDO COLEMAN, Beato



Em Londres - Inglaterra, o Beato EDUARDO COLEMAN mártir que, falsamente acusado de conspiração contra o rei Carlos II, por ter abraçado a fé católica, foi enforcado em Tyburn e, ainda com vida, esquartejado. (1678)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:

Política e religião levaram-no à morte pela sua fé. Filho dum eclesiástico anglicano com um beneficio no Suffolk, estudou em Cambridge (1651-1659). Ignoramos as circunstâncias da sua conversão ao catolicismo. Veio a ser secretário da duquesa de Iorque, Maria Módena. Os tempos eram difíceis para os católicos. O rei vira-se obrigado a revogar as concessões outorgadas, diante duma agitação cada vez maior: o papismo era a causa de todas as dificuldades, segundo se dizia, e não faltavam pessoas graves a sugerir que se fizesse dele o bode expiatório.
Temos uma carta de COLEMAN a um agente de Módena em Paris (Maio de 1674). Esboça a maquinação que pretende cercar o rei, contra o duque de Iorque e o catolicismo. COLEMAN tinha ido a Bruxelas encontrar-se com o Núncio ALBANI: sem dúvida, procurava obter subvenções para o rei; era, em parte, a falta de dinheiro que o tornava acessível a intriga. A correspondência de COLEMAN sobre este assunto estende-se até 1676. Não se pode dizer, lendo-a, que são «cartas edificantes», sobretudo se examinarmos as dirigidas a COLEMAN, mas seria injusto inclui-lo por isso nesse «montão de homens perdidos por dividas e crimes», de que fala Corneille em Cinna por fins de 1640. Cinco cartas de COLEMAN são dirigidas aos confessores de LUÍS XIV, em especial ao Padre La Chaize, que teve cuidado da consciência régia de 1676 a 1709. Elas expressam desejo de dinheiro, que permitisse ao rei libertar-se das maquinações  e convocar novo parlamento mais flexível, melhor disposto quanto aos católicos. Era quando LUÍS XIV comprava os homens políticos da Inglaterra, compreendido o rei Carlos. COLEMAN figurava com 300 libras na lista das generosidades do embaixador francês.
COLEMAN não conseguiu quase nada, mas, sem desanimar, experimentava novos planos, tentava promover a paz entre os países católicos, França e Espanha. Em 1674, fez abortar o projecto de alguns católicos ingleses; de prestarem juramento de obediência para obter maior liberdade. Tendo um apóstata atacado o pregador da duquesa de Iorque. COLEMAN teve  de comparecer no tribunal; mas defendeu-se tão bem que foi absolvido. Em 1676, numa discussão entre católicos  e protestantes, converteu uma senhora inglesa. O duque de Iorque, a instâncias o bispo de Londres, teve de despedir do seu serviço COLEMAN em 1677, sem contudo este se afastar de Londres. 
No ano seguinte foi descoberta a conspiração papista jogada por TITUS OATES. Ficando o rei Carlos II (Stuart) céptico, OATES foi fazer a sua deposição diante de um magistrado, GODFREY, que avisou COLEMAN para prevenir o duque de Iorque. Este aconselhou o seu ex-secretário a que desnutrisse os papeis perigosos que pudesse ter. COLEMAN figurava na lista dos conjurados. Mas a polícia tomou-lhe esses papeis. A seguir, jogando franco e julgando criar presunção de inocência, COLEMAN entregou-se a 30 de Setembro. OATES acusou-o expressamente, sem grande resultado. Mas depressa a morte de GODFREY  - verosivelmente suicídio - foi explorada como sinal de uma matança urdida contra os protestantes. Fingiu-se acreditar em OATES, e o processo contra COLEMAN abriu-se numa atmosfera de terror. TITUS OATES que fingia ter sido o intermediário de COLEMAN, acusava-o de ter recebido Dez mil libras do Padre La Chaize para mandar matar o rei; de o geral dos jesuítas ter prometido a COLEMAN a secretaria de Estado; e de COLEMAN estar a entender-se com o arcebispo de Dublin para sublevar a Irlanda.
COLEMAN repeliu facilmente as mentiras de TITUS OATES. Mas existiam as suas cartas autênticas ao Padre La Chaize, em que se encontravam frases obscuras e desajeitadas. COLEMAN reconheceu as suas extravagâncias e imprudências. Mas afinal que desejava ele ?  A liberdade de consciência para os católicos, e por meios legais. Fazer um peditório no estrangeiro, para realizar isto, era crime ?  O juiz teve por crime querer mudar a religião estabelecida, mesmo não usando violência; reconheceu alta traição e sentenciou a morte. Mas foi oferecida a liberdade a COLEMAN, se confessasse e denunciasse os cúmplices.
Foi supliciado em Tyburn, perto do actual Hyde Park, de Londres, a 3 de Dezembro de 1679. Proclamou antes de morrer que abominava o regicídio e que estava inocente de qualquer acção contra o estado ou aos indivíduos.
PIO XI beatificou-o em Dezembro de 1929.



SOFONIAS, Santo



Comemoração de São SOFONIAS profeta, que nos dias de Josias, rei de Judá, anunciou a ruína dos ímpios no dia da ira do Senhor e fortaleceu os pobres e indigentes na esperança da salvação. 


CASSIANO, Santo




Em Tânger, na Mauritânia, hoje Marrocos, São CASSIANO mártir. (300)



BIRINO, Santo


   
Em Winchester - Inglaterra, o sepultamento de São BIRINO que enviado à Grã-Bretanha  pelo papa HONÓRIO foi o primeiro bispo de Dorchester e difundiu com grande diligência o anúncio da salvação entre os Saxões ocidentais. (650)

.

LÚCIO, Santo



Em Chur, cidade da Récia, na Helvécia hoje Suiça, São LÚCIO eremita. (séc. VI)


JOÃO NEPOMUCENO DE TSCHIDERER, Beato

Em Trento, na região do Veneto - Itália, o Beato JOÃO NEPOMUCENO DE TSCHIDERER, bispo que administrou esta igreja com evangélico ardor de fé e trato cordial e, em tempo de tribulação, deu à sua grei um admirável testemunho de amor. (1860)


 

FRANCISCO FERNÁNDEZ ESCOSURA e 
MANUEL SANTIAGO SANTIAGO, Beatos



Em Paracuellos del Jarama, Madrid - Espanha os beatos FRANCISCO FERNÁNDEZ ESCOSURA e MANUEL SANTIAGO SANTIAGO, religiosos da Ordem dos Pregadores e mártires. (1936)

MANUEL LOZANO GARRIDO "LOLO",  Beato

Em Linares, perto de Jaen, na Andaluzia - Espanha, o Beato MANUEL LOZANO GARRIDO "LOLO".


»»»»»»»»»»»»»»»»
&&&&&&&&&&&
Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




»»»»»»»»»»»»»»»»


»»»»»»

Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


"""""""""""""""

Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las





Parecem 2 Ursos abraçados (!!!)
Rochedos na Foz do Douro

ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...