segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Nº 3 6 8 3 - SÉRIE DE 2018 - (345) - SANTOS DE CADA DIA - 10 DE DEZEMBRO DE 2018 - Nº 34 DO 12º ANO


Caros Amigos



Eu e minha mulher desejamos a todos os leitores um belo e Feliz Natal de 2018







Nº  3 6 8 3



Série - 2018 - (nº 3 4 5)


10 de DEZEMBRO de 2018


SANTOS DE CADA DIA


12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos


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Trasladação da SANTA CASA DO LORETO

      


Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:


Desde o século XVI, a Santa Casa do Loreto, em Itália, em Marca de Ancona, é lugar ilustre de peregrinação: a própria residência da VIRGEM MARIA, trazida de Nazaré pelos anjos através do ar!  Santos houve que lá foram rezar: FRANCISCO XAVIER, FRANCISCO DE BORJA, CARLOS BORROMEO, LUÍS GONZAGA, FRANCISCO DE SALES, SERAFIM DE MONTEGRANARO, JOSÉ DE CUPERTINO, LUÍS MARIA DE MONTFORT, BENTO LABRE, TERESA DO MENINO JESUS, (e muitos outros) testemunhas da devoção a uma Santuário Mariano no Ocidente.
Não julgamos abalar as bases desta devoção - pois ama-se Nossa Senhora não por causa dos tijolos, da madeira e das pedras dos seus templos, mas porque ela é a Mãe de Deus - notando que o facto da Trasladação de Nazaré para o Loreto não é defensável historicamente.
Em 1470, uma bula de PAULO II celebrava no Loreto uma estátua da Virgem Maria trazida pelos anjos para um edifício sem alicerces, «fundado miraculosamente».
Por 1472, um reitor da Igreja do Loreto, TERAMANO, escreveu uma notícia contando como a Santa Casa de Nazaré veio para perto de Fiume, e depois para o Loreto. 
Nova notícia em 1489 por um carmelita responsável pelo Santuário, o Beato BAPTISTA SPAGNUOLO, chamado Mantuano. Em 1507, uma bula de JÚLIO II retomava estas narrações ("piedosas crenças», diz ela), afirmando ter a casa vindo de Belém, o que é inexacto. ERASMO, em 1525, compôs uma missa para a Senhora do Loreto, com um lindo intróito em hexâmetros, mas sem alusão ao voo da casa pelos céus. E em 1531 JERÓNIMO ANGELITA dedicou a CLEMENTE VII uma narração muito circunstanciada da transferência da casa.
Segundo estes autores, ela chegou perto de Fiume em 1291, e a Loreto em 1264. O silêncio geral, durante todo o século XIV e todo o século XV, é surpreendente. Nada desta transferência numa bula de 1320 a respeito do Loreto. Mas dos milagres de Lourdes e de Fátima bem depressa se falou nos respectivos países e no mundo inteiro. É certo, porém, serem agora mais fáceis as comunicações do que eram na Idade Antiga e na Idade Média. No Oriente, nenhuma menção duma Santa Casa em Nazaré antes do século VI. Anteriormente a 1291, o que se dizia da morada da Virgem Maria em Nazaré nada correspondia àquilo que existe no Loreto: representava uma espécie de cripta com uma gruta. A seguir logo a 1291, não se fala de voo. Para isto foi preciso esperar pelos peregrinos ocidentais, ensinados pelo referido ANGELITA.
Igreja dedicada a Nossa Senhora  existia no Loreto, a qual aparece testemunhada  em 1193-1194 e em 1285. É possível que uma estátua de Nossa Senhora tenha sido trazida para lá pelos Sérvios católicos ao fugirem à perseguição, no fim do século XIII, e que se tenha arranjado para  tal estátua, uma casa, chamada Nazaré, da mesma maneira que se construíram por toda a parte, nos séculos XIX e XX, grutas de Lourdes.
Para sermos perfeitamente sinceros, acrescentamos que ouvimos serem de igual constituição as pedras  da chamada Santa Casa e rochas existentes ainda agora em Nazaré.
Encontramos devoções ou cultos que a Igreja reconheceu, tendo embora origens muito discutíveis; por exemplo, os casos de Santa  FILOMENA, e Santa TEODÓSIA, de Compostela com São TIAGO. E só em 1669 foi a Trasladação da Santa Casa admitida no martirológio romano. Acrescentamos que, a 24 de Março de 1920, o Papa BENTO XV constituiu Nossa Senhora do Loreto «principal Padroeira, junto de Deus, de todos os aeronautas»,




EULÁLIA DE MÉRIDA, Santa



Em Mérida, na Lusitânia, hoje Espanha, Santa EULÁLIA virgem e mártir que, segundo a tradição, sendo ainda jovem, não hesitou em oferecer a vida por Cristo. (304)


Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:

Santa EULÁLIA nasceu em Espanha pelos fins do século II. Já na meninice deu sinais inequívocos de alma privilegiada. Inimiga da vaidade e dos divertimentos, procurou unicamente agradar ao Esposo Divino.
Tendo apenas catorze anos de idade, deu provas de coragem admirável. Quando, em 304, o imperador Maximiano encetou perseguições crudelíssimas contra os cristãos, EULÁLIA foi tomada de ardente desejo de oferecer a Jesus o sacrifício da vida. Para não expor a filha ao perigo que a ameaça, os pais esconderam-na numa casa longe da cidade. Inútil foi a precaução. O amor de Deus e o desejo do martírio eram tão fortes  na alma da donzela, que esta, iludindo a vigilância dos parentes e aproveitando o silêncio e as trevas da noite, fez a viagem de algumas horas, para chegar à cidade. Sem demora se dirigiu ao palácio do juiz e, estando na presença do executor das ordens imperiais, invectivou-o energicamente por causa da idolatria. O Pretor, pasmado de ver tamanha coragem numa jovem de tão pouca idade, entregou-a aos soldados para ser castigada. Prevalecendo, porém, nele um instante de sentimentos de humanidade, procurou conquistar a simpatia de EULÁLIA e ganhá-la para a religião oficial. Ela, porém, em vez de responder à voz cativante do sedutor, atirou para longe o turibulo com que devia incensar as imagens das divindades.
Foi o bastante para ser entregue à tortura. Com ferros em brasa, os algozes queimaram o corpo da donzela. Esta, cheia de alegria e gratidão para com Deus, exclamou em alta voz: «Agora , meu Jesus, vejo no meu corpo os traços da vossa Sagrada Paixão». Tendo aplicado ainda outros tormentos, os algozes recorreram finalmente ao fogo, e  no meio das chamas, EULÁLIA entregou o espírito a Deus. O poeta PRUDÊNCIO, a quem devemos a narração, diz que o próprio algoz viu a alma da Mártir, em forma de pomba, subir ao céu.
EULÁLIA morreu em 304 e o seu corpo achou repouso na Igreja de Mérida, cidade onde sofreu o martírio.
São GREGÓRIO DE TOURS conta que, no adro dessa igreja, existiam 3 árvores que no dia da festa de santa EULÁLIA se cobriam de flores aromáticas; estas, aplicadas aos doentes, curavam-nos das enfermidades.
Alguns eruditos defendem ter havido duas mártires com este nome: EULÁLIA DE BARCELONA e EULÁLIA DE MÉRIDA. Outros afirmam ter sido apenas uma. Ao menos uma só foi martirizada  nas circunstâncias indicadas.




MELQUÍADES, Santo



São MELQUÍADES, africano, sucedeu a Santo EUSÉBIO na sede de PEDRO, tendo sido eleito para esta dignidade no ano de 311, imperando Máximo. CONSTANTINO venceu este tirano a 28 de Outubro de 312, e pouco depois publicou éditos autorizando aos cristãos a livre prática da sua religião, e permitindo-lhes erigir igrejas. A fim de tranquilizar os gentios, que andavam in quietos com estas providências, ao chegar a Milão, no ano de 313, concedeu, por um segundo édito, a todas as religiões, excepto aos hereges, a liberdade de consciência.
Regozijou-se o bom Papa ao ver a prosperidade da casa de Deus, e com mo seu zelo entendeu notavelmente essas vitórias; mas teve também o desgosto de ver o seu rebanho aflito por uma discussão, que foi o cisma de Donato em África. Acusado falsamente Mensúrio, bispo de Cartago, de ter entregue os sagrados livros aos perseguidores, Donato separou-se imprudentemente da comunhão com ele, e continuou o cisma, ainda depois de Ceciliano ter sucedido a Mensúrio na sé de Cartago, juntando-se-lhe vários inimigos daquele bom prelado.
Os cismáticos apelaram então para CONSTANTINO, que estava nas Gálias, suplicando-lhe que mandasse à África três bispos daquele país, aos quais nomeavam, designadamente, para que julgassem a sua causa contra Ceciliano.
O imperador concedeu-lhes os juízes pedidos; mas determinava que os bispos impetrantes, e os juízes que iam das Gálias, passassem pela Cidade Eterna e dessem conta ao Papa MELQUÍADES do que se tratava, para que ele decidisse a controvérsias. O imperador deixava, desta sorte, a decisão da disputa aos bispos, porque era peculiar das atribuições deles. O papa MELQUÍADES abriu no palácio de Latrão um concilio em 313, no qual compareceram Donato e Ceciliano, saindo este plenamente justificado do que lhe imputavam. Donato foi o único a ser condenado naquela ocasião; aos demais bispos, que eram seus partidários, concedeu-se-lhe conservarem as respectivas sés, contanto que renunciassem ao cisma. Santo AGOSTINHO referindo-se à moderação de que usou o Papa, chama-lhe varão excelente, verdadeiro filho da paz  e pai dos cristãos. Não obstante, os Donatistas, depois da sua morte, esforçaram-se por lhe denegrir a reputação, imputando-lhe também o crime de entregar os livros santos; a esta mentira chama Santo AGOSTINHO maliciosa e infundada calúnia.
São MELQUÍADES morreu a 10 de Janeiro de 314 e foi enterrado na via Ápia, no cemitério de CALISTO. É considerado mártir pelo muito que sofreu em várias perseguições.



AMARO, Santo


Em Roma, no cemitério de Trasão junto à Via Salária Nova, Santo AMARO mártir, que o papa São DÃMASO celebra como uma croança inocente, a quem os tormentos  não conseguiram afastar da fé. (séc. IV)

Do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A.O. de Braga:

Filho de pais luteranos, veio ao mundo em Muhlhausen, a 5 de Dezembro de 1593. Na alocução do Angelus de Domingo, 24 de Março de 1974PAULO VI referiu-se ao bem-aventurado nos seguintes termos:



«Como sabeis, procedemos esta manhã à cerimónia de beatificação de LIBÓRIO WAGNER, sacerdote alemão da diocese de Wurzburg, convertido do protestantismo ao catolicismo.
Pároco jovem, foi morto no dia 9 de Dezembro de 1631, por causa da sua f+é católica romana, num episódio de feroz repressão da guerra chamada dos «trinta anos». 
O sacerdote e pároco LIBÓRIO WAGNER é reconhecido como mártir, tendo preferido sofrer heroicamente uma morte ignóbil e cruel, a renegar a sua adesão religiosa à Igreja Católica e ao papa.
Nele, que foi vítima  de um trágico e desconcertante drama histórico, honramos um sacerdote exemplar, manso e humilde, mas constante e impávido, que antepõe a fé a qualquer outro valor, e à fé vai buscar a norma lógica do próprio comportamento e do próprio testemunho.
É uma glória para a Igreja, de modo particular para a Igreja alemã, glória que merecia ser reconhecida oficialmente, para nos recordar a todos nós, os deveres de coerência cristã, e para intensificar no nosso tempo A esperança de uma renovada comunhão ecuménica.
Honremos o nosso beato, imaginando-o junto da rainha do Céu e Mãe de todos os cristãos».
AAS 66 (1974) 373-5; L'OSS. ROM. 31-3-1974




GEMELO, Santo


 Em Ancira, na Galácia, hoje Ancara, na Turquia, São GEMELO mártir. (séc. IV)


GREGÓRIO III, Santo
Papa


Em Roma, junto de São PEDRO, São GREGÓRIO III, papa, que fomentou a pregação do Evangelho aos germanos e, em oposição aos iconoclastas, adornou as Igrejas da Urbe com sagradas imagens. (741)



LUCAS, Santo



No mosteiro de São Nicolau de Viotorito, na Calábria, região de Itália. São LUCAS bispo de Isola di Cappo Rizzuto, que trabalhou incansavelmente pelo bem do povo e na formação dos monges. (1114)


EDMUNDO GENNINGS e 
SUITUNO WELS, Santos

     

Em Londres, Inglaterra, os santos mártires EDMUNDO GENNINGS e SUITUNO WELS que, durante a cruel perseguição da rainha Isabel I, condenados à pena capital - o primeiro por ser sacerdote e o segundo por lhe ter dado acolhimento - foram pendurados à porta de sua casa e torturados até à morte. (1591)


POLIDORO PLASDEN, 
EUSTÁCIO WHITE, Santos e 
BRIAN LACY, JOÃO MASON e SIDNEI HOGDSON, Beatos

  

Em Londres, Inglaterra, os santos POLIDORO PLASDEN e EUSTÁCIO WHITE, presbiteros e os beatos BRIAN LACY, JOÃO MASON e SIDNEI HOGDSON mártires, que no mesmo ano sofreram os mesmos suplícios em Tyburn, uns porque eram sacerdotes que entraram em Inglaterra, outros porque lhes prestaram auxílio. (1591)


JOÃO ROBERTS, Santo e
TOMÁS SOMERS, Beato

   

Em Londres, dezanove anos depois (1610), São JOÃO ROBERTS da Ordem de São Bento e o Beato TOMÁS SOMERS presbiteros e mártires que, no reinado de JAIME i, condenados por serem sacerdotes, foram enforcados, tendo abraçado os malfeitores ladrões submetidos ao mesmo patíbulo (Tyburn). (1610)




MARCOS ANTÓNIO DURANDO, Beato



Em Turim, Itália, o Beato MARCOS ANTÓNIO DURANDO presbitero da Congregação das Missões que fundou a Congregação das Irmãs de Jesus Nazareno, para prestar assistência aos enfermos e aos jovens abandonados. (1880)


GONÇALO VIÑES MASIP, Beato



Em Vallés, Valência, Espanha, o Beato GONÇALO VIÑES MASIP presbitero e mártir que, durante a perseguição, consumaram o combate por Cristo. (1936)

ANTÓNIO MARTIN HERNÁNDEZ e AGOSTINHO GARCIA CALVO, Beatos

    

Em Picadero de Paterna, Valência, Espanha, os beatos mártires ANTÓNIO MARTIN HERNÁNDEZ presbitero e AGOSTINHO GARCIA CALVO religioso, ambos da Sociedade Salesiana que, durante a mesma perseguição, pela fé em Cristo receberam a estola da glória. (1936).



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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las




Estabelecimento novo

Esquina da Rua de Santa Catarina com a Rua Fernandes Tomás (em frente à Capela das Almas)

ANTÓNIO FONSECA

domingo, 9 de dezembro de 2018

Nº 3 6 8 2 - SÉRIE DE 2018 - (344) - SANTOS DE CADA DIA - 9 DE DEZEMBRO DE 2018 - Nº 33 DO 12º ANO,



Caros Amigos




Eu e minha mulher desejamos a todos os leitores um belo e Feliz Natal de 2018






Nº  3 6 8 2



Série - 2018 - (nº 3 4 4)


9 de DEZEMBRO de 2018


SANTOS DE CADA DIA


12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos


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LEOCÁDIA, Santa



Em Toledo, ma Hispânia, hoje Espanha, santa LEOCÁDIA virgem e mártir, insigne pelo testemunho da fé em Cristo. (304)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

Na oração da Missa desta Santa, assim pede a Igreja de Toledo: «Senhor, pedimo-Vos ser ajudados pelos méritos e súplicas da Bem-aventurada LEOCÁDIA, vossa virgem e mártir, para nos vermos livres do cárcere eterno, pelo patrocínio daquela que, por confessar o vosso nome, sofreu o cárcere e a morte». E com a maior concisão dizia a antiga liturgia espanhola: «Foi interrogada, confessou: atormentaram-na e Deus concedeu-lhe a Coroa». Nisto se condensa tudo o que sabemos do martírio desta virgem toledana, tão honrada pela Igreja visigoda.
Tinha nascido em Toledo, de pais nobres e cristãos. Nos círculos pagãos da cidade era conhecidíssima, pois, logo que chegou Daciano com ordens de acabar com os cristãos, indicaram-lhe imediatamente o nome de LEOCÁDIA. Dela fizeram notar a nobreza, a formosura e a juventude, mas sobretudo o fervor religioso. O tirano mandou-a comparecer, certo de que renegaria a fé pelos afagos e promessas, ou pelas ameaças e tormentos. Sendo a religião cristã de gente pobre, de escravos e plebeus, como podia uma jovem rica e nobre pertencer a ela?  Assim Daciano verberou LEOCÁDIA, mas ela ripostou-lhe que toda a sua glória se resumia em adorar a Cristo e que por nada abandonaria a sua fé. Estava disposta a  morrer como o seu Mestre. Desta resolução ninguém a apartaria no mundo.
O tormento era a resposta comum dos tiranos e a nossa santa foi sujeita aos açoites. Pingava sangue todo o seu corpo e o pudor virginal cobria-se duma túnica roxa, ao mesmo tempo que o rosto se iluminava com júbilo e paz celestial. mais forte do que as varas e os lictores, continuou ela a proclamar a sua fé de cristã.
Retiraram-na e encerraram-na num calabouço para que as suas feridas cicatrizassem e ela estivesse preparada para novas torturas. Choravam os cristãos ao ver aquele corpo inocente despedaçado pelos látegos, sulcado de contusões, aberto pelas feridas e deformado pelo furor e força das varas. A mártir consolava-se, porque as suas feridas eram outras tantas portas abertas para que através delas saísse mais depressa a alma.
Na cadeia, soube da morte dolorosíssima de EULÁLIA DE MÉRIDA: com as unhas fez uma cruz na parede e diante dela, abrasada de aceso amor de Cristo, expirou a 9 de Dezembro do ano de 304, na perseguição de Diocleciano. As rosas de sangue, com os lírios brancos da virgindade, velaram-lhe o corpo sagrado.
Os cristãos toledanos muito depressa lhe dedicaram três templos: um na casa onde tinha nascido, outro onde esteve presa e o terceiro no local da sepultura. O último foi a célebre Igreja de Santa LEOCÁDIA, sede dos grandes concílios de Toledo.
Deus honra-a depois de morta com múltiplos milagres, pregoeiros da sua glória e santidade. O mais célebre realizou--se no seu túmulo. Oravam diante dele as duas personagens  mais influentes então em Toledo: o seu arcebispo e o seu rei. Santo ILDEFONSO  e RECESVINTO, rei dos Visigodos (falecido em 672). De repente, levantou-se a lousa que estava sobre os sagrados despojos da virgem e apareceu Santa LEOCÁDIA vestida de extenso manto imortal. Vinha felicitar e alentar o grande devoto da Mãe de Deus e defensor infatigável da sua virgindade. A tradição acrescenta que o santo, com o punhal que o rei trazia, cortou uma ponta do manto da virgem, preciosa relíquia que ainda hoje mostram no tesouro da Sé de Toledo.



CLARA ISABEL (Ana Felícia), Beata



Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:

Nascida em Roma, a 25 de Junho de 1697, ANA FELÍCIA entrou aos quinze anos para o noviciado das Clarissas, em Tódi. Tomando o nome de CLARA ISABEL, fez a profissão do ano seguinte e, desde então, a sua vida foi uma série de fenómenos mais extraordinários, consignados no processo da beatificação e confirmados sob juramento pelas suas companheiras, pelo confessor e pelo médico.
Tinha frequentes e prolongados êxtases; recebia numerosas visitas de Nosso Senhor, da santíssima Virgem, de Santa CLARA e de Santa CATARINA DE SENA. No decorrer duma delas, Jesus meteu-lhe no dedo o anel que simbolizava o seu consórcios espiritual. Comprazia-se em chamar-lhe «a sua esposa da dor».
CLARA ISABEL participou. com efeito, dos sofrimentos do Divino 
Crucificado: tinha as mãos, os pés e o lado marcados com estigmas visíveis, donde por vezes corria sangue. Na cabeça tinha uma coroa, cujos espinhos cresciam para o interior, saindo pela fronte, desprendendo-se e caindo ensanguentados.
As torturas e perseguições demoníacas que sofreu recordam as que, cem anos mais tarde, veio a padecer o Santo Pároco de Ars. Desde o noviciado, o demónio tentava-a com desespero e o suicídio; depois, maltratava-a, atirando-a pelas escadas abaixo, e tentava tirar-lhe a fé. Nos últimos meses de vida, parecia abandonada de Deus, tendo perdido até a lembrança das consolações passadas, Só recuperou a antiga alegria pouco tempo antes de morrer, no ano de 1744.





BERNARDO MARIA DE JESUS, Beato



Em Moricone, na Sabina, hoje no Lácio, Itália, o Beato BERNARDO MARIA DE JESUS (César Silvestrélli), presbitero da Congregação da Paixão, que, eleito para superior geral, se empenhou diligentemente no seu incremento e difusão. (1911)


Foi beatificada a 25 de Outubro de 1992. Eis como o jornal do Vaticano , L'Osservatore Romano, resume a vida da serva de Deus:

No dia 16 de Outubro de 1988 foi Beatificado o Padre BERNARDO MARIA DE JESUS religioso dos Clérigos da Cruz e Paixão de Cristo. Filho de pais piedosos, foi baptizado no mesmo dia em que nasceu, a 7 de Novembro de 1831. Deram-lhe o nome de CÉSAR PEDRO SILVESTRELLI.
Na adolescência cursou os estudos de humanidades no Colégio Clementino e depois no Colégio Romano, dirigido por Jesuítas.
Órfão de sua piedosa mãe, Teresa Gozzani, em 1848, e de seu pai. João Tomás Silvestrelli, em 1853, deu-se a estudar a vocação religiosa e aos 13 anos entrou nos Passionistas do Monte Argentário. Mas eis que, por falta de saúde, se viu obrigado a interromper o noviciado, apenas começado. Entretanto, como hóspede entre os mesmos religiosos,  conseguiu levar por diante os estudos eclesiásticos e ordenar-se sacerdote no dia 22 de Dezembro de 1855.
No ano seguinte, a instâncias suas, volta a ser readmitido no noviciado passionista  de Morrovale, onde teve por amigo e companheiro íntimo a São GABRIEL DA VIRGEM DOLOROSA (1838-1862) cujas insignes virtudes já então parecia emular.
A seu tempo dispôs do seu avultado património em obras de religião e de caridade e entregou-se com ardor aos ministérios sagrados. Em 1863 foi nomeado Mestre de Noviços, aos quais procurou formar com grande acerto no caminho da perfeição religiosa. Seguidamente, passou a desempenhar diversos cargos com muita aceitação, até que em 1878 foi eleito Superior Geral da sua Congregação. Reeleito nos capítulos seguintes permaneceu no posto 29 anos.
Soube guiar os súbditos Como a filhos de Deus até à perfeição, feito regra viva da prática das obrigações diárias e nas árduas austeridades do Instituto, nos quais ele era o primeiro.
Aos religiosos da Congregação, dispersos pelas leis anticlericais, reuniu-os e acolheu-os com paternal  caridade. Esforçou-se por erigir novas casas e províncias, tanto na Europa como na América. Desta forma, sob o regime do servo de Deus, a Congregação da Paixão, duplicadas as casas, estava em  condições de poder intentar novas obras de evangelização para glória de Deus.
O seu governo ficou marcado pela prudência e pela caridade, a ponto de ser considerado entre os seus como um segundo pai e fundador. Abrasado no zelo  da casa de Deus, dedicou especial atenção à formação, promoveu os estudos sagrados, acautelando-os  da invasão do modernismo, e quis que os seus clérigos estivessem prontos para a catequização das crianças.
No meio das ocupações, por vezes árduas, vivia em continua união com Deus. Nunca foi visto abatido nas angústias  e dificuldades; pelo contrário, revelava maior ânimo quando oprimido por injustiças, impugnações e enfermidades. Dedicava diariamente várias horas à oração, por vezes com transportes místicos , sobretudo ao celebrar o Mistério Eucarístico. E quando falava de coisas divinas, não raro se lhe via o rosto como que inflamado. Na prática e promoção da devoção filial à Virgem Mãe de Deus não ficou aquém de São GABRIEL DA VIRGEM DOLOROSA.
Socorria com os pobres com largueza e assistia com benignidade os doentes, sobretudo agonizantes. Em suma, ele foi um exemplo de bondade, moderação, paciência, magnanimidade, pobreza e de tanta humildade que não só se abdicou do cargo do geral, mas ainda recusou o Cardinalato, oferecido mais de uma vez pelo Sumo Pontifice.
Deixado o cargo de Geral em 1907, passou os últimos anos na intimidade com Cristo crucificado, suspirando pelas delícias de uma piedosa soledade na qual, escondido com Cristo em Deus, alcançaria uma maior plenitude de vida.
Por último, em consequência de uma queda inesperada, sofrendo grave fractura do crânio, pôde ainda, com serenidade e fervor, repetir as palavras: Meu Jesus! E assim adormeceu no Senhor, aos 80 anos, a 9 de Dezembro de 1911.
AAS 34 (1942) 172-4; 66 (1974) 106-10



LIBÓRIO WAGNER, Beato



Junto ao rio Meno, Baviera - Alemanha, o Beato LIBÓRIO WAGNER presbitero e mártir, homem de exímia caridade que coroou com o derramamento do seu sangue a assistência pastoral, tanto de católicos como de irmãos separados. (1631)

Do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A.O. de Braga:

Filho de pais luteranos, veio ao mundo em Muhlhausen, a 5 de Dezembro de 1593. Na alocução do Angelus de Domingo, 24 de Março de 1974, PAULO VI referiu-se ao bem-aventurado nos seguintes termos:



«Como sabeis, procedemos esta manhã à cerimónia de beatificação de LIBÓRIO WAGNER, sacerdote alemão da diocese de Wurzburg, convertido do protestantismo ao catolicismo.
Pároco jovem, foi morto no dia 9 de Dezembro de 1631, por causa da sua f+é católica romana, num episódio de feroz repressão da guerra chamada dos «trinta anos». 
O sacerdote e pároco LIBÓRIO WAGNER é reconhecido como mártir, tendo preferido sofrer heroicamente uma morte ignóbil e cruel, a renegar a sua adesão religiosa à Igreja Católica e ao papa.
Nele, que foi vítima  de um trágico e desconcertante drama histórico, honramos um sacerdote exemplar, manso e humilde, mas constante e impávido, que antepõe a fé a qualquer outro valor, e à fé vai buscar a norma lógica do próprio comportamento e do próprio testemunho.
É uma glória para a Igreja, de modo particular para a Igreja alemã, glória que merecia ser reconhecida oficialmente, para nos recordar a todos nós, os deveres de coerência cristã, e para intensificar no nosso tempo A esperança de uma renovada comunhão ecuménica.
Honremos o nosso beato, imaginando-o junto da rainha do Céu e Mãe de todos os cristãos».
AAS 66 (1974) 373-5; L'OSS. ROM. 31-3-1974




JOÃO DIOGO CUAUHTLATOATZIN, Santo


   
São JOÃO DIOGO CUAUHTLATOATZIN, de origem indígena, homem de fé puríssima, que, pela sua humildade e fervor, conseguiu que se edificasse um santuário em honra de NOSSA SENHORA DE GUADALUPE na colina de Tepeyac, perto da cidade do México, onde ela lhe tinha aparecido e ele descansou no Senhor. (1548)


SIRO, Santo 


Em Pavia, na Ligúria, hoje Lombardia, Itália, São SIRO primeiro bispo da cidade. (séc. IV)



GORGÓNIA, Santa


Em Nazianzo, na Capadócia, hoje Turquia, santa GORGÓNIA mãe de familia, que foi filha de Santa NONA e irmã de São GREGÓRIO O Teólogo e de São CESÁRIO: o próprio São GREGÓRIO escreveu sobre as suas virtudes. (370)


CIPRIANO, Santo


No mosteiro de Genouillac, junto de Périgueux, na Gália, hoje França, São CIPRIANO abade ilustre pela dedicação aos enfermos. (séc. VI)


SIMÃO TAKEDA GOHYOE, JOANA TAKEDA, INÊS TAKEDA, MADALENA MINAMI e LUÍS MINAMI, Beatos


Em Yatsushiro, Japão os beatos SIMÃO TAKEDA GOHYOE, JOANA TAKEDA, INÊS TAKEDA, MADALENA MINAMI e LUÍS MINAMI, mártires


PEDRO FOURIER, Santo


Em Gray, na Borgonha, França, onde se tinha acolhido ao ser exilado, o passamento de São PEDRO FOURIER presbitero, que escolheu para o seu ministério e cuidou admiravelmente a paróquia paupérrima de Mattaincourt, na Lorena, restaurou os Cónegos Regrantes do Nosso Salvador e fundou o Instituto das Canonisas Regrantes de Nossa Senhora, para se dedicarem à educação gratuita das meninas (1640)




JOSÉ FERRER ESTEVE, Beato


Em Llombay, localidade da provincia de Valência, Espanha, o Beato JOSÉ FERRER ESTEVE, presbitero da Ordem dos Cónegos Regrantes das Escolas Pias e mártir, que foi fuzilado em ódio ao sacerdócio. (1936)


RECAREDO DE LOS RIOS FABREGAT, JULIÃO RODRIGUEZ SÁNCHEZ e JOSÉ GIMÉNEZ LÓPEZ, Beatos

    

Em Picadero de Paterna, Valência, Espanha, os beatos RECAREDO DE LOS RIOS FABREGAT, JULIÃO RODRIGUEZ SÁNCHEZ e JOSÉ GIMÉNEZ LÓPEZ presbiteros da Sociedade Salesiana e mártires que, durante a perseguição comntra a fdé, consumaram gloriosamente o combate por Cristo. (1936)

AGÁPIO JOSÉ (José Luís Carreras Comas), Beato



Em Barcelona - Espanha, o Beato AGÁPIO JOSÉ (José Luís Carreras Comas), religioso da Congregação dos irmãos das Escolas Cristãs e mártir. (1936)



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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las




Estabelecimento novo

Esquina da Rua de Santa Catarina com a Rua Fernandes Tomás (em frente à Capela das Almas)

ANTÓNIO FONSECA

sábado, 8 de dezembro de 2018

13º ANO NA PARÓQUIA DA SENHORA DO PORTO E NA COMUNIDADE DE SÃO PAULO DO VISO - 8 DE DEZEMBRO DE 2018


 Caros Amigos

Mais uma vez venho recordar que foi precisamente há 13 anos que fez a sua entrada solene na 


Paróquia da 
SENHORA DO PORTO 



e na Comunidade de 
SÃO PAULO DO VISO, 



Revº Pde Dr. 
MANUEL CORREIA FERNANDES 

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Ilustre Director do Semanário da Diocese do Porto 
"A Voz Portucalense", depois de ter sido nomeado, por 
Sua Exª Revª D. MANUEL CLEMENTE 



 que é hoje o 
Cardeal Patriarca de Lisboa, 
na altura era Bispo do Porto



Espero continuar mais alguns anos neste meu Blogue, a fazer referência a esta Efeméride, 
assim Deus nos ajude a mim e ao n/Pároco.

Os meus sinceros 

PARABÉNS e 

MUITO OBRIGADO 


António Fonseca



Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...