domingo, 5 de julho de 2020

Nº 4257 - SÉRIE DE 2020 - (Nº 187) - SANTOS DE CADA DIA - 5 DE JULHO DE 2020 - Nº 243 DO 13º ANO

CAROS AMIGOS:





As minhas melhores Saudações de Amizade e Gratidão e acima de tudo desejo
que os meus leitores  e/ou simples visitantes, continuem a passar os seus olhares por este Blogue e façam os comentários favoráveis ou não, como entenderem


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Nº   4   2   5   7

SÉRIE DE 2020 - (Nº  1 8 7)

5  DE  JULHO  DE  2020

SANTOS DE CADA DIA 

(Nº   2  4  3)



1 3º   A N O 



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E 
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão recordar, comemorar e até imitar a 
Vida dos Santos e Beatos de cada dia 
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida

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ANTÓNIO MARIA ZACARIAS, Santo


 ANTÓNIO MARIA ZACARIAS é um dos valentes que trabalharam na restauração da santa Igreja em Itália, antes do Concílio de Trento. Era grande devoto e admirador do Apóstolo das gentes (São PAULO). A ANTÓNIO MARIA se deve a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, chamados Barnabitas.

(...)

Ver mais sobre este Santo, no Livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial AO de Braga.

GODOLEVA, Santa

     
GODOLEVA oriunda de nobre família francesa, possuidora de excelentes qualidades físicas e moirais, era casada com BERTOLFO, nobre fidalgo da Holanda. Fidalgo de nome e de sangue, não o era de coração. O amor e a amizade, que apresentava antes, logo depois do dia do casamento, transformaram-se em antipatia e ódio. Neste ódio via-se secundado pela mãe, que tudo fazia para amargurar o coração da jovem nora, a ponto de expulsá-la de casa. Tendo todo o apoio do filho, aconselhou-lhe que desse a GODOLEVA uma moradia própria, à parte, que a obrigasse a viver inteiramente separada do marido e da família do mesmo.
GODOLEVA educada nas escola de Cristo, embora sofresse profundamente com um tratamento tão injusto e ímpio, levou a cruz com resignação, oferecendo os sofrimentos pela conversão daqueles que a maltratavam. A malvadez do marido, inspirado diabolicamente pela mãe, chegou a ponto de atentar contra a vida da esposa.
Esta conseguiu livrar-se das mãos assassinas de BERTOLFO e voltou para a casa paterna. Os pais assustaram-se com a chegada inesperada da filha, mas o pasmo transformou-se-lhes em indignação, quando souberam os motivos que determinaram a fuga de GODOLEVA. Como era seu dever, tomaram a defesa da perseguida, cuja causa confiaram a BALDUÍNO, conde de Flandres e ao Bispo de Nímega.


(...)


Ver mais sobre estes Santos no Livro SANTOS DE CADA DIA da editorial AO de Braga.

CIRÍACA, Santa

Em Nicomédia, Bitínia, hoje Izmit na Turquia, santa CIRÍACA virgem e mártir no tempo do imperador Diocleciano, que é venerada com grande fervor em Tropea na Calábria - Itália. (séc III)



RÓMULO, Santo


Em Foièsole, na Etrúria hoje na Toscana - Itália, São RÓMULO diácono que é considerado como primeiro mártir celebrado nesta cidade. (data incerta)

SISOS o Grande, Santo


No Egipto, São SISOS o Grande, eremita singularmente insigne no exercício da vida monástica. (429)

PALÁDIO, santo


Na Escócia, a comemoração de Santo PALÁDIO bispo que, enviado da cidade de Roma à Irlanda, aí morreu no tempo em que São GERMANO DE AUXERRE combatia os erros de Pelágio entre os Bretões. (452)


MONENA, Santa


No território de Armagh, na irlanda, santa MONENA abadessa do mosteiro de Killeevy por ela fundado. (517)

GUAR, Santo

Junto ao frio Reno, hoje Alemanha, São GOAR presbitero natural da Aquitânia que, com a aprovação do bispo de Tréveris, fundou num hospício e um oratório para receber os peregrinos e ajudá-los na salvação das suas almas. (séc. VI)


JUSTO, Santo


No território de Condat, junto ao maciço do Jura, na Borgonha, hoje França, São JUSTO, monge. (data incerta)


TOMÁS MORO, Santo

Em Londres, Inglaterra, São TOMÁS MORO que é comemorado no dia 22 de Junho, juntamente com São JOÃO FISCHER. (1535)


TOMÁS ALFIELD, Beato



Em Londres, Inglaterra, o beato TOMÁS ALFIELD presbitero e mártir que num primeiro momento, cedeu à tortura e abjurou da fé católica, mas depois de ter sido mandado para o exílio, arrependeu-se e voltou para Inglaterra onde, no reinado de Isabel I, por ter divulgado uma Apologia em defesa dos católicos, sofreu no suplício da forca em Tyburn. (1586)


AGOSTINHO JOSÉ (Elias) DESGARDIN, Beato

Num barco prisão ancorado ao largo de Rochefort - França, o beato AGOSTINHO JOSÉ (Elias>) DESGARDIN monge da Ordem Cisterciense e mártir que, durante a revolução Francesa em ódio á religião foi raptado do mosteiro de Sept-Fonts e encerrado numa esquálida galera, morreu contagiado pela enfermidade dos seus companheiros de prisão a quem prestava assistência. (1794)



SUSANA ÁGUEDA DELOIYE (Maria Rosa), Beata

Em Orange, França, a beata SUSANA ÁGUEDA DELOYE (Maria Rosa) virgem da Ordem de São Bento e mártir que, durante a Revolução Francesa, encerrada com outras 32 religiosas de várias Ordens e conventos no mesmo cárcere para morrer em dias sucessivos em ódio ao nome cristão, subiu intrepidamente ao patíbulo. (1794)



PEDRO WANG ZUOLONG, Santo

E m Shuang-hong, localidade próxima de Jixian, no Hebei - China, São PEDRO WANG ZUOLONG mártir que, durante a perseguição dos "Yihetuan" foi conduzido ao templo do ídolo e, porque se recusou a remnegar na fé em Cristo, morreu enforcado num poste. (1900)

MARIA TERESA LEDOCHOWSKA, Beata

Em Roma, a beata MARIA TERESA LEDOCHOWSKA que se dedicou totalmente aos africanos moprimidos pela escravidão e fundou o Sodalício de São Pedro Claver. (1922)


NAZÁRIA DE SANTA TERESA (Nazária Inácia March Mesa), Beata

Em Buenos Aires, Argentina, a Beata NAZÁRIA DE SANTA TERESA (Nazária Inácia March Mesa) que, sendo natural de Espanha e imigrante com a família no México, movida pelo zelo missionário se consagrou totalmente à evangelização dos pobres das várias nações da América latina e fundou o Instituto das Missionárias Cruzadas da Igreja. (1943)


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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto



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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las


ANTÓNIO FONSECA

sábado, 4 de julho de 2020

Nº 4256 - SÉRIE DE 2020 - (Nº 186) - SANTOS DE CADA DIA - 4 DE JULHO DE 2020 - Nº 242 DO 13º ANO

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Nº   4   2   5   6

SÉRIE DE 2020 - (Nº  1 8 6)

4  DE  JULHO  DE  2020

SANTOS DE CADA DIA 

(Nº   2  4  2)



1 3º   A N O 



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E 
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão recordar, comemorar e até imitar a 
Vida dos Santos e Beatos de cada dia 
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida

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ISABEL, Santa
Rainha de Portugal (1270-1336)


 Segundo parece mais provável, nasceu em princípios de 1270, filha do rei Dom Pedro III de Aragão e da rainha Dona Constança. 
Onde?  Em Saragoça?  Em Barcelona?  
Não sabemos ao certo. Casou-se em 1282 com Dom DINIS, rei de Portugal, assinando o diploma matrimonial em latim. Esta frágil criatura de cabelo dourado e 12 anos incompletos não adivinhava, com certeza, a missão que Deus lhe reservava na agitada vida peninsular daqueles tempos, missão religiosa, política, social e humana de primeira classe.
Neta de Jaime I, o Conquistador, bisneta de Frederico II de Alemanha, deles herdou a energia tenaz e a força da alma. Mas caracterizava-se principalmente pela bondade imensa e pelo espírito equilibrado e justo de Santa ISABEL DA HUNGRIA, sua parenta próxima. Como diz a lenda medieval da sua vida, escrita por mão contemporânea da Rainha Santa, era mulher cheia de doçura e bondade, muito inteligente e bem educada.
A viagem até Portugal foi longa e difícil, pois os guerreiros envolviam os caminhos de então, pouco seguros. Em Junho de 1282, encontrou-se em Trancoso com o rei Dom Dinis, a quem via pela primeira vez. O Livro que fala da boa vida que levou a Rainha de Portugal Dona Isabel de Portugal, a quem chamaremos lenda primitiva, e as Crônicas dos seis primeiros reis de Portugal traçam vigorosamente o retrato moral desta mulher extraordinária, que tão carinhosamente amou o indomável Dom Afonso IV, o Bravo.
Gostava da vida interior e do trabalho silencioso. Jejuava dias sem contra através do ano, comovia-se com os que erravam, rezava pelo seu Livro de Horas, cosia e fazia bordados em companhia das damas e donzelas, e distribuía esmolas aos necessitados, sem se esquecer do governo da sua casa (a casa da rainha era um mundo). Tudo isto, o fazia intensamente, e esta intensidade dá-nos a medida da sua vida.
Com 20 anos deu à luz Dom Afonso IV, o Bravo, que foi a sua cruz e o grane amor da sua existência. Caso único  na primeira dinastia portuguesa, a vida deste homem foi pura e não virá fora de propósito descobrir nisto a influência da mãe, e talvez um complexo de repugnância pelas aventuras amorosas, influenciado pelas dores que via sofrer Santa ISABEL, meio abandonada pelo marido.
Mas era discreta, esta jovem rainha. Obrigava o filho a obedecer ao pai (ele era rei), fingia não saber nada sobre as andanças de Dom Dinis e, ao trazê-las ele ao assunto, mudava a conversa ou começava a rezar e a ler os seus livros. O rei arrependia-se ou encobria ao máximo  os seus pecados. E ela, muito mulher, mas cristã até à medula da alma, criava os filhos ilegítimos do marido. Deste modo, todos se admiravam de ver esta menina com tanto juízo e domínio de si mesma.
Na politica peninsular de então, o seu poder moderador fez-se sentir profundamente, tanto nas guerras entre os reinos cristãos que haviam de formar a Espanha moderna, como nas desavenças intermináveis de Dom Dinis com o irmão e com o filho turbulento. Dava a razão a quem a tinha, e procurava explicar-lhe o direito e a verdade. E nem sempre era fácil convencê-lo. Nestes momentos sombrios e carregados do destino, fazia de esposa, de mãe e de rainha, embora sendo agradável no falar: jogava heroicamente tudo por tudo, chegando a ser desterrada para longe do rei.
Ódio vigoroso se enraizava na alma do infante, a ponto de tratar o pai como a um estranho. E não era somente a família real que estava desunida, eram milhares de famílias divididas por ambos os partidos, odiando-se implacavelmente, queimando casas e talando campos. Para restaurar a paz, desfeita a cada momento, Santa ISABEL pôs-se a caminho de Coimbra. Lutava por aquilo que modernamente chamamos arbitragem. Nada de guerras. Seja a sentença dada pelo juiz. Assim deve ser. Afastem-se as tropas e, se o infante tem alguma razão, seja o rei a reconhecê-la.
Agora era junto de Lisboa, onde os soldados de Dom Dinis e os do infante iam começar uma guerrilha mais, sem proveito. À pressa, Santa ISABEL subiu para uma mula e, sem qualquer pessoa à sua volta, passou, como uma mulher qualquer, pelas hostes entre si inimigas. Recordou ao filho os seus juramentos passados, pediu-lhe que não fizesse mal ao pai, falou com Dom Dinis e voltou a ter com o infante. E a tempestade foi-se apaziguando. É pena que se tenha perdido quase toda a correspondência, excepto algumas cartas. Destas recordamos uma que enviou ao rei Dom Jaime, almirante da Santa Igreja em Roma. Outra destinava-se ao rei Dom Dinis, e dá-nos a medida exacta da angústia desta mulher, que amava igualmente o marido e o filho, e os via sempre em guerra: 
«Não permitais - escreve ela - que se derrame sangue da vossa geração que esteve nas minhas entranhas. Fazei que as vossas armas parem ou então vereis como em breve morro. Se não o fizerdes, irei prostrar-me diante de vós e do infante, como a loba no parto se alguém se aproxima dos lobinhos recém-nascidos. E os balestreiros hão-de ferir o meu corpo antes que se toque em vós ou no infante. Por Santa Maria e pelo bendito São DINIS vos peço que me respondais depressa, para que Deus vos guie».
Os anos foram passando, Dom Dinis adoeceu de velho, como diz o cronista anónimo. Levaram-no para Santarém e Santa ISABEL, uma vez mais, foi sua humilde enfermeira, até que o rei entregou a alma a Deus. Então sentiu-se a Rainha mais longe do mundo. Voltaria a fazer pazes, a entrar em relações, a encaminhar como podia a tormentosa política da Península Ibérica, mas o seu propósito estava feito. Pôs o véu branco, e vestiu o hábito de Santa CLARA, ainda que livre de votos religiosos, conservando no que era seu, como diz ela, para construir igrejas, mosteiros e hospitais. Era resolução antiga, já conhecida pelo filho e pelo confessor, frei JOÃO DE ALCAMI. Como antes (e até mais, pois era agora mais livre para dar-se a Deus e aos pobres), entregou-se à vida interior e deu largas ao seu sentido cristão do papel social da riqueza. Nas suas viagens via os pobres sentados às portas das vilas e das aldeias. Distribuía vestuários, visitava os doentes, pondo neles as mãos sem ter nojo, e entregava-os aos médicos. Frades menores, dominicanos e carmelitas, freiras meio emparedadas nos conventos religiosos e aquelas pessoas que vinham de Espanha pedindo esmola; a todos dava alguma coisa. Numa palavra: não ficavam desamparados, nem presos, que da sua esmola não recebessem parte. Beijava os pés das mulheres leprosas. Junto a si criava muitas filhas de fidalgos, cavaleiros e gente mais humilde. Dessas, umas vinham a casar-se, outras faziam-se religiosas, conforme Deus queria, levando todas o seu dote. E Santa ISABEL punha em tudo um carinho especial, um gesto de inefável delicadeza. Por exemplo, ás noivas que ela casava emprestava-lhes uma coroa de pedras amarelas, o toucado e o véu, para que ficassem mais belas. Era actividade de estadista competente e de benfeitora social. Por onde passava e via hospitais, igrejas, pontes ou fontes em construção, logo ajudava da sua parte com alguma dádiva. Interessava-se por todas as obras, dirigiu a construção do convento de Santa Clara de Coimbra, falava com os operários, dizia-lhes como deviam fazer as coisas e eles ficavam assombrados de tantos conhecimentos que ela tinha.
Como todos os cristãos da Idade Média iam a Santiago de Compostela, para lá se dirigiu ela, sem dar explicações a ninguém, pois Dom Dinis já tinha morrido. O arcebispo celebrou Missa e Santa ISABEL ofereceu ao padroeiro de Espanha a mais nobre coroa do seu tesouro, véus, bordados, pedras preciosas e a mula com o seu manto de ouro e prata. Ao voltar a Portugal trazia consigo o bordão e a esclavina dos peregrinos, para «aparecer como peregrina de Santiago».
Num dia quente de verão, ouviram-na dizer que ia começar a guerra entre Dom Afonso IV, rei de Portugal e o rei de Castela. Eram seu filho e seu neto. O calor era tremendo. Apesar disso, a Rainha, cansada de anos e trabalhos, pôs-se a caminho. desta vez, indo a caminho de Extremoz, a torreira era como de morte. Com dor aguda, apareceu-lhe uma ferida no braço e teve também febre. Junto à sua cama estava a nora Dona Beatriz. Então viu passar uma dama com vestido branco. Nossa Senhora? É possível. Revela seguramente uma alma que pensava no outro mundo. Na quinta-feira seguinte confessou-se, assistiu à Missa com grande devoção e muitas lágrimas recebeu o Corpo de Deus. Voltou á cama. Quando a noite caia, disse a Dom Afonso IV que fosse cear, seguindo o costume que têm as mães de cuidar dos filhos, como se sempre fossem pequenos. Sentia que a hora estava a chegar. Muito tinha rezado na sua vida! Tinha visitado centenas de igrejas, tinha assistido a incontáveis festas eucarísticas. Sabia latim, conhecia de cor os hinos litúrgicos, a ponto de corrigir os clérigos quando se equivocavam. Não nos admiremos que rezasse à hora da morte os versos latinos, Maria, mater gratie, etc.. A voz consumia-se cada vez mais, mas ela continuava rezando, até que ninguém a compreendia já; e assim rezando acabou o seu tempo. Cumprir-se-ia o que ela tanto pedia a Deus: morreu junto do filho. E nada tão comovente como o amor indestrutível desta Santa, que ninguém viu aborrecida com aquele filho bravo e duro de cerviz. Deu-se isto no castelo de Extremoz, a 4 de Julho de 1336.
Em sete jornadas, através das planícies abrasadoras do Alentejo e da Estremadura, levaram o seu corpo ao convento de Santa Clara de Coimbra. E lá ficou através dos séculos, rodeada duma auréola de milagres. Alguns deles lendários, como o milagre das rosas, que não vem na lenda primitiva. Outros verdadeiros. Ao canonizá-la, a 25 de Maio de 1625, URBANO VIII confirmava a voz antiga do povo, rodeando duma glória imortal uma das mais perfeitas mulheres da Idade Média.

Eis como se lhe refere o padre ANTÓNIO VIEIRA, num dos seus panegíricos mais perfeitos:

«O mundo a conhece com o nome de ISABEL: e a nossa pátria que lhe não sabe outro nome, a venera com a antonomásia de Rainha Santa. Com este título que excede todos os títulos, a canonizou, em vida, o pregão das suas obras: a este pregão se seguiram as vozes de seus vassalos; e a estas vozes a adoração, os altares, os aplausos do mundo. Rainha e Santa: estes dois nomes somente  havemos de complicar, um com o outro; e veremos a nossa Rainha, tão industriosa negociante no manejo destas duas coroas, que, com a coroa de Rainha negociou ser maior Santa, e com a coroa de Santa negociou ser maior Rainha. Maior Rainha porque Santa, e maior Santa porque Rainha.
Perdoai-me, Rainha Santa, este discurso; mas não mo perdoeis, porque todo ele foi ordenado a avaliar o preço, encarecer a singularidade, e a sublimar a grandeza da vossa glória. Menos Santa fora ISABEL se a sua santidade não assentara sobre mulher e coroa. Destes dois metais, um tão frágil e outro tão precioso, deste vidro e deste ouro, se formou e fabricou a peanha que levantou a estátua de ISABEL até às estrelas».




GUILHERME ANDLEBY, sacerdote secular, HENRIQUE ABBOT, TOMÁS WARCOP e EDUARDO FULTHROP,
MÁRTIRES DE IORQUE, Beatos

     
 Ao Norte de Inglaterra, para este, no caminho da Escócia. Iorque mantém ainda o encanto de cidade antiga, parecida com uma senhora idosa que respira calma e paz. Hospedou, na sua juventude, imperadores romanos, e um bispo desde o século VIII; alojou Dinamarqueses e Normandos. E foi a última residência de numerosos mártires no tempo dos suplícios que seguiram a nacionalização da Igreja, nos séculos XVI e XVII. 
A 4 de >Julho de 1597 morreram em Iorque, os beatos GUILHERME ANDLEBY, sacerdote secular, HENRIQUE ABBOT, TOMÁS WARCOP e EDUARDO FULTHROP, três leigos.


(...)


Ver mais sobre estes Santos no Livro SANTOS DE CADA DIA da editorial AO de Braga.

PEDRO JORGE FRASSATI, Beato

Nasceu em Turim, a 6 de Abril de 1901, uma criança que nesse mesmo dia foi bapotizada e recebeu o nome de PEDRO JORGE. seu pai, Alfredo Frassati que era advogado e jornalista, seria mais tarde embaixador em Berlim e senador do reino.

(...)


Ver mais sobre este Santo no Livro SANTOS DE CADA DIA da editorial AO de Braga.



JUCUNDIANO, Santo


Na África setentrional, São JUCUNDIANO mártir., (data incerta)


LAUREANO, santo


Em Valan , Bourges - França São LAUREANO mártir. (séc. III)

FLORÊNCIO, Santo


Em Cahors, na Aquitãnia - França, São FLORÊNCIO bispo que São PAULINO DE NOLA louva como humilde de coração, forte na graça divina er suave na palavra. (séc. V)


VALENTIM, santo


Em Langres, na Aquitãnia - França , São VALENTIM presbitero e eremita., (séc. V)

BERTA, Santa


Em Blangy, Arras - França, Santa BERTA abadessa que, tendo ingressado com as filhas GERTRUDES e DEOTILA no mosteiro por ela fundado, alguns anos depois viveu como reclusa numa pequena cela. (725)


ANDRÉ DE CRETA, santo


Em Erissos, ilha de Lesbos - Grécia, o passamento de santo ANDRÉ DE CRETA bispo de Gortina que com orações, hinos e cânticos de excelente composição, cantou os louvores de Deus e exaltou a Virgem Mãe de Deus imaculada e elevada ao Céu. (740)


ULDARICO ou ULRICO, Santo

Em Augsburgo - Baviera - Alemanha, santo ULDARICO ou ULRICO bispo, ilustre pela sua admirável abstinência, liberalidade e assiduidade às vigílias que, depois de 50 anos de episcopado, morreu nonagenário. (973)


BONIFÁCIO, Beato



No mosteiro de Hautecombe, junto ao largo Burget, na Sabóia - França, o sepultamento do do Beato BONIFÁCIO bispo de linhagem régia que, depois de ter ingressado na cartuxa foi eleito para a sede de Belley e finalmente elevado à sede de Cantuária, manifestando sempre grande solicitude pelo sue rebanho. (1270)


JOÃO (Connor O'Malley) "CORNÉLIO", TOMÁS BOSGRAVE, JOÃO CAREY e PATRICIO SALMON, Beatos

Em Dorchester, Inglaterra, os beatos mártires JOÃO (Connor O'Malley) "CORNÉLIO" presbitero pouco tempo antes admitido na Companhia de Jesus, TOMÁS BOSGRAVE, JOÃO CAREY e PATRÍCIO SALMON, leigos que ajudaram este sacerdote, todos eles ao mesmo tempo, no reinado de Isabel I, glorificaram a Cristo com o martírio. (1594)

GUILHERME ANDLEBY, HENRIQUE ABBOT, TOMÁS WARCOP e EDUARDO FULTHORP, Beatos

Em York, Inglaterra, os beatos mártires GUILHERME ANDLEBY, presbitero, HENRIQUE ABBOT, TOMÁS WARCOP e EDUARDO FULTHORP leigos que na mesma perseguição condenados à morte por causa da sua fidelidade à Igreja, depois de terem suportado ao mesmo tempo o suplício do patíbulo, partiram deste mundo e alcançaram a recompensa eterna. (1597)

ANTÓNIO DANIEL, santo

Entre os Hurões, no Canadá, santo ANTÓNIO DANIEL presbitero da Companhia de Jesus e mártir, que depois de terminar a celebração da Missa, colocando-se à porta do oratório para proteger os neófitos do ataque dos inimigos indígenas, foi trespassado, pelas flechas e lançado na fogueira. A sua memória celebra-se com a dos seus companheiros no dia 11 de Outubro. (1648)

CATARINA JARRIGE, Beata

Em Mauriac, junto sao monte Cantal - França, a Beata CATARINA JARRIGE virgem da Ordem terceira de São Domingos, que se tornou ilustre pelo auxílio aos pobres e aos enfermos e, durante a Revolução Francesa defendeu de todos os modos os sacerdotes perseguidos e os visitava no cárcere. (1836)

CESÍDIO GIACOMOANTONIO, Santo

Em Heng-tchou-fu, cidade do Hubei - China, São CESÍDIO GIACOMOANTÓNIO presbitero da Ordem dos Menores e mártir que durante a perseguição movida pelos "Yiheutan" quando procurava proteger o Santíssimo Sacramento das investidas da multidão, foi apedrejado e, envolto num lençol imbuído em petróleo, morreu queimado. (1960)


JOSÉ KOWALSKI, Beato

No campo de concentração de Auschwitz, perto de Cracóvia, na Polónia, o beato JOSÉ KOWALSKI mártir que durante a guerra foi encarcerado por causa da sua fé em Cristo e submetido a atrozes torturas consumou o martírio. (1943)



MARIA CRUCIFICADA (Rosa Cúrcio), Beata

Em santa Marinella, perto de Roma, a beata MARIA CRUCIFICADA (Rosa Cúrcio) virgem , fundadora da Congregação das Carmelitas Missionárias de Santa Teresa do Menino Jesus. (1957)


PEDRO KIBE KASUI e 187 companheiros, santos


No Japão, o Beato PEDRO KIBE KASUI presbitero da Companhia de Jesus e 187 companheiros, mártires, abaixo indicados: JULIÃO NAKAURA, DIOGO YUKI, NICOLAU FUKUNAGA KEIAN, TOMÁS DE SANTO AGOSTINHO (Tomás Ochia Jihyeoe "Kintauba", JOÃO HARA MONDO, JOÃO MINAMI GOROZAEMON, SIMÃO TAKEDA GOHYOE, JOANA TAKEDA, INÊS TAKEDA, MADALENA MINAMI, LUÍS MINAMI, MELCHIOR KUMAGAI MOTONAO, DAMIÃO, JOAQUIM WATANABE JIROZAEMON, LEÃO SAISHO SCHICHIEMOMN, JOÃO HATTORI JINGORO e filho PEDRO HATTORI, MIGUEL MITSUISHI e filho TOMÁS MITSUISHI, GASPAR NISHI GENKA, esposa ÚRSULA NISHI filho JOÃO NISHI MATISHI, ADRIÃO TAKAHASHI MONDO e esposa JOANA TAKAHASHI, LEÃO HAYASHIDA SUKEEMON esposa MARIA HAYASHIDA e filhos MADALENA HAYASHIDA e DIOGO HAYASHIDA, LEÃO TAKEDOMI HAN'EMON e filho PAULO TAKEMODI HAN'EMON, ADÃO ARAKAWA, JOÃO HASHIMOTO, FRANCISCO HASHIMOTO,  PEDRO HASHIMOTO, LUÍSA HASHIMOTO, TOMÉ KIAN, TOMÉ IKEGAMI, LINO RIHYOE esposa MARIA, COSME SHIZABURO  e filho FRANCISCO SHIZABURO, ANTÓNIO DÓMI, JOAQUIM OGAWA, JOÃO KYUSAKU esposa MADALENA filha REGINA, TOMÉ KOSHIMA SHINSIRO, esposa MARIA, GABRIEL, MARIA e filha MÓNICA, MARTA  e filho BENTO, MARIA e filho SISTO, MÓNICA, TOMÉ TOEMON e esposa LUZIA, RUFINA  e filha MARTA, MÓNICA, MANUEL KOSABURO, ANA KAJIVA  e filho TOMÉ KAJVA YOEMON, ÁGUEDA, MARIA CHUJÓ, JERÓNIMO SOROKU esposa LUZIA, JOÃO SAKURAI e filha ÚRSULA SAKURAI, MÂNCIO KYUJIRÓ, LUÍS MATAGORO e esposa LUZIA, LEÃO KYUSUKE e esposa MARTA, MÊNCIA e filha LUZIA, MADALENA, DIOGO TSUZU, FRANCISCO, MARIA, DIOGO KAGAYAMA HAITO, BALTASAR KAGAYAMA HANZAEMON e filho TIAGO, JOÃO HARA MONDO., FRANCISCO TOYAMA JINTARÓ, MATRIAS SHOBARA ICHIZAEMON, JOAQUIM KUROEMON, BALTASAR UCHIBORI, ANTÓNIO UCHIBORI, INÁCIO UCHIBORI, PAULO UCHIBORI SAKUEMON, GASPAR KIZAEMON e esposa MARIA MINE, GASPAR NAGAI SOHAN, LUÍS SHINZABURO, DINIS SAEKIEKI ZENKA e filho LUÍS SAEKI KIZO, DAMIÃO ICHIYATA, LEÃO NAJAIMA SOKAN e filho PAULO MAKAJIMA, JOÃO KISAKI KYUACHI, JOÃO HEISAKU, TOMÉ UZUMI SHINGORO, ALEIXO SUGISHOACHI, TOMÉ KONDO HYOEMON, JOÃO ARAKI KANSCHICHI, JOAQUIM MINE SUKEDAYU, PAULO NISHIDA KYUACHI, MARIA, JOÃO MATSUTAKE CHOZABURO, BARTOLOMEU BABÉ HAN'EMON, LUIS FURUE SUKEEMON, PAULO ONIZUKA MAGOEMON, LU+ÍS HAYASHIDA SOKA, MADALENA HAYASHIDA, PAULO HAYASHIDA MOHYOE, LU´+IS AMAGASU e filh AJUSTA AMAGASU, TECLA KUROGANE, LUZIA KUROGANE, MARIA ITO, MARINA ITO CHOBO, PEDRO ITO YAHYOE, MATIAS ITO HIKOSUKE, TIMÓTEO OBASAMA JIROBYOE, LUZIA OBASAMA, JOÃO GOROBYOE, JOAQUIM SABUROBYOE, JOÃO BANSAI KASNE, ÁUREA BANZAI, ANTÓNIO BANSAI OROSU, PAULO SANJURO, RUFINA BANSAI e filhos PAULO e MARTA, SIMÃO TAKAHASHI SEIZAEMON, TECLA TAKAHASHIPAULO NISHIHORI SHIKIBU, LUÍS JIN'EMON e filha ANA, MªÂNCIO ISOSHINO HAN'EMON, JÚLIA IOSHINO, ANTÓNIO ANAZAWA HAN'EMON, PAULO ANASAWZ JOZABURO, ANDRÉ YAMAMOTO SHICHIEMON, INÁCIO LIDA SOEMON, JOÃO ARIE KIEMON, PEDRO ARIE JINZO, ALEIXO SATO SEISUKE, LUZIA SATO, ISABEL SATO, PAULO SATO MATAGORO N. SHICHIAZEMON, MADALENA 2 filhas de SHICHIZAEMON e MADALENA, LUZIA LIDA, CRESCÊNCIA ANAZAWA, ROMÃO ANAZAWA MATSUJIRO, MIGUEL ANAZAWA OSAMU, MARIA YAMAMOTO, ÚRSULA YAMAMOTO, MADALENA ARIE, ALEIXO CHOEMON e filhos CÂNDIDO E e INÁCIO, MIGUEL KUZURIYVA. OGASAWARA YOSABURO GEN'YA e esposa OGASAWARA MIYA LUISA e filhos OGASAWARA GENPACHI, OGASAWARA MARI, OGASAWARA KURI, OGASAWARA SASAEMON, OGASAWARA SAYUEMON, OGASAWARA SHIRO, OGASAWARA GORO, OGASAWARA TSUCHI e OGASAWARA GONNOSUKE e 4 servos da família OGASAWARA.



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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto



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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las


ANTÓNIO FONSECA

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Nº 4255 - SÉRIE DE 2020 - (Nº 185) - SANTOS DE CADA DIA - 3 DE JULHO DE 2020 - Nº 241 DO 13º ANO

CAROS AMIGOS:





As minhas melhores Saudações de Amizade e Gratidão e acima de tudo desejo
que os meus leitores  e/ou simples visitantes, continuem a passar os seus olhares por este Blogue e façam os comentários favoráveis ou não, como entenderem


~








Nº   4   2   5   5

SÉRIE DE 2020 - (Nº  1 8 5)

3  DE  JULHO  DE  2020

SANTOS DE CADA DIA 

(Nº   2  4  1)



1 3º   A N O 



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E 
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão recordar, comemorar e até imitar a 
Vida dos Santos e Beatos de cada dia 
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida

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TOMÉ, Santo

Apóstolo

TOMÉ nome aramaico que em grego significa o mesmo que Dídimo, ou gémeo em português, devia naturalmente ser galileu, homem do povo, muito honrado, nobre e sincero, embora com muita casca áspera e tosca, que era preciso fender para se vir a simpatizar com ele. Não possuía a graça e a medida ática dos gregos, mas tinha a sinceridade e espontaneidade do israelita verdadeiro, em que não há malícia. carácter forte e impulsivo, muito parecido com o de São PEDRO, tem como ele momentos de soberba e obstinação, de rebeldia e egoísmo, para logo em seguida cair desarmado, e com as lágrimas do arrependimento, aos pés de Jesus.
São JOÃO, que foi amigo particular de São PEDRO, deve ter sentido especiais simpatias por TOMÉ, pois é curioso o facto de só ele o mencionar, nada menos de sete vezes, no Evangelho, quando os três primeiros evangelistas apenas o recordam na lista geral dos Doze apóstolos.
Nos três episódios que São JOÃO conservou, aparece sempre o mesmo carácter de TOMÉ: pronto e impulsivo, mas nobre e leal.
Tinha-se retirado o Senhor de Jerusalém, porque os dirigentes judaicos estavam excessivamente apaixonados contra Ele e seus discípulos, e queria que serenassem um pouco as águas revoltas. Por causa da morte de LÁZARO, anunciou querer volitar à Judeia e aproximar-Se da capital. os Apóstolos, na maioria, devem ter posto cara de horror e espanto, temerosos por si próprios e pelo Mestre também. É o momento de TOMÉ se manifestar. É espírito forte, nascido para lutar e descobrir o seu valor, quando os outros temem.
«Vamos nós também, para morrermos com Ele». 
A viagem a Jerusalém apresentava-se com sombras de morte. Os inimigos tomavam as coisas as sério e estavam dispostos a acabar com o Messias e com os discípulos. Calam-se e temem todos. TOMÉ não se deixa arrastar e reage: está disposto a morrer por Jesus, se for necessário. Não há porque tirar-lhes o mérito, mas nos Apóstolos, até à vinda do Espírito Santo, prevalece a natureza sobre a graça. Foi acto de fidelidade de TOMÉ à amizade com Jesus, baseado no seu carácter pessoal e pundonoroso.
Na noite de Quinta-feira Santa, Jesus está comovido e os discípulos vêem-se aflitos e desanimados por causa da tempestade que se aproxima e pela despedida definitiva que lhes anuncia o Mestre. Este procura consolá-los com a perspectiva da sua assistência e das moradas que vai preparar-lhes no céu. Os Apóstolos calam-se e mostram caras tristes. Neste ambiente de depressão geral, TOMÉ vai singularizar-se com uma saída impulsiva e menos a propósito que a referida, do Jordão.
«Vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho», diz Jesus. 
TOMÉ, menos meditativo e sereno do que JOÃO para reflectir e entender as palavras do Mestre, intervém rápido e responde: 
«Senhor, nós não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?».
Feliz intervenção a de TOMÉ, pois nos mereceu a sentença profundamente consoladora: 
«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida».
A terceira façanha de São TOMÉ foi de maior alcance ainda e realizou-se depois da Ressurreição do Senhor. É sempre o mesmo: a espiga altiva que tem de sobressair sobre as do monte. Quando os seus companheiros foram cobardes ou tristes em seguir a Jesus, TOMÉ mostrou-se valente e animoso; mas quando eles estão animosos e alegres, ele fará de lastro na barquinha comum. No Jardim das Oliveiras deu-se a geral dispersão dos Apóstolos. isto sucedeu na noite de quinta-feira. No domingo encontramo-los reunidos num grupo numeroso. Não podiam faltar PEDRO e JOÃO.
O sepulcro começa a ser objecto de idas e vindas. Vem a MADALENA, dizendo que não está o corpo do Mestre no sepulcro. Em seguida, as outras mulheres que viram uns anjos. PEDRO e JOÃO confirmam a mensagem. Dois dos discípulos enfastiam-se daquele ambiente de temor e ansiedade, e saem de Jerusalém. Têm a sorte de Jesus lhes aparecer no caminho e de Se lhes dar a conhecer no Partir do pão. Voltam apressados ao Cenáculo e falta-lhes o tempo e a respiração para anunciar que viram o Senhor ressuscitado. Os que estavam dentro respondem que também PEDRO O viu. Nisto, Jesus apresenta-Se no meio deles, estando fechadas as portas e as janelas. A primeira impressão de susto e surpresa desaparece, e apoderam-se de todos grande alegria, paz e fé, ao ouvirem a voz conhecidíssima do Senhor. 
«A paz esteja convosco; não temais, sou Eu». 
Come com eles um pedaço de peixe com mel, que lhes tinha sobrado, conversa como pai com os filhos e desaparece. Todos ficam inteiramente persuadidos da realidade da ressurreição. Tinha-os avisado antes muitas vezes; era preciso que morresse: mas não havia razão para temores, ressuscitaria com certeza ao terceiro dia. Não Se enganava, é o Senhor. ressuscitou de verdade.
Este é o ambiente que reina entre os Apóstolos: fé, optimismo, paz e alegria, satisfação íntima e posse da verdade. Mas TOMÉ esteve fora e volta ainda sob a impressão da Quinta e Sexta-feira Santas. Com a alma ensombrada entra no Cenáculo, que é agora todo luz e claridade. O embate foi violento. Falam-lhe, contam-lhe, querem contagiá-lo; mas ele não se deixa influenciar por ninguém. Não crê na Ressurreição, embora todos a afirmem.
Sabe que o Senhor morreu na cruz e que um soldado lhe atravessou o peito, que o embrulharam num lençol  e o enterraram e, mesmo diante do testemunho de todos, está disposto a não crer que aquele corpo despedaçado vive, enquanto ele mesmo, com os seus próprios dedos e as suas próprias mãos, não se certifique que vive, apalpando as chagas das mãos e do peito. Ele não se alimenta de ilusões e fantasmas, mas de puras realidades.
Pobre TOMÉ! Que cego quer está! Como fala na obscuridade! Ignora os caminhos e as obras de Deus. Para o caso de ser verdade o que lhe dizem todos os seus companheiros, com tantos pormenores... Já não se aparta deles, fica com a sua dúvida no interior, mas ufanando-se exteriormente, sem esmorecer, de espírito crítico e forte.
No domingo seguinte, estão todos reunidos no Cenáculo, e Jesus de novo no meio deles. Entrou não se sabe como, porque também hoje as portas e as janelas estão bem fechadas. Dirige-Se a TOMÉ. Este, no interior, comove-se e enxerga, fixo e firme, a aparição.
«TOMÉ, diz-lhe Jesus, chega aqui o teu dedo e vês as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado, e não sejas incrédulo, mas crente».
Quem referiu a Jesus esta exigência de TOMÉ
Na sua alma não sabemos o que se passou nem se ele manteve a sua palavra de meter os dedos e a mão nas chagas do Ressuscitado. Provavelmente não o fez. Só com a sua presença, Jesus impôs-Se-lhe.
«Meu Senhor, e meu Deus».
Com este acto de fé e de amor a Jesus, apagou a sua dureza de juízo e deixou à Igreja a melhor jaculatória. 
«Mais nos serviu para a nossa fé, diz São GREGÓRIO MAGNO, a incredulidade de TOMÉ, que a fé dos discípulos fiéis». 
Felizes os que acreditamos sem ter visto, só em virtude da palavra dos que viram!.



ANATÓLIO, Santo

     
 Em laodiceia, hoje Lataquia, na Síria a comemoraç~ºao de Santo ANATÓLIO bispo, que deixou obras escritas., dignas de admiração não só para os homens de fé mas também para os filósofos. (séc. III)


MEMNÃO, Santo


Em Bizia, hoje Wisa, na Turquia, São MEMNÃO centurião, mártir que, tendo sido convertido à fé por São SEVERO no tempo de Diocleciano e Maximiano foi com ele submetido a atrozes suplícios e subiu vencedor, antes dele, ao céu. (séc. III)



MARCOS e MOCIANO, Santos


Na Mésia, território compreendido hoje entre Roménia e a Bulgária, a comemoração dos Santos MARCOS e MOCIANO mártires que por recusarem imolar aos ídolos e confessarem veementemente o nome de Cristo, por Cristo morreram decapitados. (séc. IV)


HELIODORO, santo


Em Altino, na Venécia, hoje no Véneto - Itália, Santo HELIODORO bispo que, instruído pelo ensino de São VALERIANO DE AQUILEIA viveu na companhia de São CROMÁCIO e de São JERÓNIMO e foi o primeiro a ocupar a sede episcopal desta cidade. (séc.IV)

ANATÓLIO, Santo


Em Constantinopla, hoje Istambul, Turquia, santo ANATÓLIO bispo que professou a fé verdadeira nas duas naturezas de Cristo expresso pelo papa São LEÃO MAGNO na carta a Flaviano e contribuiu para que fosse professada no Concílio de Calcedónia. (458)

LEÃO II, santo
Papa


Em Roma, junto de São Pedro, São LEÃO II papa, bom conhecedor das línguas grega e latina, amigo da pobreza e dos pobres, que confirmou os decretos  do Concílio III de Constantinopla. (683)

RAIMUNDO GAYRARD, santo


Em Toulouse, junto ao rio Garonne - França, São RAIMUNDO GAYRARD mestre-escola que, após a morte da esposa, se entregou com grande diligência às obras de caridade, fundou um hospício e finalmente, foi admitido entre os cónegos da basilica de São SATURNINO. (1118)


JOSÉ NGUYEN DINH UYEN, santo


Em Hung Yen, cidade do Tonquim, hoje Vietname, São JOSÉ NGUYEN DINH UYEN mártir que era catequista e no tempo do imperador Minh Mang em ódio á fé cristã foi preso e morreu no cárcere. (1838)


FILIPE PHAN VAN MINH, Santo


Em Vinh OLong, cidade da Cochinchina, hoje Vietname, São FILIPE PHAN VAN MINH presbitero e mártir wur, no tempo do imperador Tu Duc, por Cristo morreu decapitado. /1853)

MARIA ANA MOGAS FONDCUBERTA, Beata



Em Fuencarral, Msdrid - Espanha, a beata MARIA ANA MOGAS FONDCUBERTA virgem que fundou a Congregação das Irmãs da Mãe do Divino Pastor para a formação das jovens e a assistência dos pobres e dos enfermos. (1886)


PEDRO ZHAO MINGZHEN e 
JOÃO BAPTISTA ZHAO MINGXI, Santos

Num pântano junto de Dongyangtai, perto de Shenxian, no Hebei - China, os santos PEDRO ZHAO MINGZHEN e JOÃO BAPTISTA ZHAO MINGXI mártires dois irmãos que, na perseguição movida pelos membros da seita "Yihetuan" esquecendo os perigos para a sua incolumidade, quando defendiam as mulheres e as crianças cristãs em fuga, forma mortos pelos inimigos. (1900)



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MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

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ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...