terça-feira, 14 de agosto de 2018

O LIVRO DA CONFIANÇA - (Nº 14) - 14 DE AGOSTO DE 2018

Caros Amigos: 



Apresento com muito gosto os textos do
 "O LIVRO DA CONFIANÇA" da autoria do Padre THOMAS DE SAINT-LAURENT. 

FICHA TÉCNICA DO LIVRO

NIHIL OBSTAT
Cónego José Valdemar Pires
Bragança, 20 de Setembro de 1993
IMPRIMATUR


Abençoo, aprovo e recomendo a mais ampla difusão deste precioso livro.
Confia no Senhor, que Ele venceu o mundo
António José Rafael
Bispo de Bragança-Miranda
Bragança, 22 de Setembro de 1993
Tradução:  António Azevedo


Coordenação editorial:  José Narciso Soares
Projecto gráfico e capa:  Filipe Baradiarán
Livraria Civilização Editora


R. Alberto Aires de Gouveia, 27 - 4050-023  PORTO
Telefone  226 050 900  -  Fax:  226 050 999
ISBN:  972 96598-0-5


Dep. Legal:  246503/06
Impresso por:  CEM Artes Gráficas - Barcelos






Nossa Senhora da Confiança 

*****

Padre THOMAS DE SAINT-LAURENT



CAPÍTULO  III




CONFIANÇA!

A CONFIANÇA em Deus e as nossas necessidades temporais

Não nos devemos inquietar com o futuro

  Deus provê às nossas necessidades.

"Não vos inquieteis", diz o Senhor.

Qual será o sentido exacto desse conselho ? ...

Deveremos, para obedecer à direcção do Mestre, negligenciar completamente os negócios temporais?

É certo que a graça pede a certas almas o sacrifício de uma pobreza estrita e de um total abandono à Providência. Entretanto, é notória  a raridade dessas vocações. As outras pessoas  -  comunidades  religiosas ou indivíduos  -  possuem bens: devem geri-los prudentemente.

O Espírito Santo louva a mulher forte que soube governar bem a sua casa.  Ele no-la mostra, no Livro dos Provérbios, a acordar bem cedo para distribuir aos criados a tarefa quotidiana e a trabalhar também com as suas próprias mãos. Nada escapa à sua vigilância. os seus nada têm a temer: acharão todos, graças à sua previdência, o necessário, o agradável e, até certo luxo moderado. Os seus filhos proclamam-na bem-aventurada, e o seu marido exalta-lhe as virtudes (Prov. 9, 10-28).

A própria Verdade não teria louvado tão calorosamente essa mulher, se ela não tivesse cumprido o seu dever.

Cumpre, pois, não se afligir; ocupando-se embora razoavelmente dos seus afazeres, não se deixar dominar pela angústia de sombrias perspectivas de futuro, e contar, sem hesitações, com o socorro da Providência.

Nada de ilusões! ... uma CONFIANÇA assim pede grande força de alma.  Temos que evitar um duplo escolho: a falta e a demasia. Aquele que, por negligência, se desinteressa das suas obrigações e dos seus negócios, não pode, sem tentar a Deus, esperar um auxílio excepcional. Aquele que dá ás suas preocupações materiais o primeiro lugar das suas cogitações, aquele que conta mais consigo do que com Deus, engana-se ainda mais crassamente; rouba assim  ao Altíssimo o lugar que Lhe compete na nossa vida. "In medio stat virtus"; entre esses extremos encontra-se a virtude.

Quando se cumpriu o dever com diligência, afligir-se com o futuro, é desconhecer o poder e a bondade de Deus.

Nos longos anos em que São PAULO, o Eremita, viveu no deserto, um corvo trazia-lhe, cada dia, meio pão. Ora, aconteceu que Santo ANTÃO viesse visitar o ilustre solitário. Conversaram longamente os dois Santos, esquecidos nas suas piedosas meditações da necessidade do alimento. Pensava neles, porém, a Providência: o corvo veio; como de costume, trazendo, porém, desta vez, um pão inteiro!
O Pai Celeste criou todo o universo com uma só palavra: poderia ser-lhe dificil socorrer os seus filhos no momento da necessidade?

São CAMILO DE LÉLLIS havia-se endividado para tratar dos doentes pobres. Os religiosos alarmavam-se: "Para que duvidar da Providência?" - tranquilizava-os o santo. "Será difícil a Nosso Senhor dar-nos um pouco desses bens de que cumulou os judeus e os turcos, inimigos uns e outros da nossa Fé?" (17)
A CONFIANÇA de CAMILO não foi iludida; um mês depois, um dos seus protectores legava-lhe, ao morrer, uma soma considerável.
(17)  -  Pequenos Bolandistas, t. VIII, 18 de Julho

Afligir-se com o futuro é desConfiança que ofende a Deus e provoca a sua cólera.

Quando os hebreus, fugindo do Egipto, se viram perdidos nas areias do deserto, esqueceram-se dos milagres que o Senhor tinha feito em seu favor. Tiveram medo, murmuraram: "Deus poderá sustentar-nos no deserto?... Poderá dar vão ao seu povo?"  Estas palavras suscitaram a ira do Senhor. Contra eles lançou o fogo do céu: a sua cólera caiu sobre Israel, "porque não creram em Deus, nem Confiaram no seu socorro" (Sl 77, 19-22).

Nada de aflições inúteis: o Pai vela por nós.


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Boa leitura e Muita CONFIANÇA é o que desejo a todos...


ANTÓNIO FONSECA

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