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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ano Sacerdotal

Padre Nélio Pita

Recolha e transcrição do vídeo acima, através do site http://ecclesia.pt/ na rubrica Ano Sacerdotal, que foi transmitida pelo programa 70 x 7, da Rtp2

por António Fonseca

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

PADRE CRUZ –150 ANOS

Padre Cruz nasceu há 150 anos

O Padre Francisco Rodrigues da Cruz, o mais famoso sacerdote oriundo do território daquela que é hoje a diocese de Setúbal, nasceu em Alcochete, a 29 de Julho de 1859 e morreu em Lisboa a 1 de Outubro de 1948.

Esta Vila já notável, entre outros motivos, por ter sido o berço de D. Manuel I, o Venturoso, e do Beato Manuel Rodrigues, um dos 40 mártires do Brasil, viu crescer a sua importância, por aqui ter nascido, aquele que já em vida era conhecido pelo Santo Padre Cruz, que esperamos, um dia, venerar nos altares. Em 2009, celebra-se os 150 anos do seu nascimento.

Um santo é um semeador de ideal que espalha o bem e prepara colheitas para o céu. Alcochete orgulha-se de ter sido o berço daquele que seria outro S. João Maria Vianney, o Santo Cura d'Ars, que faleceu uma semana depois de nascer o Santo Padre Cruz. Em pleno ano sacerdotal, esta coincidência parece dizer-nos que Deus não queria apagar uma luz sem nos deixar outra acesa.

Santo foi o nome que lhe puseram já aos 35 anos de idade e a fama de santidade foi sempre em aumento, até ao seu falecimento. Bispos, sacerdotes, pessoas de todas as categorias sociais o tinham por santo e como tal o veneravam. E esta fama cresceu a tal ponto que, depois da morte, o seu jazigo, no cemitério de Benfica, é visitado diariamente, por muitos fiéis, que lá vão cumprir promessas, pedir e agradecer graças, alcançadas de Deus, por sua intercessão.

Ordenado a 3 de Julho de 1882, desempenhou funções de director no Colégio dos órfãos e director espiritual no Seminário de S. Vicente de Fora. Praticou heroicamente o que inculcava aos sacerdotes: «Confessar enquanto se apresentarem pecados, pregar enquanto houver ouvintes, e rezar até já não se poder mais».

A sua figura inconfundível foi para o povo português católico, naquele tempo, uma âncora salvadora: levemente corcovado, um sorriso de inocência sempre no seu rosto fatigado, um ar de recolhimento habitual, perdido em Deus, na intimidade divina que o atraía a desprender-se dos bens terrenos, para os dar generosamente aos mais necessitados que encontrava.

Mesmo nos tempos mais revoltosos e intolerantes, o Padre Cruz trajava sempre batina e roupão eclesiástico, e na cabeça, um largo chapéu, já gasto pelo uso. Assim o conheceu Portugal, assim se recordam dele, hoje, muitos que o conheceram. A presença do Padre Cruz em missões e tríduos pelas aldeias e vilas do país; o encontro do Padre Cruz nos comboios, nas ruas de Lisboa, nas Igrejas, nas cadeias, nos hospitais, sempre aliviando penas, confortando misérias, dando coragem aos timoratos e oferecendo certezas duma renovação cristã aos desalentados, era um «espectáculo» a que Portugal se habituara.

O Padre Cruz foi o Apóstolo que Deus deu a Portugal naqueles tempos agitados. Apóstolo da Caridade lhe chamaram, e a placa da Avenida do Padre Cruz em Lisboa, a todos o lembra. Todo o apóstolo compreende a sensibilidade dos homens do seu tempo. Enquanto viveu, este sacerdote compreendeu os seus contemporâneos, e esta compreensão deu-lhe um acesso relativamente fácil aos corações sedentos de verdade, de ideal, de transcendência.

O seu programa de apostolado traçou-o, em 1925, numa carta escrita ao Cardeal Patriarca de Lisboa, na altura, D. António Mendes Belo: "Há muitos anos que eu me sinto atraído, talvez por especial vocação da misericórdia de Deus Nosso Senhor, para ajudar espiritualmente os presos da cadeia, os doentes dos hospitais, os pobrezinhos e abandonados, a tantos pecadores e almas desamparadas que Nosso Senhor me envia ou põe no meu caminho. Tenho também grande consolação em ajudar os Párocos nos exercícios de piedade e mais encargos do seu ministério, indo por toda a parte levar, na medida das minhas forças, os socorros da religião a muitas pessoas a quem não é fácil chegarem por outra via. Ora tudo isto tenho sido, isto queria continuar a ser, por me parecer que é mais de honra de Deus".

Em 1940 cumpriu um desejo antigo e fez-se jesuíta aos 80 anos. Apesar da idade, a sua velhice não é ainda a "ruína" doutros anciãos. No seu corpo decrépito arde a chama imortal da vida divina. É já uma "sombra velhinha": mas a essa sombra descansam novos, mais fatigados e envelhecidos de alma do que ele.

Faleceu no primeiro dia de Outubro de 1948. A notícia foi divulgada pela Emissora Nacional, no noticiário das 13 horas. Quando os jornais da tarde saíram, já meia Lisboa e meio Portugal sabiam que tinha morrido o Pe. Cruz.

Três anos depois, em 1951, o processo de beatificação iniciou-se em Lisboa e entregue à Santa Sé em 1965. Com a Igreja a viver um Ano sacerdotal, será que o nosso país receberá a notícia de mais um beato?

Fotos

http://ecclesia.pt/

Recolha e transcrição de António Fonseca

quarta-feira, 22 de julho de 2009

ANO SACERDOTAL

Caros Amigos: Volto a debruçar-me sobre o Ano Sacerdotal, conforme o compromisso que fiz a mim mesmo, e publicar de vez em quando algo sobre esta comemoração e por isso, dado que continuo com problemas de paginação destas mensagens (não sei se o problema é meu, se é do blogue, o certo é que não consigo redimensionar os textos, nem sequer salientar a negrito ou a itálico) optei por transcrever apenas o título da mensagem e poderão clicar no Download para ver o resto da mensagem. Hoje vou iniciar a transcrição de:
A DOUTRINA DOS PADRES DA IGREJA
A doutrina dos Padres da Igreja Sacerdotes como os nossos pais
Os Padres da Igreja, mestres da formação sacerdotal Sumário Indicações Metodológicas Tradição Antiochene Tradição de Alexandria Sumário de Perspectivas
Indicações Metodológicas 1. Introdução ao tema, tendo como referência a Pastores dabo vobis (=PDV) No que diz respeito à formação sacerdotal, a referência às origens da Igreja não apenas é útil, mas até “obrigatória”. Por sua proximidade cronológica em relação a Cristo e aos apóstolos, a Igreja das origens é testemunha privilegiada do relacionamento de formação que Jesus estabeleceu com seus discípulos, relacionamento a que a Igreja sempre deverá voltar para captar o verdadeiro significado da formação presbiteral[1]. A referência aos Padres da Igreja como mestres de formação sacerdotal atravessa implicitamente as muitas páginas da Exortação Apostólica Sobre a formação dos sacerdotes nas circunstâncias atuais (PDV), e está presente nesse documento também de modo explícito, sobretudo nas citações de Santo Agostinho (onze) e de outros Padres (como Cipriano e Beda). Além disso, ao falar da formação teológica do presbítero, a Exortação afirma que o estudo da Palavra de Deus, “alma de toda a teologia”, deve ser guiado pela leitura dos Padres da Igreja e dos pronunciamentos do Magistério[2]. Texto completo - Download

http://www.annussacerdotalis.org/
Seguir-se-ão os restantes capítulos, logo que o possa fazer.
Conforme já comuniquei há dias, existe qualquer problema no meu computador, que não me permite nestas mensagens, dimensionar o tamanho das letras e ainda não o consegui descobrir, por isso o texto torna-se um bocado extenso. Pelo facto as minhas desculpas.
Recolha e transcrição de
António Fonseca

sábado, 4 de julho de 2009

DECRETO URBIS ET ORBIS

Do BOLETIM Nº 0328 – 12.5.2009
publicado in:
Congregazione per il clero
TRADUÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA URBIS ET ORBIS DECRETO Exercícios especiais de piedade, realizados no Ano Sacerdotal promulgado em homenagem a São João Maria Vianney, sejam agraciados com o dom da Santa Indulgência.
Estamos próximos do dia em que serão comemorados os 150 anos da piedosa passagem aos céus de São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, que neste mundo foi modelo admirável de verdadeiro Pastor a serviço do rebanho de Cristo. Dado que seu exemplo pode incitar os fiéis, e principalmente os sacerdotes, a imitarem suas virtudes, o Sumo Pontífice Bento XVI estabeleceu que, nesta ocasião, de 19 de junho de 2009 a 19 de junho de 2010, seja celebrado em toda a Igreja um especial Ano Sacerdotal, durante o qual os sacerdotes possam ser cada vez mais fortalecidos na fidelidade a Cristo por meio de meditações piedosas, santos exercícios e outras obras oportunas. O ano santo terá início com a solenidade do Santíssimo Coração de Jesus, dia de santificação sacerdotal, quando o Sumo Pontífice celebrará as Vésperas na presença das sagradas relíquias de São João Maria Vianney, levadas a Roma pelo Exmo. Bispo de Belley-Ars. O Santo Padre concluirá também o Ano Sacerdotal, na praça de São Pedro, na presença de sacerdotes provenientes do mundo inteiro, que renovarão a fidelidade a Cristo e o vínculo de fraternidade. Que os sacerdotes se esforcem, com orações e boas obras, para obter de Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, a graça de resplandecer em Fé, Esperança, Caridade e outras virtudes, e mostrem, com a conduta de vida, mas também com seu aspecto exterior, sua dedicação plena ao bem espiritual do povo, objecto de atenção da Igreja, acima de qualquer outra coisa. Para obter do melhor modo possível o fim almejado, será muito útil o dom das Santas Indulgências, que a Penitenciaria Apostólica, mediante o presente Decreto, emitido em conformidade com a vontade do Augusto Pontífice, concede benignamente ao longo do Ano Sacerdotal:
BOLETIM Nº 0328 – 12.5.2009

A. Aos sacerdotes realmente arrependidos, que em qualquer dia rezarem com devoção ao menos as Laudes matutinas ou as Vésperas diante do Santíssimo Sacramento, exposto a adoração pública ou guardado no tabernáculo, e, a exemplo de São João Maria Vianney, se oferecerem com espírito pronto e generoso à celebração dos sacramentos, sobretudo da Confissão, é concedida misericordiosamente, em Deus, a Indulgência Plenária, que poderão aplicar também em sufrágio dos co-irmãos defuntos, se, em conformidade com as disposições vigentes, participarem da confissão sacramental e da Ceia Eucarística, e rezarem segundo as intenções do Sumo Pontífice. Aos sacerdotes é concedida, ainda, a Indulgência Parcial, também aplicável aos co-irmãos defuntos, todas as vezes que rezarem com devoção orações devidamente aprovadas, tendo em vista levar uma vida santa e realizar santamente os ofícios que lhes foram confiados. B. A todos os fiéis realmente arrependidos que, na igreja ou numa capela, assistirem com devoção ao divino Sacrifício da Missa e oferecerem, pelos sacerdotes de toda a Igreja, orações a Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, e uma boa obra realizada nesse dia, para que os santifique e os molde segundo Seu Coração, é concedida a Indulgência Plenária, desde que tenham expiado seus pecados com a penitência sacramental e elevado orações pela intenção do Sumo Pontífice: nos dias em que se abre e encerra o Ano Sacerdotal; no dia do 150º aniversário da piedosa passagem para os céus de São João Maria Vianney; na primeira quinta-feira do mês ou em qualquer outro dia estabelecido pelos Ordinários do lugar para a utilidade dos fiéis. Será muito oportuno que, nas igrejas catedrais e paroquiais, os sacerdotes encarregados da pastoral sejam os mesmos a dirigir publicamente esses exercícios de piedade, celebrar a Santa Missa e confessar os fiéis. Aos idosos, aos doentes e a todos aqueles que por motivos legítimos não puderem sair de casa, mas tiverem o espírito desapegado de qualquer pecado e a intenção de cumprir, tão logo possível, as três condições habituais, em sua casa ou no local em que o impedimento os detém, será igualmente concedida a Indulgência Plenária, se, nos dias acima determinados, rezarem orações pela santificação dos sacerdotes e oferecerem a Deus com confiança, por meio de Maria, Rainha dos Apóstolos, as doenças e os dissabores de sua vida. É concedida, enfim, a Indulgência Parcial a todos os fiéis todas as vezes que rezarem devotamente cinco pai-nossos, ave-marias e glórias, ou outra oração especialmente aprovada, em honra do Sagrado Coração de Jesus, para obter que os sacerdotes se conservem em pureza e santidade de vida. O presente Decreto é válido por toda a duração do Ano Sacerdotal, não obstante qualquer disposição contrária. Dado em Roma, da sede da Penitenciaria Apostólica, em 25 de abril, festa de São Marcos Evangelista, ano da Encarnação do Senhor de 2009. James Francis Card. Stafford Penitenciário-Mor Gianfranco Girotti, O.F.M. Conv. † Bisp. Tit. de Meta, Regente
Recolha e transcrição de
António Fonseca

quinta-feira, 2 de julho de 2009

ORAÇÃO PARA O ANO SACERDOTAL

ORAÇÃO PARA O ANO SACERDOTAL
Senhor Jesus, Vós quisestes dar a Igreja, em São João Maria Vianney, uma imagem vivente e uma personificação da caridade pastoral. Ajudai-nos a viver bem este Ano Sacerdotal, em sua companhia e com o seu exemplo. Fazei que, a exemplo do Santo Cura D’Ars, possamos aprender como estar felizes e com dignidade diante do Santíssimo Sacramento, como seja simples e quotidiana a vossa Palavra que nos ensina, como seja terno o amor com o qual acolheu os pecadores arrependidos, como seja consolador o abandono confiante à vossa Santíssima Mãe Imaculada e como seja necessária a luta vigilante e fiel contra o Maligno. Fazei, ó Senhor Jesus que, com o exemplo do Cura D’Ars, os nossos jovens possam sempre mais aprender o quanto seja necessário, humilde e glorioso, o ministério sacerdotal que quereis confiar àqueles que se abrem ao vosso chamado. Fazei que também em nossas comunidades, tal como aconteceu em Ars, se realizem as mesmas maravilhas de graça que fazeis acontecer quando um sacerdote sabe “colocar amor na sua paróquia”. Fazei que as nossas famílias cristãs saibam descobrir na Igreja a própria casa, na qual os vossos ministros possam ser sempre encontrados, e saibam fazê-la bela como uma igreja. Fazei que a caridade dos nossos pastores anime e acenda a caridade de todos os fiéis, de tal modo que todos os carismas, doados pelo Espírito Santo, possam ser acolhidos e valorizados. Mas, sobretudo, ó Senhor Jesus, concedei-nos o ardor e a verdade do coração, para que possamos dirigir-nos ao vosso Pai Celeste, fazendo nossas as mesmas palavras de São João Maria Vianney:
Eu Vos amo, meu Deus, e o meu único desejo é amar-Vos até o último suspiro da minha vida.
Eu Vos amo, Deus infinitamente amável, e prefiro morrer amando-Vos a viver um só instante sem Vos amar.
Eu Vos amo, Senhor, e a única graça que Vos peço é a de amar-Vos eternamente.
Eu Vos amo, meu Deus, e desejo o céu para ter a felicidade de Vos amar perfeitamente.
Eu Vos amo, meu Deus infinitamente bom, e temo o inferno porque lá não haverá nunca a consolação de Vos amar.
Meu Deus, se a minha língua não Vos pode dizer a todo o momento que Vos amo, quero que o meu coração Vo-lo repita cada vez que respiro.
Meu Deus, concedei-me a graça de sofrer amando-Vos e de Vos amar sofrendo.
Eu Vos amo, meu divino Salvador, porque fostes crucificado por mim e porque me tendes aqui em baixo crucificado por Vós.
Meu Deus, concedei-me a graça de morrer amando-Vos e de saber que Vos amo.
Meu Deus, à medida que me aproximo do meu fim, concedei-me a graça de aumentar e aperfeiçoar o meu amor.
Amém.
S. João Maria Vianney
Recolha do site
António Fonseca

quarta-feira, 1 de julho de 2009

LUÍS ALBERTO HURTADO CRUCHAGA

São Luis Alberto Hurtado Cruchaga, S.J. fundador do Lar de Cristo (1901-1952)
Pe. Alberto Hurtado, jesuíta chileno do século XX, viveu num mundo de crises, guerras, opressões. Viveu dramas familiares. Teve de trabalhar para estudar e não lhe foi fácil deixar a Mãe viúva amparada para entra no Noviciado da Companhia. Sua obra mais conhecida foi em favor dos sem-teto, dos moradores de rua. Para eles, com seus alunos e ex-alunos, com suas mãos e uma velha camioneta criou o "Hogar de Cristo", até hoje levado por leigos e leigas e que tem feito milagres no Chile. Acreditou na educação, na Universidade. Fundou "Mensaje", revista de cultura também política e social, que continua se publicando. Foi o toque de graça para o ingresso de muitos na vida consagrada religiosa e sacerdotal e na militância laica da Igreja. Morreu ainda jovem, sofrendo um doloroso câncer com admirável ânimo e paciência. Já declarado bem aventurado, agora tivemos a alegria do anúncio de sua próxima canonização. Santificou-o o Espírito de Jesus, que sua liberdade aceitou e agradeceu. A Igreja de Deus, que tanto amou, compreendeu e serviu, agora vai reconhecer, em testemunho ao mundo inteiro, a obra que o Senhor Jesus e ele fizeram em sua vida santa de cristão para valer. http://www.vilakostkaitaici.org.br/texto_estudos_hurtado.htm
HOMILIA DE SUA SANTIDADE BENTO XVI
Praça de São Pedro
Dia Missionário Mundial
Domingo 23 de outubro de 2005
"Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração... Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22, 37.39). Foi este o programa de vida do santo Alberto Hurtado, que se quis identificar com o Senhor e amar os pobres com o seu amor. A formação que recebeu na Companhia de Jesus, consolidada pela oração e pela adoração da Eucaristia, levou-o a deixar-se conquistar por Cristo, sendo um verdadeiro contemplativo na acção. No amor e na entrega total à vontade de Deus encontrou a força para o apostolado. Fundou El Hogar de Cristo para os mais necessitados e para os sem-tecto, oferecendo-lhes um ambiente familiar cheio de calor humano. No seu ministério sacerdotal ele sobressaía pela sua sensibilidade e disponibilidade para com o próximo, sendo uma imagem viva do mestre "manso e humilde de coração". No final dos seus dias, entre as grandes dores da enfermidade, ainda teve forças para repetir: "Estou contente, Senhor, estou contente", expressando assim a alegria com que sempre viveu.
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/homilies/2005/documents/hf_ben-xvi_hom_20051023_canonizations_po.html
VOCÊS SÃO A LUZ DO MUNDO Extraído de um discurso para jovens em 1940. Alberto Hurtado S.J.Tradução: R. Paiva, SJ
Queridos amigos. A impressionante cerimônia que se realiza esta noite, tem um profundo significado. No alto de um morro, sob o olhar de nosso Pai e Deus, protegidos pelo manto maternal de Maria, que levanta suas mãos, intercedendo por nós, reúne-se, unida pelo mesmo entusiasmo, uma juventude ardorosa, que leva tochas acesas, com o coração cheio de fogo e amor, enquanto lá em baixo a grande cidade jaz no silêncio opressivo da noite. Esta cena lembra outra, acontecida há quase dois mil anos, também sobre um monte, ao cair a escuridão da noite. Lá no alto, Jesus e seus apóstolos, cercados de grande multidão e, lá em baixo, regiões inteiras mergulhadas nas trevas da obscura noite do espírito. E Jesus, profundamente tocado pelo pavoroso espetáculo de tanta gente sem luz, diz aos seus apóstolos: "Sejam vocês a luz do mundo! Vocês ficam encarregados de iluminar a noite das almas, de uni-las, de dar calor, e fazer deste calor vida, vida nova, vida pura, vida eterna". Também nesta hora, amigos muito queridos, Jesus lhes mostra esta cidade a seus pés, e, como naquele tempo, se compadece. Enquanto vocês, muitos - muitos, mas, ao mesmo tempo, demasiado poucos - marcaram um encontro de amor aqui no alto, quantos, quantos, neste mesmo momento, sujam suas almas, crucificam de novo Cristo em seus corações em lugares de prazer, transbordantes de uma juventude decrépita, sem ideais, sem entusiasmo, ansiosa apenas por gozos, ainda que à custa da morte de suas almas. Quantos estão atirando fora em espetáculos, sem nenhum pesar, quantias que não têm para aliviar as misérias dos pobres? Quantos estão perdendo altas cifras no jogo dos cassinos, nos bares, nas casas de prostituição? E quanto choro, quanta miséria nestas mesmas horas nesta cidade lá em baixo, nas mesmas horas em que vocês, aqui, professam sua fé em Cristo. Ali, a nossos pés, jaz uma enorme multidão que não conhece a Cristo, que foi educada, anos e anos, sem ouvir o nome de Deus, nem o santo Nome de Jesus. Não duvido, por isso, que se Cristo descesse neste morro de São Cristóvão, nesta noite tensa de emoção, ele lhes repetiria, olhando a cidade escura: "Tenho pena dela". E, virando-se para vocês, lhes diria com ternura infinita: "Vocês são a luz do mundo. Vocês são os que vão iluminar as trevas. Querem colaborar comigo? Querem ser meus apóstolos?" Este é o chamado ardoroso que o Mestre dirige aos jovens de hoje. Ah! Se tomassem a decisão! Ainda que fossem poucos! Um pequeno número de operários inteligentes e decididos poderia influir na salvação de nosso país. Mas como é difícil, em alguns lugares, encontrar ainda que seja um pequeno número? Os outros se deixam ficar nos seus prazeres, em seus negócios. Mudar de vida, consagrá-la ao trabalho de salvação de todos, nem se pode, nem se quer. Mas vocês, meus queridos jovens, responderam a Cristo que querem ser estes escolhidos. Querem ser apóstolos. Ser apóstolos não significa levar uma insígnia, nem um símbolo na jaqueta, nem mesmo falar a verdade. Significa viver a verdade, encarnar-se nela, converter-se - se podemos falar assim - em Cristo. Ser apóstolo não é levar uma tocha na mão, possuir a luz, mas ser a luz. Ser embaixador da luz nestas profundezas - como disse Paul Claudel numa de suas cartas - iluminando como Cristo, que é a Luz que ilumina todo aquele que vem a este mundo. O Evangelho não é tanto a doutrina de Cristo como a manifestação da doutrina de Cristo. Mais do que uma aula, é um exemplo. A mensagem convertida em vida vivente: "O que foi desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos e contemplamos com nossos olhos, o que tocamos com nossas mãos, isto é o que lhes anunciamos: o Verbo, a mensagem divina se fez carne e se manifestou". (...) Ser apóstolo significa para vocês, jovens queridos, viver seu batismo, viver a vida divina, converter-se em Cristo, dar prosseguimento à sua obra, irradiar na própria vida a vida de Cristo. Esta idéia um jovem como vocês expressou numa bela oração: "Quero que, quando me vejam, Jesus, eles te reconheçam!" A um aprendiz, cristão, um padre perguntou: "Teus companheiros conhecem o Evangelho?" Respondeu: "Não, não conhecem". O capelão insistiu: "E a Jesus Cristo?". O rapaz respondeu: "Não, não conhecem". "E ao Papa?" "Também não". "E o bispo, o Pároco?" "Também não". "Pois bem, cabe a você que seus companheiros de trabalho conheçam estas pessoas. Que, vendo você, eles compreendam este cristianismo desconhecido. A você toca irradiar o Evangelho. Que eles vendo você, descubram Jesus". (...) Claudel nos pergunta: "Vocês, que viram a luz, o que fizeram da luz?" Uma vida integralmente cristã, queridos jovens, é a única maneira de irradiar Cristo, de ser como o Precursor, João Batista: "luz que brilha nas trevas". O cristianismo mais do que uma doutrina é uma vida, uma atitude total do ser humano. O cristianismo ou é uma vida inteira de doação, uma mudança total em Cristo, ou é uma ridícula paródia que move ao riso e ao desprezo. O cristianismo é a prolongação da obra de Cristo, crucificado por nosso amor. Portanto, não pode ser apóstolo o que, pelo menos em alguns momentos não esteja crucificado com Cristo. Nada farão os que tudo fazem consistir no apostolado, na ação, numa competição de palavras, de propaganda, encontros, manifestações grandiosas... Ficam bem atos como estes que comemoramos, mas eles não são a apoteose da obra, mas o começo, um momento de nos entusiasmarmos, de nos animarmos mutuamente para seguir Cristo, mesmo nas duras horas de sua Paixão, subindo com Ele à Cruz. Antes de Cristo enviar seus apóstolos à conquista do mundo, perguntou-lhes: "Vocês podem tomar parte nos meus sofrimentos?" Responderam: "Podemos!" Só depois desta resposta, Cristo lhes confiou a missão de salvar-nos. Antes de descer deste morro, queridos jovens, eu lhes pergunto em Nome de Cristo: Vocês podem beber do cálice das amarguras do apostolado? Podem acompanhar Jesus em suas dores; no cansaço de uma obra continuada com perseverança; num trabalho monótono e fatigante, sem brilho da conquista de uma pessoa e logo depois de outra; na tarefa sempre igual de pregar o Evangelho, de visitar os pobres, de ensinar catecismo a crianças não educadas, rudes, ingratas; de mover companheiros indiferentes, irônicos, mundanos, sem ver o resultado de tantos esforços? Podem? Se hesitam, se não se sentem com ânimo para não ser da massa, desta massa sem forma, medíocre; se, como aquele rapaz do Evangelho, sentem tristeza diante dos sofrimentos que Cristo lhes pede, então renunciem ao belo título de colaboradores, de amigos de Cristo. Porém se, com valentia, decidem levantar o templo da cristandade, a dar vigor ao Corpo Místico de Cristo (a Igreja de Deus), é necessário que entreguem mais abundantemente que puderem o tributo dos sacrifícios generosos e que se decidam a ter sempre um "sim" para aquilo que o Cristo lhes pedir. Senhor, se desta multidão que se reúne a teus pés, surgisse em alguns a chama de um desejo generoso e alguns deles dissessem com verdade: "Senhor, toma e recebe toda a minha liberdade, minha memória, meu entendimento, toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo e sou, tudo entrego inteiramente a ti, para trabalhar por ti, para irradiar tua vida, contente de não ter outra recompensa que te servir e consumir-me como estas tochas que se vão apagando em nossas mãos", então se renovariam as maravilhas que agora mesmo realiza Cristo por meio destes jovens de coração ardente, se se decidissem a revestir-se de Cristo, a sacrificar-se por Cristo para, em seguida, irradiar Cristo, o Homem Eterno, o ideal mais puro e mais belo da vida.
Recolha e transcrição de
António Fonseca

CARLOS DE FOUCAULD

Carlos de Foucauld (1858-1916)
Presbítero, viveu no deserto norte-africano no meio dos Tuareg. Com a sua fervorosa e generosa fé, o ardente amor por Jesus Eucaristia, o respeito pelos homens, a predilecção pelos mais pobres, nos quais sabia descobrir o reflexo do rosto do Filho do Homem, ele nunca deixou de atrair, até depois da sua morte, um número cada vez maior de almas para o mistério de Nazaré. Nasceu em Estrasburgo (França), no dia 15 de Setembro de 1858. Ao ficar órfão com 6 anos cresceu, com a irmã Marie, sob os cuidados do avô. A formação cristã recebida na infância permitiu-lhe fazer uma sentida Primeira Comunhão em 1870. Na adolescência distanciou-se da fé. Conhecido como amante do prazer e da vida fácil, revelou, não obstante tudo, uma vontade forte e constante nos momentos difíceis. Empreendeu uma viagem de exploração em Marrocos (1883-1884). O testemunho da fé dos muçulmanos despertou nele um interrogativo: Mas Deus, existe? "Meu Deus, se existis, fazei que vos conheça". Ao regressar à França, surpreendido pelo discreto e carinhoso acolhimento da sua família, profundamente cristã, inicia a estudar e pede a um sacerdote para o instruir. Guiado pelo Pe. Huvelin, encontrou Deus no mês de Outubro de 1886. Tinha 28 anos. "Quando acreditei que existia um Deus, compreendi que não podia fazer outra coisa senão viver somente para Ele". Uma peregrinação na Terra Santa revelou-lhe a sua vocação: seguir e imitar Jesus na vida de Nazaré. Viveu 7 anos na Cartuxa, primeiro em Nossa Senhora das Neves, depois em Akbés na Síria. Em seguida, viveu sozinho, na oração, na adoração, numa grande pobreza, junto das Clarissas de Nazaré. Foi ordenado sacerdote com 43 anos (1901), na Diocese de Viviers. Depois, transferiu-se para o deserto argelino do Sahara, inicialmente em Beni Abbès, pobre entre os mais pobres, depois mais ao Sul em Tamanrasset com os Tuaregs do Hoggar. Viveu uma vida de oração, meditando continuamente as Sagradas Escrituras, e de adoração, no desejo incessante de ser, para cada pessoa o "irmão universal", imagem viva do Amor de Jesus. "Gostaria de ser bom para que se pudesse dizer: Se assim é o servo como será o Mestre?". Quis "gritar o Evangelho com a sua vida". Na noite de 1 de Dezembro de 1916 foi assassinado por um bando de ladrões de passagem. O seu sonho foi sempre compartilhar a sua vocação com os outros: após ter escrito diversas regras de vida religiosa, pensou que esta "Vida de Nazaré" pode ser vivida por todos e em toda parte. Hoje a "família espiritual de Carlos de Foucauld" inclui diversas associações de fiéis, comunidades religiosas e institutos seculares de leigos ou sacerdotes dispersos no mundo inteiro. Dom Antoine Marie osb, abbé http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_20051113_de-foucauld_po.html

CIRÍACO ELIAS CHAVARA

Beato Ciríaco Elias Chavara ou Kuriakose Elias Chavara Vigário-Geral - Co-fundador da Ordem Carmelita de Maria Imaculada (Kainakary, Kerala, Índia), 10 de fevereiro de 1805Koonammavu, 3 de janeiro de 1871)
Ciríaco Elias Chavara, nasceu em 10 de fevereiro de 1805. Filho de Pais piedosos, foi levado à igreja Sírio-Malabar, em Kainakary (Índia), tendo sido batizado no oitavo dia após seu nascimento, conforme o costume local. Entre os cinco e dez anos de idade, freqüentou a escola do vilarejo (Kalari), onde foi educado e submetido aos estudos das línguas e diferentes dialetos, bem como às ciências elementares. Seu orientador era um professor hindu, de nome Asan. Inspirado pelo desejo ardente de tornar-se um sacerdote, ingressou nos primeiros estudos sob a orientação do pároco da igreja de São José. No ano de 1818, quando tinha 13 anos de idade, o menino Ciríaco ingressou no seminário de Pallipuran, e teve como reitor Tomás Palackal. Sua ordenação sacerdotal deu-se em 29 de novembro de 1829, quando tinha 24 anos de idade, tendo celebrado sua primeira missa na igreja de Chennankari. Logo após sua ordenação, foi-lhe, primeiramente, destinado o ministério pastoral. Entretanto, assim que pôde, retornou ao seminário de origem para pregar e também assumiu as funções de substituir o reitor Tomás Palackal, quando de sua ausência. Desta forma, juntou-se a Tomás Palackal e Tomás Porukara, que estavam planejando a formação de uma congregação religiosa. Em 1830 recebeu a missão de ir para Mannanam, a fim de construir a primeira casa da congregação, cuja pedra fundamental foi lançada no dia 11 de maio de 1831. Com a morte de ambos os idealizadores da congregação, Ciríaco assumiu com empenho resoluto a liderança para o seu estabelecimento. No dia 8 de dezembro de 1855, festa da Imaculada Conceição, fez a profissão religiosa junto com outros dez companheiros. Estava assim, consolidada, a Ordem Carmelita de Maria Imaculada. Permaneceu como prior-geral de todos os monsteiros da Congregação no período compreendido entre 1856 até sua morte, em 1871. Colaborou também na fundação do Instituto das Irmãs da Mãe do Carmelo, em 1866. Combateu heroicamente a igreja de Kerala de um grande cisma que atingiu a Igreja local no ano de 1861. Com a supressão das sedes de Cranganor e Cochin, por decisão do Papa Gregório XVI muitos anos antes (1838), todos os católicos malabares passaram a ser subordinados da Sede de Verapoli. Durante este período, cismáticos que defendiam a manutenção de ritos indianos/orientais nas cerimônias da Igreja, tiveram de suportar contrariados às ordens de uma autoridade de rito latino e acabaram tentando estabelecer um prelado próprio por intercessão do patriarca caldeu José Audo VI. Este mandou-lhe, em 1861, um bispo caldeu de nome Tomás Rokos que, sem autoridade eclesiástica reconhecida por Roma, tentou inutilmente impôr liderança e autoridade sob a comunidade católica local. Pela resistência que encontrou, principalmente pela atuação brilhante de Ciríaco, que manteve e difundiu fidelidade à Roma, a autoridade de Tomás Rokos não foi reconhecida, tendo de retornar para seu local de origem. Em decorrência dos fatos, Ciríaco Elias Chavara foi nomeado como Vigário-Geral da Igreja Sírio-Malabar pelo Arcebispo de Verapolly a partir de 1861. Por isto, desde aquele tempo até hoje, é reconhecido pela comunidade católica e pelos mais altos dignitários da Igreja como defensor da Igreja de Cristo, pela sua incansável e árdua luta pelo respeito e fidelidade à Roma, especialmente sua histórica liderança, rápida e eficaz no combate à infiltração cismática de Tomás Rokos. O cisma, embora não tenha prevalecido, deixou rastros de malignas divisões, que persistem até hoje na região. Isto porque, três anos após a morte do Beato Ciríaco (1874), um bispo, de nome Mar Elias Mellus, recusando-se a obedecer às ordens de Roma, formou uma comunidade independente, denominados "melusinos", cujos seguidores totalizam cerca de 5 mil nos dias de hoje. Se a igreja católica possui base em grande parte daquelas comunidades, deve-se isto ao no grande Beato. Não fosse seu empenho e o apoio de católicos iluminados por Deus, certamente o catolicismo estaria hoje extinto na região. Após contrair doença de curta duração, porém, extremamente dolorosa, Ciríaco Elias Chavara entregou santamente sua alma a Deus, como mencionamos, no ano de 1871 (com 66 anos), na cidade de Koonammavu, próximo de Kochi, preservado de sua inocência batismal. Foi sepultado na na Igreja do Bom Pastor de Kattayam. O Papa João Paulo II beatificou-o no dia 8 de fevereiro de 1986. A sua memória litúrgica é celebrada no dia 3 de janeiro
Oração Deus, nosso Pai, suscitastes o Beato Ciríaco Elias Chavara, vosso presbítero, para consolidar a unidade da Igreja, concedei-nos, por sua intercessão, que, iluminados pelo Espírito Santo, possamos discernir sabiamente os sinais dos tempos e difundir, por palavras e obras, o anúncio do Evangelho entre os homens. Por N.S.J.C. na unidade do Espírito Santo. Amém. Cf. http://www.paginaoriente.com/santos/crcec.htm
Recolha e transcrição de
António Fonseca

ANNUS SACERDOTALIS

http://annussacerdotalis.org O Santo Cura d‘Ars A vida de santos sacerdotes A doutrina dos Padres da Igreja Magistério e ensinamentos Oração pelos sacerdotes Mensagens do Cardeal Prefeito Reflexões do Arcebispo Secretário Servicos Por Email Italiano English Deutsch Français Español Português Logo >> Banners >> News Carta para a proclamação de um Ano Sacerdotal Amados irmãos no sacerdócio, Na próxima solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, sexta-feira 19 de Junho de 2009 – dia dedicado tradicionalmente à oração pela santificação do clero – tenho em mente proclamar oficialmente um «Ano Sacerdotal» por ocasião do 150.º aniversário do « dies natalis » de João Maria Vianney, o Santo Patrono de todos os párocos do mundo. [1] Tal ano, que pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemun continua» Boletim Santa Indulgência URBIS ET ORBIS DECRETO Exercícios especiais de piedade, realizados no Ano Sacerdotal prom continua» Discurso do Papa Bento XVI durante a audiência concedida à Congregação para o Clero continua» Arquivo de Notícias Pensamentos diários Dado que tem em Cristo a sua raiz Dado que tem em Cristo a sua raiz, o sacerdócio é, por sua natureza, na Igreja e para a Igreja. ... Do mesmo modo, a obediência a Cristo, que corrige a desobediência de Adão, concretiza-se na obediência eclesial, que é, para o sacerdote, na prática quotidiana, antes de tudo obediência ao seu Bispo. Mas na Igreja a obediência não é algo de formal; é obediência àquele que por sua vez é obediente e personifica Cristo obediente. Tudo isto não vanifica nem atenua as exigências concretas da obediência, mas garante a sua profundidade teologal e o seu alcance católico: no Bispo obedecemos a Cristo e à Igreja inteira, que ele representa neste lugar.Bento XVI archivio Multimedia
NOTA:
Este é o conteúdo da 1ª página de http://annussacerdotalis.org, por onde estou a recolher as diversas notícias referentes ao Ano Sacerdotal,, que obtive através do site www.diocese-porto.pt, onde igualmente poderão ser consultadas por quem o desejar, bastando para isso, clicar nos locais pretendidos.
Independentemente disso, eu vou continuar a publicar aqui algumas informações que considerar úteis.
António Fonseca

terça-feira, 30 de junho de 2009

MARCELLIN CHAMPAGNAT

Ver: postagem anterior: Josémaria Escrivá...
Marcellin Champagnat, aportuguesado para Marcelino Champagnat Fundador do Instituto dos Pequenos Irmãos de Maria e das
Biografia
Marcelino Champagnat nasceu na França em 20 de Maio de 1789, na aldeia de Marlhes, época em que se iniciava a Revolução Francesa. Sua mãe (Maria Chirat) e sua tia, que foi expulsa de um convento, que criaram essa devoção religiosa no menino, principalmente à Maria, mãe de Jesus. Seu pai, João Batista, era agricultor, tinha grau de estudo avançado para época e passou para o filho qualidades como, honestidade, perseverança, lealdade e verdade. Conhece João Cláudio Colin (futuro fundador dos Padres Maristas) no Seminário Maior. Em meados de 1817 realiza trabalhos como: dar assistência às crianças carentes, acompanhamento da vida cristã de diversas famílias e visitação aos doentes. Chega em La Valla em junho de 1816 e em 2 de janeiro de 1817, aos seus 27 anos, reúne seus dois primeiros discípulos formando os irmãos Maristas. Ele forma seus irmãos com o intuito de catequizar os jovens e criar neles o espírito cristão, tendo por base as lições mariais. Funda sua primeira casa, que logo se torna pequena pela quantidade de gente necessitando de ajuda, passa por inúmeras dificuldades, a principal delas a incompreensão do clero em relação aos seus projetos catequistas, mesmo assim continua abrigando e catequizando crianças devido a intensa procura da população rural. Eles fundam uma nova casa, com capacidade para um maior número de pessoas tendo o nome de: "Nossa Senhora de l'Hermitage". "Tornar Jesus Cristo conhecido e amado" é a missão dos Irmãos, e eles realizam essa missão através das escolas e instituições sociais. A doença toma conta de seu corpo e mente e seu cansativo trabalho piora sua situação, falece aos 51 anos de idade, a 6 de junho de 1840.
Canonização
Sua Santidade o papa João Paulo II canonizou Marcelino Champagnat no dia 18 de abril de 1999, na praça São Pedro no Vaticano, reconhecendo-o como santo da Igreja Católica: 2. «Porventura não nos ardia o coração no peito, quando Ele nos explicava as Escrituras?». Este desejo ardente de Deus que sentiam os discípulos de Emaús manifesta-se profundamente em Marcelino Champagnat, que foi um sacerdote conquistado pelo amor de Jesus e de Maria. Graças à sua fé inabalável, permaneceu fiel a Cristo, mesmo nos momentos difíceis, num mundo por vezes privado do sentido de Deus. Também nós somos chamados a haurir a nossa força na contemplação de Cristo ressuscitado, seguindo o exemplo da Virgem Maria. São Marcelino anunciava o Evangelho com coração totalmente ardente. Foi sensível às necessidades espirituais e educativas da sua época, sobretudo a ignorância religiosa e as situações de abandono vividas em particular pela juventude. O seu sentido pastoral é exemplar para os sacerdotes: chamados a proclamar a Boa Nova, eles devem ser de igual modo para os jovens, que procuram dar sentido à sua vida, verdadeiros educadores, acompanhando-os ao longo do seu caminho e explicando-lhes as Escrituras. O Padre Champagnat é também um modelo para os pais e os educadores, ajudando-os a ter plena esperança nos jovens, a amá-los com um amor total que favoreça uma verdadeira formação humana, moral e espiritual. Marcelino Champagnat também nos convida a ser missionários, para fazer com que Jesus Cristo seja conhecido e amado, como fizeram os Irmãos maristas, indo até à Ásia e à Oceânia. Tendo Maria como guia e Mãe, o cristão é missionário e servidor dos homens. Peçamos ao Senhor a graça de termos um coração ardente como o de Marcelino Champagnat, para O reconhecer e sermos Suas testemunhas.
(http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/homilies/1999/documents/hf_jp ii_hom_18041999_po.html) Cronologia
1789 – 20 de maio: nascimento de Marcelino Champagnat. 1792 – supressão das Ordens Religiosas, entre elas a dos Irmãos das Escolas Cristãs. 1799 – Inicia na escola fundamental, mas com resultados negativos. 1804 – Descobre a vocação para sacerdote. 1805 – Ingressa no Seminário Menor de Verrières (França). 1813 – Ingressa no Seminário Maior de Lyon (França). 1814 – Festa da Epifania: recebe a tonsura, as ordens menores e o subdiaconado. 1815 – 23 de junho: é ordenado diácono pelo bispo de Grenoble (França), juntamente com João Claúdio Colin e João Maria Vianney. 1816 – 22 de julho: é ordenado sacerdote. No dia seguinte 12 seminaristas prometem à Nossa Senhora de Fourvière de criar a Sociedade de Maria. 1817 – 2 de janeiro: instala os dois primeiros postulantes maristas numa casa de La Valla, França. 1818 – Fundação da casa de Marlhes, França. 1821 – Depois das festas da Páscoa, o Vigário Geral recrimina Marcelino pela fundação de congregação dedicada à educação. 1824 – 13 de maio: bênção da pedra fundamental para a construção do Eremitério. 1825 – Os Irmãos Maristas de Marcelino instalam-se no Eremitério, esgotado pelas visitas às escolas fica doente. 1831 – 18 de abril: ordem real que regulamenta as condições de ensino para os religiosos. 1832 – 16 de outubro: entrada de Pedro Aleixo Labrosse que será o segundo Superior Geral do Instituto. 1833 – Marcelino conta com 82 Irmãos que ensinam em 19 escolas para 2000 alunos. 22 postulantes recebem o hábito religioso. 1836 – Reconhecimento oficial pela Santa Sé dos Padres maristas. O Padre João Colin é nomeado Superior Geral. Marcelino Champagnat é nomeado Superior do Instituto dos Irmãos. No dia 24 de dezembro, os primeiros missionários maristas partem para a Oceania. 1839 – Devido a doença e fraqueza física, é eleito o Irmão Francisco Rivat como sucessor de Marcelino Champagnat no Superior do Instituto dos Irmãos. 1840 – 6 de junho: Marcelino morre no Eremitério. 1999 – canonização pelo Papa João Paulo II. http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcellin_Champagnat
Recolha e transcrição de
António Fonseca

JOSÉ MARIA ESCRIVÁ DE BALAGUER

do site: Congregazion per il Clero - Annus Sacerdotalis por intermédio de: diocese-porto.pt A Vida de vários sacerdotes
SÃO JOSEMARÍA ESCRIVÁ DE BALAGUER
«O Fundador do Opus Dei recordou que a universalidade do chamamento à plenitude da união com Cristo implica também que qualquer actividade humana se pode converter em lugar de encontro com Deus. (...) Foi um autêntico mestre de vida cristã e soube alcançar o cume da contemplação com a oração contínua, a mortificação constante, o esforço quotidiano de um trabalho realizado com exemplar docilidade às moções do Espírito Santo, a fim de servir a Igreja como a Igreja quer ser servida». (Do Breve Apostólico da Beatificação de Josemaría Escrivá de Balaguer, Sacerdote, Fundador do Opus Dei). ***** Um lar luminoso e alegre Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro (Espanha), no dia 9 de Janeiro de 1902. Foi o segundo dos seis filhos de José Escrivá e María Dolores Albás. Os seus pais, católicos fervorosos, baptizaram-no no dia 13 desse mesmo mês de Janeiro e transmitiram-lhe, em primeiro lugar com a sua vida, os fundamentos da fé e as virtudes cristãs: o amor à Confissão e à Comunhão frequentes, o recurso confiado à oração, a devoção a Nossa Senhora, a ajuda aos mais necessitados. São Josemaría cresceu como um rapaz alegre, vivo e simples, travesso, bom aluno, inteligente e bom observador. Amava muito a sua mãe e tinha uma grande confiança e amizade com o seu pai, que o animava, com liberdade, a que lhe abrisse o seu coração e lhe contasse as suas preocupações, estando sempre disponível para responder às suas perguntas, com afecto e prudência. Nosso Senhor começou, desde muito cedo, a temperar a sua alma na forja da dor: entre 1910 e 1913 morreram as suas três irmãs mais novas e em 1914 a sua família sofre a ruína económica. Em 1915, a família Escrivá muda-se para Logronho, onde o pai obteve um emprego que lhe permitirá sustentar modestamente a família. No inverno de 1917-1918 ocorre um facto que terá uma influência decisiva no futuro de Josemaría Escrivá: durante a época de Natal, caiu um forte nevão sobre a cidade e, um dia, repara numas pegadas na neve; são as pegadas de um frade carmelita que caminhava descalço. Interrogou-se, então, a si mesmo: se há pessoas que fazem tantos sacrifícios por Deus e pelo próximo, não serei eu capaz de Lhe oferecer alguma coisa? Surge, assim, na sua alma uma inquietação divina: comecei a pressentir o Amor, a dar-me conta de que o coração me pedia alguma coisa grande, que fosse amor. Sem saber ainda, de modo preciso, o que lhe pede Nosso Senhor, decide ser sacerdote, porque pensa que dessa maneira estará mais disponível para cumprir a vontade divina. A ordenação sacerdotal Terminado o ensino secundário, inicia os estudos eclesiásticos no Seminário de Logronho e, em 1920, entra no de Saragoça, em cuja Universidade Pontifícia completará a sua formação prévia ao sacerdócio. Na capital aragonesa faz também o curso de Direito, por sugestão do seu pai e com a autorização dos seus superiores eclesiásticos. O seu carácter generoso e alegre, a sua simplicidade e serenidade, fazem-lhe ganhar o afecto dos seus colegas. O seu esmero na vida de piedade, na disciplina e no estudo é um exemplo para todos os seminaristas e, em 1922, quando contava apenas vinte anos, o Arcebispo de Saragoça nomeia-o Inspector do Seminário. Durante este período, passa muitas horas a rezar diante do Senhor Sacramentado, enraizando profundamente na Eucaristia a sua vida interior, e vai todos os dias à Basílica de Nossa Senhora do Pilar para pedir à Virgem Santíssima que Deus lhe revele o que pretende dele: a partir do momento em que senti aqueles pressentimentos do amor de Deus – afirmava em 2 de Outubro de 1968 –, esforcei-me, na minha pequenez, por levar a cabo o que Ele esperava deste pobre instrumento. (...) E, no meio daquelas ânsias, rezava, rezava, rezava, numa contínua oração. Não parava de repetir: Domine, ut sit!, Domine, ut videam!, como o pobrezinho do Evangelho, que clama porque Deus tudo pode. Senhor, que eu veja! Senhor, que seja! E repetia também, (...) cheio de confiança na minha Mãe do Céu: Domina, ut sit!, Domina, ut videam! A Virgem Santíssima sempre me ajudou a descobrir os desejos do Seu Filho. José Escrivá falece a 27 de Novembro de 1924, vítima de uma síncope repentina. No dia 28 de Março de 1925, Josemaría é ordenado sacerdote por D. Miguel de los Santos Díaz Gómara, na igreja do Seminário de São Carlos, em Saragoça. Dois dias mais tarde celebra a sua primeira Missa solene, na Santa Capela da Basílica de Nossa Senhora do Pilar, e no dia 31 desse mês vai para Perdiguera, pequena aldeia de camponeses, como regente auxiliar na paróquia. Em Abril de 1927, com o beneplácito do seu Arcebispo, começa a viver em Madrid para fazer o doutoramento em Direito Civil, o qual, nessa altura, só se podia obter na Universidade Central da capital de Espanha. Em Madrid, o seu zelo apostólico rapidamente o faz entrar em contacto com pessoas de todos os ambientes da sociedade: estudantes, artistas, operários, intelectuais, sacerdotes. Entrega-se sem descanso, de modo especial, às crianças, doentes e pobres dos bairros periféricos. Ao mesmo tempo, sustenta a sua família dando aulas de direito. São tempos de grandes dificuldades económicas, vividas por toda a família com dignidade e ânimo. Nosso Senhor abençoou-o com abundantes graças de carácter extraordinário que, encontrando na sua alma generosa um terreno fértil, produziram muitos frutos de serviço à Igreja e às almas. Fundação do Opus Dei O Opus Dei nasce no dia 2 de Outubro de 1928. São Josemaría está a fazer um retiro espiritual e, enquanto medita nos apontamentos das moções interiores recebidas de Deus nos últimos anos, de repente vê (é a palavra que sempre utilizará para descrever a experiência fundacional) a missão que Nosso Senhor lhe quer confiar: abrir na Igreja um novo caminho vocacional, orientado a difundir a procura da santidade e a realização do apostolado mediante a santificação do trabalho quotidiano no meio do mundo, sem mudar de estado. Poucos meses mais tarde, no dia 14 de Fevereiro de 1930, Nosso Senhor dá-lhe a entender que o Opus Dei deve estender-se também às mulheres. A partir dessa altura, São Josemaría entrega-se de corpo e alma ao cumprimento da sua missão fundacional: promover entre homens e mulheres de todos os âmbitos da sociedade um compromisso pessoal de seguimento de Cristo, de amor ao próximo, de procura da santidade na vida quotidiana. Não se considera um inovador nem um reformador, pois está convencido de que Jesus Cristo é a eterna novidade e de que o Espírito Santo rejuvenesce continuamente a Igreja, e que foi para a servir que Deus suscitou o Opus Dei. Sabedor de que a tarefa que lhe foi confiada é de natureza sobrenatural, fundamenta o seu labor na oração, na penitência, na alegre consciência da filiação divina, num trabalho infatigável. Pessoas de todas as condições começam a segui-lo, especialmente grupos de universitários, nos quais desperta um desejo sincero de servirem os seus irmãos, os homens, inflamando-os na ânsia de pôr Cristo no âmago de todas as actividades humanas, através do trabalho santificado, santificante e santificador. É este o fim que indicará para as iniciativas dos fiéis do Opus Dei: levar a Deus, com a ajuda da graça, cada uma das realidades criadas, para que Cristo reine em todos e em tudo; conhecer Jesus Cristo, dá-Lo a conhecer, levá-Lo a todos os sítios. Compreende-se, portanto, que pudesse exclamar: abriram-se os caminhos divinos da terra. Expansão apostólica Em 1933, promove a abertura de uma Academia universitária, porque percebe que o mundo da ciência e da cultura é um ponto nevrálgico para a evangelização de toda a sociedade. Em 1934, publica, com o título Consideraciones Espirituales, a primeira edição de Caminho, livro de espiritualidade de que, até agora, se difundiram mais de quatro milhões e meio de exemplares, com 372 edições, em 44 línguas. O Opus Dei está a dar os seus primeiros passos quando, em 1936, começa a guerra civil espanhola. Em Madrid cresce a violência anti-religiosa, mas o Pe. Josemaría, apesar dos riscos, prodigaliza-se heroicamente na oração, na penitência e no apostolado. É uma época de sofrimento para a Igreja, mas são também anos de crescimento espiritual e apostólico e de fortalecimento da esperança. Em 1939, terminada a guerra, o Fundador do Opus Dei pode dar um novo impulso ao seu trabalho apostólico em toda a Península Ibérica, e mobiliza especialmente muitos jovens universitários para que levem Cristo a todos os ambientes e descubram a grandeza da sua vocação cristã. Difunde-se ao mesmo tempo a sua fama de santidade: é convidado por muitos Bispos a pregar retiros espirituais aos sacerdotes e leigos das organizações católicas. Chegam-lhe pedidos semelhantes dos superiores de várias ordens religiosas, a que sempre acede. Em 1941, enquanto prega um retiro espiritual a sacerdotes de Lérida, falece a sua mãe, que tanto o tinha ajudado no apostolado do Opus Dei. Nosso Senhor permite que se desencadeiem também duras incompreensões sobre a sua pessoa. O Bispo de Madrid, D. Leopoldo Eijo y Garay, transmite-lhe o seu mais sincero apoio e concede ao Opus Dei a primeira aprovação canónica. São Josemaría suporta as dificuldades com oração e bom humor, consciente de que «todos os que querem viver piedosamente em Jesus Cristo serão perseguidos» (2 Tim 3, 21), e recomenda ao seus filhos espirituais que, perante as ofensas, se esforcem por perdoar e esquecer: calar, rezar, trabalhar, sorrir. Em 1943, mediante uma nova graça fundacional que recebe durante a celebração da Missa, nasce, dentro do Opus Dei, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, na qual se poderão incardinar os sacerdotes que procedam dos fiéis leigos do Opus Dei. O facto de pertencerem plenamente ao Opus Dei tanto sacerdotes como leigos, bem como a cooperação orgânica de uns com os outros nos seus apostolados, são características próprias do carisma fundacional, que a Igreja confirmou em 1982, ao determinar a sua definitiva configuração jurídica como Prelatura pessoal. No dia 25 de Junho de 1944 recebem a ordenação sacerdotal três engenheiros, entre eles Álvaro del Portillo, futuro sucessor do Fundador na direcção do Opus Dei. Com o decorrer do tempo, serão quase mil os leigos do Opus Dei que São Josemaría conduzirá ao sacerdócio. A Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, intrinsecamente unida à Prelatura do Opus Dei, promove também, em plena sintonia com os Pastores das Igrejas locais, actividades de formação espiritual para sacerdotes diocesanos e candidatos ao sacerdócio. Os sacerdotes diocesanos também podem fazer parte da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, mantendo inalterada a sua pertença ao clero das respectivas dioceses. Espírito romano e universal Mal vislumbrou o fim da guerra mundial, São Josemaría começou a preparar o trabalho apostólico noutros países, porque, dizia, Jesus quer que, desde o princípio, a sua Obra tenha índole universal, católica. Em 1946 passa a viver em Roma, a fim de preparar o reconhecimento pontifício do Opus Dei. A 24 de Fevereiro de 1947, o Papa Pio XII concede o decretum laudis, e a aprovação definitiva a 16 de Junho de 1950. A partir desta data, também os não católicos e mesmo os não cristãos podem ser admitidos como Cooperadores do Opus Dei, ajudando os trabalhos apostólicos com o seu trabalho, esmola e oração. Instala-se em Roma a sede central do Opus Dei, para sublinhar de modo ainda mais tangível a aspiração que dá forma a todo o seu trabalho: servir a Igreja como a Igreja quer ser servida, em íntima adesão à cátedra de Pedro e à hierarquia eclesiástica. Pio XII e João XXIII transmitem-lhe, em várias ocasiões, manifestações de afecto e estima. Paulo VI escrever-lhe-á, em 1964, definindo o Opus Dei como «expressão viva da perene juventude da Igreja». Também esta etapa da vida do Fundador do Opus Dei está marcada por todo o tipo de provações: à saúde afectada por muitos sofrimentos (padeceu de uma grave forma de diabetes durante mais de dez anos, de que se curou, em 1954, de modo milagroso) acrescentam-se as dificuldades económicas e as relacionadas com a expansão do apostolado por todo o mundo. Todavia, a alegria transcende sempre da expressão do seu rosto, porque a verdadeira virtude não é triste nem antipática, mas amavelmente alegre. O seu permanente bom humor é um testemunho contínuo de amor incondicionado à vontade de Deus. O mundo é muito pequeno, quando o Amor é grande: o desejo de inundar a terra com a luz de Cristo leva-o a aceitar as solicitações de numerosos Bispos que, de todos os lugares do mundo, lhe pedem a ajuda do apostolado do Opus Dei para a evangelização. Surgem projectos muito variados: escolas de formação profissional, centros de formação para trabalhadores agrícolas, universidades, colégios, hospitais e centros de saúde, etc. Estas actividades – um mar ser limites, como gostava de dizer –, fruto da iniciativa dos cristãos que desejam dar resposta, com mentalidade laical e profissionalismo, às necessidades concretas de um determinado lugar, estão abertas a pessoas de todas as raças, religiões e condições sociais, porque a sua patente identidade cristã harmoniza-se sempre com o profundo respeito pela liberdade das consciências. Quando João XXIII anuncia a convocação de um Concílio Ecuménico, começa a rezar e a pedir que se reze pelo feliz êxito dessa grande iniciativa, que é o Concílio Ecuménico Vaticano II, como escreveu numa carta de 1962. Nas sessões do Concílio, o Magistério solene confirmará aspectos fundamentais do espírito do Opus Dei: o chamamento universal à santidade, o trabalho profissional como meio de santidade e de apostolado, o valor e os legítimos limites da liberdade do cristão em matérias temporais, a Santa Missa como centro e raiz da vida interior, etc. São Josemaría contacta com muitos Padres conciliares e Peritos, que nele reconhecem um autêntico precursor de muitas linhas mestras do Vaticano II. Profundamente identificado com a doutrina conciliar, promove diligentemente a sua execução, através das actividades formativas do Opus Dei em todo o mundo. Santidade no meio do mundo Ao longe, no horizonte, o céu une-se à terra. Mas não esqueças que onde de verdade o céu e a terra se tocam é no teu coração de filho de Deus. A pregação de São Josemaría vinca constantemente a primazia da vida interior sobre as actividades organizativas: estas crises mundiais são crises de santos, escreveu em Caminho. E a santidade exige sempre essa compenetração de oração, trabalho e apostolado a que chama unidade de vida, que recebe o seu melhor testemunho da sua própria vida. Estava profundamente convencido de que, para alcançar a santidade no trabalho quotidiano, é necessário o esforço por ser alma de oração, alma de profunda vida interior. Quando se vive desta forma, tudo é oração, tudo pode e deve conduzir-nos para Deus, alimentando, da manhã à noite, esta relação contínua com Ele. Todo o trabalho pode ser oração e todo o trabalho, que é oração, é apostolado. A raiz da prodigiosa fecundidade do seu ministério reside precisamente na ardente vida interior que torna São Josemaría num contemplativo no meio do mundo: uma vida interior alimentada da oração e dos sacramentos, que se manifesta no amor apaixonado pela Eucaristia, na profundidade com que vive a Santa Missa como centro e raiz da sua própria vida, na terna devoção a Nossa Senhora, a São José e aos Anjos da Guarda, na fidelidade à Igreja e ao Papa. O encontro definitivo com a Santíssima Trindade Nos últimos anos da sua vida, o Fundador do Opus Dei passa por numerosos países da Europa e da América Latina, em viagens de catequese: em todos esses lugares, tem reuniões de formação, simples e familiares (mesmo quando se juntam milhares de pessoas para o escutar), em que fala de Deus, dos sacramentos, das devoções cristãs, da santificação do trabalho, do amor à Igreja e ao Papa. Celebra, a 28 de Março de 1975, as bodas de ouro sacerdotais. Nesse dia, a sua oração é como que uma síntese de toda a sua vida: passados cinquenta anos, sou como uma criança que balbucia: estou a começar, a recomeçar, na minha luta interior de cada dia. E assim até ao fim dos dias que me restem: sempre a recomeçar. São Josemaría morre, como consequência de uma paragem cardíaca, ao meio dia de 26 de Junho de 1975, no seu quarto de trabalho e aos pés de um quadro de Nossa Senhora, a quem lança o seu último olhar. Nessa altura, o Opus Dei está presente nos cinco continentes com mais de 60.000 membros de 80 nacionalidades. Os livros de espiritualidade de Mons. Escrivá de Balaguer (Caminho, Santo Rosário, Temas Actuais do Cristianismo, Cristo que passa, Amigos de Deus, Amar a Igreja, Via Sacra, Sulco, Forja) difundiram-se com milhões de exemplares. Depois do seu falecimento, um grande número de fiéis pede ao Papa que se abra a sua causa de canonização. A 17 de Maio de 1992, em Roma, S. S. João Paulo II eleva Josemaría Escrivá aos altares, numa multitudinária cerimónia de beatificação. A 21 de Setembro de 2001, a Congregação Ordinária de Cardeais e Bispos membros da Congregação para as Causas dos Santos confirma unanimemente o carácter milagroso de uma cura, bem como a sua atribuição a São Josemaría. A leitura do decreto relativo ao milagre tem lugar, na presença do Romano Pontífice, no dia 20 de Dezembro. A 26 de Fevereiro de 2002, João Paulo II preside o Consistório Ordinário Público de Cardeais e, ouvidos os Cardeais, Arcebispos e Bispos presentes, determina que a cerimónia de Canonização de São Josemaría se celebre no dia 6 de Outubro de 2002.
Recolha, transcrição de António Fonseca

João Maria Vianney

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY (1786-1859)
Uma vida sob o olhar de Deus
Vida do Santo Cura – Principais biografias do Cura d’Ars Vida do Santo Cura
Nascido a 8 de maio de 1786 em Dardilly, próximo de Lyon, numa família de lavradores, João Maria Vianney tem uma infância marcada pelo fervor e pelo amor de seus pais. O contexto da Revolução Francesa exercerá forte influência sobre sua juventude: fará sua primeira confissão aos pés do grande relógio da sala de estar de sua casa, e não na igreja do povoado, e receberá a absolvição de um sacerdote clandestino. Dois anos mais tarde, faz sua primeira comunhão num celeiro, durante uma Missa clandestina celebrada por um sacerdote rebelde. Aos 17 anos, decide responder ao chamado de Deus: “Gostaria de ganhar almas para o Bom Deus”, dirá a sua mãe, Marie Béluze. Seu pai, porém, se opõe a esse projeto durante dois anos, pois faltavam braços na lavoura familiar. Aos 20 anos, começa a se preparar para o sacerdócio com o abade Balley, pároco de Écully. As dificuldades o farão crescer: passa rapidamente do abatimento à esperança, vai em peregrinação ao sepulcro de São François Régis, em Louvesc. Vê-se obrigado a desertar, quando chamado a entrar para o exército para lutar na guerra na Espanha. Mas o abade Balley saberá ajudá-lo nesses anos caracterizados por uma série de provações. Ordenado sacerdote, em 1815, passa uma primeira temporada como vigário de Écully. Em 1818, é enviado a Ars. Ali, desperta a fé de seus paroquianos com suas pregações, mas, sobretudo, com sua oração e seu estilo de vida. Sente-se pobre diante da missão que tem a realizar, mas se deixa envolver pela misericórdia de Deus. Restaura e decora a igreja, funda um orfanato, a que dá o nome de “A Providência”, e cuida dos mais pobres. Muito rapidamente, sua reputação de confessor atrai muitos peregrinos, que vêm buscar com ele o perdão de Deus e a paz do coração. Assaltado por provações e lutas interiores, mantém seu coração bem arraigado no amor a Deus e aos irmãos; sua única preocupação é a salvação das almas. Suas aulas de catecismo e suas homilias falam sobretudo da bondade e da misericórdia de Deus. Sacerdote que se consome de amor diante do Santíssimo Sacramento, doado inteiramente a Deus, a seus paroquianos e aos peregrinos, morre em 4 de agosto de 1859, depois de uma entrega até o extremo do Amor. Sua pobreza não era simulada. Sabia que estava fadado a morrer como “prisioneiro do confessionário”. Três vezes tentara fugir de sua paróquia, acreditando-se indigno da missão de pároco e pensando ser mais um obstáculo à bondade de Deus que um condutor de seu Amor. A última tentativa de fuga ocorreu menos de seis anos antes de morrer. Foi interceptado por seus paroquianos, que tinham feito soar o alarme no meio da noite. Voltou, então, a sua igreja e pôs-se a confessar até a uma da manhã. No dia seguinte, diria: “Comportei-me como uma criança”. Em seu funeral, havia mais de mil pessoas, entre as quais o bispo e todos os sacerdotes da diocese, que vinham abraçar aquele que já era seu modelo. Beatificado em 8 de janeiro de 1905, foi declarado no mesmo ano “padroeiro dos sacerdotes da França”. Canonizado por Pio XI em 1925, mesmo ano da canonização de Santa Teresa do Menino Jesus, será proclamado em 1929padroeiro de todos os párocos do universo”. O papa João Paulo II visitou Ars em 1986. Hoje, Ars recebe 450 mil peregrinos todos os anos, e o Santuário organiza diversas atividades. Em 1986, lá foi aberto um seminário para formar futuros sacerdotes na escola do “Sr. Vianney”. Afinal, por onde passam os santos, Deus passa com eles! Copyright: http://arsnet.org
Recolha e transcrição através do site: diocese-porto.pt
António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 659 - SÉRIE DE 2024 - Nº (136) - SANTOS DE CADA DIA - 15 DE MAIO DE 2024 - NÚMERO ( 1 9 1 )

  Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 136º  Número da S...