segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

COMUNICAÇÃO PESSOAL

Meus amigos:
VENHO DAR-VOS CONHECIMENTO DE QUE ONTEM, DIA 11-JANEIRO TIVE UM ACIDENTE NA CASA DE BANHO DE MINHA RESIDÊNCIA, DO QUAL RESULTOU TER PARTIDO LONGITUDINALMENTE O MEU BRAÇO ESQUERDO, MAIS PROPRIAMENTE O "CÚBITO".
ACONTECEU ISTO POR VOLTA DAS 6 E MEIA DA MANHÃ E TIVE QUE ME DESLOCAR AO HOSPITAL DE S. JOÃO NUMA AMBULÂNCIA DO INEM,
ONDE CHEGUEI ÀS 8 HORAS.
PERMANECI LÁ TODO O DIA !!! ATÈ ÀS 21 HORAS !!!
EMBORA ME TENHAM ENGESSADO O BRAÇO, DEPOIS DE TER FEITO DUAS RADIOGRAFIAS, ENTENDERAM QUE ME DEVIAM EFECTUAR OUTROS EXAMES - ECG, TENSÃO ARTERIAL, MAIS UMA RADIOGRAFIA, ANÁLISES DE SANGUE, ETC., POIS QUERIAM SABER SE ALGO TINHA ACONTECIDO PARA EU TIVESSE ATIRADO O BRAÇO CONTRA A PAREDE DE TIJOLEIRA DO QUARTO DE BANHO, INCONSCIENTEMENTE, POIS AINDA AGORA ESTOU SEM SABER COMO ACONTECEU ...
DOS EXAMES EFECTUADOS NÃO RESULTOU NENHUMA CONCLUSÃO, SOBRE O ACONTECIDO, POIS ESTAVA TUDO ABSOLUTAMENTE NORMAL, SEGUNDO OS MÉDICOS ME INFORMARAM.
E ESTA HEM?
O QUE É CERTO É QUE VOU ESTAR COM O BRAÇO ENGESSADO PARA JÁ ATÉ AO DIA 30 DE JANEIRO, ALTURA EM QUE ME DEVE SER RETIRADO O GESSO - SE TUDO CORRER BEM, ESPERO !!!
POR ISSO VOU ESTAR IMPEDIDO DURANTE ALGUM TEMPO, - PELO MENOS ATÉ ME PASSAREM AS DORES - DE ESCREVER ALGO NESTE BLOG, DADO QUE SÓ POSSO MOVIMENTAR A MÂO DIREITA.
GRAÇAS A DEUS, FOI O BRAÇO ESQUERDO, PORQUE SE FOSSE O DIREITO NÃO PODIA FAZER NADA !!!
CAROS AMIGOS, ADEUS ATÉ AO MEU REGRESSO, QUE ESPERO SEJA BREVE.
GRAÇAS E LOUVORES SEJAM DADOS ETERNAMENTE A NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E A SUA MÂE MARIA SANTÍSSIMA.
António Fonseca

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

S. PAULO O GRANDE COMUNICADOR

Do Boletim da SSVP, de Outubro de 2008, retirei (com a devida vénia) este texto:
S. PAULO, O GRANDE COMUNICADOR
UM ANO COM O APÓSTOLO DOS GENTIOS
Vai ser um ano repleto de acontecimentos litúrgicos, culturais e ecuménicos, com iniciativas pastorais e sociais inspiradas na espiritualidade paulina.
As celebrações para o segundo milénio do nascimento de São Paulo (situado pelos historiadores entre os anos 7 e10 d.c.) vão encher o calendário dos próximos meses. O programa das celebrações, que já se iniciaram em Roma e em toda a Igreja no passado dia 28 de Junho e se estenderão até 29 de Junho de 2009, pode ser seguido no site www.annopaolino.org
O anúncio destas iniciativas foi feito pelo Papa Bento XVI, que enfatizou a realização de "congressos de estudo, publicações especiais dos textos paulinos, para dar a conhecer cada vez mais a imensa riqueza dos ensinamentos que os seus escritos contêm, verdadeiro património da humanidade redimida por Cristo" e sublinhou a importância da dimensão ecuménica da mensagem do Apóstolo dos Gentios.
Ontem evangelizava na "agora", hoje provavelmente não resistiria a criar um blog.
Descubramos a mensagem do Apóstolo através das palavras do Mons. Giovanni Giavini, teólogo e entusiasta estudioso do Apóstolo São Paulo.
Grande viajante e comunicador, uma pessoa culta que viveu num clima cultural rico e cosmopolita. Uma grande figura, um combativo ardente, impetuoso. Dele a imagem mais famosa que guardamos é aquela de um homem caído do seu cavalo, prostrado por terra, de braços abertos como que a receber a mais bela de todas as notícias.
"Saulo, Saulo porque me persegues?" – pergunta-lhe uma voz.
É assim que Paulo, aquele que antes combatia a Igreja e, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta via, os trazia algemados para a prisão' (conf. Act 9,2), se transforma agora no mais apaixonado apóstolo de Jesus, incansável defensor do cristianismo em toda a bacia do Mar Mediterrâneo. Falámos dele com Mons. Giovanni Giavini, responsável pelo departamento de ensino da religião católica na
Diocese de Milão.
A mensagem de S. Paulo, ainda hoje é actual?
Sim, por três motivos.
O primeiro é que vivemos num contexto niilista, como disse o Papa Bento XVI, onde não há valores concretos em que acreditar. Neste ponto de vista, São Paulo tinha convicções muito fortes. Encontrou algo de muito estável na sua vida: Jesus Ressuscitado. Em segundo lugar, ele apresenta-nos um forte motivo ecuménico. Se até há poucos anos São Paulo era lido sobretudo pelos protestantes, particularmentepelos Luteranos, hoje ele é continuamente redescoberto pela Igreja Católica. Nas Declarações comuns de Augsburgo de 1999, católicos e protestantes convergem num ponto essencial que se refere à justificação pela fé e não pelas obras proposta por São Paulo. Um terceiro motivo é a ajuda que nos dá na redescoberta da pessoa de Jesus Cristo face à sua contestação em relação ao que nos é apresentado nos evangelhos.
Porque motivo São Paulo é o autor preferido pelos protestantes?
São Paulo insiste na importância da fé no Deus que ressuscitou o Crucificado da morte. Este é o fundamento da fé proposta a todos: livres e escravos, judeus e gregos, homens e mulheres. É uma fé concreta que conduz a uma vida de amor como a vida de Jesus. Paulo fala mal da lei, e a Igreja católica estava muito ligada à lei e às obras. É por isso que Lutero faz de São Paulo a sua bandeira.
Que tipo de viajante e comunicador era São Paulo?
Ele viajava muito para levar a todos a fé em Cristo. Preferia as grandes cidades portuárias, porque intuía que, se aí nascesse uma comunidade cristã, uma Igreja local, ela tornar-se-ia, evangelizadora e missionária, como depois veio a acontecer em Tessalônica ou em Filipos. O seu método era o de tomar contacto com a realidade envolvente e partir daí para anunciar Cristo Ressuscitado. As sinagogas eram um dos pontos preferidos de anúncio para São Paulo, que procurava estabelecer contactos com os judeus a partir das suas tradições e cultura. Um outro ponto de partida era a cultura grega: os seus poetas e historiadores e os filósofos epicuristas eram os pontos de partida dos quais Paulo se servia para divulgar a sua mensagem.
Hoje, São Paulo como comunicador utilizaria a televisão e a Internet?
De certeza que utilizaria todos os meios à sua disposição, hoje como no passado. Frequentava as sinagogas e os forums, as ágoras e os areópagos, percorria as estradas romanas e usava os barcos que atravessavam o mar Mediterrâneo, mesmo que esses barcos transportassem estátuas de ídolos pagãos.
Como é recebida hoje a mensagem de São Paulo?
Falo muito de São Paulo e dou conta que muita gente, sobretudo as mulheres, erguem contra ele uma espécie de muro de vidro, porque elas sabem que Paulo tem a seu respeito expressões não muito "feministas". Mas, depois que entramos no mundo de Paulo, a sua fé fortíssima encanta e envolve-nos. Não é fácil, porque o seu discurso não é sempre linear, mas basta apreender o essencial da sua mensagem para superar as dificuldades que encontramos. São Paulo: "Não adoreis os ídolos, falo-vos como a pessoas inteligentes, acreditai no que vos digo". Falando de fé, apela para a inteligência.
É exactamente o que fazia Jesus, que apelava ao bom senso das pessoas. Por exemplo, quando O criticavam por fazer milagres ao sábado.
Mas o apelo mais forte de Paulo é o de olhar para Cristo Crucificado e Ressuscitado, daqui é que parte tudo. Paulo pede-nos para não adorarmos os ídolos porque nós estamos em comunhão com o Corpo e o Sangue de Cristo, o Pão e o Vinho da Eucaristia, com Jesus! A nossa comunhão é com o Deus Vivo e verdadeiro, não motivos para procurarmos os ídolos.
Hoje o que serão os ídolos?
Que realidade é que os antigos queriam representar com os ídolos?
Representavam sempre os ídolos com uma característica humana. Temos que ver também o significado que os gregos e os romanos colocavam nas estátuas das divindades.
Vejamos por exemplo que, para transmitir a ideia de força e de poder,
representam Zeus com o fogo na mão;
ou Afrodite, a deusa do prazer e do sexo;
ou Artemise, a deusa da caça e do domínio do homem sobre os animais;
Mammona, o deus do dinheiro que ainda não desapareceu.
Texto de Missioni Francescane
Tradução de Frei Álvaro Silva
In “Missões Franciscanas”
REFLEXÃO
“Procura-se Deus na imensidão da Natureza,
no entanto ele se acha no íntimo de cada ser”.
10 Boletim Português - Outubro de 2008
LOUVADO SEJA DEUS PARA SEMPRE E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
António Fonseca

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ano Paulino - 37ª Leitura do livro "Um Ano a Caminhar com São Paulo"

37 “DEUS ENCERROU A TODOS NA DESOBEDIÊNCIA, PARA COM TODOS USAR DE MISERICÓRDIA” De todas as religiões não cristãs, é ao Judaísmo que mais estamos ligados. Para o bem e para o mal. Se, nos primórdios do Cristianismo, a culpa pendeu para o lado dos judeus, a seguir, dificilmente a história consegue ilibar de todo a Igreja das perseguições que foram vitimando inúmeros judeus. Mas não por culpa de Paulo. Pelo contrário: o que falhou foi o devido conhecimento do que escreveu em Rm 9-11, já então com o fim, entre outros, de travar a arrogância de cristãos convertidos do paganismo para com os judeus adversos a Cristo (11, 11-24). Mas o que mais levou Paulo a dedicar tanto espaço da carta aos seus queridos irmãos judeus tinha a ver com a credibilidade do seu Evangelho. Como poderia ser ele verdadeiro, se era rejeitado pela maioria dos seus primeiros destinatários? Se ele está, de facto, enraizado na promessa feita desde tempos remotos a Israel (1, 1s), será que a Palavra de Deus tenha falhado (9, 6)? Terá Deus rejeitado o seu povo (11,1), por este se fechar no Evangelho? São questões a que Paulo responde, analisando, com base na Escritura, o modo de agir de Deus, no passado, no presente no futuro de Israel, respectivamente nos cap. 9, 10 e 11. Vejamos a conclusão a que chega em 11, 25-36 e as suas possíveis implicações para o diálogo inter-religioso em que a Igreja está tão empenhada. Rm 11, 25-36 De facto, não quero que vós, irmãos, ignoreis este mistério, para que vos não julgueis sábios, em vós próprios: deu-se o endurecimento de uma parte de Israel, até que a totalidade dos gentios tenha entrado e assim todo o Israel seja salvo, de acordo com o que está escrito:
“Virá de Sião um libertador que afastará as impiedades do meio de Jacob. Esta é a aliança que eu farei com eles, quando tiver removido os seus pecados.”
No que diz respeito ao Evangelho, eles são inimigos, para proveito vosso; mas, em relação à eleição, são amados, graças aos seus antepassados. é que os dons da graça e o chamamento de Deus são irrevogáveis. Outrora vós desobedecestes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia, devido à desobediência deles; do mesmo modo, também, eles desobedeceram agora, em favor da misericórdia. Porque Deus a todos encerrou na desobediência,
para com todos usar de misericórdia. Oh, que profundidade de riqueza, de sabedoria e de ciência é a de Deus! Como são insondáveis as suas decisões e impenetráveis os seus caminhos! “Quem conheceu o pensamento do Senhor? Quem lhe serviu de conselheiro? Quem antes lhe deu a Ele, para que lhe seja retribuído?” Porque é Dele, por Ele e para Ele que tudo existe. Glória a Ele pelos séculos! Amén. Para melhor compreendermos o mistério, no sentido de segredo revelado por Deus, exposto nos vv. 25-27, podemos servir-nos de dois provérbios: “Há males que vêm por bem”, porque “Deus escreve direito por linhas tortas”. O mal, neste caso, o endurecimento duma parte de Israel, a sua falta de fé em Cristo. O bem derradeiro é a futura salvação de todo o Israel, por altura da gloriosa parusia de Cristo que Paulo descreve, apoiando-se em Is 59, 20s (v. 26b) e Jer 31, 34 (v. 27): será então que Ele, vindo da Sião celeste, libertará Israel das impiedades ou pecados que o impedem de participar na aliança com Deus. Para Israel, inicialmente é um mal que Deus, porém, “escrevendo direito por linhas tortas”,
fará reverter para seu bem.
Como, concretamente?
Que modo divino de escrever é esse?
É aquele de que Paulo fala (vv. 28-32) em termos, como Evangelho, eleição, graça, chamamento e, sobretudo, misericórdia, quatro vezes mencionada. O que sempre leva Deus a agir é a sua misericórdia ilimitada, intensiva e extensivamente. Intensivamente, porque não está dependente de méritos humanos: nem com seu Filho Jesus Cristo que, segundo o Evangelho, deu a vida em perdão dos pecados; nem na eleição de Israel que foi da exclusiva iniciativa de Deus. Extensivamente, porque Jesus morreu por todos, judeus e não judeus, e os dons da graça e o chamamento de Deus, concedidos outrora a Israel (9, 4ss),
são irrevogáveis. O problema está unicamente na diferente resposta humana a esta ilimitada misericórdia de Deus. Por não estar dependente dos méritos humanos, obtidos pelo cumprimento da Lei, por isso é que os judeus a rejeitaram; por verem assim relativizada a Lei que os demarcava dos gentios. Mas foi este endurecimento que acabou por facilitar a aceitação, por parte dos gentios, da oferta da divina misericórdia, pela obediência da fé. Por sua vez, esta obediência dos gentios fará com que também os judeus se dobrem à mesma misericórdia, Paulo está disso tão certo, que transpõe para o agora do presente o que há-de acontecer no futuro da última vinda de Cristo (v. 31b). Na base desta certeza está, sem dúvida, a experiência que ele próprio fez da misericórdia de Deus. Em pleno endurecimento, quando perseguia os cristãos, foi então que Deus o conquistou para o seu amor incondicional, manifestado em Cristo ressuscitado. Daí a sua conclusão: Deus encerrou a todos na desobediência, para com todos usar de misericórdia (v. 32). Quantas vezes não é preciso passar pelas “linhas tortas” da incredulidade e do consequente mal de uma vida sem Deus, para se poder verdadeiramente saborear o extremo bem do seu perdão incondicional. Veja-se o que acontece na parábola do pai misericordioso de Lc 15, 11-32. Não foi, porventura, a miséria do filho mais novo que o fez voltar à casa paterna, onde se deparou com um acolhimento que ultrapassou todas as suas expectativas? E não foi esse acolhimento que, por sua vez, provocou o endurecimento do filho mais velho? Só falta saber por quanto tempo. Jesus não o diz, porque a parábola é acima de tudo um desafio à fé na misericórdia de um Deus que tudo pode ... nomeadamente naqueles que, por Ele conquistados, dela passam a viver, na sua relação com os outros, a começar por aqueles que o não conhecem como Ele é verdadeiramente. Paulo chama-nos a atenção para isso de duas maneiras. A princípio (v. 25), apela a não nos fecharmos nos limites de uma esperteza humana que exclua quem não é dos nossos. No final (vv. 33-36), oferece-nos um maravilhoso hino aos insondáveis caminhos de Deus. Se realmente reconhecermos que é Dele, por Ele, e para Ele que tudo existe, então encontrá-lo-emos onde porventura até agora o não vimos
... levados pela sua ilimitada misericórdia.

Com a publicação desta 37ª leitura termina a Terceira parte do livro "UM ANO A CAMINHAR COM SÃO PAULO", que se iniciou na 27ª. A partir da próxima publicação darei início à Quarta parte que vai da 38ª à 47ª; depois a Quinta parte que vai da 48ª à 52ª terminando depois com o Epílogo (logicamente !!!) em que "Paulo fala-nos (depois) do seu martírio" e onde é descrita a frase "Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro".

LOUVADO SEJA PARA SEMPRE, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA

SAUDAÇÕES VICENTINAS PARA TODOS OS MEUS LEITORES

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...