sábado, 9 de maio de 2009

UM ANO COM SÃO PAULO (19)

CONTINUAÇÃO (19)
Do livro "Um ano com São Paulo" da Editorial Missões - Cucujães, escrito pelo Pde. Januário dos Santos, com os textos bíblicos retirados da BÍBLIA SAGRADA, (tradução dos Monges de Maredsous) e publicado em Junho de 2008, passo a transcrever (com a devida vénia) alguns dos textos dos Actos dos Apóstolos e das Epístolas de S. Paulo, - ali inseridos - desde 19 de Abril:
Até (6/Maio) transcrevi textos dos Actos dos Apóstolos. A partir desta data inicia-se a transcrição da Epístola Aos Romanos, que tal como a anterior (e todas as seguintes) seguem a ordem dos dias do calendário, conforme aliás está apresentado no livro Um Ano com São Paulo.
Dias 6, 7, 8, 9, 10 e 11 de ABRIL
DEUS É SEMPRE FIEL (Rom. 3, 1-8)
Os judeus levam vantagem aos gentios porque lhes foi confiada a Palavra de Deus. A fidelidade e a verdade de Deus brilha ainda mais quando nós somos infiéis e mentirosos. Mas - cuidado! - não tentemos a Deus fazendo o mal para que d'Ele venha o bem.
1 Em que, então, se avantaja o judeu? Ou qual é a utilidade da circuncisão? 2 Muita, em todos os aspectos. Principalmente porque lhes foram confiados os oráculos de Deus. 3 Mas então! Se alguns deles não foram fiéis, acaso a sua infidelidade destruirá a fidelidade de Deus? 4 De modo algum. Porque Deus há-de ser reconhecido como veraz, e todo o homem como mentiroso, segundo está escrito: "Assim, serás reconhecido justo nas tuas palavras e vencerás, quando julgares (Sal 50, 6). 5 Portanto, se a nossa injustiça realça a justiça de Deus, que diremos então? Para falar como os homens: não é injusto Deus quando descarrega a sua cólera? 6 Certo que não! De outra maneira, como julgaria Deus o mundo? 7 Mas, se a verdade de Deus brilha ainda mais para a sua glória pela minha mentira, porque serei eu ainda julgado pecador? 8 Entao, porque não fariamos o mal para que dele venha o bem? Aliás, alguns caluniadores, falsamente, atribuem-nos isso? É justo que esses tais sejam condenados.
Frase para recordar: A infidelidade do homem não destruirá a fidelidade de Deus.
A JUSTIÇA DE DEUS DÁ VIDA A TODOS OS HOMENS (Rom. 3, 9-20)
Deus é o Deus de todos: judeus e gentios. A redenção não veio pela lei mas gratuitamente para todos os homens. Ninguém se pode gloriar de ser justificado.
9 E então? Avantajamo-nos a eles? De maneira alguma. Pois já demonstramos que judeus e gregos estão todos sob o domínio do pecado, como está escrito: 10 Não há nenhum justo, não há um sequer. 11 Não há um só que tenha inteligência, um só que busque a Deus. 12 Extraviaram-se todos e todos se perverteram. Não há quem faça o bem, não há um sequer (Sal 13, 1ss). 13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas enganam, veneno de áspide está debaixo dos seus lábios (Sasl 5, 10; 139,4). 14 A sua boca está cheia de maldição e amargor (Sal 9, 28). 16 Há destruição e ruína nos seus caminhos 17 e não conhecem o caminho da paz (Is. 59,7ss). 18 Não há temor de Deus diante dos seus olhos (Sal 35-2). 19 Ora, sabemos que tudo o que diz a lei, di-lo aos que estao sujeitos à lei, para que toda a boca fique fechada e que o mundo inteiro seja reconhecido culpado diante de Deus. 20 Porque pela observância da lei nenhum homem será justificado diante dele, porque a lei se limita a dar o conhecimento do pecado.
Frase para recordar: Deus manifesta a sua justiça justificando aquele que tem fé em Jesus Cristo.
ABRAÃO NOSSO PAI NA FÉ (Rom. 4, 1-8)
Abraão é apresentado por S. Paulo como exemplo de fé. A todos nós que acreditamos em Cristo é exigida a fé de Abraão. Ele é o pai dos circuncisos e incircuncisos.
1 Que vantagem diremos, pois, que conseguiu Abraão, nosso pai segundo a carne? 2 Porque, se Abraão foi justificado em virtude da sua observância, tem que se gloriar; mas não diante de Deus. 3 Ora, o que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isto lhe foi impoutado à conta de justiça (Gén. 15.6). 4 Ora o salário não é gratificaçâo, mas uma dívida para com o trabalhador. 5 Mas aquele que sem obra alguma crê naquele que justifica o impío, a sua fé é-lhe imputada à conta de justiça. 6 É assim que David proclama bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente das obras: 7 Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades foram perdoadas e cujos pecados foram cobertos! 8 Bem-aventurado o homem ao qual o Senhor não imputou o seu pecado (Sal 31, 1s).
ABRAÃO NOSSO PAI NA FÉ (2) (Rom. 4, 8-12)
9 Essa bem-aventurança é somente para os circuncisos, ou também para os incircuncisos? Dizemos, com efeito, que a fé foi imputada a Abraão à conta de justiça. 10 Quando lhe foi ela imputada? Depois ou antes da sua circuncisão ? Não depois, mas antes de ser circuncidado. 11 Depois é que recebeu o sinal da circuncisão, como selo da justiça que tinha obtido pela fé antes de ser circuncidado. E assim se tornou o pai de todos os incircuncisos que crêem, a fim de que também a estes seja imputada a justiça. 12 Pai também dos incircuncisos, que não só trazem o sinal, mas que acompanham as pegadas da fé que o nosso pai Abraão possuía antes de ser circuncidado.
Frase para recordar: Abraão creu em Deus e isto lhe foi imputado à conta de justiça.
EXEMPLO DE FÉ (Rom. 4, 13-17)
Abraão é o nosso pai na fé. é acreditar mais em Deus que nas nossas evidências. Abraão, com quase cem anos, perante a promessa de Deus de numerosa descendência, nâo vacilou nem desconfiou.
13 Com efeito, não foi em virtude da lei que a promessa de herdar o mundo foi feita a Abraão ou à sua posteridade, mas em virtude da justiça da fé. 14 Porque se a herança é reservada aos observadores da lei, a fé já não tem razão de ser e a promessa fica sem valor. 15 Porquanto a lei produz a ira; e onde não existe lei, não há transgressão. 16 Logo, é pela fé que alguém se torna herdeiro. Portanto, gratuitamente; e a promessa é assegurada a toda a posteridade de Abraão, não somente aos que procedem da lei, mas também aos que possuem a fé de Abraão, que é pai de todos nós. 17 Em verdade, está escrito: Eu te constitui pai de muitas nações (Gén, 17, 5); (nosso pai, portanto) diante dos olhos daquele em quem acreditou, o Deus que dá a vida aos mortos e chama à existência as coisas que estão no nada.
Frase para recordar: É pela fé que alguém se torna herdeiro.
EXEMPLO DA FÉ (2) (Rom. 4, 18-25)
18 Esperando, contra toda a esperança, Abraão teve fé e tornou-se pai de muitas nações, segundo o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência (Gén. 154,5). 19 Não vacilou na fé, embora reconhecendo o seu próprio corpo sem vigor, pois tinha quase cem anos, e o seio de Sara igualmente amortecido. 20 Ante a promessa de Deus, não vacilou, não desconfiou, mas conservou-se forte na fé e deu glória a Deus. 21 Estava plenamente convencido de que Deus era poderoso para cumprir o que prometera. 22 Eis porque a sua fé lhe foi contada como justiça. 23 Ora, não é só para ele que está escrito que a fé lhe foi imputada à conta de justiça. 24 É também para nós, pois a nossa fé deve ser-nos imputada igualmente, porque cremos naquele que dos mortos ressuscitou Jesus, nosso Senhor. 25 o qual foi entregue pelos nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação.
Frase para recordar: A nossa fé deve ser-nos imputada porque cremos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, nosso Senhor.
Recolha e transcrição do livro UM ANO COM SÃO PAULO Pde Januário dos Santos Ed. Editorial Missões Cucujães-2008 António Fonseca
NOTA: A exemplo do que fiz com a publicação nº 18, também aqui publiquei mais uma descrição que se refere ao dia 11 de Abril, porque faz parte integrante do texto do dia 10 "Exemplo de fé" a fim de não quebrar a sua sequência... António Fonseca

sexta-feira, 8 de maio de 2009

UM ANO COM SÃO PAULO (18)

CONTINUAÇÃO (18)
Do livro "Um ano com São Paulo" da Editorial Missões - Cucujães, escrito pelo Pde. Januário dos Santos, com os textos bíblicos retirados da BÍBLIA SAGRADA, (tradução dos Monges de Maredsous) e publicado em Junho de 2008, passo a transcrever (com a devida vénia) alguns dos textos dos Actos dos Apóstolos e das Epístolas de S. Paulo, - ali inseridos - desde 19 de Abril:
Até (6/Maio) transcrevi textos dos Actos dos Apóstolos. A partir desta data inicia-se a transcrição da Epístola Aos Romanos, que tal como a anterior (e todas as seguintes) seguem a ordem dos dias do calendário, conforme aliás está apresentado no livro Um Ano com São Paulo.
NOTA prévia: Repito aqui o capítulo de Rom. 1, 24-27 que foi publicado ontem, (respeitante ao dia 31 de Março) pelo facto de se integrar no texto de hoje,(de 1 de Abril) e que tem aqui sua sequência natural - e, também porque o considero muito actual, infelizmente... .
Dias 1, 2, 3, 4 e 5 de ABRIL
SEM DEUS, TUDO SE COMPLICA (Rom. 1, 24-27)
S. Paulo, naturalmente pensando em Roma, faz um retrato da sociedade sem Deus do seu tempo com vícios de homosexualidade, intrigas, invejas, desobediências, deslealdades, arrogâncias... Olhando para o mundo de hoje, parece que ainda não evoluimos muito e que o fermento do Evangelho não consegiu atingi-lo.
24 Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desenraram entre si os próprios corpos. 25 Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador que é bendito pelos séculos. Amen! 26 Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza. 27 Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario.
Frase para recordar: Trocaram a verdade de Deus pela mentira.
SEM DEUS, TUDO SE COMPLICA (2) (Rom. 1, 28-32)
28 Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno. 29 Estão repletos de toda a espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade. 30 São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, rebeldes contra os pais. 31 São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia. 32 Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte daqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem.
Frase para recordar; São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia.
NÃO JULGUES (Rom. 2, 1-11)
Denunciando o mal, ninguém se arvore em juiz. Um só é juiz: Deus. Só Ele não se engana nos seus juizos. Julgar os outros é condenarmo-nos a nós mesmos pois cometemos as mesmas faltas que eles.
1 Assim, és indesculpável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvoras em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo te condenas; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles. 2 Ora, sabemos que o juízo de Deus contra aqueles que fazem tais coisas corresponde à verdade. 3 Tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, mas as cometes também, pensas que escaparás ao juizo de Deus? 4 Ou desprezas as riquezas da sua bondade, a tolerância e longaminidade, desconhecendo que a bondade de Deus te convida ao arrependimento? 5 Mas, pela tua obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dias da cólera e da revelação do justo juizo de Deus. 6 que retribuirá a cada um, segundo as suas obras: 7 a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam a glória, a honra e a imortalidade; 8 mas a ira e a indignação aos contumazes, rebeldes à verdade e seguidores do mal. 9 Tribulação e angústia sobrevirão a todo aquele que pratica o mal, primeiro ao judeu e depois ao grego; 10 mas glória, honra e paz a todo o que faz o bem, primeiro ao judeu e depois ao grego. 11 Porque, diante de Deus, não há distinção de pessoas.
Frase para recordar: A bondade de Deus convida-me ao arrependimento.
PRATICA A LEI (Rom. 2, 12-16)
Não basta saber a Lei ou ensinar a Lei.E preciso cumpri-la. Cada um deve ensiná-la a si próprio todos os dias e em todas as ocasiões. Disse alguém: o que tu és fala tão alto que não me deixa ouvir o que tu dizes.
12 Todos os que sem a lei pecaram, sem aplicação da lei perecerâo; e quantos pecaram sob o regime da lei, pela lei serão julgados. 13 Porque diante de Deus não são justos os que praticam a lei. 14 Os pagãos, que não têm a lei, fazendo naturalmente as coisas que são da lei, embora não tenham a lei, a si mesmo servem de lei; 15 eles mostram que o objecto da lei está gravado nos seus corações, dando-lhes testemunho a sua consciência, bem como os seus raciocínios, com os quais se acusam ou se escusam mutuamente. 16 Isso aparecerá claramente no dia em que, segundo o meu Evangelho, Deus julgar as acções secretas dos homens, por Jesus Cristo.
Frase para recordar: Diante de Deus não são justos os que ouvem a lei mas os que a praticam.
PRATICA A LEI (2) (Rom. 1, 17-24)
17 Mas tu, que és chamado judeu, e te apoias na lei, e te glorias do teu Deus; 18 tu, que conheces a sua vontade, e instruído pela lei sabes aquilatar a diferença das coisas; 19 tu, que te ufanas de ser guia dos cegos, luzeiro dos que estão em trevas, 20 doutor dos ignorantes, mestre dos simples, porque encontra na lei a regra da ciência e da verdade; 21 tu que ensinas aos outros, não te ensinas a ti mesmo! Tu, que que pregas que não se deve furtar, furtas! 22 Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras! Tu, que abominas os ídolos, roubas os seus templos! 23 Tu, que te glorias da lei, desonras a Deus pela transgressão da lei! 24 Porque assim fala a Escritura: "Por vossa causa o nome de Deus é blasfemado entre os pagãos" (Is. 52,5) Frase para recordar: Tu, que te glorias da lei, desonras a Deus pela transgressão da lei!
RITOS EXTERIORES (Rom. 2, 25-29) Os ritos exteriores nada valem se não forem um sinal da adesão do coração a Deus.
25 A circuncisão, em verdade, é proveitosa se guardares a lei. Mas, se fores transgressor da lei, serás, com a tua circuncisão, um mero incircunciso. 26 Se, portanto, o incircunciso observa os preceitos da lei, não será ele considerado como circunciso, apesar da sua incircuncisão? 27 Ainda mais, o incircunciso de nascimento, cumprindo a lei, te julgará a ti que, com letra e com a circuncisão, és transgressor da lei. 28 Não é verdadeiro judeu o que o é exteriormente, nem a verdadeira circuncisão é a que aparece exteriormente na carne. 29 Mas é judeu o que o é interiormente, e a verdadeira circuncisâo é a do coração, segundo o espírito da lei, e não segundo a letra. Tal judeu recebe o louvor não dos homens, mas sim de Deus. Frase para recordar: A verdadeira circuncisão é a do coração.
Recolha e transcrição do livro UM ANO COM SÃO PAULO Pde Januário dos Santos Ed. Editorial Missões Cucujães-2008 António Fonseca

PEDRO DE TARANTASIA, Santo-8-MAIO

Os Santos de hoje Sexta-feira 8 de Maio de 2009
Pedro de Tarantasia, Santo
Bispo Maio 8
Pedro de Tarantasia, Santo
Pedro de Tarantasia, Santo

Bispo de Tarantasia

Etimologicamente: Pedro = Aquele que +e firme como a pedra, é de origem latina.
Nasceu em Saboia, no Bourg de Saint Maurice, perto de Vienne. Foi filho de lavradores e também deveria ser lavrador no futuro, já que o primogénito Lamberto se dedicaria aos estudos, mas sua inteligência desde pequeno fez que também ocupasse os duros bancos de cultivo intelectual e se enfrentasse com os pergaminhos para ler latim e grego, adquirir as noções de filosofía e familiarizar-se com os escritos dos Padres antigos, a Sagrada Escritura e os cânones da Igreja.
Aos vinte anos comunica a seu pai os desejos de entrar na vida contemplativa e dedicar-se às coisas de Deus no silêncio do recém fundado mosteiro cisterciense de Boneval. A primeira generosidade do pai se vê premiada com a vocação de todos os membros da família à vida contemplativa; os varões se vão incorporando sucessivamente ao mesmo mosteiro, incluído o pai, e as mulheres vão passando a ocupar o recinto do convento de religiosas, sem que falte a mãe. Proliferam as vocacões; não há sítio no convento; nascem novos mosteiros. O abade de Boneval estabelece uma nova casa na ladeira dos Alpes, onde confluem os passos e caminhos, que recebe o nome simbólico de Estamedio e ali vai nomeado como abade Pedro. Pronto correm as vozes que falam das virtudes do jovem abade pelo ducado de Saboia e pelo contíguo Delfinado. Ao morrer o obispo de Tarantasia (Tarentaise ou Tarantaise) na provincia saboiana em cujo território está situado el mosterio-hospital de Estamedio, o clamor popular clama porque ocupa a sede o abade; parece que o papa aprova e nomeia a Pedro que segue resistindo-se a mudar a paz do claustro pelos assuntos episcopais. Faz falta que o clero e o povo acudam ao Capítulo Geral da Ordem de Císter para pedir a Bernardo que lhe mande aceitar. Assim se converteu Pedro em bispo da diocese mais abandonada do mundo que parece encerrar todos os males da época: a dureza do regime feudal, fermentos de heresia, surtos, simonia, fraquezas, codicías e supersticões. Não fica outro remédio que pôr-se a rezar, fazer penitência e ter compreensão que é caridade; são necessárias energía e austeridade para servir de exemplo aos orgulhosos senhores e fazer-se respeitar pelos clérigos levantiscos, preguiçosos e asecularados que hão conseguido fabricar uns fieis indolentes. Pensa que o regime conventual é a chave do secredo que vai propiciar uma mudança para melhor; se levanta para as matinas e já não se volta a deitar; sua dieta são legumes cozidas e sem condimentar, ainda que as portas do palácio episcopal estejam abertas para o indigente que chama; vai e vem a pé de um sítio a outro por sua diocese buscando ao pecador arrependido, consolando ao que está pesarosos e acompanhando aos menos poderosos; alguma vez dá a um mendigo sua própria roupa para mitigar seu frío, porque não tem outra coisa que dar. Deixa atrás de si um caminho de paz, incluso monta dois refúgios nos abruptos passos alpinos e encomenda sua custódia aos monges de Estamedio para que sservissem de abrigo a peregrinos e caminhantes. O fiel cumprimento de seu ministério episcopal levado com sacrifício continuado dá o normal resultado com a graça de Deus. O êxito no humano é tão grande que tem medo de deixar-se prender nas redes da soberba e toma uma decisão espectacular pelo infrequente. De noite e ás escondidas desaparece do palácio episcopal, passa a Alemanha e pede um sítio numa abadia da Ordem como um simples irmão converso, começando a carregar com os ofícios mais simples e penosos da casa. Só com o passo dp tempo se conhece la verdadeira personalidade do famoso e misteriosamente desaparecido bispo de Tarantasia cuja história levavam os soldados, mercadores e jugulares por Europa, ao ser descoberto por um jovem tarantasiano que ali pediu albergue. Quando se reincorpora a sede ainda vacante de Tarantasia, intervem na solução das tensões entre os monarcas de França e Inglaterra enfrentados por ambicões perssoais e pelo cisma provocado pelo imperador Frederico de Alemanha à morte do papa Adriano IV, querendo manter o anti-papa Víctor frente ao legítimo papa, Alexandre III. Morreu em 1174, quando regressava de uma delicada missão encomendada pelo papa, como legado seu, em França, Saboia, Lorena e Itália. Adoeceu gravemente na aldeia perto ao mosteiro cisterciense de Bellvaux. Muito pouco tempo depois, no ano 1191, o papa Celestino III o canonizou e assiñalou sua festa no día 8 de Maio.
Desirato ou Desejado de Bourges, Santo
Bispo, Maio 8
Desirato o Deseado de Bourges, Santo
Desirato o Deseado de Bourges, Santo

Bispo de Bourges

Martirológio Romano: Em Bourges, em Aquitania, em França, s. Desiderato, bispo, que haVendo desempenhado com anterioridade o cargo de chanceler na corte, como bispo dotou a sua Igreja com reliquias de mártires (550). Etimolgicamente: Desiderato = desejável, é de origem latino.
Nasceu em Soissons n final do século V. O santo de hoje, por exemplo, foi o grande bispo da época merovingia. Com seu trabalho, seu exemplo e sua pregação contribuiu enormemente a que França saísse do poço caótico em que havia caído quando o império romano se veio abaixo e a civilização cristã dava seus passos de gigante no século VI. Foi Ministro de Assuntos Exteriores de Clotário e Childelberto. Era um cargo nada fácil pelas intrigas do poder que reinavam a seus lados na corte. Com sua diplomacia intentou comprazer a todo o mundo, excepto aos que se proclamavam hereges.
Sonhava com abandonar a corte, uma jaula verdadeira de suspeitas, intrigas e crueldades. Desejava retirar-se mas não lho permitiam porque não podiam passar sem ele. Sem embargo, seu anseio se centrava na construção de mosteiros e igrejas.
E quando pôde, deixou a política para entregar-se em pleno aos assuntos religiosos.
O nomearam bispo de Bourges no ano 543, quer dizer sete anos antes de sua morte. Seu apostolado foi muit frutuoso. Acabou com as heresias que haviam importado os Bárbaros; cresceu muito o número de sacerdotes bons e o mesmo o número de cristãos.
Mas nos momentos difíceis recorriam a ele para solucionar os problemas. Por exemplo, graças a suas qualidades inatas de diplomático, logrou que fizessem as pazes Anjou e Poitou .
Ingressou no Reino de Deus em 8 de maio de 550. ¡Felicidades a quem leve este nome!
Nossa Senhora de Luján
Festa, Maio 8
Nuestra Señora de Luján
Nuestra Señora de Luján

Padroeira da Argentina

A 60 kilómetros a oeste de Buenos Aires se acha a cidade de Luján. Em 1630 não havia naquela paragem nenhum rasto de povoação e só era frequentado pelas caravanas de carretas e as récuas de mulas tucumanas que baixavam ou subiam do porto de Buenos Aires.
Sucedeu que um português dono de uma estância, a quarenta léguas da cidade, tratou de erigir nela uma modesta capela dedicada à Imaculada Conição da Virgem. Para isto pediu a um amigo do Brasil que lhe enviasse uma imagem pequena da Virgem naquele mistério. Seu amigo lhe enviou duas imágens em vulto: uma que representava a Maria na sua Imaculada Conceição e que hoje se venera no santuário de Luján e outra que tinha em seus braços o Menino Jesus e agora é venerada en Sumampa. Partiu então de Buenos Aires o encarregado de conduzir as imágens. Na tarde do terceiro día se deteve a caravana para passar a noite e o dia seguinte o condutor das imágens preparou os buis para prosseguir a viagem mas estes não se moviam. Vieram em sua ajuda tropeiros e peões mas não tiveram sorte. Finalmente julgaram que era necessário aliviar o peso da carreta. Descarregaram as imágens e en nesse momento os bois puderam mover-se com facilidade. Querendo certificar-se se o obstáculo provinha das imágens puseram-nas novamente na carreta e não se pôde mover. Então vendo que as imágens se queriam ficar naquele lugar decidiram que uma delas permanecesse em Canada e a entregaram ao dono de essas terras. A fama do prodigio correu até Buenos Aires e não faltaram quem emprendesse uma viagem a Luján para contemplar a imagem.
Em 1887 a imagen foi coroada canónicamente pelo Papa Leão XIII
Acácio de Bizâncio, Santo
Mártir, Maio 8
Acacio de Bizancio, Santo
Acacio de Bizancio, Santo

Laico Mártir

Martirológio Romano: Em Bizâncio, Santo Acácio, soldado e mártir (s. IV).
Etimologicamente: Acácio = Aquele que não tem malícia, é de origem grega.
Nascido em Capadócia (Turquía) a finais do século III.
Foi um Centurião do exército romano acantonado em Trácia, (região do sul este de Europa, na península dos Balcãs, a norte do Mar Egeu, encravada na Bulgária, na Grécia e na Turquía europeia). Foi acusado ante o tribuno Firmo e o procónsul Bibiano por ser cristão, quem, logo de fazê-lo torturar, o condenaram a ser decapitado em Bizâncio. Era a era da perseguição empreendida por Diocleciano. Seu martírio teve lugar em redor do ano 303.
Bonifácio IV, Santo
LXVII Papa, Maio 8
Bonifacio IV, Santo
Bonifacio IV, Santo

LXVII Papa

Martirológio Romano: Em Roma, junto a basílica de S. Pedro, S. Bonifácio IV, papa, que obteve do imperador Focas o templo do Panteão, o qual transformou em igreja dedicada a Santíssima Virgem e a todos os mártires, e fomentou muito a disciplina monástica (615).
Etimolgicamente: Bonifácio = Aquele que faz o bem, é de origem latina.
Filho de João, um médico, marso da provìncia e cidade de Valéria; sucedeu a Bonifácio III após um parénteses de uns nove meses; consagrado em 25 de Agosto de 608; morreu em 8 de Maio de 615; (outras fontes indicam que foi consagrado em 15 de Setembro de 608 e morreu em 25 de Maio de 615). Em tempos do Papa S. Gregório Magno foi diácono da Igreja romana e teve o cargo de dispensador, isto é, o primeiro funcionário no relativo a administração dos patrimónios. Bonifácio obteve a permissão do imperador Focas para converter o Panteão numa igreja cristã, e em 13 de Maio de 609 o templo erigido por Agripa a Júpiter Vengador, a Vénus, e a Marte foi consagrado pelo Papa à Virgem María e a todos os mártires.(Daí o título de Santa María Rotunda).
Foi o primeiro exemplo em Roma de transformação de um templo pagão em lugar cristão de culto. Se diz que vinte e oito carretas de ossos sagrados foram tiradas das Catacumbas e colocadas num recipiente de pórfido sob o altar mor. Durante o pontificado de Bonifácio, Melitón, o primeiro bispo de Londres, foi a Roma "a consultar o Papa sobre questões importantes relativas a recentemente estabelecida Igreja de Inglaterra". Enquanto estava em Roma assistiu a um conciíio que se estava celebrando então referente a certas questões "da vida e paz monástica dos monges", e, a sua partida, se levou consigo os decretos do concílio junto com cartas do Papa a Lorenzo, arzcebispo de Canterbury, e a todo o clero, ao rei Etelberto, e a todo o povo inglés "referentes ao que tinha que observar-se pela Igreja de Inglaterra". Os decretos do concílio hoje existentes são espúrios. Entre 612 e 615, S. Columbano, que então vivia em Bobbio, Itália, foi persuadido por Agilulfo, rei dos Lombardos, para que dirigisse a Bonifácio IV uma carta sobre a condenação dos "Tres Capítulos" que é notável à vez por suas expressões de exagerada deferência e seu tom de aspereza excessiva.
Nela disse o Papa que está acusado de heresia (por aceitar o Quinto Concílio, isto é, o de Constantinopla, 553), e lhe exorta a convocar um concílio e demonstrar sua ortodoxia. Mas a carta do impetuoso celta, que não captou a importância do problema teológico implicado nos "Três Capítulos", parece não haver perturbado o mais mínimo sua relação com a Santa Sede, e sería erróneo supor que Columbano se considerava a si mesmo como independente da autoridade papal.
Durante o pontificado de Bonifácio houve muita aflição em Roma devido à fome, a peste, e as inundações. O pontífice morreu em retiro monástico (havia convertido sua própria casa num mosteiro) e foi enterrado no pórtico de S. Pedro. Seus restos foram trasladados três vezes-no Século X ou XI, a fins do Século XII sob Bonifácio VIII, e de novo S. Pedro em 21 de Outubro de 1603.
Luis Rabata, Beato
Presbítero Carmelita, Maio 8
Luis Rabata, Beato
Luis Rabata, Beato

Presbítero Carmelita

Martirológio Romano: Em Randazzo, em Sicilia, beato Luis Rabatá, presbítero da Ordem Carmelitana, fidelíssimo em sua observância da Regra e resplandecente em seu amor aos inimigos (1490).
Etimologicamente: Luis = Aquele que é um guerreiro ilustre, é de origem germánica.
Nasceu em Erice-Trápan (Itália) em 1443. Desde muito menino foi dado à piedade. Pronto vestiu o hábito carmelita no convento da Anunciação de Trápani.
Fez seu noviciado com grandes anseios de perfeição, entregando-se mais tarde por sua profissão, ao serviço de Deus com admirável generosidade.
Sua humildade sofreu dura prova quando os superiores lhe mandaram se ordenara de sacerdote, pois, em ssu andamento, nunca se julgou digno de tão excelsa dignidade.
Cumpriu exemplarmente este sagrado ministério, tanto na pregação como no confessionário. Sua prudência e santidade de vida eram tão notórias que os superiores sobmeteram de novo sua humildada a prova nomeando-o prior do convento reformado de Randazzo. Os Processos de canonização (1533 e 1573) documentam a santa vida de nosso Beato como fervente religioso, que soube conciliar os deveres de uma observância impecável com os de seu amor ao próximo, ao que lhe obrigava seu dever sacerdotal sempre iluminado pela caridade.
Se dizia dele que somente o vê-lo movía a devoção. Ao ver tanta santidade num humilde religioso cheio de zelo apostólico contra o vício, um homem perverso, Antonio Cataluccio, aproveitando a ocasião de que o Beato voltava de sua postulação atirou-lhe uma seta à cabeça, que o deixou gravemente ferido.
Muito maltratado pôde chegar a seu convento e ainda que pediram ao Beato que denunciara ao agressor, nunca quis dizê-lo mas que de todo coração o perdoou e fez por ele especial oração. Sofreu durante alguns meses fortes dores, que não o impidiram dedicar-se à mais alta contemplação.
O Senhor lhe revelou sua aproximação ao fim e o término de seus trabalhos.
Recebidos os últimos sacramentos sem perder a paz e sua total conformidade com a vontade de Deus, exalou seu último suspiro em 1490. O papa Gregório XVI, em 1842, aprovou seu culto, seu ofício e sua oração.
Sua festa se celebra em 8 de Maio.
Nossa Senhora do Rosário de Pompeia
Festa, Maio 8
Nuestra Señora del Rosario de Pompeya
Nuestra Señora del Rosario de Pompeya
No ano 79 ocorreu a famosa erupção do Vulcão Vesúvio que sepultou a pagã cidade de Pompeia (Sul de Itália). Ali a aristocracia Romana gostava de passar tempo de recreio e foi surpreendida pela súbita destruição.
Em começos do século XIX se instalaram nas cercanias famílias de camponeses que erigiram uma humilde capela. Em 1872 chegou o advogado Bártolo Longo (beatificado em 26 de Outubro de 1980), que trabalhava para a Condessa Fusco, dona dessas terras. Longo descobriu que, depois da morte do sacerdote, já não haviam missas na capella e poucos seguiam firmes na fé.
Salva a esta gente Bártolo. Propaga o Rosário
Uma noite Longo viu em sonhos a um amigo morto anos atrás que lhe disse "Salva a esta gente, Bártolo. Propaga o Rosário. Faz que o rezem. Maria prometeu a salvação para quem o faça". Longo trouxe de Nápoles muitos Rosários para repartir.
Bártolo também animou a vários vizinhos para que o ajudassem a reparar a capela. As pessoas começaram a vir a rezar ali o rosário, cada vez em maior número. Em 1878, Longo obteve de um convento de Nápoles um quadro de Nossa Senhora entregando o Santo Rosário a Santo Domingo e Santa Rosa de Lima. Estava deteriorado assim que um pintor o restaurou. Este mudou a figura da Santa Rosa pela de Santa Catalina de Siena. Posta sobre o altar do Templo, ainda incompleta, a Sagrada imagem começou a operar milagres.
Em 8 de Maio de 1887, o Cardeal Mónaco de la Valleta colocou na venerada imagem um diadema de brilhantes benzida pelo Papa Leão XIII e em 8 de Maio de 1891, se levou a cabo a Solene Consagração do novo Santuário de Pompeia, que existe actualmente
María Catalina de Santo Agostinho, Beata
Virgem Hospitalária Agostinha, Maio 8
María Catalina de San Agustín, Beata
María Catalina de San Agustín, Beata

Religiosa

Martirológio Romano: Em Quebec, do dominio de Canadá, beata María Catalina de Santo Agostinho (Catalina Simon de Longprey), virgem, religiosa das Irmãs Hospitalárias da Misericórdia da Ordem de Santo Agostinho, que viveu até sua morte dedicada ao cuidado dos enfermos, assinalando-se pelo consolo que lhes proporcionava e a esperança que lhes infundía (1668). Etimologicamente: María = Aquela senhora bela que nos guía, é de origem hebraica.
Etimologicamente: Catalina = Aquela que é pura e casta, é de origem grega.
Nascida em Saint-Sauvuer-le-Vicompte, França, em 3 de Maio de 1632, filha de James Simon de Longpré e Francisca Jourdan de Launay, foi baptizada no mesmo día de seu nascimento com o nome de Catalina Simon de Longpré. Em 1634, com apenas dois anos de idade, pela morte de sua mãe, a bebé foi confiada ao cuidado dos avós maternos, que tinham em sua casa algo similar a um pequeno hospital para os doentes pobres.
Nessa casa teve oportunidade de entrar em contacto com religiosos e sacerdotes que acudiam para colaborar com a ajuda que se dava ali, assim iniciou sua formação como futura monja hospitalária, e iniciar uma intensa vida espiritual. Aos 12 anos ingressou como aspirante no Mosteiro das Agostinhas Hospitalárias de Bayeux, casa em que sua famílía havia contribuido generosamente para sua fundação.
Depois de dois anos de preparação, foi aceite no Noviciado e recebeu o hábito religioso em 24 de Outubro de 1646, aos 14 anos de idade. No mesmo día que sua avó materna enviuvava, ela ingressava no convento.
Depois do noviciado, em 25 de abril de 1648, aos 16 anos de idade, emitiu os primeiros votos e no día seguinte fez a profissão religiosa tomando o nome de María Catalina de San Agustín. A congregação das "Agostinhas Hospitalárias da Misericórdia de Jesus", havia fundado em 1639 o Hospital "Hotel Dieu" em Quebec, Canadá, e se via na necessidade de enviar mãos jóvens para reforçar a actividade naquela cidade de Norte América. A Madre María Catalina se ofereceu como voluntária para essa missão.
Viveu até sua morte dedicada ao cuidado dos enfermos, em Quebec, caracterizando-se pelo consolo que lhes proporcionava e a esperança que infundia naqueles.
Ingressou no Reino de Deus, em 8 de Maio de 1668. Foi beatificada por S.S. João Paulo II em 23 de Abril de 1989. http://es.catholic.net/santoral Recolha, transcriçao e tradução António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...