CAROS AMIGOS. SÃO JANUÁRIO, TRÓFIMO, ELIAS, EUSTOQUIO, SENA, MARIANO, GOERICO, TEODORO, POMPOSA, LAMBERTO, CIRIACO, ARNOLFO, MARIA DE CERVELLÓ, AFONSO DE OROZCO, CARLOS HYON SON-MUN, MARIA GUILHERMINA EMILIA DE RODAT, JACINTO HOYEULOS GONZALEZ, FRANCISCA CUALLADÓ BAIXAULI, MARIA DE JESUS LA ILGLESIA Y DE VAVO, 985,157 VISUALIZAÇÕES. Obrigado. Porto 19 de setembro de 2024. ANTONIO FONSECA
quinta-feira, 9 de julho de 2009
AGUSTIN ZHAO RONG, Santo (+ 198 chineses)
CARITAS IN VERITATE - CAPÍTULO I - (11-7-2009)
12. A relação entre a Populorum progressio e o Concilio Vaticano II não representa uma fissura entre o Magistério social de Paulo VI e o dos Pontífices que o precederam, posto que o Concílio aprofunda o dito magistério na continuidade da vida da Igreja [19]. Neste sentido, algumas subdivisões abstractas da doutrina social da Igreja, que aplicam os ensinamentos sociais pontificios categorías estranhas a ela, não contribuem a clarificá-la. Não há dous tipos de doutrina social, uma pre-conciliar e outra pós-conciliar, diferentes entre sí, mas um único ensinamento, coerente e ao mesmo tempo sempre novo[20]. É justo assinalar as peculiaridades de uma ou outra Encíclica, do ensinamento de um ou outro Pontífice, mas sem perder nunca de vista a coerência de todo o corpo doutrinal em seu conjunto [21]. Coerência não significa um sistema cerrado, mas sim melhor fidelidade dinâmica a uma luz recebida. A doutrina social da Igreja ilumina com ua luz que não muda os problemas sempre novos que vão surgindo [22]. Isso salvaguarda tanto o carácter permanente como histórico deste «património» doutrinal [23] que, com suas características específicas, forma parte da Tradição sempre viva da Igreja [24].
A doutrina social está construida sobre o fundamento transmitido pelos Apóstolos aos Padres da Igreja e acolhido e aprofundado depois pelos grandes Doutores cristãos. Esta doutrina se remete em definitivo ao homem novo, ao «último Adão, Espírito que dá vida» (1 Co 15,45), e que é princípio da caridade que «não passa nunca» (1 Co 13,8). Foi testemunhada pelos Santos e por quantos deram a vida por Cristo Salvador no campo da justiça e a paz. Nela se expressa a tarefa profética dos Sumos Pontífices de guiar apostólicamente a Igreja de Cristo e de discernir as novas exigências da evangelização. Por estas razões, a Populorum progressio, inserta na grande corrente da Tradição, pode falar-nos todavía hoje a nós. 13. Além da sua íntima união com toda a doutrina social da Igreja, a Populorum progressio enlaça estreitamente com o conjunto de todo o magistério de Paulo VI e, em particular, com seu magistério social. Seus ensinamentos sociais foram de grande relevância: reafirmou a importância imprescindível do Evangelho para a construção da sociedade segundo liberdade e justiça, na perspectiva ideal e histórica de uma civilização animada pelo amor. Paulo VI entendeu claramente que a questão social se havia feito mundial[25] e captou a relação recíproca entre o impulso fazia a unificação da humanidade e o ideal cristão de uma única família dos povos, solidária na comum irmandade. Indicou no desenvolvimento, humana e cristãmente entendido, o coração da mensagem social cristão e propôs a caridade cristã como principal força ao serviço do desenvolvimento. Movido pelo desejo de fazer plenamente visível ao homem contemporâneo o amor de Cristo, Paulo VI afrontou com firmeza questões éticas importantes, sem ceder às debilidades culturais de seu tempo. 14. Com a Carta apostólica Octogésima adveniens, de 1971, Paulo VI tratou logo o tema do sentido da política e o perigo que representavam as visões utópicas e ideológicas que comprometíam sua qualidade ética e humana. São argumentos estreitamente unidos com o desenvolvimento. Lamentavelmente, as ideologías negativas surgem continuamente. Paulo VI já pôs em guarda sobre a ideología tecnocrática [26], hoje particularmente arreigada, consciente do grande risco de confiar todo o processo de desenvolvimento só a técnica, porque deste modo ficaría sem orientação. Em sí mesma considerada, a técnica é ambivalente. Se de um lado há actualmente quem é propenso a confiar completamente a ela o processo de desenvolvimento, de outro, se adverte o surgir de ideologías que negam em toda a utilidade mesma de desenvolvimento, considerando-o radicalmente anti-humano e que só comporta degradação. Assim, se acaba às vezes por condenar, não só o modo erróneo e injusto em que os homens orientam o progresso, mas também as descobertas científicas mesmo que, pelo contrário, são uma oportunidade de crescimento para todos se se usam bem. A ideia de um mundo sem desenvolvimento expressa desconfiança no homem e em Deus. Portanto, é um grave erro desprezar as capacidades humanas de controlar os desvios do desenvolvimento ou ignorar incluso que o homem tende constitutivamente a «ser mais». Considerar ideológicamente como absoluto o progresso técnico e sonhar com a utopía de uma humanidade que retorna ao seu estado de natureza originário, são dois modos opostos para eximir ao progresso de sua valoração moral e, portanto, de nossa responsabilidade. 15. Outros dos documentos de Paulo VI, ainda que não tão estreitamente relacionados com a doutrina social - a Encíclica Humanae vitae, de 25 de Julho de 1968, e a Exortação apostólica Evangelii nuntiandi, de 8 de Dezembro de 1975 - são muito importantes para delinear o sentido plenamente humano de desenvolvimento proposto pela Igreja. Portanto, é oportuno lêr também estes textos em relação com a Populorum progressio. A Encíclica Humanae vitae sublinhava o sentido unitivo e procriador em vez da sexualidade, pondo assim como fundamento da sociedade o casal dos esposos, homem e mulher, que se acolhem recíprocamente na distinção e na complementaridade; uma parelha, pois, aberta à vida [27]. Não se trata de uma moral meramente individual: a Humanae vitae assinala os fortes vínculos entre ética da vida e ética social, inaugurando uma temática do magistério que vem tomando corpo pouco a pouco em vários documentos e, por último, na Encíclica Evangelium vitae de João Paulo II [28]. A Igreja propõe com força esta relação entre ética da vida e ética social, consciente de que «não pode ter bases sólidas, uma sociedad que - enquanto afirma valores como a dignidade da pessoa, a justiça e a paz - se contradiz radicalmente aceitando e tolerando as mais variadas formas de menosprezo e violação da vida humana, sobretudo se é débil e marginal»[29]. A Exortação apostólica Evangelii nuntiandi guarda uma relação muito estreita com o desenvolvimento, enquanto «a evangelização - escreve Paulo VI - não sería completa se não tivesseem conta a interpelação recíproca que no curso dos tempos se estabelece entre o Evangelho e a vida concreta, pessoal e social do homem» [30]. «Entre evangelização e promoção humana (desenvolvimento, libertação) existem efectivamente laços muito fortes»[31]: partindo desta convicção, Paulo VI aclarou a relação entre o anúncio de Cristo e a promoção da pessoa na sociedade. O testemunho da caridade de Cristo mediante obras de justiça, paz e desenvolvimento forma parte da evangelização, porque a Jesus Cristo, que nos ama, lhe interessa todo o homem. Sobre estes importantes ensinamentos se funda o aspecto missionário [32] da doutrina social da Igreja, como um elemento essencial de evangelização [33]. É anúncio e testemunho da fé. É instrumento e fonte imprescindível para educar-se nela. 16. Na Populorum progressio, Paulo VI nos quis dizer, antes de tudo, que o progresso, em sua fonte e na sua essência, é uma vocação: «Nos desígnios de Deus, cada homem está chamado a promover seu próprio progresso, porque a vida de todo o homem é uma vocação»[34]. Isto é precisamente o que legitima a intervenção da Igreja na problemática de desenvolvimento. Se este afectasse só os aspectos técnicos da vida do homem, e não ao sentido de seu caminhar na história junto com seus outros irmãos, nem à descoberta da meta deste caminho, a Igreja não tería porque falar de ele. Paulo VI, como já Leão XIII na Rerum novarum [35], era consciente de cumprir um dever próprio de seu ministério ao projectar a luz do Evangelho sobre as questões sociais de seu tempo [36]. Dizer que o desenvolvimento é vocação equivale a reconhecer, por um lado, que este nasce de uma chamada transcendente e, por outro, que é incapaz de dar-se seu significado último por si mesmo. Com bons motivos, a palavra «vocação» aparece de novo noutra passagem da Encíclica, onde se afirma: «Não há, pois, mais que um humanismo verdadeiro que se abre ao Absoluto no reconhecimento de uma vocação que dá a ideia verdadeira da vida humana»[37]. Esta visão do progresso é o coração da Populorum progressio e motiva todas as reflexões de Paulo VI sobre a liberdade, a verdade e a caridade no desenvolvimento. É também a razão principal pelo que aquela Encíclica todavía é actual em nossos días. 17. A vocação é uma chamada que requere uma resposta livre e responsável. O desenvolvimento humano integral supõe a liberdade responsável da pessoa e os povos: nenhuna estrutura pode garantir o dito desenvolvimento desde fora e por cima da responsabilidade humana. Os «messianismos prometedores, mas forjados de ilusões»[38] baseiam sempre suas próprias propostas na negação da dimensão transcendente do desenvolvimento, seguros de tê-lo todo a sua disposição. Esta falsa segurança se converte em debilidade, porque comporta a submissão do homem, reduzido a um meio para o desenvolvimento, enquanto que a humildade de quem acolhe uma vocação se transforma em verdadeira autonomía, porque faz livre a pessoa. Paulo VI não tem dúvida de que há obstáculos e condicionamentos que travam o desenvolvimento, mas tem também a certeza de que «cada um permanece sempre, sejam os que sejam os influxos que sobre ele se exercem, o artífice principal de seu éxito ou de seu fracasso»[39]. Esta liberdade se refere ao desenvolvimento que temos ante nós mas, ao mesmo tempo, também às situações de subdesenvolvimento, que não são fruto da casualidade ou de uma necessidade histórica, mas que dependem da responsabilidade humana. Por isso, «os povos com fome interpelam hoje, com acento dramático, os povos opulentos»[40]. Também isto é vocação, enquanto chamada de homens livres a homens livres para assumir uma responsabilidade comum. Paulo VI percebía naturalmente a importância das estruturas económicas e das instituções, mas se dava conta com igual claridade de que a natureza destas era ser instrumentos da liberdade humana. Só se é livre, o desenvolvimento pode ser integralmente humano; só num regime de liberdade responsável pode crescer de maneira adequada. 18. Além da liberdade,o desenvolvimento humano integral como vocação exige também que se respeite a verdade. A vocação ao progresso impulsiona aos homens a «fazer, conhecer e ter mais para ser mais» [41]. Mas a questão é: ¿que significa «ser mais»? A esta pergunta, Paulo VI responde indicando o que comporta essencialmente o «autêntico desenvolvimento»: «deve ser integral, quer dizer, promover a todos os homens e a todo o homem»[42]. Na concorrência entre as diferentes visões do homem que, mais ainda que na sociedade de Paulo VI, se propõe também na de hoje, a visão cristã tem a peculiariedade de afirmar justificar o valor incondicional da pessoa humana e o sentido de seu crescimento. A vocação cristã ao desenvolvimento ajuda a buscar a promoção de todos os homens e de todo o homem. Paulo VI escreve: «O que conta para nós é o homem, cada homem, cada agrupamento de homens, até a humanidade inteira»[43]. A fé cristã se ocupa do desenvolvimento, não se apoiando em privilégios ou posições de poder, nem tampouco nos méritos dos cristãos, que certamente se têm dado e também hoje se dão, junto com suas naturais limitações [44], mas só em Cristo, ao qual deve remeter-se toda vocação autêntica ao desenvolvimento humano integral. O Evangelho é um elemento fundamental do desenvolvimento porque, nele, Cristo, «na mesma revelação do mistério do Pai e de seu amor, manifesta plenamente o homem ao próprio homem»[45]. Com os ensinamentos de seu Senhor, a Igreja prescruta os sinais dos tempos, os interpreta e oferece ao mundo «o que ela possui como próprio: uma visão global do homem e da humanidade»[46]. Precisamente porque Deus pronuncia o «sim» maior ao homem [47], o homem não pode deixar de abrir-se à vocação divina para realizar o próprio desenvolvimento. A verdade do desenvolvimento consiste na sua totalidade: se não é de todo o homem e de todos os homens, não é o verdadeiro desenvolvimento. Esta á a mensagem central da Populorum progressio, válida hoje e sempre. O desenvolvimento humano integral no plano natural, ao ser resposta a uma vocação de Deus criador [48], requere sua autentificação em «um humanismo transcendental, que dá [ao homem] sua maior plenitude; esta é a finalidade suprema do desenvolvimento pessoal»[49]. Portanto, a vocação cristã a dito desenvolvimento abarca tanto o plano natural como o sobrenatural; este é o motivo pelo que, «quando Deus fica eclipsado, nossa capacidade de reconhecer a orden natural, a finalidade e o "bem", começa a dissipar-se»[50]. 19. Finalmente, a visão do desemvolvimento como vocação comporta que seu centro seja a caridade. Na Encíclica Populorum progressio, Paulo VI assinalou que as causas de subdesenvolvimento não são principalmente de ordem material. Nos convidou a buscás-las em outras dimensões do homem. Antes de tudo, na vontade, que com frequência se desentende dos deveres da solidariedade. Depois, no pensamento, que não sempre sabe orientar adequadamente o desejo. Por isso, para alcançar o desenvolvimento fazem falta «pensadores de reflexão profunda que busquem um humanismo novo, o qual permita ao homem moderno falar-se a sí mesmo»[51]. Mas isso não é tudo. O subdesenvolvimento tem uma causa mais importante ainda que a falta de pensamento: é «a falta de fraternidade entre os homens e entre os povos»[52]. Esta fraternidade, ¿poderão consegui-la alguma vez os homens por sí sós? A sociedade cada vez mais globalizada nos faz mais juntos, mas não mais irmãos. A razão, por sí só, é capaz de aceitar a igualdade entre os homens e de estabelecer uma convivência cívica entre eles, mas não consegue fundar a irmandade. Esta nasce de uma vocação transcendente de Deus Pai, o primeiro que nos amou, e que nos ensinou mediante o Filho o que é a caridade fraterna. Paulo VI, apresentando os diversos niveis do processo de desenvolvimento do homem, pôs no mais alto, depois de haver mencionado a fé, «a unidade da caridade de Cristo, que nos chama a todos a participar, como filhos, na vida do Deus vivo, Pai de todos os homens»[53].
20. Estas perspectivas abertas pela Populorum progressio seguem sendo fundamentais para dar vida e orientação a nosso compromisso pelo desenvolvimento dos povos. Além disso, a Populorum progressio sublinhava reiteradamente a urgência das reformas[54] e pede que, ante os grandes problemas da injustiça no desenvolvimento dos povos, se actue com valor e sem demora. Esta urgência vem imposta também pela caridade na verdade. É a caridade de Cristo a que nos impulsiona: «caritas Christi urget nos» (2 Co 5,14). Esta urgência não se deve só ao estado de coisas, não se deriva somente da avalanche dos acontecimentos e problemas, mas do que está em jogo: a necessidade de alcançar uma auténtica fraternidade. Conseguir esta meta é tão importante que exige tomá-la em consideração para comprendê-la a fundo e mobilizar-se concretamente com o «coração», com o fim de fazer mudar os processos económicos e sociais actuais até metas plenamente humanas.
(fim do primeiro capítulo da Encíclica CARITAS IN VERITATE)
(segue-se em breve, o 2º Capítulo)
Recolha, transcrição e tradução
(de espanhol para português)
de António Fonseca
VERÓNICA DE JULIANIS, SANTA (E OUTROS) - 9 DE JULHO
Martirológio Romano: Em Brielle, à beira do río Mosa, em Holanda, paixão dos santos mártires Nicolás Pieck, presbítero, e de seus dez companheiros religiosos da Ordem dos Irmãos Menores e oito do clero diocesano ou regular, todos os quais, por defender a presença real de Cristo na Eucaristía e a autoridade da Igreja Romana, foram submetidos pelos calvinistas a toda classe de escárnios e tormentos, terminando enforcados finalmente sem combate (1572). Etimologicamente: Nicolás = Aquele que é vencedor pelo povo, é de origem grega. Canonizado por Pío IX em 29 de Junho de 1867. Nicolás Pick nasceu em Gorcum em 29 de agosto de 1543 de família de príncipes , filho de Juan e Enrica Calvia. Seu pai era apegadíssimo à fé católica e em várias circunstâncias se distinguiu por seu zelo contra os erros do calvinismo que invadía a Holanda. O futuro mártir foi enviado a estudar num colégio em Bois‑le‑Duc. Apenas terminados os estudos pediu e obteve ser recebido na Ordem dos Irmãos Menores, recebeu o hábito, fez o noviciado, professou e logo foi enviado à célebre universidade de Lovaina para completar os estudos de filosofía e teología, merecendo os mais altos elogios de seus professores, em especial do reitor, Padre Adan Sasbouth. Em 1558, havendo crescido na escola dos santos e ardendo em seráfica caridade para com Deus e para com os irmãos, foi ordenado sacerdote. De imediato se dedicou à pregação da mensagem evangélica, percorrendo as principais cidades de Holanda e Bélgica, combatendo em todas partes a heresia, fortalecendo aos fieis na fé católica, reconduzindo a Deus uma verdadeira multidão de pecadores e à Igreja Católica a muitos calvinistas. Por todos era venerado e estimado como autêntico apóstolo de Cristo. Foi eleito guardião do convento de Gorcum e soube transformar aquele lugar num seráfico cenáculo de virtudes, de oração, de ciência e de santidade. Em Nicolás brilhava a angelical pureza de alma. Alimentava uma filial devoção à Santíssima Virgem rainha dos anjos e mãe dos crentes. Considerava perdido o día em que não houvesse oferecido uma homenagem de piedade ou sobretudo algum sacrifício por amor da Virgem. Cada día, além do oficio divino, recitava a coroa franciscana das sete alegrías de María Santíssima. A recitação do rosário era para o piedoso religioso a credencial de reconhecimento que marcava seu terno amor à Mãe celestial, era a expressão genuina de sua piedade serena e jovial. Em Gorcum travou amizade com o santo pároco Leonardo Wechel, em cuja companhia em 1572 haveria de compartilhar as duras batalhas pela fé e o supremo triunfo do martírio. Em 1572 as heresias de Lutero e Calvino já haviam separado da Igreja a uma grande parte de Europa. Em Holanda os calvinistas conquistavam pouco a pouco o poder e perseguíam aos católicos. Em Gorcum começou a vía dolorosa de nossos mártires e se executó em Brielle, em presença do cruel Lumay. São Nicolás falou várias vezes a seus concidadãos ante a iminência do martírio para preveni-los contra os erros calvinistas, demonstrando com sólidos argumentos a presença real de Jesús na Eucaristía e o primado do Sumo Pontífice, dogmas negados pelos calvinistas. Em 9 de Julho de 1572 o Santo subiu ao patíbulo e não cessou de bendizer a Deus. O laço lhe tirou a voz e lhe cortou a vida, aos 38 anos de idade.
Seus companheiros são:
santos Jerónimo de Weert, Teodorico van der Eem, Nicasio de Heeze, Willechadus de Dania, Godefrido Coart de Melveren, Antonio d´Hoornaert, Antonio de Weert e Francisco de Roye, presbíteros da Ordem dos Irmãos Menores, e Pedro van der Slagmolen d´Assche e Cornelio de Wijk-bij-Duurstede, religiosos da mesma Ordem; Juan Lenaerts, canónico regular de Santo Agostínho; Juan Coloniense, presbítero da Ordem de Pregadores; Adriano d´Hilvarenbeek, Santiago Lacops, presbítero da Ordem Premostratense; Leonardo Vechel, Nicolás Poppel, Godefrido van Duynen, Andrés Wouters, presbíteros.
Nasceu em Reggio Emilia (Italia) em 1428. Seus pais, Simón e Catalina, foram pobres em fortuna, mas ricos em virtudes cristãs. Cedo manifestou o desejo de ser religiosa e conseguiu revestir-se com o hábito de carmelita, levando vida retirada, penitente e de oração em sua mesma casa. Mortos seus pais, aceitou a generosa oferta que lhe fez uma rica e piedosa senhora, de sua fazenda com sua casa e suas duas filhas, que também desejavam ser carmelitas. Assim ficou estabelecido. ainda que precariamente, um início de convento até conseguir outro lugar mais espaçoso e adequado, que chegou a ser, prévias as devidas licenças, o autêntico mosteiro filiado na Congregação Mantuana dos carmelitas. Pouco tempo depois já contava este mosteiro com 22 religiosas sob o priorado da Beata Scopelli e a direcção espiritual de um padre carmelita. Dotada por Deus de extraordinários carismas, se lhe atribuem numerosos milagres. Segundo seus biógrafos, o oficio de superiora foi para ela um novo estímulo na prática da observância regular de jejuns, silêncio e sobretudo de oração, de onde dimanavam todas as demais virtudes. Cheia de júbilo, conheceu por revelação o día de sua morte e sem dissimular anunciou à comunidade que, rotas as ligaduras de sua carne mortal, muito em breve passaría às bodas celestiais. À comunidade, reunida e entristecida, recomendou a más estricta observância e sobretudo a prática da caridade por ser a alma das comunidades religiosas. Entregou sua alma a Deus em 9 de Julho de 1491. O papa Clemente XIV aprovou seu culto imemorial em 1771. Seu corpo jaz hoje na catedral de Reggio. Sua festa se celebra em 9 de Julho.
Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso
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