sábado, 2 de janeiro de 2010

2 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

Basílio Magno, Santo

 

Basilio Magno, Santo

Basílio Magno, Santo
Doutor da Igreja, 2 de Janeiro

Martirológio: Santos Basílio Magno e Gregório Nazianceno, bispos e doutores da Igreja. Basílio, bispo de Cesareia de Capadócia (hoje na Turquia), apelidado “Magno” por sua doutrina e sabedoria, ensinou aos monges a meditação da Escritura, o trabalho ma obediência e a caridade fraterna, ordenando sua vida segundo as regras que ele próprio redigiu. Com seus egrégios escritos educou os fiéis e brilhou por seu trabalho pastoral em favor dos pobres e dos enfermos. Faleceu no dia Um de Janeiro de 379. Gregório, amigo seu, foi bispo de Sancina, em Constantinopla e, finalmente, de Nacianzo. Defendeu com veemência a divindade do Verbo, merecendo por isso ser chamado “Teólogo”. A Igreja se alegra de celebrar conjuntamente a memória de tão grandes doutores. (379)
Etimologicamente: Basílio = Aquele que é um rei, é de origem grega.

BASÍLIO nasceu em Cesareia, a capital de Capadócia, na Ásia Menor, a meados do ano 329. Por parte de pai e de mãe, descendia de famílias cristãs que haviam sofrido perseguições e, entre seus nove irmãos, figuraram São Gregório de Nicea, Santa Macrina a Jovem e São Pedro de Sebaste.

Basilio Magno, Santo

Basílio Magno, Santo

Seu pai, São Basílio o Velho, e sua mãe, Santa Emelia, possuíam vastos terrenos e Basílio passou sua infância na casa de campo de sua avó, Santa Macrina, cujo exemplo e cujos ensinamentos nunca esqueceu. Iniciou sua educação em Constantinopla e a completou em Atenas. Lá teve como companheiros de estudo a São Gregório Nazianceno, que se converteu em seu amigo inseparável e a Juliano, que mais tarde seria o imperador apóstata.
Basílio e Gregório Nacianceno, os dois jovens capadócios, associaram-se com os mais selectos talentos contemporâneos e, como o disse este último em seus escritos, “só conhecíamos duas ruas na cidade: a que conduzia à igreja e a que nos levava às escolas”. Tão cedo como Basílio aprendeu tudo o que seus mestres podiam ensinar-lhe, regressou a Cesareia. Aí passou alguns anos no ensino da retórica e, quando se achava nos umbrais de uma brilhantíssima carreira, se sentiu impulsionado a abandonar o mundo, por conselhos de sua irmã mais velha, Macrina. Esta, logo  depois de haver colaborado activamente na educação e estabelecimento de suas irmãs e irmãos mais pequenos, se havia retirado com sua mãe, já viúva, e outras mulheres, a uma das casas da família, em Annesi, sobre o rio Íris, para levar uma vida comunitária.
Foi então, ao aparecer, que Basílio recebeu o baptismo e, desde aquele momento, tomou a determinação de servir a Deus dentro da pobreza evangélica. Começou por visitar os principais mosteiros de Egipto, Palestina, Síria e Mesopotâmia, com o propósito de observar e estudar a vida religiosa. No regresso de sua extensa viagem, se estabeleceu num paragem agreste e muito formoso na região do Ponto, separado de Annesi pelo rio Íris, e naquele retiro solitário se entregou à oração e ao estudo. Com os discípulos, que não tardaram em agrupar-se em seu torno, entre os quais figurava seu irmão Pedro, formou o primeiro mosteiro que houve na Ásia Menor, organizou a existência dos religiosos e enunciou os princípios que se conservaram através dos séculos e até ao presente governam a vida dos monges na Igreja do oriente. São Basílio praticou a vida monástica propriamente dita durante cinco anos somente, mas na história do monaquismo cristão tem tanta importância como o próprio São Bento.

 
Luta contra a heresia ariana

Por aquela época, a heresia ariana estava em seu apogeu e os imperadores hereges perseguiam aos ortodoxos. No ano 363, se convenceu a Basílio para que se ordenasse diácono e sacerdote na Cesareia; mas imediatamente, o arcebispo Eusébio teve zelos da influência do santo e este, para não criar discórdias, voltou a retirar-se caladamente para o Ponto para ajudar na fundação e direcção de novos mosteiros. Sem embargo Cesareia o necessitava e o reclamou. Dois anos mais tarde, São Gregório Nacianceno, em nome da ortodoxia, tirou Basílio de seu retiro para que o ajudasse na defesa da fé do clero e das Igrejas. Se levou a cabo uma reconciliação entre Eusébio e Basílio; este ficou em Cesareia como o primeiro auxiliar do arcebispo; na realidade, era ele quem governava a Igreja, mas empregava seu grande tacto para que se desse crédito a Eusébio por tudo o que ele realizava. Durante uma época de seca a que se seguiu outra de fome, Basílio deixou mão de todos os bens que havia herdado de sua mãe, os vendeu e distribuiu o produto entre os mais necessitados; mas não se deteve aí sua caridade, posto que também organizou um vasto sistema de ajuda, que compreendia as cozinhas ambulantes que ele mesmo, resguardado com um avental de manta e colher em riste, conduzia pelas ruas dos bairros mais afastados para distribuir alimentos aos pobres.


Bispo de Cesareia
No ano de 370 morreu Eusébio e, apesar da oposição que se pôs de manifesto em alguns poderosos círculos, Basílio foi eleito para ocupar a sede arcebispal vacante. Em 14 de Junho tomou posse, para grande contentamento de Santo Atanásio e uma contrariedade igualmente grande para Valente, o imperador ariano. O posto era muito importante e, no caso de Basílio, muito difícil e eriçado de perigos, porque ao mesmo tempo que bispo de Cesareia, era Exarca do Ponto e Metropolitano de cinquenta sufragâneos, muitos dos quais se haviam oposto à sua eleição e mantiveram sua hostilidade, até que Basílio, a força de paciência e caridade, conquistou sua confiança e seu apoio.
Antes de se cumprir doze meses da nomeação de Basílio, o imperador Valente chegou a Cesareia, após ter desenvolvido em Bitrina e Galácia uma implacável campanha de perseguições. Adiante de si enviou o prefeito Modesto, com a missão de convencer a Basílio para que se submetesse ou, pelo menos, acedesse a tratar algum compromisso. Vários haviam renegado por medo, mas nosso santo lhe respondeu:
¿Que me vais a poder tirar ser não tenho nem casas nem bens, pois tudo reparti entre os pobres? ¿Acaso me vais a atormentar? É tão débil minha saúde que não resistirei a um dia de tormentos sem morrer e não poderás seguir atormentando-me. ¿Que me vais a desterrar? Para qualquer sítio aonde me desterres, lá estará Deus, e onde esteja Deus, ali é a minha pátria, e ali me sentirei contente.. .
O governador respondeu admirado: “Jamais ninguém me havia contestado assim”. E Basílio acrescentou: “É que jamais te havias encontrado com um bispo”.
O imperador Valente se decidiu em favor de o exilar e se dispôs a firmar o édito; mas em três ocasiões sucessivas, a pluma de cana com que ia a fazê-lo, se partiu no momento de começar a escrever. O imperador ficou cheio de temor ante aquela extraordinária manifestação, confessou que, muito a seu pesar, admirava a firme determinação de Basílio e, a fim de contas, resolveu que, em seguida, não voltaria a intervir nos assuntos eclesiásticos de Cesareia.
Mas apenas terminada esta desavença, o santo ficou envolvido numa nova luta, provocada pela divisão de Capadócia em duas províncias civis e a consequente reclamação de Antino, bispo de Tiana, para ocupar a sede metropolitana da Nova Capadócia. A disputa resultou desafortunada para São Basílio, não tanto por ter-se visto obrigado a ceder na divisão de sua arquidiocese, como por haver-se malquistado com seu amigo São Gregório Nacianceno, a quem Basílio insistia em consagrar bispo de Sasima, um miserável povoado que se achava situado sobre terrenos em disputa entre as duas Capadócias. Enquanto o santo defendia assim a igreja de Cesareia dos ataques contra sua fé e sua jurisdição, não deixava de mostrar seu zelo acostumado no cumprimento de seus deveres pastorais. Até nos dias ordinários pregava, pela manhã e pela tarde, a assembleias tão numerosas, que ele mesmo as comparava com o mar. Seus fiéis adquiriram o costume de comungar todos os domingos, quartas, sextas e sábados. Entre as práticas que Basílio havia observado em suas viagens e que mais tarde implantou na sua sede, figuravam as reuniões na igreja antes de amanhecer, para cantar os salmos. Para benefício dos enfermos pobres, estabeleceu um hospital fora dos muros de Cesareia, tão grande e bem acondicionado, que São Gregório Nacianceno o descreve como uma cidade nova e com grandeza suficiente para ser reconhecido como uma das maravilhas do mundo. A esse centro de beneficência chegou a conhecer-se com o nome de Basiliada, e susteve a sua fama durante muito tempo depois da morte de seu fundador. Apesar de suas enfermidades crónicas, com frequência realizava visitas a lugares afastados de sua residência episcopal, até em remotos sectores das montanhas e, graças à constante vigilância que exercia sobre seu clero e sua insistência em recusar a ordenação dos candidatos que não fossem inteiramente dignos, fez de sua arquidiocese um modelo de ordem e disciplina eclesiásticos.
Não teve tanto êxito nos esforços que realizou em favor das igrejas que se encontravam fora de sua província. A morte de Santo Atanásio deixou a Basílio como único paladino da ortodoxia no oriente, e este lutou com exemplar tenacidade para merecer esse título por meio de constantes esforços para fortalecer e unificar a todos os católicos que, sufocados pela tirania ariana e descompostos pelos cismas e pelas dissensões entre si, pareciam estar a ponto de extinguir-se. Mas as propostas do santo foram mal recebidas, e a seus desinteressados esforços se respondeu com mal entendidos, más interpretações e até acusações de ambição e de heresia. Inclusive os chamados que fizeram ele e seus amigos ao Papa São Dâmaso e aos bispos ocidentais para que interviessem nos assuntos do oriente e aplanassem as dificuldades, tropeçaram com uma quase absoluta indiferença, devido, segundo parece, a que já corriam em Roma as calunias respeito à sua boa fé. “¡Sem dúvida por causa de meus pecados, escrevia São Basílio com um profundo desalento, parece que estou condenado ao fracasso em tudo quanto empreendo!"”
Sem embargo, o alívio não havia de tardar, desde um sector absolutamente inesperado. Em 9 de Agosto de 378, o imperador Valente recebeu feridas mortais na batalha de Adrianópolis e, com a ascensão ao trono de seu sobrinho Graciano, se pôs fim ao ascendente do arianismo no oriente. Quando as notícias destas mudanças chegaram a ouvidos de São Basílio, este se encontrava no seu leito de morte, mas de todas as maneiras lhe proporcionaram um grande consolo em seus últimos momentos. Morreu em 1º de Janeiro do ano 379, com a idade de quarenta e nove anos, esgotado pela austeridade em que havia vivido, o trabalho incansável e uma penosa enfermidade. Toda Cesareia ficou enlutada e seus habitantes o choraram como a um pai a um protector; os pagãos, judeus e cristãos se uniram no duelo.
São Gregório Nacianceno, Arcebispo de Constantinopla, no dia do enterro: “Basílio santo, nasceu entre santos. Basílio pobre viveu pobre entre os pobres. Basílio filho de mártires, sofreu como um mártir. Basílio pregou sempre com seus lábios, e com seus bons exemplos e seguirá pregando sempre com seus escritos admiráveis”.
Setenta e dois anos depois de sua morte, o Concílio de Calcedónia lhe rendeu homenagem com estas palavras: O grande Basílio, o ministro da graça que expôs a verdade ao mundo inteiro indubitavelmente que foi um dos mais eloquentes oradores entre os melhores que a Igreja haja tido; seus escritos lhe hão colocado em lugar de privilégio entre seus doutores.

Adelardo, (Abelardo ou Alardo) Santo

Abade, 2 de Janeiro

Etimologicamente significa “ nobre e valente”. Vem da língua alemã.
Este nome se diz também Abelardo ou Alardo. É maravilhoso constatar como ao longo da vida destas pessoas exemplares, há sempre uma grande amizade.
Este jovem passava muito bem na corte de seu avô Carlos Martel e de seu tio o rei Pepino o Breve. Não lhe faltava absolutamente nada. Fazia com facilidade amizade com gente de fora e dentro do palácio.
Tudo lhe sorria ante seus olhos. Sem embargo, quando estava sozinho, dava voltas à cabeça.
Notava que a felicidade que dava a corte não o preenchia totalmente. E assim passou uma temporada.
Por fim um dia, ante o assombro de quantos e de quantas o contemplavam, disse algo que os deixou alucinados. Com sua voz clara e jovem anunciou a todos que ia para monge.
¡Risos e chispas de desconcerto! Pensavam que era uma de suas brincadeiras.
Ele, com cara complacente mas forte na sua decisão, no ano 773 saiu da corte e encaminhou seus passos para um mosteiro onde encontrasse a paz interior que ninguém lhe dava nas festas palacianas.
Entregou-se com tal ardor à vida da alma que em pouco tempo ganhou a estima de todos os irmãos consagrados a Deus.
Sua fama correu de mosteiro em mosteiro. Naqueles dias havia eleição do novo superior do mosteiro de Corbie, França.
Dizem que seus conselhos a irmãos em religião e a todo o mundo eram tão sábios e acertados que o próprio imperador Ludovico os acolhia com mesura e discernimento.
A característica fundamental de sua vida consistiu, além disso, em se dedicar aos pobres. Desde o amor bem entendido aos mais desfavorecidos passou à casa do Pai no ano 827.
¡Felicidades a quem leve este nome!

 

Gregório Nacianceno, Santo

 

Gregorio Nacianceno, Santo

Gregório Nacianceno, Santo

 

São Gregório Nacianceno, chamado o Demóstenes cristão por sua eloquência e, na igreja Oriental o dizem "o teólogo", pela profundidade de sua doutrina e o encanto de sua eloquência. É um dos Padres Capadócios, muito chegado aos irmãos São Basílio e São Gregório de Nicea, os chamados "Padres Capadócios" com quem cooperou para derrotar a heresia ariana. É um dos quatro grandes Doutores da Igreja Grega.
Nasceu em Nacianzo, Capadócia (hoje em Turquia), no mesmo ano que seu grande amigo São Basílio.
Pertenceu a uma família de santos: Seu pai foi um judeu converso, bispo de Nacianzo por 45 anos (são Gregório O Maior), sua mãe, santa Nona. Seus irmãos, santos Cesário e Gorgónia;
Estudou em Cesareia, na Palestina, onde conheceu a São Basílio. Estudou leis por dez anos em Atenas. Entre seus companheiros de estudo estava São Basílio e o futuro imperador, Julião o Apóstata. Gregório voltou a Nacianzo aos 30 anos (aprox.) e se uniu a São Basílio por 2 anos em vida solitária.
Ainda que preferisse a vida solitária, regressou para ajudar a seu pai ancião na administração da diocese. Foi ordenado contra sua vontade por seu pai em 362. Fugiu para voltar à vida monacal com Basílio. Mas em 10 semanas regressou às suas responsabilidades como sacerdote. Escreveu uma apologia sobre as responsabilidades de sacerdote.
Em redor de 372, foi consagrado bispo por S. Basílio de Sasima mas não o aceitou. Seguiu como coadjutor de seu pai. Isto causou a ruptura da amizade entre Basílio e Gregório mas se reconciliaram depois.
Se retirou por 5 anos para um mosteiro em Selêucia, Isauria. Ao morrer o imperador Valens se mitigou a perseguição dos ortodoxos e um grupo de bispos o convidaram a Constantinopla. A cidade havia sido dominada por 30 anos pelos arianos. Foi nomeado bispo. Sofreu muito por difamações e perseguição dos arianos e outros hereges.
O Concílio de Constantinopla estabeleceu e confirmou as conclusões de Nicea. Pouco depois de sua consagração como bispo de Constantinopla, seus inimigos puseram em dúvida a validade de sua eleição em 381. Ele, para restaurar a paz, resignou. Voltou a Nacianzo, onde a sede estava vacante e administrou a diocese até que elegeram a um sucessor. Em redor do ano 384 se retirou. Foi então que escreveu seus famosos poemas e sua autobiografia. Morreu em Nacianzo em 25 de Janeiro de 389 ou 390.
Ensino e escritos: 45 discursos, 244 cartas e 400 ou mais, poemas.
Na iconografia aparece como bispo oriental, com o pálio e um livro.

 

Guillermo Repin, Beato

Sacerdote e Mártir, 2 Janeiro

Guillermo Repin, Beato

Guillermo Repin, Beato

Sacerdote da diocese de Angers, nasceu em 26 de Agosto de 1709 em Thouarcé, Maine-et-Loire, França.
Morre martirizado na Revolução Francesa em 2 de Janeiro de 1794 em Angers, Maine-et-Loire, França.
Suas virtudes heróicas foram aprovadas em 9 de Junho de 1983, foi beatificado em 19 de Fevereiro de 1984 junto com noventa e sete companheiros mártires da Revolução Francesa assassinados entre 1792 e 1796.

Marcolino Amanni de Forli, Beato

Dominicano, 2 Janeiro

Marcolino Amanni de Forli, Beato

Marcolino Amanni de Forli, Beato

O nome de família de Marcolino era Amanni.
Se conta que o beato entrou na ordem de Santo Domingo, aos dez anos de idade.
Suas qualidades mais notáveis eram a exacta observância das regras, o amor à pobreza e à obediência, mas sobretudo, o espírito de humildade, que o impulsionava a evitar todas as ocasiões de se fazer notar, encontrando seu maior gozo no exercício dos ofícios mais baixos e humildes.
Se nos diz também que praticava rigorosas penitências corporais, que amava muito os pobres e as crianças, e que o céu o favorecia com frequentes êxtases.
Tão prolongadas e constantes eram as orações de Marcolino que, a sua morte, se descobriu que seus joelhos eram dois enormes calos.
O beato Raimundo de Cápua, superior geral da ordem de Santo Domingo, tinha em alta estima o P. Marcolino, ainda que a timidez deste o havia impedido colaborar activamente na reforma da Ordem de Pregadores, a raiz da peste negra e das dificuldades produzidas pelo Grande Cisma. O P. Marcolino, que havia predito sua morte, segundo se conta, faleceu em Forli, em 2 de Janeiro de 1397, aos oitenta anos de idade.
Para surpresa de seus irmãos, a cujos olhos havia passado inadvertida a santidade do religioso, uma grande multidão assistiu a seus funerais, congregada, segundo diz a lenda, por um anjo disfarçado de criança que havia anunciado a notícia pelos arredores.
O culto ao beato foi confirmado em 1750.

Maria Anna Blondin, Beata

Fundadora, 2 Janeiro

María Anna Blondin, Beata

María Anna Blondin, Beata

Esther Blondin, Irmã Marie-Anne, nasce em Terrebonne (Québec, Canadá), em 18 Abril de 1809, dentro de uma família fundamente cristã. Herda de sua mãe uma piedade centrada na Providência e na Eucaristia; de seu pai, uma fé sólida e uma grande paciência no sofrimento. Esther e sua família são vítimas do analfabetismo reinante nos meios canadienses-franceses do século XIX. Na idade de 22 anos, é contratada como doméstica ao serviço das Irmãs da Congregação de Nossa Senhora recém chegadas ao seu povo. No ano seguinte, inscreve-se como interna com vista a aprender a ler e escrever. É encontrada depois no noviciado da mesma Congregação, de onde sairá sem embargo, por causa de sua saúde demasiado frágil.
Em 1833, Esther volta a ser mestra de escola no povo de Vaudreuil. Ali, se dá conta que um regulamento da Igreja proibindo às mulheres ensinar aos meninos e aos homens as meninas pode ser uma causa do analfabetismo. Os curas, na impossibilidade de financiar duas escolas, elegem não financiar nenhuma. E os jovens ficam na ignorância, sem poder aprender o catecismo e fazer a primeira comunhão. Em 1848, com a audácia de profeta movido pela chamada do Espírito, Esther submete a seu Bispo, Monsenhor Ignace Bourget, o projecto de fundar uma Congregação religiosa “para a educação das crianças pobres do campo, em escolas mistas”. O projecto é inovador para a época! Incluso, parece “temerário e subversivo da ordem estabelecida”. Mas, posto que o Estado favorece este tipo de escolas, o Bispo autoriza um intento modesto, para evitar um mal maior. A Congregação das Irmãs de Santa Ana funda-se em Vaudreuil, em 8 de Setembro de 1850. Daí em diante, Esther passa a chamar-se “Madre Marie-Anne”. É nomeada primeira superiora. O crescimento rápido da jovem Comunidade requer muito cedo uma mudança. No verão de 1853, o Bispo Bourget muda a Casa mãe para Saint-Jacques de l’Achigan. O novo Capelão, Louis-Adolphe Maréchal, vai meter-se na vida interna da Comunidade, numa maneira abusiva. Na ausência da Fundadora, ele muda o preço da pensão das alunas. E, quando ele tem de se ausentar, as Irmãs têm que esperar sua volta para se confessar. Depois de um ano de conflito entre o Capelão e a Superiora muito preocupada pelos direitos de suas irmãs, o Bispo Bourget pensa encontrar una solução. Em 18 de Agosto de 1854, manda a Madre Marie-Annedepor-se”. Convoca as eleições e exige da Madreque não aceite o mandato de Superiora se as irmãs quiserem reelegê-la”. Despojada do direito que lhe dá a Regra da Comunidade, Madre Marie-Anne obedece ao Bispo que é para ela o instrumento da Vontade de Deus sobre ela. Bendiz “mil vezes a Divina Providência pela conduta materna que tem para ela, fazendo-a passar pelo caminho das tribulações e cruzes”.
Então, nomeada Directora do Convento de Sainte Geneviève, Madre Marie-Anne volta a existir uma investigação de parte das novas Autoridades da Casa mãe, subjugadas pelo despotismo do Capelão Maréchal. Com o pretexto de má administração, chamam-na à Casa Mãe em 1858, com a ordem episcopal de “tomar os meios para que não faça dano a ninguém”. Desde essa nova destituição até sua morte, mantêm-na fora de todas as responsabilidades administrativas. É também afastada das deliberações do Conselho geral onde teria que estar segundo as eleições de 1872 e 1878. Destinada aos mais obscuros trabalhos da lavandaria e passando a ferro, leva uma vida de renúncia total, o que assegura o crescimento de sua Congregação. Ali está o paradoxal de sua influência: quiseram neutralizá-la no sótão escuro da passagem a ferro da Casa mãe, mas muitas gerações de noviças receberam de da Fundadora exemplos de humildade e de caridade heróica. Uma vez, uma noviça se assombrou ao ver a Fundadora mantida em tão humildes trabalhos e pediu a razão à Madre. Ela respondeu com calma: “Mais uma árvore funda suas raízes no solo, mais possibilidade tem de crescer e produzir frutos.
A atitude de Madre Marie-Anne frente às situações injustas, sendo ela vítima delas, nos permite descobrir o sentido evangélico que ela soube dar aos acontecimentos de sua vida. Como Cristo apaixonado pela glória de seu Pai, ela não buscou outra coisa em tudo que a glória de Deus, o que é o fim de sua Comunidade. “Dar a conhecer o Bom Deus aos jovens que não tinham a felicidade de o conhecer” era para ela o meio privilegiado de trabalhar para a glória de Deus. Despojada de seus mais legítimos direitos, espoliada de sua correspondência pessoal com seu Bispo, ela cede a tudo sem resistência, esperando de Deus o desenlace de todo, sabendo que Ele “na sua Sabedoria saberá discernir o verdadeiro do falso e recompensar a cada um segundo suas obras”.
As Autoridades que lhe sucederam proibiram chamá-la Madre. Madre Marie-Anne não se aferra zelosamente a seu título de Fundadora. Melhor, aceita seu anonimato como Jesus “seu Amor crucificado”, a fim de que viva sua Comunidade. Sem embargo, não abdica da sua vocação de “madre espiritual” de sua Congregação; se oferece a Deus “para expiar o mal cometido em sua Comunidade; todos os dias, pede a Santa Ana em favor de suas filhas espirituais, as virtudes necessárias às educadoras cristãs”.
Ao igual que todo o profeta investido por uma missão em favor dos seus, Madre Marie-Anne viveu a perseguição, perdoando sem restrição, pois estava convencida que “há mais felicidade em perdoar que em vingar-se”. Este perdão evangélico era para ela a garantia de “a paz de alma” que ela considerava como "o mais precioso bem". Deu um último testemunho disso em seu leito de agonia quando pediu a sua superiora chamar ao Padre Maréchalpara edificar as Irmãs”.
Frente à morte, Madre Marie-Anne deixa a suas filhas à maneira de testamento espiritual, estas palavras que resumem sua vida: “Que a Eucaristia e o abandono à Vontade de Deus sejam vosso céu na terra”. Então se apagou pacificamente na Casa mãe de Lachine, em 2 de Janeiro de 1890, “feliz de ir onde está o Bom Deus” que ela havia servido toda sua vida.
Reproduzido com autorização de Vatican.va

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca (de espanhol para português).

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

SILVESTRE, Santo (e outros) 31 de Dezembro

Os Santos de hoje Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2009

Silvestre I, Santo
Papa, 31 de Dezembro.

Silvestre I, Santo

Silvestre I, Santo

XXXIII Papa

O longo pontificado de São Silvestre (de 314 a 335) transcorreu paralelo ao governo do imperador Constantino, época muito importante para a Igreja que acabava de sair da clandestinidade e das perseguições. Foi nesse período quando se formou uma organização eclesiástica que duraria vários séculos. Nesta obra teve Constantino um lugar de consideração. Este, efectivamente, era o herdeiro da grande tradição romana imperial e por isso se considerava o legítimo representante da divindade (nunca renunciou a ostentar o titulo pagão depontifex maximus´), e portanto do Deus dos cristãos.
Foi ele, portanto, e no Papa Silvestre, que convocou em 314 um sínodo para acabar com o cisma que havia estalado em África; e foi também ele quem convocou em 325 o primeiro concílio ecuménico da história, em Nicea (Bitinia), residência de verão do imperador.
Ao obrar assim, Constantino introduziu um método de intromissão do poder civil nos assuntos eclesiásticos que teria desastrosas consequências. Mas por agora as consequências foram positivas, entre outras coisas pela boa harmonia que reinava entre o Papa Silvestre e Constantino. Este, com efeito, não aforrou suas aprovações e seus apoios ainda económicos para a vasta obra de construção de edifícios eclesiásticos.

Silvestre I, Santo

Silvestre I, Santo

Precisamente Constantino, na sua qualidade de “pontifex maximus”, foi quem pôde autorizar e consentir o “sacrilegium” de construir uma grande basílica em honra de São Pedro sobre a colina Vaticana, depois de haver parcialmente destruído ou tapado o cemitério pagão, descoberto pelas escavações ordenadas por Pio XII em 1939. Foi também a colaboração entre o Papa Silvestre e Constantino a que permitiu a construção de outras duas importantes basílicas romanas, uma em honra de São Paulo sobre a via Ostiense, e sobretudo a outra em honra de São João. Inclusive, Constantino quis manifestar sua simpatia pelo Papa Silvestre dando-lhe seu próprio palácio lateranense, que desde então e por vários séculos foi a residência dos Papas.
¿Queres saber mais? Consulta ewtn

Mário, Santo
Bispo, Dezembro 31

Mario, Santo

Mário, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Em Lausanne, entre os helvécios (hoje Suíça), santo Mário, bispo, que trasladou para ali a sede de Aventicum, edificou muitas igrejas e foi defensor dos pobres (594).
Em recentes investigações que levou a cabo Mário Besson, encontraram-se notícias seguras acerca da vida e das obras apostólicas de santo Mário.
Pelo que disse, parece ser que nasceu no ano 530, e que chegou a ser bispo de Aventicum em 574.
Em 587 tomou parte activa no concílio de Macon.
Nesse mesmo ano consagrou uma igreja dedicada à Virgem de Payerne.
Para maior segurança de sua pessoa, o trasladaram a Aventicum como bispo. Havia lutas políticas e insegurança social.
Morreu aqui no ano 594. Enterraram-no na  igreja de santo Tirso, que mais tarde se chamou de santo Mário.
Seu culto começou a pôr-se em prática a princípios do primeiro milénio.
Sua representação como bispo não aparece até ao século XVI. Umas vezes aparece com uma palma e ornamentos episcopais e o título de mártir.
A diocese de Lausana e de Basilea, Suíça, o festejam em 31 de Dezembro.
Mário é o autor de uma crónica de santo Próspero. É um documento muito exacto, breve e precioso para os históricos.
Bastem estas notas para se fazer uma ideia de como estava Itália e o Oriente, Os reinos francos e o de Borgonha.
¡Felicidades a quem leve este nome!
¡Feliz final de Ano!
Se o enfermo se envergonha de descobrir sua chaga ao médico, a medicina não cura o que ignora” (São Jerónimo).
Comentários ao P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

Melania a Jovem, Santa
Penitente, 31 de Dezembro

Melania la Jóven, Santa

Melania a Jovem, Santa

Dezembro 31

Etimologicamente significa “obscura”. Vem da língua grega.
Disse Mateus: “Os discípulos se aproximaram de Jesus e ele os ensinava dizendo: Ditosos os que têm um coração de pobre, pois o Reino de Deus lhes pertence”.
Aos 14 anos, esta rapariga aristocrata romana se casou com seu primo Pinio, que tinha 17.
Dez anos mais tarde, perderam a seus dois filhos.
Em seu desconsolo, tomaram uma opção na vida.
Se puseram de mútuo acordo para seguir os conselhos evangélicos.
Como eram ricos, se reuniram para ver a maneira de repartir seus bens aos pobres.
Uma vez que o fizeram, saíram para Roma pouco antes de que Alarico os pudesse levá-los.
Em primeiro lugar, se retiraram para a Sicília, depois a Tagaste cuja diocese tinha por pastor a um amigo e vizinho, Santo Agostinho, bispo de Hipona.
Chegaram com eles quinze eunucos e outras tantas escravas.
Lhe pertenciam todas as terras de Tagaste.
Os fieis queriam que Pinio fosse o bispo, pois desta maneira estava assegurada a fortuna para a comunidade cristã.
Mas Pinio e Melanie foram para Jerusalém.
Ele morreu ali no ano 432.
Melanie fundou um mosteiro não longe do lugar da Ascensão, no Monte das Oliveiras, em que morreu à volta de uma festa.
¡Felicidades a quem leve este nome!
“Conhece-te a ti mesmo” (Sócrates).
¡Feliz final de Ano!

Josefina (Giuseppina) Nicoli, Beata
Filha da Caridade, Dezembro 31

Josefina (Giuseppina) Nicoli, Beata

Josefina (Giuseppina) Nicoli, Beata

Conhecida como Soror Sorriso
digna Filha da Caridade de São Vicente de Paulo

Josefina Nicoli nasceu em Casatisma (Pavía, Itália) em 18 de Novembro de 1863. Era a quinta de dez filhos de uma família de classe média e de profunda fé.
Cursou a escola primária com as religiosas agostinhas, em Voghera; e estudou magistério em Pavía. Seu desejo secreto, que a impulsionou a realizar estes estudos, era o de dedicar-se à educação de crianças pobres num tempo em que era muito alta a percentagem de analfabetismo entre a gente de menos recursos. Este desejo foi amadurecendo, sobre todo, a través de la experiência da dor, que visitou sua família con la muerte de algunos de sus hijos, entre ellos Juan, de quien Josefina se había convertido en su servicial enfermera personal. En medio de estas situaciones dolorosas aprendió a considerar el valor de la vida y la fragilidad de las cosas humanas.
Josefina era querida por todos, su carácter dulce era un don natural; y un sacerdote de Voghera, don Giacomo Prinetti, su director espiritual, la guió en el camino de la perfección del espíritu, mientras maduraba la llamada a consagrar su vida a Dios.
El 24 de septiembre de 1883, a la edad de veinte años, ingresó en la Compañía de las Hijas de la Caridad de San Vicente de Paúl, en la casa "San Salvario" de Turín, donde hizo el postulantado y el noviciado. Recibió el hábito propio de la Compañía en París, en una ceremonia que tuvo lugar en la Casa madre de las Hijas de la Caridad.
En el año 1885 fue trasladada a Cerdeña. Su primera misión, que acogió con gran entusiasmo, fue la de enseñar en el "Conservatorio de la Providencia" de Cágliari. La experiencia educativa entre niñas pobres la marcó de forma especial. Durante este tiempo no se limitó a mirar sólo lo que sucedía entre los muros del conservatorio, sino que intensificó cada vez más su unión con el Señor crucificado en medio de las vicisitudes cotidianas.
En el año 1886, la ciudad de Cágliari fue azotada por la epidemia del cólera, y sor Josefina, juntamente con sus hermanas del conservatorio, se dedicó, en los momentos que le quedaban libres después del horario escolar, a socorrer a las familias pobres de la ciudad, organizando "cocinas económicas" que pusieron a disposición de las autoridades civiles.
Este servicio le permitió salir al encuentro de los muchachos abandonados por las calles de Cágliari, enseñándoles el catecismo en los encuentros que programaba los domingos. Más tarde organizó a los muchachos en una asociación que llamó "Los Luisitos", estimulándolos a vivir en actitud de ayuda fraterna y educándolos a una sana sociabilidad que, a muchos de ellos, los condujo a cambiar de vida.
Después de casi quince años de activa vida apostólica en Cágliari, en el año 1889 fue trasladada al orfanato de Sássari. También allí desarrolló un amplio proyecto apostólico, organizando diversas instituciones orientadas siempre al servicio hacia los pobres.
Se preocupó por la formación de escuelas de catequesis que cada domingo reunían a cerca de 800 niños, y, sobre todo, dedicó muchas de sus energías a dar vida a la "Escuela de religión" para las jóvenes universitarias, con el fin de prepararlas para ser buenas maestras en la fe, y así contrarrestar la masonería que se difundía por Sássari y trataba de debilitar la presencia de los católicos en la ciudad.
En los proyectos de la divina Providencia, le espera un nuevo destino: Turín (1910-1913). Por sus dotes organizativas la nombraron ecónoma provincial, y un tiempo después pasó a ser directora de la casa de formación de las Hijas de la Caridad, misión a la que se dedicó con gran entrega. Se enfermó gravemente de tuberculosis y fue trasladada a Cerdeña —con gran dolor para el consejo provincial—, ya que el clima de las islas era favorable para su salud.
De regreso a Sássari, en el año 1914, reinaba un ambiente hostil a causa del anticlericalismo. Su permanencia en las islas mejoró el estado de su salud, pero comenzó su calvario interior. Una serie de malentendidos y falsos testimonios por parte de la administración del orfanato obligaron a los superiores a trasladarla nuevamente. Sor Josefina estaba a completa disposición, aceptando en silencio la humillación más grande que hubieran podido hacerle: la declararon incapaz de administrar el orfanato. Ante esta situación se repetía a sí misma: "Josefina, esto te viene muy bien. Aprende a ser humilde". La Providencia la condujo en la última etapa de su vida al Asilo de la Marina, en Cágliari.
En su nuevo destino, se encontró en medio de un barrio superpoblado, ubicado en las cercanías del puerto, y donde la pobreza alcanzaba índices muy altos, haciendo que las condiciones de vida fueran muy precarias. A los niños, por ser pobres, se les negaba el derecho a la educación, lo que favorecía los malos comportamientos.
En el contacto directo con la pobreza material descubrió heridas aún más secretas: las de la pobreza moral y espiritual. Su celo apostólico la impulsó nuevamente a salir al encuentro de los jóvenes, enseñándoles el catecismo, y orientando a quienes emigraban de las zonas rurales a la ciudad. Fundó la primera sección en Italia de la "Pequeña obra de Luisa de Marillac". Formó también el primer grupo de la Acción Católica femenina en Cágliari. Pero a quienes dedicó gran parte de sus iniciativas apostólicas, como una bondadosa y paciente madre, fue a los llamados "is piccioccus de crobi", "los muchachos de la cesta". Era un grupo numeroso que vagaba por la ciudad, sobre todo en las cercanías del mercado de la ciudad, llevando consigo su instrumento de trabajo: una cesta; y se ganaban su sustento llevando equipajes de la estación al puerto.
La caridad fue la norma de su vida, y en cada circunstancia hizo realidad su constante deseo de entregarse al Señor, formulando, desde edad muy temprana, como un firme propósito: "Deseo ser toda suya".
En el último año de su vida, no obstante todo el bien realizado, se repitió la situación de calvario al ser calumniada ella y su obra en el Asilo de la Marina. Como en otras ocasiones, sor Josefina aceptó en silencio cuanto acontecía, y el testimonio de su vida llevó al funcionario que la calumnió a retractarse y reconocer su error. La caridad humilde que testimonió hizo que el funcionario difamador se acercara a su lecho de muerte, y ella, sonriendo, lo perdonó.
Murió en Cágliari, a causa de una bronco-pulmonía, el 31 de diciembre de 1924; el funeral se celebró el día 1 de enero. Su muerte —dijo una hermana de la comunidad— fue "la corona de una vida íntegra y la prueba de una virtud practicada de modo heroico".
El milagro por su intercesión presentado para la beatificación tuvo lugar en Milán: un joven militar fue curado de un tumor óseo.
La caridad ha glorificado a sor Josefina en un camino de humildad que la llevaba a ocultarse ante los aplausos del mundo y le abría las puertas a la inhabitación de Cristo. La caridad era la norma de todos sus pensamientos, de todas sus palabras, de todas sus acciones; y así penetró el misterio de la caridad hacia los pobres como acto de amor hacia el Señor, esa fue su gloria.
Fue beatificada por S.S. Benedicto XVI el 3 de febrero de 2008.
Reproducido con autorización de Vatican.va

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António Fonseca

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

TRASLADAÇÃO DO CORPO DE SANTIAGO - (e Santos do Dia) – 30 de Dezembro

Os Santos de hoje Quarta-feira 30 de Dezembro de 2009

Trasladação do corpo de Santiago
Festa, Dezembro 30

Traslado del cuerpo de Santiago

Trasladação do corpo de Santiago

De facto, pelos breves apostólicos de dois papas, Gregório XIII e Sixto V, se celebra em Santiago e em Espanha a festa da Translação.
O rei Herodes mandou decapitar a Santiago. Foi o proto mártir dos Apóstolos; logo se seguiriam todos os demais e sucedeu na cidade Santa de Jerusalém. Este é o dado histórico e ponto de partida de uma lenda que parece ser um inverosímil jogo imaginativo mas, como tantas vezes sucede, a fantasia melhor intencionada cobre os espaços em branco que a história não pode preencher com dados comprováveis.
E a lenda se expõe assim resumindo: Uma vez morto Santiago, os sete discípulos que havia levado consigo quando esteve em Espanha roubaram pela noite o corpo que Herodes proibiu enterrar e deixou exposto às aves, cães e outros animais. Ocultamente o levaram até ao porto de Jaffa onde milagrosamente encontraram um navio sem remadores nem piloto, mas com tudo o necessário para uma longa travessia. Ajudados por um vento favorável e sem escolhos nem tempestade arribam a Iria Flavia — hoje Padrón — perto de Finisterra. Com isto comprem o desejo que lhes havia encarregado o próprio Santiago prevendo o acontecimento de sua morte.
Terra adentro encontram uma gruta. Lhes parece sítio apto para depositar os restos mortais. Mãos à obra, destroem um ídolo de pedra dos pagãos do país e escavam na pedra um sepulcro onde depositam o corpo com sua cabeça que haviam transportado. Logo levantam uma casa que será capela. Teodoro e Atanásio ficaram custodiando a relíquia, enquanto que os outros cinco companheiros saíram pelos campos e povoados a pregar o Evangelho. Quando morrem os dois custódios recebem sepultura junto aos restos de Santiago.
As invasões e guerras que se sucedem no lugar são factores determinantes para que, junto com a própria passagem dos anos, se relegue ao esquecimento transitoriamente tanto o lugar já tapado pelos matagais como o tesouro que contém.
Quando reina Alfonso o Casto se descobrem os antigos sepulcros e o rei manda edificar um templo. E outros monarcas o seguem. É Compostela. Os papas concedem privilégios, Urbano II desliga o bispado da jurisdição de Braga e com Calixto II começa a ser arcebispado. Os milagres e as maravilhas se produzem no tempo para espanhóis e estrangeiros. Se assinala de modo muito especial a protecção na longa luta de reconquista chegando a ser-lhe aplicado o nome de "Matamoros" por se o ter visto com todas as armas precedendo o exército cristão. As rotas de peregrinação de Europa começam a ter outro caminho para culminar o perdão dos pecados com arrependimento.

Neste dia também se festeja a São Fulgêncio

Fulgêncio de Ruspe, Santo

Bispo, Janeiro 1

Fulgencio de Ruspe, Santo

Fulgêncio de Ruspe, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Em Ruspe, cidade de Bizacena (hoje Tunis), são Fulgêncio, bispo, que depois de haver sido procurador de Bizacena, abraçou a vida monástica e, constituído bispo, durante a perseguição pelos vândalos sofreu muito a causa dos arianos e foi exilado a Sardenha pelo rei Trasamundo. De regresso a Ruspe, dedicou o resto de sua vida a alimentar a seus fiéis com palavras de graça e de verdade (c. 632).
Etimologia: Fulgêncio = Aquele que brilha ou resplandece, é de origem latina.

Em começos do século VI, Ruspe, pequena cidade da província romana bizantina, havia ficado sem bispo, como outras cidades africanas, porque o rei visigodo Trasamundo, zeloso ariano, havia proibido a eleição de novos bispos católicos. Mas, no final, os bispos da região bizantina resolveram não acatar a injusta disposição. Entre os candidatos estava também Fulgêncio, um homem de grande cultura teológica e humanística, que ao amor do estudo unia a prática da ascética cristã. Havia nascido em 467 de uma família romana que se havia estabelecido em Cartago, e se havia demonstrado bom administrador do rico património paterno e bom procurador dos impostos da província.
Depois de haver lido o Comentário de Santo Agostinho ao salmo 36, orientou decididamente sua vida na austeridade e na procura da solidão. Inclusive tratou de unir-se aos monges egípcios, mas o navio que o levava teve que deter-se em Siracusa. Ordenado sacerdote, pouco depois lhe chegou a notícia de que estava na lista dos candidatos ao episcopado.
Era demasiado. Fulgêncio foi e se escondeu num lugar afastado, até que soube que todos os novos bispos haviam sido já consagrados. Quando reapareceu, restava todavia uma sede vacante, a da pequena cidade de Ruspe, e os bispos se apressaram a consagrar o recalcitrante monge, no momento preciso para que fosse enviado ao desterro para a Sardenha pelo furiosíssimo rei Trasamundo, que desterrou junto com Fulgêncio a outros 59 bispos católicos.
Em Cagliari, Fulgêncio pôde desenvolver uma intensa actividade religiosa. O próprio Trasamundo, que se julgava  teólogo, lhe escreveu propondo-lhe algumas difíceis questões e oferecendo assim a Fulgêncio a ocasião para escrever alguns tratados teológicos que chegariam a ser muito famosos.
Morto Trasamundo em 523, os bispos desterrados puderam regressar a suas sedes. Durante nove anos Fulgêncio governou sua pequena diocese de Ruspe segundo o estilo monástico. Com efeito, perto da igreja catedral havia fundado um novo mosteiro, onde ele próprio vivia pobremente, dedicando grande parte de seu tempo à oração coral e à composição de obras doutrinais e pastorais. Padre e pastor de seu rebanho, dava aos pobres tudo o que recebia. Tinha uma grande atitude para a pregação. Se conta que o bispo de Cartago, ao escutar um sermão seu na basílica de Furnos, chorou de comoção. São Fulgêncio morreu em Ruspe em l de Janeiro de 532, aos sessenta anos de idade, rodeado por seus sacerdotes e depois de ter distribuído aos pobres seus últimos haveres.

Perpétuo de Tours, Santo
Bispo, Dezembro 30

Perpetuo de Tours, Santo

Perpetuo de Tours, Santo

Bispo de Tours

Martirológio Romano: Em Tours, da Galia Lugdunense, são Perpétuo, bispo, que edificou a basílica de São Martín e muitas outras em honra dos santos, e regulou na sua Igreja a prática de jejuns e vigílias (491).
Etimologicamente: Perpétuo = duradoiro, é de origem latina.

Perpétuo era de família senatorial. Uma vez que o nomearam bispo de Tours, deixou tudo quanto tinha – que era muito – para o consolo dos pobres. Os pobres são meus herdeiros. Lhes deixou campos, casas, jardins, pastos, vinhas e até a própria roupa.
Sem dúvida alguma foi um dos bispos mais sobre salientes de seu tempo.
Tinha sempre presente a seu predecessor, são Martín, o soldado que rasgou sua capa em duas para entregar uma parte a um mendigo.
Perpétuo engrandeceu a basílica dedicada a san Martín e fez uma casa grande a seu lado para albergue de peregrinos.
Desde o primeiro ano de seu episcopado, convocou um concílio provincial em Tours.
Decretou que os fieis observaram alguns dias da semana com especial atenção às coisas do espírito.
A influência de são Perpétuo foi enorme. Treze séculos depois de sua morte, alguém escreveu estas palavras atribuídas ao santo: “Vós, meus queridos irmãos, minha coroa, minha alegria, quer dizer, o pobre de Cristo, necessitados, mendigos, enfermos, viúvas e órfãos...A todos vós declaro meus herdeiros”.
Tinha uma primavera no coração, porque sabia perdoar a todo o mundo e, além disso, entregava seu próprio ser para o bem dos outros.
Catorze anos antes de morrer, escreveu seu testamento, um documento perfeito de como deviam ser os bispos daqueles tempos.
Os últimos anos de sua vida foram maus, devido à invasão dos Godos e à doutrina ariana.
Morreu no ano 494.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários ao P. Felipe Santos
: al Santoral">fsantossdb@hotmail.com

Judith, Santa
Personagem Bíblica, Dezembro 30

Judith, Santa

Judith, Santa

Etimologia: Judith = aquela que louva a Deus. Vem da língua hebraica.
Se queres ler e meditar um livro sumamente interessante na Bíblia é o desta heroína que defendeu a liberdade de seu povo e a religião contra o tirano general Holofernes.
Este militar, assessorado por seus chefes, sabia que o povo judeu quando está bem com seu Deus, não há quem possa com eles.
O orgulhoso general, com tantos homens sob suas ordens, mandou sitiar a cidade até que morressem extenuados de fome de sede. Quando as coisas iam muito mal, o sacerdote Ozías, disse-lhe: "Esperem cinco dias e nesse prazo decidiremos que devemos fazer".
Mas neste momento se apresentou uma bela mulher, viúva e entregue à penitência e à oração. Era a admiração de todos por sua beleza física e sua simpatia.
Judith lhes disse: " Deus nos está provando mas não nos abandonou. Eu vou fazer nestes dias algo cuja recordação se prolongará por muitos séculos. Esta noite sairei da cidade e logo Deus fará por minha mão algo que agora não lhes posso contar". Logo se prostrou ante Deus e lhe rogou que bendizesse seu plano e a ajudasse. O sacerdote e os demais chefes lhe disseram: "Vai em paz e que o Senhor te proteja e te guie".
Se pôs belíssima com seus melhores vestidos e jóias e deslocou-se ao campo dos inimigos. Ao ver os sentinelas, ela lhes disse que fugia de Betulia para se avistar com Holofernes.
Pediu ao general que a deixassem actuar e que cada noite lhe permitisse ir ao campo a orar. Lhe disse que não havia inconveniente. Se enamorou dela nesse instante. Mandou fazer uma grande festa em que se emborrachou. Uma vez que ficou sozinha, com ele, pegou numa espada e cortou-lhe a cabeça. Actuou em consciência. Entre dois males, elegeu o menor. Todos foram a felicitá-la. E lhe disseram: "Tu és a glória de Jerusalém, o orgulho de Israel. Bendita sejas pelo Senhor Omnipotente por todos os séculos. Ámen".
¡Felicidades às Judith!
Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">fsantossdb@hotmail.com

Sabino, Santo
Mártir, Dezembro 30

Sabino, Santo

Sabino, Santo

Mártir

Etimologia: Sabino = Nativo nas Sabinas (antigo povo da Itália Central). Vem da língua latina.
Este mártir é de época incerta. Ao ler sua “Paixão” o teatro para dá-lo a conhecer, se fala que o imperador ordenou a Venustiano que se apresentasse ante o tribunal Sabino, que era bispo de Assis.
¿Porquê e com que direito dizes ao povo que deixe nossos deuses para adorar a um homem morto?
Saiba, contestou Sabino, que Cristo, depois de morrer, ressuscitou ao terceiro dia.
Podes eleger entre adorar a nossos deuses ou morrer. E a ver se ressuscitas como Cristo, teu mestre.
Venustiano
ordenou que lhe fossem cortando as mãos e o levassem assim para a cadeia.
Nela devolveu a vista a um cego. O próprio governador foi a ver se era verdade.
E não somente lhe curou a vista, mas também a alma enquanto que o curado lhe pediu que o baptizasse porque queria ser cristão.
E não somente a ele mas também a sua mulher e filhos. Uma vez que chegou a Roma a notícia de que se haviam convertido, mudou o governador e o encarregou que acabasse com o bispo e com o governador.
Tudo isto é fruto da “Paixão”, escrita no século V ou VI. Mas o claro é que são Sabino é um mártir autêntico, ainda que saibamos pouco de sua vida.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários ao P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

Margarita Colonna, Beata
Monja, Dezembro 30

Margarita Colonna, Beata

Margarita Colonna, Beata

Monja

Martirológio Romano: Em Palestrina, de Lacio, beata Margarita Colonna, virgem, que preferiu às riquezas e deleites do século a pobreza por Cristo, a quem serviu professando a Regra de santa Clara (1280).
Etimologia: Margarita = Aquela de beleza pouco comum, é de origem latina.
Margarita nasceu em 1255, em Palestrina, filha de Odón, dos Príncipes Colonna, e de Mabilia ou Magdalena Orsini, que tinham outros dois filhos: Juan e Giacomo (Santiago). Corria nela, portanto, o sangue de duas das mais poderosas famílias romanas, protagonistas de excepção da história da cidade de Roma, com fases de paz e fases de enfrentamentos. Palestrina era a praça forte da família. As grandes famílias romanas estavam estreitamente unidas ao papado e à cúria, e os Colonna. Em 1212 havia sido legado pontifício para a V Cruzada Juan Colonna, cardeal de Santa Práxedes. Foi ele quem trouxe a Roma desde Oriente a coluna a que, segundo a tradição, esteve atado Jesus durante a flagelação, e que ainda se conserva na igreja de que ele foi titular.
Os anos em que viveu Margarita foram tumultuosos e complicados para a Igreja. A sede papal ficou vacante durante 20 anos, o período mais longo da história. Os pontificados dos papas que saiam do conclave eram demasiado breves, e isso prejudicava sua autoridade e prestigio, tão necessários para manter o equilíbrio entre as pretensões de França e do Império germano sobre o território italiano.
Desde la más tierna infancia había sido educada por su madre en las virtudes cristianas por su madre, que había conocido a san Francisco en la casa de su hermano Mateo, tío de Margarita. Pero ella y sus hermanos quedaron pronto huérfanos, primero de padre, y luego de madre. Quedó bajo la tutela de su hermano Juan, dos veces senador de Roma, quien le preparó un matrimonio prestigioso y conveniente para las alianzas nobiliarias, mas ella sólo deseaba ser esposa virginal de Jesucristo.
El 6 de marzo de 1273, apoyada por su otro hermano, el cardenal Giacomo Colonna, se retiró con otras dos jóvenes piadosas en la iglesia de Santa María de la Costa, en el Monte Prenestino, hoy llamado Castel San Pietro, encima de Palestrina, donde fundaron una comunidad religiosa, sin aprobación canónica. Vistió el sayo de las damianitas, bajo el cual llevaba un cilicio ceñido a sus carnes. Entre ayunos y penitencias pedía al Señor le concediese su mayor deseo: ser clarisa. Así vivió unos años, siendo un escándalo para su familia.
En 1278, siendo su hermano Juan senador de Roma, su otro hermano, Giacomo, fue nombrado cardenal por expreso deseo del papa Nicolás III (Giangaetano Orsini, también pariente de Margarita). La elección no se obedeció solamente al hecho de pertenecer a una familia importante. El joven Giacomo era un verdadero creyente y amaba a Cristo, de modo que tomó consigo a su hermana y la llevó a Roma, para orar juntos ante los sepulcros de san Pedro y san Pablo. Fue el comienzo de una nueva etapa en la vida de Margarita, pues su ejemplo despertó el interés de otras mujeres, interesadas en dedicar enteramente su vida, como ella, al servicio de Cristo.
Hacía sólo 20 años que había muerto santa Clara, y su ideal de vida y el de Francisco atraía a multitud de personas de toda condición social. A petición de Margarita, el ministro general de los frailes menores fray Jerónimo Masci, futuro papa Nicolás IV, le permitió entrar en el monasterio de santa Clara de Asís, pero los planes del Señor eran otros, y una enfermedad se lo impidió. Pensó entonces en retirarse con sus compañeras en el convento de la Méntola sobre el monte Guadagnolo, entre Palestrina y Tívoli), donde se veneraba una imagen de la Virgen a la que le tenía mucha devoción, pero era un feudo del conde de Poli, que no veía con buenos ojos a una Colonna en su territorio. Fue por eso que, al poco tiempo, se trasladó a Roma, y pasó largo tiempo como huésped de una noble muy piadosa y generosa, llamada Altrudis, apodada “de los pobres” por aquellos a quienes ella había dado sus bienes. Hasta que, en 1278, con ayuda de su hermano cardenal, regresó al monte Prenestrino, junto a su ciudad natal, para fundar monasterio donde se viviera pobremente y se alabara al Señor día y noche.
Ella misma se ocupó de la formación de sus compañeras; pero su caridad se extendía más allá, hasta los enfermos y pobres de la comarca. Cada año, para la fiesta de San Juan Bautista, del que era muy devota, organizaba para ellos una comida. Cuenta la tradición que, en cierta ocasión, se presentaron Jesús y el Bautista a su mesa, pero desaparecieron cuando los reconoció Margarita. Toda su rica dote fue a parar a manos de los pobres y enfermos. Una vez agotado su rico patrimonio personal, no permitió que sus hermanos le ayudasen, sino que prefirió vivir como franciscana, y no le importó recurrir a la “Mesa del Señor”, pidiendo limosna de puerta en puerta, para continuar su obra en favor de los pobres.
Practicó de manera heroica todas las virtudes, edificando al pueblo con la oración asidua y el ejemplo de una caridad heroica. Con ocasión de una epidemia, Margarita se hizo “toda para todos” asistiendo maternalmente a los hermanos enfermos y corrió también en ayuda de los franciscanos de Zagarolo. Otra vez acogió en casa a un leproso de Poli, comiendo y bebiendo en el mismo plato y, en un ímpetu de amor, besó aquellas repugnantes llagas. Sería demasiado prolijo recordar todas las manifestaciones de la intensa vida mística de Margarita: la observancia escrupulosa de la regla de Santa Clara, el amor a la pobreza, la continua unión con Dios, los éxtasis, las efusiones de lágrimas, las frecuentes visiones celestiales, el matrimonio místico con el Señor, quien se le apareció colocándole un anillo en el dedo y una corona de lirios sobre la cabeza y le imprimió la llaga del corazón.
Durante siete años sobrellevó pacientemente una herida ulcerosa en el costado, como si llevara una llaga de la pasión de Jesucristo. Aún no había cumplido los 30 años cuando murió al alba del 30 de diciembre de 1284, a causa de la úlcera y de unas fiebres altísimas. Su muerte fue en todo digna de una perfecta hija de San Francisco, el cual por amor de dama pobreza quiso morir desnudo sobre la desnuda tierra. La noche de Navidad se le había aparecido la Virgen con el Niño en brazos, y la dejó en un estado de profunda exaltación. Después que hubo recibido el viático y la unción de los enfermos, pidió a su hermano el cardenal Giacomo, que la colocaran en tierra, deseando morir pobre como Jesús y el Seráfico Padre San Francisco. Fue complacida, pero sólo por un breve espacio de tiempo, porque estaba demasiado extenuada. Por último pidió que le dieran el crucifijo: habiéndolo besado con intenso afecto, lo mostró a sus hermanas, exhortándolas a amarlo con todas sus fuerzas. Se adormeció un poco y luego volviendo en sí exclamó con vigor: “He ahí a la santísima Trinidad que viene, adoradla!”. Luego, cruzados los brazos sobre el pecho, y fijando los ojos en el cielo, expiró serenamente.
Los funerales se desarrollaron el mismo día, en la iglesia de San Pietro sul Monte Prenestino con gran concurso de pueblo y de todos los franciscanos de la zona. El sepulcro de Margarita se convirtió enseguida en meta de peregrinos, que recibían gracias por su intercesión. Cuando el papa Honorio IV autorizó en 1285 el traslado de su comunidad de clarisas al monasterio de San Silvestre in Cápite de Roma, éstas se llevaron consigo el cuerpo de la beata, que permaneció allí hasta el año 1871. Hoy sus reliquias se veneran en la iglesia de Castel San Pietro, donde la semilla sembrada por Margarita hace más de siete siglos sigue aún viva, gracias a las clarisas del monasterio de Santa María de los Ángeles.
Sus primeros biógrafos fueron su hermano Juan y la primera abadesa de San Silvestre. Pío IX aprobó su culto el 17 de septiembre de 1847. Pocos años antes el papa Gregorio XVI había dispuesto que los Colonna y los Orsini eran las únicas familias con el privilegio exclusivo de Príncipes asistentes de la sede pontificia.
Margarita representa para el mundo una delicadísima figura de mujer en quien las dotes naturales de inteligencia, fascinación y sensibilidad, unidas al realismo y a la dignidad de su hogar, se insertan en el robusto árbol de la espiritualidad franciscana. Su vida brilla como un arco iris de paz en la historia tormentosa de su tiempo.

ORAÇÃO
Oh Dios, que has hecho admirable
en el desprecio de los bienes terrenos
a la Beata virgen Margarita,
ardiente de amor por ti:
concédenos, por su intercesión,
permanecer siempre unidos solamente a ti
mientras cargamos con nuestra cruz.
Derrama sobre nosotros, Señor,
el espíritu de santidad
que concediste a la Beata Margarita Colonna,
para que podamos conocer el amor de Cristo,
que supera todo conocimiento,
y gozar de la plenitud de la vida divina.
Por Cristo nuestro Señor.
Amén.

 

João (Giovanni) Maria Boccardo, Beato
Presbítero e Fundador, Dezembro 30

Juan (Giovanni) Marìa Boccardo, Beato

Juan (Giovanni) Maria Boccardo, Beato

Presbítero y Fundador

Martirológio Romano: No povo de Pancalieri, perto de Turim, em Itália, beato Juan María Boccardo, presbítero, o qual, trabalhando infatigavelmente no cuidado dos anciãos e enfermos, fundou a Congregação de Irmãs dos Pobres Filhas de São Cayetano (1913).
Nascido em 1848 dedicou sua vida a assistir aos enfermos durante a epidemia de cólera de 1884.
Foi Pároco de Pancalieri, ao norte de Itália, fundou a congregação religiosa das Pobres Filhas de São Cayetano.
Don Giovanni Maria Boccardo fue un hombre de profunda espiritualidad y, a la vez, un apóstol dinámico, promotor de la vida religiosa y del laicado, siempre atento a discernir los signos de los tiempos. Escuchando, en la oración, la palabra de Dios, maduró una fe vivísima y profunda. Escribió: «Sí, Dios mío, lo que quieres tú, lo quiero también yo».
Y ¿qué decir de su infatigable celo en favor de los más pobres? Supo acercarse a todas las miserias humanas con el espíritu de san Cayetano de Thiene, espíritu que infundió en la congregación femenina que fundó para el cuidado de los ancianos y los enfermos, y para la educación de la juventud. Hizo suya la invitación evangélica: «Buscad primero el reino de Dios y su justicia» (Mt 6, 33).
Como el santo cura de Ars, del que era devoto, indicó a sus parroquianos, con su palabra y sobre todo con su ejemplo, el camino del cielo. El día de su ingreso en Pancalieri como párroco, dijo a los fieles: «Vengo aquí, queridos hermanos, para vivir como uno de vosotros, como vuestro padre, vuestro hermano y vuestro amigo, y para compartir con vosotros las alegrías y las penas de la vida (...). Vengo como servidor de todos, y cada uno podrá disponer de mí, y yo me consideraré siempre dichoso y feliz de poderos servir, buscando sólo hacer el bien a todos».
Se declaraba siempre hijo devoto de la Virgen, y a ella recurría con constante confianza. A una persona que le preguntó: «¿Es tan difícil ganar el Paraíso?», le respondió: «Sé devoto de María, que es su "puerta", y entrarás». Su ejemplo sigue vivo en la memoria de la gente, que a partir de hoy puede invocarlo como intercesor en el cielo.
Muriò el 30 de Diciembre de 1913, y beatificado por Juan Pablo II el 24 de Mayo de 1998, durante la celebraciòn del V Domingo de Pascua en su visita apostòlica a Turín.

Eugénia Ravasco, Beata
Virgem e Fundadora, 30 de Dezembro

Eugenia Ravasco, Beata

Eugenia Ravasco, Beata

Fundadora do Instituto das Irmãs dos Sagrados Corações de Jesus e Maria

Martirologio Romano: En Génova, de la Liguria, en Italia, beata Eugenia Ravasco, virgen, que fundó el Instituto de las Hermanas Hijas de los Sagrados Corazones de Jesús y María, a las que encomendó la educación de niñas y el cuidado de enfermos y de la infancia menesterosa (1900)
Etimología: Eugenia = Aquella de noble cuna, es de origen griego.
Nació en Milán el 4 de Enero de 1845, la tercera, entre seis hijos del banquero genovés Francisco Mateo y de la noble Carolina Mozzoni Frosconi.
Fue bautizada en la Basílica de Santa María de la Pasión, con los nombres de Eugenia, María. La familia, acomodada y religiosa, le ofreció un ambiente rico de afecto, de fe y educación refinada.
Luego de la muerte prematura de dos hijos pequeños y de su joven esposa, el padre regresó a la Ciudad de Génova, llevando consigo al primogénito, Ambrosio y a la menor, Elisa, quien contaba apenas año y medio de edad.
Eugenia permaneció en Milán con la hermanita Constancia, confiada a los cuidados de la tía Marieta Anselmi, quien, como verdadera madre, la acompañó en su crecimiento, educándola con amor pero también con firmeza. Eugenia, vivaz y expansiva, en su infancia la consideró su verdadera madre y demostró hacia ella un afecto muy tierno.
En 1852 decidieron fuera a vivir a Génova con su familia. La separación de su tía le causó un dolor muy hondo, a tal punto que enfermó. En Génova, desde entonces su ciudad adoptiva, encontró nuevamente a su padre y a los dos hermanos; conoció al tío Luis Ravasco, quien tanto aportó a su formación; a la tía Elisa Parodi y a sus diez hijos con quienes convivió durante algún tiempo. De manera especial se encariñó a su hermana menor, Elisa, reservada y sensible, estableciendo con ella una profunda sintonía espiritual.
Al cabo de tres años, en marzo de 1855, falleció también su padre. Luis Ravasco, banquero y cristiano convencido, se responsabilizó de los tres sobrinos huérfanos cuidando de su formación: confió a una Institutriz cualificada las dos niñas. Eugenia de carácter vivaz y exuberante sufrió bastante bajo el régimen severo adoptado por la señora Serra, pero supo aceptarlo con docilidad.
El 21 de junio de 1855, en la Iglesia de San Ambrosio (hoy Iglesia “de Jesús”) en Génova, a los 10 años, recibió la primera Comunión y la Confirmación luego de una atenta preparación realizada por el Canónigo Salvador Magnasco. Desde ese día se sintió atraída por el misterio de la presencia Eucarística, de tal manera que no pasaba delante de ninguna Iglesia sin entrar para adorar el SSmo. Sacramento. El culto a la Eucaristía es en efecto uno de los goznes de su espiritualidad, junto al culto de los Corazones de Jesús y de María Inmaculada. Movida por una compasión connatural hacia los que sufren, desde su adolescencia donó abundantemente y de todo corazón a los necesitados, muy contenta de hacer sacrificios personales para lograrlo. En diciembre de 1862, la joven Eugenia perdió también el apoyo del tío Luis, quien había sido para ella más que padre. Recibió de Él no solamente la herencia moral de grande rectitud, coherencia cristiana y gran liberalidad hacia los pobres, sino también la responsabilidad de la familia, ahora en las manos de administradores no siempre fieles. No se acobardó. Confiando en Dios y aconsejada por el canónigo Magnasco, futuro Arzobispo de Génova, y por sabios abogados, tomó las riendas de los negocios de familia. Lamentablemente no logró salvar al hermano del camino extraviado por el que estaba marchando y que lo llevó a un extremo degrado moral y físico. Fue éste uno de los mayores sufrimientos para la Madre y una grande prueba para su Fe. En este mismo período la tía Marieta inició los preparativos para conseguir para la sobrina un brillante porvenir de esposa. Pero Eugenia oraba ardientemente en su corazón, para que Dios le mostrara el verdadero camino por donde deseaba llevarla. Tenía aspiraciones más elevadas. El 31 de mayo de 1863, en la Iglesia de Sta. Sabina en Génova, en donde entrara para saludar a Jesús Eucarístico, mediante las palabras del Misionero P. Jacinto Bianchi, quien estaba en ese momento dirigindose a los fieles, Eugenia Ravasco recibió la invitación divina a “consagrarse para hacer el bien por amor al Corazón de Jesús”. Fue el acontecimiento que iluminó su futuro y cambió su vida. Bajo la guía del Director espiritual, ella se puso sin reservas a disposición de Dios, consagrándole a Él, a su gloria y al bien de las almas, sus energías de inteligencia y de corazón y el patrimonio heredado de los suyos: “Este dinero —acostumbraba repetir— no es mío, sino del Señor, yo soy solamente la depositaria” (cfr. Positio C.I., 70)
Soportó con fortaleza las protestas de los parientes, las críticas y el desprecio de las damas de su misma clase social e inició con valor a “hacer el bien” a su alrededor. Dio clases de catecismo en su Parroquia, N.S. del Carmen; colaboró con las Hijas de la Inmaculada en la Obra de S. Dorotea, como asistenta de las niñas del barrio, enseñó costura y bordado. Como “Dama de Caridad” de S. Catalina en Portoría, asistió a los enfermos en el Hospital de Pammatone y de los Crónicos; visitó a los pobres en sus casas, llevando el consuelo de su caridad. Sentía una grande pena viendo a tantos niños y jovencitas abandonados a sí mismos, en medio de toda clase de peligros y totalmente ignorantes de las cosas de Dios.
El 6 de diciembre de 1868, a los 23 años, fundó la Congregación religiosa de las Hijas de los Sagrados Corazones de Jesús y de María, con la misión de hacer el bien especialmente a la juventud. Se iniciaron así las escuelas, la enseñanza del catecismo, las asociaciones, los oratorios; el proyecto educativo de la Madre Ravasco consistía en educar a los jóvenes y formarlos a una vida cristiana activa y abierta, para que fueran “honestos ciudadanos en medio de la sociedad y santos en el cielo”; educarlos a los valores trascendentes y al mismo tiempo a la lectura de los acontecimientos en perspectiva histórico-salvífica. Les propuso la santidad como meta de la vida.
En 1878, en un período de abierta hostilidad a la Iglesia y de laicización de la vida social, Eugenia Ravasco, atenta a las necesidades de su tiempo, dio inicio a una Escuela Normal femenina, con la finalidad de darle a las jóvenes una instrucción orientada cristianamente y de preparar “maestras cristianas” para la sociedad. Para llevar a cabo esta obra, pupila de sus ojos, se enfrentó con fortaleza y confiando en Dios sólo, a los ataques venenosos de la prensa de opinión laicista.
Encendida de caridad ardiente a imitación del Corazón de Jesús y animada por la voluntad de ayudar a su prójimo, de acuerdo con los Párrocos, organizó Ejercicios Espirituale, Retiros, Ceremonias religiosas y Sagradas Misiones Populares, hallando un grande consuelo viendo a muchos corazones que retornaban a Dios para encontrar su misericordia mediante la oración, el canto litúrgico y los Sacramentos. Oraba: “Corazón de Jesús, concededme porder hacer este bien y niguno otro, en todas partes”.
Soñaba con poder ir a Misiones, pero ello no se concretizó sino después de su fallecimiento. Promovió el culto del Corazón de Jesús, de la Eucaristía, del Corazón Inmaculado de María; organizó Asociaciones para las Madres de Familia, tanto pobres como acomodadas; a estas últimas propuso ayudar a las jóvenes necesitadas y proveer a las Iglesias pobres. Alcanzó con su caridad a los moribundos, encarcelados, los lejanos de la Iglesia. Vivió de fe, de oración, de sufrimiento, de abandono en la Voluntad de Dios.
En 1884, junto con otras cohermanas, Eugenia Ravasco hizo su Profesión Perpetua. Siguió entregada al desarrollo y fortalecimiento del Instituto, el cual, aprobado por la Iglesia Diocesana en 1882, obtendrá la aprobación pontificia en 1909. Fundó algunas Casas Filiales que visitó no obstante su poca salud. Guió la Comunidad con amor, prudencia y la mirada hacia el futuro, considerándose la última de las hermanas. Trabajó para mantener encendida en sus hijas la llama de la caridad y grande celo para la salvación del mundo, proponiéndoles como modelos los Corazones SS.mos de Jesús y de María. “Arder en el deseo del bien ajeno, especialmente de la juventud” fue su ideal apostólico; “Vivir abandonada en Dios y en las manos de María Inmaculada” fue su programa de vida.
Purificada por la prueba de la enfermedad, de la incomprensión y del aislamiento dentro de la misma Comunidad, Eugenia Ravasco nunca desistió de actuar con pasión evangélica para la salvación de las almas, especialmente de la juventud de toda edad y condición social. En 1892, un año después de la Encíclica “Rerum Novarum” de S.S. el Papa León XIII, quiso construir un edificio en la plaza de Carignano, en Génova, para hacer de él la “Casa de las Obreras”: las jóvenes, quienes trabajaban en las fábricas y en los talleres de artesanía, hallarían en el un hogar seguro y la posibilidad de una formación cristiana. En 1898, para las jóvenes que trabajaban a servicio de las familias, fundó la Asociación de Sta. Zita; al mismo tiempo construyó el “pequeño teatro” para los momentos recreativos de las jóvenes del Oratorio y de las numerosas Asociaciones que estaban organizadas en el Instituto, convencida de que la alegría es la atmósfera educativa más eficaz: “Estad alegres —acostumbraba repetir— divertios, pero santamente...” y a las religiosas: “Vuestro gozo atraiga otros corazones para alabar a Dios” (de sus escritos).
Consumida por la enfermedad Eugenia Ravasco falleció en Génova en vísperas de cumplir sus 56 años de vida, en la Casa Madre del Instituto, en la madrugada del 30 de diciembre de 1900.
“Os dejo a todas en el Corazón de Jesús” fueron sus palabras de despedida de las hijas y de sus queridas jóvenes.
En 1948 S. E. Mons. José Siri, Arzobispo de Génova, da inicio al Proceso Diocesano. El 1 de julio del 2000, año Jubilar, el S. Padre Juan Pablo II reconoce la heroicidad de sus virtudes. El 5 de julio del 2002 el mismo S. Padre Juan Pablo II firma el Decreto de aprobación del milagro —la curación de la niña Eilen Jiménez Cardozo de Cochabamba (Bolivia)— obtenido por intercesión de Madre Eugenia Ravasco.
Fue beatificada el 27 de abril de 2003 por S.S. Juan Pablo II.

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Recolha, transcrição e tradução incompleta por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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