quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

6 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

 

Festa da Epifania ou Dia de Reis

Os pastores e reis do Oriente visitam a Jesus o Messias, levam-lhe presentes e o adoram com ouro, incenso e mirra.

Epifanía del Señor

Festa da Epifania ou Dia de Reis

Origem da festa:
Em 6 de Janeiro celebrava-se desde tempos imemoriais no Oriente, mas com um sentido pagão: No Egipto e Arábia, durante a noite de 5 para 6 de Janeiro se recordava o nascimento do deus Aion. Criam que ele se manifestava especialmente ao renascer o sol, no solstício de inverno que coincidia com 6 de Janeiro. Nesta mesma data, se celebravam os prodígios do deus Dionísio em favor de seus devotos.
A festa da Epifania substituiu os cultos pagãos de Oriente relacionados com o solstício de inverno, celebrando esse dia a manifestação de Jesus como Filho de Deus aos sábios que vieram de Oriente a adorá-lo. A tradição passou ao Ocidente em meados do século IV, através do que hoje é França.
A história dos Reis Magos se pode encontrar em São Mateus 2, 1-11.
Depois de haver nascido Jesus em Belém de Judeia, no tempo do Rei Herodes, uns magos de Oriente se apresentaram em Jerusalém dizendo: ¿onde está o que há nascido, o Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e vimos a adorá-lo.
Ao ouvir isto, o Rei Herodes se pôs muito preocupado; então chamou a uns senhores que se chamavam Pontífices e Escribas (que eram os que conheciam as escrituras) e perguntou-lhes o lugar do nascimento do Messias, do Salvador que o povo judeu esperava fazia muito tempo.
Eles responderam:

Em Belém de Judá, pois assim está escrito pelo Profeta:
E tu, Belém terra de Judá
de nenhum modo é a menor
entre as principais cidades de Judá
porque de ti sairá um chefe
que será o pastor de meu povo Israel


Então Herodes, chamando aparte os magos, enviou-os à cidade de Belém e disse-lhes: Vão e informem-se muito bem sobre esse Menino; e quando o encontrem, avisem-me para que eu também vá a adorá-lo. Os Reis Magos saíram e a estrela que haviam visto no Oriente, ia diante deles até que foi parar sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela, sentiram uma grande alegria.
Entraram no casebre e viram o Menino com Maria sua mãe. Se ajoelharam e o adoraram. Abriram seus tesouros e lhe ofereceram presentes
: ouro, incenso e mirra. Logo depois, havendo sido avisados em sonhos que não voltassem a Herodes, (pois ele queria encontrar o Menino para o matar), regressaram a seu país por outro caminho.”

Podemos aproveitar esta festa da Igreja para reflectir nos ensinamentos que nos dá este passagem evangélica:
* Os magos representam a todos aqueles que buscam, sem se cansar, a luz de Deus, seguem seus sinais e, quando encontram a Jesus Cristo, luz dos homens, lhe oferecem com alegria tudo o que têm.
* A estrela anunciou a vinda de Jesus a todos os povos. Hoje em dia, o Evangelho é o que anuncia a todos os povos a mensagem de Jesus.
* Os Reis Magos não eram judeus como José e Maria. Vinham de outras terras longínquas (de Oriente: Pérsia e Babilónia), seguindo a estrela que os levaria a encontrar o Salvador do Mundo. Representam a todos os povos da terra que desde o paganismo têm chegado ao conhecimento do Evangelho.
* Os Reis Magos deixaram sua pátria, casa, comodidades, família, para adorar o Menino Deus. Perseveraram apesar das dificuldades que se lhes apresentaram. Era um caminho longo, difícil, incómodo, cansativo. O seguir a Deus implica sacrifício, mas quando se trata de Deus qualquer esforço e trabalho vale a pena.
* Os Reis Magos tiveram fé em Deus. Acreditaram ainda que não o veriam, ainda que não o entendessem. Talvez eles pensassem encontrar a Deus num palácio, cheio de riquezas e não foi assim, mas que o encontraram num presépio e assim o adoraram e lhe entregaram os seus presentes. Nos ensinam a importância de estar sempre pendentes dos sinais de Deus para os reconhecer.
Os Reis Magos foram generosos ao ir ver a Jesus, não chegaram com as mãos vazias.

Levaram-lhe:

· OURO: que se dá aos reis, já que Jesus havia vindo de parte de Deus, como rei do mundo, para trazer a justiça e a paz a todos os povos;

· INCENSO: que se dá a Deus, já que Jesus é o filho de Deus feito homem;

· MIRRA: que se untava aos homens escolhidos, já que adoraram a Jesus como Homem entre os homens.

Isto nos ajuda a reflectir na classe de presentes que nós oferecemos a Deus e a reconhecer que o importante não é o presente em si, mas sim o saber dar-se aos outros. Na vida devemos buscar a Deus sem nos cansarmos e oferece-lhe com alegria tudo o que temos.
* Os Reis Magos sentiram uma grande alegria ao ver o Menino Jesus. Souberam valorizar o grande amor de Deus pelo homem.
* Devemos ser estrela que conduza aos outros até Deus.


Significado da festa:
Antes da chegada do Senhor, os homens viviam em trevas, sem esperança. Mas o Senhor veio, e é como se uma grande luz houvesse amanhecido sobre todos e a alegria e a paz, a felicidade e o amor houvesse iluminado todos os corações. Jesus é a luz que veio a iluminar e transformar a todos os homens.
Com a vinda de Cristo se cumpriram as promessas feitas a Israel. Na Epifania celebramos que Jesús veio a salvar não só a Israel mas a todos os povos.
Epifania quer dizer "manifestação", iluminação. Celebramos a manifestação de Deus a todos os homens do mundo, a todas as regiões da terra. Jesus veio para revelar o amor de Deus a todos os povos e ser luz de todas as nações.
Na Epifania celebramos o amor de Deus que se revela a todos os homens. Deus quer a felicidade do mundo inteiro. Ele ama a cada um dos homens, e veio salvar a todos os homens, sem se importar de sua nacionalidade, sua cor ou sua raça.
É um dia de alegria e agradecimento porque ao ver a luz do Evangelho, saímos ao encontro de Jesus, o encontramos e lhe rendemos nossa adoração como os magos.

Origem da Rosca de Reis

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Depois dos Reis adorarem a Jesus, um anjo os avisou de que não regressassem onde estava Herodes e eles regressaram por outro caminho. Herodes ao inteirar-se que havia nascido o Rei que todos esperavam, teve medo de perder seu posto e mandou matar a todos os meninos menores de dois anos entre os quais se encontraria o dito Rei.
A Sagrada Família fugiu para o Egipto e o Menino Deus se salvou, outras famílias esconderam aos bebés em vasilhas de farinha e assim não foram vistos e salvaram suas vidas. Desde então, os judeus comiam pão ázimo em 6 de Janeiro em que escondiam um boneco de barro recordando este acontecimento.
Os primeiros cristãos tomaram um pouco desta tradição e a misturaram com a história da visita dos Reis Magos para a celebração da Epifania: trocaram o pão ázimo por pão de farinha branca e levedura, cozida em forma de Rosca, adoçando-o com mel e adornando-o com frutos do deserto, como figos, tâmaras e algumas nozes.
Para os cristãos, a forma circular da rosca simboliza o amor eterno de Deus, que não tem princípio nem fim. Os confeitos são as distracções do mundo que nos impedem encontrar a Jesus.
O bonequito escondido dentro da rosca, simboliza ao Menino Jesus que os reis não encontravam porque a estrela desaparecia.
Este costume dos cristãos de Palestina chegou à Europa e posteriormente à América.
No México, o que encontra o bonequito da rosca se converte no centro da festa: se lhe põe uma coroa feita de cartão e coberta de papel dourado e se lhe dá a nomeação de “padrinho do Menino Jesus”.
O padrinho deverá vestir com roupas novas a imagem do Menino Jesus do nascimento e apresentá-lo na Igreja no dia 2 de Fevereiro, dia da Candelária.


Sugestões para viver esta festa

· Reflectir e responder às seguintes perguntas: ¿que presente vou dar a Jesus este ano que começa?; ¿que posso mudar para ser melhor?; que presentes vou a oferecer a Jesus?; ¿me encontro alegre porque Deus me ama?; ¿tenho é em Deus?; ¿sei viver na pobreza?; ¿sou generoso (com meu tempo, com minha pessoa, com os outros)?; ¿sei perseverar na minha vida espiritual apesar das dificuldades que se me apresentam?; ¿obedeço a Deus com prontidão?

· Recomendamos para as crianças, Os Magos de Ángel LLorente M.
Consulta também Os Magos de Oriente nem eram reis nem eram três
A epifania do Senhor: A Cidade Iluminada de Jesús Martí Ballester

 

Reis Magos
Janeiro 6  -  Melchior, Gaspar e Baltasar

Reyes Magos

Magos

Melchior, Gaspar e Baltasar
 

Etimologicamente significa” luz, manifestação”. Vem da língua grega.
Estás perante a festa mais antiga, inclusive antes que o próprio Natal. O inicio de sua celebração data do século III no Oriente e no Ocidente se adoptou no século IV.
Neste dia tem lugar a celebração de três factos memoráveis na história da salvação: adoração dos Reis Magos, o Baptismo de Jesus e o primeiro milagre de Jesus Cristo nas bodas de Canã, graças ao qual os discípulos acreditaram no Mestre.
Os Ocidentais aceitaram a festa no ano 400. Ainda que fale dos Magos, o rei principal é o Menino Jesus. Se diz no inicio da Missa: "Já vem o Senhor do Universo, em suas mãos está a realeza, o poder e o império. O verdadeiro rei a que devemos contemplar é ao pequeno Jesus".
O mistério da Epifania o sublinhava Mateus dizendo que os Magos vieram para destacar as profecias que falavam de seu nascimento, e a oferta de ouro, incenso e mirra é o reconhecimento implícito de sua realeza messiânica.
Os Magos para os orientais são gente douta; em língua persa, mago significa “sacerdote”. Mas a Bíblia, em geral, chama a estes Magos Reis estrangeiros.
É a festa da santa Epifania de nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo o que, de uma forma simples e admirável, se dá a conhecer aos Magos chegados de Oriente. Sua adoração é a chave deste dia.
Deseja a Igreja que a luz de hoje, seja o tema central do crente. Estão bem os presentes que se fazem às crianças e aos mais velhos.
Mas o fundamental não deve deixar-se apartado para dar passagem ao mais festivo, alegre e superficial.
¡Felicidades aos Reis Magos e aos que levem os nomes de Melchior, Gaspar e Baltasar!
O prazer dos banquetes não há que o medir pela quantidade das viandas mas pela reunião de amigos e a conversação” (Cícero).

Rita Amada de Jesús (Rita LOPES de Almeida), Beata
Janeiro 6   -  Fundadora

Rita Amada de Jesús (Rita López de Almeida), Beata

Rita Amada de Jesus (Rita Lopes de Almeida), Beata

Fundadora do
Instituto de Religiosas de Jesus, Maria e José

Rita Amada de Jesus nasceu em 5 de Março de 1848, num pequeno povoado da paróquia de Ribafeita, Diocese de Viseu, Portugal. Poucos dias depois foi baptizada com o nome de Rita Lopes de Almeida.
Cresceu num ambiente familiar de muita piedade, onde nas noites se fazia leitura espiritual. Desde sua meninice demonstrou uma devoção especial a Jesus Sacramentado, à Santíssima Virgem e a São José, assim como muito carinho pelo Santo Padre, que  nesse tempo se encontrava em exílio. 
A Igreja em Portugal continuava a ser perseguida por parte da Maçonaria, que se apoderou dos bens eclesiásticos, encerrou os Seminários, e Casas de Religiosos. Aos Institutos de Religiosas, proibiu a admissão de Noviças. Bispos e sacerdotes provenientes de famílias de alto nível económico foram objecto também de ataques. Devido a isto não podiam dedicar-se ao seu ministério completamente, já que tinham que se defender. Tudo isto debilitou em parte a Igreja. 
Mas esta situação política não apagou a ânsia de uma autêntica vida cristã que a família de Rita experimentava, em especial seus Pais, assim como o desejo de a comunicar aos outros. Neste ambiente familiar Deus suscitou em Rita a vocação missionária, para libertar a juventude do indiferentismo religioso, e fomentar os valores morais, e assim com este apostolado pôde fortalecer a família.
Seu zelo apostólico fez dela uma itinerante. Ia de terra em terra e ensinava a orar. Através do Santo Rosário e outras oracões desejava despertar nos corações de quem a escutavam, a imitação de Nossa Senhora, Mãe de Deus.
Em seu apostolado buscava sempre as pessoas que levavam uma vida imoral, e fazia todo o possível para as resgatar do mal e conduzi-las a Deus. Este estilo radical de apostolado, a fez objecto de ameaças de morte. 
À oração uniu a penitência. Para levar a cabo este objectivo, logrou conseguir alguns “instrumentos de mortificação”, em suas visitas às Irmãs Beneditinas do Convento de Jesus a Viseu.
Neste tempo, com a ajuda de seu Confessor, pôde discernir que Deus a chamava à Vida Consagrada. Nesta Época não era possível entrar em nenhum Instituto, devido a que as leis maçónicas proibiam a entrada de noviças. Portanto, Rita seguiu no “mundo”, entregue ao apostolado e às práticas de mortificação, com a esperança de poder consagrar-se a Deus no futuro. Durante este tempo recusou pretendentes, alguns deles ricos, pois segundo ela já havia feito sua consagração a Deus no íntimo de seu coração.
Sua consagração a Deus a levou à prática frequente da Comunhão Reparadora, que fomentou seu fervor Eucarístico, e à devoção ao Sagrado Coração. Deus fez dela um verdadeiro apóstolo concedendo-lhe uma paixão pela salvação das almas.
Colaborando com o apostolado de Rita, seus pais chegaram a albergar em casa mulheres muito desejosas de conversão.
Como aos 20 anos de idade, seu desejo de se consagrar a Deus aumentou consideravelmente. Compartilhou com seus pais este seu grande desejo. Não obstante a fé e vida exemplar cristã de seus pais, eles não aprovaram a sua decisão. Rita não desistiu, ao contrário, continuou nutrindo a esperança de o realizar. E com a idade de 29 anos logrou entrar numa Congregação.
Esta congregação era a única que existia em Portugal porque era estrangeira, e se dedicava só a ajudar aos pobres. Mas como o carisma deste Instituto era diverso do tipo de zelo apostólico que ardia em seu coração, Rita não se pôde identificar com ele.
O Director Espiritual da Comunidade, em quem Rita confiava plenamente, viu que a Vontade de Deus para ela, era: o receber e educar meninas pobres e abandonadas. Rita saiu deste Instituto, de origem francesa, com a idade de 32 anos.
De acordo com o Rev. P. Francisco Pereira, S.J. buscou os meios para se preparar e realizar sua futura e urgente missão. Rita era dotada de muitos dons e virtudes e de natureza piedosa, e só desejava cumprir a vontade de Deus.
Dócil a seu Director Espiritual, logrou vencer os conflitos político e religiosos e fundar um Colégio-Instituto de Jesus, Maria e José, na Paróquia de Ribafeita, com a espiritualidade da Sagrada Família, em 24 de Setembro, 1880.
Em breve tempo, este tipo de apostolado se estendeu a outras dioceses de Portugal. Nas dioceses de Viseu, Lamego e Guarda, as autoridades civis trataram sempre de o suprimir. Experimentou dificuldades de carácter económico, assim como com uma religiosa de seu Instituto.
Ainda mais, no ano 1910, se desencadeou uma feroz perseguição contra a Igreja. Todos os Institutos foram suprimidos, suas propriedades foram expropriadas incluindo o Instituto de Madre Rita, que conseguiu refugiar-se em sua terra natal. 
É aqui onde pouco a pouco logrou localizar suas religiosas dispersas devido à situação política, e reagrupá-las numa humilde casa de Ribafeita. Desde este lugar, enviou vários grupos delas ao Brasil, que perpetuaram o Carisma da Fundadora. Nesta forma seu Instituto pôde sobreviver.
Madre Rita, faleceu em 6 de Janeiro de 1913, em Casalmendinho (Paróquia de Ribafeita), em odor de santidade. Seu funeral, foi presidido pelo Vigário Geral da Diocese, e foi uma acção de graças a Deus pelo dom desta religiosa para a Igreja e ao mundo.
Foi beatificada em 28 de Maio de 2006.
Reproduzido com autorização de Vatican.va

Julián, Basilisa e companheiros, Santos
Janeiro 6  -  Mártires

Julián, Basilisa y compañeros, Santos

Julián, Basilisa e companheiros, Santos

Mártires

Martirológio Romano: Em Antinoe, da Tebaida (hoje Egipto), santos Julián e Basilisa, mártires (s. IV).

Etimologia: Julián = Aquele que pertence à família Júlia, é de origem latina.
Basilisa = aquela que reina, é de origem grega.


Nasceu são Julián em Antioquia, de pais cristãos, em fins do século terceiro.
Havendo-se desposado com uma honestíssima donzela chamada Basilisa, guardaram os dois, de comum acordo, perfeitíssima continência. Porque no mesmo dia da boda, a que havia concorrido a nobreza da cidade, estando os desposados em seu tálamo, se sentiu no aposento um odor suavíssimo de rosas e açucenas. Ficou maravilhada Basilisa daquela extraordinária fragrância e perguntou a seu esposo, que odor era aquele que sentia e de onde vinha, porque não era tempo de flores. Respondeu Julián: O odor suavíssimo que sentes é de Cristo, amador da castidade, a qual eu de sua parte te prometo, como prometi a Jesus Cristo, se tu consentires comigo e lhe ofereceres também tua virgindade. Respondeu Basilisa que nenhuma coisa lhe era mais agradável que imitar seu exemplo.
Pouco depois levou o Senhor para si aos pais de Julián e Basilisa, deixando-os herdeiros de suas fazendas riquíssimas; e eles começaram logo a gastá-las com larga mão em socorrer aos pobres.
Consagrou-se ele a instruir na religião cristã aos homens e ela às mulheres em diversas casas. Receavam por este tempo as perseguições de Diocleciano e Maximiano, mas Basilisa pôde livrar-se delas, e acabou sua vida santa e preciosa de morte natural.
Seu marido Julián foi quem alcançou a palma de um glorioso martírio.
O bárbaro governador Marciano mandou prender ao santo e arrasar sua casa e a Julián o passearam pela cidade carregado de cadeias, e precedido de um pregoeiro que dizia: Assim se hão-de tratar aos inimigos dos deuses e desprezadores das leis imperiais. Encerraram-no depois em obscuro e hediondo calabouço, a onde foram visitá-lo sete cavaleiros cristãos, que, com um sacerdote chamado António, foram também companheiros de seu martírio. Chegado o dia da execução, enquanto o governador, sentado em público tribunal, interrogava a Julián, acertaram a passar por ali uns gentios, que levavam a enterrar a um defunto.
Em tom de mofa lhe disseram que ressuscitasse ao morto. Então Julián, em nome de Jesus Cristo, o ressuscitou o que encheu a todos de grande espanto, e mais, quando ouviram que aquele homem ressuscitado, publicamente confessava a Jesus Cristo.
Atribuiu o governador tão estupendo sucesso à poderosa magia de Julián, e condenou ao ressuscitado aos mesmos suplícios. Encerraram-nos a todos em umas cubas acesas, mas os condenados saíram delas sem a menor lesão; atiraram-nos depois às feras do anfiteatro, e as feras não ousaram fazer-lhes dano algum. Finalmente, envergonhado o cruel tirano, os fez degolar, e assim entregaram neste dia suas almas puríssimas ao Criador.

Andrés Corsini, San
Janeiro 6   -  Bispo

Andrés Corsini, San

André Corsini, San

Bispo

Martirológio Romano: Em Fiesole, cidade da Toscana (hoje Itália), santo Andrés Corsini, bispo, da Ordem dos Carmelitas, que se distinguiu por sua austeridade e pela assídua meditação da Sagrada Escritura. Regeu sabiamente a Igreja que se lhe havia encomendado, repovoou os conventos vazios pela peste, prestou auxilio aos pobres e reconciliou os dissidentes (1373).
Andrés, da nobre família florentina de Los Corsini, nasceu em 1301. Antes de nascer, sua mãe disse que havia visto em sonhos a seu filho em figura de um lobo que se transformou logo em cordeiro. Parece que em sua juventude Andrés foi arrogante, ocioso e briguento, mas depois sentiu um chamamento irresistível para a mística paz do Carmelo.
Um tio tratou de o fazer voltar a casa com a promessa de um excelente matrimónio. Então respondeu: “¿De que me serviriam esses bens, se não tenho a paz de alma?”. Andrés levava debaixo do hábito um cilicio, que ainda hoje se conserva, e ia de porta em porta pedindo esmola, mesmo nas casas onde antes fazia festa com os amigos. Depois da ordenação sacerdotal foi enviado à universidade de Paris para completar seus estudos.
Regressou de Paris robustecido não só culturalmente, mas também no espírito. Seus biógrafos narram que durante a viagem de regresso fez algumas curas prodigiosas. Quando chegou a Florença, a cidade estava invadida pela epidemia de peste descrita por Boccaccio. Foi eleito superior provincial da Ordem em 1348, e dois anos depois foi eleito bispo de Fiesole, pois o anterior havia morrido de peste. Tratou de recusar o cargo, porque se considerava indigno, e por isso se escondeu num ermo longínquo, mas ali foi descoberto por um menino.
Andrés interpretou esse episódio como um convite à obediência, e aceitou a nomeação. Dirigiu a diocese de Fiesole durante 24 anos, nem sempre com a mansidão do cordeiro, porque seu rigor ascético e sua total entrega ao ministério pastoral nem sempre agradava aos que não tinham excessivo zelo no serviço do Senhor. Teve grande caridade para com os pobres. De sua obra como pacificador se beneficiaram não só os combativos toscanos, mas também a cidade de Bolonha, a onde o Papa Urbano V o enviou a pôr paz entre os cidadãos, que o premiaram com a cadeia. Morreu em 6 de Janeiro de 1373 e foi enterrado na igreja do Carmo de Florença. Foi canonizado em 1629.

Pedro Tomas, Santo
Janeiro 6 -  Bispo

 

Pedro Tomas, Santo

Pedro Tomás, Santo

Etimologicamente significa “ rocha e gémeo”. Vêm da língua hebraica.
Teve um desenvolvimento espiritual estupendo. Graças a ele pôde enfrentar com garantias tudo o que o esperava depois. Sem uma preparação a fundo no religioso, é muito difícil para um crente resolver tudo o que se lhe põe em cima, quando menos o pensa.

¿Que fez este jovem para ser santo?
Nada de particular. Soube viver em contínuo contacto com Deus, o eixo que dá vida a toda a pessoa de fé. Foi um mártir do século XIV. Se o nome de Pedro o criou Jesus para designar a primeira “pedra da Igreja”, desde então este nome é dos mais comuns à largura e ao comprimento das distintas línguas.
Foi um monge que em seu tempo chegou a ser bispo, arcebispo e patriarca. E se por si isto fosse pouco, também se lhe encomendaram altas e difíceis missões diplomáticas.
Veio ao mundo no inicio do século XIII num povo de Perigord. Como jovem de uma densa perseverança, se meteu a carmelita para, desta forma, observar melhor os conselhos evangélicos de celibato, obediência e pobreza.
Dadas suas qualidades, se converteu com os anos no Superior Geral da Ordem Carmelita e num dos membros mais qualificados da então Cúria Pontifícia.
O Papa Inocêncio IV o enviou a Génova como embaixador para que conseguisse que a paz entre a grandiosa cidade de Milão e a República de Veneza se fizessem realidade.
Após este êxito, o Papa o mandou por motivos muito distintos a que trabalhasse pela união entre a igreja ortodoxa e a romana.
Tanto foi seu êxito que, à sua volta, o nomearam legado universal para o Oriente e Patriarca de Constantinopla. Foi o Papa Urbano V.
O próprio rei de Chipre se lançou a levar a cabo uma cruzada contra os turcos. Ele se uniu a ela com a cruz, em lugar de com a espada.
Morreu em Famagusta, Chipre, em 6 de Janeiro de 1366.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Juan de Ribera, Santo
Janeiro 6  -   Bispo

 

Juan de Ribera, Santo

Juan de Ribera, Santo

São João nasceu em Sevilha em 27 de Dezembro de 1532.
Seus pais se chamavam Pedro e Teresa, família que se distinguia entre a nobreza por sua generosidade.
Enviaram a Juan a estudar a Salamanca, onde se converteu em discípulo de Vitória e de outros teólogos que brilhavam por sua vez em Trento.
Não tinha ainda 30 anos quando foi nomeado pelo Papa Pio IV Bispo de Badajoz, dedicando-se em pleno à santificação de suas ovelhas, enviando missionários por toda a diocese. 
Com a idade de 36 anos foi transferido para a sede de Valência, onde cedo advertiu as necessidades desta grande arquidiocese.
Ao santo, entre outras coisas, lhe tocou aplicar as reformas de Trento em sua jurisdição, assim como também a catequização dos mouriscos mas com poucos frutos, sendo estes expulsos em 1609 pelo rei Felipe III.
Frente a isto, São João foi nomeado vice-rei de Valência; o santo aceitou este cargo a rogos do rei, e Valência desfrutou longos anos de paz e de melhor administração da justiça.
San Juan percorreu várias vezes a diocese e entre 1570 e 1610 levou a cabo 2.715 visitas pastorais, e celebrou sete sínodos. Fundou o Colégio de Corpus Christi para a formação do clero e honrar solene ao Santíssimo Sacramento.
San Juan de Ribera faleceu em Janeiro de 1611.


Autor: n/a | Fuente: Arquidiocese de Madrid

Tão mal estavam as coisas em sua época que os hereges e os infiéis desfrutavam esperando a pronta dissolução da Igreja. Juan sentiu fervor pelos santos reformadores que o Espírito Santo suscitou, também  nesse tempo, para aliviar as penas de seu povo.
Nasce em Sevilha quando era a porta de entrada e saída para o Novo Mundo e pertence à melhor prosápia. Filho de dom Pedro Afán Enríquez de Ribera e Portocarrero, conde dos Molares, duque de Alcalá, Vice-rei de Nápoles e antes de Catalunha. Sua mãe, dona Teresa de los Pinelos, morreu muito cedo. A família, com seus títulos nobres, é conhecida na cidade por sua generosidade e amor aos pobres.
Estuda na Universidade de Salamanca quando o Claustro salmanticense vive um período áureo entre as lições de Vitória e os teólogos que têm muito que ver com Trento, porque são tempos nos que a infidelidade e a heresia se combatem com as espadas e com a pluma. Ali termina os estudos e tem cátedra.
O papa Pío IV o nomeia bispo de Badajoz, quando ainda não havia cumprido trinta anos; não há que olvidar que é filho do Vice-rei de Nápoles e essas coisas tinham muito peso por aquela altura. Dá começo a suas andanças como prelado enviando seis pregadores com São João de Ávila para preparar as almas à reforma que se postula desde Trento. Por sua parte, não fica quieto: prega com entusiasmo, se põe como um confessor mais no confessionário, visita e atende com os sacramentos aos enfermos e, às vezes, lhe toca dormir sobre sacos de estamenha. E até vende a louça de prata para remediar aos pobres. Escreve normas para a reforma da vida dos bispos, primeiras em Espanha em seu género. Para desgosto dos pacenses, lhes dura pouco este bispo como pastor.
Agora é Valência a que desfrutará de seu governo. O há precedido um santo que pôs as metas muito altas. Foi Santo Tomás de Villanueva, o frade que deu uma volta a Valência que por um século não desfrutou da presença de seus bispos. Lá vai João como Arcebispo, depois de haver deixado em Badajoz, repartidos entre os pobres, seus dinheiros, bens  alfaias. Madruga, reza, estuda, recebe a gente sem entraves nem excessos de respeito; é parco na comida, rompe frequentemente os modeles usuais da época, sendo suficiente em ocasiões os figos secos, uvas, ou frutas do tempo. Vai fazendo cópia de livros como intelectual sem remédio. A Missa lhe dura com frequência duas horas... e com lágrimas, depois de despedir ao acólito para estar a gosto com o Senhor depois da consagração e entrar em diálogo íntimo, pessoal e intenso. Soam as disciplinas e guarda os cilícios em lugar recôndito que sempre descobre seu perspicaz assistente.
A meta marcada no seu trabalho é pôr em marcha a reforma de Trento. Sofre o problema da abundante mourisca a que não conseguiu converter. Celebrou sete sínodos. As contínuas visitas pastorais são o cume de sua pastoral junto com a atenção a seu clero a que doutrina, anima, corrige ou admoesta, sempre dando-lhe exemplo. Burjasot o viu na sua praça explicando o catecismo às crianças. Em seu próprio palácio monta uma escola para os filhos dos nobres porque afirma que é bispo de todos: ali se formam bem os alunos, se educam, passam à universidade, ajudam nos pontificais; aquilo se parece pela piedade e os bons modos a um seminário e, de facto, saem da instituição cardeais, arcebispos e altos eclesiásticos.
Felipe III o faz Vice-rei de Valência e desde então as coisas marcham melhor, sobretudo a recta administração da justiça.
Fundou na cidade o Colégio e Seminário de Corpus Christi. E faleceu em seu amado colégio em  6 de Janeiro de 1611. Em Valência se festeja no dia 14 e em Badajoz em 19, ambos em Janeiro.
Com homens tão íntegros e apostólicos a Igreja superou o obstáculo de hereges e de infiéis. Não fez São João senão o que é próprio de um bispo, mas fazê-lo naquele tempo foi muito mérito.

Andrés (Alfredo) Bessette, Beato
Janeiro 6   -  Religioso

Andrés (Alfredo) Bessette, Beato

Andrew (Alfredo) Bessette, Beato

Foi um religioso canadiense, pertencente à Congregação de Santa Cruz
Nasceu no Quebec, em 29 de Novembro de 1846; morreu em Montreal, 6 de Janeiro de 1937.
Seu nome real foi Alfred Bessette.
Filho de uma família humilde e profundamente religiosa; seu pai era armador de carretas, sua mãe se dedicava a educar a seus dez filhos. Tinha nove anos de idade quando seu pai faleceu num trágico acidente de trabalho. Três anos mais tarde morre sua mãe. Trabalhou de sapateiro, padeiro, lavrador, ferreiro, e aos vinte e um años se foi para os Estados Unidos, onde trabalhou em ranchos e moinhos durante três anos.
Ingressou na Congregação de Santa Cruz em 1863 e fez seus votos religiosos em 1866. Se destacou não só por sua humildade, mas também por ser visionário (apareceu-lhe São José em 1900), místico e taumaturgo (tinha o dom de sarar doentes). Tantos foram seus milagres atribuídos em vida ao Irmão Andrés, que não foi isento de polémicas e de certos mal-entendidos que o afectaram emocionalmente.
Foi porteiro do convento de Montreal, e foi o gestor da construção da Basílica Oratório de São José, em 1904 e em que actualmente descansam seus restos.
Morreu em Montreal, em 6 de Janeiro de 1937, com a idade de 92 anos, e sua reputação de homem milagroso se estendeu universalmente, sendo beatificado pelo Papa João Paulo II em 23 de Maio de 1982.

Rafaela María del Sagrado Coração, Santa
Janeiro 6   -  Co-fundadora

Rafaela María del Sagrado Corazón, Santa

Rafaela Maria do Sagrado Coração, Santa

Co-fundadora da
Escravas do Sagrado Coração de Jesus

Rafaela María del Rosário Francisca Rudencinda Porras e Ayllón nasceu em Pedro Abad, Córdoba, em 1 de Março de 1850.
Era membro de uma família de onze irmãos e duas irmãs. Ao morrer os pais, as irmãs passaram um tempo nas clarissas de Córdoba.
Com a idade de 15 anos havia feito voto de castidade perpétua, e intensificou sua piedade e obras de caridade.
Com a ajuda de Mons. Ceferino González, a santa e sua irmã Dolores fundam o Instituto de Adoradoras do Santíssimo Sacramento e Filhas de Maria Imaculada, mas em pouco tempo muda-se junto com outras 16 religiosas para Madrid, onde se lhes concede a aprovação diocesana em 1877, e 10 anos mais tarde, o Papa Leão XIII aprova a Congregação com o nome de Escravas do Sagrado Coração de Jesus. 
Cedo se multiplicaram as fundações de novas casas: obras de apostolado e adoração reparadora. Na base de tudo estava a altíssima e contínua oração, que a M. Rafaela vivia e infundia em suas filhas, e suas heróicas virtudes, sobretudo a profundíssima humildade, tanto que alguém chamou a Madre "a humildade feita carne".
Sem embargo, surgem cedo as desconfianças, as incompreensões, o longo e absoluto olvido; graves dificuldades que surgiram no governo, a moveram a renunciar a favor de sua irmã Dolores. Durante 30 anos permaneceu em isolamento, realizando duros trabalhos e sofrendo pacientemente terríveis humilhações. 
No Ano Santo 1925, em 6 de Janeiro, faleceu.
Foi beatificada em 18 de Maio de 1952 e em 23 de Janeiro de 1977 o Papa Paulo VI a canonizou.
Em muitos Santorais é recordada em 6 de Janeiro e em outros em 18 de Maio.

 

 

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Recolha, transcrição e tradução (de espanhol para português) de António Fonseca

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

5 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

SANTOS DO DIA

5 DE JANEIRO DE 2010

Deogratias, Santo
Bispo, Janeiro 5

Deogratias, Santo

Deogratias, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Em Cartago, cidade do norte de África (hoje Túnis), são Deogratias (Diosgracias), bispo, que redimiu muitos cativos capturados pelos vândalos, oferecendo-lhes asilo em duas grandes basílicas dotadas de camas e leitos (457/458)..
Com o rei dos vândalos Genserico, filho ilegítimo de Godegiselo à frente, os bárbaros passam Hispânia e chegam até África. São arianos e frequentemente qualificados como gente cruel, dura, inclemente e devastadora.
Cartago foi invadida no ano 439 e ali é o lugar geográfico onde tem lugar o nosso relato de hoje. Os novos donos fazem segundo o costume uma limpeza geral entre a gente mais influente no povo; aos nobres não os matam, desterram-nos; os bispos são considerados igualmente como um poder digno de ter em conta na hora de assentar os territórios conquistados e os colocam para além das fronteiras por um pouco; os bens materiais de uns e outros são caçados e passam para outras mãos, porque para algo são as guerras. Já o bispo Quodvultdeus foi metido com outros num navio à deriva e colocados algures no meio do alto mar para morrer sem remédio. Deste modo, estiveram os fieis de Cartago sem pastor por catorze anos.
A rogos do imperador Valentiniano III permitiu Genserico que fosse mandado àqueles cristãos romanos um bispo; se chamava Deogracias e recebeu a consagração no ano 453. Um homem probo, limpo, sábio e santo.
Roma era um fruto sumamente apetecido para os bárbaros. Genserico lhe pôs sítio com o seu exército e a toma no ano 455. Cada rincão da Cidade Santa mostra nos catorze dias de saque as consequências da invasão bárbara; se vêem incêndios e há destruição por toda a parte. Os tesouros mudam de mão porque são o despojo e uma parte da população é levada cativa a África. Os prisioneiros se distribuem entre os vândalos e os mauritanos naturais do pais produzindo-se em cada caso um drama pessoal: as famílias ficam destruídas, os pais são separados de seus filhos e as esposas estão sem seus maridos.
O bispo Deogracias realiza um trabalho humanitário de primeira ordem que é obra de misericórdia nesta conjuntura de emergência. Vende os vasos sagrados de ouro e prata que estão ao serviço do altar para resgatar os cativos pagando seu preço; habilita os templos de são Fausto e são Severo para que sirvam de hospital, asilo e residência onde se possa prestar um socorro imediato aos enfermos e aos mais débeis; ele próprio não se dispensa de atender pessoalmente aos que estão perto com o peso da cruz às suas costas dando-lhes o apoio e consolo que necessitam. Reza e faz; é o que manda a caridade.
Em Cartago se apalpa o evidente. Todos vêem em Deogracias a um adiantado dos direitos humanos que ainda não se haviam inventado. O fez tão bem ao sussurro da caridade que os invejosos ainda quiseram tirá-lo do meio sem que o bom Deus lhes desse essa oportunidade porque se o levou antes, justamente no ano 456.

 

Eduardo III O Confessor, Santo
Rei de Inglaterra, 5 de Janeiro

Eduardo III el Confesor, Santo

Eduardo III o Confessor, Santo

Rei

Martirológio Romano: Em Londres, Inglaterra, Santo Eduardo, o Confessor, sobrenome, que, como rei da Inglaterra, foi muito amado por sua caridade excelente, e trabalhou incansavelmente para manter a paz em seus estados em comunhão com a Sé de Roma (1066).
Eduardo, neto de Santo Eduardo chamado o Mártir, nasceu em 1004 em Islip, perto de Oxford. Seu pai era o rei Etelredo II, chamado o Desaconselhado. Sendo ainda menino, teve que empreender o caminho do desterro e viveu de 1014 a 1041 em Normandia com uns familiares de sua mãe.
Se diz que fez o voto de ir em peregrinação a Roma se a Divina Providência o levasse de novo á sua pátria. Quando isto sucedeu, Eduardo queria cumprir fielmente o voto, mas o Papa o dispensou. O dinheiro que ia a gastar na viagem o deu os pobres e outra parte do mesmo o dedicou à restauração do mosteiro a oeste de Londres (west minster, hoje Westminster).
Apesar dos fracassos políticos de seu governo, Eduardo rei de Inglaterra do 1043 a 1066, deixou uma vivíssima recordação em seu povo. As razões desta veneração, que continuou com os séculos, há que buscá-las não só em algumas medidas sábias administrativas, como a abolição de um pesado imposto militar que agoniava a toda a nação, mas sobretudo em seu temperamento suave e generoso (jamais um desacato ou uma palavra de reprovação ou um gesto de ira nem sequer com os súbditos mais humildes) e em sua vida privada.
Um ano depois de sua coroação se havia casado com a cultíssima Edith Godwin, filha de seu mais terrível adversário barão Godwin de Wessex.
Havia sido uma hábil jogada política de seu sogro, pois tinha a esperança de que Eduardo, a quem já chamavam “o Confessor”, lhe confiaria a administração do governo para se dedicar com mais liberdade a suas orações e à meditação.
O plano, demasiado subtil, só teve êxito em parte, porque em 1051 o barão foi desterrado e a rainha foi encerrada num convento. Mas só foi um parêntesis, porque o acordo entre Eduardo e a rainha era muito profundo, até ao ponto que, segundo os biógrafos, os dois haviam feito de comum acordo voto de virgindade.
A solene inauguração do famoso coro do Mosteiro de Westminster, que ele mesmo havia financiado, teve lugar em 28 de Dezembro de 1065. Mas o rei já estava gravemente enfermo.
Morreu em 5 de Janeiro de 1066 e foi enterrado na Igreja da abadia recentemente restaurada. Pronto houve muitas peregrinações à sua tumba. No reconhecimento de 1102 encontraram seu corpo incorrupto e em 17 de Fevereiro de 1161 o Papa Alexandre III o incluiu na lista dos santos. O dia de sua festa coincide com a data em que Santo Tomás Becket trasladou solenemente suas relíquias ao coro da mesma Igreja.


Hoje, à distância de quase dez séculos, ainda Inglaterra chama a sua Coroa "de Santo Eduardo".
Não a teve fácil
¿verdade? Recordo agora esse maravilhoso refrão castelhano que diz: "Todos os dias são bons para louvar a Deus".
Se queres aprofundar mais a vida de Eduardo III consulta EWTN  

Juan Nepomuceno Neumann, Santo
Bispo e fundador, 5 Janeiro.

Juan Nepomuceno Neumann, Santo

Juan Nepomuceno Neumann, Santo

Sacerdote Redentorista, Bispo e fundador das Irmãs Terceiras Franciscanas

Juan Nepomuceno Neumann nasceu em 1811 em Prachatitz, então parte do Império Austro-Húngaro, hoje povoação checa. Juan foi o terceiro de uma família de seis filhos. Durante os estudos de filosofia, realizados com os cistercienses, sua afeição eram as ciências naturais tanto que pensou em estudar medicina, mas, motivado por sua mãe, ingressou no seminário.
No ano 1831, enquanto estudava teologia no seminário de Budweis se interessou vivamente pelas missões e decidiu dedicar-se à evangelização na América.
Havendo chegado a hora da ordenação sacerdotal, seu bispo a deferiu por tempo indefinido. Nessas circunstâncias decidiu partir para Estados Unidos, convidado pelo bispo de Filadélfia. Desde Budweis escreveu a seus pais: “Minha inalterável resolução, faz já três anos acariciada e agora próxima a cumprir-se, de ir em auxílio das almas abandonadas, me persuade de que é Deus o que me exige este sacrifício... Eu vos rogo, queridos pais, que leveis com paciência esta cruz que Deus há posto sobre vossos ombros e dos meus.”
Chegou a Nova York em 1836, sendo ordenado sacerdote esse mesmo ano na catedral de São Patrício. Imediatamente se lhe destinou a região das cataratas do Niágara. Movido por um desejo de maior entrega a Deus e impressionado pela eficácia do apostolado realizado pelos missionários redentoristas, que intentavam estabelecer-se naquelas terras, pediu ser admitido na congregação. Como Redentorista exerceu o ministério sagrado em Baltimore. Foi nomeado sucessivamente vigário do provincial, conselheiro, e finalmente superior de comunidade, em Filadélfia.

Estando nesta cidade, foi nomeado bispo de Filadélfia. Em seu labor pastoral, ideou um plano chamado sistema de escolas paroquiais para dotar a cada paróquia com uma escola católica; em seus oito anos de episcopado se abriram setenta escolas. No centenário de sua morte, celebrado na Pensilvânia no ano 1960, foi reconhecido pelo Senado como homem insigne, pioneiro e promotor do sistema escolar católico de Estados Unidos.
Entre 1854 e 1855 se ausentou de sua diocese para ir a Roma em visita “ad límina”. Em 8 de Dezembro recebeu a graça de estar presente na basílica de São Pedro quando o papa Pio IX proclamou solenemente o dogma da Imaculada Conceição. A ele correspondeu sustentar o livro em que o Papa leu as palavras da proclamação do dogma.
De regresso a sua diocese levou a cabo uma permissão recebida do papa Pio IX: recebeu os votos religiosos de três mulheres que pertenciam a terceira ordem de São Francisco e converteu sua associação em congregação religiosa: as Irmãs Terceiras Franciscanas, para quem redigiu umas constituições. Morreu em 1860. Foi beatificado em 1963 e canonizado em 1977 pelo papa Paulo VI.

Genoveva Morales, Santa
Fundadora, 5 Janeiro

Genoveva Torres Morales, Santa

Genoveva Torres Morales, Santa

Fundadora da Congregação das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus e dos Santos Anjos

Nascida em Almenara (Castellón) a finais do século XIX, no seio de uma família humilde, com oito anos perde a seus pais e a quatro de seus cinco irmãos. Aos 13 anos sofre a amputação da perna esquerda à altura da coxa, numa operação sem anestesia. A ponto de morrer, Genoveva sobreviverá para se converter numa mulher forte, valente, animosa, capaz de sofrer sem queixa, amorosa, humilde, simples… Com quinze anos ingressa na “casa de Misericórdia” de Valência, onde as Carmelitas da Caridade cuidaram dela. Dez anos de sua vida passará com estas religiosas, tempo durante o que aprofundará sua formação espiritual e sua relação com Deus, até ao ponto de solicitar seu ingresso na Congregação. Ante a negativa, motivada por sua impossibilidade física, Genoveva irá descobrindo o caminho que Deus lhe tem reservado: a fundação de uma congregação que atenda, com amor, a mulheres solitárias, aflitas, dando sentido a sua vida e estimulando sua prática religiosa. Em 1911 se inaugura em Valência a primeira residência da Associação que receberá o nome de Sociedade Angélica do Sagrado Coração, sendo o definitivo Irmãs do Sagrado Coração de Jesus e dos Santos Anjos. Será Saragoça onde instalam a Casa Geral e o Noviciado, em uma hospedaria junto aos pés da Virgem do Pilar e inaugurada em 1941. Apesar do seu coxear, a Madre Genoveva viajará pelas principais cidades espanholas fundando residências, em Madrid, Barcelona, Bilbau, Santander, Pamplona… resolvendo problemas, atendendo a suas filhas… Mulher doente durante toda sua vida, faleceu em Saragoça em 1956.
¿Quais foram as virtudes da Madre Genoveva?
Menina simpática, alegre, trabalhadora. Generosa e desprendida, reparte sua pouca comida com os pobres. Aceita cumprir a vontade de Deus, para lhe agradar. Tem grande capacidade de sofrimento, é grata, de bom carácter, humor e piedade. Os jesuítas, ao longo de sua vida, a ajudaram a aprofundar em sua vida espiritual e a abrir-se à vontade de Deus. Anima a suas filhas a amar muito a Deus para acertar no trato com as senhoras que vivem nas residências da Congregação. O objectivo é que se sintam como em sua própria casa. Madre Genoveva se caracterizará por esse amor, atendendo às residentes mais necessitadas. Sua incapacidade física nunca será impedimento para novas fundações ou para visitar a suas filhas. E, como companhia em suas viagens, uma caixa de sapatos em que guarda uma imagem da Virgem Maria. Sua enfermidade, companheira contínua, nunca arranca uma queixa nela.
“¿Quem sou eu? Mais nada que ninguém”:

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Genoveva Torres Morales, Santa

Esta frase da Madre foi uma realidade em sua própria vida, chegando a dormir no chão, ou recusando as homenagens pessoais. Sua grande preocupação são suas filhas, a quem animará e acompanhará sobretudo durante as épocas difíceis e instáveis da República e a Guerra Civil. Os últimos anos de sua vida mantém comunicação com todas suas filhas desde a Casa Geral, em Saragoça, onde morre.
Seu grande amor à Eucaristia a levou a solicitar a Vela nocturna ao Santíssimo, para as mulheres. E seu amor à Virgem a fez consagrar a Congregação religiosa por ela fundada a Maria, na festividade de Nossa Senhora da Esperança.
Foi canonizada por João Paulo II em 4 de Maio de 2003 em Madrid, Espanha.

 

Telésforo, Santo
VIII Papa, Janeiro 5

Telésforo, Santo

Telésforo, Santo

VIII Papa

Etimologicamente significa “o que cumpre”. Vem da língua grega.
Estamos hoje lutando contra uma cultura pagã que exalta a violência e o sexo, entre outras cosas.
Pois bem, Telésforo, que morreu no ano 136, nasceu na Grécia e por razões de estudos e de sua grande valia pessoal, se marchou para Roma onde se ordenou de sacerdote para prestar um serviço muito mais abnegado à Igreja e aos pobres.
Dos 14 bispos que seguiram a são Pedro no papado até ao fim do século II, cada um deles está anotado na lista dos mártires que deram sua vida pela fé em Cristo, e por não renegar o que Deus lhes havia concedido.
Ele era um cristão de proa. Sua valentia era tão grande que não temia pregar a Palavra de Deus ante qualquer, sob pena de cair em suas garras mortíferas.
Não cabe dúvida de que lhe houvesse sido muito fácil renegar de seus princípios e assim ficar bem com o imperador e, deste modo, salvar a vida de muitos cristãos.
Mas estou seguro de que os mesmos crentes – de haver feito caso ao imperador – se voltaram contra ele.
Sempre fez honra a seu nome. Quando teve que suceder ao Papa anterior, Sixto I, não pensou duas vezes. O guiava seu amor a Deus e seu afã de estender sua palavra por todas partes. ¡Oxalá que tivesse tido – como hoje – páginas Web na Internet para poder comunicar-se com todo o mundo! Como o fazem hoje todas as dioceses sensibilizadas com a mensagem de Cristo Salvador.
Santo Irineo, um padre inteligente da primitiva Igreja, disse que Telésforo sofreu um glorioso martírio. E é tanto assim que em todo o Oriente e no Ocidente há igrejas que o honram e o veneram depois de tantos séculos. O imperador que reinava em seu tempo era Adriano
Na arte é representado como um Papa com um cálix com três Hóstias. ¡Felicidades a quem leve este nome!Há triunfado quem uniu o útil o agradável” (Horácio). Comentários ao P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), Santo
Passionista, Janeiro 5

Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), Santo

Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), Santo

Presbítero Passionista

Martirológio Romano: Em Dublin, na Irlanda, São Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), presbítero da Congregação da Paixão, admirável ministro do sacramento da penitência.

O Samaritano de Irlanda

Os autênticos santos são imitadores de Cristo e o beato Carlos Houben foi um destes. Assim nos diz Pierluigi di Eugenio: “Passou bendizendo, sarando e perdoando. Sempre disposto e amável. Pobre entre os pobres, fez de sua vida um dom para os que sofrem. Todo de Deus, todo do próximo. Os necessitados da alma e do corpo não o deixavam repousar nem um momento. Profundamente dedicado á família e à pátria trabalhou por muitíssimos anos longe de uma e de outra, encontrando nos que sofrem aos próprios irmãos e na terra de Irlanda sua própria pátria”.
Juan Andrés nasce em Munstergeleene na Holanda em 11 de Dezembro de 1829, quarto de dez filhos numa família endinheirada.
Cresce em inteligência, idade e graça. O irmão José dirá dele: “Conhecia só dois caminhos, o da Igreja e o da escola”. Enquanto no ânimo do jovem nasce o desejo de ser sacerdote. Conhece os Passionistas, com pouco tempo em Holanda levados pelo P. Domingo Barberi e aos 24 anos, em 5 de Novembro de 1845, entra no noviciado em Ere, Bélgica e veste o hábito com o nome de Carlos.
Durante o noviciado é irrepreensível. Este é o testemunho de um de seus companheiros: “Sentia-me muito edificado diante de sua grande santidade. Era exemplar, cheio de fé e de piedade, pontual, observante das regras, simples, amável e de carácter doce. Sua piedade e sua natural alegria lhe ganhavam o afecto de todos”. Em 21 de Dezembro de 1850 é ordenado sacerdote. Em 1852 é enviado a Inglaterra onde estavam os Passionistas desde há 10 anos. Carlos não regressará mais a Holanda nem voltará a ver aos seus. Sua mãe havia morrido 8 anos atrás e o pai há perto de dois.
Passará mais de quarenta anos de sua vida nas ilhas britânicas. Estabelece-se primeiro em Aston em Inglaterra; onde se prodigaliza a favor dos imigrantes irlandeses que levam a cabo o duro trabalho das minas. Esta experiência será útil na sua próxima permanência em Irlanda. Doa-se completamente a eles, se interessa de seus problemas, de sua saúde. Conforta, ajuda, cura, enquanto continua trabalhando a favor da congregação e da Igreja.
Em 1857 transfira-no para Irlanda, em Dublin / Mount Argus, onde os Passionistas chegaram havia pouco tempo. Construirá o convento e a igreja. O P. Carlos se revela providencial. O povo Irlandês que o tinha visto a seu lado com tanta solicitude, mostra-se generoso. Se constrói o convento e uma bela igreja dedicada a são Paulo da Cruz. O P. Carlos, sem o saber, prepara seu próprio santuário.
Carlos não será nunca um grande pregador, sobretudo pela dificuldade da língua mas passa horas e horas no confessionário, assiste os moribundos, bendiz os enfermos com a relíquia de são Paulo da Cruz. Acompanhando a bênção com estremecedoras orações compostas por ele próprio. Tem a fama de taumaturgo. Cada dia cerca de trezentas pessoas, provenientes de todas as partes de Irlanda, de Inglaterra, de Escócia e até de América, acodem a ele, atraídos da fama de sua santidade. Encontravam um coração compassivo, disponível e terno. Médicos e enfermeiros de Dublin, frente a casos desesperados, aconselhavam chamar ao P. Carlos e Carlos acudia às casas e aos hospitais, levando quase sempre o dom de uma cura inesperada e sempre um pouco de serenidade. Com amor preparava os moribundos ao grande passo, ajoelhado em oração, junto de seus leitos. Para fazê-lo descansar um pouco, os superiores várias vezes o mudam de convento, mas depois fazem-no regressar a Dublin.
Na comunidade era exemplar, cheio de fé e de piedade, simples e afável, de uma amabilidade angelical. Não obstante as ocupações passa longo tempo em adoração diante do tabernáculo. Muitas vezes é encontrado em êxtase, especialmente durante a missa. Às vezes o acólito se vê obrigado a sacudi-lo para que prossiga a celebração.
Nos últimos anos de sua vida sofre muito por uma gangrena numa perna e outros males. Suporta a  enfermidade com paciência continuando a desenvolver seu apostolado. Cada dia continua a subir e a descer uma escadaria de 59 degraus, e centos de vezes, para receber as pessoas que vêem até ele.
Morre serenamente em 5 de Janeiro de 1893. Por cinco dias, antes de ser sepultado, recebe honras fúnebres devida a um rei, com gente proveniente de toda Irlanda.
João Paulo II o declara beato em 16 de Outubro de 1988, fazendo oficial a santidade do padre Carlos, que já em vida todos chamavam o santo de Mount Argus. Bento XVI o declarou santo em 3 de Junho de 2007.

Marcelina Darowska, Beata
Fundadora, 5 Janeiro

Marcelina Darowska, Beata

Marcelina Darowska, Beata

María Marcelina da Imaculada Conceição

Fundadora. Nasceu em Szulaki, Ucrânia, no seio de uma família latifundiária.
Desde pequena destacou-se por sua piedade e contínua oração, virtudes pelas quais decidiu dedicar-se à vida religiosa; sem embargo, no leito de morte de seu pai prometeu que contrairia matrimónio para preservar a linhagem; casou-se com Karol Darowski, com quem procriou dois filhos.
Enviuvou depois de três anos de matrimónio, e morreram seus filhos, pelo que pôde ingressar num convento.
Viajou para Roma, onde conheceu o padre Hieronim Kajsiewicz (que se converteu em seu director espiritual) e, por meio dele, a Josephine Karska, que já tinha a ideia de fundar uma congregação dedicada à formação integral da mulher; este foi o início da Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição da Bendita Virgem Maria.
Ao morrer soror Josephine, Marcelina assumiu o cargo de superiora.
Mudou para o seu país natal a sede da congregação, e em Jazlowiec, Ucrânia — onde radicaria o resto de sua vida —, fundou a primeira escola para meninas, a qual converteu num importante centro cultural e espiritual.
Seu carisma se baseava no renascimento e na consolidação da família sobre as bases do amor, o respeito e a oração, e em fincar sólidas bases morais na sociedade.
As escolas que fundou anexas aos mosteiros eram gratuitas.
Nos cinquenta anos que foi abadessa fundou sete conventos, com igual número de escolas.
Deixou a herança de oração, amor ao próximo, e formação académica e religiosa.
A beatificou Sua Santidade João Paulo II em 6 de Outubro de 1996.


María Repetto, Beata
Religiosa, 5 Janeiro

María Repetto, Beata

María Repetto, Beata

Nasceu em 1 de Novembro de 1807 em Voltaggio, Itália.
Filha de um notário, era a mais velha de onze filhos.
Sua família era muito religiosa, a ponto de três de suas irmãs se terem feito monjas, e um de seus irmãos foi sacerdote.
Uniu-se às Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário em Génova em 7 de Maio de 1829, fazendo seus votos finais em 1831.
Durante muitos anos foi costureira e bordadeira.
Quando sua vista começou a falhar tomou o cargo de porteira.
Consciente da dignidade do trabalho, e já que necessitava habilidades diplomáticas em sua posição, Soror Maria desenvolveu uma devoção profunda a São José e constantemente lhe pede protecção e guia em suas orações.
Repartia pequenas medalhas e imagens de São José, conseguia sarar pondo a imagem em cima da área afectada enquanto orava.
Ela não tinha nenhumas posses, pelo que lhe era muito fácil querer aos pobres.
Trabalhou desinteressadamente atendendo enfermos durante as epidemias de cólera de 1835 e 1854.
Os favores conseguidos por Maria causaram alguns problemas dentro de sua comunidade. Era tal o número de pessoas que se apresentavam cada dia que isto foi visto como uma ruptura da vida religiosa por algumas de suas irmãs, e durante algum tempo Soror Maria foi relegada de sua posição.
Ela acreditou que era porque havia pecado de alguma maneira, e passou a maior parte desse tempo em oração.
Sem embargo, suas superioras reavaliaram sua decisão, e devolveram a Maria o seu lugar na portaria.
Toda a sua vida Maria manteve uma constante comunicação consciente com Jesus ou o Padre enquanto cumpria com seus deveres, até ao final de sua vida ela começou a ouvir respostas e teve visões de sua próxima morada na casa de Deus.
Morreu em 6 de Janeiro de 1890 em Génova, Itália.
Foi beatificada por João Paulo II em 4 de Outubro de 1981.

Pedro Bonilli, Beato
Franciscano e Fundador, 5 Janeiro

Pedro Bonilli, Beato

Pedro Bonilli, Beato

Sacerdote Terceiro Franciscano (1841‑1935).
Fundador das Irmãs da Sagrada Família.

Beatificado por João Paulo II em 24 de Abril de 1988
Este generoso imitador de Cristo Bom Pastor nasceu em São Lorenzo de Trevi (Perusa) em 15 de Março de 1841 e morreu em Espoleto em 5 de Janeiro de 1935.
De família de pequenos proprietários, o primeiro de quatro irmãos. De um ambiente familiar favorável, uma mãe piedosíssima, e logo o influxo iluminado e santo de um sacerdote que no colégio Lucarini de Trevi, lhe serviu de guia espiritual: Dom Ludovico Pieri, chamado também o “Dom Bosco” de Trevi.
Em 1857 sentiu brotar impetuosa a vocação sacerdotal e dom Pieri foi seu anjo guardião. Ordenado presbítero em Terni, estando vacante a diocese de Espoleto, em 19 de Dezembro de 1863, de imediato foi enviado como pároco a Cannaiola, uma região pobre, onde esteve 35 anos exercendo uma pastoral renovadora, valente, incisiva, altamente frutuosa, que culminou em 1887 com a fundação da Congregação das irmãs da Sagrada Família. 
A condição religiosa e moral de Cannaiola era singularmente pobre e baixa, marcada pela blasfémia, a libertinagem, o jogo, a embriaguez. Ele se empenhou em alimentar a seu povo com um intenso trabalho de catequese e de instrução religiosa, servindo-se também, como precursor, dos meios de comunicação social de então, (“A imprensa é a arma deste tempo”, dizia) e comprometendo aos laicos em suas iniciativas.
Na família viu o fundamento do renascimento da sociedade e da vida eclesial. “Ser família, dar família, construir família”, foi seu programa.
Em 1898 deixou a Cannaiola ao ser nomeado Canónico da Catedral de Espoleto e Reitor do Seminário, colocando ao serviço dos futuros sacerdotes sua riqueza espiritual e a vasta experiência adquirida nos largos anos de ministério pastoral. Em sua espiritualidade se destaca sua grande contribuição à difusão do culto à Sagrada Família, da qual imitou com verdadeiro espírito franciscano a humildade e a pobreza.
Em 5 de Janeiro de 1935 terminou serenamente em Espoleto sua longa vida (95 anos), consagrada ao serviço da formação do clero e a ajuda aos pobres. “Servo bom e fiel, entra no gozo de teu Senhor!”.

 

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Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

NÃO É CASUAL…

http://ES.CATHOLIC.NET lhes deseja um 2010 cheio de bênçãos

Não é casualidade. Está passando.

Há uma só possível resposta: a acção ao serviço da Fé, a Verdade,

e a defesa de nossa Tradição Cristã

Autor: Agencia de Notícias Nacionais Hispanoamérica | Fonte: Boletins Hispanoamerica

O DESAFIO DA CRISTANDADE. ENTRE A CONJURA MAÇÓNICA E A JIHAD DO ISLÃO

Terminou o ano 2009 com negros presságios sobre a cabeça dos povos cristãos. Já não pode atribuir-se a uma coincidência, ou a uma moda de políticas provisórias, o assalto a nossas crenças. A premeditação prepotente e descarnada com que os líderes mundiais impulsionam a transformação dos costumes e tradições cristãs do Ocidente obedece a um mandato surgido em lojas e os tabernáculos que operam longe da vista dos povos. Transformações impulsionadas através de leis que – oh! casualidade - são promovidas simultaneamente em todo o lado: leis de aborto, leis de “género”, leis de “memória histórica”. Tudo devidamente endereçado com uma alusão mediática que tudo o justifica e o valoriza.
Assim vemos que nossa cara crença no valor da vida humana como portadora do destino transcendente que lhe foi dado pelo Criador é aniquilada pelas leis de aborto e eutanásia. Os valores tradicionais da família cristã rebaixados ao equipará-los com o matrimónio homossexual. São calcados os direitos infantis pela lei que permite sejam adoptados por casais do mesmo sexo. Perseguidas as autoridades eclesiásticas que levantam sua voz contra tudo isto. Quando buscamos as origens deste cataclismo que nos cai sobre as cabeças, devemos remontar-nos à penumbra dos séculos, quando se conjurou o inimigo da cristandade. Quando as lojas se propuseram tudo, letra por letra e palavra por palavra o que hoje está sucedendo. NÃO É CASUALIDADE.
Os mesmos que promoveram o racionalismo”, os mesmos que ocultam suas crenças pagãs após os nomes secretos de Deus, os difusores da obscuridade sob a proclamação irónica de ser cavaleiros de LUZ. São os fazedores das revoluções, os destruidores dos reinos cristãos. Os liquidadores do Império Espanhol. Os pais do marxismo e do bolchevismo. São os criadores do socialismo, das Frentes Populares, da Social-democracia e do pernicioso Liberalismo. São os autoproclamados agnósticos, infiltrados entre os incautos que enquanto se lhes escapa um pouco o gnosticismo pagão das primeiras horas da luta contra o Cristianismo, surgido das sombras, sempre nas sombras.
Tesos, sem piedade, armados de um ódio teológico à Cruz, perseveraram. Sofreram descalabros, avançaram e retrocederam. Se cobraram de cada derrota, esborrataram cada página da história que os revela. E castigam o corpo das Instituições das nações, que vertebram a tradição e sustentam os povos. É assim que os exércitos, pilar fundamental, ao lado de nossa fé, são o branco da vergonha e o objectivo de seu ataque. Somam suas forças nesta tarefa todas as vertentes dos tabernáculos. Os liberais servem em bandeja a nossos soldados para o desquite perverso dos marxistas. O fim é o mesmo, NÃO HÁ CASUALIDADES. Desmontar os exércitos de sua finalidade patriótica, convertidos em modelos mundialistas dos interesses espúrios das fachadas internacionais, ou simples e lhanamente fazê-los desaparecer, como estão fazendo com os de Argentina e Uruguai. Vão insuflado a mentira no coração das novas gerações e vão incriminando aos guerreiros da Pátria, ocultado suas façanhas, fazendo esquecer a memória de seus heróis. Hão posto uma imensa cortina que oculta a verdade. Não se pude atestar as glórias imperecíveis de nossas armas. Uma notícia da imprensa argentina diz tudo: O GENERAL VIDELA SERIA JULGADO EM NUREMBERG. Está tudo dito.

O ISLÃO, ENTRETANTO, NÃO CONCILIA E PREPARA-SE

Se fala de que nem todo no O Islão é fundamentalismo, que as políticas progressistas de “encontros de civilizações” empreendidas pelos líderes europeus aproximaram ao Ocidente com os povos maometanos. Pergunta-se se é imbecilidade o derrotismo premeditado.
O Islão não pode alterar sua essência sem se diluir no intento. O fundamento do Islão é a Guerra Santa, a Jihad. O Islão vive e existe para a conversão obrigada de todos os homens. O Islão não pode negociar ou temperar-se sem contradizer ao fazer o seu fim ulterior. Isto não o pode mudar ninguém, porque é a palavra de seu profeta e o vértice de sua fé.
O Islão tem sua lei e sua tradição e não as põe em tela de juízo. Os cristãos somos o inimigo e eles “os únicos crentes”. Esta é uma realidade que se proclama aos quatro ventos, porque assim pregam as religiões: aos quatro ventos, repito, sim, esse é o fim, ¿porque os governos de Europa hão aberto as portas a uma emigração que sem levantar uma cimitarra e só pela progressão do crescimento demográfico será a maioria religiosa do berço de nossa civilização? Em umas décadas o Islão prevalecerá na Europa. E olhando o tratamento que se inflige às minorias nos países maometanos se pode imaginar o destino de nossos filhos e nossos netos.
O Islão foi, é e será inimigo do Cristianismo. São crenças diferentes. Nossos antepassados não se enganaram, e encheram nossa história de mil episódios de luta para sobreviver uns sobre os outros. Nada mudou, o discurso pseudo culto de encontros e multiculturalista são pamplinas, e os maometanos o têm bem claro.
No Egipto os infiéis”, em seu próprio país, pagam impostos discriminatórios pelo facto só de o ser. No Iraque e no Afeganistão os cristãos são assassinados, o mesmo que nas Filipinas. Os maometanos arrasam no Sudão aliados com os pagãos. Os Reinos Árabes financiam as “madrasas” (1) e “mesquitas” que florescem por toda a Europa. E enquanto pretendem dar uma imagem de equilíbrio, é bem sabido que dessas famílias e de suas arcas se financiam os grupos de choque do Islão, como Al Qaeda e outros.
O que pretenda encontrar em O Islão um aliado religioso não faz mais que enganar-se. O Islão se apercebe de nossa decadência e se apresta para herdar e reconquistar.

A RESPOSTA DA CRISTANDADE


Há uma só possível resposta. A fé, a oração e a acção. Há que livrar “o bom combate JÁ”. É o dever de cada homem e mulher que reconheça nestas palavras a verdade, que admita em seu interior que isto SE ESTÁ PASSANDO e que está passando de maneira implacável. Todo o cristão que reconheça nestas previsões seus próprios temores e suas próprias certezas, se obriga irrecusavelmente à acção. Uma acção ao serviço da Fé, da Verdade, e na defesa de nossa Tradição Cristã. Um compromisso com nossa Igreja e com as instituições pátrias. Uma vontade de já não calar para não desgostar. Uma decisão de revelar esta verdade sem temor e com valentia.
Perguntas ou comentários
(1)Madrasa: escola religiosa islâmica

 

http://es.catholic.net

Recolhi, transcrevi e traduzi a presente Mensagem através de e:mail que me foi enviado por http:Catholic.net.

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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