domingo, 12 de junho de 2011

Nº 948-3 - ESPECIAL DE PENTECOSTES - 12.6.2011

nº 948-3
http://es.catholic.net/santoral
 
Especial de Pentecostés
Especial de Pentecostes
Origem da festa
Os judeus celebravam uma festa para dar graças pelas colheitas, 50 dias depois da Páscoa. Daí vem o nome de Pentecostes. Logo, o sentido da celebração mudou para dar graças pela Lei entregue a Moisés.
Nesta festa recordavam o dia em que Moisés subiu ao Monte Sinai e recebeu as tábuas da Lei e ensinou ao povo de Israel o que Deus queria deles. Celebravam assim, a aliança do Antigo Testamento que o povo estabeleceu com Deus: eles se comprometeram a viver segundo seus mandamentos e Deus se comprometeu a estar com eles sempre.
A gente vinha de muitos lugares ao Templo de Jerusalém, a celebrar a Festa de Pentecostes.
No marco desta festa judia é onde surge nossa festa cristã de Pentecostes.
A Promessa do Espírito Santo
Durante a Última Ceia, Jesus promete a seus apóstolos: “Meu Pai vos dará outro Advogado, que estará convosco para sempre: o espírito de Verdade” (São João 14, 16-17).
Mais adiante lhes diz: “Disse-vos estas coisas quando estou convosco; mas o Advogado, O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará tudo e trará à memória tudo o que Eu vos disse.” (São João 14, 25-26).
Ao terminar a ceia, volta a fazer a mesma promessa: “Convém que Eu vá, pois ao ir virá o Advogado,... muitas coisas tenho ainda que vos dizer, mas não as direi agora. Quando vier Aquele, o Espírito de Verdade, vos guiará até à verdade completa,... e vos comunicará as coisas que estão por vir” (São João 16, 7-14).
No calendário do Ano Litúrgico, depois da festa da Ascensão, aos cinquenta dias da Ressurreição de Jesus, celebramos a festa de Pentecostes.
Explicação da festa:
Depois da Ascensão de Jesus, encontravam-se reunidos os apóstolos com a Mãe de Jesus. Era o dia da festa de Pentecostes. Tinham medo de sair a pregar. Repentinamente, se escutou um forte vento e pequenas línguas de fogo pousaram sobre cada um deles.
Ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas desconhecidas.
Nesses dias, havia muitos estrangeiros e visitantes em Jerusalém, que vinham de todas partes do mundo a celebrar a festa de Pentecostes judia. Cada um ouvia falar aos apóstolos em seu próprio idioma e entendiam à perfeição o que eles falavam.
Todos eles, desde esse dia, já não tiveram medo e saíram a pregar a todo o mundo os ensinamentos de Jesus. O Espírito Santo lhes deu forças para a grande missão que tinham que cumprir: Levar a palavra de Jesus a todas as nações, e batizar a todos os homens em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Neste dia quando começou a existir a Iglesia como tal.
¿Quem é o Espírito Santo?
O Espírito Santo é Deus, é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja nos ensina que o Espírito Santo é o amor que existe entre o Pai e o Filho. Este amor é tão grande e tão perfeito que forma uma terceira pessoa. O Espírito Santo enche nossas almas no Batismo e depois, de maneira perfeita, na Confirmação. Com o amor divino de Deus dentro de nós, somos capazes de amar a Deus e ao próximo. O Espírito Santo nos ajuda a cumprir nosso compromisso de vida com Jesus.
Sinais do Espírito Santo:

O vento, o fogo, a pomba.


Estes símbolos nos revelam os poderes que o Espírito Santo nos dá: O vento é uma força invisível mas real. Assim é o Espírito Santo. O fogo é um elemento que limpa. Por exemplo, deita-se fogo ao terreno para lhe tirar as ervas más e poder semear boas sementes. Nos laboratórios médicos para purificar os instrumentos deita-se-lhes fogo.
O Espírito Santo é uma força invisível e poderosa que habita em nós e purifica-nos de nosso egoísmo para deixar passagem ao amor.
Nomes do Espírito Santo.
O Espírito Santo recebeu vários nomes ao longo do novo Testamento: o Espírito de verdade, o Advogado, o Paráclito, o Consolador, o Santificador.
Missão do Espírito Santo:

  1. O Espírito Santo é santificador: Para que o Espírito Santo logre cumprir com sua função, necessitamos entregar-mo-nos totalmente a Ele e deixar-mo-nos conduzir docilmente por suas inspirações para que possa aperfeiçoar-nos e crescer todos os dias na santidade.
  2. O Espírito Santo mora em nós: Em São João 14, 16, encontramos a seguinte frase: “Eu rogarei ao Pai e lhes dará outro advogado que estará convosco para sempre”. Também, em I Coríntios 3. 16 diz: “¿Não sabem que são templo de Deus e que o Espírito Santo habita em vós?”. É por esta razão que devemos respeitar nosso corpo e nossa alma. Está em nós para obrar porque é “dador de vida” e é o amor. Esta aceitação está condicionada a nossa aceitação e livre colaboração. Se nos entregamos à sua acção amorosa e santificadora, fará maravilhas em nós.
  3. O Espírito Santo ora em nós: Necessitamos de um grande silêncio interior e de uma profunda pobreza espiritual para pedir que ore em nós o Espírito Santo. Deixar que Deus ore em nós sendo dóceis ao Espírito. Deus intervém para bem dos que o amam.
  4. O Espírito Santo nos leva à verdade plena, nos fortalece para que possamos ser testemunhos do Senhor, mostra-nos a maravilhosa riqueza da mensagem cristã, enche-nos de amor, de paz, de gozo, de fé e de crescente esperança.
O Espírito Santo e a Igreja:
Desde a fundação da Igreja no dia de Pentecostes, o Espírito Santo é quem a constrói, anima e santifica, lhe dá vida e unidade e a enriquece com seus dons.
O Espírito Santo segue trabalhando na Igreja de muitas maneiras distintas, inspirando, motivando e impulsionando aos cristãos, em forma individual ou como Igreja inteira, ao proclamar a Boa Nova de Jesus.
Por exemplo, pode inspirar ao Papa a dar uma mensagem importante à humanidade; inspirar ao bispo de uma diocese para promover um apostolado; etc.
O Espírito Santo assiste especialmente ao representante de Cristo na Terra, o Papa, para que guie retamente à Igreja e cumpra seu labor de pastor do rebanho de Jesus Cristo.
O Espírito Santo constrói, santifica e dá vida e unidade à Igreja.
O Espírito Santo tem o poder de nos animar e nos santificar e lograr em nós actos que, por nós, não realizaríamos. Isto o faz através de seus sete dons.
Os sete dons do Espírito Santo:
Estes dons são dádivas de Deus e só com o nosso esforço não podemos fazer que cresçam ou se desenvolvem. Necessitam da ação directa do Espírito Santo para poder actuar com eles.

  1. SABEDORIA: Nos permite entender, experimentar e saborear as coisas divinas, para poder julgá-las retamente.
  2. ENTENDIMENTO: Por ele, nossa inteligência se faz apta para entender intuitivamente as verdades reveladas e as naturais de acordo ao fim sobrenatural que têm. Nos ajuda a entender o porquê das coisas que nos manda Deus.
  3. CIÊNCIA: Faz capaz a nossa inteligência de julgar retamente as coisas criadas de acordo com seu fim sobrenatural. Nos ajuda a pensar bem e a entender com fé as coisas do mundo.
  4. CONSELHO: Permite que a alma intua retamente o que deve de fazer numa circunstância determinada. Nos ajuda a ser bons conselheiros dos demais, guiando-os pelo caminho do bem.
  5. FORTALEZA: Fortalece a alma para praticar toda classe de virtudes heroicas com invencível confiança em superar os maiores perigos ou dificuldades que possam surgir. Nos ajuda a não cair nas tentações que nos ponha o demónio.
  6. PIEDADE: É um presente que dá Deus à alma para a ajudar a amar a Deus como Pai e aos homens como irmãos, ajudando-os e respeitando-os.
  7. TEMOR DE DEUS: Lhe dá à alma a docilidade para afastar-se do pecado por temor a desgostar a Deus que é seu supremo bem. Nos ajuda a respeitar a Deus, a dar-lhe seu lugar como a pessoa mais importante e boa do mundo, a nunca dizer nada contra Ele.
Oração ao Espírito Santo
Vem Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis e acende neles o fogo de teu amor; envia Senhor teu Espírito Criador e se renovará a face da terra.
OH Deus, que quiseste ilustrar os corações de teus fiéis com a luz do Espírito Santo, concede-nos que, guiados por este mesmo Espírito, obremos retamente e gozemos de tua consolação.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor
Ámen.
Consulta os seguintes enlaces para aprofundar na Festa de Pentecostes:
El Espíritu Santo sobre los apóstoles  - Evangelho meditado por P. Sergio Cordova LCLa gloria de la Trinidad en Pentecostés  - Catequesis del Papa Juan Pablo II Pentecostés, fiesta grande para la Iglesia - P. Fernando Pascual L.C.María en Pentecostés - P. Antonio Rivero.María despúes del día de Pentecostés - El día de Pentecostés ¿também descendió el Espíritu Santo sobre María, igual que a los apóstoles? ¿Qué pasó después con ella?Domingo de Pentecostés Meditación del P. Alberto Ramírez Mozqueda Novena al Espíritu Santo
La Conferencia Episcopal de Chile ha lanzado un Especial de Pentecostés para que los fieles de todas edades y condiciones puedan profundizar en la solemnidad de Pentecostés que celebra la Iglesia universal






Imágen tomada de http://biblia.com/spirit/mexico.htm
Este texto foi traduzido de espanhol para portuguêse contra o habitualrespeitei a sua disposição ortográfica. Apenas não traduzi, por desnecessário, os títulos e referências anexas.
António Fonseca

Nº 948-2 - A RELIGIÃO DE JESUS - 12 DE JUNHO DE 2011 - PENTECOSTES

948-2
Do livro A Religião de Jesus, de José Mª CastilloComentário ao Evangelho do diaCiclo A (2010-2011)Edição de Desclée De BrouwerHenao, 648009 Bilbaowww.edesclee.cominfo@edesclee.com:
tradução de espanhol para português, por António Fonseca

Estrela O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, directamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente.AF.
12 de Junho – PENTECOSTES
Jo 20, 19-23
pentecostes-mexico
Na tarde desse dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se achavam juntos, com medo dos judeus, veio Jesus pôr-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se os discípulos, vendo o Senhor. E Ele disse-lhes de novo: «A paz seja convosco». «Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos».
1. No conjunto do Novo Testamento, fica patente que a vida e a salvação, que Deus concede ao mundo, é antes de tudo iniciativa do Pai. Mas esse projecto não se realiza só mediante Jesus. Além da acção de Jesus, é obra também do Espírito. Por isso o evangelho de João, ao relatar a morte de Jesus, diz que este, quando tudo estava “consumado”, “inclinando a cabeça, entregou o Espírito” (Jo 19, 30). E no Domingo de Páscoa, como hoje recorda o Evangelho, o Ressuscitado entrega de novo o Espírito aos discípulos (Jo 19, 22). No IV Evangelho, o Espírito é fruto da vida, morte e ressurreição de Jesus. O Espírito é prolongamento e plenitude da obra de Jesus.
2. No livro dos Actos dos Apóstolos, relatam-se três vindas do Espírito. A primeira, no dia de Pentecostes (Act 2, 1-11), que produz como fruto o efeito contrário ao que sucedeu segundo o mito da torre de Babel (Gn 11, 1-9): a divisão de linguagens expressa a incomunicabilidade dos humanos, enquanto que a vinda do Espírito faz que quem fala línguas diferentes, se entendam. A segunda vinda, quando os apóstolos saem do cárcere e se reúnem com a comunidade (Act 4, 31): a presença do Espírito produz a “livre audácia” ou “valentia” (parusia) para anunciar o Evangelho. A terceira vinda, se produz no dia em que Pedro admitiu os primeiros pagãos na Igreja (Act 10, 44-46): o Espírito não está associado a uma cultura, a uns ritos ou a a uma religião, mas transcende todos os limites que os homens tentam pôr a Deus.
3. A Igreja fala com frequência do Espírito, mas, na prática, dá a impressão de que crê mais na eficácia do poder e do dinheiro que na força do Espírito. Não nos ocorre algo disso a todos os crentes? Isto nota-se, sobretudo, em tempos de crise de fé.


Compilação por
António Fonseca

Nº 948-3.1 - O que sabemos sobre o Espírito Santo (12-06-2011)


¿Que sabemos do Espírito Santo?
O ponto de partida obrigado é o Novo Testamento, que é, também ele, fruto amadurecido na Igreja, de uma vida e de uma experiência
Autor: Mariano de Blas | Fuente: Catholic.net
Santa Teresa chama a nossa alma um castelo interior, um palácio. Nesse castelo, palácio ou templo vive "O doce hóspede da alma": O Espírito Santo.


¿Quem é o Espírito Santo? Jesus Cristo o chama O Consolador. Em nossa alma vive O AMOR, vive ali de forma permanente, chegou a nossa alma para ficar. “¿Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito Santo vive em vós?” dizia São Paulo aos primeiros cristãos.

Sua estadia no castelo obedece a uma tarefa que deve realizar, está encarregado de fazer de ti um santo ou uma santa, um apóstolo. Desde o primeiro momento da entrada em tua alma, no batismo, tem-se dedicado a trabalhar sem descanso, tem trabalhado muitos anos, tem levado muitos desenganos, porque há que ver como nos temos portado com Ele. Tem sofrido, possivelmente, o desterro, temos-lhe estragado a sua obra mestra, como o menino mau que destrói de um pontapé o castelo que constrói o menino bom na praia. E sobre as ruinas de nós mesmos volta a colocar outra vez pedra sobre pedra, com uma paciência e com um amor tão grandes que só porque é Deus os tem. Ele não desespera, mas ainda tem abrigadas firmíssimas esperanças de acabar com sua obra mestra contigo. Ele sabe que pode ainda que tu não sejas mármore de Carrara, só necessita algo de colaboração de tua parte ou pelo menos que não o estorves. Os meios: a graça santificadora, as graças actuais, suas inspirações, dons e frutos.

¿Qual é sua estratégia? Descreve-a muito bem um hino dedicado ao Espírito Santo. Selecionarei algumas partes deste hino.

Primeiro: O melhor consolador.
Consolando, secando lágrimas, arrancando os cardos e as ortigas do desalento, tristeza e amargura. Um de seus melhores ofícios - o sabe fazer muito bem - é consolar, por fortuna para nós que somos bastante chorões e necessitamos algo mais que Kleenex para nossos tempos de tristeza. O melhor Consolador, já sabemos. Quando cheguem os momentos mais penosos em que chorar é pouco, quando a crise nos agarre pelo pescoço e nos pateie, acudir a quem quer e pode consolar-nos.
Nós podemos dizer: aqui me surpreende a realidade mais radiante que vivemos los cristãos e, portanto, adeus solidão, adeus tristeza, adeus lágrimas. Arrancar-nos a tristeza pior, a da separação de Deus, a da infidelidade. Alegrar-nos imensamente de haver sido feitos filhos de Deus, alegrar-nos de que nossos nomes estão escritos no céu, viver com alegria diária contagiosa, alegria na dor, na enfermidade, alegria nas boas e nas más. Espírito Santo, faz-nos apóstolos da alegria, faz-nos viver um cristianismo alegre, que vivamos com ar de ressuscitados, e que façamos viver aos outros assim também.

Segundo: Doce hóspede da alma.
É um dos títulos mais formosos. Não hóspede inoportuno. Quantos hóspedes com os quais nós não quiséramos encontrarmos, aos que lhes damos a volta. No caso do Espírito Santo é um doce hóspede, esperado com ansiedade, acolhido com carinho, porque sempre traz boas noticias, bons regalos, dons; O mesmo é o Dom por excelência.
¿Me alegro de o ter sempre comigo, o entristeço com meu desamor, lhe peço muitos presentes espirituais? E ¿que lhe dou eu: meu amor, minha fidelidade? ¿O escuto docilmente? ¿O hino "Vem, Espírito Criador" é minha saudação matutina, são as manhãs ao doce hóspede de minha alma? ¿Alguma vez lhe cantaste este hino? Recordemos a frase de São Paulo; "¿Não sabeis que sois templos do Espírito Santo? Ele ora connosco e por nós. Vivo, portanto, na presença do Espírito Santo, gozo minuto a minuto de sua companhia gratíssima, e sua graça está sempre à minha disposição.

Terceiro: Doce refrigério.
Quando o calor aperta e a língua fica seca como tijolo e o suor empapa a roupa, uma simples coca-cola fria, um ventilador oportuno, um albergue, solucionam o problema. Mas há outros sufocos e calores interiores que requerem outro refrigério. Quando se encrespam as paixões, quando o orgulho se revolta como leão ferido, quando a sensualidade com sua baba venenosa quer manchar o coração e a alma, quando a febre do mundo (prazeres, dolce vita...) queimam de ambição nosso espírito, chamar urgentemente ao Espírito Santo, para que nos brinde seu doce refrigério e voltam as coisas a seu lugar: O mundo lá e eu cá.

Quarto: Trégua no duro trabalho
Oferecendo descanso na dura briga da vida. Uma manhã de domingo em casa com crianças, um dia na oficina em que tudo saiu mal, cansa, desgasta, produz não rara vez frustração. Quando um dos plano está esgotado, enevoado pelo trabalho os problemas e as preocupações, acudir simplesmente a quem descansa no trabalho, ¡Oh Espírito Santo, desperdiçado tantas vezes que gememos sob o peso do trabalho! ¡Oh jornaleiros que tendo a fonte a uns metros morrem de sede! Deus é abismo de amor, torrente de felicidade, êxtase da vida, tê-lo tão perto e morrer-se de fome, a fonte a uns passos e morrer-se de sede, a fogueira alumiando en torno e morrer-se de frio, o amor perto do coração. Só uns passos tinha que dar. Viver perto da luz, e morrer no túnel das trevas.

Quinto: Brisa nas horas de fogo
Sendo frescura no meio do calor. Um copo de água fria num día de verão, a sombra de uma árvore no campo abrasado, uma brisa fresca, uma fonte fria junto ao caminho cheio de poeira, quanto se agradecem. Na vida não podemos estar lutando todo o tempo, somos humanos e necessitamos de tanto em tanto de um respiro. O Espírito Santo é a água fria, é a sombra, a brisa fresca e nossa fonte de água viva junto ao caminho da vida.

Sexto: Gozo que enxuga as lágrimas
Consolando na aflição. Boa falta nos faz: choramos como crianças pequenas por qualquer coisa. Chorar equivale a desanimarmos, a perder o entusiasmo por nossa vocação cristã e humana, a querer voltar atrás. Para esses momentos maus, em que podemos reagir como crianças caprichosas, acudir a quem nos console na aflição.
Atribui-se ao Espírito Santo quase um ofício de mãe. O sofrimento se encontra na vida de todos. Quando se o espera e quando não. Por isso necessitamos da presença do Espírito Santo. Posteriormente, o hino a que nos estamos referendo acrescenta uma série de petições ao Espírito Santo.


Sétimo: Lava o que está manchado
Lava o que está manchado: minha alma cheia de rugas, meu coração manchado de afectos desordenados, meu pequeno mundo cheio  de coisas humanas, de terra, de lodo; minha mente e meus sentidos às vezes tão vazios de Deus e tão cheios de minhas paixões desordenadas. Lava sobretudo a consciência de todo pecado e imperfeição, dos salpicos do mundo, das manchas de paixões, do barro dos maus pensamentos. Lava e purifica nossa intenção no obrar, que ás vezes se tinge de negras cores: o egoísmo, vaidade, respeito humano são manchas pegajosas que requerem de um eficaz branqueador. Necessitamos que dês uma limpadela a nossas virtudes.

Oitavo: Rega o deserto da alma
Somos raiz de terra árida, árvore que cresce na estepe. ¿Vedes vós as árvores que crescem nas margens dos rios? ¡Que diferença! Sempre estão verdes. Dizia o poeta Antonio Machado estas formosas palavras: “O olmo velho, atingido pelo raio e em sua metade apodrecida, com as chuvas de abril e o sol de maio, algumas folhas verdes lhe apareceram". À base de água os judeus têm feito florescer o deserto do Sinai. Tu podes, Espírito Santo, fazer florescer meu deserto, essa estepe en que apenas os cardos e as ervas crescem. E então crescerão virtudes, crescerão boas obras em minha alma.

Nono: Sara o coração enfermo.
Médico de todas as doenças, médico das doenças que tenho tido e que agora sofro, médico ao domicilio. Senhor, se queres, podes curar-me a lepra, o câncer, a sida, a gangrena, a paralisia espiritual, as febres reumáticas, o escorbuto. ¿Qual é a minha doença? Escutemos em seguida a frase de ordem: ¡Levanta-te e anda! Médico das almas, que sabes a doença e conheces a medicina, ¿Qual é a minha doença e meu mal? ¡Diz-me!.. E proporciona o remédio que Tu sabes e eu não quero aceitar às vezes; cura-me antes de que a doença me cause a morte, cura-me as feridas que meu orgulho, sensualidade e egoísmo me abrem diariamente, as feridas de meus pecados antigos e de meus pecados de hoje.

Décimo: Doma o Espíritu indómito.
Dobra meu orgulho, abranda minha cabeça dura e meu duro coração; se é de pedra, fá-lo de carne; faz-me baixar a cabeça ante a obediência e dar o braço a torcer. Faz-me duro para comigo mesmo, que não aceite fragilidades, meias tintas, farisaísmos, mas faz-me brando com os demais, como um pedaço de pão que dê alimento a todos os que se cruzem em meu caminho; faz-me, Senhor, instrumento de paz, como te pedia Francisco de Assis: "Onde haja ódio, ponha eu teu amor, onde haja injúrias, perdão".

Onze: Aquece o que está frio.
Às vezes somos tempos flutuantes, corações em frigorífico, que nos se derretem com as grandes motivações do amor de Cristo, o zelo pela salvação das almas, a vocação a missão. Te peço um amor apaixonado, paixão pela missão.

Doze : Endireita o que está torto
¿Quantos critérios em minha vida andam torcidos? Endireita-os, endireita os maus hábitos, por exemplo, o hábito de pensar mal, o hábito tão arraigado de murmurar de meus irmãos, o hábito terrível da ociosidade, de não fazer nada, o hábito que mata a oração, a rotina, o hábito da preguiça, o hábito que empequenece minhas forças com a pusilanimidade, a timidez. Quero deixar-te o leme de minha vida, de meu barco, e quero remar com todas as forças de meus braços.
Para concluir, demos uma repescagem aos deveres que temos com este ilustre hóspede: Em primeiro lugar, tomá-lo em conta, fazer caso d’Ele, não o deixar só, ignorado abandonado. Porque deixamos abandonado o Amor.Em segundo lugar: Gratidão: lhe devemos tanto. A ingratidão é cardo que cresce nos corações mas sobretudo nos corações dos cristãos, pelo simples facto de haver recebido demasiadas coisas de Deus.
Em terceiro lugar: Amor. Deveria ser fácil amar o AMOR, enamorar-se do que nos ama infinitamente a cada um de nós. Antes de pedirmos que o amemos com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e todas as forças, antes nos disse Ele: "Te amei com um amor eterno".
Em quarto lugar: Docilidade e colaboração. Para ser santos devemos deixar-nos guiar e obedecer ao capitão do barco.
Em quinto lugar: Quando menos não o estorvar, o deixar trabalhar em nós. “Hoje, se escutais sua voz, não endureçais o coração”.
Comentários ao autor mdeblas@arcol.org
Compilação e destaques por
António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...