domingo, 12 de junho de 2011

Nº 948-3.1 - O que sabemos sobre o Espírito Santo (12-06-2011)


¿Que sabemos do Espírito Santo?
O ponto de partida obrigado é o Novo Testamento, que é, também ele, fruto amadurecido na Igreja, de uma vida e de uma experiência
Autor: Mariano de Blas | Fuente: Catholic.net
Santa Teresa chama a nossa alma um castelo interior, um palácio. Nesse castelo, palácio ou templo vive "O doce hóspede da alma": O Espírito Santo.


¿Quem é o Espírito Santo? Jesus Cristo o chama O Consolador. Em nossa alma vive O AMOR, vive ali de forma permanente, chegou a nossa alma para ficar. “¿Não sabeis que sois templos de Deus e que o Espírito Santo vive em vós?” dizia São Paulo aos primeiros cristãos.

Sua estadia no castelo obedece a uma tarefa que deve realizar, está encarregado de fazer de ti um santo ou uma santa, um apóstolo. Desde o primeiro momento da entrada em tua alma, no batismo, tem-se dedicado a trabalhar sem descanso, tem trabalhado muitos anos, tem levado muitos desenganos, porque há que ver como nos temos portado com Ele. Tem sofrido, possivelmente, o desterro, temos-lhe estragado a sua obra mestra, como o menino mau que destrói de um pontapé o castelo que constrói o menino bom na praia. E sobre as ruinas de nós mesmos volta a colocar outra vez pedra sobre pedra, com uma paciência e com um amor tão grandes que só porque é Deus os tem. Ele não desespera, mas ainda tem abrigadas firmíssimas esperanças de acabar com sua obra mestra contigo. Ele sabe que pode ainda que tu não sejas mármore de Carrara, só necessita algo de colaboração de tua parte ou pelo menos que não o estorves. Os meios: a graça santificadora, as graças actuais, suas inspirações, dons e frutos.

¿Qual é sua estratégia? Descreve-a muito bem um hino dedicado ao Espírito Santo. Selecionarei algumas partes deste hino.

Primeiro: O melhor consolador.
Consolando, secando lágrimas, arrancando os cardos e as ortigas do desalento, tristeza e amargura. Um de seus melhores ofícios - o sabe fazer muito bem - é consolar, por fortuna para nós que somos bastante chorões e necessitamos algo mais que Kleenex para nossos tempos de tristeza. O melhor Consolador, já sabemos. Quando cheguem os momentos mais penosos em que chorar é pouco, quando a crise nos agarre pelo pescoço e nos pateie, acudir a quem quer e pode consolar-nos.
Nós podemos dizer: aqui me surpreende a realidade mais radiante que vivemos los cristãos e, portanto, adeus solidão, adeus tristeza, adeus lágrimas. Arrancar-nos a tristeza pior, a da separação de Deus, a da infidelidade. Alegrar-nos imensamente de haver sido feitos filhos de Deus, alegrar-nos de que nossos nomes estão escritos no céu, viver com alegria diária contagiosa, alegria na dor, na enfermidade, alegria nas boas e nas más. Espírito Santo, faz-nos apóstolos da alegria, faz-nos viver um cristianismo alegre, que vivamos com ar de ressuscitados, e que façamos viver aos outros assim também.

Segundo: Doce hóspede da alma.
É um dos títulos mais formosos. Não hóspede inoportuno. Quantos hóspedes com os quais nós não quiséramos encontrarmos, aos que lhes damos a volta. No caso do Espírito Santo é um doce hóspede, esperado com ansiedade, acolhido com carinho, porque sempre traz boas noticias, bons regalos, dons; O mesmo é o Dom por excelência.
¿Me alegro de o ter sempre comigo, o entristeço com meu desamor, lhe peço muitos presentes espirituais? E ¿que lhe dou eu: meu amor, minha fidelidade? ¿O escuto docilmente? ¿O hino "Vem, Espírito Criador" é minha saudação matutina, são as manhãs ao doce hóspede de minha alma? ¿Alguma vez lhe cantaste este hino? Recordemos a frase de São Paulo; "¿Não sabeis que sois templos do Espírito Santo? Ele ora connosco e por nós. Vivo, portanto, na presença do Espírito Santo, gozo minuto a minuto de sua companhia gratíssima, e sua graça está sempre à minha disposição.

Terceiro: Doce refrigério.
Quando o calor aperta e a língua fica seca como tijolo e o suor empapa a roupa, uma simples coca-cola fria, um ventilador oportuno, um albergue, solucionam o problema. Mas há outros sufocos e calores interiores que requerem outro refrigério. Quando se encrespam as paixões, quando o orgulho se revolta como leão ferido, quando a sensualidade com sua baba venenosa quer manchar o coração e a alma, quando a febre do mundo (prazeres, dolce vita...) queimam de ambição nosso espírito, chamar urgentemente ao Espírito Santo, para que nos brinde seu doce refrigério e voltam as coisas a seu lugar: O mundo lá e eu cá.

Quarto: Trégua no duro trabalho
Oferecendo descanso na dura briga da vida. Uma manhã de domingo em casa com crianças, um dia na oficina em que tudo saiu mal, cansa, desgasta, produz não rara vez frustração. Quando um dos plano está esgotado, enevoado pelo trabalho os problemas e as preocupações, acudir simplesmente a quem descansa no trabalho, ¡Oh Espírito Santo, desperdiçado tantas vezes que gememos sob o peso do trabalho! ¡Oh jornaleiros que tendo a fonte a uns metros morrem de sede! Deus é abismo de amor, torrente de felicidade, êxtase da vida, tê-lo tão perto e morrer-se de fome, a fonte a uns passos e morrer-se de sede, a fogueira alumiando en torno e morrer-se de frio, o amor perto do coração. Só uns passos tinha que dar. Viver perto da luz, e morrer no túnel das trevas.

Quinto: Brisa nas horas de fogo
Sendo frescura no meio do calor. Um copo de água fria num día de verão, a sombra de uma árvore no campo abrasado, uma brisa fresca, uma fonte fria junto ao caminho cheio de poeira, quanto se agradecem. Na vida não podemos estar lutando todo o tempo, somos humanos e necessitamos de tanto em tanto de um respiro. O Espírito Santo é a água fria, é a sombra, a brisa fresca e nossa fonte de água viva junto ao caminho da vida.

Sexto: Gozo que enxuga as lágrimas
Consolando na aflição. Boa falta nos faz: choramos como crianças pequenas por qualquer coisa. Chorar equivale a desanimarmos, a perder o entusiasmo por nossa vocação cristã e humana, a querer voltar atrás. Para esses momentos maus, em que podemos reagir como crianças caprichosas, acudir a quem nos console na aflição.
Atribui-se ao Espírito Santo quase um ofício de mãe. O sofrimento se encontra na vida de todos. Quando se o espera e quando não. Por isso necessitamos da presença do Espírito Santo. Posteriormente, o hino a que nos estamos referendo acrescenta uma série de petições ao Espírito Santo.


Sétimo: Lava o que está manchado
Lava o que está manchado: minha alma cheia de rugas, meu coração manchado de afectos desordenados, meu pequeno mundo cheio  de coisas humanas, de terra, de lodo; minha mente e meus sentidos às vezes tão vazios de Deus e tão cheios de minhas paixões desordenadas. Lava sobretudo a consciência de todo pecado e imperfeição, dos salpicos do mundo, das manchas de paixões, do barro dos maus pensamentos. Lava e purifica nossa intenção no obrar, que ás vezes se tinge de negras cores: o egoísmo, vaidade, respeito humano são manchas pegajosas que requerem de um eficaz branqueador. Necessitamos que dês uma limpadela a nossas virtudes.

Oitavo: Rega o deserto da alma
Somos raiz de terra árida, árvore que cresce na estepe. ¿Vedes vós as árvores que crescem nas margens dos rios? ¡Que diferença! Sempre estão verdes. Dizia o poeta Antonio Machado estas formosas palavras: “O olmo velho, atingido pelo raio e em sua metade apodrecida, com as chuvas de abril e o sol de maio, algumas folhas verdes lhe apareceram". À base de água os judeus têm feito florescer o deserto do Sinai. Tu podes, Espírito Santo, fazer florescer meu deserto, essa estepe en que apenas os cardos e as ervas crescem. E então crescerão virtudes, crescerão boas obras em minha alma.

Nono: Sara o coração enfermo.
Médico de todas as doenças, médico das doenças que tenho tido e que agora sofro, médico ao domicilio. Senhor, se queres, podes curar-me a lepra, o câncer, a sida, a gangrena, a paralisia espiritual, as febres reumáticas, o escorbuto. ¿Qual é a minha doença? Escutemos em seguida a frase de ordem: ¡Levanta-te e anda! Médico das almas, que sabes a doença e conheces a medicina, ¿Qual é a minha doença e meu mal? ¡Diz-me!.. E proporciona o remédio que Tu sabes e eu não quero aceitar às vezes; cura-me antes de que a doença me cause a morte, cura-me as feridas que meu orgulho, sensualidade e egoísmo me abrem diariamente, as feridas de meus pecados antigos e de meus pecados de hoje.

Décimo: Doma o Espíritu indómito.
Dobra meu orgulho, abranda minha cabeça dura e meu duro coração; se é de pedra, fá-lo de carne; faz-me baixar a cabeça ante a obediência e dar o braço a torcer. Faz-me duro para comigo mesmo, que não aceite fragilidades, meias tintas, farisaísmos, mas faz-me brando com os demais, como um pedaço de pão que dê alimento a todos os que se cruzem em meu caminho; faz-me, Senhor, instrumento de paz, como te pedia Francisco de Assis: "Onde haja ódio, ponha eu teu amor, onde haja injúrias, perdão".

Onze: Aquece o que está frio.
Às vezes somos tempos flutuantes, corações em frigorífico, que nos se derretem com as grandes motivações do amor de Cristo, o zelo pela salvação das almas, a vocação a missão. Te peço um amor apaixonado, paixão pela missão.

Doze : Endireita o que está torto
¿Quantos critérios em minha vida andam torcidos? Endireita-os, endireita os maus hábitos, por exemplo, o hábito de pensar mal, o hábito tão arraigado de murmurar de meus irmãos, o hábito terrível da ociosidade, de não fazer nada, o hábito que mata a oração, a rotina, o hábito da preguiça, o hábito que empequenece minhas forças com a pusilanimidade, a timidez. Quero deixar-te o leme de minha vida, de meu barco, e quero remar com todas as forças de meus braços.
Para concluir, demos uma repescagem aos deveres que temos com este ilustre hóspede: Em primeiro lugar, tomá-lo em conta, fazer caso d’Ele, não o deixar só, ignorado abandonado. Porque deixamos abandonado o Amor.Em segundo lugar: Gratidão: lhe devemos tanto. A ingratidão é cardo que cresce nos corações mas sobretudo nos corações dos cristãos, pelo simples facto de haver recebido demasiadas coisas de Deus.
Em terceiro lugar: Amor. Deveria ser fácil amar o AMOR, enamorar-se do que nos ama infinitamente a cada um de nós. Antes de pedirmos que o amemos com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e todas as forças, antes nos disse Ele: "Te amei com um amor eterno".
Em quarto lugar: Docilidade e colaboração. Para ser santos devemos deixar-nos guiar e obedecer ao capitão do barco.
Em quinto lugar: Quando menos não o estorvar, o deixar trabalhar em nós. “Hoje, se escutais sua voz, não endureçais o coração”.
Comentários ao autor mdeblas@arcol.org
Compilação e destaques por
António Fonseca

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