quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Nº 1536 - (4) - A RELIGIÃO DE JESUS - 2º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 20 de Janeiro de 2013

1536-4
Do livro A Religião de Jesus, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo A (2010-2011) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbaowww.edesclee.cominfo@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca

Estrela O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente.AF.

20 de Janeiro de 2013
2º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Jo 1, 1-11

Três dias depois, houve um casamento em Canaã da Galileia, e a mãe de Jesus estava presente. Jesus e os Seus discípulos também foram convidados para a boda. Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus disse para Este: «Não têm vinho». Jesus retorquiu: «Que temos nós com isso, mulher? A Minha hora ainda não chegou». Sua mãe disse aos servidores: «Fazei o que Ele vos disser». Havia ali seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, e cada uma delas levava duas ou três medidas. Disse-lhes Jesus: «Enchei de água essas talhas». E encheram-nas até cima. Disse-lhes depois: «Tirai agora e levai ao chefe da mesa». Assim fizeram. O chefe da mesa, depois de provar a água transformada em vinho, como não sabia de onde viera, pois só o sabiam os servos que tinham tirado a água, chamou o noivo, e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom, e, quando os convidados tiverem bebido bem, serve então o pior. Tu, porém, guardaste o vinho bom até agora!». Foi este o primeiro milagre de Jesus. Realizou-o em Canaã da Galileia. manifestou a Sua glória e os Seus discípulos acreditaram n’Ele.
 
 




1 – O segundo capítulo do IV Evangelho apresenta dois factos que irrompem em nossas ideias e costumes religiosos com acontecimentos que inconscientemente resistimos a aceitar e integrar na nossa fé e na nossa religiosidade. O primeiro destes factos é a conversão da água em vinho na boda de Canaã (Jo 1, 1-11); o segundo é a expulsão dos comerciantes do templo (Jo 2, 13—22). Na boda de Canaã, Jesus converte radicalmente a religiosidade doméstica. No santuário de Jerusalém converte radicalmente a religiosidade do templo.
 



2 – O que fez Jesus na boda compreende-se desde o momento em que tomemos em conta que, na modesta casa de uma pequena aldeia da Galileia (Canaã) tinham seis talhas de pedra com seiscentos litros de água, “para as purificações rituais dos judeus”. Demasiada pedra e demasiada água exigia a pureza ritual dos judeus. É evidente que, naquele casa, sobrava pureza ritual e faltava vinho para celebrar uma festa de amor e felicidade. E isso é o que Jesus resolveu. Converteu a “pureza religiosa” no “melhor vinho da festa”. E o relato termina dizendo que foi assim que aumentou a fé dos seus seguidores (Jo 2, 11).
 



3 – O mesmo Evangelho de João põe Jesus no templo de Jerusalém. E relata a expulsão dos comerciantes que ali vendiam os animais de que os fiéis necessitavam para oferecer os sacrifícios sagrados. Ali corria o dinheiro, havia postos de câmbio de moedas e os sacerdotes ganhavam em abundância e havia negócio. Para render culto a Deus, a religião havia montado “uma casa de negócios” (Jo 12, 16) Os sinópticos dizem que isto sucedeu em vésperas da paixão e morte de Jesus (Mc 11, 15-19 par). João coloca-o no começo da vida pública de Jesus. A intenção do IV Evangelho é clara: a religiosidade de Jesus rompe os esquemas básicos da religiosidade convencional.


0000000000000000000000000000000000000000000000000000000
=======================================================

Viso---mapa_thumb_thumb_thumb_thumb_[2]
http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com/
Compilação (e tradução dos comentários) por António Fonseca
http://bibliaonline.com.br/acf;
NOTA FINAL:
Continuo a esclarecer que os comentários aos textos do Evangelho, aqui expressos, são de inteira responsabilidade do autor do livro A RELIGIÃO DE JESUS e, creio eu… apenas retratam a sua opinião – e não a minha ou de qualquer dos meus leitores, que eventualmente possam não estar de acordo com ela. Eu apenas me limito a traduzir de espanhol para português os Comentários.
NEM EU NEM NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A ESTAR DE ACORDO.
Mais uma nota ainda:
Estes são os meus endereços atuais:
Para contactos normais: antoniofonseca1940@hotmail.com
e sobre o blogue: - antoniofonseca40@gmail.com
Hiperligações normais que utilizo para textos insertos no blogue:
- http://bibliaonline.com.br/acf; http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt
Post para publicação em 20-1-2013 - 10,45 h
Até lá, se Deus quiser.
António Fonseca
photo
























map-a3f333ae641e222222222222222222
Etiquetas Technorati:




Nº 1518–(3) - VIDAS DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA–(24) - 2 de Janeiro de 2012

Desejo a continuação de
 
BOAS FESTAS e BOM ANO DE 2013
===============
Caros Amigos:
Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
*********************************
SÃO SILVÉRIO
 
Silvério
 
São Silvério
(De 536 a 537)
 
Foi um pontificado muito curto e cheio de perturbações, pois a eleição deu-se a 8 de Junho de 536 e São Silvério faleceu em Dezembro do ano seguinte.
Ao saber da morte do papa Agapito, o rei godo, Teodorico, apressa-se a impor a eleição de um papa da sua confiança.
O povo e o clero de Roma aceitam Silvério, dadas as suas qualidades, embora receando a vingança de Teodato.
Pouco depois as tropas do general Belisário, às ordens do imperador Justiniano, invadem a Itália com intuitos de conquista e unificação. Teodato, amedrontado, é destituído e assassinado pelos seus próprios soldados que deixam Roma para se concentrarem em Ravena.
Silvério, para evitar derramamento de sangue, aconselha o Senado a acolher bem as tropas de Belisário, até porque a junção do Ocidente a Bizâncio o libertava da ameaça do domínio dos Godos, bárbaros e arianos.
Vitiges, sucessor de Teodato, sitia Roma, que, apesar da fome, resiste mais de um  ano.
Por essa altura, em Roma, conjurava-se contra Silvério. A imperatriz Teodora, que não esquecera nem perdoara a deposição de Antimo, envia de Constantinopla, com instruções secretas contra o papa, o diácono romano Vigilio, que ali se encontrava desde a morte de São Bonifácio. Vigilio, ajudado por Antonina, mulher de Belisário, faz circular, como assinada pelo papa, uma carta em que Silvério pede a Vitiges o auxilio dos Godos para libertação de Roma.
Chamado à presença de Belisário para se justificar, Silvério vai acompanhado por Vigilio, que o introduz  nos aposentos de Antonina, que, acompanhada do general, se fingia enferma. Belisário grita e insulta-o e Silvério é posto fora sem que lhe aceitem os seus protestos de inocência. Belisário manda arrancar-lhe as vestes episcopais e condena-o ao degredo na ilha Palmária, no mar Tirreno.
O bispo de Pátara, para onde Silvério fora anteriormente enviado, parte de imediato para Constantinopla para o defender junto de Justiniano.
O imperador manda regressar o papa a Roma para ser, de novo, imparcialmente julgado, mas as suas ordens já não chegam a tempo e pouco depois, no meio de vexames e humilhações, o papa morre, provavelmente à fome.
Uma relação da época dá-lhe o merecido título de «confessor da fé», pois a sua morte terá tido origem na recusa da reposição do patriarca Antimo e em não prometer o livre curso do arianismo.
 
 
*****************************
VIGILIO
 
Vigilio
 
Vigilio
(De 537 a 555)
 
Começou por ser manejado por duas mulheres sem escrúpulos e por Belisário contra o papa São Silvério.
Oriundo da aristocracia romana, recebeu o sólio pontifício, em 11 de Novembro de 537, por imposição do general bizantino que conseguiu que o clero romano lhe legitimasse a eleição.
Pressionado pela sua cúmplice, imperatriz Teodora, que esperava que ele reabilitasse Antimo, e com  o apoio do monofisismo, Vigilio não cede e dá-lhe por carta uma resposta inequívoca: «Se antes disse, errada e imprudentemente, o que não devia dizer, não posso agora de modo algum, aceder ao teu pedido, reabilitando esse herege. Apesar de me sentir indigno, sou o representante do apóstolo Pedro, revestido da mesma dignidade dos meus veneráveis predecessores Silvério e Agapito que condenaram, Antimo».
Teodora, despeitada, fica à espera de se vingar.
O imperador Justiniano, arrogando-se uma autoridade superior à do papa, mete-se nos campos da teologia, gerando uma controvérsia que ficou conhecida como «Controvérsia dos Três Capítulos».
Como os monofisitas chamavam nestorianos aos seguidores do Concílio de Calcedónia, surgiu a ideia de publicar a condenação dos três teólogos já falecidos, entre os quais Teodoro de Mopsuéstia, suspeitos de nestorianismo. Desse modo se calariam os monofisitas, sem se aludir ao Concílio de Calcedónia. A condenação tinha três capítulos, daí o nome da controvérsia, mas o édito foi considerado inoportuno e desnecessário pelo papa.
Aproveitando esta atitude de Vigilio, a imperatriz Teodora pensa na vingança e leva o imperador Justiniano a chamar o papa a Constantinopla, a fim, de o convencer a subscrever o decreto, tal como, sob coacção, tinham  feito os bispos orientais. Vigilio recusa e o imperador dá ordens para que lho levem à força.
Estava a celebrar os ofícios sagrados na Igreja de Santa Cecília, em 22 de Novembro de 545, quando um grupo de soldados, chefiados por Antimo, interrompe a missa e o faz sair de Roma sob escolta. Chegado à capital do oriente, cerca de um mês depois, é recebido com fingida apoteose por Justiniano, mas Vigilio sentiu que era prisioneiro.
De início teve coragem para não se submeter, mas acabou por subscrever a condenação dos «Três Capítulos».
Querendo salvaguardar a sua total adesão com o Concílio de Calcedónia e lamentando as dificuldades de um cargo quer tanto ambicionara, sentiu que só lhe restava uma saída: a convocação de uma comissão episcopal. Justiniano não fez grandes reparos à proposta e publica novo édito com a condenação dos «Três Capítulos».
Vigilio refugia-se numa basílica da cidade, onde os soldados imperiais o vão procurar, mas resiste, apoiado pelo povo e alguns clérigos fieis.
Na antevéspera do Natal de 551, iludindo as sentinelas, Vigilio consegue evadir-se e com alguns amigos, entre eles o bispo de Milão, chegar à Calcedónia, de onde, em Fevereiro de 552, escreve uma encíclica de esclarecimento e protesto ao mundo cristão, declarando a sua adesão inquebrantável à fé exarada nos quatro grandes concílios ecuménicos.
O imperador, vendo que nada consegue, escreve com hábil diplomacia, em tom amigo e humilde, e envia a carta por Belisário, a propor a reconciliação.
Vigilio, com garantias de proteção, regressa a Constantinopla certo de que assim lho exigia o bem da Igreja e propõe a realização de um concílio ecuménico em Itália. O imperador concorda, mas na condição de o concílio se realizar em Constantinopla e os bispos participantes serem por ele designados, excluindo representantes da Itália, da Gália e Espanha e com  poucos africanos. Nestas condições, Vigilio recusa-se a participar e a 14 de Maio de 553 envia a Justiniano o célebre Constitum, compilado em grande parte pelo seu auxiliar e sucessor, Pelágio, onde, expõe sessenta proposições de Teodoro de Mopsuéstia, quase todas relativas a cristologia, exprimindo sobre cada uma um juízo enérgico e severo «em virtude da autoridade apostólica», mas negando-se a condenar a sua memória porque o Concílio de Calcedónia também não o fizera.
O imperador, furioso, manda encarcerar os diáconos secretários de Vigilio e ele, só, doente e já velho, acaba por concordar com  a publicação proferida pelos bispos conciliares contra Teodoro de Mopsuéstia e dando anuência ao concílio conduzido contra sua vontade.
A atitude de Vigilio provocou efeitos nefastos no Ocidente e no Norte de África, onde foi interpretada como condenação do Concílio de Calcedónia e, implicitamente, a negação da infabilidade papal. Um sínodo reunido em Cartago, lança mesmo a excomunhão sobre o papa.
Com tudo isto, Vigilio sente-se humilhado pela sua falta de coerência e firmeza e arrependido dos processos utilizados para chegar a sumo pontífice.
Justiniano, entretanto, permite-lhe que regresse a Roma, para onde partiu na Primavera de 555, mas não chegou ao seu destino porque, debilitado e enfermo, morreu em Siracusa, na Sicília.
Anote-se que durante o seu pontificado chega à Galécia, proveniente da Panónia (Hungria), São Martinho, que viria a ser chamado Dumiense em atenção à sua primeira sede episcopal em Dume, nos arredores de Braga, e também, bracarense, por ter ficado à frente desta diocese de 569 a 579. Acontecimento de relevo durante o pontificado foi a morte de São Bento em 547.
 
******************************
PELÁGIO I
 
Agapito I_thumb[1]
 
Pelágio I
(De 556 a 561)
 
Foi diácono da Igreja romana, aprocrisiário em Constantinopla, defendeu os «Três Capítulos», evitou o Cisma da Sicília e a morte dos romanos quando da invasão de Tótila.
Emissário dos três papas anteriores, Agapito I, São Silvério e Vigilio, de quem  foi secretário, estava naturalmente indicado para ser o seu sucessor.
A verdade é que houve um interregno de dez meses para que fosse eleito papa, o que só aconteceu em 16 de Abril de 556; tal facto terá ficado a dever-se à prepotência do imperador Justiniano, então senhor do Império do Ocidente, que pretendia um pontífice menos difícil que Vigilio, ou que, ao menos, aceitasse, como ele, o Concílio de Constantinopla.
O certo é que Pelágio, que estivera ao lado de Vigilio na questão dos «Três Capítulos», acabaria por reconhecer igualmente a legitimidade do concílio, quem sabe se por pressão do imperador Justiniano, já que ele o fez papa. A sua atitude anti-Bizâncio não foi bem aceite pelo clero italiano, chegando mesmo a gerar-se uma ameaça de cisma, pela recusa da comunhão com ele, por parte dos bispos de Milão, Alquileia e Norte de África. Enfrentava então forte oposição, uma vez que se duvidava da sua ortodoxia.
Pelágio entendeu que devia agir com clarividência e, para eliminar qualquer dúvida, publicou uma explicita declaração de fé com adesão inequívoca aos concílios ecuménicos anteriores ao de Constantinopla, sem qualquer alusão a este para não ferir as susceptibilidades de qualquer das partes.
Por ocasião da Páscoa, celebrada com grande solenidade em São Pedro, proferiu um inesperado juramento sobre os Evangelhos, protestando a sua total inocência quanto às acusações que lhe faziam no campo da fé. Escreve mesmo ao rei Gildeberto, da Gália, declarando que em Constantinopla não se haviam discutido questões de fé e que, após a morte da Imperatriz Teodora, já nada havia a temer.
Vencidos estes obstáculos procura reorganizar a vida eclesiástica de Roma abalada pelas constantes e prolongadas ausências de Vigilio em Constantinopla, e, ao mesmo tempo, empenha-se no auxilio material à população de Roma e outras cidades de Itália devastadas pelas guerras entre os Godos e Bizâncio e pelas incursões dos bárbaros alamanos e francos.
Nessa emergência, além da sua inesgotável caridade, revelou-se um administrador inteligente e prático dos bens pontifícios e mandou construir a Igreja dos Santos Apóstolos, em  Roma.
  • Nota:
  • Pouco depois do falecimento do papa, realizar-se-ia o primeiro Concílio de Braga sob a presidência do bispo Lucrécio e com a participação do bispo de Dume, São Martinho, e dos bispos André, da Iria, Lucêncio, de Coimbra, e ainda os de Lugo, Tui, Astorga e Orense concílio cuja importância sobressai nos assuntos tratados: necessidade dos concílios provinciais; uniformidade litúrgica; normas para o apostolado; disciplina eclesiástica; erradicação da heresia priscilianista.
 
********************************
Continua:…
Post colocado em 2-1-2013 – 11H00
ANTÓNIO FONSECA
Esta é a primeira edição desta página, no ano de 2013.

Andre Rieu live at Schönbrunn Vienna 2006 - Frédéric Jenniges

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...