sábado, 1 de novembro de 2014

Nº 2187 - (305-14) - 4ª PÁGINA - FESTA DE TODOS OS SANTOS - 1 de Novembro de 2014


Caros Amigos

Como vêem esta página de hoje é especial, principalmente por duas coisas:

A primeira é que o DIA DE TODOS OS SANTOS é Feriado equivalente a DIA SANTO DE GUARDA, muito antigo e Universal pois é celebrado praticamente em todo o Mundo Católico e de outras Religiões.

A segunda razão pela qual eu resolvi colocar serve mais para contestar (documentalmente) a retirada deste dia como FERIADO ou DIA SANTO DE GUARDA, independentemente do dia de semana em que calhe, porque uns senhores "inteligentes" representantes de uma organização europeia a quem foi posto o nome russo de "TROIKA" entendeu impor a Portugal esta penalização - sem pés nem cabeça - 
durante 5 anos ou seja até 2018, com o beneplácito da CEP - Conferência Episcopal Portuguesa.

Eu sei que nada adianta, mas sempre que puder e enquanto Deus me deixar, protestarei contra esta anomalia (para não dizer uma asneira...) de os nossos Governantes disporem a seu belo prazer da vida dos Portugueses Católicos (e não só).

E fico-me por aqui, porque na 3ª Página deste Blogue já faço referência a este assunto.

Nº 2187 - (305-14)

4ª PÁGINA

1 de Novembro de 2014

FESTA DE TODOS OS SANTOS

Comemoração universal da Igreja Católica

6º ANO
miscelania 125 miscelania 008miscelania 125
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Comemorar e lembrar os Santos de Cada Dia

principalmente o

DIA DE TODOS OS SANTOS

é dever de todo o católico,
assim como procurar seguir os seus exemplos.



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DIA DE TODOS OS SANTOS
Comemoração da Igreja Católica em toda a Cristandade 


A Festa de TODOS OS SANTOS é uma das mais formosas e alegres. É triunfo, é esperança, é luz. Céu azul ornamentado com brilhantes estrelas na noite escura do mundo.

O nosso viver agitado e ligeiro, como a corrente das águas, que vil e diminuto parece, contemplado na extensão infinita da eternidade, dessa abóbada celeste onde estamos chamados a brilhar como lâmpadas sempre vivas, no Templo eterno de  Deus!

A Igreja quer que hoje contemplemos o Céu vivo de todos predestinados, de todos os que morreram «em Cristo Jesus», com este nome bendito nos lábios e a fé no coração. Todos: os heróis da virtude que brilham como estrelas de primeira grandeza, e os pecadores arrependidos, que por fim entraram no hemisfério da luz e da verdade.

Nos primeiros séculos cristãos, o culto dos Santos reduzia-se unicamente aos mártires. Estes eram os grandes heróis que atraiam todo o entusiasmo e simpatia dos fiéis nos opacos subterrâneos das catacumbas e nas régias naves das primeiras Basílicas. Em Antioquia, havia um domingo dedicado a todos os mártires em comum. No Ocidente começou também a celebrar-se a festa de Todos os Mártires, de Todos os Apóstolos e de Todos os Anjos. Em princípio do século VII, em Roma, purificou Bonifácio IV o Panteão do Campo de Marte e dedicou-o à Santíssima Virgem e a todos os mártires. A 13 de Maio o aniversário de tal dedicação constituiu a primeira festa dos Santos em geral. No século VIIIGregório II erigiu na Basílica de São Pedro uma Capela ao Divino Salvador, à Sua Mãe Santíssima, aos Apóstolos e a Todos os Mártires e Confessores. O objecto da Festa  dos Santos ia-se ampliando cada vez mais. Compôs-se um ofício próprio e no ano de 737 inseriu-se no Cânone da Missa uma comemoração de Todos os Santos. A festa deles fixou-a definitivamente para o dia 1 de Novembro, o Papa Gregório IV, no século IX (*) «há exactamente há 12 séculos..., ou seja há mais de 1000 anos ou mais propriamente 1200 anos...».

Por fim Sisto IV elevou-a a uma das maiores solenidades, com Oitava. Solenidade esta que ainda hoje existe. 

A fé cristã apresenta-nos sempre, como meta feliz da nossa peregrinação pela terra
«a Cidade Permanente da glória», o «descanso eterno», o «refrigério», a «luz eterna», a «paz» dos que nos precederam. Impunha-se, portanto, a liturgia de Todos os Santos, da humildade cristã que descansa na paz intensa do amor. A vida é uma batalha dura e monótona pelo reino de Deus nas nossas almas. Era preciso olhar para o arco do triunfo, para o monumento a vitória que levantaram os santos ao Rei dos séculos.

O vento da inspiração profética de São João rasga hoje o véu do tempo e do espaço, e coloca-nos na presença dos coros bem-aventurados que celebram os louvores do Cordeiro. Não são alguns escolhidos; são imensa multidão, turba magna, que vem de todas as tribos, de todas as línguas, de todos os povos e de todas as nações, para formar a pátria das pátrias, a única cuja vitória não fará escravos nem tiranos. Nasceram na nossa mesma terra, percorreram-na um dia, como nós agora, lutaram, caíram também, cansaram-se; mostraram ainda nas suas frontes o suor do peregrino, a sede nos lábios e o pó nas sandálias. Passaram já todas essas coisas. Foram perseguidos, tiveram fome, sede, sofreram a calúnia, o ódio e a injustiça. Mas agora são bem-aventurados, beatis estis. Passaram a grande tribulação; não voltarão a ter sede, pois o «Cordeiro, que está no meio do trono, os há-de apascentar e levar às fontes de água viva».

Não é fácil ao homem mortal, imaginar a vida eterna dos Santos, «que nem os olhos viram, nem os ouvidos ouviram, nem aos homens passou pelo pensamento». O Catecismo descreve-a como «o conjunto de todos os bens, sem mistura de mal algum»; Jesus Cristo, no seu Evangelho, como um Reino, como o Paraíso, como a casa do seu Pai, onde há muitas moradas, como a Vida Eterna, a Bem-aventurança, a Bênção de Deus, como Gozo do Senhor. Santo Agostinho chama-a «fonte da sabedoria e felicidade, onde a alma se embriaga, bebendo da água, que é de Deus».

A liturgia e a arte dos primeiros cristãos, tão cheios de fé na vida eterna, deixaram-nos descrições e imagens inspiradissimas que falam aos sentidos e ao coração. A abóbada estrelada do Céu, o jardim exuberante com plantas, flores e água. As aves a cantar e a saltar de ramo em ramo, os cordeiros que tosam a verde pradaria, o veado que se dessedenta na fonte, o pavão com a sua plumagem e as suas cores, a ave fénix. Tudo o que mais alegra e satisfaz os sentidos escolheu-se como meio de representação duma beleza, duma plenitude espiritual e inefável.

A liturgia copta diz: «Dá-lhes, Senhor, descanso  no lugar verdejante, junto às águas que fortificam, no jardim das delicias, longe das aflições do coração, da tristeza e do gemido».

A chamada liturgia de São Tiago: «Dispõe, Senhor, que possamos descansar na região dos que vivem no teu Reino, nas delicias do paraíso, no seio de Abraão, de Isaac e Jacob, nossos pais, onde não têm entrada a dor, a tristeza e o gemido, onde preside a luz do teu rosto e resplandece para sempre». 

O refrigério domina a liturgia e a arte primitiva cristã. São Cipriano dizia no século III: «Os justos estão chamados ao refrigério; os maus ao suplicio eterno». Santa Perpétua contempla numa visão a vida bem-aventurada de seu irmão Dinócrate e vê-o «num corpo limpo, regiamente vestido e no refrigério». As Actas de São Mariano e de São Tiago, mártires de Cartago, pintam-nos o céu como o «um caminho a correr entre o sorriso dos prados e o germinar dos bosques, onde negros ciprestes  e altos pinheiros chegam ao céu, donde mana uma fonte de água pura, que os sentido bebem».

A epigrafia funerária está cheia também deste refrigério aplicada à vida do Céu: «Descanse a tua alma no refrigério», «o Deus Omnipotente refrigere a tua alma».

As lajes das mármores transmitiram-nos a pomba que bebe num cântaro cristalino, onde se vê a cor azul da água. No cemitério de São Calisto há três ânforas transparentes, em cujos bordos bebem felizes as aves do Céu, imagem dos bem-aventurados. É representação gráfica da felicidade eterna, que a antiguidade cristã condensou nestas palavras: «Bebe, vive».

A imagem mais expressiva do refrigério eterno é a pintura das ovelhas, que se encontra em São Calisto. No centro, como figura principal, está o Bom Pastor, que levou a alma do defunto para entre a fileira interminável das suas ovelhas escolhidas. Entre elas, dois homens com vestuários sacros que estendem as mãos para a fonte da vida e assim saciam a sede da felicidade eterna.

Em muitas fórmulas epigráficas deseja-se para o defunto paz e luz: «Vive em paz, Prisco». «Na paz e no paraíso», «Ó, Eugénio, esteja a tua alma na felicidade». No cemitério de Priscila lemos: «Marítima, tu não perdeste a doce luz, porque estava contigo o Peixe, sempre imortal». A luz perpétua é Cristo, é Deus. O Céu é lugar iluminado, paraíso de luz, dom de luz, prémio de luz». 

Quantos nos precederam já, nesta manhã nossa da luz e da vida! Todos nos dizem hoje: «Correi, andai, segui-nos, estamos na casa do Senhor. Felizes deles! Felizes dos que temos a sua fé e a sua esperança»!

Os cristãos, somos filhos da luz e da alegria. Desconhecemos o pessimismo, o cansaço e a derrota. Se pensamos na morte e desprezamos a vida, a terra cheia de flores, o céu azul, a fragrante rosa da Primavera, o brilhante mármore e o rico tapete do palácio, os sorrisos efémeros do carinho e do amor humano, tudo isto é porque aspiramos a mais. Queremos ondas de círculos infinitos, que não se quebrem nas estreitezas da prisão. Sabemos que o céu cá de baixo se encobre, que a rosa murcha e o mármore se desfaz em pó. Nas asas do Credo levantamos-nos às alturas do Céu, entramos no Paraíso da Glória eterna de Deus onde

Imensa formosura
aqui se mostre toda; e resplandece
claríssima luz pura
que nunca anoitece;
eterna primavera aqui floresce, 
Ó campos verdadeiros!
Ó prados com verdade frescos e amenos

Extraímos esta breve passagem dum sermão do Padre António Vieira, pregado em Lisboa no ano de 1643:

«A Festa mais universal e a festa mais particular, a festa mais de todos e a festa mais de cada um: é a que hoje celebra e nos manda celebrar a Igreja.
É a festa mais universal e mais de todos; porque começando pela fonte de toda a Santidade que é Cristo, e pela Rainha de todos os Santos que é a Virgem Santíssima, fazemos festa hoje a todas as Jerarquias (Hierarquias) dos Anjos, fazemos festa aos Patriarcas e aos Profetas, aos Apóstolos e aos Mártires, aos Confessores e às Virgens. E não há Bem-Aventurado na Igreja triunfante, ou canonizado ou não canonizado, ou conhecido ou não conhecido na Militante, que não tenha a sua parte ou o seu todo neste grande dia.
este mesmo dia tão Universal e tão de todos, é também o mais particular e mais próprio de cada um; porque hoje se celebram os Santos de cada Nação, os Santos de cada Reino, os Santos de cada religião, os Santos de cada Cidade, os Santos de cada Família. Vede quão nosso e quão particular é este dia. Não só celebramos os Santos desta nossa Cidade, senão cada um de nós os Santos da nossa família e do nosso sangue.
Nenhuma família de cristãos haverá tão desagraciada, que não tenha muitos ascendentes na Glória. Fazemos pois hoje festa a nossos pais, a nossos avós, a nossos irmãos, e os que tendes filhos no Céu, ou inocentes ou  adultos, fazeis também festa hoje a vossos filhos.
Ainda é mais nossa esta festa: porque se Deus nos fizer mercê de que nos salvemos, também virá tempo - e não será muito tarde - em que nós entremos no número de Todos os Santos, e também será nosso este dia. Agora celebramos (...), e depois outros nos celebrarão a nós».






Caros Amigos

Como vêem esta página de hoje é especial, principalmente por duas coisas:

A primeira é que o DIA DE TODOS OS SANTOS é Feriado equivalente a DIA SANTO DE GUARDA, muito antigo e Universal pois é celebrado praticamente em todo o Mundo Católico e de outras Religiões.

A segunda razão pela qual eu resolvi colocar serve mais para contestar (documentalmente) a retirada deste dia como FERIADO ou DIA SANTO DE GUARDA, independentemente do dia de semana em que calhe, porque uns senhores "inteligentes" representantes de uma organização europeia a quem foi posto o nome russo de "TROIKA" entendeu impor a Portugal esta penalização - sem pés nem cabeça - 
durante 5 anos ou seja até 2018, com o beneplácito da CEP - Conferência Episcopal Portuguesa.

Eu sei que nada adianta, mas sempre que puder e enquanto Deus me deixar, protestarei contra esta anomalia (para não dizer uma asneira...) de os nossos Governantes disporem a seu belo prazer da vida dos Portugueses Católicos (e não só).

E fico-me por aqui, porque na 3ª Página deste Blogue já faço referência a este assunto.



Desculpem-me por favor. Obrigado.  AF


miscelania 004
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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto
miscelania 003
Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
ANTÓNIO FONSECA
In
Livro dos 
SANTOS DE CADA DIA
III
Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro

4ª edição

Editorial A. O.  -  Braga


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