domingo, 8 de novembro de 2009

SEVERO, SEVERINO, CARPÓFORO e VICTORINO - 4 Santos Coroados (e outros) - 8 de Novembro

Os Quatro Santos Coroados
Mártires, 8 Novembro
Los Cuatro Santos Coronados
Os Quatro Santos Coroados
Recordamos a quatro irmãos mártires: Severo, Severino, Carpóforo e Victorino, que viveram na última parte do século III e em começos do IV.
Serviam como militares ao imperador Diocleciano, pois gozavam de grande reputação como soldados, e tinham postos honoríficos na corte. Além disso, eram cristãos e não ocultavam sua condição de tais; assistiam às reuniões e aos ofícios divinos, geralmente realizados nas catacumbas, socorriam aos pobres e visitavam aos presbíteros.
No ano 304, Diocleciano decretou que todos os súbditos do Império sacrificassem publicamente aos deuses. Deste modo, se desenvolveu com a maior fúria, a perseguição contra os seguidores de Cristo, e prontamente os quatro santos foram presos. Como se negaram a prestar juramento aos deuses, foram levados diante do ídolo de Esculápio e ameaçados de morte se não lhe rendessem culto.
Os quatro gritavam: "¡É um falso Deus!".
Foram açoitados cruelmente, mas eles continuaram gritando: "¡Nosso Deus é Jesus Cristo!"
Foram submetidos a toda a classe de tormentos. E assim, entregaram sua vida. Diocleciano ordenou que seus corpos fossem arrojados à praça, para que servissem de alimento aos cães.
Afirma a tradição que transcorridos cinco dias, nenhum cão se aproximou, pondo de manifesto que os homens eram mais cruéis que as bestas. Os cristãos, em segredo lhes deram sepultura no areal.
Seus restos estão agora na igreja que leva o nome dos Santos Coroados, em Roma.
Os santos mártires Cláudio, Nicóstrato, Sinforiano, Castor e Simplício, cuja recordação celebra a Igreja também hoje, padeceram na mesma perseguição e foram sepultados no mesmo cemitério.
Estes cinco eram escultores de profissão e se negaram a esculpir uma estatua do deus Esculápio, para não dar lugar a idolatria. Diocleciano mandou que fossem açoitados, seus corpos se colocaram em caixões e arrojados ao rio.
Não é seguro que este facto haja ocorrido em Roma ou que na realidade ocorreu em Panonia (actual Hungria).
Não obstante seus restos descansam também na igreja dos Santos Coroados, em Roma.

Espíritos sublimes,
¡oh mártires gloriosos!,
felizes moradores
da imortal Sião,
rogai pelos que lutam
nas batalhas rectas,
que alcancem a vitória 
e eterno galardão.
¡Oh mártires gloriosos
de vermelhas vestes,
que brilham com eternos
fulgores ante Deus!
Com vosso risco cresça
de Cristo a semente,
e o campo das messes
se cubra já em sazón. Ámen.
Hino da Liturgia das Horas

Isabel da Trindade, Beata
Carmelita, 8 de Novembro
Isabel de la Trinidad, Beata
Isabel da Trindade, Beata
Etimologicamente significa “juramento de Deus”. Vem da língua hebraica.
Te encontras hoje ante uma mística de altos voos. Dessas pessoas que não se sabe se vivem na terra ou estão vivendo fisicamente aqui mas sua mente e coração estão no céu.
Nasceu em Bourges, França, em 1880. Lhe custou muito em sua educação e maturidade pessoal acabar com o mau génio que tinha. Isto lhe ocorreu após a morte do pai.
Aos 14 anos, fez voto de virgindade. Poucos anos depois começou a escrever suas revelações místicas ou sobrenaturais. Aos 21 anos ingressou no convento carmelita de Dijon.
Nada mais que após entrar, o tomou tudo a sério. E o ideal que guiaria sua vida inteira não foi outro que este:"Louvor de glória da Santíssima Trindade e crescer de dia em dia na carreira de amor aos Três".
Apesar de sua juventude, exerceu e exerce uma grande influência na vida das pessoas mais sensibilizadas com o mundo de Deus. Seus livros “Elevações, Retiros, Notas Espirituais e suas Cartas constituem uma experiência mística trinitária excepcional.
Sua contemplação, sua solidão e seus arrebatamentos místicos nos fazem ver sua união com Deus trinitário.
De seus livros tiramos algumas frases dignas de reter na memória e no coração crentes:"Crer que um ser que se chama O Amor habita em nós em todo o instante do dia e da noite e que nos pede que vivamos em sociedade com Ele, eis aqui, vos confio, o que fiz de minha vida meu céu antecipado".
"Meu Esposo quer que eu seja para Ele uma humanidade adicional na qual ele possa seguir sofrendo para glória do Pai e para ajudar a Igreja".
Morreu no ano 1906 por causa de uma úlcera de estômago. Subiu aos altares em 25 de Novembro de 1984.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Godofredo de Amiens, Santo
Bispo, 8 Novembro
Godofredo de Amiens, Santo
Godofredo de Amiens, Santo
Monge -  Novembro 8
Etimologicamente significa “paz de Deus”. Vem da língua alemã.
Em Junho de 2002 se fala muito da Convenção Europeia como uma forma de chegar a sua própria identidade, tendo em conta as raízes de seu passado...Há que ter confiança nos valores da solidariedade, a subsidiariedade e a transparência...A liberdade religiosa deve ser reconhecida a nível da Comunidade Europeia.
Veio ao mundo no ano 1066 em Soissons e morreu aqui mesmo em 1115.
De jovem viu que sua vocação se inclinava por ser monge. Aos 30 anos vivia muito feliz como um simples religioso na abadia de Mont-Martin.
Em poucos anos soube dar prosperidade à abadia e a todos os arredores.
Quando o arcebispo se inteirou de quem era este monge, ofereceu-lhe que tomasse cargo da abadia de santo Remigio, a mais importante de sua diocese.
Godofredo lhe respondeu dizendo-lhe que não queria. Se o fizesse, seria como um homem que deixa a sua mulher para ir com outra mais guapa.
Não obstante, pensou no tema da obediência e, no final, aceitou não ser abade mas bispo de Amiens.
Proveniente de uma vida monacal, forjada na austeridade, começou por reformar o clero que estava embebido na simonia e não administrava os sacramentos. Uma grande degradação moral e religiosa.
E não somente quis reformar o clero, mas também se pôs duro com os senhores que acampavam por seus foros.
Estes últimos se uniram para lhe fazer a vida impossível. Cedo ficou sem amigos.
Por isso, uma noite saiu fugindo para a Cartuxa a fim de se esconder e viver em paz.
Encontraram-no e o obrigaram a voltar à diocese. Mas estava já extenuado de forças e morreu pouco depois na abadia de São Crispim de Soissons.

Adeodato, Santo
LXVIII Papa, 8 Novembro
Adeodato, Santo
Adeodato, Santo
O Papa Adeodato I, ou Deusdedit, foi pontífice num momento em que se começava a sentir cada vez mais claro e forte o sentimento de intolerância e de independência do poder bizantino.
Houve levantamentos em Rávena, em Nápoles e na própria Roma. Os territórios governados pelos Lombardos. pelo contrário, gozavam de certa tranquilidade.
Poucas são as notícias históricas: filho do subdiácono romano Esteban, foi durante quarenta anos sacerdote em Roma antes de suceder na cátedra pontifícia ao Papa Bonifácio IV em 19 de Outubro de 615.
Morreu em Novembro de 618, amado e chorado pelos romanos, que puderam apreciar o bom coração durante as grandes calamidades que atormentaram a Roma durante os três anos de seu pontificado: o terramoto, que deu o golpe de graça aos marmóreos edifícios do Foro, já desbastados pelas contínuas invasões dos bárbaros, e uma terrível epidemia chamada elefantíase.
Foi o primeiro Papa que estabeleceu com testamento doações para distribuir o povo com ocasião dos funerais do sumo pontífice. Em Roma o Papa não só era o bispo e o pastor espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, o que garantia a ordem. À morte de todo pontífice os romanos se sentiam sem protecção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às vinganças do império de Oriente. A teoria medieval dos "dois sóis", o Papa e o imperador, que deveriam governar unidos ao mundo cristão, não era aceite em Constantinopla.
O Papa Adeodato se demonstrou um hábil mediador e paciente interlocutor com o outro "sol" que na realidade de verdade foi muito pouco solícito com Itália, excepção feita da vez que enviou ao exarca Eleutério a dominar a revolução de Ravena e de Nápoles. Foi a única ocasião em que o Papa Adeodato, ocupado em aliviar a sorte dos habitantes de Roma pelas calamidades já referidas, teve um contacto, ainda que indirecto, com o imperador.
Teve fama de ser um taumaturgo: curava as formas mais graves de peste só em apoiar seus lábios sobre as chagas imundas dos enfermos. Barónio põe no Martirológio Romano um episódio que confirma a fama de santidade que rodeava o venerável pontífice "dado por Deus" (como diz a etimologia do nome) como guia dos cristãos numa época tão atormentada: durante uma de suas visitas aos enfermos, os mais abandonados, isto é os mais atacados pela terrível enfermidade da lepra, haveria curado a um destes infelizes depois de o ter abraçado e beijado carinhosamente.
O Liber pontificalis, recordando dois factos de seu pontificado, afirma que Adeodato amou muito a seu clero, ao que defendeu com respeito do clero monástico ou regular, privilegiado desde quando Gregório Magno havia confiado aos monges importantes cargos no apostolado missionário e na mesma organização eclesial. O segundo facto se refere à faculdade de celebrar uma segunda missa no mesmo dia (binação).
Dele se conhece o selo de chumbo com que marcava os documentos oficiais: o Bom Pastor entre as ovelhas e os símbolos cristológicos de Alfa e Omega. Foi o primeiro que o usou. Sua forma é redonda, grande como uma moeda e em latim se chama bulla, da que deriva bula. Deixou um presente de prata a cada clérigo presente em seus funerais.

Juan Duns Escoto, Beato
Doutor Subtil, 8 Novembro
Juan Duns Escoto, Beato
Juan Duns Escoto, Beato
Sacerdote, doutor subtil e mariano (1265‑1308). João Paulo II aprovou seu culto em 20 de Março de 1993.
Juan Escoto nasceu em Duns, na Escócia, em 1265, entrou na Ordem dos irmãos Menores em 1280 e foi ordenado sacerdote em 17 de abril de 1291. Completou os estudos entre 1291 e 1296 em Paris.
Logo depois ensinou em Cambridge, Oxford e Paris, como bacharel, comentava as “Sentenças” de Pedro Lombardo.
Teve que abandonar a universidade, por não ter querido firmar uma apelação ao Concílio contra Bonifácio VIII, promovida por Felipe o Formoso, rei de França.
Regressou ali no ano seguinte para obter o doutorado, com uma carta de apresentação do Ministro geral da Ordem, Padre Gonzalo Hispânico, que havia sido seu mestre, no qual o recomendava como plenamente douto “seja pela larga experiência, seja pela fama que se havia estendido por todas partes, de sua vida laudável, de sua ciência excelente e do engenho subtilíssimo” do candidato.
Em fins de 1307 Juan Duns Escoto estava em Colónia, onde ensinou. Talvez não haja doutor medieval mais saliente que este franciscano escocês, que estudou em Oxford, ensinou em Paris, foi expulso por Felipe o Formoso porque não quis firmar a apelação anti-papal e morreu em Colónia, com a idade em que os outros filósofos começam a produzir, como se a chama do pensamento lhe houvesse queimado a juventude.
O título de “Doutor Subtil” que lhe deram, diz toda sua sublimidade. Suas teorias sobre a Virgem e sobre a encarnação obtém depois de séculos a confirmação no dogma da Imaculada Conceição e no culto à realeza de Cristo.
Elabora o misticismo pensante de São Boaventura. Escoto é um metafísico e um teólogo.
Empregou sua agudeza de engenho na sistematização dos grandes amores de São Francisco: Jesus Cristo e a Virgem Santíssima. A posteridade também o tem chamado “Doutor do Verbo Encarnado” e “Doutor Mariano”.
Teve numerosos discípulos e muito cedo chegou a ser e seguiu sendo o chefe da escola franciscana, que se iniciou com o Beato Alejandro de Hales, se desenvolveu com São Boaventura, doutor Seráfico da Igreja, e chegou a culminar no Beato Juan Duns Escoto.
Sua doutrina está em perfeita harmonia com sua espiritualidade.
Depois de Jesus, a Virgem Santíssima ocupou o primeiro posto na sua vida. Duns Escoto é o teólogo por excelência da Imaculada Conceição.
O estudo dos privilégios de Maria ocupou um posto importantíssimo em sua vida. Numa disputa pública, permaneceu silencioso até que uns 200 teólogos expuseram e provaram suas sentenças de que Deus não havia querido livre de pecado original à Mãe de seu Filho.
Por último, depois de todos, se levantou Juan Duns Escoto, tomou a palavra, e refutou um por um todos os argumentos aduzidos contra o privilégio mariano; e demonstrou com a Sagrada Escritura, com os escritos dos Santos Padres e com agudíssima dialéctica, que um tal privilégio era conforme com a fé e que pelo mesmo se devia atribuir à grande Mãe de Deus. Foi o triunfo mais clamoroso na célebre Sorbonne, sintetizado no célebre axioma: “Potuit, decuit, ergo fecit (Podia, convinha, logo o fez)”.
Em Colónia, onde ensinava, morreu em 8 de Novembro de 1308.

María Crucificada (Isabel María) Satellico, Beata
María Crucificada (Isabel María) Satellico, Beata
(1706‑ 1745), Virgem da Segunda Ordem. Beatificada por João Paulo II em 10 de Outubro de 1993.
Isabel María nasceu em Veneza, filha de Pedro Satellico e Lucía Mander, em 31 de Dezembro de 1706, se educou ao lado de seus pais e um tio sacerdote. De saúde débil mas especialmente dotada para a música e o canto, e grande disposição para a oração.
Recebida entre as Clarissas de Ostra Vetere como educanda prestou serviço como directora de canto e organista. Aos 19 anos de idade foi recebida ao noviciado e tomou o nome de Maria Crucificada, por sua devoção à Santíssima Virgem e à Paixão de Cristo.
A sublime contemplação unia grande austeridade e penitência, com as quais se fazia mais plenamente partícipe da Paixão do Senhor. Seu ideal foi a perfeita conformação a Cristo Crucificado, unida à caridade para com o próximo, e uma filial devoção à Santíssima Virgem. Eleita abadessa, se distinguiu por sua solicitude para com as irmãs e com os pobres.
Morreu em 8 de Novembro de 1745.

Isaías Boner, Beato
Sacerdote Agostinho, 8 Novembro






Isaías Boner, Beato
Isaías Boner, Beato
Em 8 de Novembro de 1471 morria em Cracóvia (Polónia). Havia sido professor de teologia na universidade, mestre de vida religiosa e espiritual, amigo e confidente dos santos e beatos do denominado felix saeculum Cracoviae, como Juan Kancio († 1474) o canónico regular Estanislao Kazimiercyk, o Casimiritano († 1489), de todos conhecido por seu zelo apostólico, vida austera, piedade mariana, e seu saber unir a quietude da oração com a ânsia agostinha da procura.
Se ignora o ano preciso de seu nascimento, mas se sabe que em 1415 vestia o hábito agostinho no convento de Sta. Catalina de Cracóvia. Eram os momentos obscuros do cisma de Ocidente e do triunfo das doutrinas heréticas de Hus, que não tardariam em acender o fogo da guerra sócio-religiosa na próxima Boémia.
Em 1419 foi enviado a estudar a Pádua, e ali permaneceu quase quatro anos, obtendo o leitorado em teologia e recebendo a ordenação sacerdotal. De volta a Polónia foi encarregado de dirigir aos jovens estudantes professos, assistindo-os espiritualmente como mestre e como professor de Sagrada Escritura no estudo do convento. Nomeado visitador provincial, percorreu a província de Baviera. Em 1443 conseguiu o grau académico de magister na Universidade Jaguelónica de sua cidade natal. Em 1452 o encontramos de novo em Ratisbona como delegado do P. Geral para presidir à celebração do capítulo da Província.
Fora destes cargos de responsabilidade dentro da Ordem, prova da estima de que ainda fora de sua pátria gozava entre os seus o magister Poloniae, sua principal actividade foi o ensino das ciências sagradas na universidade de Cracóvia, onde foi apreciado e querido por seus contemporâneos. 
À sua morte foi sepultado no claustro do convento. Em torno a seus restos cresceu o culto popular, e começaram a ser-lhe atribuídos milagres e graças. E ainda que o título de beato de que desfruta entre os seus – em 1617 foi incluído entre os santos protectores de Polónia -, ainda que não haja sido ratificado por Roma, sua tumba na cripta da igreja de Sta. Catalina segue sendo meta de um incessante peregrinar de devotos, muitos deles estudantes universitários.
Foram várias as ocasiões em que se intentou iniciar a instrução da causa, mas lamentavelmente em nenhuma delas se conseguiu levar a termo.
Por fim, em 20 de Dezembro de 1994, de comum acordo com o cardeal de Cracóvia Francisco Macharski, a postulação geral da Ordem solicitou oficialmente a abertura do processo sobre a fama de santidade do denominado “beato”, virtudes heróicas e culto ininterrupto.
Ultimados os trâmites de lei, em 21 de Dezembro de 1996 se clausurou a informação cognitiva diocesana, em 1 de Fevereiro de 1997 se obtinha da Congregação dos Santos o nihil obstat para proceder, e em 5 de Dezembro do mesmo ano o correspondente decreto de validade do processo levado a cabo em Cracóvia.

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca

WILLIBRORDO, Santo (e outros) - 7 de Novembro

Willibrordo, Santo
Biografía, 7 de Novembro de 739.
Nota:  Não encontrei infelizmente qualquer biografia deste Santo, em http://es.catholic.net/santoral). Afonseca
Willibrordo, Santo
Willibrordo, Santo
Novembro 7
Ernesto, Santo
Biografía, 7 de Novembro

Ernesto, Santo
Ernesto, Santo
Novembro 7
Etimologicamente significa “forte no combate”. Vem da língua alemã.
Hoje, o crente tem ante si o lema que se propôs santo Agostinho três séculos depois de Cristo:"Ama e dize-o com a tua vida".
Hoje mais que nunca se alça uma chamada a abrir caminhos de confiança até nas noites da humanidade.
O jovem Ernesto, morto em 1147, viveu em pleno na época da primeira cruzada (1099).
Foi ela a que permitiu abrir novos caminhos para os Lugares santos a todos os peregrinos.
E além disso, permitiu a fundação de quatro pequenos estados cristãos em terras do Islão: Jerusalém, Antioquia, Edesa e Tripoli.
Sem embargo, desde 1144, a queda de Edesa mostrou que os muçulmanos podiam voltar a colher o que os franceses lhes haviam arrebatado anteriormente, incluída Jerusalém.
Isto deu lugar à segunda cruzada (1147-1149).
Sabe-se pela história que foi um desatino.
Dos 200.000 homens e mulheres que partiram para o Oriente, voltaram só alguns milhares.
Ernesto de Steisslingen foi um deles. Em sua juventude entrou para monge na abadia de Zwiefalten, que dá ao belo lago de Constanza.
O elegeram abade durante cinco anos para dirigir humana e espiritualmente aos sessenta e dois monges que a habitavam.
No término de seu mandato, marchou de novo para a cruzada com o exército alemão, comandado pelo imperador Conrado III.
Quando se despediu de seus irmãos religiosos, disse-lhes:"Creio que não voltarei a ver-vos nesta terra, pois Deus me concederá que verta meu sangue por ele. Pouco importa a morte que me reserva, se me permite sofrer pelo amor de Cristo".
Suas predições se cumpriram. E desde então não se soube nunca como e onde morreu.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários ao P. Felipe Santos:
fsantossdb@hotmail.com
Florêncio de Irlanda, Santo
Fundador, 7 de Novembro

Etimologicamente significa “florescente”. Vem da língua latina.
Disse Isaías: “ Buscai ao Senhor, ele se deixará encontrar pois é grande seu perdão”.
Como estás vendo pelo Santoral, há santos de todas as condições sociais. A santidade é um dever de todo crente.
Florêncio pertencia a uma das famílias mais ilustres de Irlanda.
Havia ouvido falar de Jesus. E sem pensar duas vezes, empreendeu caminho até França.
A razão não era outra que sabia que existiam bons mestres na fé do Ressuscitado.
Se preparou a fundo para receber o baptismo e fazer-se cristão. Se deu perfeita conta de que Deus o chamava a que começasse o caminho da santidade.
Já estabelecido em França, construiu uma ermida na Alsácia muito perto do rio Hazle, nos Vosgos.
Ali passava o dia fazendo oração de contemplação ante a bela paisagem que o brindava a natureza.
Pouco a pouco a gente se foi inteirando de que ali havia um ermitão com fama de santidade.
O próprio rei Dagoberto ia a miúdo a esta região. Se inteirou dos prodígios que fazia o solitário irlandês.
Após haver falado com ele, o nomeou bispo de Estrasburgo. Era um privilégio que tinham então alguns reis cristãos.
Não queria aceitar, mas no fim cedeu pelos intensos rogos do monarca.
E diz sua biografia que o fez tão bem que se converteu no padre e guia de todos seus fregueses.
Fundou o mosteiro de Haselach e a colegiata de santo Tomás, que foram dois centros de verdadeira espiritualidade. Morreu no ano 693.

Prosdócimo de Pádua, Santo
Primeiro Bispo de Pádua, 7 Novembro
Prosdócimo de Padua, Santo
Prosdócimo de Pádua, Santo
Segundo uma piedosa tradição, são Prosdócimo, primeiro bispo de Pádua, foi enviado pelo apóstolo são Pedro a anunciar a boa nova em terras euganeas.
Santo padroeiro da cidade de Euganean, e também, segundo a opinião de muitos estudiosos, provável evangelizador de Veneza ocidental inteira.
Santa Justina, Virgem e Mártir, foi convertida e baptizada por São Prosdócimo, sendo este um claro exemplo do labor apostólico do santo Bispo de Pádua

Lúcia de Settefonti, Beata
Virgem, 7 Novembro
Lucía de Settefonti, Beata
Lucía de Settefonti, Beata
Casta virgem de Bolonha, chamada de Settefonti, não longe de Ozzano Emilia, onde estava o mosteiro de Santa Cristina onde com outras companheiras Lúcia professou na Ordem Camaldulense.
Viveu, com olor de santidade, durante o século XII.
Em redor de sua figura de monja e abadessa se divulgaram narrações populares que, atestam o valor de sua intercessão e caridade fraternal, aumentando seu culto particularmente na igreja de Santa Cristina em Bolonha.
Desde aqui em 7 de Novembro de 1753, o Cardeal Palleoti trasladou as relíquias para a Igreja de Santo Andrés de Ozzano onde havia outro mosteiro do mesmo nome.
Pio VI em 1779 confirmou a devoção e fixou sua festividade para 7 de Novembro.

Herculano de Perugia, Santo
Bispo e mártir, 7 Novembro
Herculano de Perugia, Santo
Herculano de Perugia, Santo
Quando os godos tomaram a cidade de Perugia, depois de sete anos de sítio, o rei Totila condenou o bispo Herculano a uma morte terrível, já que os verdugos deviam arrancar-lhe tiras de pele desde a cabeça até aos pés antes de o decapitar.
O encarregado de executar a tortura foi suficientemente humano para cortar-lhe a cabeça antes de lhe haver arrancado toda a pele. Era o ano 547 de nossa era.
O corpo do mártir foi atirado para fora da cidade. Os cristãos se apressaram a sepultar o cadáver junto com a cabeça.
São Gregório o Grande afirma que, quando o desenterraram para o trasladar para a igreja de São Pedro, quarenta dias depois, a cabeça estava unida ao tronco como se nunca tivesse sido cortada.
Sobre o santo que nos ocupa, se tem o dado certo de que um jovem que buscou refúgio em Perugia, quando todos tomaram Tifernum (Cita di Castello), recebeu ali a ordenação sacerdotal de mãos de Santo Herculano. Posteriormente, aquele sacerdote foi o bispo de Tifernum e foi canonizado como São Florindo, a quem se comemora em 13 deste mês.
Os habitantes de Perugia veneram também a outro Santo Herculano bispo da dita cidade. Segundo se diz, era um sírio que havia ido a Roma, de onde foi enviado a evangelizar Perugia. Aí morreu martirizado. Provavelmente os dois Herculanos se identificam.

Antonio Baldinucci, Beato
Presbítero Jesuita, 7 Novembro





Antonio Baldinucci, Beato
Antonio Baldinucci, Beato
Nesta data se celebra a festa do Beato Antonio Baldinucci na Companhia de Jesus e em várias dioceses de Itália, onde o beato trabalhou.
António nasceu em Florença. Era o quinto filho de Catalina Scolari e Felipe Baldinucci. Seu pai, que era pintor e escritor, se restabeleceu de uma enfermidade, graças à intercessão de Santo António de Pádua, e prometeu que consagraria a Deus a seu próximo filho.
O menino nasceu em 1665, precisamente na oitava da festa de Santo António, e recebeu aquele nome no baptismo.
Seu pai o educou desde um princípio para o sacerdócio. Os Baldinucci habitavam na mesma casa da Via degli Angeli, em Florença, onde São Luis Gonzaga havia vivido um tempo quando criança e, a recordação deste santo exerceu uma influência profunda em António.
Aos dezasseis anos, pediu a admissão na Companhia de Jesus, coisa que lhe foi concedida, apesar de que sua saúde não era muito robusta..
António tinha querido ir missionar para as Índias, mas seus superiores lhe dedicaram o ensino dos jovens e a pregação nas confrarias, primeiro em Terni e depois em Roma. Como sofresse de fortes enxaquecas, seus superiores o enviaram de novo a Florença e, depois, a vários colégios situados no campo. A saúde de António começou a melhorar e começou a pregar com grande êxito.
Aos trinta anos recebeu a ordenação sacerdotal. Quando terminou o ano de sua terceira prova, se ofereceu novamente para as missões das Índias, mas seus superiores não acederam, mas que o enviaram a trabalhar a Viterbo e Frascati.
Aí passou o beato os trinta anos que lhe restavam de vida, trabalhando sobretudo entre os pobres e instruindo ao povo.
Para atrair as gentes, empregava métodos muito chamativos, semelhantes aos que usou São Pedro Claver com os negros e o Beato Julián Maunoir com os bretões. Com efeito, saía a organizar imponentes procissões, desde diversos sítios até ao centro da cidade, que era onde pregava, com os penitentes que levavam coroas de espinhos e se disciplinavam.
O beato pregava a miúdo com uma cruz sobre os ombros ou carregado de cadeias e movia a compaixão ao povo ao aplicar-se ferozes disciplinas nas ruas. Uma vez que havia conseguido impressionar as gentes e fazer-se ouvir, empregava métodos mais ordinários.
A fim de guardar a ordem entre as multidões que acudiam a ouvi-lo, ia organizar um corpo de guardas, escolhidos geralmente entre aqueles que levavam uma vida notoriamente licenciosa, com o qual os ganhava e conseguia que ouvissem seus conselhos.
Por regra geral, a missão terminava com a queima pública de baralhos, dados, imagens obscenas e outros objectos que fossem ocasião de pecado. O jogo, as vinganças violentas e a libertinagem, estavam na ordem do dia mas o zelo do Padre António lograva conversões duradouras e o movia a deixar organizadas boas obras.
Ainda que pregava constantemente missões, com o trabalho que isso supõe, teve tempo para escrever numerosos sermões e instruções, por não falar de sua ampla correspondência.
Rara vez dormia mais de três horas e o fazia sempre sobre um leito de tábuas. Jejuava três dias por semana. Em vista de sua prodigiosa actividade, o Papa Clemente XI o dispensou da recitação do breviário, mas o beato jamais fez uso dessa dispensa.
Em vinte anos, pregou 448 missões em treze dioceses dos Abruzos e da Romaña.
Em 1708, foi a pregar a quaresma em Liorna, por ordem do duque Cosme III. Chegou descalço, vestido com uma velha sotaina e com sua equipagem sobre os ombros.
Os nobres não assistiram ao princípio seus sermões, mas o beato acabou por ganhá-los, e desde então, pregou sempre durante a quaresma em alguma das cidades mais importantes da região.
No ano 1776 Itália se viu assolada por uma fome terrível, e o beato António trabalhou incansavelmente por socorrer aos necessitados. Ainda que apenas tinha algo mais que cinquenta anos, estava consumido pela fadiga e com dificuldade pôde suportar aquele esforço. Deus o chamou a Si em 7 de Novembro do ano seguinte.
Durante uma missão que havia pregado em Carpineto em 1710, se hospedou na casa da família Pecci, que mais tarde havia de dar à Ilesa ao Papa Leão XIII. António Baldinucci foi precisamente beatificado por dito pontífice em 1893.

http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

MARTINHO DE PORRES, Santo (e outros) - 3 de Novembro

Martín de Porres, Santo
Religioso dominicano, Novembro 3
Martín de Porres, Santo
Martín de Porres, Santo
Religioso dominicano, peruano
O racismo, essa distinção que fazem homens distinguindo a nossos semelhantes pela cor da pele é algo tão sem sentido como distingui-los pela estatura ou pelo volume da massa muscular. E o pior não é a distinção que está aí mas sim que esta leve consigo uma menor valorização das pessoas -necessariamente distintas- para o desempenho de ofícios, trabalhos, remunerações e estima na sociedade. Um mulato fez maior bem que todos os brancos juntos à sociedade limenha da primeira metade do século XVII.
Foi filho bastardo do ilustre fidalgo -hábito de Alcântara- D. João de Porres, que esteve breve tempo na cidade de Lima. Se bem que os espanhóis lá não tenham feito muito bem à população autóctone e confiemos que o Bom Deus faça rebaixa ao julgar alguns aspectos morais quando chegue o dia do juízo, ainda que neste caso só seja por haver tirado do mal muito bem. Teve Don Juan dois filhos, Martín e Joana, com a mulata Ana Vázquez. Martín nasceu mulato e com corpo de atleta em 9 de Dezembro de 1579 e o baptizaram, na paróquia de São Sebastião, na mesma pia que Rosa de Lima.
A mãe o educou como pôde, ou melhor com estreiteza, porque os importantes trabalhos de seu pai o impediam atendê-lo como devia. De facto, reconheceu a seus filhos muito mais tarde; os levou a Guayaquil, deixando a sua mãe acomodada em Lima, com boa família, e lhes deu mestre particular.
Martín regressou a Lima, quando nomearam a seu pai o governador de Panamá. Começou a familiarizar-se com o bem retribuído ofício de barbeiro, que naquela época era bastante mais que tirar dentes, extrair muelas ou fazer sangrias; também compreendia o ofício dispor de ervas para fazer emplastros e poder curar dores e nevralgias; além disso, era preciso um determinado uso do bisturi para abrir inchaços e tumores. Martín soube fazer-se um perito por passar como ajudante de um excelente médico espanhol. Dele começou a viver e seu trabalho lhe permitiu ajudar de modo eficaz aos pobres que não podiam pagar-lhe. Por sua barbearia passaram igual labregos que soldados, foram a buscar alivio tanto cavaleiros como corregedores.
Mas o que faz exemplar a sua vida não é só a repercussão social de um trabalho humanitário bem feito. Mas é o exercício heróico e continuado da caridade que dimana do amor a Jesus Cristo, a Santa María. Como sua pessoa e nome impunha respeito, teve que intervir em arranjos de matrimónios irregulares, em dirimir contendas, falar em pleitos e reconciliar famílias. Com claríssimo critério aconselhou em mais duma ocasião ao Vice-rei e ao arcebispo em questões delicadas.
Alguma vez, quem espiavam seus costumes por considerá-los estranhos, o puderam ver em êxtase, elevado sobre o solo, durante suas longas orações nocturnas ante o santo Cristo, desprezando a natural necessidade do sono. Chamava profundamente a atenção sua devoção permanente pela Eucaristia, onde está o verdadeiro Cristo, sem perdoar-se a assistência diária a  Missa ao raiar a alba.
Pelo exercício de seu trabalho e por sua sensibilidade para a religião teve contacto com os monges do convento dominicano do Rosário onde pediu a admissão como donato, ocupando a ínfima escala entre os frades. Ali viviam em extrema pobreza até ao ponto de ter que vender quadros de algum valor artístico para sobreviver. Mas a ele não o assusta a pobreza, a ama. Apesar de ter em sua cela um armário bem dotado de ervas, vendas e o instrumental de seu trabalho, só dispõe de tábuas e colchão como cama.
Encheu de pobres o convento, a casa de sua irmã e o hospital. Todos o buscam porque os cura aplicando os remédios conhecidos por seu trabalho profissional; em outras ocasiões, se correm as vozes de que a oração conseguiu o improvável e há enfermos que conseguiram recuperar a saúde só com o toque de sua mão e de um modo instantâneo.
Revolveu a tranquila e ordenada vida dos bons frades, porque em alguma ocasião resolveu a necessidade de um pobre enfermo entrando em sua própria cela e, ao corrigir algum dos conventuais por motivos de clausura, lhe ocorreu expor em voz alta seu pensamento antepondo a disciplina os motivos dimanantes da caridade, porque "a caridade tem sempre as portas abertas, e os enfermos não têm clausura".
Mas entendeu que não era prudente deixar as coisas ao improviso de momento. A vista de golfos e desatendidos lhe come a alma por ver a figura do Mestre em cada um deles. ¡Há que fazer algo! Com a ajuda do arcebispo e do Vice-rei funda um Asilo onde pode atendê-los, curá-los e ensinar-lhes a doutrina cristã, como fez com os índios dedicados a cultivar a terra em Limatombo. Também os dinheiros de dom Mateo Pastor e Francisca Vélez serviram para abrir as Escolas de Órfãos de Santa Cruz, onde as crianças recebiam atenção e conheciam a Jesus Cristo.
Não se sabe como, mas várias vezes esteve curando em distintos sítios e a diversos enfermos ao mesmo tempo, com uma bi-locação sobrenatural.
O contemplativo Porres recebia disciplinas até derramar sangue fazendo-se açoitar pelo índio inca por seus muitos pecados. Como outro pobre de Assis, se mostrou também amigo de cães coxos abandonados que curava, de mulas dispostas para o matadouro e até o viram ralhar aos ratos que comiam os panos da sacristia. Se vê que não pôs limite na criação ao exercício da caridade e a transportou à ordem cósmica.
Morreu no dia previsto para sua morte que havia conhecido com antecipação. Foi em 3 de Novembro de 1639 e causada por uma simples febre; pedindo perdão aos religiosos reunidos por seus maus exemplos, se marchou. O Vice-rei, Conde de Chinchón, Feliciano de la Vega -arcebispo- e mais personagens limenhos se misturaram com os incontáveis mulatos e com os índios pobres que recortavam tantos pedaços de seu hábito que houve de mudar-se várias vezes.
Foi canonizado pelo papa João XXIII em 1962.
Desde logo, está claro que a santidade não entende de cores de pele; só faz falta querer sem limite.
¿Que nos ensina sua vida?
A vida de San Martín nos ensina:



  • A servir os outros, aos necessitados. San Martín não se cansou de atender aos pobres e enfermos e o fazia prontamente. Demos um bom serviço aos que nos rodeiam, no momento que o necessitam. Façamos esse serviço por amor a Deus e vendo a Deus nas outras pessoas.





  • A ser humildes. San Martín foi uma pessoa que viveu esta virtude. Sempre se preocupou pelos outros antes que por ele mesmo. Via as necessidades dos demais e não as próprias. Se punha no último lugar.
    A levar uma vida de oração profunda. A oração deve ser o cimento de nossa vida. Para poder servir aos demais e ser humildes, necessitamos da oração. Devemos ter uma relação intima com Deus






  • A ser simples. San Martín viveu a virtude da simplicidade. Viveu a vida de cara a Deus, sem complicações. Vivamos a vida com espírito simples.





  • A tratar com amabilidade aos que nos rodeiam. Os detalhes e o trato amável e carinhoso é muito importante em nossa vida. Os demais o merecem por ser filhos amados por Deus.





  • A alcançar a santidade em nossas vidas. Por alcançar esta santidade, lutemos...





  • A levar uma vida de penitência por amor a Deus. Ofereçamos sacrifícios a Deus.
    São Martín de Porres se distinguiu por sua humildade e espírito de serviço, valores que em nossa sociedade actual não se lhes considera importantes. Se lhes dá maior importância a valores de tipo material que não alcançam no homem a felicidade e paz de espírito. A humildade e o espírito de serviço produzem no homem paz e felicidade.
    Oração






  • Virgem Maria e São Martín de Porres, ajudem-me este dia a ser mais serviçal com as pessoas que me rodeiam e assim crescer na verdadeira santidade.
    Segue navegando com São Martín de Porres en:
    corazones.org
    EWTN



  • Sílvia de Constantinopla, Santa
    Biografía, 3 Novembro

    Novembro 3
    Etimologicamente significa “habitante da selva, senhora dos bosques”. Vem da língua latina.
    Quando o crente é bem educado na família, normalmente continua bem ao longo de sua vida. No seio familiar se aprende e se começa a viver o tesouro do amor.
    Eis aqui uma senhora em todo o melhor sentido da palavra. Há sobre ela uma lenda que lhe atribui que foi a mãe dos gémeos Rómulo e Remo.
    Mas a realidade é que morreu no ano 420. Os martirológios orientais a recordam como a irmã de Rufino, governador da cidade.
    Tanta era sua virtude que todo o mundo em Constantinopla a conhecia por sua santidade e sua forma de ajudar a que os demais vivessem a edificação perfeita de suas pessoas no mistério de Deus.
    Dizem que era a rapariga mais inteligente do século e a mais valente em defender a ortodoxia contra as nascentes heresias.
    A outra Sílvia foi a mãe de são Gregório Magno, doutor da Igreja e Papa no século VI, cujos dados os podem ver
    AQUI (e também no capítulo que se segue.AF).
    Sílvia Santa
    Mãe de São Gregório Magno, Novembro 3
    Silvia Santa
    Sílvia Santa
    Mãe de São Gregório Magno  -  Novembro 3
    Como todas as mulheres que estão esperando um filho, Sílvia estava esperando o "grande evento", grande pelo milagre dos homens e grande pela graça de Deus.
    ¿Que é o que sabemos acerca de Santa Sílvia?. Que ela foi mãe de
    Gregório Magno, Papa e doutor da Igreja.
    ¿Não somos nós um reflexo de nossos pais e de seu pensamento?
    ¿Que tão seguido é sentido o vibrar de um eco distante?, ¿ou algumas chamadas de tempos passados?¿ou sentido na profundidade de meus ossos as pisadas de um ancestral Celta? ¿ou o pranto de um cavaleiro de Mongólia?, como se toda minha vida fosse feita por fragmentos de vidas que viveram milhares de anos atrás.
    Um homem é o que traz ao mundo ¿Racine? o autor de Andromaque ou Sílvia, a mãe de São Gregório.
    ¡Que emoção ao sentir germinar os trabalhos misteriosos do universo!
    Ontem apenas era uma menina, mas agora já é uma líder na etapa da vida.
    Ontem, o amor jovem e encantador, doces simplicidades, dias sem cuidado, e de repente ”cruzando a linha” e entrando em outro mundo algo desconhecido, como um pássaro em ilhas estranhas, como a sombra de uma palmeira no deserto, todo um novo sentido de vida, um baile misterioso, um novo vinho... uma sensação no ventre, um filho na carne.
    Sustentar a um filho como Deus sustenta a humanidade.
    Em seu ventre e em sua mente, Sílvia sente responsabilidade por seu filho. Não só sua missão é dar à luz a um filho, mas compor toda a vida de aquele homem: seu corpo e alma, ¿se a mãe dá à luz o corpo, não poderá também influenciar a alma?
    Ela sonha com ele enquanto o amamenta, e dá forma com todos os desejos de seu corpo e com as belezas de sua alma.
    E assim por nove meses Sílvia esperou e planeou com ilusão.
    O bebé tem que ser um menino, não cabe dúvida acerca de isso o dizia a toda sua família, esse era o filho que ela sentia. Ela já o havia visto: uma visão, um positivo, visão criativa.
    ¿Acaso ele será um senador, como seu pai Gordián? , ¿um cônsul, ou o imperador?.
    ¿Será o Papa? ou ¿um santo?. Não há limite para a imaginação de uma mamã.
    Tudo isto se passou em Roma em 540 d.C. Vigiluu foi Papa e Vetegis foi imperador mas ¿quem sabe algo deles?. Era um mundo todavia em transição. Num lado eram invasões, no outro eram heresias. O menino fez seus estudos muito brilhantemente.
    Recebeu uma fina educação latina que lhe serviu para governar homens e defender dogmas. Ela por fim o viu usando a toga tricolor de um pretor romano.
    Mas, ¿que importância tem a toga de um homem comparada com a toga que usam os homens de Deus?
    De pronto Gregório renunciou a todas suas responsabilidades e bem-estar e se converteu num monge. As seis vilas que tinha na Sicília as converteu em seis mosteiros.
    Ele tinha 35 anos de idade, e Sílvia sentiu em seu corpo que toda a estrutura delicada da história estava tremendo.
    Houve uma praga e o Papa morreu. Sílvia decidiu que o seguinte Papa teria que ser Gregório.
    Ele se negou em vão, escapou de Roma numa canastra de mimbre, se escondeu nos bosques e pântanos de Pontine. Ao final do curso foi encontrado – ou descoberto— e com grande regozijo trazido à igreja, em Setembro, 3 de 590, e se consagrou como Papa. Gregório era Papa e Sílvia havia sido sua profeta.
    Ele estava para fazer um pontificado heróico. Os Lombardos, que estavam devastando Itália, tinham que ser vigiados e o imperador em Constantinopla tinha que ser enfrentado.
    Gregório escreveu muitos trabalhos (principalmente os morais), reformou a Igreja, trouxe aos Visigodos Arios de regresso à verdadeira fé, e evangelizou a Alemanha.
    Ele foi o que inventou a frase: Servidora dos servidores de Deus.
    Sua vitória mais característica foi a de extinguir a heresia de Eutyche), o patriarca de Constantinopla, que afirmou que a ressurreição do corpo seria uma forma delicada, numa carne etérea.
    Gregório replicou de que ressuscitaremos em corpo e sangue, literalmente palpável como foi o corpo de Cristo para o apóstolo Tomás.
    “Eu devo de ser vestido com minha carne de novo” disse o livro de Job, e na Ultima Ceia Jesus disse: “Este é o meu corpo.” Um dos aspectos mais palpáveis da fé Católica é o domínio do corpo, semi-incorruptível e eterno.
    Quando Gregório já era Papa, Sílvia já havia entrado no convento e seu esposo já se havia convertido em sacerdote simultaneamente.
    Acima de sua casa em Colina de Coelian em Roma construíram uma capela em sua honra.
    Morreu em 572 d.C.

    Gwenfrewi ou Winfred de Gales, Santa
    Virgem e Mártir, 3 Novembro

    Gwenfrewi o Winfred de Gales, Santa
    Gwenfrewi ou Winfred de Gales, Santa
    Novembro 3
    Jesus disse: “Orai por vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem para poder ser chamados filhos de vosso Pai que está no céu”. 
    O nome da padroeira de Gales aparece também escrito em forma inglesa Winifred (Winifreda) ou com outra forma
    Guineura.
    Foi uma virgem do século VII. A vida dos santos e santas se deve, fundamentalmente, não tanto aos prodígios quanto a seu culto tributado desde a mais antiga era cristã.
    A vida desta virgem galesa se escreveu no século XII.
    ¿Que se sabe dela?
    Viveu em Holywell. Como tinha um tio santo, o seu passou a um segundo lugar.
    Se conta que viveu – desde que era muito jovem – assaltada por um homem que intentava seduzi-la do modo que fosse.
    Cansado e irritado por não conseguir seu objectivo de a violar, quando ia um dia para a igreja, a seguiu.
    Estava a jovem submersa na sua intimidade com o Senhor mediante a oração, se acercou e lhe deu morte.
    De lugar em que caiu sua cabeça, nasceu uma fonte.
    Antes de morrer, havia sido monja entregue a Deus plenamente. Inclusive, devido a suas qualidades e a sua santidade, a elegeram abadessa de Holywell.
    Na Idade Média se propagou seu culto por muitos sítios, devido, em parte, à saída dos galeses de um lado para outro.
    Tanto Hoywell como Shrewsbury se hão convertido em centros de peregrinação.
    Enrique V mandou que esta peregrinação se fizesse a pé. Eduardo VI fez o mesmo.
    ¡Felicidades a quem leve este nome!

    Dominicano, 3 Novembro
    Simón Ballachi, Beato
    Simón Ballachi, Beato
    Simón Ballachi entrou a servir a Deus como irmão leigo no convento dos dominicanos de Rímini, sua cidade natal, aos vinte e seis años de idade.
    Como se a humildade de seu estado não bastasse, Simón se mortificava ainda mais ao oferecer-se para executar os trabalhos mais baixos e ao disciplinar-se com uma cadeia de ferro.
    Oferecia todos seus sofrimentos pela conversão dos pecadores.
    Se diz que o demónio lhe aparecia e o fazia sofrer muito.
    Simón estava encarregado do horto. Tinha predilecção pelas almas infantis e saía a percorrer as ruas com uma cruz na mão, para chamar as crianças ao catecismo.
    A os cinquenta e sete anos ficou cego e assim viveu doze anos mais. Nos últimos anos teve que guardar a cama. Suportou essas provas com valor e alegria.
    Deus o premiou com o dom de milagres, e o povo o venerou como santo enquanto morria. Seu culto foi confirmado em 1821.

    Huberto (Humberto) de Mastrique-Tongeren, Santo
    Huberto (Humberto) de Mastrique-Tongeren, Santo
    Nasceu provavelmente em Tolosa de Languedoc, França, em 656 ou 658; morreu em 30 de Maio de 727 ou 728, em Tervuren, Bélgica. É um santo católico, que se invoca como protector contra a raiva e é considerado celestial padroeiro dos caçadores, matemáticos, ópticos e metalúrgicos. Sua festa se celebra no dia 3 de Novembro.
    Huberto foi o filho mais velho de Bertrán. Como os nobres merovingios de seu tempo, Huberto praticava assiduamente a caça. Se mudou para Metz, onde se casou (682) com Floribana, filha de Dagoberto, Conde de Lovaina. Foi uma eleição matrimonial conveniente pela importância das duas famílias. Seu filho Floriberto, como Huberto, chegaria a ser bispo de Lieja.
    Huberto partiu, logo depois de sentir o chamado do Senhor, para Mastrique, onde Lamberto era bispo, e a partir de então actuou como seu director espiritual. Huberto renunciou a seus direitos de primogenitura no Ducado de Aquitânia em favor de seu irmão Eudo, que foi nomeado tutor de Floriberto, o filho de Huberto e Floribana. Distribuiu aos pobres sua riqueza e estudou ordens sagradas, para ser consagrado presbítero, assistindo na administração da diocese de Mastrique-Tongeren a São Lamberto. Seguindo seu conselho, partiu em romaria até Roma no ano 708, durante sua ausência foi assassinado seu bispo e mentor. A hagiografia de Huberto indica que este assassinato foi revelado ao Papa com a indicação de designar a Huberto, sucessor de São Lamberto na diocese de Mastrique-Tongeren, como assim sucedeu.
    Como bispo, mudou a sede de Mastrique a Lieja, enterrou a seu predecessor numa basílica construída para honrar sua memória no lugar mesmo do assassinato e sentou as bases para fazer de Lieja uma grande cidade. Esta tem hoje a São Lamberto como seu santo padroeiro e a Santo Huberto é contado como seu primeiro bispo. O bispo Huberto destacou-se por sua simplicidade e austeridade, por intensidade de suas orações e jejuns e sua famosa eloquência. Evangelizou a área de Ardenas.
    Huberto morreu em Tervuren, Brabante em 727 ou 728 e foi enterrado em Lieja. Seus restos foram logo exumados no ano 825 e trasladados para a abadía beneditina de Andain, situada na povoação que actualmente se chama San Huberto. Nos seguintes anos até ao Século XVI, em que desapareceram os restos, seu sepulcro foi muito visitado e centro de peregrinação.
    O nome e a protecção de Santo Huberto se tomou por algumas Ordens Militares no Século XV. Felipe IV de Espanha, rei caçador, tinha a Santo Huberto como protector.
    Em alguns sítios se festeja em 13 de Março

    Malaquias de Armagh, Santo
    Bispo, 3 Novembro





    Malaquías de Armagh, Santo
    Malaquias de Armagh, Santo
    No século IX começou Irlanda a experimentar os efeitos das invasões que haviam assolado a outros países. Com efeito, os bárbaros conhecidos com o nome genérico de orientais, fizeram incursões nas regiões costeiras, e os daneses estabeleceram colónias permanentes em Dublin e outras cidades. Por onde quer que iam cometiam assassinatos, demoliam mosteiros e queimavam bibliotecas. Tudo isso debilitou muito o poder civil; os reis locais, que lutavam contra o inimigo de fora e se destruíam entre si, perderam muita autoridade. O trato prolongado e inevitável entre os nativos e os opressores da religião e da lei traziam consigo uma relaxação gradual da fé e dos costumes. Assim pois, ainda que Irlanda não tenha chegado nunca a cair no  grau de iniquidade que supunham certos ingleses e alguns homens de igreja estrangeiros (inclusive San Bernardo), se achava sem embargo num estado lamentável quando estalou a guerra civil, após a derrota definitiva dos daneses, em Clonfart (1014).
    Precisamente nessa época de confusão, do ano 1095, nasceu Malaquias O´More. O menino se educou em Armagh, onde seu pai era mestre de escola. Malaquias era um menino ajuizado e piedoso. Depois da morte de seus pais, se foi a viver com um ermitão chamado Eimar. São Celso, arcebispo de Armagh, julgando-o digno do sacerdócio, o ordenou aos vinte e cinco anos. O arcebispo o encarregou que pregasse a palavra de Deus ao povo e extirpasse os maus costumes que abundavam na sua diocese. São Bernardo, em sua biografia de São Malaquías, diz que este "queimou os ramos e a folha inútil e aplicou o machado às árvores de raiz apodrecida". Numa palavra, o santo se entregou a sua tarefa com grande zelo. Sem embargo, temia não conhecer suficientemente os cânones eclesiásticos para reformar a fundo a disciplina e o culto, pelo que acudiu a San Malco, bispo de Lismore, que se havia educado em Winchester, em Inglaterra, e era famoso por sua ciência e sua virtude. San Malco o acolheu muito bem, o instruiu em tudo o referente ao serviço divino e ao bem das almas e ao mesmo tempo, o empregou nos ministérios de sua igreja.
    Un tío de San Malaquías, que a pesar de ser lego era abad de San Comgall, se había apoderado de las rentas de la gran abadía de Bangor, la cual se hallaba en un estado lamentable. En 1123, el abad renunció a su dominio sobre Bangor, en favor de su sobrino, para que éste restableciese la observancia regular en la abadía. San Malaquías cedió a otra persona las tierras de la abadía, a pesar de las protestas. San Bernardo le alaba por eso, pero hace notar que "llevó demasiado lejos su desinterés y su espíritu de pobreza, como lo demostraron después los hechos." Con diez miembros de la comunidad de Eimar, San Malaquías construyó la abadía, empleando madera, como se acostumbraba en Irlanda. La gobernó durante un año. "Era una regla viviente, un espejo brillante, un libro en el que todos podían aprender los preceptos de la verdadera vida religiosa." La fama del santo aumentó con los milagros que obró. San Bernardo refiere algunos. A los treinta años de edad, San Malaquías fue elegido obispo de Connor. Los cristianos de su diócesis apenas lo eran más que de nombre, pues los daneses habían dominado ahí largo tiempo. El santo hizo cuanto pudo por convertir en corderos a aquellos lobos. El y sus monjes predicaron con energía apostólica, uniendo la severidad a la dulzura. Cuando las gentes no acudían a la iglesia a oírle predicar, San Malaquías iba a buscarles en sus casas. Así consiguió sembrar la bondad y piedad en algunos de los más duros, restableció el uso frecuente de los sacramentos, pobló la diócesis de pastores celosos y volvió a instituir la celebración regular de las horas canónicas, pues desde las invasiones de los daneses habían caído en desuso aun en las ciudades. En esa tarea le sirvieron los conocimientos de música sacra que había adquirido en su juventud. Pero en 1127, un reyezuelo del norte devastó Andrim y Down y expulsó a la comunidad de Bangor, donde vivía San Malaquías. El santo se retiró entonces con algunos de sus monjes a Lismore y después a Iveragh, en Kerry, donde organizó nuevamente la vida monástica.
    En 1129, murió San Celso de Armagh. La sede metropolitana había estado en manos de su familia durante varias generaciones. Para romper esa nociva costumbre San Celso ordenó en su lecho de muerte que su sucesor fuese Malaquías, a quien envió su b´culo pastoral. Sin embargo, los parientes de San Celso instalaron en la sede a su primo Murtagh y, durante tres años, San Malaquías no intentó apoderarse de la diócesis. Finalmente, se dejó convencer por el legado pontificio Gilberto de Limerick, por San Malco y algunos otros y, protestando que renunciaría al gobierno de la sede en cuanto hubiese restituido el orden, se trasladó de I veragh a Armagh. Hizo cuanto pudo por tomar en sus manos el gobierno de su diócesis; sin embargo, para evitar los desórdenes y el derramamiento de sangre, no intentó entrar en la cabecera de la diócesis ni apoderarse de la catedral. Murtagh murió en 1134, no sin haber nombrado por sucesor a Niall, hermano de San Celso. Ambos bandos estaban armados, y San Malaquías determinó hacerse entronizar en su catedral. Los partidarios de Niall se presentaron de improviso en una reunión de los partidarios de San Malaquías, pero fueron dispersados por una tempestad tan violenta, que doce hombres murieron calcinados por el rayo. San Malaquías consiguió tomar posesión de su diócesis. Sin embargo, la paz no reinaba en ella, pues Niall se había llevado de Armagh dos reliquias muy veneradas, y el pueblo consideraba como legítilmo arzobispo a quien las tenía en su poder. Consistían en un libro (probablemente el "Libro de Armagh") y una cruz pastoral llamada "el báculo de Jesús": el pueblo creía que ambas habían pertenecido a San Patricio. Esto explica por qué muchos eran partidarios de Niall y perseguían violentamente a Malaquías. Uno de ellos invitó al santo a una conferencia para asesinarle. San Malaquías, rontra el parecer de sus amigos, acudió a la reunión, dispuesto a sufrir el martirio por la paz; pero su valor y tranquila dignidad desarmaron a sus enemigos, y se firmó la paz. Sin embargo, San Malaquías tuvo que conservar su guardia de corps hasta que recuperó el báculo y el libro y fue reconocido como arzobispo por todo el pueblo. Habiendo roto así la tradición de la sucesión hereditaria y restablecido la disciplina y la paz en la sede, insistió en renunciar a la digni dad archiepiscopal y consagró por sucesor suyo a Gelasio, abad de Derry. En 1137 regresó a su antigua sede.
    San Malaquías dividió su diócesis, consagró a un nuevo obispo para Connor y se reservó para sí la región de Down. Ya sea en Downpatrick, o más probable mente en las ruinas del monasterio de Bangor, estableció una comunidad de canónigos regulares, con quienes vivía siempre que se lo permitían sus actividades pastorales. Dos años después, emprendió un viaje a Roma para informar a la Santa Sede de todo lo que había hecho. Entre otras cosas quería conseguir el palio para los arzobispos de Armagh y de otra sede metropolitana que San Celso había establecido en Cashel. San Malaquías desembarcó en Inglaterra y se trasladó a York, donde conoció a Waltheof de Kirkham, quien le regaló un caballo. Después pasó a Francia, atravesó la Borgoña y llegó a la abadía de Claraval Ahí conoció a San Bernardo, quien se convirtió en fiel amigo, fue admirador suyo y, más tarde, escribió su biografía. Malaquías quedó tan edificado por el espíritu de los cistercienses, que concibió el deseo de compartir su vida de penitencia y contemplación y acabar ahí sus días. En Ivrea del Piamonte restituyó la salud al hijo de su huésped, que estaba al borde de la muerte. El Papa Inocencio II se negó a aceptar la renuncia del santo, aprobó cuanto había hecho en Irlanda, le nombró legado suyo en ese país y prometió que concedería los palios, si se le pedían oficialmente. En el viaje de regreso, San Malaquías volvió a pasar por Claraval, donde, como dice San Bernardo, "nos bendijo por segunda vez". Como no podía quedarse con aquellos siervos de Dios, San Malaquías dejó ahí a cuatro de sus compañeros, quienes, en 1142, volvieron a Irlanda con el hábito del Cister e instituyeron la abadía de Mellifont, de la que se originaron muchas otras. San Malaquías volvió a su patria por Escocia, donde el rey David le rogó que curase a su hijo, quien estaba muy enfermo. El santo dijo al prícipe: "Ten buen ánimo. No morirás de esta enfermedad." En seguida le roció con agua bendita. Al día siguiente, Enrique estaba completamente curado.
    En 1148, los obispos y el clero reunidos en un sínodo en Inishpatrick, cerca de Skerries, resolvieron pedir oficialmente a Roma el palio para los dos metropolitanos. San Malaquías fue comisionado para entrevistarse con el Papa Eugenio III, quien se hallaba entonces en Francia. Pero la suspicacia política del rey Esteban retrasó al santo en Inglaterra y, cuando él llegó a Francia, el Papa ya había partido para Roma. Así pues, San Malaquías pudoir a Claraval, donde San Bernardo y sus monjes le acogieron gozosamente. Después de la celebración de la misa de la fiesta de San Lucas, San Malaquías se sintió enfermo y hubo de guardar cama. Los monjes le atendieron solícitamente, pero el santo les dijo que todo era inútil, pues iba a morir de aquélla enfermedad. Además, insistió en bajar a la iglesia a recibir los ñultimos sacrametos, y rogó a los monjes que siguiesen orando por él después de su muerte. También les encomendó que pidiesen por las almas de todos sus feligreses y él prometió, por su parte, no olvidarlos ante Dios. San Malaquías murió el día de difuntos de 1148, en brazos de San Bernardo, y fue sepultado en Claraval. En su segundo sermón sobre San Malaquías, San Bernardo decía a sus monjes: "Quiera él proteger con sus méritos a aquellos a quienes instruyó con su ejemplo y confirmó con sus milagros." Además, San Benardo tuvo la audacia de cantar, en la misa de cuerpo presente, la postcomunión de la misa de un obispo confesor. El Papa Clemente III confirmó, en 1190, aquella "canonización de un santo por otro santo". San Malaquías fue el primer irlandés canonizado por un Papa. Los cistercienses, los canónigos regulares y todas las diócesis de Irlanda celebran su fiesta. San Malaquías hizo por la unificación de la Iglesia en Irlanda lo que Sab Teodoro había hecho 500 años antes, por la de Inglaterra.
    Nuestro artículo sobre San Malaquías quedaría incompleto, si no hiciésemos mención de las "profecías" sobre los Papas, que se le atribuyen. Consisten en la atribución de ciertos rasgos y características a los Papas, desde Celestino II (1143-1144) hasta el fin del mundo, cuando reine "Pedro el Romano". Las provesías están formuladas como lemas o títulos simbólicos. El que las reveló al mundo fue Dom Arnoldo de Wyon, O.S.B., en 1595. El benedictino las atribuyó a San Malaquías, pero sin explicar por cuáles razones y sin decir siquiera dónde las había encontrado. Un jesuita del siglo XVII sostuvo que habían sido inventadas por un partidario del cardenal Simoncelli, durante el cónclave de 1590, pero, en 1871, el P. Cucherat escribió un libro en el que afirmaba que las profecías habían sido reveladas en Roma a San Malaquías, el cual las comunicó por escrito a Inocencio II. Las profecías habían quedado olvidadas en los archivos pontificios durante 450 años, hasta que las descubrió Dom de Wyon. Está fuera de duda que las profecías son espurias y no tienen nada que ver con San Malaquías. Un examen superficial revela que los lemas que caracterizan a los Papas hasta Gregorio XIV (1590), son muy precisos (con frecuentes alusiones a los apellidos italianos) y se cumplieron a la letra. Por el contrario, los lemas de los siguientes Pontífices son vagos, generales y no siempre se aplican a los hechos, por más esfuerzos que se hagan por ensanchar su sentido. El lema de Pío XII era "Pastor Angelicus" (Pastor angélico), algo bastante común; en cambio el de San Pío V era "Ángel del bosque" y el de Benedicto XIV "Animal rústico".

    http://es.catholic.net/santoral

    Recolha, transcrição e tradução incompleta por António Fonseca

    Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

    Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

       Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...