domingo, 8 de novembro de 2009

SEVERO, SEVERINO, CARPÓFORO e VICTORINO - 4 Santos Coroados (e outros) - 8 de Novembro

Os Quatro Santos Coroados
Mártires, 8 Novembro
Los Cuatro Santos Coronados
Os Quatro Santos Coroados
Recordamos a quatro irmãos mártires: Severo, Severino, Carpóforo e Victorino, que viveram na última parte do século III e em começos do IV.
Serviam como militares ao imperador Diocleciano, pois gozavam de grande reputação como soldados, e tinham postos honoríficos na corte. Além disso, eram cristãos e não ocultavam sua condição de tais; assistiam às reuniões e aos ofícios divinos, geralmente realizados nas catacumbas, socorriam aos pobres e visitavam aos presbíteros.
No ano 304, Diocleciano decretou que todos os súbditos do Império sacrificassem publicamente aos deuses. Deste modo, se desenvolveu com a maior fúria, a perseguição contra os seguidores de Cristo, e prontamente os quatro santos foram presos. Como se negaram a prestar juramento aos deuses, foram levados diante do ídolo de Esculápio e ameaçados de morte se não lhe rendessem culto.
Os quatro gritavam: "¡É um falso Deus!".
Foram açoitados cruelmente, mas eles continuaram gritando: "¡Nosso Deus é Jesus Cristo!"
Foram submetidos a toda a classe de tormentos. E assim, entregaram sua vida. Diocleciano ordenou que seus corpos fossem arrojados à praça, para que servissem de alimento aos cães.
Afirma a tradição que transcorridos cinco dias, nenhum cão se aproximou, pondo de manifesto que os homens eram mais cruéis que as bestas. Os cristãos, em segredo lhes deram sepultura no areal.
Seus restos estão agora na igreja que leva o nome dos Santos Coroados, em Roma.
Os santos mártires Cláudio, Nicóstrato, Sinforiano, Castor e Simplício, cuja recordação celebra a Igreja também hoje, padeceram na mesma perseguição e foram sepultados no mesmo cemitério.
Estes cinco eram escultores de profissão e se negaram a esculpir uma estatua do deus Esculápio, para não dar lugar a idolatria. Diocleciano mandou que fossem açoitados, seus corpos se colocaram em caixões e arrojados ao rio.
Não é seguro que este facto haja ocorrido em Roma ou que na realidade ocorreu em Panonia (actual Hungria).
Não obstante seus restos descansam também na igreja dos Santos Coroados, em Roma.

Espíritos sublimes,
¡oh mártires gloriosos!,
felizes moradores
da imortal Sião,
rogai pelos que lutam
nas batalhas rectas,
que alcancem a vitória 
e eterno galardão.
¡Oh mártires gloriosos
de vermelhas vestes,
que brilham com eternos
fulgores ante Deus!
Com vosso risco cresça
de Cristo a semente,
e o campo das messes
se cubra já em sazón. Ámen.
Hino da Liturgia das Horas

Isabel da Trindade, Beata
Carmelita, 8 de Novembro
Isabel de la Trinidad, Beata
Isabel da Trindade, Beata
Etimologicamente significa “juramento de Deus”. Vem da língua hebraica.
Te encontras hoje ante uma mística de altos voos. Dessas pessoas que não se sabe se vivem na terra ou estão vivendo fisicamente aqui mas sua mente e coração estão no céu.
Nasceu em Bourges, França, em 1880. Lhe custou muito em sua educação e maturidade pessoal acabar com o mau génio que tinha. Isto lhe ocorreu após a morte do pai.
Aos 14 anos, fez voto de virgindade. Poucos anos depois começou a escrever suas revelações místicas ou sobrenaturais. Aos 21 anos ingressou no convento carmelita de Dijon.
Nada mais que após entrar, o tomou tudo a sério. E o ideal que guiaria sua vida inteira não foi outro que este:"Louvor de glória da Santíssima Trindade e crescer de dia em dia na carreira de amor aos Três".
Apesar de sua juventude, exerceu e exerce uma grande influência na vida das pessoas mais sensibilizadas com o mundo de Deus. Seus livros “Elevações, Retiros, Notas Espirituais e suas Cartas constituem uma experiência mística trinitária excepcional.
Sua contemplação, sua solidão e seus arrebatamentos místicos nos fazem ver sua união com Deus trinitário.
De seus livros tiramos algumas frases dignas de reter na memória e no coração crentes:"Crer que um ser que se chama O Amor habita em nós em todo o instante do dia e da noite e que nos pede que vivamos em sociedade com Ele, eis aqui, vos confio, o que fiz de minha vida meu céu antecipado".
"Meu Esposo quer que eu seja para Ele uma humanidade adicional na qual ele possa seguir sofrendo para glória do Pai e para ajudar a Igreja".
Morreu no ano 1906 por causa de uma úlcera de estômago. Subiu aos altares em 25 de Novembro de 1984.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Godofredo de Amiens, Santo
Bispo, 8 Novembro
Godofredo de Amiens, Santo
Godofredo de Amiens, Santo
Monge -  Novembro 8
Etimologicamente significa “paz de Deus”. Vem da língua alemã.
Em Junho de 2002 se fala muito da Convenção Europeia como uma forma de chegar a sua própria identidade, tendo em conta as raízes de seu passado...Há que ter confiança nos valores da solidariedade, a subsidiariedade e a transparência...A liberdade religiosa deve ser reconhecida a nível da Comunidade Europeia.
Veio ao mundo no ano 1066 em Soissons e morreu aqui mesmo em 1115.
De jovem viu que sua vocação se inclinava por ser monge. Aos 30 anos vivia muito feliz como um simples religioso na abadia de Mont-Martin.
Em poucos anos soube dar prosperidade à abadia e a todos os arredores.
Quando o arcebispo se inteirou de quem era este monge, ofereceu-lhe que tomasse cargo da abadia de santo Remigio, a mais importante de sua diocese.
Godofredo lhe respondeu dizendo-lhe que não queria. Se o fizesse, seria como um homem que deixa a sua mulher para ir com outra mais guapa.
Não obstante, pensou no tema da obediência e, no final, aceitou não ser abade mas bispo de Amiens.
Proveniente de uma vida monacal, forjada na austeridade, começou por reformar o clero que estava embebido na simonia e não administrava os sacramentos. Uma grande degradação moral e religiosa.
E não somente quis reformar o clero, mas também se pôs duro com os senhores que acampavam por seus foros.
Estes últimos se uniram para lhe fazer a vida impossível. Cedo ficou sem amigos.
Por isso, uma noite saiu fugindo para a Cartuxa a fim de se esconder e viver em paz.
Encontraram-no e o obrigaram a voltar à diocese. Mas estava já extenuado de forças e morreu pouco depois na abadia de São Crispim de Soissons.

Adeodato, Santo
LXVIII Papa, 8 Novembro
Adeodato, Santo
Adeodato, Santo
O Papa Adeodato I, ou Deusdedit, foi pontífice num momento em que se começava a sentir cada vez mais claro e forte o sentimento de intolerância e de independência do poder bizantino.
Houve levantamentos em Rávena, em Nápoles e na própria Roma. Os territórios governados pelos Lombardos. pelo contrário, gozavam de certa tranquilidade.
Poucas são as notícias históricas: filho do subdiácono romano Esteban, foi durante quarenta anos sacerdote em Roma antes de suceder na cátedra pontifícia ao Papa Bonifácio IV em 19 de Outubro de 615.
Morreu em Novembro de 618, amado e chorado pelos romanos, que puderam apreciar o bom coração durante as grandes calamidades que atormentaram a Roma durante os três anos de seu pontificado: o terramoto, que deu o golpe de graça aos marmóreos edifícios do Foro, já desbastados pelas contínuas invasões dos bárbaros, e uma terrível epidemia chamada elefantíase.
Foi o primeiro Papa que estabeleceu com testamento doações para distribuir o povo com ocasião dos funerais do sumo pontífice. Em Roma o Papa não só era o bispo e o pastor espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, o que garantia a ordem. À morte de todo pontífice os romanos se sentiam sem protecção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às vinganças do império de Oriente. A teoria medieval dos "dois sóis", o Papa e o imperador, que deveriam governar unidos ao mundo cristão, não era aceite em Constantinopla.
O Papa Adeodato se demonstrou um hábil mediador e paciente interlocutor com o outro "sol" que na realidade de verdade foi muito pouco solícito com Itália, excepção feita da vez que enviou ao exarca Eleutério a dominar a revolução de Ravena e de Nápoles. Foi a única ocasião em que o Papa Adeodato, ocupado em aliviar a sorte dos habitantes de Roma pelas calamidades já referidas, teve um contacto, ainda que indirecto, com o imperador.
Teve fama de ser um taumaturgo: curava as formas mais graves de peste só em apoiar seus lábios sobre as chagas imundas dos enfermos. Barónio põe no Martirológio Romano um episódio que confirma a fama de santidade que rodeava o venerável pontífice "dado por Deus" (como diz a etimologia do nome) como guia dos cristãos numa época tão atormentada: durante uma de suas visitas aos enfermos, os mais abandonados, isto é os mais atacados pela terrível enfermidade da lepra, haveria curado a um destes infelizes depois de o ter abraçado e beijado carinhosamente.
O Liber pontificalis, recordando dois factos de seu pontificado, afirma que Adeodato amou muito a seu clero, ao que defendeu com respeito do clero monástico ou regular, privilegiado desde quando Gregório Magno havia confiado aos monges importantes cargos no apostolado missionário e na mesma organização eclesial. O segundo facto se refere à faculdade de celebrar uma segunda missa no mesmo dia (binação).
Dele se conhece o selo de chumbo com que marcava os documentos oficiais: o Bom Pastor entre as ovelhas e os símbolos cristológicos de Alfa e Omega. Foi o primeiro que o usou. Sua forma é redonda, grande como uma moeda e em latim se chama bulla, da que deriva bula. Deixou um presente de prata a cada clérigo presente em seus funerais.

Juan Duns Escoto, Beato
Doutor Subtil, 8 Novembro
Juan Duns Escoto, Beato
Juan Duns Escoto, Beato
Sacerdote, doutor subtil e mariano (1265‑1308). João Paulo II aprovou seu culto em 20 de Março de 1993.
Juan Escoto nasceu em Duns, na Escócia, em 1265, entrou na Ordem dos irmãos Menores em 1280 e foi ordenado sacerdote em 17 de abril de 1291. Completou os estudos entre 1291 e 1296 em Paris.
Logo depois ensinou em Cambridge, Oxford e Paris, como bacharel, comentava as “Sentenças” de Pedro Lombardo.
Teve que abandonar a universidade, por não ter querido firmar uma apelação ao Concílio contra Bonifácio VIII, promovida por Felipe o Formoso, rei de França.
Regressou ali no ano seguinte para obter o doutorado, com uma carta de apresentação do Ministro geral da Ordem, Padre Gonzalo Hispânico, que havia sido seu mestre, no qual o recomendava como plenamente douto “seja pela larga experiência, seja pela fama que se havia estendido por todas partes, de sua vida laudável, de sua ciência excelente e do engenho subtilíssimo” do candidato.
Em fins de 1307 Juan Duns Escoto estava em Colónia, onde ensinou. Talvez não haja doutor medieval mais saliente que este franciscano escocês, que estudou em Oxford, ensinou em Paris, foi expulso por Felipe o Formoso porque não quis firmar a apelação anti-papal e morreu em Colónia, com a idade em que os outros filósofos começam a produzir, como se a chama do pensamento lhe houvesse queimado a juventude.
O título de “Doutor Subtil” que lhe deram, diz toda sua sublimidade. Suas teorias sobre a Virgem e sobre a encarnação obtém depois de séculos a confirmação no dogma da Imaculada Conceição e no culto à realeza de Cristo.
Elabora o misticismo pensante de São Boaventura. Escoto é um metafísico e um teólogo.
Empregou sua agudeza de engenho na sistematização dos grandes amores de São Francisco: Jesus Cristo e a Virgem Santíssima. A posteridade também o tem chamado “Doutor do Verbo Encarnado” e “Doutor Mariano”.
Teve numerosos discípulos e muito cedo chegou a ser e seguiu sendo o chefe da escola franciscana, que se iniciou com o Beato Alejandro de Hales, se desenvolveu com São Boaventura, doutor Seráfico da Igreja, e chegou a culminar no Beato Juan Duns Escoto.
Sua doutrina está em perfeita harmonia com sua espiritualidade.
Depois de Jesus, a Virgem Santíssima ocupou o primeiro posto na sua vida. Duns Escoto é o teólogo por excelência da Imaculada Conceição.
O estudo dos privilégios de Maria ocupou um posto importantíssimo em sua vida. Numa disputa pública, permaneceu silencioso até que uns 200 teólogos expuseram e provaram suas sentenças de que Deus não havia querido livre de pecado original à Mãe de seu Filho.
Por último, depois de todos, se levantou Juan Duns Escoto, tomou a palavra, e refutou um por um todos os argumentos aduzidos contra o privilégio mariano; e demonstrou com a Sagrada Escritura, com os escritos dos Santos Padres e com agudíssima dialéctica, que um tal privilégio era conforme com a fé e que pelo mesmo se devia atribuir à grande Mãe de Deus. Foi o triunfo mais clamoroso na célebre Sorbonne, sintetizado no célebre axioma: “Potuit, decuit, ergo fecit (Podia, convinha, logo o fez)”.
Em Colónia, onde ensinava, morreu em 8 de Novembro de 1308.

María Crucificada (Isabel María) Satellico, Beata
María Crucificada (Isabel María) Satellico, Beata
(1706‑ 1745), Virgem da Segunda Ordem. Beatificada por João Paulo II em 10 de Outubro de 1993.
Isabel María nasceu em Veneza, filha de Pedro Satellico e Lucía Mander, em 31 de Dezembro de 1706, se educou ao lado de seus pais e um tio sacerdote. De saúde débil mas especialmente dotada para a música e o canto, e grande disposição para a oração.
Recebida entre as Clarissas de Ostra Vetere como educanda prestou serviço como directora de canto e organista. Aos 19 anos de idade foi recebida ao noviciado e tomou o nome de Maria Crucificada, por sua devoção à Santíssima Virgem e à Paixão de Cristo.
A sublime contemplação unia grande austeridade e penitência, com as quais se fazia mais plenamente partícipe da Paixão do Senhor. Seu ideal foi a perfeita conformação a Cristo Crucificado, unida à caridade para com o próximo, e uma filial devoção à Santíssima Virgem. Eleita abadessa, se distinguiu por sua solicitude para com as irmãs e com os pobres.
Morreu em 8 de Novembro de 1745.

Isaías Boner, Beato
Sacerdote Agostinho, 8 Novembro






Isaías Boner, Beato
Isaías Boner, Beato
Em 8 de Novembro de 1471 morria em Cracóvia (Polónia). Havia sido professor de teologia na universidade, mestre de vida religiosa e espiritual, amigo e confidente dos santos e beatos do denominado felix saeculum Cracoviae, como Juan Kancio († 1474) o canónico regular Estanislao Kazimiercyk, o Casimiritano († 1489), de todos conhecido por seu zelo apostólico, vida austera, piedade mariana, e seu saber unir a quietude da oração com a ânsia agostinha da procura.
Se ignora o ano preciso de seu nascimento, mas se sabe que em 1415 vestia o hábito agostinho no convento de Sta. Catalina de Cracóvia. Eram os momentos obscuros do cisma de Ocidente e do triunfo das doutrinas heréticas de Hus, que não tardariam em acender o fogo da guerra sócio-religiosa na próxima Boémia.
Em 1419 foi enviado a estudar a Pádua, e ali permaneceu quase quatro anos, obtendo o leitorado em teologia e recebendo a ordenação sacerdotal. De volta a Polónia foi encarregado de dirigir aos jovens estudantes professos, assistindo-os espiritualmente como mestre e como professor de Sagrada Escritura no estudo do convento. Nomeado visitador provincial, percorreu a província de Baviera. Em 1443 conseguiu o grau académico de magister na Universidade Jaguelónica de sua cidade natal. Em 1452 o encontramos de novo em Ratisbona como delegado do P. Geral para presidir à celebração do capítulo da Província.
Fora destes cargos de responsabilidade dentro da Ordem, prova da estima de que ainda fora de sua pátria gozava entre os seus o magister Poloniae, sua principal actividade foi o ensino das ciências sagradas na universidade de Cracóvia, onde foi apreciado e querido por seus contemporâneos. 
À sua morte foi sepultado no claustro do convento. Em torno a seus restos cresceu o culto popular, e começaram a ser-lhe atribuídos milagres e graças. E ainda que o título de beato de que desfruta entre os seus – em 1617 foi incluído entre os santos protectores de Polónia -, ainda que não haja sido ratificado por Roma, sua tumba na cripta da igreja de Sta. Catalina segue sendo meta de um incessante peregrinar de devotos, muitos deles estudantes universitários.
Foram várias as ocasiões em que se intentou iniciar a instrução da causa, mas lamentavelmente em nenhuma delas se conseguiu levar a termo.
Por fim, em 20 de Dezembro de 1994, de comum acordo com o cardeal de Cracóvia Francisco Macharski, a postulação geral da Ordem solicitou oficialmente a abertura do processo sobre a fama de santidade do denominado “beato”, virtudes heróicas e culto ininterrupto.
Ultimados os trâmites de lei, em 21 de Dezembro de 1996 se clausurou a informação cognitiva diocesana, em 1 de Fevereiro de 1997 se obtinha da Congregação dos Santos o nihil obstat para proceder, e em 5 de Dezembro do mesmo ano o correspondente decreto de validade do processo levado a cabo em Cracóvia.

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca

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