terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Matrimónio homossexual ???

NOTA PRÉVIA (AF)
Dado que considero muito oportuno para Portugal - embora infelizmente no que concerne aospais da naçãosocialista’, ‘BE’ e ‘PCP’ e alguns outros “iluminados” de outros partidos inclusive da dita direita portuguesa e pese embora o facto de tal, não vir a modificar nada relativamente à votação que fizeram em sede da AR na última semana, em que se permitiram calcar aos pés mais de 90 000 subscritores duma moção em que se pedia simplesmente para se efectuar um Referendo sobre a legalização do “casamento entre homossexuais”  (assim como a esmagadora maioria de portugueses “católicos ou não)… permito-me por este meio fazer a transcrição deste texto. António Fonseca

De:
http://es.catholic.net/
¿Legalizar o “matrimónio homossexual”?

A legalização do “matrimónio homossexual",é, em boa parte, o resultado de três grandes movimentos ideológicos e culturais.

Autor: P. Fernando Pascual | Fuente: Revista Sacerdos
A legalização do “matrimónio homossexual”, em finais do mês de Junho de 2005, em Espanha e no Canadá (já havia sido aprovado anteriormente nos Países Baixos e Bélgica) é, em boa parte, o resultado de três grandes movimentos ideológicos e culturais.

O primeiro arranca da Revolução francesa, a partir da qual se tem considerado que o Estado deveria regular cada vez com maior poder invasivo a realidade do matrimónio, até ao ponto de se arrogar o poder de definir qual seja a essência do matrimónio.
Por este motivo, nos últimos 200 anos se tem promulgado leis que permitem o divórcio, e, recentemente, leis que regulam outras formas de convivência, como as assim chamadas “parelhas de facto”,(*)  a que se confere direitos similares aos que são próprios do matrimónio. Como última etapa neste processo chegou-se à pretensão de definir que se entende por matrimónio e de legislar sobre o que pode receber este nome, como se se tratasse de algo que pode mudar segundo mudam os gostos da gente ou das maiorias parlamentares.


Na realidade, o matrimónio precede o Estado: é algo original e não submetido às decisões de uma ditadura ou de um partido político. O Estado, portanto, não deveria impor leis arbitrárias sobre esta instituição natural. Sua competência reguladora deveria limitar-se a aclarar e a dirimir aspectos sociais das uniões matrimoniais, para evitar abusos, para promover a convivência e, sobretudo, para proteger e fomentar as riquezas próprias do matrimónio e da família. 

O segundo movimento desenvolveu-se a partir da “ideologia contraceptiva”, que tem levado a viver a relação conjugal entre os esposos cada vez mais como algo desligado da procriação. Especialmente a partir da pílula Pincus e dos seguintes produtos anticonceptivos, os casais têm podido viver sua sexualidade sem o “perigo” de que sejam concebidos novos filhos. A mentalidade anticonceptiva culminou com a difusão do aborto, usado em não poucos casos como uma espécie de “anti-concepção” de emergência, sem esquecer que não poucos métodos anti-conceptivos podem ter também efeitos abortivos.

Quando Paulo VI escreveu, em 1968, a encíclica "Humanae vitae", intuiu os graves perigos que, ao longe, nasceriam se se generalizasse o uso de anti-conceptivos. Especialmente reconhecia o perigo de que o homem perdesse o respeito para com a mulher, e de que se difundisse uma mentalidade em que a transmissão da vida fosse vista como algo opcional, submetido completamente aos desejos humanos (inclusive de alguns governos que pretendessem controlar a fertilidade de seus povos).

A estes abusos poderíamos acrescentar, continuando as reflexões de Paulo VI, a difusão de um modo de ver a sexualidade simplesmente como procura de prazer sem respeitar seu sentido original. Só quando reconhecemos a estreita relação que existe entre os significados unitivo e procriativo no acto sexual resplandece com toda sua beleza a vida matrimonial.

Depois de mais de 40 anos, os resultados dão a razão à "Humanae vitae". É evidente o incremento da promiscuidade sexual entre jovens e adultos, da maior infidelidade dos esposos, do divórcio, do aumento dos nascimentos fora do matrimónio, da dilatação de doenças de transmissão sexual. Além disso, a sexualidade humana está sendo vista por muitos como algo referido somente ao prazer e às opções livres das pessoas, sem o horizonte de compromisso que é próprio do matrimónio, e sem se abrir à procriação.
 
As baixas taxas de natalidade dos países ricos mostram o triunfo desta ideologia anti-conceptiva e preparam o “húmus” em que se tem desenvolvido o movimento homossexual.

Encontramos assim o terceiro movimento ideológico que tem levado a nova lei espanhola e a outras leis similares em diversos lugares do planeta: o movimento homossexual. Tal movimento tem sua origem nas reivindicações de alguns grupos de homossexuais que têm conseguido um amplo poder no mundo da cultura, da comunicação, da política.

Estes grupos vêm a própria actividade sexual como plenamente legítima na vida social, e com direitos a um reconhecimento idêntico ao que se dá às demais uniões matrimoniais aceites pelo estado. De facto, os actos homossexuais naturalmente estão encerrados à vida, o que, por culpa dos abusos da anti-concepção, também ocorre entre muitos casais heterossexuais. 

A força da ideologia “gay” é tal que há chegado a condicionar os estudos da psicologia. Em não poucos países resulta sumamente perigoso o que alguns psicólogos insinuem que a homossexualidade “se pode curar”, ou manifeste a ideia de que poderia ser tratada como se fosse uma “doença”. Igualmente podemos dizer da ética: declarar os actos homossexuais como algo imoral leva o risco de ser acusado de “homofobia” e pode ser motivo de perseguições e ataques de diverso tipo.

A política também ficou seriamente afectada: se pressiona, estigmatiza, isola ou persegue de distintas maneiras a aqueles políticos que se opõem às reivindicações dos grupos “gay”. A Igreja católica e outras religiões são cada vez mais criticadas no mundo da cultura e naqueles meios de comunicação que avalizam e promovem o “orgulho gay”.

Estes três movimentos têm cristalizado na nova lei aprovada em Espanha em Junho de 2005 a petição do governo socialista.
Segundo o preâmbulo deste texto legislativo, “a lei permite que o matrimónio seja celebrado entre pessoas do mesmo ou diferente sexo, com plenitude e igualdade de direitos e obrigações qualquer que seja sua composição. Em consequência, os efeitos do matrimónio, que se mantém em sua integridade respeitando a configuração objectiva da instituição, serão únicos em todos os âmbitos com independência do sexo dos contraentes; entre outros, tanto os referidos a direitos e prestações sociais como a possibilidade de ser parte em procedimentos de adopção”.

Na realidade, esta nova lei não respeita a “configuração objectiva da instituição” do matrimónio, senão que a redefine, ao desvinculá-la do que deve ser: a união de um homem e uma mulher abertos à vida através da complementaridade sexual. A palavra “matrimónio” fica, assim, marcada em novo contexto, no qual é origem do matrimónio não é o amor unido à complementaridade sexual dos contraentes, mas só o amor ou o afecto que estes, homens com homens, mulheres com mulheres, homens com mulheres, manifestem entre si.

O resultado, contrariamente ao que pretende o governo espanhol e os grupos homossexuais que o apoiam, não vai a ser a “conquista de um direito” ou a supressão de uma discriminação, mas sim o abaixamento do “contrato matrimonial” a algo que seguirá recebendo o nome de “matrimónio” sem o ser realmente. Em suma, só haverá matrimónio naqueles casais heterossexuais que cumpram os requisitos que fazem válida sua união esponsal, entre eles a aceitação de suas duas propriedades essenciais: unidade e indissolubilidade. Não o haverá, ainda que abusem do nome, entre os casais do mesmo sexo.

Sobre esta temática, a Congregação para a Doutrina da fé publicou no ano 2003 o documento "Considerações acerca dos projectos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais", com a explícita aprovação do então Papa João Paulo II. Estas Considerações recordavam a doutrina católica e a reflexão racional sobre o verdadeiro matrimónio, e convidavam a opor-se ao reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais.
 
Entre as motivações de ordem racional que as Considerações (no n. 6) oferecem para opor-se a tal reconhecimento, encontramos a seguinte: “Neste sentido é necessário reflectir ante todo sobre a diferença entre comportamento homossexual como fenómeno privado e o mesmo como comportamento público, legalmente previsto, aprovado e convertido numa das instituições de ordenamento jurídico. O segundo fenómeno não só é mais grave mas também de alcance mais vasto e profundo, pois poderia comportar modificações contrárias ao bem comum de toda a organização social”.


Em outras palavras: dar estatuto de “matrimónio” às uniões homossexuais, e permitir-lhes, entre outras coisas, o adoptar crianças, cria uma enorme desordem social ao oferecer à gente a ideia de que o comportamento homossexual é não só normal, mas inclusive algo protegido e tutelado como um “bem social”.

Em realidade, nos actos homossexuais não se dá a presença daqueles elementos de complementaridade biológica e antropológica que são próprios do verdadeiro matrimónio. Esta complementaridade permite a abertura à vida e à criação daquelas condições ideais para educar aos próprios filhos desde a riqueza que nasce de conviver com uns pais de diferente sexo.

Opor-se com firmeza a leis como esta, inclusive com a objecção de consciência (Considerações n. 5), será um testemunho de respeito para com o verdadeiro matrimónio e a seu papel na configuração de sociedades sãs e de pessoas maduras. Isso não tira, desde logo, que os católicos, e especialmente os sacerdotes, mantenhamos uma atitude pastoral de acolhida e respeito para com as pessoas que têm tendências homossexuais, como recordam as Considerações (n. 4) citando a "Carta sobre a atenção pastoral às pessoas homossexuais", Carta publicada em 1986 pela mesma Congregação para a Doutrina da fé.

Perguntas ou comentários ao autor
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Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

domingo, 10 de janeiro de 2010

11 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA



SANTOS DO DIA DE HOJE
11 DE JANEIRO DE 2010

Tomás de Cori, Santo
Janeiro 11   -  Franciscano Menor
Tomás de Cori, Santo
Tomás de Cori, Santo
Nascido em Cori (Latina) em 4 de Junho de 1655, Tomás teve uma infância marcada pela perda prematura de sua mãe primeiro e de seu pai depois, ficando só, aos catorze anos, ao cuidado da irmã mais pequena. Fará de pastor, aprendendo a sabedoria das coisas simples. Casadas as irmãs, fica livre para seguir a inspiração que desde há alguns anos guardava no silêncio do coração: pertencer completamente a Deus na vida religiosa franciscana. Havia conhecido os Frades Menores na sua própria cidade no Convento de S. Francisco. Casadas as duas irmãs e livre de toda a preocupação, foi acolhido na Ordem e enviado a Orvieto para fazer o ano de noviciado. Professada a Regra de S. Francisco e finalizados os estudos de teologia, se ordena sacerdote em 1683. Foi nomeado imediatamente vice mestre de noviços no convento da Santíssima Trindade de Orvieto; seus superiores reconheceram desde muito cedo seus dotes.
Pouco tempo depois frei Tomás ouviu falar dos Retiros que começavam a florescer na Ordem e da intenção dos Superiores da  porta do pobre Convento em 1684, dizendo: "Sou frei Tomás de Cori e venho para fazer-me santo". Com uma linguagem talvez longe  da nossa, expressava ele sua ânsia de viver radicalmente o Evangelho segundo o espírito de S. Francisco.
Desde então, frei Tomás permanecerá em Bellegra até à morte, excepto seis anos (1703-1709) nos quais será Guardião no Convento de Palombara, onde instaurou o Retiro, em base ao de Bellegra. Escreveu Regras para um e para outro, que ele primeiro observou cuidadosamente, consolidando com a palavra e com o exemplo a nova instituição dos dois Retiros.
Os longos anos transcorridos em S. Francisco de Bellegra se podem resumir em três pontos:
Oração
Santo Tomás de Cori foi seguramente, como se há dito de S. Francisco, não tanto um homem que orava, como um homem feito oração. Esta dimensão animou toda a vida do Fundador do Retiro. O aspecto mais evidente de sua vida espiritual foi sem dúvida a centralidade da Eucaristia, testemunhada por Tomás na celebração eucarística, intensa e participada, e na oração silenciosa de adoração nas largas noites de Retiro depois do ofício divino celebrado à meia noite. Sua vida de oração esteve marcada por uma aridez persistente de espírito. A ausência total de uma consolação sensível na oração e em sua vida de união com Deus, se prolongaria durante mais de quarenta anos, encontrando-o sempre sereno e radical na vivência do primado de Deus. Verdadeiramente sua oração se configurou como " memória Dei " realizando concretamente a unidade de vida não obstante as múltiplas actividades.
Evangelização
Santo Tomás não se encerrou no Retiro, olvidando o bem de seus irmãos e o coração da vocação franciscana, que é apostólico. Foi chamado com razão o apóstolo de " Sublacense ", havendo percorrido comarcas e cidades no anúncio incansável do Evangelho, na administração dos sacramentos e no surgir de milagres à sua passagem, sinal da presença e proximidade do Reino. Sua pregação era clara e simples, persuasiva e forte. Não subiu aos púlpitos mais ilustres do tempo: sua opção concreta pelos mais pobres. 
Caridade única 
Santo Tomás de Cori foi para seus irmãos padre amabilíssimo. Ante as resistências de alguns irmãos em seu desejo de reforma e de radicalidade em viver o ideal franciscano, o Santo soube responder com paciência e humildade, encontrando-se inclusive só para atender o convento. Havia compreendido muito bem que toda autêntica reforma inicia por si mesmo. 
O notável epistolário que nos há chegado, demonstra a atenção de Tomás às mais pequenas expectativas e necessidades de seus irmãos e de tantos amigos, penitentes e frades que se dirigiam a ele para receber um conselho. No convento demonstrou seu espírito de caridade na disponibilidade a qualquer necessidade, inclusive a mais humilde.
Rico de méritos, adormeceu no Senhor em 11 de Janeiro de 1729. Santo Tomás de Cori resplandece entre nós e em Roma, de que é co-padroeiro, sobretudo na sua ânsia de ideal cristão e franciscano puro e vivido no essencial. Uma provocação para todos nós, a não tomar com ligeireza o Evangelho e suas exigências radicais.
Reproduzido com autorização de Vatican.va

Higinio Santo
Janeiro 11   -  IX Papa
Higinio Santo
Higinio Santo
IX Papa
Etimologia: "o saudável", em grego.
De origem grega (Atenas).
Foi papa por uns quatro anos, aproximadamente, 138 até sua morte em 142.
Determinou várias atribuições do clero e definiu os graus da hierarquía eclesiástica.
Instituiu o padrinho e a madrinha no baptismo dos recém nascidos para os guiar na vida cristã e decretou que as igrejas fossem consagradas.
Lutou contra os hereges Velentino e Cerdón e suas doutrinas, pois esses pretendíam explicar a fé cristã com especulações filosóficas apoiadas em esquemas gnósticos.
Foi enterrado  no Vaticano perto da tumba de São Pedro.
 
Vital de Gaza, Santo
Janeiro 11 Emitão
Vital de Gaza, Santo
Vital de Gaza, Santo
Etimologicamente significa “ vitalista, cheio de vida”. Vem da língua latina.
Vital tinha nada menos que sessenta anos quando descobriu a riqueza do Evangelho de Jesus de Nazaré.
Se deu conta de que Deus convida as "mulheres de má vida" a que entrem em seu reino.
Ele vivía tranquilo como ermitão na sua ermida de Gaza na Palestina, tão actual em nossos dias por motivos políticos e bélicos, não por questões religiosas.
Deixou sua vida aprazível e foi para a Alexandria, célebre por seu bairro chinês ao lado do porto.
Ali se construiu sua ermida. Se dedicou a fazer duas coisas importantes: uma, pedir esmola de porta em porta; outra foi a dedicação completa ao mundo da prostituição.
Estas mulheres o tomaram em seguida um grande afecto, e entabularam com ele uma séria amizade porque estimavam em muito suas palavras e seus sãos juízos acerca de suas vidas.
Apesar de ser um trabalho difícil, tinha as portas de sua ermida aberta para que fossem a falar com ele quando quiseram. Lhes falava da felicidade que da a honestidade de costumes.
Graças a suas palavras e ao amor sincero e puro que lhes tinha, além de ser seu pano de lágrimas, muitas se convertiam e deixavam sua má vida. 
Mas como soa ocorrer, havia “beatos e beatas” que viam com maus olhos que se dedicasse a este trabalho. O denunciaram ao bispo e o encerraram.
As raparigas prostitutas passavam cada noite frente ao palácio episcopal gritando e reclamando a liberdade de seu amigo Vital. O bispo o compreendeu. 
Mas dias mais tarde o mataram os “beatos ou santões cumpridores farisaicos”.
Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">mailto:fsantossdb@hotmail.com?subject=Comentarios desde Catholic.net <br>al Santoral
 
Francisca de Sales (Leonia Aviat), Santa
Francisca de Sales (Leonia Aviat), Santa
Fundadora da Congregação de Oblatas de São Francisco de Sales
Nasceu em Sézanne (França), departamento de Marne, em 16 de Setembro de 1844. Foi baptizada ao dia seguinte de seu nascimento com o nome de Leonia. Frequentou as primeiras classes elementares em seu povo natal; depois, seus pais a levaram ao mosteiro da Visitação de Troyes pois, ainda que praticassem pouco, eram honrados comerciantes que desejavam para sua filha uma boa educação cristã.
Sua vida esteve marcada por três etapas fundamentais: o período de formação no mosteiro da Visitação de Troyes, capital de Champagne; o encontro com o p. Louis Brisson, futuro fundador dos Oblatos de São Francisco de Sales; e a aplicação das leis subversivas contra os institutos religiosos em França a finais de século.
Leonia permaneceu no mosteiro da Visitação até à idade de 16 anos. Já então manifestou à superiora seu desejo de se fazer religiosa, mas ela lhe respondeu: "Aquilo para o que Deus te tem destinada não está ainda preparado; deixa-o actuar e faz sempre a vontade divina".
Quando saiu do mosteiro, seu pai havia disposto para ela um matrimónio com um rico e distinto senhor do lugar, mas Leonia pensava já na vocação religiosa e não quis aceder aos desejos de seu pai. Com a idade de 21 anos, em 1865, visitou um estabelecimento industrial de Sézanne e surgiu nela o desejo de atender as operárias. Entretanto, o p. Louis Brisson, que havia sido capelão da Visitação quando ela estava interna ali, dado seu incansável zelo pela protecção e a formação religiosa das jovens operárias que vinham dos campos e estavam expostas aos perigos mais graves, havia fundado no ano 1858 as "Obras para as trabalhadoras jovens", pondo-as sob a protecção de são Francisco de Sales: proporcionavam as jovens locais seguros, comida e a assistência de almas boas e generosas, mas fazia-lhes falta também a formação humana e a educação religiosa.
Em 1866 Leonia pediu regressar à Visitação para pedir luz ao Senhor, antes de tomar uma decisão definitiva sobre sua vocação. Então conheceu a obra de assistência as jovens que havia começado o p. Brisson, o qual estava pensando em fundar uma congregação de religiosas. Compartilhou imediatamente o projecto do padre. Em 30 de Outubro de 1868 Leonia vestiu o hábito religioso, junto com outra antiga companheira do internado, e tomou o nome de Francisca de Sales.
Em 11 de Outubro de 1871 emitiu os votos religiosos, junto com sua primeira companheira, iniciando assim a congregação de Oblatas de São Francisco de Sales. Outras jovens se uniram a elas, mas a ocupação alemã de 1870 retardou sua profissão religiosa. Se multiplicaram os patronatos e casas-família; as jovens recebiam, junto com a formação religiosa, a educação prática que as preparava para sua vida futura de mães de família. A madre Francisca de Sales, que foi a primeira superiora geral, se fez operária entre as operária; as ajudou a desfrutar do trabalho bem realizado, ainda que o ganho fosse mínimo; as jovens trabalhadoras compreendiam a dignidade do trabalho, como algo que vem de Deus e instrumento de caridade, porque permite ajudar as companheiras que estão necessitadas. Daí nasceu uma competição de solidariedade humana.
Depois de haver consolidado as obras em Troyes, foi a Paris e organizou ali um internato para jovens de posição social acomodada. Obteve com a alta sociedade parisiense o mesmo êxito que havia tido com as operárias. Oito anos mais tarde regressou a Troyes, onde esteve outros 15 anos, quatro delas como uma religiosa mais, e nelas que teve que suportar a hostilidade de alguns membros de sua comunidade. Em 1893 foi eleita novamente superiora geral, cargo que exerceu até sua morte. Enviou religiosas às missões de Sul de África e de Equador. O instituto se estendeu também por Suíça, Áustria, Inglaterra e Itália. Em 1903 entraram em vigor em França as leis subversivas, que decretaram a expropriação dos bens das congregações religiosas: se encerraram 23 casas bem organizadas e 6 de apoio aos padres oblatos. A madre Francisca de Sales e seu conselho refugiaram-se em Itália e desde ali aperfeiçoaram a organização da congregação e sustentaram as religiosas com cartas e visitas.
Sua última grande prova foi a morte do p. Brisson, acontecida em seu povo natal de Plancy em 2 de Fevereiro de 1908. Em seus últimos seis anos de vida velou zelosamente pela redacção definitiva das Constituções, que foram aprovadas pelo Papa Pio X em 1911. Faleceu com a idade de 69 anos, em Perusa (Itália), em 10 de Janeiro de 1914. 
O Papa João Paulo II a beatificou em 27 de Setembro de 1992 e ele mesmo a canonizou em 25 de Novembro de 2001.
Reproduzido com autorização de Vatican.va
 
Bernardo Scammacca, Beato
Janeiro 11   -  Dominicano
Bernardo Scammacca, Beato
Bernardo Scammacca, Beato
Bernardo, antes António, nasce em Catânia (Sicília) de família nobre no ano 1430.
Depois de uma juventude dissipada, prostrado por uma grave ferida recebida num duelo e movido pela graça divina, quis ser inscrito entre os frades Pregadores o ano 1452.
Se dedicou com ardor e exclusividade a Deus e se esforçou em conformar-se a Cristo crucificado, cuja paixão considerava devotamente, por meio de uma caridade ardente e frutos abundantes de fundação de um hospital, que ainda existe, com a ajuda de seus nobres concidadãos e que ele mesmo dirigiu em vida. Foi dos primeiros religiosos observantes de Santa Zita de Palermo, prior de Santo Domingo en Catânia e depois em Palermo e finalmente vigário geral dos conventos reformados de Sicília, dando, por conseguinte, uma extraordinária colaboração para a restauração da vida regular.
Foi pregador ardoroso e levou muitas pessoas a Deus. Dele disse Tomás Schifaldo: «Homem bom, piedoso e modestíssimo, ouvindo todas as consciências.» Pôs sua experiência ao serviço de seu ministério apostólico, mostrando-se amorosamente compassivo com os pecadores e dando graças em sua oração pela misericórdia divina.
Morreu em Catânia, confirmada sua vida com numerosos carismas, em 11 de Janeiro de 1487 e ali se venera seu corpo incorrupto.
Leão XII aprovou seu culto em 8 de Março de 1825.
 
Francisco Rogaczewski, Beato
Janeiro 11   -  Mártir
Francisco Rogaczewski, Beato
Francisco Rogaczewski, Beato
Nasceu em Lipanki em 1892 e foi martirizado durante a ocupação nazi.
Foi indicado para a Paróquia Cristo Rei da diocese de Gdansk. Era um pastor estimado muito procurado como confessor. 
Prenderam-no por ser sacerdote católico em 1 de Setembro de 1939, devendo sofrer prolongadas torturas, até que foi finalmente fuzilado em 11 de Janeiro de 1940.
Forma parte dos 108 mártires polacos da Segunda Guerra Mundial beatificados pelo Papa João Paulo II, em 1999.
Para ver mais sobre os 108 mártires Polacos durante a segunda guerra mundial faz "click" AQUI
 
Teodósio o Cenobita, Santo
Janeiro 11   -  Monge
Teodosio el Cenobita, Santo
Teodósio o Cenobita, Santo
O bem-aventurado padre são Teodósio, chamado Cenobita, que quer dizer padre de muitos monges, nasceu numa aldeia de Capadócia.
Havia-se dado aos estudos, e ainda declarava ao povo as letras divinas, quando desejoso da perfeição, partiu para os santos lugares.
Em chegando a Antioquia, quis ver a insigne anacoreta santo Simeón Estilita, o qual, inspirado do Senhor, lhe disse: «Teodósio, varão de Deus, serás bem vindo». Espantou-se Teodósio ouvindo esta voz, porque o chamava por seu nome, e porque o honrava com o titulo de varão de Deus.
Subiu a coluna por ordem de são Simeón e pôs-se a seus pés; ouviu seus conselhos e tudo o que daí em diante lhe havia de suceder; e tomada sua bênção, seguiu seu caminho até Jerusalém, onde ele adorou e regou com suas lágrimas aqueles sagrados lugares que Cristo nosso Senhor consagrou com sua vida e sua morte.
Retirou-se depois para a solidão, e veio a ter tantos discípulos, que lavrou um grande mosteiro, no qual acolhia aos pobres. 
lhes dar de comer fechassem as portas, são Teodósio mandou abri-las e dar-lhes a todos o necessário, e o Senhor os providenciou com tão larga mão, que depois ficavam as arcas cheias de pão.
Era também seu mosteiro, hospital de enfermos, a quem servia e beijava as chagas com grande amor.
Havia entre seus discípulos homens ricos e poderosos, militares e sábios, dos quais saíram muitos bispos e superiores de sorte que quando morreu o santo, haviam já falecido seiscentos noventa e três de seus discípulos. 
O imperador Anastásio, que favorecia aos hereges Acéfalos, enviou-lhe uma boa quantidade de ouro para seus pobres: aceitou-a e repartiu-a o santo mas escreveu ao imperador, que nem ele nem os seus consentiriam com os hereges, ainda que a vida lhes custasse. 
Foi logo, velho como era, a pregar sem temor algum pelas cidades daqueles hereges que condenavam o concílio de Calcedónia; e subindo uma vez ao púlpito, fez sinal ao povo que se calasse, e disse: «O que não receber os quatro concílios gerais, como os quatro Evangelhos seja maldito e excomungado».
Então o imperador o desterrou, mas durou bem pouco o desterro, porque o monarca herege caiu morto, ferido por um raio.
Teodósio voltou de seu desterro, glorioso e triunfante. Muitas foram as obras admiráveis que  fez este varão de Deus em sua longa vida; muitas vezes multiplicou o pão, anunciou o terramoto que assolou a cidade de Antioquia, e cheio de méritos e virtudes, descansou na paz do Senhor com a idade de cento e cinco anos.
Honraram seu cadáver o patriarca de Jerusalém com outros bispos e multidão de monges, clérigos e seculares.

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Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

10 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

SANTOS DO DIA DE HOJE
10 de JANEIRO de 2010

Gonçalo de Amarante, Beato
Janeiro 10 Dominicano
Gonzalo de Amarante, Beato
Gonçalo de Amarante, Beato
Tagilde, do bispado de Braga, é a terra portuguesa que o viu nascer. Pela discrição que desde pequeno demonstrou o Arcebispo de Braga o toma sob seu tecto preparando-o para o sacerdócio. Logo em seguida o envia para a Abadia de São Pelayo por suas qualidades. É muito responsável e zeloso de suas ovelhas que aproxima a Jesus Cristo mais com as obras que com os sermões, por isso adopta umas roupas de mendigo e, fazendo penitência, dá em esmola aos pobres tudo quanto lhe dão.
Como tem um desejo vivo de visitar os Santos Lugares, deixa a um sobrinho o cuidado da Abadia e começa sua sonhada peregrinação. Cheio de agradecimento e com muitas lágrimas de pesar, Gonçalo contempla com admiração, olhar piedoso, beija com carinho e venera com respeito o que para a fé são monumento. De facto, o tempo passa insensível em sua beleza.
Após catorze anos regressa para cuidar a suas ovelhas. Há sido muito longa a ausência. A Abadia havia mudado. O pastor fez-se lobo. Abandonou o cuidado e se dedicou ao despojo. Entre banquetes, caçadas, vícios e vaidades se há convertido de servidor em dono. Como tantos. Não obedece aos requerimentos do tio e até o ataca com ameaças violentas, maltratando-o fisicamente. Já antes havia tentado demonstrar sua morte para assegurar o posto.
O legítimo abade, aprendeu muito na Palestina. Retira-se humilhado e vencido. Percorre os arredores e prega feliz o Evangelho; constrói uma pequena ermida e se converte em ermitão orante solitário, pregador e conselheiro pelos arredores de Tamaca.
A Virgem o leva a passar uma noite no mosteiro de Vimaro, dos dominicanos. Ali é aceite como religioso, recebe os hábitos, faz seus votos e edifica a todos com sua piedade, mortificação e santidade.
Com a autorização do prelado, volta ao oratório de Amarante onde se entrega sem limites a oração, penitência e apostolado até ao fim de sua vida queimada em amor a Deus e em bem dos irmãos. Contraiu uma gravíssima enfermidade e se dispôs a morrer como os melhores discípulos do Senhor. Morre em mãos da Virgem em 10 de Janeiro de 1260.
Aparte ficam os adornos. A esbelta e nobre figura do santo a piedade, o carinho ou a fantasia acrescentou notas pouco prováveis, nada necessárias e impossíveis de comprovar pela ciência histórica, mas que embelezavam de modo maravilhoso e sobrenatural, como aureola, a grandeza de um homem fiel. Foi o tempo que acrescentou os (…guiños…(*) que fazia a Jesus crucificado enquanto mamava os peitos de sua ama de leite quando era bebé; como as repetidas, frequentes e quase contínuas aparições da Virgem; e como o que os peixes do rio saltavam às margens oferecendo-se como vianda para quem pregava a Jesus Cristo.
Foi beatificado pelo Papa Pio IV no ano 1560.
Nota de Afonseca: Relativamente à palavra assinalada a vermelho e com asterisco, ignoro qual a sua tradução que também não consegui encontrar no dicionário que utilizo. As minhas desculpas.
Gregório X, Beato
Janeiro 10 CLXXXIV Papa
Gregorio X, Beato
Gregório X, Beato
A personalidade de Teobaldo Visconti, que foi papa desde 1272 até 1276 com o nome de Gregório X, demonstra a verdade da afirmação de são Paulo: Deus elege o que é débil ao parecer dos critérios correntes dos homens, e sabe dar-lhe o vigor necessário para levar a cabo seu plano.
Homem de natural retraído, especialista em direito canónico, havia nascido em Piacenza (Itália) em 1210. Nomeado sucessivamente diácono da catedral de Lyón e arquidiácono da de Liege, coerente com a consciência que o assistia de sua escassa experiência pastoral, recusou o bispado de sua cidade natal que lhe oferecia o papa Inocêncio IV. Sem embargo, a Santa Sede lhe encomenda mais tarde a pregação de uma cruzada, com o objecto de recuperar os santos lugares para a cristandade. Sendo já um homem idoso, recebeu na Palestina, onde promovia o movimento armado, a notícia de sua designação como papa. Ordenado em Roma como presbítero e bispo, subiu à cátedra de Pedro em 27 de Novembro de 1272.
Naqueles anos se organiza um concílio ecuménico na cidade de Lyon, do qual participam os gregos, com quem não existia já, desgraçadamente, comunhão perfeita.
As circunstâncias políticas favoreceram uma declaração de unidade por parte daquela assembleia sinodal; mas este instrumento teve validade efémera, dado que a fórmula adoptada adoecia de imprecisão nos seus termos.
Este fracasso de Gregório X em seus propósitos nos recorda que a cruz não pode estar ausente no caminho de quem segue a Cristo. O fracasso crucifica os próprios esforços e os anseios íntimos, mas nos conduz a levantar o olhar do Pai e sua misericórdia. A unidade que intentou instaurar Gregório era um bem inapreciável, pelo qual pugna o Espírito de Deus, animando aos que crêem num só Senhor Jesus Cristo. Mas as motivações humanas muitas vezes, como esta vez, não estão suficientemente purificadas para servir de veículo eficiente ao impulso do Espírito.
A fugaz reunificação obtida pelo segundo concílio de Lyon há ficado como memorial de que a unidade é possível entre os cristãos, em particular entre os de Oriente e Ocidente; mas também de que seu autor é Deus e não as conveniências humanas. Gregório X morreu, com as palavras do arcanjo Gabriel em seus lábios, em 10 de Janeiro de 1276. Sobre sua vida cheia de amor à oração e à esmola escreveu o papa Bento XIV.
Guillermo de Bourges, Santo
Guillermo de Bourges, Santo
Nasceu em Nevers, França, de família nobre e morreu em Bourges, França, em 1209.
Foi educado por seu tio Pedro o ermitão. Foi monge na Abadia cisterciense de Pontigny sendo notável por sua humildade e sua mortificação.
Mais tarde passou como Abade para a de Fontaine-Saint-Jean; e, em 1187, a Chaalis.
Por sua humildade e caridade foi eleito Arcebispo de Bourges em 1200, sede que ocupou até sua morte.
Neste cargo redobrou as austeridades porque tinha que expiar, segundo dizia, seus próprios pecados e os de seu povo.
Tal horror tinha pelo pecado, que não podia ver que se ofendesse a Deus sem derramar uma torrente de lágrimas.
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• Agatón, (Agatão) Santo
Janeiro 10 LXXIX Papa
Agatón, Santo
Agatón, Santo
Nasceu em Palermo em data não conhecida, morreu em Roma em 10 de Janeiro de 681.
Foi Papa da Igreja católica de 678 a 681.
Após a morte de seu pai, reparte sua herança entre os pobres e ingressa como leigo no mosteiro beneditino de San Hermes (Palermo) não tomando as ordens sacerdotais até 677, quando contava com cem anos.
No ano seguinte, em 27 de Junho, é eleito papa. Seu curto pontificado destaca-se pela convocatória do Sexto Concilio Ecuménico, celebrado em Constantinopla entre 680 e 681, e que sob a presidência do imperador bizantino Constantino IV condenou o monoteísmo e o mono-energismo, doutrinas que haviam sido toleradas até então pela Igreja, especialmente pelo papa Honório I o que supôs que o concílio ditasse a excomunhão deste.
Mesmo assim conseguiu que Constantino IV abolisse o imposto de três mil escudos que, desde Justiniano I, os papas estavam obrigados a pagar para ver sua eleição confirmada pelo imperador.
Faleceu em 10 de Janeiro de 681 e é venerado como santo tanto pela Igreja Católica como pela Igreja Ortodoxa.
É o padroeiro de Palermo, sua cidade natal.
• Aldo, Santo
Enero 10 Eremita
Aldo, Santo
Aldo, Santo
Deste santo se conhece muito pouco, nem sequer o lugar e data de nascimento. Parece que viveu no século VIII, quando a humanidade estava ameaçada pelo islamismo. Se conhece sim o lugar de sua sepultura: em Pavía, primeiro na capela de São Columbano e depois na basílica de São Miguel.
Uma antiga tradição no-lo apresenta como carvoeiro e eremita em Carbonaria, perto de Pavía. Como santo Aldo se encontra incluído nos Martirológios da Ordem beneditina, se supõe que foi monge em Bobbio, o famoso mosteiro fundado por são Columbano no ano 614.
Os monges irlandeses de são Columbano não levavam uma vida eremítica em sentido estrito, mas o ermitão se afastava temporalmente dos homens para se dedicar à oração e encher a solidão exterior com a presença alegre de Deus. Mas não se afastava da comunidade a que edificava com o exemplo de sua vida devota e com a caridade.
Podemos, pois, pensar que santo Aldo foi uma magnífica mistura do espírito beneditino e do espírito que levaram os fervorosos missionários que chegavam de Irlanda, a “ilha bárbara” que se transformou em “ilha de santos” pelo extraordinário florescimento do cristianismo.
São Columbano havia levado a Europa uma corrente de nova espiritualidade. Quer dizer, se havia produzido um movimento inverso ao que havia levado a Boa Noticia a Irlanda. Dezenas de monges e ermitãos irlandeses, convertidos em “peregrinos por Cristo”, num maravilhoso intercâmbio evangélico, de evangelizados se converteram em evangelizadores.
Ana de los Ángeles Monteagudo, Beata
Ana de los Ángeles Monteagudo, Beata
Nasceu em Arequipa em 26 de Julho de 1602, filha do espanhol Sebastián Monteagudo de Jara e da arequipeña Francisca Ponce de León.
Conforme os costumes da época, Ana foi internada por seus pais no mosteiro de Santa Catalina.
Volta ao lar por decisão de seus pais, não lhe satisfizeram os afagos do mundo nem as perspectivas de um vantajoso matrimónio.
Desejava fazer-se religiosa e o pôs em prática ante a indignada reacção de seus pais.
Suportou com paciência e ânimo invicto as contrariedades e empreendeu a senda da perfeição.
Em 1618 inicia o noviciado e acrescenta a seu nome o apelativo "de los Ángeles". 
A aspereza da vida conventual não a arreda. Vive com entusiasmo o ideal de Domingo de Guzmán e de Catalina de Siena.
Com o tempo chega a ser Mestra de noviças e Prioresa (1647).
Acomete com energia a reforma do mosteiro. Admoesta e corrige, anima e promove. Além disso das professas, habitavam por essa época no mosteiro perto de 300 pessoas, não todas imbuídas do desejo de perfeição. 
A obra de Ana de los Ángeles chocou com oposições tenazes. Soror Ana atendeu assim mesmo, abnegada e heroicamente, as vítimas de uma peste que assolou Arequipa.
Teve altíssima oração, esmerada perfeição nas virtudes próprias da vida religiosa, serenidade e paciência nos sofrimentos.
Faleceu em 10 de Janeiro de 1686.
Beatificada em Arequipa por João Paulo II em 1985.
• Gil de Lorenzana (Bernardino de Bello), Beato
Janeiro 10   -  Eremita Franciscano
Gil de Lorenzana (Bernardino de Bello), Beato
Gil de Lorenzana (Bernardino de Bello), Beato
Gil, no século Bernardino De Bello, nasceu em Laurenzana, a sul de Itália, na região de Basilicata, no ano 1443, no seio de um lar modesto e cristão.
Muito inclinado à piedade desde sua meninice quando chega à adolescência, obtém licença para viver retirado em um santuário que se encontrava no meio do campo, onde o jovem se entrega sobretudo à oração. 
Mas sua solidão é interrompida pela visita dos vizinhos do povo que querem ver por si mesmos ao jovem ermitão e começam a consultá-lo nas suas preocupações.
Não se achando capaz de dar resposta a quem acodem a ele, decide deixar o santuário e colocar-se como jornaleiro com um rico agricultor, o qual lhe toma afecto e lhe permite passar em oração várias horas ao dia.
Assim está um tempo até que amadurece sua própria vocação e se decide a pedir o hábito franciscano no convento de Lorenzana.
Admitido ao noviciado, professa como irmão e é-lhe dado o encargo de trabalhar a horta dos frades.
Tem a inspiração de pedir e obter licença para construir uma pequena cela no mais afastado da horta e ali poder passar em contemplação das coisas divinas as horas que não são de trabalho. 
E assim decorre sua vida: trabalho e oração altíssima, sendo evidentes à comunidade religiosa as virtudes do humilde irmão, que não saía de sua cela senão para o trabalho e para acudir à igreja onde adorava com amor de serafim ao Santíssimo Sacramento.
Morreu em seu povo natal em 10 de Janeiro de 1518, estreitando em suas mãos o rosário da Virgem Maria. 
O papa Leão XIII confirmou seu culto em 27 de Junho de 1880.
María Dolores Rodriguez Sopeña, Beata
María Dolores Rodriguez Sopeña, Beata
Fundadora do
Movimento de Laicos Sopeña, do Instituto Catequista Dolores Sopeña e da Obra Social e Cultural Sopeña «OSCUS»
Martirológio Romano: Em Madrid, capital de Espanha, beata María Dolores Rodríguez Sopeña, virgem, que deu mostras de sua grande caridade cristã ao dedicar-se aos mais abandonados da sociedade de seu tempo, aproximando-se especialmente dos subúrbios das maiores cidades, e para anunciar o Evangelho e atender aos pobres e aos operários em questões sociais, fundou o Instituto das Damas Catequistas e a Obra da Doutrina (1918).

Dolores Rodríguez Sopeña nasce em Vélez Rubio (Almería), em 30 de Dezembro de 1848, quarta entre sete irmãos. Seus pais, Tomás Rodríguez Sopeña e Nicolasa Ortega Salomón, castelhanos, se haviam trasladado desde Madrid a essa localidade por motivos de trabalho. Dom Tomás havia terminado sua carreira judicial demasiado jovem, pelo que não podia exercer e consegue um emprego como administrador das quintas dos marqueses de Vélez.
Sua infância e adolescência transcorrem em distintos povos das Alpujarras pois, quando seu pai começa a exercer como magistrado sofre ao longo de sua carreira diversas mudanças. Contudo, ela define esta etapa de sua vida como um «lago de tranquilidade». Em 1866, seu pai é nomeado Fiscal da Audiência de Almería. Dolores tem 17 anos. Ali começa a frequentar a sociedade, mas a ela não lhe chamavam a atenção as festas nem a vida social; seu interesse é fazer bem aos outros. Em Almería tem suas primeiras experiências apostólicas: atende, material e espiritualmente, a duas irmãs enfermas de tifo e a um leproso, tudo isso às escondidas por medo a que a proibissem seus pais. Também visita aos pobres das Conferencia de São Vicente de Paulo com sua mãe. Três anos mais tarde, seu pai é transferido para a Audiência de Porto Rico, onde viaja com um de seus filhos enquanto o resto da família se instala em Madrid. Na capital Dolores ordena melhor sua vida: elege um director espiritual e colabora ensinando a doutrina na cadeia de mulheres, no hospital da Princesa e nas Escolas Dominicais.
Em 1872, a família se reúne em Porto Rico. Dolores tem 23 anos e permanecerá na América até aos 28. Começa seu contacto com os jesuítas. O P. Goicoechea foi seu primeiro director espiritual. Ali funda a Associação de Filhas de Maria e Escolas para as pessoas de cor onde se alfabetiza e ensina o catecismo.
Em 1873, seu pai é nomeado Fiscal da Audiência de Santiago de Cuba. São tempos difíceis, pois estala um cisma religioso na ilha. Por este motivo, sua acção se reduz a visitar aos enfermos do hospital militar. Pede a admissão nas Irmãs da Caridade, mas não o consegue por sua falta de vista. Com a idade de 8 anos havia sido operada aos olhos e esta doença a acompanhará toda a vida.
Ao terminar o cisma começa a trabalhar nos bairros marginais e funda o que ela denomina «Centros de Instrução», pois neles não só se ensinava o catecismo mas também cultura geral e inclusive se prestava assistência médica. Para esta obra consegue muitas colaboradoras e a estabelece em três bairros diferentes.
Em Cuba morre sua mãe, seu pai pede a retirada e voltam a Madrid em 1877. Em Madrid organiza sua vida em três frentes: o cuidado da casa e de seu pai, o apostolado, o mesmo que fazia antes de deixar a Península, e sua vida espiritual: elege director espiritual e começa a fazer anualmente os Exercícios Espirituais de santo Ignácio. Em 1883 morre seu pai e se reavivam suas lutas vocacionais.
Por indicação de seu director, o P. López Soldado SJ ingressa no convento das Salesas, pese a que nunca se havia planeado uma vida inteiramente contemplativa. Aos dez dias deixa o convento pois comprovou não ser sua vocação. Ao sair se dedica com mais intensidade ao apostolado.
Abre uma «Casa Social» onde se tramitam os diversos assuntos que saem em suas visitas ao hospital e à cadeia. Numa de suas visitas a uma das presas que acabava de ficar em liberdade, conhece o Bairro das Injúrias. Corre o ano 1885. Dolores tinha 36 anos.
Ao ver a situação moral, material e espiritual da gente, começa a visitar o bairro todas as semanas e convida a muitas de suas amigas. Aí começará a que logo se denominará «Obra das Doutrinas», antecedente de seus «Centros Operários».
A sugestão do bispo de Madrid, D. Ciríaco Sancha, em 1892 funda uma Associação de Apostolado Secular hoje denominado «Movimento de Laicos Sopeña». No ano seguinte recebe a aprovação civil. A Obra se estende em 8 bairros da capital.
Em 1896 inicia sua actividade fora de Madrid. Pese a oposição da Associação, aceita fundar a Obra em Sevilha. Fruto de muitos mal entendidos, demite como Presidenta em Madrid no ano seguinte e se estabelece em Sevilha. Em só quatro anos realiza 199 viagens por toda Espanha para estabelecer e consolidar a Obra das Doutrinas. Por sua vez, acompanha o P. Tarín, SJ, em algumas missões por Andaluzia. 
No ano 1900 participa numa peregrinação a Roma pelo Ano Santo. Faz um dia de retiro no sepulcro de São Pedro e ali recebe a confirmação de fundar um Instituto Religioso que desse continuidade à Obra das Doutrinas e que ajudara a sustentar espiritualmente a Associação laical. O Cardeal Sancha, então já arcebispo de Toledo, lhe propõe fundar ali.
Em 24 de Setembro de 1901, em Loyola, depois de uns Exercícios Espirituais realizados junto com 8 companheiras, se levanta acta de fundação do «Instituto de Damas Catequistas» (hoje «Instituto Catequista Dolores Sopeña»), ainda que a fundação oficial foi em 31 de Outubro em Toledo.
Uma de suas grandes intuições foi fundar, ao mesmo tempo, uma Associação civil, hoje chamada «Obra Social e Cultural Sopeña - OSCUS», que, em 1902, consegue o reconhecimento do governo. Em 1905 recebe da Santa Sede o Decretum laudis e, dois anos mais tarde, em 21 de Novembro de 1907, a aprovação das Constituições concedida directamente por S.S. Pío X. 
operários fortemente influenciados pelo anticlericalismo e não podia pretender-se o ensino da religião directamente. Isto também determina que as religiosas deste Instituto não levem hábito e nem sequer um sinal religioso externo. Muda seus meios e seus métodos para poder conseguir o fim: acercar-se dos operários «afastados da Igreja», que não haviam podido receber instrução cultural, moral nem religiosa e unir os «distanciados socialmente», então, «a classe operária e do povo» com a «alta e acomodada». Isto o resume em duas linhas de acção: dignificar ao trabalhador e criar fraternidade.
Detrás de sua entrega ao serviço dos outros está uma fé profunda e autêntica, uma rica espiritualidade. Seu compromisso pela dignidade da pessoa brota de sua experiência de um Deus Pai de todos, que nos ama com uma ternura infinita e deseja que vivamos como filhos e irmãos. Dali seu grande desejo de «Fazer de todos uma só família em Cristo Jesús.» Sua grande união com Deus lhe permite descobri-lo presente em tudo e em todos, especialmente nos mais necessitados de dignidade e afecto.
Sair ao encontro de cada pessoa em sua situação, introduzir-se nos bairros marginais da época, era inconcebível para uma mulher a finais do século XIX. O segredo de sua audácia é sua fé, essa confiança sem limites, que ela reconhece como seu maior tesouro e que afaz sentir-se instrumento em mãos de Deus, instrumento ao serviço da fraternidade, do amor, da misericórdia, da igualdade, da dignidade, da justiça, da paz...
Em poucos anos, estabelece comunidades e Centros nas cidades mais industrializadas de então. Em 1910 se celebra o primeiro Capítulo Geral e é reeleita Superiora Geral. Em 1914 funda em Roma e em 1917 viajam as primeiras Catequistas para abrir a primeira casa na América, concretamente no Chile. 
No ano seguinte, em 10 de Janeiro de 1918, Dolores Sopeña morre em Madrid com fama de santidade. 
No dia 11 de Julho de 1992, João Paulo II declara heróicas suas virtudes sendo beatificada em 23 de Março de 2003.
Actualmente a Família Sopeña, formada pelas três instituições que deixou fundadas, quer dizer, o Instituto Catequistas Dolores Sopeña, o Movimento de la Laicos Sopeña e a Obra Social e Cultural Sopeña, está presente em Espanha, Itália, Argentina, Colômbia, Cuba, Chile, Equador, México e República Dominicana. 

Reproduzido com autorização de Vatican.va
• Pablo de Tebas, Santo
Janeiro 10   -  Ermitão
Pablo de Tebas, Santo
Pablo de Tebas, Santo
Ermitão
Martirológio Romano: Em Tebaida (hoje Egipto), são Paulo, eremita, um dos primeiros em abraçar a vida monástica (s. IV). 
A vida deste santo foi escrita pelo grande sábio São Jerónimo, no ano 400.
Nasceu no ano 228, em Tebaida, uma região que fica junto ao rio Nilo no Egipto e que tinha por capital a cidade de Tebas.
Foi bem educado por seus pais, aprendeu grego e bastante cultura egípcia. Mas aos 14 anos ficou órfão. Era bondoso e muito piedoso. E amava enormemente a sua religião. 
No ano 250 estalou a perseguição de Décio, que tratava não tanto de que os cristãos chegassem a ser mártires, mas sim de os fazer renegar de sua religião. Paulo se viu ante estes dois perigos: ou renegar de sua fé e conservar suas quintas e casas, ou ser atormentado com tão diabólica astúcia que o conseguissem acobardar e o fizessem passar para o paganismo para não perder seus bens e não ter que sofrer mais torturas. Como via que muitos cristãos renegavam por medo, e ele não se sentia com a suficiente força de vontade para ser capaz de sofrer toda classe de tormentos sem renunciar a suas crenças, dispôs-se a esconder-se. Era prudente. 
Mas um seu cunhado que desejava ficar com seus bens, foi e o denunciou ante as autoridades. Então Paulo fugiu para o deserto. Lá encontrou umas cavernas onde vários séculos atrás os escravos da rainha Cleópatra fabricavam moedas. Escolheu por vivenda uma dessas covas, perto da qual havia uma fonte de água e uma palmeira. As folhas da palmeira lhe proporcionavam vestes. Seus frutos lhe serviam de alimento. E a fonte de água lhe acalmava a sede.
Ao princípio o pensamento de Paulo era ficar por ali unicamente o tempo que durasse a perseguição, mas logo se deu conta de que na solidão do deserto podia falar tranquilamente a Deus e escutá-lo tão claramente as mensagens que Ele lhe enviava desde o céu, que decidiu ficar ali para sempre e não voltar jamais à cidade onde tantos perigos havia de ofender a Nosso Senhor. Se propôs ajudar ao mundo não com negócios e palavras, mas com penitências e oração pela conversão dos pecadores.
Disse São Jerónimo que quando a palmeira não tinha fruto, cada dia vinha um corvo e lhe trazia meio pão, e com isso vivia nosso santo ermitão. (A Igreja chama ermitão ao que para sua vida numa "ermida", ou seja numa habitação solitária e retirada do mundo e de outras habitações).
Depois de passar ali no deserto orando, jejuando, meditando, por mais de setenta anos seguidos, já acreditava que morreria sem voltar a ver rosto humano algum, e sem ser conhecido por ninguém, quando Deus dispôs cumprir aquela palavra que disse Cristo: "Todo o que se humilha será engrandecido" e sucedeu que naquele deserto havia outro ermitão fazendo penitência. Era Santo António Abade. E uma vez a este santo lhe veio a tentação de crer que ele era o ermitão mais antigo que havia no mundo, e uma noite ouviu em sonhos que lhe diziam: "Há outro penitente mais antigo que tu. Empreende a viagem e o lograrás encontrar". António madrugou para partir de viagem e depois de caminhar horas e horas chegou à porta da cova onde vivia Paulo. Este ao ouvir ruído lá fora acreditou que era uma fera que se acercava, e tapou a entrada com uma pedra. António chamou por muito longo tempo suplicando-lhe que movesse a pedra para poder saudá-lo. 
No fim Paulo saiu e os dois santos, sem se haver visto nunca antes, se saudaram cada um por seu respectivo nome. Logo se ajoelharam e deram graças a Deus. E nesse momento chegou o corvo trazendo um pão inteiro. Então Paulo exclamou: "Vê como Deus é bom. Cada dia me manda meio pão, mas como hoje vieste tu, o Senhor me envia um pão inteiro."
Se puseram a discutir quem devia partir o pão, porque esta honra correspondia ao mais digno. E cada um se cria mais indigno que o outro. Por fim decidiram que o partiriam tirando cada um de um extremo do pão. Depois desceram à fonte e beberam água cristalina. Era todo o alimento que tomavam em 24 horas. Meio pão e um pouco de água. E depois de conversarem de coisas espirituais, passaram toda a noite em oração. 
Na manhã seguinte Paulo anunciou a António que sentia que ia a morrer e lhe disse: "Vai ao teu mosteiro e me traz o manto que Santo Atanásio, o grande bispo, te deu. Quero que me amortalhem com esse manto". Santo António se admirou de que Paulo soubesse que Santo Atanásio lhe havia dado esse manto, e foi buscá-lo. Mas temia que ao voltar o pudesse encontrar já morto.
Quando já vinha de volta, contemplou numa visão que a alma de Paulo subia ao céu rodeado de apóstolos e de anjos. E exclamou: "Paulo, Paulo, ¿porque te foste sem me dizer adeus?". (Depois António dirá a seus monges: "Eu sou um pobre pecador, mas no deserto conheci a um que era tão santo como um João Baptista: era Paulo o ermitão").
Quando chegou à cova encontrou o cadáver do santo, ajoelhado, com os olhos mirando o céu e os braços em cruz. Parecia que estivesse rezando, mas ao não ouvi-lo nem sequer respirar, se acercou e viu que estava morto. Morreu na ocupação à qual havia dedicado a maior parte das horas de sua vida: orar ao Senhor.
António se perguntava como faria para cavar uma sepultura ali, se não tinha ferramentas. Mas de pronto ouviu que se acercavam dois leões, como com mostras de tristeza e respeito, e eles, com suas garras cavaram um túmulo entre a areia e foram embora. E ali depositou Santo António o cadáver de seu amigo Paulo.
São Paulo morreu no ano 342 quando tinha 113 anos de idade e quando levava 90 anos orando e fazendo penitência no deserto pela salvação do mundo. Se lhe chama o primeiro ermitão, por haver sido o primeiro que foi para um deserto a viver totalmente retirado do mundo, dedicado à oração e à meditação.
Santo António conservou sempre com enorme respeito a vestidura de São Paulo feita de folhas de palmeira, e ele mesmo se revestia com ela nas grandes festividades.
São Jerónimo dizia: "Se o Senhor me pusesse a escolher, eu preferiria a pobre túnica de folhas de palmeira com a qual se cobria Paulo o ermitão, porque ele era um santo, e não o luxuoso manto com o qual se vestem os reis tão cheios de orgulho".
São Paulo o ermitão com sua vida de silêncio, oração e meditação no meio do deserto,há movido a muitos a afastar-se do mundo e a dedicar-se com mais seriedade na solidão a buscar a satisfação e a eterna salvação.
Oh Senhor: Tu que moveste a São Paulo o primeiro ermitão a deixar as vaidades do mundo e ir para a solidão do deserto a orar e meditar, concede-nos também a nós, dedicar muitas horas em nossa vida, afastados do bulício mundano, a orar, meditar e a fazer penitência por nossa salvação e pela conversão do mundo.
Ámen.

• Pedro Orseolo, Santo
Janeiro 10   -  Monge eremita
Pedro Orseolo, Santo
Pedro Orseolo, Santo
A vocação de São Pedro Orseolo ou Urseolo é uma das mais estranhas que regista a história eclesiástica.
Nascido de uma distinta família veneziana, no ano 928, parece haver sido nomeado, aos vinte anos, comandante em chefe da frota de Veneza. No desempenho de seu oficio, realizou uma vitoriosa campanha contra os piratas que infestavam o Adriático. 
É impossível determinar até que ponto esteve envolto Pedro na insurreição popular do ano 976, que culminou no assassinato do Duque Pedro Candiani IV e no incêndio de uma grande parte da cidade. O testemunho de São Pedro Damiano, que atribui a responsabilidade a Pedro Orseolo, está sujeito a reservas. Em todo caso, o certo é que Pedro foi eleito para suceder a Candiani, e as principais autoridades da actualidade louvam a energia e o tacto que despregou durante sua breve administração. "Era um homem santo, mas possuía, como todos os de sua raça, as grandes qualidades de chefe de Estado que encontramos em quem o precedeu no trono ducal”.
Seu primeiro cuidado foi reparar os danos causados pelo incêndio. Empreendeu a construção de um palácio e de uma igreja, e renovou os tratados com Istria. Mas o principal serviço que rendeu a seu Estado foi o arranjo com Gualdrada, a esposa de Pedro Candiani... Graças a isso, Gualdrada retirou todas suas acusações contra Veneza. As queixas de Gualdrada haviam provocado uma grande crise, que desapareceu com o arranjo. 
E então aconteceu o inesperado: na noite de 1 de Setembro de 978, Pedro de Orseolo partiu secretamente de Veneza e se refugiou na abadia beneditina de Cuxa, no Rosellón, entre Espanha e França.
Segundo parece, sua esposa, com quem havia estado casado trinta e dois anos, e seu filho, que um dia seria Duque de Veneza, viveram longo tempo sem saber dele. Sem embargo, a resolução de Pedro não deve ser tão inesperada como parece; há razões para crer que ele e sua esposa haviam vivido como irmão e irmã, desde o nascimento de seu único filho, e há quem sustente que uma carta de Raterio a Pedro demonstra que este pensava já na vida religiosa no ano 968.
Em todo caso, está fora de dúvida que Orseolo levou em Cuxa uma vida de intenso ascetismo e abnegação, sob a direcção do santo abade Guarino. Mais tarde, desejoso de maior solidão, construiu uma ermida, provavelmente por conselho de São Romualdo, que foi o grande propagador desta forma particular de vocação beneditina. São Pedro morreu no ano 987.
Se diz que em sua tumba se obraram grandes milagres.
Seu culto foi confirmado em 1731 pelo Papa Clemente XII.
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...