domingo, 10 de janeiro de 2010

10 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

SANTOS DO DIA DE HOJE
10 de JANEIRO de 2010

Gonçalo de Amarante, Beato
Janeiro 10 Dominicano
Gonzalo de Amarante, Beato
Gonçalo de Amarante, Beato
Tagilde, do bispado de Braga, é a terra portuguesa que o viu nascer. Pela discrição que desde pequeno demonstrou o Arcebispo de Braga o toma sob seu tecto preparando-o para o sacerdócio. Logo em seguida o envia para a Abadia de São Pelayo por suas qualidades. É muito responsável e zeloso de suas ovelhas que aproxima a Jesus Cristo mais com as obras que com os sermões, por isso adopta umas roupas de mendigo e, fazendo penitência, dá em esmola aos pobres tudo quanto lhe dão.
Como tem um desejo vivo de visitar os Santos Lugares, deixa a um sobrinho o cuidado da Abadia e começa sua sonhada peregrinação. Cheio de agradecimento e com muitas lágrimas de pesar, Gonçalo contempla com admiração, olhar piedoso, beija com carinho e venera com respeito o que para a fé são monumento. De facto, o tempo passa insensível em sua beleza.
Após catorze anos regressa para cuidar a suas ovelhas. Há sido muito longa a ausência. A Abadia havia mudado. O pastor fez-se lobo. Abandonou o cuidado e se dedicou ao despojo. Entre banquetes, caçadas, vícios e vaidades se há convertido de servidor em dono. Como tantos. Não obedece aos requerimentos do tio e até o ataca com ameaças violentas, maltratando-o fisicamente. Já antes havia tentado demonstrar sua morte para assegurar o posto.
O legítimo abade, aprendeu muito na Palestina. Retira-se humilhado e vencido. Percorre os arredores e prega feliz o Evangelho; constrói uma pequena ermida e se converte em ermitão orante solitário, pregador e conselheiro pelos arredores de Tamaca.
A Virgem o leva a passar uma noite no mosteiro de Vimaro, dos dominicanos. Ali é aceite como religioso, recebe os hábitos, faz seus votos e edifica a todos com sua piedade, mortificação e santidade.
Com a autorização do prelado, volta ao oratório de Amarante onde se entrega sem limites a oração, penitência e apostolado até ao fim de sua vida queimada em amor a Deus e em bem dos irmãos. Contraiu uma gravíssima enfermidade e se dispôs a morrer como os melhores discípulos do Senhor. Morre em mãos da Virgem em 10 de Janeiro de 1260.
Aparte ficam os adornos. A esbelta e nobre figura do santo a piedade, o carinho ou a fantasia acrescentou notas pouco prováveis, nada necessárias e impossíveis de comprovar pela ciência histórica, mas que embelezavam de modo maravilhoso e sobrenatural, como aureola, a grandeza de um homem fiel. Foi o tempo que acrescentou os (…guiños…(*) que fazia a Jesus crucificado enquanto mamava os peitos de sua ama de leite quando era bebé; como as repetidas, frequentes e quase contínuas aparições da Virgem; e como o que os peixes do rio saltavam às margens oferecendo-se como vianda para quem pregava a Jesus Cristo.
Foi beatificado pelo Papa Pio IV no ano 1560.
Nota de Afonseca: Relativamente à palavra assinalada a vermelho e com asterisco, ignoro qual a sua tradução que também não consegui encontrar no dicionário que utilizo. As minhas desculpas.
Gregório X, Beato
Janeiro 10 CLXXXIV Papa
Gregorio X, Beato
Gregório X, Beato
A personalidade de Teobaldo Visconti, que foi papa desde 1272 até 1276 com o nome de Gregório X, demonstra a verdade da afirmação de são Paulo: Deus elege o que é débil ao parecer dos critérios correntes dos homens, e sabe dar-lhe o vigor necessário para levar a cabo seu plano.
Homem de natural retraído, especialista em direito canónico, havia nascido em Piacenza (Itália) em 1210. Nomeado sucessivamente diácono da catedral de Lyón e arquidiácono da de Liege, coerente com a consciência que o assistia de sua escassa experiência pastoral, recusou o bispado de sua cidade natal que lhe oferecia o papa Inocêncio IV. Sem embargo, a Santa Sede lhe encomenda mais tarde a pregação de uma cruzada, com o objecto de recuperar os santos lugares para a cristandade. Sendo já um homem idoso, recebeu na Palestina, onde promovia o movimento armado, a notícia de sua designação como papa. Ordenado em Roma como presbítero e bispo, subiu à cátedra de Pedro em 27 de Novembro de 1272.
Naqueles anos se organiza um concílio ecuménico na cidade de Lyon, do qual participam os gregos, com quem não existia já, desgraçadamente, comunhão perfeita.
As circunstâncias políticas favoreceram uma declaração de unidade por parte daquela assembleia sinodal; mas este instrumento teve validade efémera, dado que a fórmula adoptada adoecia de imprecisão nos seus termos.
Este fracasso de Gregório X em seus propósitos nos recorda que a cruz não pode estar ausente no caminho de quem segue a Cristo. O fracasso crucifica os próprios esforços e os anseios íntimos, mas nos conduz a levantar o olhar do Pai e sua misericórdia. A unidade que intentou instaurar Gregório era um bem inapreciável, pelo qual pugna o Espírito de Deus, animando aos que crêem num só Senhor Jesus Cristo. Mas as motivações humanas muitas vezes, como esta vez, não estão suficientemente purificadas para servir de veículo eficiente ao impulso do Espírito.
A fugaz reunificação obtida pelo segundo concílio de Lyon há ficado como memorial de que a unidade é possível entre os cristãos, em particular entre os de Oriente e Ocidente; mas também de que seu autor é Deus e não as conveniências humanas. Gregório X morreu, com as palavras do arcanjo Gabriel em seus lábios, em 10 de Janeiro de 1276. Sobre sua vida cheia de amor à oração e à esmola escreveu o papa Bento XIV.
Guillermo de Bourges, Santo
Guillermo de Bourges, Santo
Nasceu em Nevers, França, de família nobre e morreu em Bourges, França, em 1209.
Foi educado por seu tio Pedro o ermitão. Foi monge na Abadia cisterciense de Pontigny sendo notável por sua humildade e sua mortificação.
Mais tarde passou como Abade para a de Fontaine-Saint-Jean; e, em 1187, a Chaalis.
Por sua humildade e caridade foi eleito Arcebispo de Bourges em 1200, sede que ocupou até sua morte.
Neste cargo redobrou as austeridades porque tinha que expiar, segundo dizia, seus próprios pecados e os de seu povo.
Tal horror tinha pelo pecado, que não podia ver que se ofendesse a Deus sem derramar uma torrente de lágrimas.
Comentários ao autor: mailto:xvillalta@consultores.catholic.net?subject=Comentario desde Catholic.net a San Guillermo
• Agatón, (Agatão) Santo
Janeiro 10 LXXIX Papa
Agatón, Santo
Agatón, Santo
Nasceu em Palermo em data não conhecida, morreu em Roma em 10 de Janeiro de 681.
Foi Papa da Igreja católica de 678 a 681.
Após a morte de seu pai, reparte sua herança entre os pobres e ingressa como leigo no mosteiro beneditino de San Hermes (Palermo) não tomando as ordens sacerdotais até 677, quando contava com cem anos.
No ano seguinte, em 27 de Junho, é eleito papa. Seu curto pontificado destaca-se pela convocatória do Sexto Concilio Ecuménico, celebrado em Constantinopla entre 680 e 681, e que sob a presidência do imperador bizantino Constantino IV condenou o monoteísmo e o mono-energismo, doutrinas que haviam sido toleradas até então pela Igreja, especialmente pelo papa Honório I o que supôs que o concílio ditasse a excomunhão deste.
Mesmo assim conseguiu que Constantino IV abolisse o imposto de três mil escudos que, desde Justiniano I, os papas estavam obrigados a pagar para ver sua eleição confirmada pelo imperador.
Faleceu em 10 de Janeiro de 681 e é venerado como santo tanto pela Igreja Católica como pela Igreja Ortodoxa.
É o padroeiro de Palermo, sua cidade natal.
• Aldo, Santo
Enero 10 Eremita
Aldo, Santo
Aldo, Santo
Deste santo se conhece muito pouco, nem sequer o lugar e data de nascimento. Parece que viveu no século VIII, quando a humanidade estava ameaçada pelo islamismo. Se conhece sim o lugar de sua sepultura: em Pavía, primeiro na capela de São Columbano e depois na basílica de São Miguel.
Uma antiga tradição no-lo apresenta como carvoeiro e eremita em Carbonaria, perto de Pavía. Como santo Aldo se encontra incluído nos Martirológios da Ordem beneditina, se supõe que foi monge em Bobbio, o famoso mosteiro fundado por são Columbano no ano 614.
Os monges irlandeses de são Columbano não levavam uma vida eremítica em sentido estrito, mas o ermitão se afastava temporalmente dos homens para se dedicar à oração e encher a solidão exterior com a presença alegre de Deus. Mas não se afastava da comunidade a que edificava com o exemplo de sua vida devota e com a caridade.
Podemos, pois, pensar que santo Aldo foi uma magnífica mistura do espírito beneditino e do espírito que levaram os fervorosos missionários que chegavam de Irlanda, a “ilha bárbara” que se transformou em “ilha de santos” pelo extraordinário florescimento do cristianismo.
São Columbano havia levado a Europa uma corrente de nova espiritualidade. Quer dizer, se havia produzido um movimento inverso ao que havia levado a Boa Noticia a Irlanda. Dezenas de monges e ermitãos irlandeses, convertidos em “peregrinos por Cristo”, num maravilhoso intercâmbio evangélico, de evangelizados se converteram em evangelizadores.
Ana de los Ángeles Monteagudo, Beata
Ana de los Ángeles Monteagudo, Beata
Nasceu em Arequipa em 26 de Julho de 1602, filha do espanhol Sebastián Monteagudo de Jara e da arequipeña Francisca Ponce de León.
Conforme os costumes da época, Ana foi internada por seus pais no mosteiro de Santa Catalina.
Volta ao lar por decisão de seus pais, não lhe satisfizeram os afagos do mundo nem as perspectivas de um vantajoso matrimónio.
Desejava fazer-se religiosa e o pôs em prática ante a indignada reacção de seus pais.
Suportou com paciência e ânimo invicto as contrariedades e empreendeu a senda da perfeição.
Em 1618 inicia o noviciado e acrescenta a seu nome o apelativo "de los Ángeles". 
A aspereza da vida conventual não a arreda. Vive com entusiasmo o ideal de Domingo de Guzmán e de Catalina de Siena.
Com o tempo chega a ser Mestra de noviças e Prioresa (1647).
Acomete com energia a reforma do mosteiro. Admoesta e corrige, anima e promove. Além disso das professas, habitavam por essa época no mosteiro perto de 300 pessoas, não todas imbuídas do desejo de perfeição. 
A obra de Ana de los Ángeles chocou com oposições tenazes. Soror Ana atendeu assim mesmo, abnegada e heroicamente, as vítimas de uma peste que assolou Arequipa.
Teve altíssima oração, esmerada perfeição nas virtudes próprias da vida religiosa, serenidade e paciência nos sofrimentos.
Faleceu em 10 de Janeiro de 1686.
Beatificada em Arequipa por João Paulo II em 1985.
• Gil de Lorenzana (Bernardino de Bello), Beato
Janeiro 10   -  Eremita Franciscano
Gil de Lorenzana (Bernardino de Bello), Beato
Gil de Lorenzana (Bernardino de Bello), Beato
Gil, no século Bernardino De Bello, nasceu em Laurenzana, a sul de Itália, na região de Basilicata, no ano 1443, no seio de um lar modesto e cristão.
Muito inclinado à piedade desde sua meninice quando chega à adolescência, obtém licença para viver retirado em um santuário que se encontrava no meio do campo, onde o jovem se entrega sobretudo à oração. 
Mas sua solidão é interrompida pela visita dos vizinhos do povo que querem ver por si mesmos ao jovem ermitão e começam a consultá-lo nas suas preocupações.
Não se achando capaz de dar resposta a quem acodem a ele, decide deixar o santuário e colocar-se como jornaleiro com um rico agricultor, o qual lhe toma afecto e lhe permite passar em oração várias horas ao dia.
Assim está um tempo até que amadurece sua própria vocação e se decide a pedir o hábito franciscano no convento de Lorenzana.
Admitido ao noviciado, professa como irmão e é-lhe dado o encargo de trabalhar a horta dos frades.
Tem a inspiração de pedir e obter licença para construir uma pequena cela no mais afastado da horta e ali poder passar em contemplação das coisas divinas as horas que não são de trabalho. 
E assim decorre sua vida: trabalho e oração altíssima, sendo evidentes à comunidade religiosa as virtudes do humilde irmão, que não saía de sua cela senão para o trabalho e para acudir à igreja onde adorava com amor de serafim ao Santíssimo Sacramento.
Morreu em seu povo natal em 10 de Janeiro de 1518, estreitando em suas mãos o rosário da Virgem Maria. 
O papa Leão XIII confirmou seu culto em 27 de Junho de 1880.
María Dolores Rodriguez Sopeña, Beata
María Dolores Rodriguez Sopeña, Beata
Fundadora do
Movimento de Laicos Sopeña, do Instituto Catequista Dolores Sopeña e da Obra Social e Cultural Sopeña «OSCUS»
Martirológio Romano: Em Madrid, capital de Espanha, beata María Dolores Rodríguez Sopeña, virgem, que deu mostras de sua grande caridade cristã ao dedicar-se aos mais abandonados da sociedade de seu tempo, aproximando-se especialmente dos subúrbios das maiores cidades, e para anunciar o Evangelho e atender aos pobres e aos operários em questões sociais, fundou o Instituto das Damas Catequistas e a Obra da Doutrina (1918).

Dolores Rodríguez Sopeña nasce em Vélez Rubio (Almería), em 30 de Dezembro de 1848, quarta entre sete irmãos. Seus pais, Tomás Rodríguez Sopeña e Nicolasa Ortega Salomón, castelhanos, se haviam trasladado desde Madrid a essa localidade por motivos de trabalho. Dom Tomás havia terminado sua carreira judicial demasiado jovem, pelo que não podia exercer e consegue um emprego como administrador das quintas dos marqueses de Vélez.
Sua infância e adolescência transcorrem em distintos povos das Alpujarras pois, quando seu pai começa a exercer como magistrado sofre ao longo de sua carreira diversas mudanças. Contudo, ela define esta etapa de sua vida como um «lago de tranquilidade». Em 1866, seu pai é nomeado Fiscal da Audiência de Almería. Dolores tem 17 anos. Ali começa a frequentar a sociedade, mas a ela não lhe chamavam a atenção as festas nem a vida social; seu interesse é fazer bem aos outros. Em Almería tem suas primeiras experiências apostólicas: atende, material e espiritualmente, a duas irmãs enfermas de tifo e a um leproso, tudo isso às escondidas por medo a que a proibissem seus pais. Também visita aos pobres das Conferencia de São Vicente de Paulo com sua mãe. Três anos mais tarde, seu pai é transferido para a Audiência de Porto Rico, onde viaja com um de seus filhos enquanto o resto da família se instala em Madrid. Na capital Dolores ordena melhor sua vida: elege um director espiritual e colabora ensinando a doutrina na cadeia de mulheres, no hospital da Princesa e nas Escolas Dominicais.
Em 1872, a família se reúne em Porto Rico. Dolores tem 23 anos e permanecerá na América até aos 28. Começa seu contacto com os jesuítas. O P. Goicoechea foi seu primeiro director espiritual. Ali funda a Associação de Filhas de Maria e Escolas para as pessoas de cor onde se alfabetiza e ensina o catecismo.
Em 1873, seu pai é nomeado Fiscal da Audiência de Santiago de Cuba. São tempos difíceis, pois estala um cisma religioso na ilha. Por este motivo, sua acção se reduz a visitar aos enfermos do hospital militar. Pede a admissão nas Irmãs da Caridade, mas não o consegue por sua falta de vista. Com a idade de 8 anos havia sido operada aos olhos e esta doença a acompanhará toda a vida.
Ao terminar o cisma começa a trabalhar nos bairros marginais e funda o que ela denomina «Centros de Instrução», pois neles não só se ensinava o catecismo mas também cultura geral e inclusive se prestava assistência médica. Para esta obra consegue muitas colaboradoras e a estabelece em três bairros diferentes.
Em Cuba morre sua mãe, seu pai pede a retirada e voltam a Madrid em 1877. Em Madrid organiza sua vida em três frentes: o cuidado da casa e de seu pai, o apostolado, o mesmo que fazia antes de deixar a Península, e sua vida espiritual: elege director espiritual e começa a fazer anualmente os Exercícios Espirituais de santo Ignácio. Em 1883 morre seu pai e se reavivam suas lutas vocacionais.
Por indicação de seu director, o P. López Soldado SJ ingressa no convento das Salesas, pese a que nunca se havia planeado uma vida inteiramente contemplativa. Aos dez dias deixa o convento pois comprovou não ser sua vocação. Ao sair se dedica com mais intensidade ao apostolado.
Abre uma «Casa Social» onde se tramitam os diversos assuntos que saem em suas visitas ao hospital e à cadeia. Numa de suas visitas a uma das presas que acabava de ficar em liberdade, conhece o Bairro das Injúrias. Corre o ano 1885. Dolores tinha 36 anos.
Ao ver a situação moral, material e espiritual da gente, começa a visitar o bairro todas as semanas e convida a muitas de suas amigas. Aí começará a que logo se denominará «Obra das Doutrinas», antecedente de seus «Centros Operários».
A sugestão do bispo de Madrid, D. Ciríaco Sancha, em 1892 funda uma Associação de Apostolado Secular hoje denominado «Movimento de Laicos Sopeña». No ano seguinte recebe a aprovação civil. A Obra se estende em 8 bairros da capital.
Em 1896 inicia sua actividade fora de Madrid. Pese a oposição da Associação, aceita fundar a Obra em Sevilha. Fruto de muitos mal entendidos, demite como Presidenta em Madrid no ano seguinte e se estabelece em Sevilha. Em só quatro anos realiza 199 viagens por toda Espanha para estabelecer e consolidar a Obra das Doutrinas. Por sua vez, acompanha o P. Tarín, SJ, em algumas missões por Andaluzia. 
No ano 1900 participa numa peregrinação a Roma pelo Ano Santo. Faz um dia de retiro no sepulcro de São Pedro e ali recebe a confirmação de fundar um Instituto Religioso que desse continuidade à Obra das Doutrinas e que ajudara a sustentar espiritualmente a Associação laical. O Cardeal Sancha, então já arcebispo de Toledo, lhe propõe fundar ali.
Em 24 de Setembro de 1901, em Loyola, depois de uns Exercícios Espirituais realizados junto com 8 companheiras, se levanta acta de fundação do «Instituto de Damas Catequistas» (hoje «Instituto Catequista Dolores Sopeña»), ainda que a fundação oficial foi em 31 de Outubro em Toledo.
Uma de suas grandes intuições foi fundar, ao mesmo tempo, uma Associação civil, hoje chamada «Obra Social e Cultural Sopeña - OSCUS», que, em 1902, consegue o reconhecimento do governo. Em 1905 recebe da Santa Sede o Decretum laudis e, dois anos mais tarde, em 21 de Novembro de 1907, a aprovação das Constituições concedida directamente por S.S. Pío X. 
operários fortemente influenciados pelo anticlericalismo e não podia pretender-se o ensino da religião directamente. Isto também determina que as religiosas deste Instituto não levem hábito e nem sequer um sinal religioso externo. Muda seus meios e seus métodos para poder conseguir o fim: acercar-se dos operários «afastados da Igreja», que não haviam podido receber instrução cultural, moral nem religiosa e unir os «distanciados socialmente», então, «a classe operária e do povo» com a «alta e acomodada». Isto o resume em duas linhas de acção: dignificar ao trabalhador e criar fraternidade.
Detrás de sua entrega ao serviço dos outros está uma fé profunda e autêntica, uma rica espiritualidade. Seu compromisso pela dignidade da pessoa brota de sua experiência de um Deus Pai de todos, que nos ama com uma ternura infinita e deseja que vivamos como filhos e irmãos. Dali seu grande desejo de «Fazer de todos uma só família em Cristo Jesús.» Sua grande união com Deus lhe permite descobri-lo presente em tudo e em todos, especialmente nos mais necessitados de dignidade e afecto.
Sair ao encontro de cada pessoa em sua situação, introduzir-se nos bairros marginais da época, era inconcebível para uma mulher a finais do século XIX. O segredo de sua audácia é sua fé, essa confiança sem limites, que ela reconhece como seu maior tesouro e que afaz sentir-se instrumento em mãos de Deus, instrumento ao serviço da fraternidade, do amor, da misericórdia, da igualdade, da dignidade, da justiça, da paz...
Em poucos anos, estabelece comunidades e Centros nas cidades mais industrializadas de então. Em 1910 se celebra o primeiro Capítulo Geral e é reeleita Superiora Geral. Em 1914 funda em Roma e em 1917 viajam as primeiras Catequistas para abrir a primeira casa na América, concretamente no Chile. 
No ano seguinte, em 10 de Janeiro de 1918, Dolores Sopeña morre em Madrid com fama de santidade. 
No dia 11 de Julho de 1992, João Paulo II declara heróicas suas virtudes sendo beatificada em 23 de Março de 2003.
Actualmente a Família Sopeña, formada pelas três instituições que deixou fundadas, quer dizer, o Instituto Catequistas Dolores Sopeña, o Movimento de la Laicos Sopeña e a Obra Social e Cultural Sopeña, está presente em Espanha, Itália, Argentina, Colômbia, Cuba, Chile, Equador, México e República Dominicana. 

Reproduzido com autorização de Vatican.va
• Pablo de Tebas, Santo
Janeiro 10   -  Ermitão
Pablo de Tebas, Santo
Pablo de Tebas, Santo
Ermitão
Martirológio Romano: Em Tebaida (hoje Egipto), são Paulo, eremita, um dos primeiros em abraçar a vida monástica (s. IV). 
A vida deste santo foi escrita pelo grande sábio São Jerónimo, no ano 400.
Nasceu no ano 228, em Tebaida, uma região que fica junto ao rio Nilo no Egipto e que tinha por capital a cidade de Tebas.
Foi bem educado por seus pais, aprendeu grego e bastante cultura egípcia. Mas aos 14 anos ficou órfão. Era bondoso e muito piedoso. E amava enormemente a sua religião. 
No ano 250 estalou a perseguição de Décio, que tratava não tanto de que os cristãos chegassem a ser mártires, mas sim de os fazer renegar de sua religião. Paulo se viu ante estes dois perigos: ou renegar de sua fé e conservar suas quintas e casas, ou ser atormentado com tão diabólica astúcia que o conseguissem acobardar e o fizessem passar para o paganismo para não perder seus bens e não ter que sofrer mais torturas. Como via que muitos cristãos renegavam por medo, e ele não se sentia com a suficiente força de vontade para ser capaz de sofrer toda classe de tormentos sem renunciar a suas crenças, dispôs-se a esconder-se. Era prudente. 
Mas um seu cunhado que desejava ficar com seus bens, foi e o denunciou ante as autoridades. Então Paulo fugiu para o deserto. Lá encontrou umas cavernas onde vários séculos atrás os escravos da rainha Cleópatra fabricavam moedas. Escolheu por vivenda uma dessas covas, perto da qual havia uma fonte de água e uma palmeira. As folhas da palmeira lhe proporcionavam vestes. Seus frutos lhe serviam de alimento. E a fonte de água lhe acalmava a sede.
Ao princípio o pensamento de Paulo era ficar por ali unicamente o tempo que durasse a perseguição, mas logo se deu conta de que na solidão do deserto podia falar tranquilamente a Deus e escutá-lo tão claramente as mensagens que Ele lhe enviava desde o céu, que decidiu ficar ali para sempre e não voltar jamais à cidade onde tantos perigos havia de ofender a Nosso Senhor. Se propôs ajudar ao mundo não com negócios e palavras, mas com penitências e oração pela conversão dos pecadores.
Disse São Jerónimo que quando a palmeira não tinha fruto, cada dia vinha um corvo e lhe trazia meio pão, e com isso vivia nosso santo ermitão. (A Igreja chama ermitão ao que para sua vida numa "ermida", ou seja numa habitação solitária e retirada do mundo e de outras habitações).
Depois de passar ali no deserto orando, jejuando, meditando, por mais de setenta anos seguidos, já acreditava que morreria sem voltar a ver rosto humano algum, e sem ser conhecido por ninguém, quando Deus dispôs cumprir aquela palavra que disse Cristo: "Todo o que se humilha será engrandecido" e sucedeu que naquele deserto havia outro ermitão fazendo penitência. Era Santo António Abade. E uma vez a este santo lhe veio a tentação de crer que ele era o ermitão mais antigo que havia no mundo, e uma noite ouviu em sonhos que lhe diziam: "Há outro penitente mais antigo que tu. Empreende a viagem e o lograrás encontrar". António madrugou para partir de viagem e depois de caminhar horas e horas chegou à porta da cova onde vivia Paulo. Este ao ouvir ruído lá fora acreditou que era uma fera que se acercava, e tapou a entrada com uma pedra. António chamou por muito longo tempo suplicando-lhe que movesse a pedra para poder saudá-lo. 
No fim Paulo saiu e os dois santos, sem se haver visto nunca antes, se saudaram cada um por seu respectivo nome. Logo se ajoelharam e deram graças a Deus. E nesse momento chegou o corvo trazendo um pão inteiro. Então Paulo exclamou: "Vê como Deus é bom. Cada dia me manda meio pão, mas como hoje vieste tu, o Senhor me envia um pão inteiro."
Se puseram a discutir quem devia partir o pão, porque esta honra correspondia ao mais digno. E cada um se cria mais indigno que o outro. Por fim decidiram que o partiriam tirando cada um de um extremo do pão. Depois desceram à fonte e beberam água cristalina. Era todo o alimento que tomavam em 24 horas. Meio pão e um pouco de água. E depois de conversarem de coisas espirituais, passaram toda a noite em oração. 
Na manhã seguinte Paulo anunciou a António que sentia que ia a morrer e lhe disse: "Vai ao teu mosteiro e me traz o manto que Santo Atanásio, o grande bispo, te deu. Quero que me amortalhem com esse manto". Santo António se admirou de que Paulo soubesse que Santo Atanásio lhe havia dado esse manto, e foi buscá-lo. Mas temia que ao voltar o pudesse encontrar já morto.
Quando já vinha de volta, contemplou numa visão que a alma de Paulo subia ao céu rodeado de apóstolos e de anjos. E exclamou: "Paulo, Paulo, ¿porque te foste sem me dizer adeus?". (Depois António dirá a seus monges: "Eu sou um pobre pecador, mas no deserto conheci a um que era tão santo como um João Baptista: era Paulo o ermitão").
Quando chegou à cova encontrou o cadáver do santo, ajoelhado, com os olhos mirando o céu e os braços em cruz. Parecia que estivesse rezando, mas ao não ouvi-lo nem sequer respirar, se acercou e viu que estava morto. Morreu na ocupação à qual havia dedicado a maior parte das horas de sua vida: orar ao Senhor.
António se perguntava como faria para cavar uma sepultura ali, se não tinha ferramentas. Mas de pronto ouviu que se acercavam dois leões, como com mostras de tristeza e respeito, e eles, com suas garras cavaram um túmulo entre a areia e foram embora. E ali depositou Santo António o cadáver de seu amigo Paulo.
São Paulo morreu no ano 342 quando tinha 113 anos de idade e quando levava 90 anos orando e fazendo penitência no deserto pela salvação do mundo. Se lhe chama o primeiro ermitão, por haver sido o primeiro que foi para um deserto a viver totalmente retirado do mundo, dedicado à oração e à meditação.
Santo António conservou sempre com enorme respeito a vestidura de São Paulo feita de folhas de palmeira, e ele mesmo se revestia com ela nas grandes festividades.
São Jerónimo dizia: "Se o Senhor me pusesse a escolher, eu preferiria a pobre túnica de folhas de palmeira com a qual se cobria Paulo o ermitão, porque ele era um santo, e não o luxuoso manto com o qual se vestem os reis tão cheios de orgulho".
São Paulo o ermitão com sua vida de silêncio, oração e meditação no meio do deserto,há movido a muitos a afastar-se do mundo e a dedicar-se com mais seriedade na solidão a buscar a satisfação e a eterna salvação.
Oh Senhor: Tu que moveste a São Paulo o primeiro ermitão a deixar as vaidades do mundo e ir para a solidão do deserto a orar e meditar, concede-nos também a nós, dedicar muitas horas em nossa vida, afastados do bulício mundano, a orar, meditar e a fazer penitência por nossa salvação e pela conversão do mundo.
Ámen.

• Pedro Orseolo, Santo
Janeiro 10   -  Monge eremita
Pedro Orseolo, Santo
Pedro Orseolo, Santo
A vocação de São Pedro Orseolo ou Urseolo é uma das mais estranhas que regista a história eclesiástica.
Nascido de uma distinta família veneziana, no ano 928, parece haver sido nomeado, aos vinte anos, comandante em chefe da frota de Veneza. No desempenho de seu oficio, realizou uma vitoriosa campanha contra os piratas que infestavam o Adriático. 
É impossível determinar até que ponto esteve envolto Pedro na insurreição popular do ano 976, que culminou no assassinato do Duque Pedro Candiani IV e no incêndio de uma grande parte da cidade. O testemunho de São Pedro Damiano, que atribui a responsabilidade a Pedro Orseolo, está sujeito a reservas. Em todo caso, o certo é que Pedro foi eleito para suceder a Candiani, e as principais autoridades da actualidade louvam a energia e o tacto que despregou durante sua breve administração. "Era um homem santo, mas possuía, como todos os de sua raça, as grandes qualidades de chefe de Estado que encontramos em quem o precedeu no trono ducal”.
Seu primeiro cuidado foi reparar os danos causados pelo incêndio. Empreendeu a construção de um palácio e de uma igreja, e renovou os tratados com Istria. Mas o principal serviço que rendeu a seu Estado foi o arranjo com Gualdrada, a esposa de Pedro Candiani... Graças a isso, Gualdrada retirou todas suas acusações contra Veneza. As queixas de Gualdrada haviam provocado uma grande crise, que desapareceu com o arranjo. 
E então aconteceu o inesperado: na noite de 1 de Setembro de 978, Pedro de Orseolo partiu secretamente de Veneza e se refugiou na abadia beneditina de Cuxa, no Rosellón, entre Espanha e França.
Segundo parece, sua esposa, com quem havia estado casado trinta e dois anos, e seu filho, que um dia seria Duque de Veneza, viveram longo tempo sem saber dele. Sem embargo, a resolução de Pedro não deve ser tão inesperada como parece; há razões para crer que ele e sua esposa haviam vivido como irmão e irmã, desde o nascimento de seu único filho, e há quem sustente que uma carta de Raterio a Pedro demonstra que este pensava já na vida religiosa no ano 968.
Em todo caso, está fora de dúvida que Orseolo levou em Cuxa uma vida de intenso ascetismo e abnegação, sob a direcção do santo abade Guarino. Mais tarde, desejoso de maior solidão, construiu uma ermida, provavelmente por conselho de São Romualdo, que foi o grande propagador desta forma particular de vocação beneditina. São Pedro morreu no ano 987.
Se diz que em sua tumba se obraram grandes milagres.
Seu culto foi confirmado em 1731 pelo Papa Clemente XII.
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

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Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

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