terça-feira, 12 de janeiro de 2010

12 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA


SANTOS DO DIA DE HOJE
12 de JANEIRO de 2010

Benito (Bento) Biscop, Santo
Janeiro 12   -  Abade
Benito Biscop, Santo
Benito Biscop, Santo
Abade
Martirológio Romano: No mosteiro de Wearmouth, em Northumbria (hoje Inglaterra), são Benito Biscop, abade, que peregrinou cinco vezes a Roma, de onde trouxe muitos mestres e livros para que os monges reunidos na clausura do mosteiro sob a Regra de são Benito progrediram na ciência do amor de Cristo, no bem da Igreja (c. 690).
Etimologia: Benito = Aquele que Deus bendiz, é de origem latino.
Tal vez las palavras mais apropriadas para louvar a São Benito Biscop são as que se encontram na Vita quinque sanctorum abbatum del venerable san Beda: “Foi confiado por seus pais aos sete anos para que o educasse, e se converteu assim no meu mais ilustre discípulo e numa de minhas maiores glórias”. Aos 25 anos, Benito renunciou aos favores do rei Oswiu para pôr-se ao serviço do verdadeiro Rei, Jesus Cristo, para receber não um corruptível dom terreal, mas sim um reino eterno na cidade celestial; abandonou sua casa, seus familiares e a pátria por Cristo e pelo Evangelho, para receber o cêntuplo e possuir a vida eterna. No ano 653, depois de haver feito sua eleição, Benito fez a primeira de suas seis viagens a Roma para manifestar sua devoção aos Santos Pedro e Paulo e ao Papa, como também para buscar modelos de vida e de instituições monásticas, tanto em Roma como nos vários lugares por onde passava.
Com razão pôde dizer em seu leito de morte: “Filhinhos meus, não creiam que inventei a constituição que lhes dei. Depois de haver visitado dezassete mosteiros, de que tratei de conhecer perfeitamente as leis e os costumes, reuni as regras que me pareceram melhores e esta selecção é a que lhes dei”. Em Lerino, por exemplo, durante a segunda viagem a Roma, em 665, permaneceu quase dois anos. Não só se contentava com buscar modelos de vida, mas também numerosos livros, documentais iconográficos, relíquias de santos, ornamentos sagrados e outros objectos que servissem para o culto em perfeita sintonia com a Igreja de Roma.
Inclusive, uma vez pediu ao Papa Agatón que lhe enviasse o cantor da Basílica de São Pedro, o abade João, para que lhes ensinasse o canto romano a seus monges dos mosteiros de Wearmouth e de Yarrow, dedicados naturalmente um a São Pedro e o outro a São Paulo. Quando regressou da sexta viagem a Roma, teve a desagradável surpresa de encontrar quase destruídas suas instituições por causa de uma epidemia. São Benito Biscop morreu em 12 de Janeiro do ano 690 com a idade de 62 anos.
Margarita Bourgeoys, Santa
Janeiro 12   -  Virgem Fundadora
Margarita Bourgeoys, Santa
Margarita Bourgeoys, Santa
Fundadora da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora
Martirológio Romano: Em Montreal, na província de Quebec, no Canadá, santa Margarita Bourgeoys, virgem, que prestou grande ajuda aos colonos e aos soldados, e trabalhou para assegurar a formação cristã das jovens, fundando para isso a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora (1700).
Etimologia: Margarita = Aquela de beleza pouco comum, é de origem latino.
Margarita era a sexta filha dos doze do matrimónio de Abraham Bourgeoys e Guillermina Garnier. Nasceu em Troyes (França), em 17 de Abril de 1620. Aos vinte anos quis ingressar com as carmelitas e as clarissas, sem ser aceite. O padre Gendret, ao ver que os dois conventos a recusaram, viu o sinal para fundar uma congregação sem clausura, mas a dita fundação também fracassou.
Em 1652 o governador da pequena colónia francesa Villa Maria, no Canadá, a convidou como mestra. Troyes, Paris, Orleães, Nantes foram as primeiras etapas de sua viagem para o Canadá. Saiu do porto de São Nazário e, depois de quatro meses, em 16 de Novembro de 1653, chegou ao Canadá e, num mês, a Villa María, a pequena colónia que logo se converteria na cidade de Montreal, e que nesse momento se reduzia a um forte em que habitavam umas duas mil pessoas, com um pequeno hospital e uma capela atendida ocasionalmente por algum missionário. Aí Margarita ensinava o catecismo, curava enfermos, socorria aos soldados feridos e ajudava aos necessitados. Fez restaurar a grande cruz de Montreal que havia sido destruída pelos índios iroqueses e as arranjou para construir uma nova capela dedicada a Nossa Senhora em 1667. No ano seguinte inaugurou a primeira escola de Montreal num antigo estábulo com uma dezena de alunos. Os anos seguintes foram agitados e difíceis por causa da guerra contra os iroqueses. Ao terminar a guerra, Montreal se converteu numa verdadeira cidade. Em sua escola Margarita acolheu também aos filhos dos índios.
Viajou oito vezes a França para buscar a jovens que quisessem ajudar na tarefa da educação. Nessas ocasiões levava consigo a raparigas órfãs camponesas que desejavam educar-se no Novo Mundo e formar mais tarde seu lar, pois havia muitos soldados e comerciantes mas as filhas dos colonos eram poucas e não se podiam formar lares cristãos. Quando esteve em França de 1670 a 1672 conseguiu a aprovação do rei Luis XIV para seus planos de fundação da Congregação de Nossa Senhora, no ano 1676.
Em 1683 o convento se incendiou e duas irmãs morreram, entre elas sua sobrinha. Foi então quando monsenhor Laval quis fazer a fusão com as ursulinas já que era difícil aceitar a ideia de uma comunidade religiosa missionária sem clausura...
Finalmente no ano 1698 as vinte e quatro irmãs puderam fazer a profissão religiosa. Desde o momento em que Margarita renunciou ao cargo de superiora aos setenta e três anos, sua saúde começou a declinar. Mas o fim chegou de uma maneira inesperada. No último dia do ano 1699 a fundadora ofereceu sua vida para salvar a de uma religiosa que estava gravemente enferma. Havendo recobrado ela a saúde, a madre morreu em 12 de Janeiro de 1700. Alguns anos mais tarde, em 1768, num novo incêndio se queimou a capela onde se conservava o coração da madre Margarita e, ao resgatá-lo das chamas, notaram que saía sangue. Foi beatificada pelo papa Pío XII em 12 de Novembro de 1950 e canonizada pelo papa João Paulo II em 31 de Outubro de 1982.
Arcádio de Mauritânia, Santo
Janeiro 12   -  Mártir
Arcadio de Mauritania, Santo
Arcádio de Mauritânia, Santo
Mártir
Martirológio Romano: Em Cesareia de Mauritânia (hoje Argélia), santo Arcádio, mártir, que se escondeu em tempo de perseguição, mas, ao ser detido um familiar seu se apresentou espontaneamente ao juiz e, por negar-se a sacrificar aos deuses, sofreu dolorosos tormentos até consumar seu martírio (c. 304).
Etimologia: Arcádio = Aquele que é venturoso, é de origem grega.
Se desconhece a data exacta de seu martírio, mas parece que teve lugar em alguma cidade de Mauritânia, provavelmente em Cesareia, a capital. 
Arcadio de Mauritania, Santo
Arcádio de Mauritânia, Santo
As perseguições estavam em todo o seu furor e milhares de cristãos eram torturados pelos soldados romanos sem esperar a sentença do juiz.
Em tão terríveis circunstâncias, Santo Arcádio se retirou para a solidão.
Sem embargo, o governador da cidade ao saber que não se havia apresentado aos sacrifícios públicos, capturou a um parente e o manteve como refém até que o fugitivo se apresentasse. Ao sabê-lo, o mártir voltou à cidade e se entregou ao juiz que o obrigou a que se sacrificasse aos deuses.
Ante sua negativa, o juiz o condenou à morte, cortando cada um de seus membros de maneira lenta.
Ao encontrar-se totalmente mutilado, o mártir se dirigiu à comunidade pagã, exortando-os a abandonar a seus deuses falsos e a adorar ao único Deus verdadeiro, o Senhor Jesus.
Os pagãos se ficaram, espantados de tanto valor e os cristãos recolheram seu cadáver e começaram a honrá-lo como a um grande santo.
Elredo de Rievaulx, Santo
Janeiro 12   - Abade
Elredo de Rievaulx, Santo
Elredo de Rievaulx, Santo
Abade
Martirológio Romano: No mosteiro de Rievaulx, também em Northumbria (hoje Inglaterra), santo Elredo, abade, o qual, educado na corte do rei de Escócia, ingressou na Ordem Cisterciense, sendo mestre exímio da vida monástica e promovido constante e suavemente, com seu exemplo e seus escritos, a vida espiritual e a amizade em Cristo (c. 1166).
Abad de Rievaulx, escritor de homilias e historiador (1109-66).
Santo Elredo, cujo nome também há sido escrito como Aelred, Ailred, Æthelred e Ethelred, foi filho de um daqueles sacerdotes casados dos quais muitos se podem encontrar em Inglaterra nos séculos onze e doze.
Nasceu em Hexham, mas em tenra idade conheceu a David, o filho menor de Santa Margarita, que pouco depois foi Rei de Escócia, em cuja corte aparentemente actuou por alguns anos como um tipo de pajem, ou acompanhante para o jovem Príncipe Enrique. 
O Rei David amava ao pio jovem inglês, o promoveu a seu lar, e desejava fazê-lo bispo, mas Elredo decidiu converter-se em monge cisterciense, na recentemente fundada abadia de Rievaulx em Yorkshire.
Pronto foi nomeado mestre de noviços, e por muito tempo foi recordado por sua extraordinária paciência e ternura para com aqueles a seu cargo.
Em 1143 enquanto Guillermo, Earl de Lincoln, fundou uma nova abadia cisterciense em suas terras em Revesby em Lincolnshire, Santo Elredo foi enviado com doze monges a tomar posse da nova fundação.
Sua estadia em Revesby, onde parece haver conhecido a São Gilberto de Sempringham, não foi longa, pois em 1146 foi eleito abade de Rievaulx.
Neste posto o santo não só foi superior de uma comunidade de 300 monges, mas também esteve à cabeça de todos os abades cistercienses em Inglaterra.
As causas lhe eram referidas, e com frequência tinha que fazer longas viagens para visitar os mosteiros de sua ordem.
Uma viagem tal o levou em 1153 a Escócia, onde se encontrou com o Rei David por última vez e no seu regresso a Rievaulx pouco depois lhe chegou a notícia da morte de David, pelo que traçou um esboço sobre o personagem do falecido rei, a maneira de pêsames.
Parece haver exercido influência considerável sobre Enrique II nos primeiros anos de seu reinado, e havê-lo persuadido de unir-se a Luis VII de França para encontrar-se com o Papa Alexandre III, em Touci em 1162.
Ainda que sofresse de uma complicação de males muito dolorosos, viajou a França para assistir à reunião geral de sua Ordem.
Esteve presente na Abadia de Westminster, na traslação de Santo Eduardo o Confessor, em 1163, e em vista deste evento, escreveu a biografia do santo rei e deu uma homilia dedicada a ele.
Ao ano seguinte Elredo efectuou uma missão às tribos bárbaras Pictish de Galloway, onde se diz que seu chefe se comoveu tão profundamente por suas exortações que se converteu em monge. Através de seus últimos anos Elredo deu extraordinário exemplo de paciência heróica ao sofrer uma série de enfermidades. 
O que é mais, era tão abstémio que se o descrevia “mais como um fantasma que como um homem.” Se supõe em geral que sua morte ocorreu em 12 de Janeiro de 1166, ainda que haja razões para pensar que o ano realmente foi 1167.
Santo Elredo deixou uma considerável colecção de sermões, cuja eloquência lhe fez ganhar o título de “o Santo Bernardo Inglês”. Foi autor de vários tratados ascéticos, dos quais sobressai “Speculum Charitatis,” também um compêndio do mesmo (realmente um rascunho a partir do qual se desenvolveu o trabalho completo), um tratado “De Spirituali Amicitiâ” e uma certa carta a uma eremita.
Tudo isto, junto com um fragmento de sua obra histórica, foi coleccionado e publicado por Richard Gibbons, S.J., em Douai, em 1631. Uma edição mais completa e melhor está contida no quinto volume da “Biblioteca Cisterciensis” de Tissier, 1662, da qual foi impressa em P.L., vol. CXCV. As obras históricas incluem uma “Vida de Santo Eduardo,” um reconto importante da “Batalla del Estándar”, (1138), obra incompleta sobre a genealogia dos reis de Inglaterra, um tratado “De Sanctimoniali de Watton” (sobre a Monja de Watton), uma “Vida de Santa Ninian”, uma obra sobre os “Milagres da Igreja de Hexham”, um reconto das fundações da Abadia de Santa María de York e Fuentes, assim como outras que estão perdidas. Nunca se há publicado uma edição completa do opúsculo histórica de Aelred. Umas poucas foram impressas por Twysden em seu “Decem Scriptores”, outros devem ser buscados na Série Rolls ou em “Prior de Hexham” de Raine (Surtees Society, Durham, 1864).
António Maria Pucci, Santo
Janeiro 12   -  Presbítero Servita
Antonio María Pucci, Santo
António María Pucci, Santo
Presbítero Servita
Martirológio Romano: Em Viareggio, cidade de Itália, santo António María Pucci, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, o qual, pároco durante quase cinquenta anos, se dedicou sobretudo a atender às crianças pobres e enfermos (1892).
Santo António María Pucci, ainda que membro da Congregação dos Servos de Maria (Servita), passou quase toda sua vida e se santificou como sacerdote de uma paróquia. Nasceu em Poggiole, perto de Pistoia, em 1810. Foi um dos sete irmãos da humilde família de Agustín e María Pucci.
Não obstante a heroicidade de suas virtudes, os traços elementares de sua biografia trazem à recordação tantas vidas paralelas de seminaristas e sacerdotes, companheiros de estudos uns, conhecidos outros talvez na própria paróquia. Já durante sua vida o padre Pucci se faz tão familiar e intimo a seus fregueses, que carinhosamente o chamavam, "o Curatino". Uma destas figuras de pároco, que há visto nascer e morrer quase toda uma geração e afunda no coração do povo, como uma instituição patriarcal.
Seu nome baptismal era Eustáquio. Acólito serviçal e piedoso, ganhou a confiança de dom Luigí, seu pároco. Em troca dos serviços prestados recebia aulas de latim e cultura geral. Não conheceu o Liceu do Renascimento italiano. E não o acharia depois; sua vida sacerdotal transcorreu alheia à luta de políticas e de culturas; e isso que seu tempo foi o da unidade italiana e em parte pertencia ao da "Kulturkampf". No último termo, seu pai não pretendia fazer de Eustáquio mais que um bom lavrador; e se opôs quando o pároco de Poggiole foi falar-lhe de que Eustáquio, jovem já de dezoito anos, aspirava a "fazer-se cura". Considerando sua piedade mariana, dom Luigi lhe havia proposto ingressar na Ordem dos Servos da Mãe de Deus, de Florença, com quem cultivava uma sincera amizade e estima.
No fim, o homem do arado e da esteva cedeu ao homem de igreja, e consentiu; o pai de Eustáquio não era dos piores paroquianos de dom Luigi. E o "curato" se faz respeitar muito também em Itália, hoje ainda, entre as boas famílias das paróquias rurais.
Conseguido a permissão paterna, Eustáquio ingressava em 10 de Julho de 1837 no convento da Anunciação. A primeira etapa de sua vida aldeã se encerra com um certificado protocolar de boa conduta, apresentado pelo pároco ao superior de Florença. ¡Haveria feito tantos outros para seus fregueses! E, sem embargo, aquele do filho da família Pucci seria um degrau mais do processo de canonização de um santo.
Sua inclinação ao sacerdócio, observada por dom Luigi e alguns de seus familiares que o haviam visto jogar "a dizer missa", se converteu em realidade. Eustáquio, agora frei António Maria, foi ordenado sacerdote em 24 de Setembro de 1843.
Foi destinado a exercer seu ministério em Viareggío, pequena cidade junto ao Tirreno, hoje famosa praia internacional. Três anos de coadjutor e depois... sempre pároco de Santo Andrés. Seus fregueses eram quase todos pescadores, que se foram acarinhando pouco a pouco com o pároco de pequena estatura e olhos serenos. Os mais íntimos se sentiriam orgulhosos de ter um pároco apreciado na cúria de Lucca, de que havia sido nomeado, tão jovem como era ainda, examinador pró-sinodal. Os primeiros anos de actividade pastoral não o haviam impedido preparar o exame de "mestre em Sagrada Teologia", título que concedia o capitulo da Ordem. Em outro ambiente, o padre Pucci houvera sido talvez um homem de estudos; mas se a Ordem perdeu um científico, ganhou em troca, um santo.
Os que o conheceram, confessam que não era simpático; sua voz nasal e de tom monótono, a cabeça sempre inclinada, seus ligeiros gestos nervosos, não faziam de sua pessoa uma figura estética. Se diria que era um homem com complexo de inferioridade. Alguns contemporâneos, ao saber que se introduzia seu processo de canonização, desconfiavam do êxito, porque consideravam que era uma personalidade ordinária. Não é um caso isolado. Também o alcaide de Viareggio, daquela época liberal, respondia ao superior de Santo Andrés, que solicitava a dedicação de uma rua em recordação do padre Pucci, minimizando sua actuação e justificando sua negativa. "Ao fim e ao cabo, é um cura que não fez mais do que cumprir com seu dever." 
É bela esta heroicidade humilde de um pároco que cumpre durante quarenta e cinco anos com seu dever. Heroicidade perseverante e desapercebida em sua actividade apostólica e em sua vida de religioso. Como o cardeal Laurenti, prefeito da Congregação de Ritos, dizia, de broma e de verdade, ao padre Ferrini, postulador geral da Ordem: "Se o padre Pucci tem sido sempre bom pároco e bom religioso por sua vez, é sem dúvida um santo de verdade."
Objectivo central de suas preocupações pastorais foi a organização paroquial: o ensino do catecismo e a beneficência, grupos de seculares e fundação de religiosas, acção social e apostolado do mar.
Para desenvolver mais eficazmente suas tarefas de catequista, organizou a Congregação da Doutrina Cristã. Com surpreendente espírito de dinamismo apostólico utilizava todos os meios para atrair as crianças à paróquia; ajudado de seus fieis militantes da congregação, dava especial relevo, religioso e espectacular à vez, as festas das primeiras comunhões, da repartição de prémios, da "Befana" (ou "´fada - boa"), manifestação italiana de tradição espanhola dos Reis Magos, levando ele próprio os brinquedos a casa das crianças.
Com uma concepção orgânica das obras paroquiais, instituiu para a formação integral dos jovens e em função também do ensino do catecismo, a "Companhia de São Luis". Sem se conhecer, o padre Pucci realizava com os jovens um trabalho paralelo a que contemporaneamente São João Bosco leva a cabo em Turim. Humano e perspicaz psicólogo, não olvidava prescrever a seus rapazes no regulamento da associação que "buscassem um bom amigo e fugissem dos tristes". Posteriormente, esta associação foi a base em Viareggio de um dos primeiros centros inter-paroquiais da Acção Católica, promovida pouco depois da morte do padre Pucci com as directrizes pontifícias.
Incrementou a devoção eucarística com a Confraria do Santíssimo Sacramento e organizou os grupos apostólicos femininos, cuja direcção encomendou a uma jovem piedosa, Giuliana Luccí; mais tarde, com outro grupo de jovens da paróquia, ingressou nas Servas de Maria de Viareggio, cuja fundação se atribui fundadamente ao Beato Pucci., em frase de Chateaubriand, "Leão da liberdade italiana".
Contra tal previsão ilusória, a unidade de Itália, sem intervenção pontifícia, foi proclamada por Cavour em Turim, em 1861. Em 1870 as tropas italianas eram saudadas em Roma, como libertadoras e Pío IX se refugiava no Vaticano. Cairoli, Crispí, Zanardellí, De Pretiis são nomes de notáveis republicanos, anti-pontifícios, comemorados agora como glória nacional nas ruas da que em outros tempos foi a Roma papal. Cavour resumia sua ideologia política em poucas palavras: "A Igreja livre em Estado livre". O espírito laico tomou auge em Itália depois da constituição do Reino; em 1873 era abolida a Faculdade de Teologia das Universidades e suprimido o ensino religioso nas escolas. 
O ambiente carregado de incerteza religiosa se fazia sentir também em Viareggio. Para o pároco de Santo Andrés a situação oferecia um aspecto eminentemente pastoral. Frente ao problema da descristianização pública que se apresentava em Viareggio, cujas autoridades civis eram todas republicanas e faziam profissão de incredulidade, o "Curatino" pensou numa associação de homens católicos; assim organizou "A Pia União dos filhos de São José para manter incólume a fé católica na família e na sociedade cristã".
Poderia pensar-se com motivo, que o pároco de Viareggio haveria sido criticado de "fazer política"; sobretudo, quando os biógrafos asseguram que "defendia com todas as armas da ciência e da história os sacrossantos direitos da Igreja, incluído o poder temporal dos Papas". Mas o "Curatino" não foi apelidado de clericalismo político, campanha preferida dos grupos de oposição desde que em Itália começou a desenvolver-se a democracia cristã. Nem sequer os republicanos de Viareggio quiseram misturar a recordação do padre Pucci com a política; porque o "Curatino" ¡havia sido tão bom! Havia socorrido heroicamente aos enfermos  nos dias da epidemia. 1854-55; havia dado tantas vezes sua manta e seu colchão aos pobres tiritando de frio, não excluindo os anti-clericais; havia instituído para a beneficência a Confraria da Misericórdia e a Conferência de São Vicente; sua vida havia sido uma cadeia de heróica caridade. 
A venerável figura do pároco. percorrendo as ruas a socorrer aos pobres ou a assistir aos enfermos, se havia gravado fundamente nos membros do Conselho Comunal e em atenção à sua obra assistencial, declaravam em sessão plenária, depois de sua morte: "Que o padre Pucci, não se ocupando nunca de política, deixou esta missão a que pertencia, sendo assim exemplo de como se deveria comportar o clero na convivência social". 
O "Curatino" havia conquistado deveras o amor de seu povo. Os factos de zelo e de caridade se sucediam dia a dia. De suas obras assistenciais merece destacar-se a Colónia Marinha, que organizou para filhos de operários, a primeira em Itália, superando assim com sua acção sua ideologia social, marcada no "paternalismo" próprio da época e paralela ao título que o povo lhe deu de "Padre dos pobres".
Seu templo de santo se acendrava na vida religiosa. Eleito superior da casa de Viareggio em 1859, foi reeleito, contra todo costume, continuamente, chegando a ser em 1883 Superior Provincial em toda a Toscana. Mas sua personalidade de pároco modelo absorve a de religioso observante.
Santo António Pucci morreu em 14 de Janeiro de 1892, aos setenta e três anos de idade. Sua morte causou grande consternação em Viareggio. Seu túmulo foi honrado por Deus com algumas curas. Foi beatificado sessenta anos depois de sua morte por Pio XII, em 1952 e canonizado em 9 de Dezembro de 1962 por João XXIII.
Bernardo de Corleone (Filippo Latini), Santo
Janeiro 12   -  Laico Capuchinho
Bernardo de Corleone (Filippo Latini), Santo
Bernardo de Corleone (Filippo Latini), Santo
Laico Capuchinho
Martirológio Romano: Em Palermo, cidade de Sicília (hoje Itália), são Bernardo de Corleone, da Ordem dos Irmãos Menores Capuchinhos, admirável por sua caridade e exímio por sua penitência (1667).
Filippo Latini, que assim se chamava de secular nosso santo, nasceu em Corleone (Sicília, Itália), em 6 de Fevereiro de 1605. De jovem exerceu o oficio de sapateiro. Sua casa era conhecida como «a casa dos santos», porque tanto seu pai como seus irmãos eram muito caritativos e virtuosos. Por isso, recebeu uma boa formação religiosa e moral. Era muito devoto de Cristo crucificado e da santíssima Virgem. Sem embargo, tinha um carácter muito forte. Em certa ocasião, teve um confrontação com outro jovem; depois das palavras passaram às mãos: ambos desembainharam a espada e, após um breve duelo, o outro ficou gravemente ferido. Ao fugir da justiça humana, buscou refúgio numa igreja, invocando o direito de asilo, mas, ainda que se livrou da justiça humana, não pôde escapar de sua consciência.
Na solidão e na meditação reflectiu longamente sobre o delito cometido e sobre toda sua vida, desperdiçada, inútil e dissipada, odiosa aos demais e daninha para sua alma, o mais precioso que o homem possui. Se arrependeu, invocou o perdão de Deus e dos homens e fez áspera penitência. Para reparar seus pecados, com vestidos de penitente decidiu tomar o saial dos Irmãos Menores Capuchinhos. Abandonou Corleone, que lhe recordava seu passado, e chamou à porta do convento de Caltanissetta, em Sicília, onde foi admitido e tomou o nome de Bernardo.
Como laico professo da ordem dos Frades Menores Capuchinhos, foi em verdade um homem novo, decidido a alcançar uma perfeição cada vez mais alta, com humildade, obediência e austeridade. No convento exerceu quase sempre o ofício de cozinheiro o ajudante de cozinha. Além disso, atendia aos enfermos e realizava uma grande quantidade de trabalhos complementares, com o desejo de ser útil a todos, aos irmãos sobrecarregados de trabalho e aos sacerdotes, aos que lavava a roupa e prestava outros serviços. Dormia no chão, não mais de três horas diárias, e multiplicava sues jejuns.
Ainda que inculto e iletrado, alcançou as alturas da contemplação, conheceu os mais profundos mistérios, curou enfermos, distribuiu consolos e conselhos, intercedeu com sua oração para alcançar de Deus abundantes graças para os outros. Isto o realizou durante trinta e cinco anos, até sua morte. Sua oração assídua, sua caridade fervente, sua filial devoção à Virgem Imaculada e sua acendrada devoção à Eucaristia - apesar dos costumes daqueles tempos, recebia a comunhão diariamente -, foram o segredo de sua santidade. Se preocupou por conformar-se a Cristo crucificado. Tomou a sério o Evangelho e tratou sempre de o viver com todas suas consequências.
Morreu em 12 de Janeiro de 1667 em Palermo. Tinha 62 anos. O papa Clemente XIII o beatificou em 15 de Maio de 1768, e João Paulo II o canonizou em 10 de Junho de 2001.
Reproduzido com autorização de Vatican.va
Pedro Francisco Jamet, Beato
Janeiro 12   -  Presbítero
Pedro Francisco Jamet, Beato
Pedro Francisco Jamet, Beato
Segundo Fundador do Instituto de Filhas do Bom Pastor
Martirológio Romano: Na cidade de Caen, em França, beato Pedro Francisco Jamet, presbítero, que se distinguiu por sua ajuda a  religiosas Filhas do Bom Pastor e por seu trabalho para a restituição da paz à Igreja, depois de um tempo de instabilidade (1845). 
Considerou-se e se lhe chamou o "Segundo Fundador" do Instituto das Filhas do Bom Pastor. Pedro Francisco Jamet, nasceu em 12 de Setembro de 1762 em Fresnes, França, seus pais, ricos agricultores, tiveram oito filhos, dos que dois foram sacerdotes e uma foi religiosa.
Pedro Francisco Jamet Estudou no Colégio de Vire e aos 20 anos sentiu-se chamado ao sacerdócio, pelo que se matriculou na renomeada Universidade de Caen, em que seguiu os cinco anos de estudo em filosofia e teologia.
Em 1784 entrou no seminário e em 22 de Setembro de 1787 foi ordenado sacerdote, obteve o título de licenciado em teologia e o título de "Master of Arts", mas não pôde continuar sua especialização por rebentar a Revolução Francesa.
Existia em Caen uma comunidade das Filhas do Bom Pastor, instituto fundado em 1720 pela Mãe de Anna Leroy, em 1790 o P. Jamet foi nomeado capelão e confessor do Instituto, de que chegou a ser superior religioso em 1819.
Em 1798 se negou realizar o juramento imposto pelas autoridades da Revolução Francesa, pelo que foi detido e recebeu ameaças de morte. Milagrosamente recuperou a liberdade e se dedicou com todos os meios a ajudar as Filhas do Bom Pastor, celebrando a Missa  secretamente, apoiando os irmãos vacilantes e alentando aos fieis perseguidos.
Depois da Revolução, pôde dedicar-se abertamente à restauração e ao crescimento da Congregação do Bom Pastor. Iniciou a assistência educativa aos surdo-mudos, para o que realizou estudos específicos sobre sua educação, introduzindo novos métodos de ensino específico.
Durante oito anos, desde 1822 a 1830, foi reitor da Universidade de Caen, logrando entre os docentes e os estudantes uma nova atmosfera de fé cristã, posterior à grande tormenta da Revolução e à propagação de ideias "ilustradas e racionalistas".
Tudo o fazia para a glória de Deus, porque interiormente era todo de Deus. Aos 83 anos, em consequência de esgotamento e à idade, Pedro Francisco Jamet morreu em 12 de Janeiro de 1845.
Os acontecimentos políticos fizeram, que pese o reconhecimento público de sua fama de santidade, o necessário processo canónico se iniciasse apenas em 1930, completado com a aprovação do milagre atribuído a sua intercessão, em 11 de Dezembro de 1985.
O Papa João Paulo II o beatificou em 10 de Maio de 1987.
Nicolás Bunkerd, Beato
Janeiro 12   -  Sacerdote e Mártir
Nicolás Bunkerd, Beato
Nicolás Bunkerd, Beato
Sacerdote Tailandês, Mártir
Martirológio Romano: No lugar chamado Tomhom, perto de Bangkok, na Tailândia, beato Nicolás Bunkerd Kitbamrung, presbítero e mártir, pregador exímio do Evangelho, que foi encarcerado no tempo de perseguição contra a Igreja e por causa da tísica, que contraiu ajudando aos enfermos, faleceu de modo exemplar (1944).
Nasceu em 28 de Fevereiro de 1895 em Sam Phran, Nakhon Pathom, Tailândia.
Foi um de seis filhos. Seus pais se converteram ao cristianismo e educaram a seus filhos na fé.
Ingressou no Seminário Menor de Hang Xan com a idade de 13 anos, e em 1920 no Seminário Maior em Penang, Malásia. Ordenado sacerdote na Arquidiocese de Bangkok, Tailândia em 1926.
Foi pastor em Bang Nok Khneuk e Phitsanulok. Missionário no norte de Vietname de 1930 a 1937, trabalhando para recuperar aos católicos que haviam decaído em sua prática devido à pobreza.
Durante a guerra entre França e Indochina, Nicholas foi acusado de espiar para os franceses. Em 1941 foi detido e condenado a 10 anos de prisão. Ali contraiu a tuberculose que, somando às penúrias da cadeia, finalmente lhe causou a morte (em 12 de Janeiro de 1944). Mas antes disso, durante os dois anos que viveu na prisão, converteu a seus companheiros, baptizando pelo menos a 68 deles. 
É o primeiro sacerdote mártir de Tailândia.
Foi beatificado por S.S. João Paulo II em 5 de Março de 2000.
Outros Santos e Beatos
Janeiro 12   -  Completando o santoral deste dia
Santos Tigrio, presbítero, e
Eutrópio, mártires
Em Constantinopla (Istambul, hoje na Turquia), santos mártires Tigrio, presbítero, e Eutrópio, leitor, aos quais, em tempo do imperador Arcádio, foram acusados falsamente de haver incendiado a igreja principal e o palácio senatorial como reacção ao desterro do bispo são Juan Crisóstomo, sendo submetidos ao martírio sob Optato, prefeito da cidade, partidário do culto aos falsos deuses e contrário à religião cristã (406).
Santa Cesária, abadessa

Em Arlés, cidade da Provença, na Gália (hoje França), santa Cesária, abadessa, irmã do bispo são Cesário, que, para ela e para suas irmãs, escreveu uma Regra destinada a santas virgens (c. 529).
Santo Ferreol, bispo e mártir


Em Grenoble, em Burgundia (hoje França), são Ferreol, bispo e mártir, que foi ferido de morte por um sicário enquanto exortava a  multidão (c. 659).
São Martín (Martinho) de la Santa Cruz, religioso presbítero


Na cidade de Leão, em Espanha, são Martín de la Santa Cruz, presbítero e canónico regular, que foi varão perito na Sagrada Escritura (1203).
Beato António Fournier, mártir


Em Preuilly, de Anjou, em França, beato António Fournier, mártir, o qual, artesão de ofício, foi fuzilado durante a Revolução Francesa por sua fidelidade à Igreja (1794).
São Victoriano, abade


No mosteiro de Asán, na região de Barbastro, do Reino de Aragão, são Victoriano, que, havendo nascido em Itália, abraçou a vida monástica, e estando dedicado à oração na solidão das montanhas pirenaicas, aceitou a responsabilidade de dirigir o mosteiro que depois levou seu nome (c. 561).
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´Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português de António Fonseca

Matrimónio homossexual ???

NOTA PRÉVIA (AF)
Dado que considero muito oportuno para Portugal - embora infelizmente no que concerne aospais da naçãosocialista’, ‘BE’ e ‘PCP’ e alguns outros “iluminados” de outros partidos inclusive da dita direita portuguesa e pese embora o facto de tal, não vir a modificar nada relativamente à votação que fizeram em sede da AR na última semana, em que se permitiram calcar aos pés mais de 90 000 subscritores duma moção em que se pedia simplesmente para se efectuar um Referendo sobre a legalização do “casamento entre homossexuais”  (assim como a esmagadora maioria de portugueses “católicos ou não)… permito-me por este meio fazer a transcrição deste texto. António Fonseca

De:
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¿Legalizar o “matrimónio homossexual”?

A legalização do “matrimónio homossexual",é, em boa parte, o resultado de três grandes movimentos ideológicos e culturais.

Autor: P. Fernando Pascual | Fuente: Revista Sacerdos
A legalização do “matrimónio homossexual”, em finais do mês de Junho de 2005, em Espanha e no Canadá (já havia sido aprovado anteriormente nos Países Baixos e Bélgica) é, em boa parte, o resultado de três grandes movimentos ideológicos e culturais.

O primeiro arranca da Revolução francesa, a partir da qual se tem considerado que o Estado deveria regular cada vez com maior poder invasivo a realidade do matrimónio, até ao ponto de se arrogar o poder de definir qual seja a essência do matrimónio.
Por este motivo, nos últimos 200 anos se tem promulgado leis que permitem o divórcio, e, recentemente, leis que regulam outras formas de convivência, como as assim chamadas “parelhas de facto”,(*)  a que se confere direitos similares aos que são próprios do matrimónio. Como última etapa neste processo chegou-se à pretensão de definir que se entende por matrimónio e de legislar sobre o que pode receber este nome, como se se tratasse de algo que pode mudar segundo mudam os gostos da gente ou das maiorias parlamentares.


Na realidade, o matrimónio precede o Estado: é algo original e não submetido às decisões de uma ditadura ou de um partido político. O Estado, portanto, não deveria impor leis arbitrárias sobre esta instituição natural. Sua competência reguladora deveria limitar-se a aclarar e a dirimir aspectos sociais das uniões matrimoniais, para evitar abusos, para promover a convivência e, sobretudo, para proteger e fomentar as riquezas próprias do matrimónio e da família. 

O segundo movimento desenvolveu-se a partir da “ideologia contraceptiva”, que tem levado a viver a relação conjugal entre os esposos cada vez mais como algo desligado da procriação. Especialmente a partir da pílula Pincus e dos seguintes produtos anticonceptivos, os casais têm podido viver sua sexualidade sem o “perigo” de que sejam concebidos novos filhos. A mentalidade anticonceptiva culminou com a difusão do aborto, usado em não poucos casos como uma espécie de “anti-concepção” de emergência, sem esquecer que não poucos métodos anti-conceptivos podem ter também efeitos abortivos.

Quando Paulo VI escreveu, em 1968, a encíclica "Humanae vitae", intuiu os graves perigos que, ao longe, nasceriam se se generalizasse o uso de anti-conceptivos. Especialmente reconhecia o perigo de que o homem perdesse o respeito para com a mulher, e de que se difundisse uma mentalidade em que a transmissão da vida fosse vista como algo opcional, submetido completamente aos desejos humanos (inclusive de alguns governos que pretendessem controlar a fertilidade de seus povos).

A estes abusos poderíamos acrescentar, continuando as reflexões de Paulo VI, a difusão de um modo de ver a sexualidade simplesmente como procura de prazer sem respeitar seu sentido original. Só quando reconhecemos a estreita relação que existe entre os significados unitivo e procriativo no acto sexual resplandece com toda sua beleza a vida matrimonial.

Depois de mais de 40 anos, os resultados dão a razão à "Humanae vitae". É evidente o incremento da promiscuidade sexual entre jovens e adultos, da maior infidelidade dos esposos, do divórcio, do aumento dos nascimentos fora do matrimónio, da dilatação de doenças de transmissão sexual. Além disso, a sexualidade humana está sendo vista por muitos como algo referido somente ao prazer e às opções livres das pessoas, sem o horizonte de compromisso que é próprio do matrimónio, e sem se abrir à procriação.
 
As baixas taxas de natalidade dos países ricos mostram o triunfo desta ideologia anti-conceptiva e preparam o “húmus” em que se tem desenvolvido o movimento homossexual.

Encontramos assim o terceiro movimento ideológico que tem levado a nova lei espanhola e a outras leis similares em diversos lugares do planeta: o movimento homossexual. Tal movimento tem sua origem nas reivindicações de alguns grupos de homossexuais que têm conseguido um amplo poder no mundo da cultura, da comunicação, da política.

Estes grupos vêm a própria actividade sexual como plenamente legítima na vida social, e com direitos a um reconhecimento idêntico ao que se dá às demais uniões matrimoniais aceites pelo estado. De facto, os actos homossexuais naturalmente estão encerrados à vida, o que, por culpa dos abusos da anti-concepção, também ocorre entre muitos casais heterossexuais. 

A força da ideologia “gay” é tal que há chegado a condicionar os estudos da psicologia. Em não poucos países resulta sumamente perigoso o que alguns psicólogos insinuem que a homossexualidade “se pode curar”, ou manifeste a ideia de que poderia ser tratada como se fosse uma “doença”. Igualmente podemos dizer da ética: declarar os actos homossexuais como algo imoral leva o risco de ser acusado de “homofobia” e pode ser motivo de perseguições e ataques de diverso tipo.

A política também ficou seriamente afectada: se pressiona, estigmatiza, isola ou persegue de distintas maneiras a aqueles políticos que se opõem às reivindicações dos grupos “gay”. A Igreja católica e outras religiões são cada vez mais criticadas no mundo da cultura e naqueles meios de comunicação que avalizam e promovem o “orgulho gay”.

Estes três movimentos têm cristalizado na nova lei aprovada em Espanha em Junho de 2005 a petição do governo socialista.
Segundo o preâmbulo deste texto legislativo, “a lei permite que o matrimónio seja celebrado entre pessoas do mesmo ou diferente sexo, com plenitude e igualdade de direitos e obrigações qualquer que seja sua composição. Em consequência, os efeitos do matrimónio, que se mantém em sua integridade respeitando a configuração objectiva da instituição, serão únicos em todos os âmbitos com independência do sexo dos contraentes; entre outros, tanto os referidos a direitos e prestações sociais como a possibilidade de ser parte em procedimentos de adopção”.

Na realidade, esta nova lei não respeita a “configuração objectiva da instituição” do matrimónio, senão que a redefine, ao desvinculá-la do que deve ser: a união de um homem e uma mulher abertos à vida através da complementaridade sexual. A palavra “matrimónio” fica, assim, marcada em novo contexto, no qual é origem do matrimónio não é o amor unido à complementaridade sexual dos contraentes, mas só o amor ou o afecto que estes, homens com homens, mulheres com mulheres, homens com mulheres, manifestem entre si.

O resultado, contrariamente ao que pretende o governo espanhol e os grupos homossexuais que o apoiam, não vai a ser a “conquista de um direito” ou a supressão de uma discriminação, mas sim o abaixamento do “contrato matrimonial” a algo que seguirá recebendo o nome de “matrimónio” sem o ser realmente. Em suma, só haverá matrimónio naqueles casais heterossexuais que cumpram os requisitos que fazem válida sua união esponsal, entre eles a aceitação de suas duas propriedades essenciais: unidade e indissolubilidade. Não o haverá, ainda que abusem do nome, entre os casais do mesmo sexo.

Sobre esta temática, a Congregação para a Doutrina da fé publicou no ano 2003 o documento "Considerações acerca dos projectos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais", com a explícita aprovação do então Papa João Paulo II. Estas Considerações recordavam a doutrina católica e a reflexão racional sobre o verdadeiro matrimónio, e convidavam a opor-se ao reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais.
 
Entre as motivações de ordem racional que as Considerações (no n. 6) oferecem para opor-se a tal reconhecimento, encontramos a seguinte: “Neste sentido é necessário reflectir ante todo sobre a diferença entre comportamento homossexual como fenómeno privado e o mesmo como comportamento público, legalmente previsto, aprovado e convertido numa das instituições de ordenamento jurídico. O segundo fenómeno não só é mais grave mas também de alcance mais vasto e profundo, pois poderia comportar modificações contrárias ao bem comum de toda a organização social”.


Em outras palavras: dar estatuto de “matrimónio” às uniões homossexuais, e permitir-lhes, entre outras coisas, o adoptar crianças, cria uma enorme desordem social ao oferecer à gente a ideia de que o comportamento homossexual é não só normal, mas inclusive algo protegido e tutelado como um “bem social”.

Em realidade, nos actos homossexuais não se dá a presença daqueles elementos de complementaridade biológica e antropológica que são próprios do verdadeiro matrimónio. Esta complementaridade permite a abertura à vida e à criação daquelas condições ideais para educar aos próprios filhos desde a riqueza que nasce de conviver com uns pais de diferente sexo.

Opor-se com firmeza a leis como esta, inclusive com a objecção de consciência (Considerações n. 5), será um testemunho de respeito para com o verdadeiro matrimónio e a seu papel na configuração de sociedades sãs e de pessoas maduras. Isso não tira, desde logo, que os católicos, e especialmente os sacerdotes, mantenhamos uma atitude pastoral de acolhida e respeito para com as pessoas que têm tendências homossexuais, como recordam as Considerações (n. 4) citando a "Carta sobre a atenção pastoral às pessoas homossexuais", Carta publicada em 1986 pela mesma Congregação para a Doutrina da fé.

Perguntas ou comentários ao autor
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Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

domingo, 10 de janeiro de 2010

11 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA



SANTOS DO DIA DE HOJE
11 DE JANEIRO DE 2010

Tomás de Cori, Santo
Janeiro 11   -  Franciscano Menor
Tomás de Cori, Santo
Tomás de Cori, Santo
Nascido em Cori (Latina) em 4 de Junho de 1655, Tomás teve uma infância marcada pela perda prematura de sua mãe primeiro e de seu pai depois, ficando só, aos catorze anos, ao cuidado da irmã mais pequena. Fará de pastor, aprendendo a sabedoria das coisas simples. Casadas as irmãs, fica livre para seguir a inspiração que desde há alguns anos guardava no silêncio do coração: pertencer completamente a Deus na vida religiosa franciscana. Havia conhecido os Frades Menores na sua própria cidade no Convento de S. Francisco. Casadas as duas irmãs e livre de toda a preocupação, foi acolhido na Ordem e enviado a Orvieto para fazer o ano de noviciado. Professada a Regra de S. Francisco e finalizados os estudos de teologia, se ordena sacerdote em 1683. Foi nomeado imediatamente vice mestre de noviços no convento da Santíssima Trindade de Orvieto; seus superiores reconheceram desde muito cedo seus dotes.
Pouco tempo depois frei Tomás ouviu falar dos Retiros que começavam a florescer na Ordem e da intenção dos Superiores da  porta do pobre Convento em 1684, dizendo: "Sou frei Tomás de Cori e venho para fazer-me santo". Com uma linguagem talvez longe  da nossa, expressava ele sua ânsia de viver radicalmente o Evangelho segundo o espírito de S. Francisco.
Desde então, frei Tomás permanecerá em Bellegra até à morte, excepto seis anos (1703-1709) nos quais será Guardião no Convento de Palombara, onde instaurou o Retiro, em base ao de Bellegra. Escreveu Regras para um e para outro, que ele primeiro observou cuidadosamente, consolidando com a palavra e com o exemplo a nova instituição dos dois Retiros.
Os longos anos transcorridos em S. Francisco de Bellegra se podem resumir em três pontos:
Oração
Santo Tomás de Cori foi seguramente, como se há dito de S. Francisco, não tanto um homem que orava, como um homem feito oração. Esta dimensão animou toda a vida do Fundador do Retiro. O aspecto mais evidente de sua vida espiritual foi sem dúvida a centralidade da Eucaristia, testemunhada por Tomás na celebração eucarística, intensa e participada, e na oração silenciosa de adoração nas largas noites de Retiro depois do ofício divino celebrado à meia noite. Sua vida de oração esteve marcada por uma aridez persistente de espírito. A ausência total de uma consolação sensível na oração e em sua vida de união com Deus, se prolongaria durante mais de quarenta anos, encontrando-o sempre sereno e radical na vivência do primado de Deus. Verdadeiramente sua oração se configurou como " memória Dei " realizando concretamente a unidade de vida não obstante as múltiplas actividades.
Evangelização
Santo Tomás não se encerrou no Retiro, olvidando o bem de seus irmãos e o coração da vocação franciscana, que é apostólico. Foi chamado com razão o apóstolo de " Sublacense ", havendo percorrido comarcas e cidades no anúncio incansável do Evangelho, na administração dos sacramentos e no surgir de milagres à sua passagem, sinal da presença e proximidade do Reino. Sua pregação era clara e simples, persuasiva e forte. Não subiu aos púlpitos mais ilustres do tempo: sua opção concreta pelos mais pobres. 
Caridade única 
Santo Tomás de Cori foi para seus irmãos padre amabilíssimo. Ante as resistências de alguns irmãos em seu desejo de reforma e de radicalidade em viver o ideal franciscano, o Santo soube responder com paciência e humildade, encontrando-se inclusive só para atender o convento. Havia compreendido muito bem que toda autêntica reforma inicia por si mesmo. 
O notável epistolário que nos há chegado, demonstra a atenção de Tomás às mais pequenas expectativas e necessidades de seus irmãos e de tantos amigos, penitentes e frades que se dirigiam a ele para receber um conselho. No convento demonstrou seu espírito de caridade na disponibilidade a qualquer necessidade, inclusive a mais humilde.
Rico de méritos, adormeceu no Senhor em 11 de Janeiro de 1729. Santo Tomás de Cori resplandece entre nós e em Roma, de que é co-padroeiro, sobretudo na sua ânsia de ideal cristão e franciscano puro e vivido no essencial. Uma provocação para todos nós, a não tomar com ligeireza o Evangelho e suas exigências radicais.
Reproduzido com autorização de Vatican.va

Higinio Santo
Janeiro 11   -  IX Papa
Higinio Santo
Higinio Santo
IX Papa
Etimologia: "o saudável", em grego.
De origem grega (Atenas).
Foi papa por uns quatro anos, aproximadamente, 138 até sua morte em 142.
Determinou várias atribuições do clero e definiu os graus da hierarquía eclesiástica.
Instituiu o padrinho e a madrinha no baptismo dos recém nascidos para os guiar na vida cristã e decretou que as igrejas fossem consagradas.
Lutou contra os hereges Velentino e Cerdón e suas doutrinas, pois esses pretendíam explicar a fé cristã com especulações filosóficas apoiadas em esquemas gnósticos.
Foi enterrado  no Vaticano perto da tumba de São Pedro.
 
Vital de Gaza, Santo
Janeiro 11 Emitão
Vital de Gaza, Santo
Vital de Gaza, Santo
Etimologicamente significa “ vitalista, cheio de vida”. Vem da língua latina.
Vital tinha nada menos que sessenta anos quando descobriu a riqueza do Evangelho de Jesus de Nazaré.
Se deu conta de que Deus convida as "mulheres de má vida" a que entrem em seu reino.
Ele vivía tranquilo como ermitão na sua ermida de Gaza na Palestina, tão actual em nossos dias por motivos políticos e bélicos, não por questões religiosas.
Deixou sua vida aprazível e foi para a Alexandria, célebre por seu bairro chinês ao lado do porto.
Ali se construiu sua ermida. Se dedicou a fazer duas coisas importantes: uma, pedir esmola de porta em porta; outra foi a dedicação completa ao mundo da prostituição.
Estas mulheres o tomaram em seguida um grande afecto, e entabularam com ele uma séria amizade porque estimavam em muito suas palavras e seus sãos juízos acerca de suas vidas.
Apesar de ser um trabalho difícil, tinha as portas de sua ermida aberta para que fossem a falar com ele quando quiseram. Lhes falava da felicidade que da a honestidade de costumes.
Graças a suas palavras e ao amor sincero e puro que lhes tinha, além de ser seu pano de lágrimas, muitas se convertiam e deixavam sua má vida. 
Mas como soa ocorrer, havia “beatos e beatas” que viam com maus olhos que se dedicasse a este trabalho. O denunciaram ao bispo e o encerraram.
As raparigas prostitutas passavam cada noite frente ao palácio episcopal gritando e reclamando a liberdade de seu amigo Vital. O bispo o compreendeu. 
Mas dias mais tarde o mataram os “beatos ou santões cumpridores farisaicos”.
Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">mailto:fsantossdb@hotmail.com?subject=Comentarios desde Catholic.net <br>al Santoral
 
Francisca de Sales (Leonia Aviat), Santa
Francisca de Sales (Leonia Aviat), Santa
Fundadora da Congregação de Oblatas de São Francisco de Sales
Nasceu em Sézanne (França), departamento de Marne, em 16 de Setembro de 1844. Foi baptizada ao dia seguinte de seu nascimento com o nome de Leonia. Frequentou as primeiras classes elementares em seu povo natal; depois, seus pais a levaram ao mosteiro da Visitação de Troyes pois, ainda que praticassem pouco, eram honrados comerciantes que desejavam para sua filha uma boa educação cristã.
Sua vida esteve marcada por três etapas fundamentais: o período de formação no mosteiro da Visitação de Troyes, capital de Champagne; o encontro com o p. Louis Brisson, futuro fundador dos Oblatos de São Francisco de Sales; e a aplicação das leis subversivas contra os institutos religiosos em França a finais de século.
Leonia permaneceu no mosteiro da Visitação até à idade de 16 anos. Já então manifestou à superiora seu desejo de se fazer religiosa, mas ela lhe respondeu: "Aquilo para o que Deus te tem destinada não está ainda preparado; deixa-o actuar e faz sempre a vontade divina".
Quando saiu do mosteiro, seu pai havia disposto para ela um matrimónio com um rico e distinto senhor do lugar, mas Leonia pensava já na vocação religiosa e não quis aceder aos desejos de seu pai. Com a idade de 21 anos, em 1865, visitou um estabelecimento industrial de Sézanne e surgiu nela o desejo de atender as operárias. Entretanto, o p. Louis Brisson, que havia sido capelão da Visitação quando ela estava interna ali, dado seu incansável zelo pela protecção e a formação religiosa das jovens operárias que vinham dos campos e estavam expostas aos perigos mais graves, havia fundado no ano 1858 as "Obras para as trabalhadoras jovens", pondo-as sob a protecção de são Francisco de Sales: proporcionavam as jovens locais seguros, comida e a assistência de almas boas e generosas, mas fazia-lhes falta também a formação humana e a educação religiosa.
Em 1866 Leonia pediu regressar à Visitação para pedir luz ao Senhor, antes de tomar uma decisão definitiva sobre sua vocação. Então conheceu a obra de assistência as jovens que havia começado o p. Brisson, o qual estava pensando em fundar uma congregação de religiosas. Compartilhou imediatamente o projecto do padre. Em 30 de Outubro de 1868 Leonia vestiu o hábito religioso, junto com outra antiga companheira do internado, e tomou o nome de Francisca de Sales.
Em 11 de Outubro de 1871 emitiu os votos religiosos, junto com sua primeira companheira, iniciando assim a congregação de Oblatas de São Francisco de Sales. Outras jovens se uniram a elas, mas a ocupação alemã de 1870 retardou sua profissão religiosa. Se multiplicaram os patronatos e casas-família; as jovens recebiam, junto com a formação religiosa, a educação prática que as preparava para sua vida futura de mães de família. A madre Francisca de Sales, que foi a primeira superiora geral, se fez operária entre as operária; as ajudou a desfrutar do trabalho bem realizado, ainda que o ganho fosse mínimo; as jovens trabalhadoras compreendiam a dignidade do trabalho, como algo que vem de Deus e instrumento de caridade, porque permite ajudar as companheiras que estão necessitadas. Daí nasceu uma competição de solidariedade humana.
Depois de haver consolidado as obras em Troyes, foi a Paris e organizou ali um internato para jovens de posição social acomodada. Obteve com a alta sociedade parisiense o mesmo êxito que havia tido com as operárias. Oito anos mais tarde regressou a Troyes, onde esteve outros 15 anos, quatro delas como uma religiosa mais, e nelas que teve que suportar a hostilidade de alguns membros de sua comunidade. Em 1893 foi eleita novamente superiora geral, cargo que exerceu até sua morte. Enviou religiosas às missões de Sul de África e de Equador. O instituto se estendeu também por Suíça, Áustria, Inglaterra e Itália. Em 1903 entraram em vigor em França as leis subversivas, que decretaram a expropriação dos bens das congregações religiosas: se encerraram 23 casas bem organizadas e 6 de apoio aos padres oblatos. A madre Francisca de Sales e seu conselho refugiaram-se em Itália e desde ali aperfeiçoaram a organização da congregação e sustentaram as religiosas com cartas e visitas.
Sua última grande prova foi a morte do p. Brisson, acontecida em seu povo natal de Plancy em 2 de Fevereiro de 1908. Em seus últimos seis anos de vida velou zelosamente pela redacção definitiva das Constituções, que foram aprovadas pelo Papa Pio X em 1911. Faleceu com a idade de 69 anos, em Perusa (Itália), em 10 de Janeiro de 1914. 
O Papa João Paulo II a beatificou em 27 de Setembro de 1992 e ele mesmo a canonizou em 25 de Novembro de 2001.
Reproduzido com autorização de Vatican.va
 
Bernardo Scammacca, Beato
Janeiro 11   -  Dominicano
Bernardo Scammacca, Beato
Bernardo Scammacca, Beato
Bernardo, antes António, nasce em Catânia (Sicília) de família nobre no ano 1430.
Depois de uma juventude dissipada, prostrado por uma grave ferida recebida num duelo e movido pela graça divina, quis ser inscrito entre os frades Pregadores o ano 1452.
Se dedicou com ardor e exclusividade a Deus e se esforçou em conformar-se a Cristo crucificado, cuja paixão considerava devotamente, por meio de uma caridade ardente e frutos abundantes de fundação de um hospital, que ainda existe, com a ajuda de seus nobres concidadãos e que ele mesmo dirigiu em vida. Foi dos primeiros religiosos observantes de Santa Zita de Palermo, prior de Santo Domingo en Catânia e depois em Palermo e finalmente vigário geral dos conventos reformados de Sicília, dando, por conseguinte, uma extraordinária colaboração para a restauração da vida regular.
Foi pregador ardoroso e levou muitas pessoas a Deus. Dele disse Tomás Schifaldo: «Homem bom, piedoso e modestíssimo, ouvindo todas as consciências.» Pôs sua experiência ao serviço de seu ministério apostólico, mostrando-se amorosamente compassivo com os pecadores e dando graças em sua oração pela misericórdia divina.
Morreu em Catânia, confirmada sua vida com numerosos carismas, em 11 de Janeiro de 1487 e ali se venera seu corpo incorrupto.
Leão XII aprovou seu culto em 8 de Março de 1825.
 
Francisco Rogaczewski, Beato
Janeiro 11   -  Mártir
Francisco Rogaczewski, Beato
Francisco Rogaczewski, Beato
Nasceu em Lipanki em 1892 e foi martirizado durante a ocupação nazi.
Foi indicado para a Paróquia Cristo Rei da diocese de Gdansk. Era um pastor estimado muito procurado como confessor. 
Prenderam-no por ser sacerdote católico em 1 de Setembro de 1939, devendo sofrer prolongadas torturas, até que foi finalmente fuzilado em 11 de Janeiro de 1940.
Forma parte dos 108 mártires polacos da Segunda Guerra Mundial beatificados pelo Papa João Paulo II, em 1999.
Para ver mais sobre os 108 mártires Polacos durante a segunda guerra mundial faz "click" AQUI
 
Teodósio o Cenobita, Santo
Janeiro 11   -  Monge
Teodosio el Cenobita, Santo
Teodósio o Cenobita, Santo
O bem-aventurado padre são Teodósio, chamado Cenobita, que quer dizer padre de muitos monges, nasceu numa aldeia de Capadócia.
Havia-se dado aos estudos, e ainda declarava ao povo as letras divinas, quando desejoso da perfeição, partiu para os santos lugares.
Em chegando a Antioquia, quis ver a insigne anacoreta santo Simeón Estilita, o qual, inspirado do Senhor, lhe disse: «Teodósio, varão de Deus, serás bem vindo». Espantou-se Teodósio ouvindo esta voz, porque o chamava por seu nome, e porque o honrava com o titulo de varão de Deus.
Subiu a coluna por ordem de são Simeón e pôs-se a seus pés; ouviu seus conselhos e tudo o que daí em diante lhe havia de suceder; e tomada sua bênção, seguiu seu caminho até Jerusalém, onde ele adorou e regou com suas lágrimas aqueles sagrados lugares que Cristo nosso Senhor consagrou com sua vida e sua morte.
Retirou-se depois para a solidão, e veio a ter tantos discípulos, que lavrou um grande mosteiro, no qual acolhia aos pobres. 
lhes dar de comer fechassem as portas, são Teodósio mandou abri-las e dar-lhes a todos o necessário, e o Senhor os providenciou com tão larga mão, que depois ficavam as arcas cheias de pão.
Era também seu mosteiro, hospital de enfermos, a quem servia e beijava as chagas com grande amor.
Havia entre seus discípulos homens ricos e poderosos, militares e sábios, dos quais saíram muitos bispos e superiores de sorte que quando morreu o santo, haviam já falecido seiscentos noventa e três de seus discípulos. 
O imperador Anastásio, que favorecia aos hereges Acéfalos, enviou-lhe uma boa quantidade de ouro para seus pobres: aceitou-a e repartiu-a o santo mas escreveu ao imperador, que nem ele nem os seus consentiriam com os hereges, ainda que a vida lhes custasse. 
Foi logo, velho como era, a pregar sem temor algum pelas cidades daqueles hereges que condenavam o concílio de Calcedónia; e subindo uma vez ao púlpito, fez sinal ao povo que se calasse, e disse: «O que não receber os quatro concílios gerais, como os quatro Evangelhos seja maldito e excomungado».
Então o imperador o desterrou, mas durou bem pouco o desterro, porque o monarca herege caiu morto, ferido por um raio.
Teodósio voltou de seu desterro, glorioso e triunfante. Muitas foram as obras admiráveis que  fez este varão de Deus em sua longa vida; muitas vezes multiplicou o pão, anunciou o terramoto que assolou a cidade de Antioquia, e cheio de méritos e virtudes, descansou na paz do Senhor com a idade de cento e cinco anos.
Honraram seu cadáver o patriarca de Jerusalém com outros bispos e multidão de monges, clérigos e seculares.

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Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...