domingo, 1 de outubro de 2017

Nº 3248 - SÉRIE DE 2017 - (275) - SANTOS DE CADA DIA - 1 DE OUTUBRO DE 2017 - DÉCIMO ANO

Feliz Ano de 2017





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Nº  3 2 4 8



Série - 2017 - (nº 2 7 5)


1 de OUTUBRO de 2017


SANTOS DE CADA DIA

10º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos

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TERESA DO MENINO JESUS, Santa



      

Memória de Santa TERESA DO MENINO JESUS virgem e doutora da Igreja, quem, entrando ainda muito jovem no mosteiro das Carmelitas de Lisieux, em França, pela sua vida de inocência e simplicidade se tornou mestra na santidade em Cristo, ensinando o caminho da infância espiritual para atingir a perfeição cristã e ponto toda a sua mística solicitude ao serviço da salvação das almas e do fortalecimento da Igreja. Terminou a sua vida terrena aos vinte e cinco anos de idade e morreu no dia 30 de Setembro. (1897)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

Alençon - França, 1873. A 2 de Janeiro nasceu nessa cidade normanda uma menina: no dia 4 de fevereiro na Igreja de Nossa Senhora foi baptizada. É o primeiro encontro misterioso com Jesus. Trata-se da filha mais nova de LUÍS MARTINS  e de CÉLIA GUÉRIN, par exemplar, cristianíssimo, na verdade heroico no conjunto das suas virtudes sinceras. Com o estilo de fim de século, um pouco fechado, um pouco romântico e um pouco burguês. Ele tinha trabalhado como relojoeiro e joalheiro. Ela dedicara-se a fazer renda. Família modesta, mas remediada. TERESA foi precedida por oito irmãos, dos quais morreram quatro de pouca idade. Ficaram: MARIA, PAULINA, LEÓNIA e CELINA. Em Meados de Março foi preciso enviar TERESA  a Semallé para que Rosa Tailé a criasse; só voltará ao lar em Abril do ano seguinte. Exigiram essa demora a fraqueza da menina e a falta de saúde da mãe.
Em casa vive-se uma intimidade pronunciada e encantadora. A educação das filhas realiza-se cuidadosamente, aprimoradamente, mas sem mimos. O ambiente é de intensa piedade e de cultura relativa, mas apropriada às condições da família e dos tempos.
Com certeza que TERESINHA apresenta sintomas de nervosismo exagerado, por vezes, de preâmbulos do amor próprio muito significativos, e de cabeça atilada  e de coração nobilíssimo também. Mas o cuidado dos seus, o esforço dela, mostrado desde muito cedo, e sobretudo a graça de Deus, conseguiram que esses defeitos ficassem completamente vencidos e as qualidades magnificas se orientassem para o bem. Ela poderá afirmar de si mesma com toda a verdade esta frase tremenda
«Desde os três anos não neguei nada a Deus...» 
É caso de precocidade sobrenatural poucas vezes igualado.
A 28 de Agosto de 1877, morreu a senhora MARTIN. Havia anos que ia suportando uma dolorosa doença cancerosa. A morte foi de santa. TERESINHA, de quatro anos e meio, sentiu a comoção própria daqueles dias e daquela situação. Porém, a sua sensibilidade ressentiu-se: durante dez anos sofrerá exageradamente com as impressões minuciosas da vida, aparecerá tímida e chorosapor qualquer coisita que se lhe deparasse.
Ao ficarem orfãs, as duas irmãs menores escolheram como mães as maiores: CELINA preferiu MARIA e TERESA, PAULINA. A influência desta em TERESINHA será enorme e indelével, tanto no mundo como depois no Carmelo.
Por Novembro daquele ano, a família MARTIN transferiu-se para Lisieux. Vivia lá um irmão da defunta mãe, com a esposa e as filhas; e assim podiam estar as cinco jovens um pouco à sombra dos respectivos tios e contando mais relações. O pai, LUÍS, comprou uma casita com jardim, quase nos arredores de Lisieux: os «Buissonnets» (os silvadozinhos). Paragem deliciosa e tranquila, onde se passou a juventude de TERESA até entrar no Carmo. De 1877 a 1888.
Vida familiar intensa. Não sendo mimada, será a «rainhazinha» da casa, sobretudo para o pai, com quem passeia e a quem adora. Com a irmã CELINA a união é constante. Vivem identificadas em ideias, em gostos e nos pormenores. também ainda em muita intimidade com a prima MARIA GUÉRIN. Com PAULINA ... nem é preciso insistir. Algumas viagens se fazem com os tios ou com o pai e irmãs; a Trouiville, a Alençon, a Deauville... Em 1879, a primeira confissão. E por 1880, uma visão misteriosa no jardim: um homem como o pai, com o rosto tapado. Profeticamente, anunciava o futuro.
Desde Outubro de 1881, começa a frequentar como semi-interna a abadia das Beneditinas de Lisieux, para receber instrução mais completa, essa formação geral que as jovens da sua classe média recebiam então. Mas a 2 de Outubro do ano seguinte, PAULINA entrava no Carmo. Foi para TERESA segunda orfandade, suprida em parte pelos cuidados da irmã mais velha. MARIA.
Foi então que surgiu a misteriosa doença. Primeiro, dores contínuas de cabeça, depois, desde 25 de Março de 1883, a virulência do mal: obsessões, ataques violentos, dores e sintomas que ninguém qualifica. Esteve em perigo de morte. Mas a 13 de Maio, Pentecostes, nesse ano, realizou-se o prodígio: Nossa Senhora, da estátua que presidia no seu quarto, sorri a TERESINHA e esta ficou milagrosamente curada.
A 8 de Maio de 1884, a primeira comunhão, que recebe no colégio. A sua preparação foi esmeradíssima. E o resultado intimamente impressionante. «Ah! que doce não foi o primeiro beijo de Jesus à minha alma! Foi beijo de amor, sentia o amor em mim, e dizia-lhe também: "Amo-Vos, entrego-me a Vós para sempre..."» Este dia não foi só olhar, mas fusão, já não ficaram dois; TERESA tinha desaparecido, "como a gota de água que se perde no Oceano". Quando, a 14 de Junho do mesmo ano, recebe a confirmação das mãos do bispo de Bayeux, a sua comunhão com  o Espírito Santo foi tão fervorosa como tinha sido com o Verbo encarnado.
Em 1885 e 1886 sofre longo período de escrúpulos, quem lhe dão maturidade ao espírito. MARIA é o seu apoio. Mas esta entra também em Outubro no Carmelo. E então os seus irmãozitos do céu, por ela invocados, obtêm-lhe a paz.
Mais ainda: a 25 de Dezembro daquele ano de 1886 recebe a graça, a que chama de conversão: a sua excessiva sensibilidade fica num instante dominada. Para sempre viverá, sob este aspecto, na mais equilibrada normalidade.
Mais graças. Em Julho de 87, diante da imagem de um Crucifixo, desperta-se na sua alma o desejo de salvar as dos irmãos, os homens. esta sede não fará senão crescer com o andar dos anos. Com ela morrerá abraçada. E agora do céu sacia-se com uma chuva de conversões maravilhosas. O primeiro por quem se interessa é o criminoso Prancinó, que morrerá no cadafalso beijando o Crucifixo.
O Carmo. Desde os dois anos começou a sentir a chamada dele. Mas agora torna-se instante. É lá - enclaustrada, contemplativa - como sente que Deus lhe pede que seja missionária. Lhe ganhe almas, viva no Carmelo Teresiano, o ideal da madre TERESA, como ninguém depois dela o tinha realizado. 

«Vim para salvar almas e sobretudo a fim de rogar pelos sacerdotes».
Mas tinha então quinze anos!  As dificuldades não se fizeram esperar. Heroicamente, dispôs-se a vencê-las. A 29 de maio de 1887 pede licença ao pai, que emocionado a concede. Não pôde todavia entrar antes de 9 de Abril de 1888. Os superiores eclesiásticos resistiam a tão grande juventude. Viagens a Bayeux, a Roma... Porque, de 4 de Novembro a 2 de Dezembro irá, com o pai e CELINA, em peregrinação a Roma, a fim de pedir ao Papa a desejada licença. No dia 20 foi a audiência papal. Havia a proibição dos presentes dizerem fosse o que fosse ao Papa, mas ela fala, insiste, até que a arrancam dos pés de LEÃO XIII. este só pudera deixar escorregar para ela algumas palavras de alento ... Mas o Bispo veio a dar, a 28 de Dezembro, a desejada autorização. Contudo, até ao Abril seguinte não foi recebida na «arca santa».
Nove anos no Carmo de Lisieux. Depois... o céu. As datas da sua vida monástica são as seguintes:
 Entra como postulante, 2 de Abril de 1888; Tomada de hábito a 10 de Janeiro de 1889; e note-se que nessa manhã inesperadamente nevou, porque a Esposa teve esse capricho e o Esposo, delicadamente, atendeu-lho. A 8 de Setembro de 1890, Profissão (atrasaram-lhe vários meses, não se sabe bem porquê, talvez por causa da sua pouca idade). A 24 de Setembro do mesmo ano, tomada do véu preto.
O Carmelo de Lisieux era no conjunto, por aqueles tempos, medíocre, nada mais. Nem relaxado, nem, por outro lado, modo de fervor. Vivia ainda uma das fundadoras; a Madre GENOVEVA DE SANTA TERESA, alma santa, mas já posta de parte. Era prioresa, a madre MARIA DE GONZAGA, mulher sem relevo e vulgar, susceptível, invejosa, autoritária e mutável. Mas não exageremos. Tudo isso num tom como costuma acontecer com frequência em muitas pessoas, ao mesmo tempo virtuosas. TERESINHA foi tratada com certa severidade. E foi bom; para doutro modo ela não vir a ser a mesma menina bonita da comunidade. Nos últimos anos da Santa, soube estimá-la e até depositava nela confiança, o que não há-de admirar-nos, dada a delicadíssima caridade da irmãzinha. A TERESINHA atingiu-a um pouco - sem ser pessoalmente contra ela  -  a animosidade que um grupo de religiosas (as da madre GONZAGA) mantinha contra as irmãs MARTIN, que, devido à suas qualidades estupendas, começaram a ter peso na vida comunitária.
A vida externa de TERESA DO MENINO JESUS e da SANTA FACE, no convento, resume-se em poucas linhas: 
Observância perfeita e amorosa das regras e constituições da Ordem. Generosidade até aos mínimos pormenores na obediência e na caridade com as suas companheiras. 
Pobreza delicada e minuciosa. 
Sorriso nos lábios sempre. 
Alegria no recreio. Igualdade de trato com todas. 
Estão lá três das suas irmãs de sangue (CELINA entrará em Setembro de 1894). Mas TERESINHA não concederá nem o mínimo à sua natureza. E as irmãs dela chegarão quase a espantar-se com o que nela parece indiferença. Mais ainda. Quando a sua «mãezinha» PAULINA, na religião INÊS DE JESUS, era prioresa (1893-1896), foi TERESA a religiosa que menos gozou do trato e conversação com a mesma.
Pouco depois da entrada de TERESINHA no mosteiro, começando a doença no uso das faculdades mentais do pai, tão amado. Morrerá a 29 de Julho de 1894, entre os cunhados e atendido por CELINA, que ficou sempre com ele. Todos esses anos sofreu TERESA terrivelmente  com as diversas alternativas. A missão profética, recebida na sua infância, cumpria-se agora com imensa dor.
Quando, em fevereiro de 1893, foi eleita prioresa sua irmã INÊS, esta nomeou mestra de noviças a madre GONZAGA, mas deu-lhe como ajudante Sor TERESINHA. E quando, em Março de 1896, volta a madre GONZAGA a ser prioresa, conservando o cargo de mestra ao mesmo tempo, continuou a servir-se da Santa do mesmo modo. Até lhe confiou na prática o noviciado. Foi assim, sem título, mestra efectiva das noviças  até morrer. Neste cargo delicado deu mostras de prudência extraordinária e sobrenatural.
Pouco mais pode acrescentar-se, não sendo sobre a doença e a morte. A 2 e 3 de Abril de 1896, as primeiras hemoptises denunciaram a tuberculose pulmonar: Esta avançará pouco a pouco, até lhe tirar a vida a 30 de Setembro do ano seguinte.
Mas estes dados não poderiam contar-se, pouco mais ou menos, doutras muitas religiosas fervorosas que há por aí?  
Porque é santa, TERESINHA DE LISIEUX? 
Santa! A mais santa dos tempos modernos, e talvez de toda a história da cristandade. Santa que provocou um «furacão de glória» como nenhuma outra. A dos milagres e conversões sem número. A dos milhões de exemplares da sua autobiografia, traduzida para dezenas de línguas, o livro mais lido e multiplicado no século actual...
É mistério do sobrenatural. Mas esta monjinha  foi enviada por Deus ao mundo, trazendo nas mãos uma mensagem do céu. Assim, por este meio, tão humanamente humilde. São... coisas de Deus! Essa mensagem entregou-no-la ela numas páginas simples, literalmente despretensiosas: uns cadernos que a madre INÊS DE JESUS e a Madre MARIA DE GONZAGA lhe mandaram escrever, e algumas cartas, sobretudo uma de Setembro de 1896, a sua irmã MARIA DO SAGRADO CORAÇÃO. Também alguns ditos recolhidos  pelas que a rodeavam. E umas tantas poesias para os recreios e festas das religiosas.  Tudo isso feito vida, na sua vida, encarnação da sua própria mensagem, o idealismo puro desta mesma, feita realidade transparente e maravilhosa. Resumi-la já aqui é de enorme dificuldade. 
Mensagem de amor... Na referida carta de Setembro, TERESINHA traçou numas páginas sublimes. a sua chamativa aspiração de amor, alma da sua vida. Pela sua vocação de carmelita, sente-se ela esposa de Jesus Cristo e mãe das almas. Mas isto explicita-se nela por uma multidão de vocações que lhe queimam a alma: 
vocação de guerreiro por Cristo, de sacerdote, de apóstolo, de doutor, de mártir... 
Era impossivel viver externamente tudo. Mas os capítulos 12 e 13 da Primeira Carta aos Coríntios deram-lhe a solução.
«Por fim, encontrei o descanso. Analisando o Corpo místico das santa Igreja, não me via incluída em nenhum dos membros citados por São PAULO, ou antes, pretendia reconhecer-me em todos. A caridade deu-me a chave da minha vocação. Entendia eu que, se necessário, o mais excelente de todos os órgãos: pensava que ela tinha um coração e que este coração ardia em chamas de amor. Via claro que só o amor põe em movimento os seus membros, porque, se o amor se apagasse, os apóstolos não anunciariam o Evangelho, os mártires recusariam derramar o seu sangue... Compreendi que o amor abarca todas as vocações, que o amor é tudo, que o amor transcende todos os tempos e lugares, porque é eterno.
Então, delirante de gozo, exclamei: «A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar no seio da Igreja, e este lugar, ó meu Deus!, é o que Vós me assinalastes: no coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor... Assim serão realizados os meus sonhos».
O amor! A esse amor, a essa caridade misericordiosa do Senhor, tinha-se consagrado como vítima. Foi a 9 de Junho de 1895. Verdadeira inspiração: consagrar-se não precisamente à justiça, como outras almas fizeram, mas ao amor... Poucos dias mais tarde - a 14 de Junho -, ao fazer a Via sacra no coro, sentiu a alma ferida, abrasada, submergiu totalmente no amor. Foi graça mística de valor inestimável.
Mas esta vocação viveu-a TERESA segundo uma fórmula que ela tornou universalmente famosa: a da infância espiritual. O segredo é antigo como o Evangelho. Mas TERESA recebeu o encargo de chamar a atenção, em nossos dias, para esse caminho, que é afinal, o de todos. Reconhecermo-nos como crianças diante de Deus, nosso Pai. E, portanto, seremos humílimos, simples, e confiarmos sem limites na sua bondade e misericórdia infinitas. Essa infância espiritual é a pobreza de Espírito da Sagrada Escritura; é a doutrina dos nadas de São JOÃO DA CRUZ. No Evangelho e em São JOÃO DA CRUZ -. seu pai e mestre preferido - bebeu ela em torrentes a sua doutrina do amor e da humildade perfeita, doutrina que ofereceu com a sua graça pessoal ao nosso tempo, Este reconheceu justamente nelas a quinta-essência da perfeição cristã, na sua mais pura e requintada simplicidade. Sem acidentalismos, nem coisas extraordinárias, nem qualquer coisa de esquisito. Só o substancialmente sobrenatural, puro e isolado, com toda a sua beleza e enorme força vital. E os nossos tempos, atormentados e em angústia. impressionaram-se profundamente diante desse trago de ar são, de confiança e de amor, que lhes vinha de Lisieux...
TERESINHA recebeu essa missão. E viveu-a na sua vida. A entrega de amor fê-la vitima do amor. O cenário externo será maravilhosamente simples, humilde, desconhecido, nazaretano: um pobre mosteiro carmelita sem relevo especial. Aí será ela uma religiosa perfeita, ideal, que por amor puríssimo de Deus tornará todas as suas acções simples, mas assim maravilhosamente valiosas. Sofrerá sempre muito, porque a sua rica sensibilidade  de alma e de corpo a tornou apta para sofrer.
Apesar disso, os últimos anos serão terríveis de dores, sempre a envolvê-la. Tinha de sofrer para tornar fecunda a sua mensagem. Tinha de morerê o grão, para dar muito fruto. Tinha ela de ser co-redentora  de milhares e milhares de almas. A tuberculose aparece em Abril, tudo invadiu. Sofreu ela caladamente quanto pôde. Chegou nos últimos meses ao maior extremo. Tudo estava ferido: pulmões e intestinos. As curas de pontas de fogo, a sede abrasadora ("Quando bebo água é como se vertessem fogo sobre fogo!"), e febre asfixiante... A consumação chegou ao termo de os ossos perfurarem a pele chagada. O tratamento... o de então... e a prioresa foi nele bastante parca, não. claro por má intenção, mas por critério míope.
Para mais, a seguir às primeiras hemoptises, a sua alma viu-se submergida numa prova mística atroz: desapareceu dela todo o conforto da fé e surgiu avassalador o contrário... Foram dezoito meses (até morrer) de verdadeiro martírio. A Santa de confiança sem medida, sentiu-se como se esta não existisse. Embora sem os efeitos consoladores, a sua fé e a sua confiança foram, cada dia maiores e mais esforçadas.  Na sua angústia, o sorriso florescia-lhe no rosto. E a intenção apostólica de tal prova animava-a a sofrer. As páginas em que ela descreve o seu tormento, são realmente impressionantes. E também a finalidade heroica dele, como se expressa: 
«Mas, Senhor, a vossa filha compreendeu a vossa divina luz, ele pede-Vos perdão pelos seus irmãos, ela aceita comer, durante todo o longo tempo que desejeis, o pão da dor, e não quer levantar-se desta mesa cheia de amargura, onde comem os pobres pecadores, antes do dia que Vós destinastes... Ó Jesus! se é necessário que a mesa manchada por eles seja purificada por uma alma que Vos ame, eu quero comer sozinha o pão da prova, até que Vos agrade introduzir-me no vosso reino luminoso. A graça única que Vos peço é a de não ofender-Vos nunca».
Assim, desfeita, crucificada no corpo e na alma, mas transbordando de amor e de paz - encontrou-a a morte. A alma vivia e comungava o mistério da Santa Face, a sua devoção predilecta. Abria-se profeticamente aos imensos horizontes da fecunda missão futura.
«Eu não dei a Deus senão amor. Ele devolver-me-á amor. Depois da minha morte, farei cair uma chuva de rosas».  
«Amar, ser amada, e voltar à terra para fazer o Amor». 
«Pressinto que a minha missão vai começar: a missão de fazer amar a Deus como eu O amo, ensinar o meu caminhozinho às almas». - tornava a correr agora o seu caminho da infância espiritual, da confiança e do total abandono... A 29 de Setembro pôde exclamar: 
«Tudo disse... Tudo está cumprido. Só conta o amor».
O dia 30 foi de prolongada agonia. 
«Não me explico como posso sofrer tanto a não ser pelo meu ardente desejo de salvar almas...». 
«Não, não me arrependo de me ter entregado ao Amor...» 
«A Virgem do sorriso velava junto de sua filhinha« 
Quanto e quão delicadamente não tinha ela amado a Maria! Agora olhava para ela com ansiedade especial... Às 7 horas e poucos minutos da tarde, as últimas palavras: 
«Oh!... amo-o. Deus meu... amo-Vos». 
Em seguida um êxtase maravilhoso, celestial... Durou pouco mais de um credo. O último impulso dava-o o Amor!
Depois, a publicação dos seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o género. 
A beatificação em 1923, a canonização em 1925  e o padroado sobre todas as missões em 1927, actos de PIO XI, foram o início de uma apoteose universal. 
Finalmente, a 19 de Outubro de 1997, o papa JOÃO PAULO II proclamou Santa TERESA DO MENINO JESUS e da SANTA FACE doutora da igreja.




VERÍSSIMO, MÁXIMA e JÚLIA, Santos 

Em Lisboa, Portugal, os santos VERÍSSIMO, MÁXIMA e JÚLIA mártires. (séc. III)


PIATÃO DE TOURNAI, Santo

   



Em Séclin, na Gália Bélgica, hoje França, São PIATÃO presbitero que é venerado como evangelizador do território de Tournai e rtir. (séc. III)

ROMANO O Melodioso, Santo



Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São ROMANO diácono que foi denominado Melodioso pela sua arte sublime em compor hinos eclesiásticos em honra do Senhor e dos santos.(555-565)



NICÉCIO DE TRÉVERIS, Santo




Em Tréveris, na Renânia da Austrásia, hoje Alemanha, São NICÉCIO bispo que, segundo o testemunho de São GREGÓRIO DE TOURS era veemente na pregação, terrivel na repreensão, consistente no ensino. Sofreu o exílio ao tempo de Clotário, rei dos Francos. (561)


BAVÃO DE GAND, Santo



  
Em Gand, na Flandres, Nêustria hoje Bélgica, São BAVÃO monge que foi discípulo de Santo AMANDO deixando a vida secular distribuiu os seus bens pelos pobres e entrou no mosteiro fundado nesta cidade. (659)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga

Era um senhor da região de, Lieja - Bélgica que sempre vivera de maneira dissoluta, Converteu-se, porém, com a morte da esposa, sob a influência do bispo Santo AMÂNDIO de quem se tornou colaborador e discipulo. Passou os três últimos anos da sua vida, na qualidade de recluso, no mosteiro de Ganda, que deu mais tarde origem à cidade belga de Gand, pelo ano de 650.



VASNULFO DE CONDÉ-SUR-L'ESCAUTSanto



Em Condé-sur-L'Escaut no Hainaut, território da Austrásia, hoje França, São VASNULFO monge, natural da Escócia. (séc. VII)

GERALDO EDWARDS ou EDOARDO CAMPION, ROBERTO WILCOX e CRISTÓVÃO BUXTON ROBERTO WIDMERPOOLSantos




Em Cantuária, na InglaterraSão GERALDO EDWARDS (também conhecido como EDOARDO CAMPION), presbitero e mártir que foi ordenado em França e, tendo regressado à sua pátria durante a perseguição da rainha Isabel I depois de longo cativeiro consumou o martírio no patíbulo. Com ele foram, martirizados o Beato ROBERTO WILCOX e CRISTÓVÃO BUXTON presbíteros também por serem sacerdotes e ROBERTO WIDMERPOOL por ter ajudado um sacerdote. (1588)


RODOLFO CROCKETT e EDUARDO JAMESBeatos


Em Chichester, Inglaterra, os beatos RODOLFO CROCKETT e EDUARDO JAMES, presbiteros e mártires que, formados no Colégio dos Ingleses de Reims, regressando à sua pátria, só por causa do seu sacerdócio foram condenados ao suplício do patíbulo. (1588)

JOÃO ROBINSONBeato


Em Ipswich, Inglaterra, o Beato JOÃO ROBINSON presbitero e mártir que, sendo pai de familia depois da morte da esposa, recebeu em idade avançada a ordenação sacerdotal e por isso recebeu a coroa do martírio. (1588)
 



GASPAR HIKOJIRO e ANDRÉ YOSHIDA, Beatos




Em Nagasáqui, Japão, os beatos GASPAR HIKOJIRO e ANDRÉ YOSHIDA mártires, que sendo catequistas foram degolados por terem recebido sacerdotes em suas casas. (1617)

JOÃO DE PALAFOX Y MENDOZA Beato



Em Osma, cidade de Castela la Mancha, Espanha, o beato JOÃO DE PALAFOX Y MENDOZA bispo. (1659)



LUÍS MARIA MONTÍ, Beato 



Em Saronno, Varese, Lombardia, Itália, o Beato LUÍS MARIA MONTÍ religioso que, embora conservando s sua condição laical, instituiu os Filhos de Maria Imaculada que orientou para o exercício da caridade em favor dos pobres e necessitados, dedicando-se especialmente à assistência dos enfermos e dos órfãos e à formação dos jovens. (1900)


CECÍLIA EUSÉPIBeata

 

Em Népi, Viterbo, Itália, a beata CECÍLIA EUSÉPI religiosa da Ordem Terceira dos Servos de Maria. (1928)


FLORÊNCIA CAEROLS MARTÍNEZ, Beata

 

Em Rotglá e Corbera, Valência, Espanha a beata FLORÊNCIA CAEROLS MARTÍNEZ virgem e mártir, que em tempo de perseguição contra a fé, mereceu através do martírio a glória da vida eterna. (1936) 

ÁLVARO SANJUAN CANET, Beato



Em Villena, Valência, Espanha, o beato ÁLVARO SANJUAN CANET presbitero da Sociedade Salesiana e mártir que, durante a mesma perseguição alcançou a palma da vitória no combate pela fé. (1936)


ADOLFO MARIANO (Mariano Anel Andréu) e ILDEFONSO LUÍS (José Casa Lluch), Beatos


Em Barcelona, Catalunha, Espanha, em dia incerto de Outubro os beatos ADOLFO MARIANO (Mariano Anel Andréu) e ILDEFONSO LUÍS (José Casa Lluch) religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. (1936)


MANUEL BORRAJO MIGUEZ, Beato

Em Madrid, Espanha, o beato MANUEL BORRAJO MIGUEZ em dia incerto de Outubro  religioso da Sociedade Salesiana e mártir. (1936)


CARMELO JOÃO PÉREZ RODRÍGUEZ, MATEUS GAROLERA MASFERRER , HIGÍNIO DE MATA DIEZ e JOÃO DE MATA DIEZ, Beatos

  

Em Madrid, Espanha, os beatos CARMELO JOÃO PÉREZ RODRÍGUEZ, MATEUS GAROLERA MASFERRER, HIGÍNIO DE MATA DIEZ religiosos da Sociedade Salesiana e JOÃO DE MATA DIEZ mártires. (1936)


ANTÓNIO REWERA, beato



Munique, Baviera, Alemanha, o beato ANTÓNIO REWERA presbitero e mártir que, deportado da Polónia para o campo de concentração de Dachau por causa do seu testemunho de Cristo, depois de duros tormentos alcançou a coroa do martírio. (1942)





 ... E AINDA  ...


ABREHA e ASBEHA, Santos
Secondo tar­dive leggende copte Abreha e il fratello Asbeha sareb­bero stati i primi re etiopi convertiti da s. Frumenzio (morto ca. nel 380) al Cristianesimo. La Chiesa copta ne festeggia la memoria il 1° ott.  (nel 4° giorno di paopi) insieme con il re Aizana e il fratello Sazana. Ma, se Aizana, re nel 356, fece eri­gere ad Aksum iscrizioni che rivelano chiaramente l'indole pagana e se bisogna attendere un re della seconda metà del sec. V, il presunto Tazana (nome di grafia incerta), per leggere ad Aksum iscrizioni votive che esaltino un solo Dio del cielo e del mon­do, non si vede come nella corte etiope possa esser  penetrato il cristianesimo prima del sec. V.
Fu necessario, infatti, che maturassero particola­ri condizioni politiche, cioè che la dominazione etiope nell'Arabia meridionale, minacciata dalla ostilità dei Persiani, si appoggiasse a Bisanzio, di­venendo la protettrice ufficiale del cristianesimo, perché questo sostituisse la religione precedente.
Se questa rivoluzione accadde, come testimonia Cosma Indicopleuste nell'ambito del sec. VI, non è chiaro quanto credito si possa concedere ad una notizia che l'anticipa di due secoli. 
DIEGO BOTELLO, Beato
 Dei tre martiri Ferdinando (Fernando, Hernando) di Salcedo, Diego Botello e un compagno (il nome del terzo è rimasto ignoto), probabilmente giunti all'isola Espanola (oggi Haiti) nel primo decennio del sec. XVI e appartenenti alla provincia francescana della Santa Croce di Espanola, eretta nel 1505, conosciamo soltanto la concisa notizia della loro morte, tramandata dallo storico francescano Girolamo di Mendieta (m. 1604). Nel 1516, in una delle isole delle Piccole Antille, gli indios caraibici, antropofagi, li uccisero a colpi di freccia e, dopo averli mangiati, portarono in giro le loro teste e gli abiti come bandiere in segno di trionfo. Il Martirologio Francescano li ricorda col titolo di beati il 1° ottobre, ed indica arbitrariamente il Venezuela come luogo del loro martirio. 
DOMENICO DE VILLANOVA, Beato
 
Religioso del convento mercedario di Santa Maria di Montflorite in Aragona (Spagna), il Beato Domenico da Villanova, ne fu anche il commendatore. Famoso per la cultura e la santità, pieno di meriti si addormentò in pace e fu sepolto nella chiesa del convento.
L'Ordine lo festeggia l'1 ottobre
FERDINANDO (Fernando ou Hernando) DE SALCEDO, Santo 


Dei tre martiri Ferdinando (Fernando, Hernando) di Salcedo, Diego Botello e un compagno (il nome del terzo è rimasto ignoto), probabilmente giunti all'isola Espanola (oggi Haiti) nel primo decennio del sec. XVI e appartenenti alla provincia francescana della Santa Croce di Espanola, eretta nel 1505, conosciamo soltanto la concisa notizia della loro morte, tramandata dallo storico francescano Girolamo di Mendieta (m. 1604). Nel 1516, in una delle isole delle Piccole Antille, gli indios caraibici, antropofagi, li uccisero a colpi di freccia e, dopo averli mangiati, portarono in giro le loro teste e gli abiti come bandiere in segno di trionfo. Il Martirologio Francescano li ricorda col titolo di beati il 1° ottobre, ed indica arbitrariamente il Venezuela come luogo del loro martirio

VIRILA DE LEYRE, Santo



San Virila abate benedettino. Visse nell'XI secolo e fu abate del monastero di San Salvatore di Leyre, Yesa di Navarra, Spagna.
La sua festa ricorre il 1° ottobre.
Yesa è un comune spagnolo di 257 abitanti situato nella comunità autonoma della Navarra.
È il primo comune che si incontra entrando in Spagna dal passo del Somport (Huesca), lungo il Camino aragonés verso Santiago, alla fine dell'omonimo lago artificiale.
Vicino al villaggio sorge il monastero benedettino di San Salvador de Leyre. La leggenda racconta la storia di San Virila, abate del monastero, che era ossessionato dal mistero dell'eternità. Meditando meditando, affascinato dal canto di un uccellino, quando l'abate si riscosse scoprì che erano passati 300 anni, e lui pensava che fosse passata solo un'ora.
La tradizione vuole che lo stesso San Virila raccontò :
“…In quel mentre mi tormentava il dilemma dell'eternità e i dubbi mi assalivano incessantemente. Pregavo Dio, nostro Signore, affinché mi illuminasse su questo mistero e accendesse la luce nel mio cuore. Una sera di primavera, come ero solito fare, uscii a passeggiare tra i frondosi alberi della sierra di Leyre.
Affaticato, mi sedetti a riposare accanto ad una fontana e rimasi lì assorto ed ipnotizzato ad ascoltare il bellissimo canto di un usignolo.
Trascorsa secondo me qualche ora, feci ritorno al monastero. Quando superai l'ingresso principale, nessun fratello monaco mi risultava familiare. Deambulai nelle varie dipendenze, sorprendendomi con ogni particolare e capendo poco a poco che era successo qualcosa di strano.
Rendendomi conto che nessuno mi riconosceva, mi recai dal Priore che, attonito, ascoltò la mia storia con attenzione. Ci dirigemmo alla biblioteca per cercare di decifrare questo enigma e consultando antichi documenti, scoprimmo che "trecento anni fa, un monaco santo, chiamato San Virila, aveva governato il monastero ed era stato divorato dalle belve durante una delle sue passeggiate primaverili"…
Con le lacrime agli occhi, capii che quel monaco ero io e che Dio finalmente aveva esaudito le mie preghiere.


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miscelania 003

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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

Textos recolhidos

In




MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 
e do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga, além de outros, eventualmente 

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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, não coloco quaisquer entraves para quem quiser copiá-las







Ponte da Arrábida 
vista dos jardins do Palácio de Cristal - PORTO

ANTÓNIO FONSECA

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