Caros amigos:
Com a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo
Ámen.
Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso
Foto actual do autor
26-Agosto-2016
Nº 3 3 7 1
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Série - 2018 - (nº 0 3 2)
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1 de FEVEREIRO de 2018
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SANTOS DE CADA DIA
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11º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
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Viridiana, Santa
Em Castelfiorentino, na Etrúria, hoje na Toscana, Itália, Santa VIRIDIANA virgem, que viveu reclusa desde a juventude até à velhice. (1236-1242)
Texto do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu em Castelfiorentino, Toscana, pelo ano de 1178; e lá morreu, em 1 de Fevereiro de 1242. É muito raro o caso duma Santa que se expõe voluntariamente aos ataques do demónio. Foi o que VIRIDIANA (ou Veridiana) ATTAVANTI, filha dum senhor com este apelido. Murada numa cela, viveu 34 anos na sua cidadezinha. Cumulada de favores celestiais e julgando serem eles ventura demasiada, obteve de Nosso Senhor compartilhar as perseguições por Santo ANTÃO sofridas da parte dos demónios. Estes entraram nela sob a forma de duas serpentes, que a atormentaram até à véspera da morte. Essa possessão não fez com que os êxtases se tornassem menos frequentes e a alegria interior cresceu menos. São FRANCISCO veio visitá-la por volta de 1221.
António o Peregrino, Beato
ANTÓNIO, nascido em Pádua quando o tirano Ecelino lá cometia toda a espécie de crimes, saiu da sua cidade e percorreu diversos países mendigando. Visitou deste modo os Lugares Santos; de Jerusalém passou a Santiago de Compostela, a Roma e ao Loreto, e depois a outras localidades onde se encontravam relíquias dalgum apóstolo ou Santo. Desta circunstância veio-lhe o nome de PEREGRINO.
Regressando a Pádua, aí passou o resto dos seus dias, completamente ignorado. Só com a morte se veio a saber, por escrito encontrado no seu corpo, que descendia da ilustre família dos Marzi; e o papel dizia porque adoptara ele esse género de vida. O seu túmulo foi ilustrado por milagres; houve para com os seus restos grande veneração e chegou-se a pedir que o seu nome fosse inscrito no Catálogo dos Santos.
Alguns autores dizem que foi da ordem dos camaldulenses, particularidade que não parece verosímil.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Em Pileo, no Lácio, Itália, o Beato ANDRÉ DEI CÓNTI DI SÉGNI presbitero da Ordem dos Menores que, recusando todas as honras e dignidades, preferiu servir a Cristo na humildade e simplicidade. 1302)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu em Agnáni - Itália, em 1230. Logo que foi recebido na Ordem Franciscana, conseguiu licença para sair de Roma, a fim de ir viver numa gruta dos Apeninos. Isto contrariou a família, na qual se procuravam honras. Assim, apenas cingiu a tiara, o seu tio ALEXANDRE IV (1254-1261) foi lá para o tirar da gruta e o fazer cardeal; mas ANDRÉ negou-se e ALEXANDRE teve de retirar-se. Vinte e cinco anos mais tarde, foi a BONIFÁCIO VIII, seu sobrinho, que o humilde religioso recusou o chapéu cardinalício que o Papa lhe enviara. Muito edificado, BONIFÁCIO desejava viver o bastante para colocar seu tio nos altares, mas não pôde, tendo morrido ambos quase ao mesmo tempo.
ANDRÉ DE SÉGNI figura entre os santos inteligentíssimos. Era preciso sê-lo para brilhar como brilhou na teologia, quando TOMÁS DE AQUINO, BOAVENTURA e DUNS ESCOTO mantinham a dianteira. O seu caso embaraça os que não aceitam o sobrenatural e sentem contrariedade por outras pessoas não menos inteligentes acreditarem nele. ANDRÉ, por exemplo, acreditava nos demónios e nas almas do purgatório. Reconhecia que o demónio, em certos m,omentos, o tinha perseguido muito; e confessava que tinham voltado defuntos de além-campa revelar-lhe a sorte que tinham tido.
Nos últimos anos, ANDRÉ segundo o seu biógrafo, "levou vida mais angélica que humana". A cada passo caía em êxtase, nesse estado em que a alma, perdendo consciência do espaço e do tempo, é como que levada para o seio de Deus e nele goza alegrias inexprimíveis.
Faleceu em 1 de Fevereiro de 1302.
Em Avrillé, Angers, França, a paixão das beatas MARIA ANA VAILLOT e 46 companheiras OTÍLIA BAUMGARTEN, religiosa, JOANA GRUGET, LUÍSA RALLIER DE LA TERTINIÉRE, MADALENA PERROTIN, MARIA ANA PICHERY e SIMONA CHAUVIGNÉ, viúvas; FRANCISCA PAGIS, JOANA FOUCHARD, MARGARIDA RIVIÉRE, MARIA CASSIN, MARIA FAUSSEUSE, MARIA GALARD, MARIA GASNIER, MARIA JOANA CHAUVIGNÉ, MARIA LENÉE, MARIA LEROIY BREVET, MARIA ROUALT, PETRINA PHÉLIPEAUX, RENATA CAILLEAU, RENATA MARTIN e VITÓRIA BAUDUCEAU, esposas; JOANA, MADALENA e PETRINA SAILLAND D'ESPINATZ, irmãs; GABRIELA, PETRINA e SUSANA ANDROUIN, irmãs; MARIA e RENATA GRILLARD, irmãs; ANA FRANCISCA DE VILLENEUVE, ANA HAMARD, CARLA DAVY, CATARINA COTTANDEAU, FRANCISCA BELLANGER, FRANCISCA BONNEAU, FRANCISCA MICHAU. JACOBINA MONNIER, JOANA BOURIGAULT, LUÍSA AMATA DÉAN DE LUIGNÉ, MADALENA BLOND, MARIA LEROY BREVET, PETRINA BESSON, PETRINA LEDOYEN, PETRINA GRILLE, RENATA VALIN e ROSA QUENION, mártires, que, na época do terror durante a Revolução Francesa, alcançaram a coroa do martírio. (1794)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
Trata-se duas Irmãs de São VICENTE DE PAULO, duma monja beneditina, de 12 Padres seculares e de 84 leigos (4 homens e 80 entre mulheres e meninas). Foram todos fuzilados em Angers, em 1 de Fevereiro de 1794, durante a revolução Francesa. No dia 20 de Junho apresentaremos, entre os «Santos de cada dia», também Filhas de Caridade fuziladas, mas estas em Arrás.
A beatificação do grande número de Angers realizou-a JOÃO PAULO II a 19 de Fevereiro de 1984. Mas ocupar-nos-emos aqui unicamente das duas Irmãs ou Filhas de Caridade, pois os outros heroísmos não têm culto litúrgico em Portugal.
MARIA ANA VAIBLOT nasceu em 1734 em Fontainebleau, França. Os anos passados na família e a origem da sua vocação escapam ao nosso conhecimento. Aos 27 anos começou o Postulantado nas Filhas da Caridade e entrou no Seminário delas em Paris. O seu quinto destino na vida religiosa foi a cidade de Angers, onde se ocupou da despensa e do armazém no Hospital de São João.
ODÍLIA BAUMGARTEN nasceu a 15 de Novembro de 1750, em Gondrexange, na Lorena, França. Aos 24 anos trocou o moinho familiar pelo Postulantado em Metz, e veio a entrar no seminário em 1775. Colocada em Brest no ano seguinte, de lá seguiu para Angers em 1777, onde teve a seu cargo a responsabilidade da farmácia.
Como consequência da Revolução Francesa, foram as duas levadas em 1794 do Hospital +para um antigo convento, transformado em prisão. Publicada em 1791 a Constituição Civil (e não eclesiástica) do Clero, Religiosos e Religiosas, foram os Bispos, os Párocos, os Coadjutores e as Religiosas, todos obrigados a fazer "juramento de fidelidade à Nação, à lei e ao Rei, e de manter com todo o seu poder a Constituição decretada pela Assembleia Nacional e aceite pelo Rei", isto sob pena de supressão do vencimento que recebiam. A capela do Hospital recebeu ordem de fechar as portas. Era a primeira vez, nesse Abril de 1791, que as Irmãs sentiam pessoalmente as perseguições da revolução; até essa altura, não as tinha conhecido senão por "ouvirem dizer".
Seguiram-se a dissolução das comunidades e a perseguição dentro do Hospital de São João de Angers. A 19 de Janeiro de 1794, foram presas três Irmãs: a Superiora TAILLADE, e outras duas, VAIBLOT e ODÍLIA. Mas a primeira foi, pouco mais tarde, separada das outras. Os revolucionários "estavam resolvidos a sacrificá-las (as Irmãs VAIBLOT e ODÍLIA), pensando com isso fazer impressão na Superiora e nas outras Irmãs, que até esse momento tinham persistido em recusar o juramento".
Em 1794, foram as duas levadas do Hospital para um antigo convento transformado em prisão. Oito dias passados, o Comissário Vacheron interrogou a primeira. Depois da passagem de outros reclusos, Chega a Irmã MARIA ANA, a quem perguntaram:
«Donde és tu? Porque é que estás aqui?» -
«Não sei, a não ser por ter recusado o juramento».
«Porque é que o não quiseste fazer?» -
«A minha consciência não mo permite. Fiz o sacrifício de deixar os meus pais, ainda muito nova, a fim de vir para o serviço dos pobres; fiz o sacrifício de tirar o meu uniforme (hábito), e mesmo o de usar a insignia nacional».
A esta última frase, Vacheron ficou em tal fúria, que desconcertou a Irmã e ela só pôde responder-lhe:
«Fareis de mim o que quiserdes».
De novo, recomeçou a violência dele e disse para Brénaud, secretário:
«Escreve, far-se-á dela o que se quiser».
Mandou um polícia tirar-lhe a insignia nacional e disse-lhe:
«Então não sabes que são punidos de morte os refractários à lei?».
Ela deu a mesma resposta.
Mandaram vir a Irmã ODÍLIA , a quem fizeram a mesma pergunta. Vacheron contentou-se com dizer à irmã ODÍLIA:
«Não tens outra resposta a dar, senão a da tua Irmã?» -
«Não, disse ela; a não ser que a minha consciência não me permite prestar o juramento... -
«Escreve, secretário: 'mesma resposta que a outra Irmã'; e mandou a esta tirar a insignia tricolor.
O "
" refere: MARIA ANA VAIBLOT de sessenta anos de idade,... disse que o motivo da sua prisão é porque não prestou juramento; não quer fazê-lo, não receia que se disponha dela seja como for; nas suas respostas reconhece-se que ela é uma fanática e rebelde às leis do seu país; nunca ouviu a Missa do padre ajuramentado».
Quase com as mesmas palavras, fala o documento a respeito de ODÍLIA BAUMGARTEN, de quarenta e três anos de idade. À margem, porém, o relativo a cada uma delas tem a letra "f", que significa fuzilamento. Mas não se encontraram em parte alguma vestígios do julgamento regular pronunciado pela Comissão Militar. Vacheron era apenas um delegado para o interrogatório, mas adivinhava o que iria seguir-se.
As duas foram reconduzidas à prisão, onde eram visitadas por uma sempre pronta criada do hospital, MARTA, que nos conservou o seguinte relato:
«Na sexta-feira, a Irmã MARIA ANA disse:
"Parece-me que vamos morrer amanhã e que, à primeira escarga, apenas eu ficarei ferida». -
"Sim, disse a Irmã ODÍLIA, mas eu cairei logo morta, atravessada por diversas balas". Assim, terá o Senhor, por Si mesmo, prevenido e fortalecido as suas mártires, antes do combate.
O dia 1 de Fevereiro era para as Irmãs um aniversário querido: em São João se sabia que fora nesse dia, em 1646, que Santa LUÍSA DE MARILLAC assinara o contrato oficial da fundação do hospital. Para as gerações futuras, essa data ia ser duplamente abençoada, tornando-se também a do martírio das duas Irmãs.
Na manhã de 1 de Fevereiro, o Comissário apresentou-se no cárcere exibindo uma lista de nomes. Depois, o cortejo foi de mais de duzentas pessoas (a maior parte mulheres), atadas duas a duas à corda central.
Guardados por soldados a cavalo e polícias, penosamente avançavam os presos seguindo a rua estreita. O cortejo era cortado por carroças, transportando os presos que já não podiam mover-se; amontoavam-se, no dizer de testemunhas, como se fossem sacos de trigo; os encarregados punham os últimos em cima dos que estavam por baixo, e guindavam, por cima destes, outros. Os mais doentes, colocados por baixo, chegaram ao destino já mortos. Mas havia cabeças de desgraçados, que saíam para fora dos bordos das carroças, sendo arrastados quase pelo chão, com olhos muito vermelhos e a gritarem: «Matem-nos!».
Segundo um caderninho conservado,
"a doce Irmã ODÍLIA pareceu um tanto perturbada à vista dos preparativos, e receou que lhe faltasse a coragem; mas ao sair da prisão, apoiada no braço de MARIA ANA (porque ambas estavam atadas com a mesma corda), encontrou, na firmeza dessa nobre amiga, uma força de ânimo que, daí por diante, expulsou qualquer temor».
Os condenados avançavam entre os seus carrascos, isto é, por meio de alas de soldados armados de espingardas, e iam rezando salmos e cânticos da Igreja. A iniciativa dessa oração proveio das Irmãs Vicentinas.
Por outro lado, o caderninho nota:
«Uma e outra olhavam-se com piedosa e terna afeição, e testemunhas houve que, ao longo do caminho, ouviram sair dos lábios das duas enternecedoras vítimas estas palavras, várias vezes repetidas e por nenhuma lágrima entrecortadas:
«Uma coroa nos está reservada, não a percamos hoje».
Às companheiras, que lhes estavam mais próximas, as nossas Irmãs repetiam:
«Ainda um esforço, e a vitória será nossa».
Voltando-se para Nossa Senhora, as condenadas disseram-Lhe:
«Ponho a minha confiança, Virgem Santíssima, no Vosso auxílio».
Um incidente dramático, cuja memória a tradição guardou fielmente, fez parar o cortejo por alguns minutos:
«A Irmã ODÍLIA deixou cair o terço; trazia-o provavelmente, debaixo da roupa, pois tal objecto não seria tolerado doutra forma. Esta pobre Irmã, querendo apanhá-lo, pôs a mão em cima duma pedra ao baixar-se; mas, no mesmo instante, um dos carrascos aproximou-se e esmigalhou-lhe a mão com uma coronhada. Uma mulher do povo, conhecedora do Hospital e que até essa altura se tinha perdido na multidão, apanhou o terço, que mais tarde foi entregar, ao ser restabelecida a paz. Foi assim que se veio a conhecer esta particularidade».
Quando não deve ter tremido a Irmã MARIA ANA durante esse minutos angustiosos, receando ver a Irmã ODÍLIA atirada para uma das horríveis carroças do cortejo, como aconteceu a uma das mulheres que, caindo desmaiada numa valeta, foi atirada para cima das outras doentes, como uma trouxa de roupa suja!
A corajosa insistência da Irmã MARIA ANA salvara a Irmã ODÍLIA; mas no meio de quantos gritos, injúrias e blasfêmias se terá passado essa cena!
Ainda alguns metros, e o cortejo, que retomara a marcha, chegava a uma planície. As vítimas, caminhando numa atmosfera de ódio, penetraram no recinto, chamado "Haie aux Bonshommes" (Sebe dos Homenzinhos)". Os sapadores, na véspera da execução, cavaram fossas: com as pás, tinham, atirado a terra, em montes, para o lado das covas; estas alinhavam-se regularmente. Sendo o fuzilamento deste 1 de Fevereiro o sétimo, as vítimas, para chegarem às covas que lhes estavam destinadas precisavam de desfilar diante das sepulturas dos fuzilamentos anteriores, cobertas apenas com um pouco de terra.
As nossas Irmãs penetraram, portanto, no recinto.
"A vista da cova aberta, que as esperava, não, as fez sequer recuar de medo, e o seu queixume não se misturou com o grito de horror que aflorava a todos os peitos ao mesmo tempo. Foi nesse momento que a Irmã MARIA ANA, com voz firme, entoou a Ladainha de Nossa Senhora: «Santa Maria, rogai por nós; Porta do céu, rogai por nós... As supremas invocações foram repetidas pela multidão dos condenados; dir-se-ia uma piedosa procissão".
O pobre grupo alinhou-se ao longo das covas. Quer as nossa Irmãs estivessem no fim do cortejo, quer, pelo contrário, estivessem à cabeça dele, não tinham sido reconhecidas senão por poucas pessoas. Ao descobrirem-nas atadas uma à outra - tão simples, tão recolhidas na sua fervorosa prece - as outras vítimas, num impulso de tocante emoção, exclamaram: «Irmãs, Irmãs do Hospital! Elas também! Não é possível! Elas não devem morrer como nós!"
E um grito se ergueu, repetido por todos: «Perdão para as Irmãs!».
O velho manuscrito conta a cena espantosa que segue.
"Os assassinos surpreendem-se e as suas mãos homicidas ficam paralisadas. Neles, o ódio cede o lugar à admiração. Ficam, por assim dizer, subjugados pelo ascendente de virtude e de coragem, e são como que chamados à sua realidade de homens. O terror parece mesmo suspenso nas fileiras espessas das outras 398 vítimas que, postas todas em ordem de batalha junto da grande fossa, se incitam entre si a morrer cristãmente, a exemplo de MARIA ANA e ODÍLIA, cujos nomes são repetidos com amor e fervor.
"O Comandante (sem dúvida o terrível Ménard, que dirigia todas as execuções) já não aguenta mais: avança para as duas heroínas para as salvar; a misericórdia entrou no seu coração juntamente com a admiração.Mas um silêncio nunca visto estabeleceu-se por sua voz:
"Cidadãs, disse-lhes ele, ainda é tempo de escapar à morte de que estais ameaçadas. Vós tendes prestado serviços à humanidade. Quê!, por um juramento, que vos é pedido, vós quereríeis dar a vossa vida e deixar de realizar as boas obras que sempre tendes praticado? Não seja assim. Voltai para a vossa casa, continuai a prestar os serviços que tendes prestado, não façais o juramento, visto repugnar-vos e contrariar-vos; eu encarrego-me de dizer que o prestastes, e dou-vos a minha palavra de que nada vos acontecerá, nem às vossas companheiras".
"Quantos, continua o texto antigo, entre as vítimas, a esta linguagem, a que não faltam coragem e nobreza, se teriam, agarrado à vida? Mas as mulheres de então, e as Religiosas especialmente, tinham delicadezas de consciência admiráveis, que hoje mal podemos imaginar".
«Cidadão, respondeu MARIA ANA, não só não queremos fazer o juramento, mas nem sequer queremos passar por o ter feito».
Esta resposta desconcertou o comandante, que, aliás, ele próprio, sob a pressão do terror, receou ter sido demasiado misericordioso. Com efeito, tinha visto, perto dele, o grupo da Comissão Militar a cavalo. Insistir, seria comprometer-se: "Preferiu, como Pilatos, actuar e sentenciar contra a sua consciência". E deu ordem para disparar.
Os grupos sucediam-se diante do pelotão executor. os piedosos cânticos prosseguiam; mas, pouco a pouco, o canto ia perdendo força, as vozes diminuíam. Os corpos caiam nas covas, outros desfaleciam à beira delas e procuravam levantar-se; havia gritos, estertores. A execução foi demorada, feita contra grupos de vinte pessoas. As nossas Irmãs parecem ter sido as últimas vítimas.
A Irmã MARIA ANA não caiu ao primeiro tiro, que apenas lhe quebrou um braço. Com o outro amparou a Irmã ODÍLIA, ensanguentada e inanimada. Como Santo ESTÊVÃO, a Irmã MARIA ANA rezava pelos seus perseguidores:
«Meu Deus, eles não sabem o que fazem».
Por ordem dos representantes e em sua presença, os cadáveres eram, imediatamente despojados do vestuário e de tudo quanto tivesse qualquer valor; relógios, fios de ouro, anéis, dinheiro, etc.,.
«Foi na ocasião dessa pilhagem, conta uma das testemunhas, que um oficial, provavelmente aquele que tinha procurado salvar as nossas Irmãs, arrancou ele próprio as roupas ensanguentadas da Irmã MARIA ANA e levou-as como relíquia. Nenhum dos carrascos se atreveu a censurá-lo. Conta-se mesmo que, em resposta a uma pergunta de um deles, que desejava saber o que ele pretendia fazer daqueles farrapos de vestuário, ele terá dito: "São pata mim, e não me tentariam 300 libras para me desfazer deles".
E, enquanto os carrascos voltavam para suas casas, ufanos por terem exterminado tantos «patifes», e o grupinho dos amigos destes se afastava consternado, o grande silêncio e a paz do Céu desciam sobre o Campo dos Mártires.
O fundador das Filhas da Caridade, São VICENTE DE PAULO, 146 anos mais cedo, em 1648, previa, ao menos parece, o heroísmo das Beatas ANA VAIBLOT e ODÍLIA BAUMGARTEN, ao dizer:
«Há-as entre vós, minhas queridas irmãs, eu sei, por graça de Deus, as que têm tanto amor à sua vocação que se deixariam crucificar, dilacerar e cortar em pedaços, antes do que suportar qualquer coisa em contrário».
Joana Francisca da Visitação
(Ana Michelotti) Beata
Em Turim, Itália, a beata JOANA FRANCISCA DA VISITAÇÃO (Ana Michelotti) virgem, que fundou o Instituto das Irmãzinhas do Sagrado Coração, para servirem gratuitamente os enfermos pobres em nome do Senhor. (1888)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O,. de Braga:
O seu nome de religiosa é JOANA FRANCISCA DA VISITAÇÃO, fundadora da Congregação das Pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus. No dia da sua beatificação, a 1 de Novembro de 1975, João Paulo II assim retratou a figura da beata:
«Uma misteriosa e contínua chamada ao sofrimento: eis sintetizada a vida , breve e intensa de ANA MICHELOTTI, JOANA FRANCISCA DA VISITAÇÃO, nascida em Annecy, em 1843, e falecida em Turim, em 1888, com 44 anos.
A espiritualidade salesiana acompanha-a nesta trajectória, marcada pela pobreza, pela humildade, pela incompreensão e pela cruz. Os seus amores desde criança, inculcados depois às suas Pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus, foram: o sacrário e os doentes pobres, para os quais fundou a sua Congregação.
É uma luz de amor que brilha e se acende nos tugúrios da grande cidade que muitas vexes ignora quem sofre. Esta luz mostra-nos a todo o puro amor de Deus que Se imola pelos mais pobres e abandonados».
A inclinação para visitar los doentes veio-lhe desde os 12 anos, quando fez a primeira comunhão e começou a acompanhar a sua piedosa mãe nestes actos de caridade. Aos 17 anos ingressou no Instituto das Irmãs de São Carlos, que se destinava à instrução e educação da juventude. sentindo que essa não era a sua vocação saiu.
Órfã de pai e de mãe, entregou-se a visitar os doentes pobres nas suas casas até que, em 1869, com uma amiga, CATARINA DUFAUT ex-noviça das Irmãs de São José de Annecy, continuaram, esse trabalho com o nome de Pequenas Servas. Vão seguir-se cinco anos de grandes contratempos e sofrimentos, mas por fim, no dia 8 de Agosto de 1975, o Arcebispo Dom Lorenzo Gastaldi reconheceu oficialmente a nova congregação, que em 1979 contava com 22 casas (três das quais em Madagáscar), com 229 membros.
AAS 68 (1976) 253-6; L'OSS. ROM. 9.9.1975; DIP 5, 1281-3; DIP 6,1619
SEVERO, Santo
Em Ravena, hoje Emília-Romagna, Itália, São SEVERO bispo. (342)
PAULO, Santo
Em Saint-Paul-Trois-Châteaux, Gália Vienense, hoje França, São PAULO bispo de quem a cidade recebeu o nome. (séc. IV)
BRIGÍDA, Santa
Em Puy-en-Vélay, na Aquitânia, hoje França, Santo AGRIPANO bispo e mártir que, ao regressar de Roma, nos confins de Vélay foi assassinado por sequazes dos ídolos. (séc. VII)
SIGISBERTO III, Santo
Em Metz, na Austrásia, hoje França, São SIGISBERTO III rei, que construiu os mosteiros de Stavelot, de Malmédy e muitos outros, e distribuiu esmolas com grande liberalidade às igrejas e aos pobres. (656)
RAIMUNDO, Santo
Em Ciruelos, Castela-a-Nova, Espanha, São RAIMUNDO abade de Fitero que fundou a Ordem de Calatrava e foi insigne defensor do cristianismo. (1160)
JOÃO, Santo
Em Saint-Malo, Bretanha Menor , França, São JOÃO bispo homem de admirável austeridade e rectidão que transferiu para este lugar a sede episcopal de Aleth e recebeu de São BERNARDO a orientação para se comportar como bispo pobre, amigo dos pobres e amante da pobreza
REINALDO DE ORLEÃES, Beato
Em Paris, França, o Beato REINALDO DE ORLEÃES presbitero que estando de passagem em Roma, animado pelas palavras de São Domingos entrou na Ordem dos Pregadores, à qual atraiu muitos outros pelo exemplo das suas virtudes e o ardor das suas palavras. (1220)
VIRIDIANA, Beata
Em Castelfiorentino, Etrúria, hoje Toscana, Itália, a Beata VIRIDIANA virgem que viveu reclusa desde a juventude até à velhice. (1236-1242)
CONOR O'DEVANY e PATRÍCIO O'LOUGHAM, Beatos
Em Dublin, Irlanda, os beatos mártires CONNOR O'DEVANY bispo de Down e Connor, da Ordem, dos Frades Menores e PATRÍCIO O'LOUGHAM presbitero que no reinado de Jaime I, foram condenados ao suplício da forca pela sua fidelidade à fé católica. (1612)
HENRIQUE MORSE, Santo
Em Londres, Inglaterra, Santo HENRIQUE MORSE presbitero da Companhia de Jesus e mártir, que, capturado em várias ocasiões e duas vezes exilado, finalmente no reinado de Carlos I foi novamente encarcerado por ser sacerdote e, depois de ter celebrado a Missa noi cárcere, foi enforcado em Tyburn e entregou a sua alma a Deus. (1645)
PAULO HONG YONG-JU,
JOÃO YI MUN-U e
BÁRBARA CH'OE YONG-I, Santos
Em Seul, Coreia, os santos mártires PAULO HONG YONG-JU catequista, JOÃO YI MUN-U que servia os pobres e sepultava os corpos dos mártires e BÁRBARA CH'OE YONG-I que seguindo o exemplo de seus pais e seu esposo, mortos pelo nome de Cristo, como eles foi decapitada com outros cristãos. (1840)
LUÍS VARIARA, Beato
Em Cúcuta, Colômbia, o Beato LUÍS VARIARA presbitero da Sociedade de São Francisco de Sales, que se dedicou com toda a sua energia e diligência a asssitir os leprosos e fundou a Congregação das Filhas dos Sagrados Corações de jesus e Maria. (1923)
San SEVERO DI AVRANCHES
Em Castelfiorentino, na Etrúria, hoje na Toscana, Itália, Santa VIRIDIANA virgem, que viveu reclusa desde a juventude até à velhice. (1236-1242)
Texto do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu em Castelfiorentino, Toscana, pelo ano de 1178; e lá morreu, em 1 de Fevereiro de 1242. É muito raro o caso duma Santa que se expõe voluntariamente aos ataques do demónio. Foi o que VIRIDIANA (ou Veridiana) ATTAVANTI, filha dum senhor com este apelido. Murada numa cela, viveu 34 anos na sua cidadezinha. Cumulada de favores celestiais e julgando serem eles ventura demasiada, obteve de Nosso Senhor compartilhar as perseguições por Santo ANTÃO sofridas da parte dos demónios. Estes entraram nela sob a forma de duas serpentes, que a atormentaram até à véspera da morte. Essa possessão não fez com que os êxtases se tornassem menos frequentes e a alegria interior cresceu menos. São FRANCISCO veio visitá-la por volta de 1221.
António o Peregrino, Beato
ANTÓNIO, nascido em Pádua quando o tirano Ecelino lá cometia toda a espécie de crimes, saiu da sua cidade e percorreu diversos países mendigando. Visitou deste modo os Lugares Santos; de Jerusalém passou a Santiago de Compostela, a Roma e ao Loreto, e depois a outras localidades onde se encontravam relíquias dalgum apóstolo ou Santo. Desta circunstância veio-lhe o nome de PEREGRINO.
Regressando a Pádua, aí passou o resto dos seus dias, completamente ignorado. Só com a morte se veio a saber, por escrito encontrado no seu corpo, que descendia da ilustre família dos Marzi; e o papel dizia porque adoptara ele esse género de vida. O seu túmulo foi ilustrado por milagres; houve para com os seus restos grande veneração e chegou-se a pedir que o seu nome fosse inscrito no Catálogo dos Santos.
Alguns autores dizem que foi da ordem dos camaldulenses, particularidade que não parece verosímil.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
André dei Cónti di Ségni, Beato
Em Pileo, no Lácio, Itália, o Beato ANDRÉ DEI CÓNTI DI SÉGNI presbitero da Ordem dos Menores que, recusando todas as honras e dignidades, preferiu servir a Cristo na humildade e simplicidade. 1302)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu em Agnáni - Itália, em 1230. Logo que foi recebido na Ordem Franciscana, conseguiu licença para sair de Roma, a fim de ir viver numa gruta dos Apeninos. Isto contrariou a família, na qual se procuravam honras. Assim, apenas cingiu a tiara, o seu tio ALEXANDRE IV (1254-1261) foi lá para o tirar da gruta e o fazer cardeal; mas ANDRÉ negou-se e ALEXANDRE teve de retirar-se. Vinte e cinco anos mais tarde, foi a BONIFÁCIO VIII, seu sobrinho, que o humilde religioso recusou o chapéu cardinalício que o Papa lhe enviara. Muito edificado, BONIFÁCIO desejava viver o bastante para colocar seu tio nos altares, mas não pôde, tendo morrido ambos quase ao mesmo tempo.
ANDRÉ DE SÉGNI figura entre os santos inteligentíssimos. Era preciso sê-lo para brilhar como brilhou na teologia, quando TOMÁS DE AQUINO, BOAVENTURA e DUNS ESCOTO mantinham a dianteira. O seu caso embaraça os que não aceitam o sobrenatural e sentem contrariedade por outras pessoas não menos inteligentes acreditarem nele. ANDRÉ, por exemplo, acreditava nos demónios e nas almas do purgatório. Reconhecia que o demónio, em certos m,omentos, o tinha perseguido muito; e confessava que tinham voltado defuntos de além-campa revelar-lhe a sorte que tinham tido.
Nos últimos anos, ANDRÉ segundo o seu biógrafo, "levou vida mais angélica que humana". A cada passo caía em êxtase, nesse estado em que a alma, perdendo consciência do espaço e do tempo, é como que levada para o seio de Deus e nele goza alegrias inexprimíveis.
Faleceu em 1 de Fevereiro de 1302.
MARIA ANA VAIBLOT, Odília Baumgarten e 97 companheiras JOANA GRUGET, LUÍSA RALLIER DE LA TERTINIÉRE, MADALENA PERROTIN, MARIA ANA PICHERY e SIMONA CHAUVIGNÉ, viúvas; FRANCISCA PAGIS, JOANA FOUCHARD, MARGARIDA RIVIÉRE, MARIA CASSIN, MARIA FAUSSEUSE, MARIA GALARD, MARIA GASNIER, MARIA JOANA CHAUVIGNÉ, MARIA LENÉE, MARIA LEROIY BREVET, MARIA ROUALT, PETRINA PHÉLIPEAUX, RENATA CAILLEAU, RENATA MARTIN e VITÓRIA BAUDUCEAU, esposas; JOANA, MADALENA e PETRINA SAILLAND D'ESPINATZ, irmãs; GABRIELA, PETRINA e SUSANA ANDROUIN, irmãs; MARIA e RENATA GRILLARD, irmãs; ANA FRANCISCA DE VILLENEUVE, ANA HAMARD, CARLA DAVY, CATARINA COTTANDEAU, FRANCISCA BELLANGER, FRANCISCA BONNEAU, FRANCISCA MICHAU. JACOBINA MONNIER, JOANA BOURIGAULT, LUÍSA AMATA DÉAN DE LUIGNÉ, MADALENA BLOND, MARIA LEROY BREVET, PETRINA BESSON, PETRINA LEDOYEN, PETRINA GRILLE, RENATA VALIN e ROSA QUENION, Beatas
Em Avrillé, Angers, França, a paixão das beatas MARIA ANA VAILLOT e 46 companheiras OTÍLIA BAUMGARTEN, religiosa, JOANA GRUGET, LUÍSA RALLIER DE LA TERTINIÉRE, MADALENA PERROTIN, MARIA ANA PICHERY e SIMONA CHAUVIGNÉ, viúvas; FRANCISCA PAGIS, JOANA FOUCHARD, MARGARIDA RIVIÉRE, MARIA CASSIN, MARIA FAUSSEUSE, MARIA GALARD, MARIA GASNIER, MARIA JOANA CHAUVIGNÉ, MARIA LENÉE, MARIA LEROIY BREVET, MARIA ROUALT, PETRINA PHÉLIPEAUX, RENATA CAILLEAU, RENATA MARTIN e VITÓRIA BAUDUCEAU, esposas; JOANA, MADALENA e PETRINA SAILLAND D'ESPINATZ, irmãs; GABRIELA, PETRINA e SUSANA ANDROUIN, irmãs; MARIA e RENATA GRILLARD, irmãs; ANA FRANCISCA DE VILLENEUVE, ANA HAMARD, CARLA DAVY, CATARINA COTTANDEAU, FRANCISCA BELLANGER, FRANCISCA BONNEAU, FRANCISCA MICHAU. JACOBINA MONNIER, JOANA BOURIGAULT, LUÍSA AMATA DÉAN DE LUIGNÉ, MADALENA BLOND, MARIA LEROY BREVET, PETRINA BESSON, PETRINA LEDOYEN, PETRINA GRILLE, RENATA VALIN e ROSA QUENION, mártires, que, na época do terror durante a Revolução Francesa, alcançaram a coroa do martírio. (1794)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
Trata-se duas Irmãs de São VICENTE DE PAULO, duma monja beneditina, de 12 Padres seculares e de 84 leigos (4 homens e 80 entre mulheres e meninas). Foram todos fuzilados em Angers, em 1 de Fevereiro de 1794, durante a revolução Francesa. No dia 20 de Junho apresentaremos, entre os «Santos de cada dia», também Filhas de Caridade fuziladas, mas estas em Arrás.
A beatificação do grande número de Angers realizou-a JOÃO PAULO II a 19 de Fevereiro de 1984. Mas ocupar-nos-emos aqui unicamente das duas Irmãs ou Filhas de Caridade, pois os outros heroísmos não têm culto litúrgico em Portugal.
MARIA ANA VAIBLOT nasceu em 1734 em Fontainebleau, França. Os anos passados na família e a origem da sua vocação escapam ao nosso conhecimento. Aos 27 anos começou o Postulantado nas Filhas da Caridade e entrou no Seminário delas em Paris. O seu quinto destino na vida religiosa foi a cidade de Angers, onde se ocupou da despensa e do armazém no Hospital de São João.
ODÍLIA BAUMGARTEN nasceu a 15 de Novembro de 1750, em Gondrexange, na Lorena, França. Aos 24 anos trocou o moinho familiar pelo Postulantado em Metz, e veio a entrar no seminário em 1775. Colocada em Brest no ano seguinte, de lá seguiu para Angers em 1777, onde teve a seu cargo a responsabilidade da farmácia.
Como consequência da Revolução Francesa, foram as duas levadas em 1794 do Hospital +para um antigo convento, transformado em prisão. Publicada em 1791 a Constituição Civil (e não eclesiástica) do Clero, Religiosos e Religiosas, foram os Bispos, os Párocos, os Coadjutores e as Religiosas, todos obrigados a fazer "juramento de fidelidade à Nação, à lei e ao Rei, e de manter com todo o seu poder a Constituição decretada pela Assembleia Nacional e aceite pelo Rei", isto sob pena de supressão do vencimento que recebiam. A capela do Hospital recebeu ordem de fechar as portas. Era a primeira vez, nesse Abril de 1791, que as Irmãs sentiam pessoalmente as perseguições da revolução; até essa altura, não as tinha conhecido senão por "ouvirem dizer".
Seguiram-se a dissolução das comunidades e a perseguição dentro do Hospital de São João de Angers. A 19 de Janeiro de 1794, foram presas três Irmãs: a Superiora TAILLADE, e outras duas, VAIBLOT e ODÍLIA. Mas a primeira foi, pouco mais tarde, separada das outras. Os revolucionários "estavam resolvidos a sacrificá-las (as Irmãs VAIBLOT e ODÍLIA), pensando com isso fazer impressão na Superiora e nas outras Irmãs, que até esse momento tinham persistido em recusar o juramento".
Em 1794, foram as duas levadas do Hospital para um antigo convento transformado em prisão. Oito dias passados, o Comissário Vacheron interrogou a primeira. Depois da passagem de outros reclusos, Chega a Irmã MARIA ANA, a quem perguntaram:
«Donde és tu? Porque é que estás aqui?» -
«Não sei, a não ser por ter recusado o juramento».
«Porque é que o não quiseste fazer?» -
«A minha consciência não mo permite. Fiz o sacrifício de deixar os meus pais, ainda muito nova, a fim de vir para o serviço dos pobres; fiz o sacrifício de tirar o meu uniforme (hábito), e mesmo o de usar a insignia nacional».
A esta última frase, Vacheron ficou em tal fúria, que desconcertou a Irmã e ela só pôde responder-lhe:
«Fareis de mim o que quiserdes».
De novo, recomeçou a violência dele e disse para Brénaud, secretário:
«Escreve, far-se-á dela o que se quiser».
Mandou um polícia tirar-lhe a insignia nacional e disse-lhe:
«Então não sabes que são punidos de morte os refractários à lei?».
Ela deu a mesma resposta.
Mandaram vir a Irmã ODÍLIA , a quem fizeram a mesma pergunta. Vacheron contentou-se com dizer à irmã ODÍLIA:
«Não tens outra resposta a dar, senão a da tua Irmã?» -
«Não, disse ela; a não ser que a minha consciência não me permite prestar o juramento... -
«Escreve, secretário: 'mesma resposta que a outra Irmã'; e mandou a esta tirar a insignia tricolor.
O "
" refere: MARIA ANA VAIBLOT de sessenta anos de idade,... disse que o motivo da sua prisão é porque não prestou juramento; não quer fazê-lo, não receia que se disponha dela seja como for; nas suas respostas reconhece-se que ela é uma fanática e rebelde às leis do seu país; nunca ouviu a Missa do padre ajuramentado».
Quase com as mesmas palavras, fala o documento a respeito de ODÍLIA BAUMGARTEN, de quarenta e três anos de idade. À margem, porém, o relativo a cada uma delas tem a letra "f", que significa fuzilamento. Mas não se encontraram em parte alguma vestígios do julgamento regular pronunciado pela Comissão Militar. Vacheron era apenas um delegado para o interrogatório, mas adivinhava o que iria seguir-se.
As duas foram reconduzidas à prisão, onde eram visitadas por uma sempre pronta criada do hospital, MARTA, que nos conservou o seguinte relato:
«Na sexta-feira, a Irmã MARIA ANA disse:
"Parece-me que vamos morrer amanhã e que, à primeira escarga, apenas eu ficarei ferida». -
"Sim, disse a Irmã ODÍLIA, mas eu cairei logo morta, atravessada por diversas balas". Assim, terá o Senhor, por Si mesmo, prevenido e fortalecido as suas mártires, antes do combate.
O dia 1 de Fevereiro era para as Irmãs um aniversário querido: em São João se sabia que fora nesse dia, em 1646, que Santa LUÍSA DE MARILLAC assinara o contrato oficial da fundação do hospital. Para as gerações futuras, essa data ia ser duplamente abençoada, tornando-se também a do martírio das duas Irmãs.
Na manhã de 1 de Fevereiro, o Comissário apresentou-se no cárcere exibindo uma lista de nomes. Depois, o cortejo foi de mais de duzentas pessoas (a maior parte mulheres), atadas duas a duas à corda central.
Guardados por soldados a cavalo e polícias, penosamente avançavam os presos seguindo a rua estreita. O cortejo era cortado por carroças, transportando os presos que já não podiam mover-se; amontoavam-se, no dizer de testemunhas, como se fossem sacos de trigo; os encarregados punham os últimos em cima dos que estavam por baixo, e guindavam, por cima destes, outros. Os mais doentes, colocados por baixo, chegaram ao destino já mortos. Mas havia cabeças de desgraçados, que saíam para fora dos bordos das carroças, sendo arrastados quase pelo chão, com olhos muito vermelhos e a gritarem: «Matem-nos!».
Segundo um caderninho conservado,
"a doce Irmã ODÍLIA pareceu um tanto perturbada à vista dos preparativos, e receou que lhe faltasse a coragem; mas ao sair da prisão, apoiada no braço de MARIA ANA (porque ambas estavam atadas com a mesma corda), encontrou, na firmeza dessa nobre amiga, uma força de ânimo que, daí por diante, expulsou qualquer temor».
Os condenados avançavam entre os seus carrascos, isto é, por meio de alas de soldados armados de espingardas, e iam rezando salmos e cânticos da Igreja. A iniciativa dessa oração proveio das Irmãs Vicentinas.
Por outro lado, o caderninho nota:
«Uma e outra olhavam-se com piedosa e terna afeição, e testemunhas houve que, ao longo do caminho, ouviram sair dos lábios das duas enternecedoras vítimas estas palavras, várias vezes repetidas e por nenhuma lágrima entrecortadas:
«Uma coroa nos está reservada, não a percamos hoje».
Às companheiras, que lhes estavam mais próximas, as nossas Irmãs repetiam:
«Ainda um esforço, e a vitória será nossa».
Voltando-se para Nossa Senhora, as condenadas disseram-Lhe:
«Ponho a minha confiança, Virgem Santíssima, no Vosso auxílio».
Um incidente dramático, cuja memória a tradição guardou fielmente, fez parar o cortejo por alguns minutos:
«A Irmã ODÍLIA deixou cair o terço; trazia-o provavelmente, debaixo da roupa, pois tal objecto não seria tolerado doutra forma. Esta pobre Irmã, querendo apanhá-lo, pôs a mão em cima duma pedra ao baixar-se; mas, no mesmo instante, um dos carrascos aproximou-se e esmigalhou-lhe a mão com uma coronhada. Uma mulher do povo, conhecedora do Hospital e que até essa altura se tinha perdido na multidão, apanhou o terço, que mais tarde foi entregar, ao ser restabelecida a paz. Foi assim que se veio a conhecer esta particularidade».
Quando não deve ter tremido a Irmã MARIA ANA durante esse minutos angustiosos, receando ver a Irmã ODÍLIA atirada para uma das horríveis carroças do cortejo, como aconteceu a uma das mulheres que, caindo desmaiada numa valeta, foi atirada para cima das outras doentes, como uma trouxa de roupa suja!
A corajosa insistência da Irmã MARIA ANA salvara a Irmã ODÍLIA; mas no meio de quantos gritos, injúrias e blasfêmias se terá passado essa cena!
Ainda alguns metros, e o cortejo, que retomara a marcha, chegava a uma planície. As vítimas, caminhando numa atmosfera de ódio, penetraram no recinto, chamado "Haie aux Bonshommes" (Sebe dos Homenzinhos)". Os sapadores, na véspera da execução, cavaram fossas: com as pás, tinham, atirado a terra, em montes, para o lado das covas; estas alinhavam-se regularmente. Sendo o fuzilamento deste 1 de Fevereiro o sétimo, as vítimas, para chegarem às covas que lhes estavam destinadas precisavam de desfilar diante das sepulturas dos fuzilamentos anteriores, cobertas apenas com um pouco de terra.
As nossas Irmãs penetraram, portanto, no recinto.
"A vista da cova aberta, que as esperava, não, as fez sequer recuar de medo, e o seu queixume não se misturou com o grito de horror que aflorava a todos os peitos ao mesmo tempo. Foi nesse momento que a Irmã MARIA ANA, com voz firme, entoou a Ladainha de Nossa Senhora: «Santa Maria, rogai por nós; Porta do céu, rogai por nós... As supremas invocações foram repetidas pela multidão dos condenados; dir-se-ia uma piedosa procissão".
O pobre grupo alinhou-se ao longo das covas. Quer as nossa Irmãs estivessem no fim do cortejo, quer, pelo contrário, estivessem à cabeça dele, não tinham sido reconhecidas senão por poucas pessoas. Ao descobrirem-nas atadas uma à outra - tão simples, tão recolhidas na sua fervorosa prece - as outras vítimas, num impulso de tocante emoção, exclamaram: «Irmãs, Irmãs do Hospital! Elas também! Não é possível! Elas não devem morrer como nós!"
E um grito se ergueu, repetido por todos: «Perdão para as Irmãs!».
O velho manuscrito conta a cena espantosa que segue.
"Os assassinos surpreendem-se e as suas mãos homicidas ficam paralisadas. Neles, o ódio cede o lugar à admiração. Ficam, por assim dizer, subjugados pelo ascendente de virtude e de coragem, e são como que chamados à sua realidade de homens. O terror parece mesmo suspenso nas fileiras espessas das outras 398 vítimas que, postas todas em ordem de batalha junto da grande fossa, se incitam entre si a morrer cristãmente, a exemplo de MARIA ANA e ODÍLIA, cujos nomes são repetidos com amor e fervor.
"O Comandante (sem dúvida o terrível Ménard, que dirigia todas as execuções) já não aguenta mais: avança para as duas heroínas para as salvar; a misericórdia entrou no seu coração juntamente com a admiração.Mas um silêncio nunca visto estabeleceu-se por sua voz:
"Cidadãs, disse-lhes ele, ainda é tempo de escapar à morte de que estais ameaçadas. Vós tendes prestado serviços à humanidade. Quê!, por um juramento, que vos é pedido, vós quereríeis dar a vossa vida e deixar de realizar as boas obras que sempre tendes praticado? Não seja assim. Voltai para a vossa casa, continuai a prestar os serviços que tendes prestado, não façais o juramento, visto repugnar-vos e contrariar-vos; eu encarrego-me de dizer que o prestastes, e dou-vos a minha palavra de que nada vos acontecerá, nem às vossas companheiras".
"Quantos, continua o texto antigo, entre as vítimas, a esta linguagem, a que não faltam coragem e nobreza, se teriam, agarrado à vida? Mas as mulheres de então, e as Religiosas especialmente, tinham delicadezas de consciência admiráveis, que hoje mal podemos imaginar".
«Cidadão, respondeu MARIA ANA, não só não queremos fazer o juramento, mas nem sequer queremos passar por o ter feito».
Esta resposta desconcertou o comandante, que, aliás, ele próprio, sob a pressão do terror, receou ter sido demasiado misericordioso. Com efeito, tinha visto, perto dele, o grupo da Comissão Militar a cavalo. Insistir, seria comprometer-se: "Preferiu, como Pilatos, actuar e sentenciar contra a sua consciência". E deu ordem para disparar.
Os grupos sucediam-se diante do pelotão executor. os piedosos cânticos prosseguiam; mas, pouco a pouco, o canto ia perdendo força, as vozes diminuíam. Os corpos caiam nas covas, outros desfaleciam à beira delas e procuravam levantar-se; havia gritos, estertores. A execução foi demorada, feita contra grupos de vinte pessoas. As nossas Irmãs parecem ter sido as últimas vítimas.
A Irmã MARIA ANA não caiu ao primeiro tiro, que apenas lhe quebrou um braço. Com o outro amparou a Irmã ODÍLIA, ensanguentada e inanimada. Como Santo ESTÊVÃO, a Irmã MARIA ANA rezava pelos seus perseguidores:
«Meu Deus, eles não sabem o que fazem».
Por ordem dos representantes e em sua presença, os cadáveres eram, imediatamente despojados do vestuário e de tudo quanto tivesse qualquer valor; relógios, fios de ouro, anéis, dinheiro, etc.,.
«Foi na ocasião dessa pilhagem, conta uma das testemunhas, que um oficial, provavelmente aquele que tinha procurado salvar as nossas Irmãs, arrancou ele próprio as roupas ensanguentadas da Irmã MARIA ANA e levou-as como relíquia. Nenhum dos carrascos se atreveu a censurá-lo. Conta-se mesmo que, em resposta a uma pergunta de um deles, que desejava saber o que ele pretendia fazer daqueles farrapos de vestuário, ele terá dito: "São pata mim, e não me tentariam 300 libras para me desfazer deles".
E, enquanto os carrascos voltavam para suas casas, ufanos por terem exterminado tantos «patifes», e o grupinho dos amigos destes se afastava consternado, o grande silêncio e a paz do Céu desciam sobre o Campo dos Mártires.
O fundador das Filhas da Caridade, São VICENTE DE PAULO, 146 anos mais cedo, em 1648, previa, ao menos parece, o heroísmo das Beatas ANA VAIBLOT e ODÍLIA BAUMGARTEN, ao dizer:
«Há-as entre vós, minhas queridas irmãs, eu sei, por graça de Deus, as que têm tanto amor à sua vocação que se deixariam crucificar, dilacerar e cortar em pedaços, antes do que suportar qualquer coisa em contrário».
1. Androuin, Gabrielle
2. Androuin, Perrine
3. Androuin, Suzanne
4. Bâtard, Laurent
5. Bauduceau, Victoire, ép. Réveillère
6. Baumgarten, Odile
7. Bellanger, Françoise
8. Bessay de la Voûte, Louise
9. Besson, Perrine
10. Blond, Madeleine
11. Bonneau, Françoise
12. Bourgeais, Renée, v. Juret
13. Bourigault, Jeanne
14. Bourigault, Perrine
15. Cady, Madeleine
16. Cailleau, Renée, ép. Girault
17. Cassin, Marie
18. Chartier, François.Louis
19. Chauvigné, Marie-.Jeanne, ép. Rorteau
20. Chauvigné, Simonne, ép. Charbonneau
21. Cottenceau, Catherine
22. Davy, Charlotte
23. Dean de Luigné, Louise.Aimée
24. de la Dive, Marie, v. du Verdier
25. Delépine, Pierre
26. de Villeneuve, Anne.Françoise
27. du Verdier de la Sorinière, Catherine
28. du Verdier de la Sorinière, Marie.Louise
29. du Verdier de la Sorinière, Rosalie
30. Fardeau, André
31. Fausseuse, Marie
32. Feillatreau, Renée-.Marie, v. Dumont
33. Forestier, Marie
34. Fouchard, Jeanne, v. Chalonneau
35. Fournier, Antoine
36. Frémond, Pierre
37. Gallard, Marie, ép. Quesson
38, Gasnier, Marie, ép. Mercier
39. Gingueneau, Marie, v. Coueffard
40. Gourdon, Jeanne, v. Moreau
41. Grillard, Marie
42. Grillard, Renée
43. Grille, Perrine
44. Gruget, Jeanne, v. Doly
45. Gusteau, Victoire
46. Hacher du Bois, Marie.Anne
47. Hamard, Anne
48. Laigneau de Langellerie, Jacques
49. Langevin, Jean.Michel
50. Lardeux, Marie
51. Laurent, Perrine
52. Ledoyen, Jacques
53. Ledoyen, Perrine
54. Leduc, Jeanne.Marie, ép. Paquier
55. Lego, Jean.Baptiste
56. Lego, René
57. Lenée, Marie, ép. Lepage Varancé
58. Leroy, Marie, ép. Brevet
59. Leroy, Marie
60. Lucas, Charlotte
61. Martin, Renée, ép. L. Martin
62. Maugrain, Anne
63. Ménard, Jean, ép. Huau
64. Michau, Françoise
65. Micheneau, Françoise, v. Gillot
66. Monnier, Jacquine
67. Moreau, Joseph
68. Onillon, Jeanne, v. L. Onillon
69. Pagis, Françoise, ép. Roulleau
70. Peltier, François
71. Perrotin, Madelein, v. Rousseau
72. Phélyppeaux, Perrine, ép. Sailland
73. Pichery, Marie, v. Delahaye
74. Pichery, Monique
75. Piou, Marie, ép. Supiot
76. Poirier, Louise, ép. Barré
77. Potier, Perrine.Renée, v. Turpault
78. Poulain de la Forestrie, Marie.Geneviève
79. Poulain de la Forestrie, Marthe
80. Pricet, Félicité
81. Quenion, Rose
82. Rallier d.l. Tertinière, Louise. Dean d. Luigné.
83. Repin, Guillaume
84. Rigault, Renée, ép. Papin
85. Rivière, Marguerite, ép. Huau
86. Robin, Marguerite
87. Rochard, Marie
88. Roger, Marie, v. Chartier
89. Rouault, Marie, v. Bouju
90. Sailland d'Epinatz, Jeanne.Marie
91. Sailland d'Epinatz, Madeleine
92. Sailland d'Epinatz, Perrine-Jeanne
93. Sallé, Madeleine
94. Seichet, Renée, v. Dacy
95. Suhard, Françoise, v. Ménard
96. Tessier, Pierre
97. Thomas, Jeanne, v. Delaunay
98. Vaillot, Marie-Anne
99. Valin, Renée
Joana Francisca da Visitação
(Ana Michelotti) Beata
Em Turim, Itália, a beata JOANA FRANCISCA DA VISITAÇÃO (Ana Michelotti) virgem, que fundou o Instituto das Irmãzinhas do Sagrado Coração, para servirem gratuitamente os enfermos pobres em nome do Senhor. (1888)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O,. de Braga:
O seu nome de religiosa é JOANA FRANCISCA DA VISITAÇÃO, fundadora da Congregação das Pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus. No dia da sua beatificação, a 1 de Novembro de 1975, João Paulo II assim retratou a figura da beata:
«Uma misteriosa e contínua chamada ao sofrimento: eis sintetizada a vida , breve e intensa de ANA MICHELOTTI, JOANA FRANCISCA DA VISITAÇÃO, nascida em Annecy, em 1843, e falecida em Turim, em 1888, com 44 anos.
A espiritualidade salesiana acompanha-a nesta trajectória, marcada pela pobreza, pela humildade, pela incompreensão e pela cruz. Os seus amores desde criança, inculcados depois às suas Pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus, foram: o sacrário e os doentes pobres, para os quais fundou a sua Congregação.
É uma luz de amor que brilha e se acende nos tugúrios da grande cidade que muitas vexes ignora quem sofre. Esta luz mostra-nos a todo o puro amor de Deus que Se imola pelos mais pobres e abandonados».
A inclinação para visitar los doentes veio-lhe desde os 12 anos, quando fez a primeira comunhão e começou a acompanhar a sua piedosa mãe nestes actos de caridade. Aos 17 anos ingressou no Instituto das Irmãs de São Carlos, que se destinava à instrução e educação da juventude. sentindo que essa não era a sua vocação saiu.
Órfã de pai e de mãe, entregou-se a visitar os doentes pobres nas suas casas até que, em 1869, com uma amiga, CATARINA DUFAUT ex-noviça das Irmãs de São José de Annecy, continuaram, esse trabalho com o nome de Pequenas Servas. Vão seguir-se cinco anos de grandes contratempos e sofrimentos, mas por fim, no dia 8 de Agosto de 1975, o Arcebispo Dom Lorenzo Gastaldi reconheceu oficialmente a nova congregação, que em 1979 contava com 22 casas (três das quais em Madagáscar), com 229 membros.
AAS 68 (1976) 253-6; L'OSS. ROM. 9.9.1975; DIP 5, 1281-3; DIP 6,1619
TRIFÃO, Santo
Na Frígia, hoje Turquia, a comemoração de Santo TRIFÃO mártir. (data incerta)
SEVERO, Santo
Em Ravena, hoje Emília-Romagna, Itália, São SEVERO bispo. (342)
PAULO, Santo
Em Saint-Paul-Trois-Châteaux, Gália Vienense, hoje França, São PAULO bispo de quem a cidade recebeu o nome. (séc. IV)
BRIGÍDA, Santa
Em Kildare, na Irlanda, Santa BRÍGIDA abadessa que fundou um dos primeiros mosteiros desta ilha e, segundo a tradição, prosseguiu a obra evangelizadora iniciada por São PATRÍCIO. (525)
URSO, Santo
Em Aosta, nos Alpes Graios, Itália, Santo URSO presbitero. (séc. IX)
AGRIPANO, Santo
Em Aosta, nos Alpes Graios, Itália, Santo URSO presbitero. (séc. IX)
AGRIPANO, Santo
Em Puy-en-Vélay, na Aquitânia, hoje França, Santo AGRIPANO bispo e mártir que, ao regressar de Roma, nos confins de Vélay foi assassinado por sequazes dos ídolos. (séc. VII)
SIGISBERTO III, Santo
Em Metz, na Austrásia, hoje França, São SIGISBERTO III rei, que construiu os mosteiros de Stavelot, de Malmédy e muitos outros, e distribuiu esmolas com grande liberalidade às igrejas e aos pobres. (656)
RAIMUNDO, Santo
Em Ciruelos, Castela-a-Nova, Espanha, São RAIMUNDO abade de Fitero que fundou a Ordem de Calatrava e foi insigne defensor do cristianismo. (1160)
JOÃO, Santo
Em Saint-Malo, Bretanha Menor , França, São JOÃO bispo homem de admirável austeridade e rectidão que transferiu para este lugar a sede episcopal de Aleth e recebeu de São BERNARDO a orientação para se comportar como bispo pobre, amigo dos pobres e amante da pobreza
REINALDO DE ORLEÃES, Beato
Em Paris, França, o Beato REINALDO DE ORLEÃES presbitero que estando de passagem em Roma, animado pelas palavras de São Domingos entrou na Ordem dos Pregadores, à qual atraiu muitos outros pelo exemplo das suas virtudes e o ardor das suas palavras. (1220)
VIRIDIANA, Beata
Em Castelfiorentino, Etrúria, hoje Toscana, Itália, a Beata VIRIDIANA virgem que viveu reclusa desde a juventude até à velhice. (1236-1242)
CONOR O'DEVANY e PATRÍCIO O'LOUGHAM, Beatos
Em Dublin, Irlanda, os beatos mártires CONNOR O'DEVANY bispo de Down e Connor, da Ordem, dos Frades Menores e PATRÍCIO O'LOUGHAM presbitero que no reinado de Jaime I, foram condenados ao suplício da forca pela sua fidelidade à fé católica. (1612)
HENRIQUE MORSE, Santo
Em Londres, Inglaterra, Santo HENRIQUE MORSE presbitero da Companhia de Jesus e mártir, que, capturado em várias ocasiões e duas vezes exilado, finalmente no reinado de Carlos I foi novamente encarcerado por ser sacerdote e, depois de ter celebrado a Missa noi cárcere, foi enforcado em Tyburn e entregou a sua alma a Deus. (1645)
PAULO HONG YONG-JU,
JOÃO YI MUN-U e
BÁRBARA CH'OE YONG-I, Santos
Em Seul, Coreia, os santos mártires PAULO HONG YONG-JU catequista, JOÃO YI MUN-U que servia os pobres e sepultava os corpos dos mártires e BÁRBARA CH'OE YONG-I que seguindo o exemplo de seus pais e seu esposo, mortos pelo nome de Cristo, como eles foi decapitada com outros cristãos. (1840)
LUÍS VARIARA, Beato
Em Cúcuta, Colômbia, o Beato LUÍS VARIARA presbitero da Sociedade de São Francisco de Sales, que se dedicou com toda a sua energia e diligência a asssitir os leprosos e fundou a Congregação das Filhas dos Sagrados Corações de jesus e Maria. (1923)
San Giovanni della Graticola Vescovo
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Martirologio Romano: Nella cittadina di Saint-Malo in Bretagna, san Giovanni, vescovo: uomo di mirabile austerità e giustizia, trasferì in questo luogo la sede episcopale di Aleth; a lui san Bernardo raccomandò di comportarsi da vescovo povero, amico dei poveri e amante della povertà.
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San SEVERO DI AVRANCHES
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MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
e do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga, além de outros, eventualmente
"""""""""""""""
Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, não coloco quaisquer entraves para quem quiser copiá-las
Porto - Vista da Ribeira de Gaia
Blogue:
SÃO PAULO (e Vidas de Santos)
http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com
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