Caros Amigos:
Desejo que o resto deste Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue
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Nº 3 9 6 4
Série - 2019 - (nº 2 6 0)
17 de SETEMBRO de 2019
SANTOS DE CADA DIA
Nº 3 1 3
12º A N O
12º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
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ROBERTO BELARMINO, Santo
Em Milão, na Ligúria hoje na Lombardia, Itália, o sepultamento de São SÁTIRO cujos méritos insignes são mencionados pelo seu irmão Santo AMBRÓSIO. Ainda não iniciado nos mistérios de Cristo, sofreu um naufrágio, mas não temeu a morte; contudo, salvo das ondas, não querendo acabar esta vida sem ter recebido os sacramentos da fé, aderiu à Igreja de Deus; fortaleceu-se então a íntima e mútua fraternidade com seu irmão AMBRÓSIO pelo qual foi sepultado junto ao mártir São VÍTOR. (377)
LAMBERTO DE MAASTRICHT, Santo
Em Liège, na Austrásia, hoje Bélgica, a paixão de São LAMBERTO bispo de Maastricht e mártir, que mandado para o exílio, foi acolhido no mosteiro de Stavelot; regressando depois à sua sede, exerceu egregiamente o seu ministério pastoral, até ao momento em que foi morto inocente por ímpios inimigos. (705)
RODINGO DE BEAULIEU, Santo
Na floresta de Argonne, junto ao rio Mosa, Austrásia, hoje França São RODINGO abade que fundou e piedosamente dirigiu o mosteiro de Beaulieu. (séc. VIII)
COLOMBA DE CÓRDOVA, Santa
Em Córdova, na Andaluzia, Espanha, Santa COLOMBA virgem e mártir que, durante a perseguição dos Mouros, se apresentou espontaneamente para dar testemunho da sua fé perante o juiz e o conselho dos sátrapas e foi imediatamente degolada junto às portas do palácio. (853)
REINALDO ou REGINALDO DE MELINAIS, Santo
Em Melinais, território de Angers, França, São REINALDO ou REGINALDO eremita que se retirou na floresta de Craon para cumprir mais perfeitamente os mandamentos do Senhor. (1104)
No mosteiro de Rupertsberg, em Bingen, no estado de Hesse, Alemanha, Santa HILDEGARDA virgem célebre pela sua sabedoria nas ciências naturais , na medicina e na arte musical, bem como na contemplação mística, sobre a qual escreveu alguns livros. (1179)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Santa HILDEGARDA DE BINGEN é uma monja beneditina que ficou célebre devido às suas visões, palavras e escritos. Chamaram-lhe SIBILA e PROFETISA DO RENO. O seu prestigio foi o máximo e ela continua a ser glória beneditina e germânica.
Nasceu em 1098, pouco depois de São BERNARDO ter visto a luz em França. A questão do sacerdócio e do império continuava, complicava-se. Em 1157, a maior parte do episcopado alemão aderia a Frederico contra o papa ADRIANO IV. Em 1159 a Renânia começou a estar pelo imperador contra o PAPA ALEXANDRE III. As potentes vozes inspiradas de ISABEL DE SHOENAU e da nossa Santa falaram neste sentido ou mantiveram-se neutrais.
«O que há de fraco no mundo, foi o que Deus escolheu para confundir a força» (! Cor 1, 27). HILDEGARDA foi, toda a vida, bastante doente - talvez histérica, mas sem perturbações profundas. As suas visões não eram alucinações; e convém interpretá-las segundo o estado psíquico da vidente.
Ainda muito jovem, via coisas que ninguém mais via. Aos cinco anos, dizia à governanta: «Olha para o lindo vitelinho que está nesta vaca», e descrevia-o. Pouco depois nascia o vitelo, perfeitamente igual à descrição da menina.
Chegando aos oito anos, HILDEGARDA foi confiada è reclusa JUTTA. Aprendeu a ler e a escrever, e depois desenvolveu estes germes assimilando um pouco de latim e noções de medicina e história natural. Familiarizou-se com os e textos litúrgicos, que são uma Bíblia escolhida e assimilada, e com a Regra de São BENTO. O seu grande mestre era o Espírito Santo, e na sua luz encontrava ela a luz (cf. Slm 35, 10). Aos quinze anos recebeu o véu de monja e, depois da morte de JUTTA, por 1136, foi colocada à frente da comunidade. Por ordem do céu e animada pelo meio que a rodeava , HILDEGARDA começou a redigir as suas misteriosas visões. O primeiro secretário foi o monge VOLMAR. Bastante mais novo que «a sua dulcíssima mãe e santíssima mestra», ele era o seu iniciado, e ela chamava-lhe o «seu único e caríssimo filho». Teve também colaboradores entre os religiosos. Dois monges, a quem recorreu, escreveram-lhe depois a vida. Outro tinha a mania de revestir de belo estilo o que ela lhe comunicava; mas a Santa exigia que a sua inspiração fosse respeitada; e ele em geral obedeciam, melhorando apenas o latim e a construção.
Assim ajudada, entre 1141 e 1151 escreveu a sua grande obra, o Scivias (Conhece os caminhos do Senhor). É uma espécie de Apocalipse, sobretudo dogmático e um pouco moral. No Liber vitae meritorum ou «Livro dos Méritos», os grandes dados da moral cristã do século XII são oferecidos por baixo duma rica imaginária simbólica.
A terceira obra da colossal trilogia heldegardina é o Liber divinorum operum ou «Livro das obras divinas», de ordem sobretudo cientifica. Conserva-se um manuscrito de Scivias, ao que parece do tempo da Santa; apresenta ilustrações de tal precisão e originalidade, que a vidente terá concerteza guiado o artista. Entre as fontes literárias, deixam-se entrever: Hermas, os apócrifos clementinos, Isidoro, Beda, Raban Mauro e Ambrósio Autpert, ao lado da Bíblia e dos grandes nomes dos Santos Padres.
A alegoria, apreciadíssima no século XII, e mesmo já muito patrística, é usadíssima, como igualmente a astrologia, então em voga. Mas como conciliar esta muito real cultura com as profissões de ignorância e de nulidade absoluta, que HILDEGARDA multiplica? A explicação está sem dúvida em que a vidente, esmagada pela sua missão profética, reconhece plenamente o seu nada e a acção exclusiva de Deus sobre ela, e como JEREMIAS gaguejava: «Ah! Senhor Javé, não sei falar, porque sou ainda criança!» (I, 6)
Além desta abundante trilogia, HILDEGARDA compôs diversas obras de menor importância, sobre assuntos vários, como o tratado de medicina onde encontramos uma receita contra a queda do cabelo: untar o crânio com uma mistura de gordura de urso e farinha de trigo, conservando muito tempo a aplicação. Devemos também à Santa duas vidas, a de São DISIBODE e de São RUPERTO; cânticos, uma espécie de drama musical em que figuram as virtudes, os profetas, a alma e Satanás. Certas melodias são ousadas. A Santa escrevia para vozes mistas, cantando cada um o correspondente à sua gama. HILDEGARDA utilizou também uma língua que é desconhecida modernamente.
A sua correspondência estende-se a umas 300 cartas, ao papa, imperadores, príncipes, prelados, abades (entre os quais São BERNARDO) e abadessas. Os seus conselhos são simples e desabridos: a religiosas pede que não sejam dançarinas!
As obscuras visões e profecias da Santa não foram aprovadas oficialmente pela Igreja. O papa EUGÉNIO III, em 1147, disse unicamente que elas nada tinham contra a doutrina. Afirmou-se ter ela predito o protestantismo; talvez, mas em termos bastante imprecisos.
Pelo ano de 1147, HILDEGARDA teve de presidir a uma mudança das suas filhas duma região fértil para um deserto: Rupertsberg. Julgou-se que Deus assim queria. Mas Rupertsberg, por 1177, veio a cair sob interdito, e a velha abadessa teve de ir defender a sua causa em Mogúncia: autorizava o enterro, na sua igreja, dum homem ferido de censura eclesiástica, talvez por ele ter defendido o papa ALEXANDRE III.
Esta monja enfermiça não recuou diante da fadiga, quando se tratava do bem das almas. Esteve na Lorena e nas regiões de Colónia, Tréviros, Vurtzburgo e Bamberga. Acontecia a esta tímida «publicar os seus oráculos» diante de «pastores, doutores e muitas outras pessoas ilustradas». mas a sua finalidade principal era a visita dos claustros.
Morreu octogenária, a 17 de Setembro de 1179. Um inquérito sobre as virtudes e os milagres, ordenado por GREGÓRIO IX, foi feito em 1233 por três clérigos moguntinos, mas não chegou a bom termo. Houve todavia um culto de Santa HILDEGARDA a partir do século XIII. E em 1324 veio uma carta colectiva conceder indulgências a quem visitasse o seu túmulo em Bingen.
ALBERTO DE JERUSALÉM, Beato
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu em Gualtieri, Itália em 1140 e morreu em São João de Acre, em 1214. Quando se desfez o reino franco de Jerusalém (1187) refugiaram-se 60 000 cristãos em São JOÃO DE ACRE que, devido aos cavaleiros que tinham o seu nome, resistiu até 1292 aos Sarracenos. Em 1205, INOCÊNCIO III enviara para lá um dos seus melhores diplomatas, como bispo. Mal informado, o papa iludia-se julgando que persuadiria o Sultão do Egipto a restituir a Cidade santa aos cristãos. E o bispo de Jerusalém, ALBERTO não realizou o que se propunha. teve fim trágico: foi apunhalado dentro da Igreja por uma cavaleiro de São João, a quem se vira obrigado a tirar o cargo. Os carmelitas e as carmelitas consideram o Beato ALBERTO como próprio legislador. Tinha estudado o género de vida que levavam os eremitas do monte Carmelo. Com esses elementos fez uma regra, que foi aprovada em Roma, em 1128, depois da sua morte; esta regra continua a figurar no principio das instituições carmelitas.
Em Avigliana, Turim, Itália, o Beato QUERUBIM TESTA presbitero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, devotíssimo da paixão do Senhor. (1479)
PEDRO DE ARBUÉS, Santo
Em Saragoça, Aragão, Espanha, São PEDRO DE ARBUÉS presbitero e mártir dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que combateu as superstições e heresias no reino de Aragão e foi morto por alguns inquiridos diante do altar da igreja catedral. (1485)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
PEDRO DE ARBUÉS nasceu pelo ano de 1440, em Epila, perto de Saragoça. Seus pais eram bons cristãos e nobres: aprendeu, em casa, as primeiras noções, depois estudou em Huesca. Como se distinguia, foi mandado aperfeiçoar-se em Bolonha, o grande centro universitário de Itália, onde o Cardeal Gil Albérnez fundara, em 1365, um colégio de Espanha para 24 estudantes do seu país.
Uma vez doutorado em teologia e em direito, Saragoça reclamou esta jovem glória e assenhoreou-se dela definitivamente, como cónego regular de Santo Agostinho na igreja metropolitana. É preciso ver Saragoça interpretada por Velásquez no seu quadro do Prado, em Madrid: capital briosa e áspera, que parece entrincheirada e longinquá por trás do seu rio, como se fosse para se manter isolada no seu nobre sonho, longe das personagens do primeiro plano, à frente do espectador. Saragoça é um dos lugares santos de Espanha, com a sua Seo e o seu Pilar, a sua fé, e o seu célebre santuário de Nossa Senhora. PEDRO fez profissão solene entre os cónegos em 1476. O seu zelo sacerdotal pelas almas tinha muitas formas: confessava, pregava e ensinava. Ao mesmo tempo, observante, cuidadoso de viver segundo a Sagrada Escritura e cheio de desprezo pelo que é temporal e vil.
FERNANDO, o Católico (1479-1516) esse rei que tanto fez para libertar a Espanha das forças antinacionais e anticristãs, insistiu demoradamente junto dos papas SISTO V (1471-1484) e INOCÊNCIO VIII (1484-1492) para estabelecer em Espanha a Inquisição . Obteve-o em 1480 e o primeiro inquisidor da fé para Aragão foi, em 1484, PEDRO DE ARBUÉS. Não tardou que PEDRO se tornasse odioso a alguns Judeus. Só por causa da sua integridade, do seu zelo? Ou mostrou-se duro e cruel? Nenhum documento afirma que ele tenha pronunciado uma sentença de morte ou de tortura. talvez tenham desaparecido esses documentos acusadores. mas afinal o caso de um inquisidor honesto, morto vítima do dever, é assim tão impossivel?
Formou-se uma conspiração contra ele. Acautelaram-no para que tivesse cuidado. respondeu que, de mau padre que ele era, teria muito gosto em fazer um bom mártir. E uma noite, quando ia para o coro cantar matinas, ajoelhou-se ao passar diante do altar-mor; foi então esganado por alguns Judeus. Estava-se no principio do ofício: o cântico do salmo 94, «invitatório», ia terminar com a ideia terrível da misericórdias divina desgostada por causa da dureza do povo de coração rijo, do povo hebraico. Os cónegos correram para ele: era demasiado tarde, PEDRO jazia sobre as lajes ensanguentadas. «Louvado seja Jesus Cristo, disse ele, morro pela sua santa fé». Tinha no pescoço uma ferida mortal. levaram-no para casa entre lágrimas. Sobreviveu por dois dias; pedia pelos seus inimigos, consolava os amigos e lçuvava a Deus. Morreu a 17 de Setembro de 1485.
Sem dúvida, o ofício de inquisidor era perigoso. PEDRO não foi o primeiro a morrer assassinado.
PEDRO foi enterrado onde tinha caído. É evidente, para reconciliar a igreja manchada pelo crime, tinha-se lavado cuidadosamente o sangue. Mas, diante da multidão, ele reapareceu nas lajes, no sítio do martírio; foi possível embeber com ele vários panos. Este prodígio contribuiu notavelmente para engrandecer o morto na estima dos fiéis.
O papa INOCÊNCIO X, em 1652, reconheceu o culto que era prestado ao «mestre de Epila». ALEXANDRE VII beatificou-o em 1664. E, por último, PIO IX canonizou-o em 1867. Com BENTO XIV entrou ele na edição do martirológio romano em, 1748.
São PEDRO DE ARBUÉS foi também bastante venerado em Portugal.
MANUEL HGUYEN VAN TRIEU, Santo
Em Hué, no Anam, hoje Vietname, São MANUEL HGUYEN VAN TRIEU presbitero e mártir no reinado de Canh Thin. (1798)
FRANCISCO MARIA DE CAMPOROSSO, Santo
Em Génova, Ligúria, Itália, São FRANCISCO MARIA DE CAMPOROSSO religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos insigne pela sua caridade para com os pobres que, durante a epidemia da peste, contraiu ele próprio a enfermidade, oferecendo-se como vítima pela salvação do próximo. (1866)
SEGISMUNDO FÉLIX FELINSKI, Santo
Em Cracóvia, na Polónia, São SEGISMUNDO FÉLIX FELINSKI bispo de Varsóvia que, superando muitas e graves tribulações, trabalhou energicamente pela liberdade e restauração da Igreja e, para acudir a todas as necessidades do povo, fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas da Família de Maria. (1895)
JOÃO VENTURA SOLSONA, Beato
Em Castillo de Villamalefa, Castellón, Espanha, JOÃO VENTURA SOLSONA, presbitero e mártir que durante a perseguição religiosa pela sua invencível constância na fé passou à glória celeste. (1936)
TIMÓTEO VALERO PÉREZ, Beato
Em Madrid, Espanha, o Beato TIMÓTEO VALERO PÉREZ, presbitero da Congregação dos Twerciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores e mártir, que na mesma perseguição, alcançou a vitória no glorioso combate por Cristo. (1936)
ESTANISLAU DE JESUS E MARIA (João Papczinski) presbitero e fundador dos Clérigos Marianos da Imaculada Conceição da Virgem Maria. (1701), Santo
Em Gora Kalwária, na Polónia, o Beato ESTANISLAU DE JESUS E MARIA (João Papczinski) presbitero e fundador dos Clérigos Marianos da Imaculada Conceição da Virgem Maria. (1701)
SEGISMUNDO SAJNA, Beato
Na floresta de Palmiry, Varsóvia, Polónia, o Beato SEGISMUNDO SAJNA presbitero e mártir que, durante a guerra morreu fuzilado por se recusar inquebrantavelmente a abjurar a fé perante um regime invasor e hostil a Deus. (1940)
ÁLVARO SANTOS CEJUDO, Beato
Em Alcácer de San Juan, Ciudad Real, Espanha, o beato ÁLVARO SANTOS CEJUDO mártir. (1936)
ANTÓNIO MORELL, Beato
Originario di Tolosa (Francia), il Beato Antonio Moreli era professore e decano dell'Università tolosana esperto nelle lingue: latina, greca, ebraica e nelle altre lingue orientali.XXII° Maestro Generale dell'Ordine Mercedario, rimase in carica per 12 anni, fu eletto il 25 febbraio 1480, durante il suo generalato l'Ordine conseguì un grande impulso in Francia. Nel 1482, i due redentori, Santi Giovanni Zorrosa e Giovanni Huete inviati da lui a Granada in Spagna, furono catturati e martirizzati dai mori.Impareggiabile e famoso per i meriti, morì santamente il 15 giugno 1492, il suo corpo fu sepolto nel suo convento di Santa Maria in Tolosa.
L'Ordine lo festeggia il 17 settembre.
FRANCISCO DE ASSIS
Impressione delle Stimate
Il Martirologio Romano al 17 settembre rievoca: “Sul monte della Verna, in Toscana, la commemorazione dell'Impressione delle sacre Stimmate, che, per meravigliosa grazia di Dio, furono impresse nelle mani, nei piedi e nel costato di san Francesco, Fondatore dell'Ordine dei Minori”.
Poche e sintetiche parole per descrivere un evento straordinario, e mai sino ad allora verificatosi, che si compì sul monte della Verna, mentre un’estate della prima metà del ‘200 volgeva al termine, e che schiere innumerevoli di santi, uomini e donne di Dio, ripeterono nella loro vita.
Anche numerosi artisti si ispirarono a quel primo episodio, immortalandolo in tele ed affreschi. Basti solo ricordare qui, tra i più famosi, quelli di Giotto nella Basilica superiore del Poverello in Assisi.
Poche parole quelle del Martirologio, dunque. Maggiori dettagli li forniscono i primi biografi del Santo. In special modo, S. Bonaventura da Bagnoregio che, nella sua “Legenda Major”, non manca di riferirne con dovizia anche i particolari.
Correva l’anno 1224. S. Francesco d’Assisi, due anni prima di morire, voleva trascorrere nel silenzio e nella solitudine quaranta giorni di digiuno in onore dell'arcangelo S. Michele. Era, del resto, abitudine del Santo d’Assisi ritirarsi, come Gesù, in luoghi solitari e romitori per attendere alla meditazione ed all’unione intima con il Signore nella preghiera. Sapeva, infatti, che ogni apostolato era sterile se non sostenuto da una crescita spirituale della propria vita interiore. Molti luoghi dell’Umbria, della Toscana e del Lazio vantano di aver ospitato il Poverello d’Assisi in questi suoi frequenti ritiri.
La Verna era uno di questi e certamente era quello che il Santo prediligeva. Già all’epoca di Francesco era un monte selvaggio – un “crudo sasso” come direbbe Dante Alighieri – che s’innalza verso il cielo nella valle del Casentino. La sommità del monte è tagliata per buona parte da una roccia a strapiombo, tanto da farla assomigliare ad una fortezza inaccessibile. La leggenda vuole che la fenditura profonda visibile, con enormi blocchi sospesi, si sia generata a seguito del terremoto che succedette alla morte di Gesù sul Golgota.
Esso era proprietà del conte Orlando da Chiusi di Casentino, il quale, nutrendo una grande venerazione per Francesco, volle donarglielo. Qui i frati del Poverello vi costruirono una piccola capanna.
In quello luogo Francesco era intento a meditare, per divina ispirazione, sulla Passione di Gesù quando avvenne l’evento prodigioso. Pregava così: “O Signore mio Gesù Cristo, due grazie ti priego che tu mi faccia, innanzi che io muoia: la prima, che in vita mia io senta nell’anima e nel corpo mio, quanto è possibile, quel dolore che tu, dolce Gesù, sostenesti nella ora della tua acerbissima passione, la seconda si è ch' io senta nel cuore mio, quanto è possibile, quello eccessivo amore del quale tu, Figliuolo di Dio, eri acceso a sostenere volentieri tanta passione per noi peccatori”.
La sua preghiera non rimase inascoltata. Fu fatto degno, infatti, di ricevere sul proprio corpo i segni visibili della Passione di Cristo. Il prodigio avvenne in maniera così mirabile che i pastori e gli abitanti dei dintorni riferirono ai frati di aver visto per circa un’ora il monte della Verna incendiato di un vivo fulgore, tanto da temere un incendio o che si fosse levato il sole prima del solito.
Scriveva S. Bonaventura da Bagnoregio: “Un mattino, all'appressarsi della festa dell'Esaltazione della santa Croce, mentre pregava sul fianco del monte, vide la figura come di un serafino, con sei ali tanto luminose quanto infocate, discendere dalla sublimità dei cieli: esso, con rapidissimo volo, tenendosi librato nell'aria, giunse vicino all'uomo di Dio, e allora apparve tra le sue ali l'effige di un uomo crocifisso, che aveva mani e piedi stesi e confitti sulla croce. Due ali si alzavano sopra il suo capo, due si stendevano a volare e due velavano tutto il corpo. A quella vista si stupì fortemente, mentre gioia e tristezza gli inondavano il cuore. Provava letizia per l'atteggiamento gentile, con il quale si vedeva guardato da Cristo, sotto la figura del serafino. Ma il vederlo confitto in croce gli trapassava l'anima con la spada dolorosa della compassione. Fissava, pieno di stupore, quella visione così misteriosa, conscio che l'infermità della passione non poteva assolutamente coesistere con la natura spirituale e immortale del serafino. Ma da qui comprese, finalmente, per divina rivelazione, lo scopo per cui la divina provvidenza aveva mostrato al suo sguardo quella visione, cioè quello di fargli conoscere anticipatamente che lui, l’amico di Cristo, stava per essere trasformato tutto nel ritratto visibile di Cristo Gesù crocifisso, non mediante il martirio della carne, ma mediante l'incendio dello spirito” (Leg. Maj., I, 13, 3).
Fu Gesù stesso, nella sua apparizione, a chiarire a Francesco il senso di tale prodigio: “Sai tu … quello ch' io t’ho fatto? Io t’ho donato le Stimmate che sono i segnali della mia passione, acciò che tu sia il mio gonfaloniere. E siccome io il dì della morte mia discesi al limbo, e tutte l’anime ch' io vi trovai ne trassi in virtù di queste mie Istimate; e così a te concedo ch' ogni anno, il dì della morte tua, tu vadi al purgatorio, e tutte l’anime de’ tuoi tre Ordini, cioè Minori, Suore e Continenti, ed eziandio degli altri i quali saranno istati a te molto divoti, i quali tu vi troverai, tu ne tragga in virtù delle tue Istimate e menile alla gloria di paradiso, acciò che tu sia a me conforme nella morte, come tu se’ nella vita” (“Delle Sacre Sante Istimate di Santo Francesco e delle loro considerazioni”, III considerazione).
Continuava ancora S. Bonaventura che, scomparendo, la visione lasciò nel cuore del Santo “un ardore mirabile e segni altrettanto meravigliosi lasciò impressi nella sua carne. Subito, infatti, nelle sue mani e nei suoi piedi, incominciarono ad apparire segni di chiodi, come quelli che poco prima aveva osservato nell'immagine dell'uomo crocifisso. Le mani e i piedi, proprio al centro, si vedevano confitte ai chiodi; le capocchie dei chiodi sporgevano nella parte interna delle mani e nella parte superiore dei piedi, mentre le punte sporgevano dalla parte opposta. Le capocchie nelle mani e nei piedi erano rotonde e nere; le punte, invece, erano allungate, piegate all'indietro e come ribattute, ed uscivano dalla carne stessa, sporgendo sul resto della carne. Il fianco destro era come trapassato da una lancia e coperto da una cicatrice rossa, che spesso emanava sacro sangue, imbevendo la tonaca e le mutande” (Leg. Maj., I, 13, 3).
A proposito ancora dei segni della Passione, il primo biografo del Santo, l’abruzzese Tommaso da Celano, nella sua “Vita Prima di S. Francesco d’Assisi”, sosteneva che “era meraviglioso scorgere al centro delle mani e dei piedi (del Poverello d’Assisi), non i fori dei chiodi, ma i chiodi medesimi formati di carne dal color del ferro e il costato imporporato dal sangue. E quelle stimmate di martirio non incutevano timore a nessuno, bensì conferivano decoro e ornamento, come pietruzze nere in un pavimento candido” (II, 113).
Nonostante le ampie descrizioni e resoconti ed il fatto che vi fossero numerosi testimoni oculari delle stigmate, non può tacersi la circostanza che la bolla di canonizzazione di S. Francesco del 19 luglio 1228 “Mira circa nos”, risalente ad appena due anni dopo la morte del Santo, non ne faccia alcun cenno.
Non mancarono in verità, già da parte di alcuni contemporanei, contestazioni ed opposizioni, ritenendo quei segni impressi nelle carni del Patrono d’Italia frutto di una frode.
Lo stesso Gregorio IX, prima di procedere alla canonizzazione di Francesco, pare nutrisse dei dubbi riguardo a quel fatto prodigioso. E’ sempre S. Bonaventura, nel capitolo della sua “Legenda Major” dedicato alla “Potenza miracolosa della Stimmate” del Poverello, a parlarne.
Scriveva che “Papa Gregorio IX, di felice memoria, al quale il Santo aveva profetizzato l’elezione alla cattedra di Pietro, nutriva in cuore, prima di canonizzare l’alfiere della croce (cioè S. Francesco), dei dubbi sulla ferita del costato. Ebbene, una notte, come lo stesso glorioso presule raccontava tra le lacrime, gli apparve in sogno il beato Francesco che, con volto piuttosto severo, lo rimproverò per quelle esitazioni e, alzando bene il braccio destro, scoprì la ferita e gli chiese una fiala, per raccogliere il sangue zampillante che fluiva dal costato. Il sommo Pontefice, in visione, porse la fiala richiesta e la vide riempirsi fino all'orlo di sangue vivo. Da allora egli si infiammò di grandissima devozione e ferventissimo zelo per quel sacro miracolo, al punto da non riuscire a sopportare che qualcuno osasse, nella sua superbia e presunzione, misconoscere la realtà dei quei segni fulgentissimi, senza rimproverarlo duramente” (Leg. Maj., II, 1, 2).
Tale episodio fu magistralmente rievocato da Giotto negli affreschi della Basilica superiore del Santo in Assisi.
La Chiesa, comunque, dopo maturo giudizio, con ben nove bolle pontificie (di Gregorio IX, di Alessandro IV e di Niccolò III), susseguitesi tra il 1237 ed il 1291, difese la realtà delle stigmate di Francesco, senza peraltro esprimere un’interpretazione definitiva del fenomeno, la cui genesi è soprannaturale e deriva dall’Amore.
Non a caso un dottore della Chiesa, S. Francesco di Sales, nel suo “Trattato dell'amor di Dio” del 1616, metteva in relazione le stigmate del Santo d'Assisi con l'amore di compassione verso il Cristo crocifisso, affermando che quest’ultimo trasformò l’anima del Poverello in un “secondo crocifisso”. S. Giovanni della Croce aggiungeva che le stigmate sono la manifestazione, la conseguenza della ferita d'amore e che per renderle visibili occorresse un intervento soprannaturale.
La Chiesa riconobbe la straordinarietà del fenomeno verificatosi nel 1224, inteso quale segno privilegiato concesso da Cristo al suo umile servo di Assisi, anche da un punto di vista liturgico, inserendo la ricorrenza nel calendario. Papa Benedetto XI Boccasini da Treviso, infatti, concesse all’Ordine Francescano ed all’intero Orbe cattolico di celebrarne annualmente il ricordo il 17 settembre.
Bispo e Doutor da Igreja (1542-1621)
São ROBERTO BELARMINO bispo e doutor da Igreja, da Companhia de Jesus, que debateu excelentemente as controvérsias teológicas do seu tempo com acuidade e competência; nomeado cardeal, consagrou-se com grande zelo ao ministério pastoral, na Diocese de Cápua, na Itália, e finalmente dedicou-se em Roma a muitos trabalhos pela defesa da Sé Apostólica e da doutrina da fé. (1621)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga;
São ROBERTO BELARMINO tem um sentido de simplicidade e naturalidade que dão encanto singular à sua figura. Adaptava-se espontaneamente às ocupações mais variadas e às situações mais diversas. Foi pregador, escritor, controversista, súbdito e superior, consultor das principais Congregações Romanas, Bispo e Cardeal. Entregou-se a cada uma destas ocupações, como se cada uma fosse a sua especialidade. O tempo não era para ele, era para os outros, para a Igreja e para a Companhia de Jesus.
Em todos os campos foi sempre simples. Ensinou muito, mas foi mais que professor, foi mestre. Governou muitos anos, mas acima do ofício de superior descobriu-se nele a faceta de pai. Escreveu livros científicos, como as Controvérsias e a Explanação dos Salmos, mas sempre com um carácter eminentemente pastoral. E soube explicar no Catecismo as grandes verdades teológicas, pondo-as ao alcance do povo.
Dotado duma simplicidade e bondade inatas, compenetrou-se como poucos dos problemas dos homens. Ao mesmo tempo, tinha uma vida de união íntima e efectiva com Deus. As suas seis obras espirituais, principalmente Da Ascensão da mente para Deus, escritas durante os Exercicios, e que estabelecem a quinta-essência da sua espiritualidade, são constante colóquio com o Senhor. Viveu nessa clara zona sobrenatural; nela descobria Deus nos homens e os homens em Deus. Por isso é que ele pôde ser o grande confidente de Deus e dos homens.
Vê-se isto, de modo especial, nos três anos em que foi Arcebispo de Cápua; durante eles pôde dedicar-se mais em cheio ao ministério pastoral. Via-se constantemente com os sacerdotes e com os pobres. Repartir tudo quanto tinha entre os mais necessitados. Rezava com o seu clero na Catedral, ensinava pessoalmente o catecismo, visitava as povoações, atendia a cada um dos que o procuravam. Não admira que, referindo-se a este período de Cápua, se atrevesse a escrever, sem ofensa para a sua conatural simplicidade: «Era amado do povo ao qual ele também amava. Os ministros do rei nunca lhe ocasionaram a mais leve moléstia. Veneraram-no sempre pela persuasão que tinham de que era servo de Deus».
Transparecia do íntimo do seu ser o amor de Deus que o invadia, mas não se deixou seduzir pelo encanto do amor. Com o seu grande realismo percebeu os perigos do momento. Juntou o amor com o santo temor, não «um temor servil , mas um temor puro e filial como convém aos santos e perfeitos.Um temor que inclui a perfeita caridade, pois aquele que ama com muita veemência, tem medo de ofender o seu Amado»
(...) (...) (...)
ROBERTO BELARMINO nasceu em Montepulciano, Itália, em 1542. Morreu em Roma, a 17 de Setembro de 1621. Foi canonizado por PIO XI a 29 de Junho de 1920. No ano seguinte, foi declarado pelo mesmo papa Doutor da Igreja Universal.
CHAGAS DE SÃO FRANCISCO
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga;
No ano de 1224 renunciou São FRANCISCO o generalato nas mãos do bem-aventurado São PEDRO; e retirou-se ao monte Alverne para passar ali a sua quaresma em honra de São MIGUEL para se entregar à solidão e ao jejum por espaço de quarenta dias, desde a Assunção da Virgem até ao último dia de Setembro.
Retirado pois São FRANCISCO ao referido monte, e achando-se um dia no mais fervoroso da sua oração, sentiu forte inspiração de abrir o livro do Evangelho, persuadido que havia de encontrar nele o que Deus queria que fizesse. Prosseguiu um instante mais em sua oração e, tomando depois o livro do altar, mandou a Frei LEÃO que o abrisse. Era Frei LEÃO o único companheiro que tinha levado consigo. Abriu-o por três vezes, e em todas saiu a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, por onde entendeu São FRANCISCO que o que Deus queria que cada dia se fizesse mais semelhante a Cristo crucificado, aumentando o rigor da mortificação e da penitência.
Uma manhã, pela festa da Exaltação da Santa Cruz , achando-se em oração, sentiu-se tão abrasado em incêndios do amor divino, e tão inflamado em desejos de ser semelhante a Cristo Crucificado, que lhe não pareciam, bastantes para o satisfazer todas as penitências do mundo, nem o próprio martírio, quando de repente viu baixar do mais alto do céu um serafim, que em rapidíssimo voo vinha como que a precipitar-se sobre ele . Tinha seis asas resplandecentes: duas erguiam-se sobre a sua cabeça, duas estendidas para o voo, e com as duas restantes cobria todo o corpo. Mas o mais admirável era o que o serafim parecia estar crucificado, tendo os pés e as mãos cravados numa cruz.
Poderemos imaginar quanta seria a admiração e o pasmo, que afectos de amor, de gozo e de compunção excitaria no coração do santo a vista daquele prodígio. Compreendeu então, diz São BOAVENTURA, que a sua transformação na imagem de Cristo crucificado não havia de ser pelo martírio corporal, mas pela inflamação do espírito e pelos incêndios do divino amor. Durou algum tempo a visão; tendo desaparecido, deixou em seu coração um sentimento maravilhoso e, ao mesmo tempo, outro mais portentoso em seu corpo, porque imediatamente se começaram a manifestar em suas mãos e em seus pés os sinais dos cravos, como os havia visto no serafim, crucificado; isto é, as mãos e os pés pareciam ter sido cravados ao centro, descobrindo-se a cabeça dos cravos no interior das suas mãos e no exterior, e em cima dos pés, e as pontas rebatidas para a parte oposta. No lado direito aparecia uma cicatriz vermelha, como ferida de lança, saindo dela algumas vezes tanta cópia de sangue que lhe ensopava a túnica e roupas interiores. E estes são os estigmas ou as cicatrizes que desde então se começaram a chamar chagas.
Achou-se em grande aflição o humilde santo, vendo que não era possível ocultar por largo tempo estes visíveis e maravilhosos sinais da particular bondade do Senhor.
Acabados os quarenta dias, desceu do monte como o outro MOISÉS inflamado o rosto; e por maior cuidado que empregasse para ocultar a todos, ainda àqueles filhos mais queridos e seus familiares, os permanentes sinais de tão insigne favor, cuidou o Senhor de os manifestar por vários milagres.
SÁTIRO DE MILÃO, Santo
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga;
São ROBERTO BELARMINO tem um sentido de simplicidade e naturalidade que dão encanto singular à sua figura. Adaptava-se espontaneamente às ocupações mais variadas e às situações mais diversas. Foi pregador, escritor, controversista, súbdito e superior, consultor das principais Congregações Romanas, Bispo e Cardeal. Entregou-se a cada uma destas ocupações, como se cada uma fosse a sua especialidade. O tempo não era para ele, era para os outros, para a Igreja e para a Companhia de Jesus.
Em todos os campos foi sempre simples. Ensinou muito, mas foi mais que professor, foi mestre. Governou muitos anos, mas acima do ofício de superior descobriu-se nele a faceta de pai. Escreveu livros científicos, como as Controvérsias e a Explanação dos Salmos, mas sempre com um carácter eminentemente pastoral. E soube explicar no Catecismo as grandes verdades teológicas, pondo-as ao alcance do povo.
Dotado duma simplicidade e bondade inatas, compenetrou-se como poucos dos problemas dos homens. Ao mesmo tempo, tinha uma vida de união íntima e efectiva com Deus. As suas seis obras espirituais, principalmente Da Ascensão da mente para Deus, escritas durante os Exercicios, e que estabelecem a quinta-essência da sua espiritualidade, são constante colóquio com o Senhor. Viveu nessa clara zona sobrenatural; nela descobria Deus nos homens e os homens em Deus. Por isso é que ele pôde ser o grande confidente de Deus e dos homens.
Vê-se isto, de modo especial, nos três anos em que foi Arcebispo de Cápua; durante eles pôde dedicar-se mais em cheio ao ministério pastoral. Via-se constantemente com os sacerdotes e com os pobres. Repartir tudo quanto tinha entre os mais necessitados. Rezava com o seu clero na Catedral, ensinava pessoalmente o catecismo, visitava as povoações, atendia a cada um dos que o procuravam. Não admira que, referindo-se a este período de Cápua, se atrevesse a escrever, sem ofensa para a sua conatural simplicidade: «Era amado do povo ao qual ele também amava. Os ministros do rei nunca lhe ocasionaram a mais leve moléstia. Veneraram-no sempre pela persuasão que tinham de que era servo de Deus».
Transparecia do íntimo do seu ser o amor de Deus que o invadia, mas não se deixou seduzir pelo encanto do amor. Com o seu grande realismo percebeu os perigos do momento. Juntou o amor com o santo temor, não «um temor servil , mas um temor puro e filial como convém aos santos e perfeitos.Um temor que inclui a perfeita caridade, pois aquele que ama com muita veemência, tem medo de ofender o seu Amado»
(...) (...) (...)
ROBERTO BELARMINO nasceu em Montepulciano, Itália, em 1542. Morreu em Roma, a 17 de Setembro de 1621. Foi canonizado por PIO XI a 29 de Junho de 1920. No ano seguinte, foi declarado pelo mesmo papa Doutor da Igreja Universal.
CHAGAS DE SÃO FRANCISCO
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga;
No ano de 1224 renunciou São FRANCISCO o generalato nas mãos do bem-aventurado São PEDRO; e retirou-se ao monte Alverne para passar ali a sua quaresma em honra de São MIGUEL para se entregar à solidão e ao jejum por espaço de quarenta dias, desde a Assunção da Virgem até ao último dia de Setembro.
Retirado pois São FRANCISCO ao referido monte, e achando-se um dia no mais fervoroso da sua oração, sentiu forte inspiração de abrir o livro do Evangelho, persuadido que havia de encontrar nele o que Deus queria que fizesse. Prosseguiu um instante mais em sua oração e, tomando depois o livro do altar, mandou a Frei LEÃO que o abrisse. Era Frei LEÃO o único companheiro que tinha levado consigo. Abriu-o por três vezes, e em todas saiu a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, por onde entendeu São FRANCISCO que o que Deus queria que cada dia se fizesse mais semelhante a Cristo crucificado, aumentando o rigor da mortificação e da penitência.
Uma manhã, pela festa da Exaltação da Santa Cruz , achando-se em oração, sentiu-se tão abrasado em incêndios do amor divino, e tão inflamado em desejos de ser semelhante a Cristo Crucificado, que lhe não pareciam, bastantes para o satisfazer todas as penitências do mundo, nem o próprio martírio, quando de repente viu baixar do mais alto do céu um serafim, que em rapidíssimo voo vinha como que a precipitar-se sobre ele . Tinha seis asas resplandecentes: duas erguiam-se sobre a sua cabeça, duas estendidas para o voo, e com as duas restantes cobria todo o corpo. Mas o mais admirável era o que o serafim parecia estar crucificado, tendo os pés e as mãos cravados numa cruz.
Poderemos imaginar quanta seria a admiração e o pasmo, que afectos de amor, de gozo e de compunção excitaria no coração do santo a vista daquele prodígio. Compreendeu então, diz São BOAVENTURA, que a sua transformação na imagem de Cristo crucificado não havia de ser pelo martírio corporal, mas pela inflamação do espírito e pelos incêndios do divino amor. Durou algum tempo a visão; tendo desaparecido, deixou em seu coração um sentimento maravilhoso e, ao mesmo tempo, outro mais portentoso em seu corpo, porque imediatamente se começaram a manifestar em suas mãos e em seus pés os sinais dos cravos, como os havia visto no serafim, crucificado; isto é, as mãos e os pés pareciam ter sido cravados ao centro, descobrindo-se a cabeça dos cravos no interior das suas mãos e no exterior, e em cima dos pés, e as pontas rebatidas para a parte oposta. No lado direito aparecia uma cicatriz vermelha, como ferida de lança, saindo dela algumas vezes tanta cópia de sangue que lhe ensopava a túnica e roupas interiores. E estes são os estigmas ou as cicatrizes que desde então se começaram a chamar chagas.
Achou-se em grande aflição o humilde santo, vendo que não era possível ocultar por largo tempo estes visíveis e maravilhosos sinais da particular bondade do Senhor.
Acabados os quarenta dias, desceu do monte como o outro MOISÉS inflamado o rosto; e por maior cuidado que empregasse para ocultar a todos, ainda àqueles filhos mais queridos e seus familiares, os permanentes sinais de tão insigne favor, cuidou o Senhor de os manifestar por vários milagres.
SÁTIRO DE MILÃO, Santo
Em Milão, na Ligúria hoje na Lombardia, Itália, o sepultamento de São SÁTIRO cujos méritos insignes são mencionados pelo seu irmão Santo AMBRÓSIO. Ainda não iniciado nos mistérios de Cristo, sofreu um naufrágio, mas não temeu a morte; contudo, salvo das ondas, não querendo acabar esta vida sem ter recebido os sacramentos da fé, aderiu à Igreja de Deus; fortaleceu-se então a íntima e mútua fraternidade com seu irmão AMBRÓSIO pelo qual foi sepultado junto ao mártir São VÍTOR. (377)
LAMBERTO DE MAASTRICHT, Santo
Em Liège, na Austrásia, hoje Bélgica, a paixão de São LAMBERTO bispo de Maastricht e mártir, que mandado para o exílio, foi acolhido no mosteiro de Stavelot; regressando depois à sua sede, exerceu egregiamente o seu ministério pastoral, até ao momento em que foi morto inocente por ímpios inimigos. (705)
RODINGO DE BEAULIEU, Santo
Na floresta de Argonne, junto ao rio Mosa, Austrásia, hoje França São RODINGO abade que fundou e piedosamente dirigiu o mosteiro de Beaulieu. (séc. VIII)
COLOMBA DE CÓRDOVA, Santa
Em Córdova, na Andaluzia, Espanha, Santa COLOMBA virgem e mártir que, durante a perseguição dos Mouros, se apresentou espontaneamente para dar testemunho da sua fé perante o juiz e o conselho dos sátrapas e foi imediatamente degolada junto às portas do palácio. (853)
REINALDO ou REGINALDO DE MELINAIS, Santo
Em Melinais, território de Angers, França, São REINALDO ou REGINALDO eremita que se retirou na floresta de Craon para cumprir mais perfeitamente os mandamentos do Senhor. (1104)
HILDEGARDA DE BINGEN, Santa
No mosteiro de Rupertsberg, em Bingen, no estado de Hesse, Alemanha, Santa HILDEGARDA virgem célebre pela sua sabedoria nas ciências naturais , na medicina e na arte musical, bem como na contemplação mística, sobre a qual escreveu alguns livros. (1179)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Santa HILDEGARDA DE BINGEN é uma monja beneditina que ficou célebre devido às suas visões, palavras e escritos. Chamaram-lhe SIBILA e PROFETISA DO RENO. O seu prestigio foi o máximo e ela continua a ser glória beneditina e germânica.
Nasceu em 1098, pouco depois de São BERNARDO ter visto a luz em França. A questão do sacerdócio e do império continuava, complicava-se. Em 1157, a maior parte do episcopado alemão aderia a Frederico contra o papa ADRIANO IV. Em 1159 a Renânia começou a estar pelo imperador contra o PAPA ALEXANDRE III. As potentes vozes inspiradas de ISABEL DE SHOENAU e da nossa Santa falaram neste sentido ou mantiveram-se neutrais.
«O que há de fraco no mundo, foi o que Deus escolheu para confundir a força» (! Cor 1, 27). HILDEGARDA foi, toda a vida, bastante doente - talvez histérica, mas sem perturbações profundas. As suas visões não eram alucinações; e convém interpretá-las segundo o estado psíquico da vidente.
Ainda muito jovem, via coisas que ninguém mais via. Aos cinco anos, dizia à governanta: «Olha para o lindo vitelinho que está nesta vaca», e descrevia-o. Pouco depois nascia o vitelo, perfeitamente igual à descrição da menina.
Chegando aos oito anos, HILDEGARDA foi confiada è reclusa JUTTA. Aprendeu a ler e a escrever, e depois desenvolveu estes germes assimilando um pouco de latim e noções de medicina e história natural. Familiarizou-se com os e textos litúrgicos, que são uma Bíblia escolhida e assimilada, e com a Regra de São BENTO. O seu grande mestre era o Espírito Santo, e na sua luz encontrava ela a luz (cf. Slm 35, 10). Aos quinze anos recebeu o véu de monja e, depois da morte de JUTTA, por 1136, foi colocada à frente da comunidade. Por ordem do céu e animada pelo meio que a rodeava , HILDEGARDA começou a redigir as suas misteriosas visões. O primeiro secretário foi o monge VOLMAR. Bastante mais novo que «a sua dulcíssima mãe e santíssima mestra», ele era o seu iniciado, e ela chamava-lhe o «seu único e caríssimo filho». Teve também colaboradores entre os religiosos. Dois monges, a quem recorreu, escreveram-lhe depois a vida. Outro tinha a mania de revestir de belo estilo o que ela lhe comunicava; mas a Santa exigia que a sua inspiração fosse respeitada; e ele em geral obedeciam, melhorando apenas o latim e a construção.
Assim ajudada, entre 1141 e 1151 escreveu a sua grande obra, o Scivias (Conhece os caminhos do Senhor). É uma espécie de Apocalipse, sobretudo dogmático e um pouco moral. No Liber vitae meritorum ou «Livro dos Méritos», os grandes dados da moral cristã do século XII são oferecidos por baixo duma rica imaginária simbólica.
A terceira obra da colossal trilogia heldegardina é o Liber divinorum operum ou «Livro das obras divinas», de ordem sobretudo cientifica. Conserva-se um manuscrito de Scivias, ao que parece do tempo da Santa; apresenta ilustrações de tal precisão e originalidade, que a vidente terá concerteza guiado o artista. Entre as fontes literárias, deixam-se entrever: Hermas, os apócrifos clementinos, Isidoro, Beda, Raban Mauro e Ambrósio Autpert, ao lado da Bíblia e dos grandes nomes dos Santos Padres.
A alegoria, apreciadíssima no século XII, e mesmo já muito patrística, é usadíssima, como igualmente a astrologia, então em voga. Mas como conciliar esta muito real cultura com as profissões de ignorância e de nulidade absoluta, que HILDEGARDA multiplica? A explicação está sem dúvida em que a vidente, esmagada pela sua missão profética, reconhece plenamente o seu nada e a acção exclusiva de Deus sobre ela, e como JEREMIAS gaguejava: «Ah! Senhor Javé, não sei falar, porque sou ainda criança!» (I, 6)
Além desta abundante trilogia, HILDEGARDA compôs diversas obras de menor importância, sobre assuntos vários, como o tratado de medicina onde encontramos uma receita contra a queda do cabelo: untar o crânio com uma mistura de gordura de urso e farinha de trigo, conservando muito tempo a aplicação. Devemos também à Santa duas vidas, a de São DISIBODE e de São RUPERTO; cânticos, uma espécie de drama musical em que figuram as virtudes, os profetas, a alma e Satanás. Certas melodias são ousadas. A Santa escrevia para vozes mistas, cantando cada um o correspondente à sua gama. HILDEGARDA utilizou também uma língua que é desconhecida modernamente.
A sua correspondência estende-se a umas 300 cartas, ao papa, imperadores, príncipes, prelados, abades (entre os quais São BERNARDO) e abadessas. Os seus conselhos são simples e desabridos: a religiosas pede que não sejam dançarinas!
As obscuras visões e profecias da Santa não foram aprovadas oficialmente pela Igreja. O papa EUGÉNIO III, em 1147, disse unicamente que elas nada tinham contra a doutrina. Afirmou-se ter ela predito o protestantismo; talvez, mas em termos bastante imprecisos.
Pelo ano de 1147, HILDEGARDA teve de presidir a uma mudança das suas filhas duma região fértil para um deserto: Rupertsberg. Julgou-se que Deus assim queria. Mas Rupertsberg, por 1177, veio a cair sob interdito, e a velha abadessa teve de ir defender a sua causa em Mogúncia: autorizava o enterro, na sua igreja, dum homem ferido de censura eclesiástica, talvez por ele ter defendido o papa ALEXANDRE III.
Esta monja enfermiça não recuou diante da fadiga, quando se tratava do bem das almas. Esteve na Lorena e nas regiões de Colónia, Tréviros, Vurtzburgo e Bamberga. Acontecia a esta tímida «publicar os seus oráculos» diante de «pastores, doutores e muitas outras pessoas ilustradas». mas a sua finalidade principal era a visita dos claustros.
Morreu octogenária, a 17 de Setembro de 1179. Um inquérito sobre as virtudes e os milagres, ordenado por GREGÓRIO IX, foi feito em 1233 por três clérigos moguntinos, mas não chegou a bom termo. Houve todavia um culto de Santa HILDEGARDA a partir do século XIII. E em 1324 veio uma carta colectiva conceder indulgências a quem visitasse o seu túmulo em Bingen.
ALBERTO DE JERUSALÉM, Beato
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu em Gualtieri, Itália em 1140 e morreu em São João de Acre, em 1214. Quando se desfez o reino franco de Jerusalém (1187) refugiaram-se 60 000 cristãos em São JOÃO DE ACRE que, devido aos cavaleiros que tinham o seu nome, resistiu até 1292 aos Sarracenos. Em 1205, INOCÊNCIO III enviara para lá um dos seus melhores diplomatas, como bispo. Mal informado, o papa iludia-se julgando que persuadiria o Sultão do Egipto a restituir a Cidade santa aos cristãos. E o bispo de Jerusalém, ALBERTO não realizou o que se propunha. teve fim trágico: foi apunhalado dentro da Igreja por uma cavaleiro de São João, a quem se vira obrigado a tirar o cargo. Os carmelitas e as carmelitas consideram o Beato ALBERTO como próprio legislador. Tinha estudado o género de vida que levavam os eremitas do monte Carmelo. Com esses elementos fez uma regra, que foi aprovada em Roma, em 1128, depois da sua morte; esta regra continua a figurar no principio das instituições carmelitas.
QUERUBIM TESTA DE AVIGLIANA, Beato
Em Avigliana, Turim, Itália, o Beato QUERUBIM TESTA presbitero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, devotíssimo da paixão do Senhor. (1479)
PEDRO DE ARBUÉS, Santo
Em Saragoça, Aragão, Espanha, São PEDRO DE ARBUÉS presbitero e mártir dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que combateu as superstições e heresias no reino de Aragão e foi morto por alguns inquiridos diante do altar da igreja catedral. (1485)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
PEDRO DE ARBUÉS nasceu pelo ano de 1440, em Epila, perto de Saragoça. Seus pais eram bons cristãos e nobres: aprendeu, em casa, as primeiras noções, depois estudou em Huesca. Como se distinguia, foi mandado aperfeiçoar-se em Bolonha, o grande centro universitário de Itália, onde o Cardeal Gil Albérnez fundara, em 1365, um colégio de Espanha para 24 estudantes do seu país.
Uma vez doutorado em teologia e em direito, Saragoça reclamou esta jovem glória e assenhoreou-se dela definitivamente, como cónego regular de Santo Agostinho na igreja metropolitana. É preciso ver Saragoça interpretada por Velásquez no seu quadro do Prado, em Madrid: capital briosa e áspera, que parece entrincheirada e longinquá por trás do seu rio, como se fosse para se manter isolada no seu nobre sonho, longe das personagens do primeiro plano, à frente do espectador. Saragoça é um dos lugares santos de Espanha, com a sua Seo e o seu Pilar, a sua fé, e o seu célebre santuário de Nossa Senhora. PEDRO fez profissão solene entre os cónegos em 1476. O seu zelo sacerdotal pelas almas tinha muitas formas: confessava, pregava e ensinava. Ao mesmo tempo, observante, cuidadoso de viver segundo a Sagrada Escritura e cheio de desprezo pelo que é temporal e vil.
FERNANDO, o Católico (1479-1516) esse rei que tanto fez para libertar a Espanha das forças antinacionais e anticristãs, insistiu demoradamente junto dos papas SISTO V (1471-1484) e INOCÊNCIO VIII (1484-1492) para estabelecer em Espanha a Inquisição . Obteve-o em 1480 e o primeiro inquisidor da fé para Aragão foi, em 1484, PEDRO DE ARBUÉS. Não tardou que PEDRO se tornasse odioso a alguns Judeus. Só por causa da sua integridade, do seu zelo? Ou mostrou-se duro e cruel? Nenhum documento afirma que ele tenha pronunciado uma sentença de morte ou de tortura. talvez tenham desaparecido esses documentos acusadores. mas afinal o caso de um inquisidor honesto, morto vítima do dever, é assim tão impossivel?
Formou-se uma conspiração contra ele. Acautelaram-no para que tivesse cuidado. respondeu que, de mau padre que ele era, teria muito gosto em fazer um bom mártir. E uma noite, quando ia para o coro cantar matinas, ajoelhou-se ao passar diante do altar-mor; foi então esganado por alguns Judeus. Estava-se no principio do ofício: o cântico do salmo 94, «invitatório», ia terminar com a ideia terrível da misericórdias divina desgostada por causa da dureza do povo de coração rijo, do povo hebraico. Os cónegos correram para ele: era demasiado tarde, PEDRO jazia sobre as lajes ensanguentadas. «Louvado seja Jesus Cristo, disse ele, morro pela sua santa fé». Tinha no pescoço uma ferida mortal. levaram-no para casa entre lágrimas. Sobreviveu por dois dias; pedia pelos seus inimigos, consolava os amigos e lçuvava a Deus. Morreu a 17 de Setembro de 1485.
Sem dúvida, o ofício de inquisidor era perigoso. PEDRO não foi o primeiro a morrer assassinado.
PEDRO foi enterrado onde tinha caído. É evidente, para reconciliar a igreja manchada pelo crime, tinha-se lavado cuidadosamente o sangue. Mas, diante da multidão, ele reapareceu nas lajes, no sítio do martírio; foi possível embeber com ele vários panos. Este prodígio contribuiu notavelmente para engrandecer o morto na estima dos fiéis.
O papa INOCÊNCIO X, em 1652, reconheceu o culto que era prestado ao «mestre de Epila». ALEXANDRE VII beatificou-o em 1664. E, por último, PIO IX canonizou-o em 1867. Com BENTO XIV entrou ele na edição do martirológio romano em, 1748.
São PEDRO DE ARBUÉS foi também bastante venerado em Portugal.
MANUEL HGUYEN VAN TRIEU, Santo
Em Hué, no Anam, hoje Vietname, São MANUEL HGUYEN VAN TRIEU presbitero e mártir no reinado de Canh Thin. (1798)
FRANCISCO MARIA DE CAMPOROSSO, Santo
Em Génova, Ligúria, Itália, São FRANCISCO MARIA DE CAMPOROSSO religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos insigne pela sua caridade para com os pobres que, durante a epidemia da peste, contraiu ele próprio a enfermidade, oferecendo-se como vítima pela salvação do próximo. (1866)
SEGISMUNDO FÉLIX FELINSKI, Santo
Em Cracóvia, na Polónia, São SEGISMUNDO FÉLIX FELINSKI bispo de Varsóvia que, superando muitas e graves tribulações, trabalhou energicamente pela liberdade e restauração da Igreja e, para acudir a todas as necessidades do povo, fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas da Família de Maria. (1895)
JOÃO VENTURA SOLSONA, Beato
Em Castillo de Villamalefa, Castellón, Espanha, JOÃO VENTURA SOLSONA, presbitero e mártir que durante a perseguição religiosa pela sua invencível constância na fé passou à glória celeste. (1936)
TIMÓTEO VALERO PÉREZ, Beato
Em Madrid, Espanha, o Beato TIMÓTEO VALERO PÉREZ, presbitero da Congregação dos Twerciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores e mártir, que na mesma perseguição, alcançou a vitória no glorioso combate por Cristo. (1936)
ESTANISLAU DE JESUS E MARIA (João Papczinski) presbitero e fundador dos Clérigos Marianos da Imaculada Conceição da Virgem Maria. (1701), Santo
Em Gora Kalwária, na Polónia, o Beato ESTANISLAU DE JESUS E MARIA (João Papczinski) presbitero e fundador dos Clérigos Marianos da Imaculada Conceição da Virgem Maria. (1701)
SEGISMUNDO SAJNA, Beato
Na floresta de Palmiry, Varsóvia, Polónia, o Beato SEGISMUNDO SAJNA presbitero e mártir que, durante a guerra morreu fuzilado por se recusar inquebrantavelmente a abjurar a fé perante um regime invasor e hostil a Deus. (1940)
ÁLVARO SANTOS CEJUDO, Beato
Em Alcácer de San Juan, Ciudad Real, Espanha, o beato ÁLVARO SANTOS CEJUDO mártir. (1936)
... E AINDA ...
ANTÓNIO MORELL, Beato
Originario di Tolosa (Francia), il Beato Antonio Moreli era professore e decano dell'Università tolosana esperto nelle lingue: latina, greca, ebraica e nelle altre lingue orientali.XXII° Maestro Generale dell'Ordine Mercedario, rimase in carica per 12 anni, fu eletto il 25 febbraio 1480, durante il suo generalato l'Ordine conseguì un grande impulso in Francia. Nel 1482, i due redentori, Santi Giovanni Zorrosa e Giovanni Huete inviati da lui a Granada in Spagna, furono catturati e martirizzati dai mori.Impareggiabile e famoso per i meriti, morì santamente il 15 giugno 1492, il suo corpo fu sepolto nel suo convento di Santa Maria in Tolosa.
L'Ordine lo festeggia il 17 settembre.
FRANCISCO DE ASSIS
Impressione delle Stimate
Il Martirologio Romano al 17 settembre rievoca: “Sul monte della Verna, in Toscana, la commemorazione dell'Impressione delle sacre Stimmate, che, per meravigliosa grazia di Dio, furono impresse nelle mani, nei piedi e nel costato di san Francesco, Fondatore dell'Ordine dei Minori”.
Poche e sintetiche parole per descrivere un evento straordinario, e mai sino ad allora verificatosi, che si compì sul monte della Verna, mentre un’estate della prima metà del ‘200 volgeva al termine, e che schiere innumerevoli di santi, uomini e donne di Dio, ripeterono nella loro vita.
Anche numerosi artisti si ispirarono a quel primo episodio, immortalandolo in tele ed affreschi. Basti solo ricordare qui, tra i più famosi, quelli di Giotto nella Basilica superiore del Poverello in Assisi.
Poche parole quelle del Martirologio, dunque. Maggiori dettagli li forniscono i primi biografi del Santo. In special modo, S. Bonaventura da Bagnoregio che, nella sua “Legenda Major”, non manca di riferirne con dovizia anche i particolari.
Correva l’anno 1224. S. Francesco d’Assisi, due anni prima di morire, voleva trascorrere nel silenzio e nella solitudine quaranta giorni di digiuno in onore dell'arcangelo S. Michele. Era, del resto, abitudine del Santo d’Assisi ritirarsi, come Gesù, in luoghi solitari e romitori per attendere alla meditazione ed all’unione intima con il Signore nella preghiera. Sapeva, infatti, che ogni apostolato era sterile se non sostenuto da una crescita spirituale della propria vita interiore. Molti luoghi dell’Umbria, della Toscana e del Lazio vantano di aver ospitato il Poverello d’Assisi in questi suoi frequenti ritiri.
La Verna era uno di questi e certamente era quello che il Santo prediligeva. Già all’epoca di Francesco era un monte selvaggio – un “crudo sasso” come direbbe Dante Alighieri – che s’innalza verso il cielo nella valle del Casentino. La sommità del monte è tagliata per buona parte da una roccia a strapiombo, tanto da farla assomigliare ad una fortezza inaccessibile. La leggenda vuole che la fenditura profonda visibile, con enormi blocchi sospesi, si sia generata a seguito del terremoto che succedette alla morte di Gesù sul Golgota.
Esso era proprietà del conte Orlando da Chiusi di Casentino, il quale, nutrendo una grande venerazione per Francesco, volle donarglielo. Qui i frati del Poverello vi costruirono una piccola capanna.
In quello luogo Francesco era intento a meditare, per divina ispirazione, sulla Passione di Gesù quando avvenne l’evento prodigioso. Pregava così: “O Signore mio Gesù Cristo, due grazie ti priego che tu mi faccia, innanzi che io muoia: la prima, che in vita mia io senta nell’anima e nel corpo mio, quanto è possibile, quel dolore che tu, dolce Gesù, sostenesti nella ora della tua acerbissima passione, la seconda si è ch' io senta nel cuore mio, quanto è possibile, quello eccessivo amore del quale tu, Figliuolo di Dio, eri acceso a sostenere volentieri tanta passione per noi peccatori”.
La sua preghiera non rimase inascoltata. Fu fatto degno, infatti, di ricevere sul proprio corpo i segni visibili della Passione di Cristo. Il prodigio avvenne in maniera così mirabile che i pastori e gli abitanti dei dintorni riferirono ai frati di aver visto per circa un’ora il monte della Verna incendiato di un vivo fulgore, tanto da temere un incendio o che si fosse levato il sole prima del solito.
Scriveva S. Bonaventura da Bagnoregio: “Un mattino, all'appressarsi della festa dell'Esaltazione della santa Croce, mentre pregava sul fianco del monte, vide la figura come di un serafino, con sei ali tanto luminose quanto infocate, discendere dalla sublimità dei cieli: esso, con rapidissimo volo, tenendosi librato nell'aria, giunse vicino all'uomo di Dio, e allora apparve tra le sue ali l'effige di un uomo crocifisso, che aveva mani e piedi stesi e confitti sulla croce. Due ali si alzavano sopra il suo capo, due si stendevano a volare e due velavano tutto il corpo. A quella vista si stupì fortemente, mentre gioia e tristezza gli inondavano il cuore. Provava letizia per l'atteggiamento gentile, con il quale si vedeva guardato da Cristo, sotto la figura del serafino. Ma il vederlo confitto in croce gli trapassava l'anima con la spada dolorosa della compassione. Fissava, pieno di stupore, quella visione così misteriosa, conscio che l'infermità della passione non poteva assolutamente coesistere con la natura spirituale e immortale del serafino. Ma da qui comprese, finalmente, per divina rivelazione, lo scopo per cui la divina provvidenza aveva mostrato al suo sguardo quella visione, cioè quello di fargli conoscere anticipatamente che lui, l’amico di Cristo, stava per essere trasformato tutto nel ritratto visibile di Cristo Gesù crocifisso, non mediante il martirio della carne, ma mediante l'incendio dello spirito” (Leg. Maj., I, 13, 3).
Fu Gesù stesso, nella sua apparizione, a chiarire a Francesco il senso di tale prodigio: “Sai tu … quello ch' io t’ho fatto? Io t’ho donato le Stimmate che sono i segnali della mia passione, acciò che tu sia il mio gonfaloniere. E siccome io il dì della morte mia discesi al limbo, e tutte l’anime ch' io vi trovai ne trassi in virtù di queste mie Istimate; e così a te concedo ch' ogni anno, il dì della morte tua, tu vadi al purgatorio, e tutte l’anime de’ tuoi tre Ordini, cioè Minori, Suore e Continenti, ed eziandio degli altri i quali saranno istati a te molto divoti, i quali tu vi troverai, tu ne tragga in virtù delle tue Istimate e menile alla gloria di paradiso, acciò che tu sia a me conforme nella morte, come tu se’ nella vita” (“Delle Sacre Sante Istimate di Santo Francesco e delle loro considerazioni”, III considerazione).
Continuava ancora S. Bonaventura che, scomparendo, la visione lasciò nel cuore del Santo “un ardore mirabile e segni altrettanto meravigliosi lasciò impressi nella sua carne. Subito, infatti, nelle sue mani e nei suoi piedi, incominciarono ad apparire segni di chiodi, come quelli che poco prima aveva osservato nell'immagine dell'uomo crocifisso. Le mani e i piedi, proprio al centro, si vedevano confitte ai chiodi; le capocchie dei chiodi sporgevano nella parte interna delle mani e nella parte superiore dei piedi, mentre le punte sporgevano dalla parte opposta. Le capocchie nelle mani e nei piedi erano rotonde e nere; le punte, invece, erano allungate, piegate all'indietro e come ribattute, ed uscivano dalla carne stessa, sporgendo sul resto della carne. Il fianco destro era come trapassato da una lancia e coperto da una cicatrice rossa, che spesso emanava sacro sangue, imbevendo la tonaca e le mutande” (Leg. Maj., I, 13, 3).
A proposito ancora dei segni della Passione, il primo biografo del Santo, l’abruzzese Tommaso da Celano, nella sua “Vita Prima di S. Francesco d’Assisi”, sosteneva che “era meraviglioso scorgere al centro delle mani e dei piedi (del Poverello d’Assisi), non i fori dei chiodi, ma i chiodi medesimi formati di carne dal color del ferro e il costato imporporato dal sangue. E quelle stimmate di martirio non incutevano timore a nessuno, bensì conferivano decoro e ornamento, come pietruzze nere in un pavimento candido” (II, 113).
Nonostante le ampie descrizioni e resoconti ed il fatto che vi fossero numerosi testimoni oculari delle stigmate, non può tacersi la circostanza che la bolla di canonizzazione di S. Francesco del 19 luglio 1228 “Mira circa nos”, risalente ad appena due anni dopo la morte del Santo, non ne faccia alcun cenno.
Non mancarono in verità, già da parte di alcuni contemporanei, contestazioni ed opposizioni, ritenendo quei segni impressi nelle carni del Patrono d’Italia frutto di una frode.
Lo stesso Gregorio IX, prima di procedere alla canonizzazione di Francesco, pare nutrisse dei dubbi riguardo a quel fatto prodigioso. E’ sempre S. Bonaventura, nel capitolo della sua “Legenda Major” dedicato alla “Potenza miracolosa della Stimmate” del Poverello, a parlarne.
Scriveva che “Papa Gregorio IX, di felice memoria, al quale il Santo aveva profetizzato l’elezione alla cattedra di Pietro, nutriva in cuore, prima di canonizzare l’alfiere della croce (cioè S. Francesco), dei dubbi sulla ferita del costato. Ebbene, una notte, come lo stesso glorioso presule raccontava tra le lacrime, gli apparve in sogno il beato Francesco che, con volto piuttosto severo, lo rimproverò per quelle esitazioni e, alzando bene il braccio destro, scoprì la ferita e gli chiese una fiala, per raccogliere il sangue zampillante che fluiva dal costato. Il sommo Pontefice, in visione, porse la fiala richiesta e la vide riempirsi fino all'orlo di sangue vivo. Da allora egli si infiammò di grandissima devozione e ferventissimo zelo per quel sacro miracolo, al punto da non riuscire a sopportare che qualcuno osasse, nella sua superbia e presunzione, misconoscere la realtà dei quei segni fulgentissimi, senza rimproverarlo duramente” (Leg. Maj., II, 1, 2).
Tale episodio fu magistralmente rievocato da Giotto negli affreschi della Basilica superiore del Santo in Assisi.
La Chiesa, comunque, dopo maturo giudizio, con ben nove bolle pontificie (di Gregorio IX, di Alessandro IV e di Niccolò III), susseguitesi tra il 1237 ed il 1291, difese la realtà delle stigmate di Francesco, senza peraltro esprimere un’interpretazione definitiva del fenomeno, la cui genesi è soprannaturale e deriva dall’Amore.
Non a caso un dottore della Chiesa, S. Francesco di Sales, nel suo “Trattato dell'amor di Dio” del 1616, metteva in relazione le stigmate del Santo d'Assisi con l'amore di compassione verso il Cristo crocifisso, affermando che quest’ultimo trasformò l’anima del Poverello in un “secondo crocifisso”. S. Giovanni della Croce aggiungeva che le stigmate sono la manifestazione, la conseguenza della ferita d'amore e che per renderle visibili occorresse un intervento soprannaturale.
La Chiesa riconobbe la straordinarietà del fenomeno verificatosi nel 1224, inteso quale segno privilegiato concesso da Cristo al suo umile servo di Assisi, anche da un punto di vista liturgico, inserendo la ricorrenza nel calendario. Papa Benedetto XI Boccasini da Treviso, infatti, concesse all’Ordine Francescano ed all’intero Orbe cattolico di celebrarne annualmente il ricordo il 17 settembre.
Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las
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