CAROS AMIGOS:
As minhas melhores Saudações de Amizade e Gratidão e um
óptimo Ano de 2020
(que faça esquecer os anos anteriores, no que têm de mau, nomeadamente, os últimos dias do passado ano)
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue
~
Nº 4 0 8 0
SÉRIE DE 2020 - (Nº 0 1 0)
10 DE JANEIRO DE 2020
SANTOS DE CADA DIA
SANTOS DE CADA DIA
(Nº 0 6 6)
1 3º A N O
1 3º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão recordar e Comemorar os Santos e Beatos de cada dia (ao longo dos tempos),
além de procurar seguir os seus exemplos.
deverão recordar e Comemorar os Santos e Beatos de cada dia (ao longo dos tempos),
além de procurar seguir os seus exemplos.
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MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
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GONÇALO DE AMARANTE, Santo
Beato GONÇALO DE AMARANTE presbitero de Braga que, depois de longa peregrinação à Terra Santa, entrou na Ordem dos Pregadores e finalmente se retirou para um ermo; fez construir uma ponte e ajudou muito os habitantes do lugar com a sua oração e pregação. (1259)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Pertencente à nobre família dos PEREIRAS, nasce GONÇALO no lugar da Arriconha, na freguesia de Tagilde, perto de Guimarães, nos inícios do século XIII, e vive nos reinados de Dom Afonso II, Dom Sancho II e Dom Afonso III, isto é, o período da formação nacional, em que se agrupam, e reforçam os elementos que hão-de acabar por ser os valores basilares da nacionalidade através dos tempos.
Destinado à vida eclesiástica, depois de receber educação cuidadosa no Convento beneditino de Pombeiro, vai para Braga durante alguns anos e ali o ordena presbitero o próprio Arcebispo, que o tem em grande apreço. Tanto assim que, apesar da extrema juventude de GONÇALO, escolhe-o para abade de São Paio de Riba Vizela, junto à sua terra natal.
Gradualmente se apura, na reflexão e no estudo, o espírito singular do jovem sacerdote que não tarda a erguer-se ao plano superior dos homens notaveis da época.
Vai, depois, em devota peregrinação a Roma, onde visita os túmulos dos Apóstolos São Pedro e São Paulo e donde parte para mais longínqua romagem - aos lugares santos de Jerusalém. É bem evidente ter-se lá inflamado, ainda mais, o seu zelo apostólico, pois, quando regressa ao País, é para correr as terras de Entre-Douro-e-Minho e pronunciar em numerosas localidades ardentes e fervorosas prédicas confirmadas com milagres. Professa no Convento Dominicano de Guimarães. Para Gaspar Estaço, receberá mesmo a dignidade de cónego da Colegiada vimaranense. Mas não se fixa ainda; vai, com outros companheiros de hábito, instalar-se em Amarante, ou melhor: no lugar onde outrora existiu um agregado próspero que desapareceu entre os incidentes e devastações das guerras.
Que faz de então por diante Frei GONÇALO?
Trata de edificar a Capela de Nossa Senhora da Assunção, num rochedo suspenso sobre o Tâmega. Há quem também lhe atribua a construção duma ponte sobre o mesmo rio. E torna-se o incansável protector de toda a gente humilde daquela zona, que pede auxílio, necessita de enfermagem ou se acolhe à bondosa intercessão para obter conforto e assistência. Assim procede enquanto lhe dura a vida, e por isso, na altura da morte, que parece cair (segundo Frei LUÍS DE SOUSA) a 10 de Janeiro de 1262, todos o choram; todos guardam o culto da sua lembrança e das suas virtudes.
A festa litúrgica de São GONÇALO é concedida para Portugal pelos Papas JÚLIO III e PIO IV - que o beatifica, segundo se supõe, a pedido do rei Dom João III, mas em 16 de Setembro de 1561, já depois da morte do Piedoso. O mesmo rei,. em 1540, manda construir, no local da primeira ermida , o sumptuoso templo e convento que ainda hoje existem. O corpo do Beato repousa na capela-mor, à esquerda de quem olha para o altar. O papa CLEMENTE X estendeu o ofício e a missa de São GONÇALO a toda a Ordem Dominicana (1671).
Espalha-se por toda a parte a fama dos milagres observados junto do seu túmulo. Era tal a multidão de peregrinos, trazidos pelas graças concedidas, que a vila repovoa-se gradualmente, até vir a converter-se num dos centros mais representativos e progressivos da região duriense.
Pode-se dizer, pois, como um biógrafo sublinha, ser na verdade GONÇALO o segundo fundador de Amarante. E, num profundo sentimento que os séculos não enfraquecem, Amarante dedica-lhe, por isso mesmo, gratidão e devoção tão vivas hoje como há setecentos cinquenta e cinco anos - quando partiu do mundo entre as bênçãos e louvores dum povo a quem restituíra a fé na vida e a vida na Fé.
A respeito da construção, em Amarante, da ponte sobre o Tâmega, que lhe é atribuída, eis o que encontramos. Para evitar os perigos do rio e seus naufrágios, trata de atravessá-lo com uma sólida ponte que ele, com exortações e obra de suas próprias mãos, ajuda a construir.
Tanta bondade e beneficência tornaram-no célebre, e muito popular a sua devoção, até no Brasil, como o celebra o Padre António Vieira no seu longo e engenhoso sermão de São Gonçalo:
«Orava continuamente, mas porque, de ordinário, para remediar os trabalhos humanos, não bastam as mãos ociosas, posto que levantadas a Deus,... resolveu-se ao que nunca se atreveram os braços poderosos dos reis, que foi meter debaixo dos pés dos passageiros a braveza e fúria do Tâmega, que a tantos tinha tragado».
E mais para o fim:
«A ele encomendam os pastores os gados, os lavradores as sementeiras; a eles pedem o sol, a ele a chuva; e o santo , pelo império que tem sobre os elementos, a seu tempo e fora de tempo, os alegra com o despacho das suas petições».
GUILHERME DE BURGES, Santo
Em Bourges, na Aquitânia, França, São GUILHERME bispo que, aspirando ardentemente à vida de solidão e meditação, foi monge cisterciense em Pontigny, depois abade em Chalis e finalmente bispo da igreja de Bourges; mas nunca abrandou a austeridade da vida monástica e distinguiu-se pela sua caridade para com o clero, os cativos e os indigentes. (1209)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
São GUILHERME nasceu pelos meados do século XII.
Seu tio materno, PEDRO O EREMITA, pregador da 1ª Cruzada, encarregou-se da educação dele,. Mal tinha abraçado o sacerdócio, logo o fizeram cónego da Catedral de Soissons, e depois da de Paris. Mas dignidades pareciam-lhe títulos muito onerosos e os benefícios eclesiásticos, de maior opulência, redes de maiores laços. Todos os seus anelos eram pelo deserto de Grão-Monte, que o encantava. Florescia ali, com todo o rigor da primitiva observância, a nova Ordem religiosa que Santo ESTÊVÃO tinha fundado no ano de 1076. GUILHERME pediu para ser admitido no mosteiro. O Superior, tomado de espanto à vista de tão grande virtude, não pôde deixar de lhe tecer os maiores elogios, diante do Papa INOCÊNCIO III e de muitos Prelados.
Dispunha-se o Santo para fazer a profissão no Grão-Monte, quando se levantou enorme contenda entre os religiosos do coro e os irmãos conversos.
Empregou o nosso Santo todos os cuidados e desvelos, para restabelecer a paz e união; foram, porém, inúteis os esforços. Finalmente, resolveu passar-se à Ordem de Cister. Tomou o hábito na Abadia de Pontinhi. Veio a professar com todo o fervor.
No sacrifício da Missa enternecia-se tanto como se estivesse vendo o Crucificado no Calvário.
A solidão constituía todas as suas delícias. Os Superiores, porém, atendendo ao grande conceito que faziam da sua sabedoria e piedade, nomearam-no Abade de Fontain-Jean, e depois de Chalis.
Não tinha ele outro pensamento senão o de se santificar com os seus Religiosos, quando no ano de 1200 vagou a cátedra arquiepiscopal de Bourges. Foi eleito para ela.
A dificuldade esteve em GUILHERME ; só aceitou quando os Superiores o obrigaram em virtude da santa obediência. Ao amor da solidão sucedeu nele o zelo pela salvação das suas ovelhas.
Sabendo que alguns diocesanos estavam encarcerados por haverem sustentado e defendido os direitos da sua Igreja com mais zelo do que prudência, não se poupou a esforços perante os juízes, a fim de obter a libertação dos encarcerados. Foi postar-se à porta da prisão, resolvido a não sair dali enquanto não conseguisse o fim das suas caridosas solicitações. E obteve que finalmente fossem postos em liberdade.
Repetia, muitas vezes não haver, coisa mais indigna dum bispo do que entesourar dinheiro. Chamava aos pobres os seus credores e, quando repartia entre eles quase todas as suas rendas dizia sorrindo: «Vamos pouco a pouco pagando as nossas dívidas». teve de sofrer muitas perseguições. Os ministros do rei Filipe Augusto exercitaram-lhe por vezes a paciência; GUILHERME , porém, triunfou sempre com a doçura e humildade. Animado dum zelo ardente pela glória de Deus, dispunha-se a ir combater a heresia dos Albigenses, quando o céu lhe deu a conhecer que era chegado o tempo de gozar o prémio de tantas vitórias.
No dia de Reis, sentiu-se muito indisposto. Deu princípio ao sermão por estas palavras: «Esta é a hora de sair do letargo em que temos estado até aqui». Terminado o sermão, despediu-se do seu povo. Passou os dias seguintes em oração quase contínua, pronunciando sem cessar os dulcíssimos nomes de JESUS e MARIA. Voou docemente para o céu no dia 10 de Janeiro de 1209. (Há oitocentos e seis anos).
A sua morte produziu nos corações de todos o efeito que ordinariamente produz a morte dos Santos; choravam-no como Pastor, Protector e Pai. Todos queiram beijar-lhe os pés, invocando a sua intercessão junto de Deus.
Foi canonizado como Santo em 1218, nove anos depois da morte. Conservaram-se as suas relíquias na Catedral de Bourges até ao ano de 1562, data em que os Huguenotes as queimaram.
AGATÃO, Santo
Nasceu em Palermo, na Sicília. Foi muitos anos, em Roma, tesoureiro da Igreja. As suas numerosas virtudes recomendaram-no para a cátedra de São Pedro. Foi Papa de 678 a 681. Em seguida à questão do monofisismo (afirmação de existir uma natureza única em Cristo), muitos na Igreja defenderam haver n'Ele uma vontade só (monotelismo). Para unificar a Igreja, foi reunido o 3º Concílio de Constantinopla (680-681). O santo Papa escreveu uma carta muito clara ao Imperador, a qual, sendo lida no Concílio, provocou a aclamação: Pedro falou pela boca de Agatão. Assim a profissão de fé, no fim do Concílio, confirmou a doutrina das duas actividades e das duas vontades em Jesus.
Irmã FRANCISCA DE SALES AVIAT (Leónia), Beata
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O., de Braga:
Nasceu em França, na cidade de Sézzane, a 16 de Setembro de 1844. Seus pais, quando a menina estava prestes a completar 6 anos, confiaram a sua educação às religiosas da Visitação de Troyes. Foi o caminho providencial para esta criatura, que no baptismo recebeu o nome de LEÓNIA, vir a ser co-fundadora de um novo instituto religioso. Com efeito, era capelão do mosteiro o Servo de Deus, Padre LUÍS BRISSON (1817-1908) que vivia preocupado com a triste sorte de muitas jovens que trabalhavam nas fábricas, expostas ao perigo de perder a fé e a moral.
LEÓNIA ficou no convento até aos 16 anos. Voltou então para casa e portou-se como o anjo da família. Continuou fiel à vida de piedade que levava no mosteiro, e os seus anseios eram, retornar para lá como religiosa. Por isso recusou pretendentes a casamento. Também ela caiu na conta dos perigos que corriam as jovens vindas dos campos para trabalhar na cidade. Daqui se seguiu que - quando em 1866 bateu à porta do mosteiro de Troyes a pedir para ser recebida como religiosa - não foi difícil convencê-la de que o melhor era fazer parte do novo Instituto que o Padre BRISSON tratava de fundar com o nome de Oblatas de São Francisco de Sales.
Aceitou e, desde o dia 18 de Abril de 1866, fez parte integrante da obra. Dois anos mais tarde, a 30 de Outubro de 1868 vestiu o hábito e tomou o nome de Irmã FRANCISCA DE SALES. A 11 de Outubro de 1871 fez a profissão e a 20 de Setembro do ano seguinte, contando apenas 28 anos de idade, foi eleita Superiora Geral da nova congregação.
A Madre FRANCISCA DE SALES impulsionada pelo desejo ardente de atrair almas para Cristo e consagrar-se ao bem do próximo, fez-se operária entre as operárias, às quais, embora ganhassem salários miseráveis, ensinava a alegrar-se com o desempenho do trabalho bem feito. Apesar de algumas dessas meninas não contarem mais de doze anos, unidas por uma alegre amizade, tornaram-se apóstolas entre as companheiras, e anualmente umas 400 ou 500 faziam exercícios espirituais com o Padre BRISSON. Este Servo de Deus teve, pois, na Madre FRANCISCA uma auxiliar de suma importância.
Ambos concordaram que era necessário proporcionar a essa pobres jovens alguma instrução escolar em pensionatos onde pudessem alojar-se com segurança.
Estando a obra em Troyes bem fundada, a Madre foi mandada para Paris com o encargo de salvar da ruína um pensionato para meninas de famílias abastadas, pois o Padre BRISSON pretendia que a todas as classes da sociedade chegasse o espírito de São FRANCISCO DE SALES. Isto foi para a Serva de Deus causa de não pouco sofrimento ao ver que o Instituto se afastava do ideal primitivo de atender somente a jovens necessitadas. Aceitou, no entanto, as orientações do Padre BRISSON como manifestação da vontade de Deus, a que se submeteu com verdadeiro espírito de fé.
Depois de sete anos em Paris, regressou em 1889 a Troyes onde novas contrariedades a aguardavam. Com efeito, algumas religiosas da Congregação não a queriam como Superiora Geral. Ficou assim quatro anos como simples Irmã, sem cargo de responsabilidade. Todavia, em 1893 foi reconduzida ao posto de Superiora Geral, cargo que ocupou até à morte.
A par de grandes sofrimentos, teve também horas de intensa alegria, como no dia 5 de Junho de 1872, em que a Santa Sé concedeu à nova Congregação o Decreto de Louvor. Podia, pois, dar-se ao trabalho de consolidar e desenvolver o novo Instituto sem incertezas nem hesitações. Conseguiu abrir casas na Suiça, Áustria, Inglaterra, Itália e até na África Austral.. Todavia, nem sempre os ventos sopraram de feição. Em 1903 desencadeou-se a perseguição religiosa em França. Os religiosos foram expulsos e suas casas e bens confiscados. O Padre BRISSON, com 87 anos, nada podendo fazer, recolheu_se a casa da família. Cabia, pois, à Madre FRANCISCA decidir o rumo a tomar. Aconselhou as suas religiosas a vestir-se à civil e salvar o que pudessem.
Ela,. com o seu conselho, refugiou-se na Itália, a casa que tinham em Peruggia e de lá continuou a dirigir as suas filhas distantes por meio de cartas repletas de amor e incentivos de coragem.
O dia 2 de Fevereiro de 1908 trouxe-lhe grande tristeza com a morte do Padre BRISSON . contrário, a 4 de Abril de 1911, o seu coração rejubilou com a aprovação definitiva por parte da Santa Sé, das Constituições., que ela tinha redigido com o saudoso Padre BRISSON. Agora restava-lhe só preparar-se mais cuidadosamente para também ela comparecer diante de deus, o que sucedeu a 10 de Janeiro de 1914 (há 102 anos) sendo assim poupada às agruras da primeira guerra mundial, que estalou meses depois.
Foi beatificada por João Paulo II a 27 de Setembro de 1992.
AAS 49(1957) 759-62; 71 (19790) 4456-60: DIP I. 1009.
Beato GONÇALO DE AMARANTE presbitero de Braga que, depois de longa peregrinação à Terra Santa, entrou na Ordem dos Pregadores e finalmente se retirou para um ermo; fez construir uma ponte e ajudou muito os habitantes do lugar com a sua oração e pregação. (1259)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Pertencente à nobre família dos PEREIRAS, nasce GONÇALO no lugar da Arriconha, na freguesia de Tagilde, perto de Guimarães, nos inícios do século XIII, e vive nos reinados de Dom Afonso II, Dom Sancho II e Dom Afonso III, isto é, o período da formação nacional, em que se agrupam, e reforçam os elementos que hão-de acabar por ser os valores basilares da nacionalidade através dos tempos.
Destinado à vida eclesiástica, depois de receber educação cuidadosa no Convento beneditino de Pombeiro, vai para Braga durante alguns anos e ali o ordena presbitero o próprio Arcebispo, que o tem em grande apreço. Tanto assim que, apesar da extrema juventude de GONÇALO, escolhe-o para abade de São Paio de Riba Vizela, junto à sua terra natal.
Gradualmente se apura, na reflexão e no estudo, o espírito singular do jovem sacerdote que não tarda a erguer-se ao plano superior dos homens notaveis da época.
Vai, depois, em devota peregrinação a Roma, onde visita os túmulos dos Apóstolos São Pedro e São Paulo e donde parte para mais longínqua romagem - aos lugares santos de Jerusalém. É bem evidente ter-se lá inflamado, ainda mais, o seu zelo apostólico, pois, quando regressa ao País, é para correr as terras de Entre-Douro-e-Minho e pronunciar em numerosas localidades ardentes e fervorosas prédicas confirmadas com milagres. Professa no Convento Dominicano de Guimarães. Para Gaspar Estaço, receberá mesmo a dignidade de cónego da Colegiada vimaranense. Mas não se fixa ainda; vai, com outros companheiros de hábito, instalar-se em Amarante, ou melhor: no lugar onde outrora existiu um agregado próspero que desapareceu entre os incidentes e devastações das guerras.
Que faz de então por diante Frei GONÇALO?
Trata de edificar a Capela de Nossa Senhora da Assunção, num rochedo suspenso sobre o Tâmega. Há quem também lhe atribua a construção duma ponte sobre o mesmo rio. E torna-se o incansável protector de toda a gente humilde daquela zona, que pede auxílio, necessita de enfermagem ou se acolhe à bondosa intercessão para obter conforto e assistência. Assim procede enquanto lhe dura a vida, e por isso, na altura da morte, que parece cair (segundo Frei LUÍS DE SOUSA) a 10 de Janeiro de 1262, todos o choram; todos guardam o culto da sua lembrança e das suas virtudes.
A festa litúrgica de São GONÇALO é concedida para Portugal pelos Papas JÚLIO III e PIO IV - que o beatifica, segundo se supõe, a pedido do rei Dom João III, mas em 16 de Setembro de 1561, já depois da morte do Piedoso. O mesmo rei,. em 1540, manda construir, no local da primeira ermida , o sumptuoso templo e convento que ainda hoje existem. O corpo do Beato repousa na capela-mor, à esquerda de quem olha para o altar. O papa CLEMENTE X estendeu o ofício e a missa de São GONÇALO a toda a Ordem Dominicana (1671).
Espalha-se por toda a parte a fama dos milagres observados junto do seu túmulo. Era tal a multidão de peregrinos, trazidos pelas graças concedidas, que a vila repovoa-se gradualmente, até vir a converter-se num dos centros mais representativos e progressivos da região duriense.
Pode-se dizer, pois, como um biógrafo sublinha, ser na verdade GONÇALO o segundo fundador de Amarante. E, num profundo sentimento que os séculos não enfraquecem, Amarante dedica-lhe, por isso mesmo, gratidão e devoção tão vivas hoje como há setecentos cinquenta e cinco anos - quando partiu do mundo entre as bênçãos e louvores dum povo a quem restituíra a fé na vida e a vida na Fé.
A respeito da construção, em Amarante, da ponte sobre o Tâmega, que lhe é atribuída, eis o que encontramos. Para evitar os perigos do rio e seus naufrágios, trata de atravessá-lo com uma sólida ponte que ele, com exortações e obra de suas próprias mãos, ajuda a construir.
Tanta bondade e beneficência tornaram-no célebre, e muito popular a sua devoção, até no Brasil, como o celebra o Padre António Vieira no seu longo e engenhoso sermão de São Gonçalo:
«Orava continuamente, mas porque, de ordinário, para remediar os trabalhos humanos, não bastam as mãos ociosas, posto que levantadas a Deus,... resolveu-se ao que nunca se atreveram os braços poderosos dos reis, que foi meter debaixo dos pés dos passageiros a braveza e fúria do Tâmega, que a tantos tinha tragado».
E mais para o fim:
«A ele encomendam os pastores os gados, os lavradores as sementeiras; a eles pedem o sol, a ele a chuva; e o santo , pelo império que tem sobre os elementos, a seu tempo e fora de tempo, os alegra com o despacho das suas petições».
GUILHERME DE BURGES, Santo
Em Bourges, na Aquitânia, França, São GUILHERME bispo que, aspirando ardentemente à vida de solidão e meditação, foi monge cisterciense em Pontigny, depois abade em Chalis e finalmente bispo da igreja de Bourges; mas nunca abrandou a austeridade da vida monástica e distinguiu-se pela sua caridade para com o clero, os cativos e os indigentes. (1209)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
São GUILHERME nasceu pelos meados do século XII.
Seu tio materno, PEDRO O EREMITA, pregador da 1ª Cruzada, encarregou-se da educação dele,. Mal tinha abraçado o sacerdócio, logo o fizeram cónego da Catedral de Soissons, e depois da de Paris. Mas dignidades pareciam-lhe títulos muito onerosos e os benefícios eclesiásticos, de maior opulência, redes de maiores laços. Todos os seus anelos eram pelo deserto de Grão-Monte, que o encantava. Florescia ali, com todo o rigor da primitiva observância, a nova Ordem religiosa que Santo ESTÊVÃO tinha fundado no ano de 1076. GUILHERME pediu para ser admitido no mosteiro. O Superior, tomado de espanto à vista de tão grande virtude, não pôde deixar de lhe tecer os maiores elogios, diante do Papa INOCÊNCIO III e de muitos Prelados.
Dispunha-se o Santo para fazer a profissão no Grão-Monte, quando se levantou enorme contenda entre os religiosos do coro e os irmãos conversos.
Empregou o nosso Santo todos os cuidados e desvelos, para restabelecer a paz e união; foram, porém, inúteis os esforços. Finalmente, resolveu passar-se à Ordem de Cister. Tomou o hábito na Abadia de Pontinhi. Veio a professar com todo o fervor.
No sacrifício da Missa enternecia-se tanto como se estivesse vendo o Crucificado no Calvário.
A solidão constituía todas as suas delícias. Os Superiores, porém, atendendo ao grande conceito que faziam da sua sabedoria e piedade, nomearam-no Abade de Fontain-Jean, e depois de Chalis.
Não tinha ele outro pensamento senão o de se santificar com os seus Religiosos, quando no ano de 1200 vagou a cátedra arquiepiscopal de Bourges. Foi eleito para ela.
A dificuldade esteve em GUILHERME ; só aceitou quando os Superiores o obrigaram em virtude da santa obediência. Ao amor da solidão sucedeu nele o zelo pela salvação das suas ovelhas.
Sabendo que alguns diocesanos estavam encarcerados por haverem sustentado e defendido os direitos da sua Igreja com mais zelo do que prudência, não se poupou a esforços perante os juízes, a fim de obter a libertação dos encarcerados. Foi postar-se à porta da prisão, resolvido a não sair dali enquanto não conseguisse o fim das suas caridosas solicitações. E obteve que finalmente fossem postos em liberdade.
Repetia, muitas vezes não haver, coisa mais indigna dum bispo do que entesourar dinheiro. Chamava aos pobres os seus credores e, quando repartia entre eles quase todas as suas rendas dizia sorrindo: «Vamos pouco a pouco pagando as nossas dívidas». teve de sofrer muitas perseguições. Os ministros do rei Filipe Augusto exercitaram-lhe por vezes a paciência; GUILHERME , porém, triunfou sempre com a doçura e humildade. Animado dum zelo ardente pela glória de Deus, dispunha-se a ir combater a heresia dos Albigenses, quando o céu lhe deu a conhecer que era chegado o tempo de gozar o prémio de tantas vitórias.
No dia de Reis, sentiu-se muito indisposto. Deu princípio ao sermão por estas palavras: «Esta é a hora de sair do letargo em que temos estado até aqui». Terminado o sermão, despediu-se do seu povo. Passou os dias seguintes em oração quase contínua, pronunciando sem cessar os dulcíssimos nomes de JESUS e MARIA. Voou docemente para o céu no dia 10 de Janeiro de 1209. (Há oitocentos e seis anos).
A sua morte produziu nos corações de todos o efeito que ordinariamente produz a morte dos Santos; choravam-no como Pastor, Protector e Pai. Todos queiram beijar-lhe os pés, invocando a sua intercessão junto de Deus.
Foi canonizado como Santo em 1218, nove anos depois da morte. Conservaram-se as suas relíquias na Catedral de Bourges até ao ano de 1562, data em que os Huguenotes as queimaram.
AGATÃO, Santo
Em Roma junto a São Pedro, o sepultamento de Santo AGATÃO papa, que confirmou a integridade da fé contra os erros do monotelismo e promoveu sínodos para fortalecer a unidade da Igreja. (681)Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu em Palermo, na Sicília. Foi muitos anos, em Roma, tesoureiro da Igreja. As suas numerosas virtudes recomendaram-no para a cátedra de São Pedro. Foi Papa de 678 a 681. Em seguida à questão do monofisismo (afirmação de existir uma natureza única em Cristo), muitos na Igreja defenderam haver n'Ele uma vontade só (monotelismo). Para unificar a Igreja, foi reunido o 3º Concílio de Constantinopla (680-681). O santo Papa escreveu uma carta muito clara ao Imperador, a qual, sendo lida no Concílio, provocou a aclamação: Pedro falou pela boca de Agatão. Assim a profissão de fé, no fim do Concílio, confirmou a doutrina das duas actividades e das duas vontades em Jesus.
Irmã FRANCISCA DE SALES AVIAT (Leónia), Beata
Em Peruggia, na Itália, Santa Francisca de Sales (Leónia) AVIAT, virgem que se dedicou com amor materno e generosa solicitude à promoção da juventude e instituiu as Oblatas de São Francisco de Sales. (1914)
Nasceu em França, na cidade de Sézzane, a 16 de Setembro de 1844. Seus pais, quando a menina estava prestes a completar 6 anos, confiaram a sua educação às religiosas da Visitação de Troyes. Foi o caminho providencial para esta criatura, que no baptismo recebeu o nome de LEÓNIA, vir a ser co-fundadora de um novo instituto religioso. Com efeito, era capelão do mosteiro o Servo de Deus, Padre LUÍS BRISSON (1817-1908) que vivia preocupado com a triste sorte de muitas jovens que trabalhavam nas fábricas, expostas ao perigo de perder a fé e a moral.
LEÓNIA ficou no convento até aos 16 anos. Voltou então para casa e portou-se como o anjo da família. Continuou fiel à vida de piedade que levava no mosteiro, e os seus anseios eram, retornar para lá como religiosa. Por isso recusou pretendentes a casamento. Também ela caiu na conta dos perigos que corriam as jovens vindas dos campos para trabalhar na cidade. Daqui se seguiu que - quando em 1866 bateu à porta do mosteiro de Troyes a pedir para ser recebida como religiosa - não foi difícil convencê-la de que o melhor era fazer parte do novo Instituto que o Padre BRISSON tratava de fundar com o nome de Oblatas de São Francisco de Sales.
Aceitou e, desde o dia 18 de Abril de 1866, fez parte integrante da obra. Dois anos mais tarde, a 30 de Outubro de 1868 vestiu o hábito e tomou o nome de Irmã FRANCISCA DE SALES. A 11 de Outubro de 1871 fez a profissão e a 20 de Setembro do ano seguinte, contando apenas 28 anos de idade, foi eleita Superiora Geral da nova congregação.
A Madre FRANCISCA DE SALES impulsionada pelo desejo ardente de atrair almas para Cristo e consagrar-se ao bem do próximo, fez-se operária entre as operárias, às quais, embora ganhassem salários miseráveis, ensinava a alegrar-se com o desempenho do trabalho bem feito. Apesar de algumas dessas meninas não contarem mais de doze anos, unidas por uma alegre amizade, tornaram-se apóstolas entre as companheiras, e anualmente umas 400 ou 500 faziam exercícios espirituais com o Padre BRISSON. Este Servo de Deus teve, pois, na Madre FRANCISCA uma auxiliar de suma importância.
Ambos concordaram que era necessário proporcionar a essa pobres jovens alguma instrução escolar em pensionatos onde pudessem alojar-se com segurança.
Estando a obra em Troyes bem fundada, a Madre foi mandada para Paris com o encargo de salvar da ruína um pensionato para meninas de famílias abastadas, pois o Padre BRISSON pretendia que a todas as classes da sociedade chegasse o espírito de São FRANCISCO DE SALES. Isto foi para a Serva de Deus causa de não pouco sofrimento ao ver que o Instituto se afastava do ideal primitivo de atender somente a jovens necessitadas. Aceitou, no entanto, as orientações do Padre BRISSON como manifestação da vontade de Deus, a que se submeteu com verdadeiro espírito de fé.
Depois de sete anos em Paris, regressou em 1889 a Troyes onde novas contrariedades a aguardavam. Com efeito, algumas religiosas da Congregação não a queriam como Superiora Geral. Ficou assim quatro anos como simples Irmã, sem cargo de responsabilidade. Todavia, em 1893 foi reconduzida ao posto de Superiora Geral, cargo que ocupou até à morte.
A par de grandes sofrimentos, teve também horas de intensa alegria, como no dia 5 de Junho de 1872, em que a Santa Sé concedeu à nova Congregação o Decreto de Louvor. Podia, pois, dar-se ao trabalho de consolidar e desenvolver o novo Instituto sem incertezas nem hesitações. Conseguiu abrir casas na Suiça, Áustria, Inglaterra, Itália e até na África Austral.. Todavia, nem sempre os ventos sopraram de feição. Em 1903 desencadeou-se a perseguição religiosa em França. Os religiosos foram expulsos e suas casas e bens confiscados. O Padre BRISSON, com 87 anos, nada podendo fazer, recolheu_se a casa da família. Cabia, pois, à Madre FRANCISCA decidir o rumo a tomar. Aconselhou as suas religiosas a vestir-se à civil e salvar o que pudessem.
Ela,. com o seu conselho, refugiou-se na Itália, a casa que tinham em Peruggia e de lá continuou a dirigir as suas filhas distantes por meio de cartas repletas de amor e incentivos de coragem.
O dia 2 de Fevereiro de 1908 trouxe-lhe grande tristeza com a morte do Padre BRISSON . contrário, a 4 de Abril de 1911, o seu coração rejubilou com a aprovação definitiva por parte da Santa Sé, das Constituições., que ela tinha redigido com o saudoso Padre BRISSON. Agora restava-lhe só preparar-se mais cuidadosamente para também ela comparecer diante de deus, o que sucedeu a 10 de Janeiro de 1914 (há 102 anos) sendo assim poupada às agruras da primeira guerra mundial, que estalou meses depois.
Foi beatificada por João Paulo II a 27 de Setembro de 1992.
AAS 49(1957) 759-62; 71 (19790) 4456-60: DIP I. 1009.
Milcíades, Santo
Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, São MILCÍADES papa, oriundo da África, que conheceu a paz da Igreja restabelecida pelo imperador Constantino e, sendo vítima dos ataques dos donatistas, actuou com grande prudência para alcançar a concórdia. (314)
Paulo da Tebaida, Santo
Na Tebaida, região do Egipto, São PAULO eremita, que abraçou a vida monástica desde os seus princípios. (séc. IV)
Gregório de Nissa, Santo
João de Jerusalém, Santo
Em Jerusalém, São JOÃO bispo que em tempo de controvérsia sobre a verdadeira doutrina, trabalhou arduamente pela fé católica e pela paz da Igreja. (417)
Aldo, Santo
Di S. Aldo, assai popolare nel nord, si conosce ben poco.
Ignoriamo perfino il luogo e la data della nascita, e quando si vuol determinare l'epoca in cui visse si parla vagamente del sec. VIII, quel periodo oscuro della nostra storia che precede l'età carolingia e l'Italia è smembrata in piccoli regni barbàrici, mentre sull'intera cristianità incombe sempre più la minaccia dell'islamismo. Un dato sicuro è il luogo di sepoltura, a Pavia, dapprima la cappella di S. Colombano e poi la basilica di S. Michele.
Un'antica tradizione ce lo presenta come carbonaio ed eremita nel pressi di Pavia, a Carbonaria. L'inclusione di S. Aldo nei Martirològi dell'Ordine benedettino ha fatto supporre che egli sia stato monaco a Bobbio, il celebre monastero fondato nel 614 da S. Colombano, a mezza strada tra il cenobio degli orientali e la comunità monastica creata un secolo prima da S. Benedetto. Il punto d'incontro di queste due forme di ascesi sembra indicato dall'esperienza religiosa del santo eremita che commemoriamo, un orante dalle mani incallite e il volto annerito dalla fuliggine delle carbonaie.
I monaci irlandesi di S. Colombano non conducevano una vita eremitica in senso stretto. Ognuno si costruiva la propria capanna di legno e di pietre tirate su a secco, entro una cinta rudimentale, per isolarvici in solitaria contemplazione nelle ore dedicate alla preghiera. Poi ne usciva con gli attrezzi da lavoro per recarsi alle consuete occupazioni giornaliere e guadagnarsi da vivere tra gli uomini col sudore della fronte. Insomma, l'eremita si allontanava provvisoriamente dagli uomini per dare più spazio alla preghiera e riempire la solitudine esteriore con la gioiosa presenza di Dio. Ma non si estraniava dalla comunità, alla cui spirituale edificazione contribuiva con l'esempio della sua vita devota e anche con carità fattiva.
Possiamo quindi ritenere S. Aldo un felice innesto dello spirito benedettino con quello apportato dai fervidi missionari provenienti dall'isola di S. Patrizio, l'Irlanda, l'"isola barbara" trasformata in "isola dei santi" per la straordinaria fioritura del cristianesimo. S. Colombano ne aveva portato sul continente una primaverile ventata di nuova spiritualità. Si era cioè prodotto un movimento inverso a quello che aveva recato la buona novella nell'isola degli Scoti. Decine di monaci e di eremiti irlandesi, fattisi "pellegrini per Cristo", in un esaltante scambio evangelico, da evangelizzati diventavano evangelizzatori.
MARCHESINA LUZI, Beata
La beata Marchesina Luzi nacque a San Severino verso la fine del '400 da Silvestro Luzi, capostipite di una illustre e nobile famiglia vissana. Marchesina viveva con il padre Silvestro, lo zio Don Bernardino, rettore della chiesa abbaziale di San Lorenzo, ed il fratello Mariotto. Marchesina cresceva virtuosa e dedita alle opere di carità e alla preghiera.
Aveva forte il desiderio di entrare in convento ma, non volendo abbandonare il padre, decise di scegliere un'altra forma di vita religiosa molto in auge in quel tempo: si iscrisse al terzo ordine di Sant'Agostino vestendone l'abito. La monaca era molto preoccupata per la vita dissoluta che conduceva Mariotto. Il fratello, dedito ad illecite relazioni, aveva persino messo gli occhi su Marchesina.
I primi di gennaio del 1510, Mariotto disse al padre di volersi recare a fare una visita a Visso, luogo di provenienza della famiglia, e chiese il permesso di portare con sé sua sorella. Durante il percorso Mariotto tentò di abusare di Marchesina, ma lei rifiutò le proposte oscene del fratello e costui la strangolò ed abbandonò il corpo in una grotta. Sarebbe passato tanto tempo prima di conoscere il misfatto, se Marchesina non fosse apparsa per tre notti in sogno ad un frate agostiniano indicandogli il luogo della sua morte e la causa.
A questo punto il frate, su consiglio del suo superiore, decise di accertarsi della veridicità del sogno e recatosi presso le Grotte di S. Eustacchio trovò il cadavere della monaca ancora roseo e flessibile, nonostante fossero passati tre giorni. Il corpo fu traslato nella chiesa di Sant' Agostino ed ancora oggi riposa lì, nell'altare dedicato a San Valentino.
Paolo di Tebe, Santo
Incomincia e finisce da solo. Non fa neppure un discepolo. Nemmeno ci pensa. Sarà considerato il primo degli eremiti cristiani, forse, ma non gli importa che ce ne sia un secondo. Avvolto nel mistero e affascinante, questo Paolo: non ha lasciato scritti o parole memorabili, morendo all’insaputa di tutti in un posto sconosciuto a moltissimi. E poi accade che, a otto secoli circa dalla sua morte, nasca una comunità religiosa col nome di “Ordine di San Paolo Primo Eremita” o “Eremiti di San Paolo”: una comunità che, allo spirare del XX secolo, sarà ancora viva e conosciutissima, avendo la sua casa generalizia in Polonia, presso il santuario mariano di Czestochowa, a contatto con milioni di pellegrini.
Però è da vedere se questo Paolo corra dalla città al deserto già con quell’idea di vivere in solitudine e preghiera fino alla morte. Sappiamo che è di famiglia egiziana nobile, già cristiano. E che fugge verso il deserto inizialmente per salvare insieme la fede e la vita. E’ cominciata infatti la persecuzione ordinata dall’imperatore Decio a metà del III secolo, nel tentativo di ridare unità al mondo romano attorno alle antiche divinità pagane. Una persecuzione breve, ma dura e capillare, perché si chiede a ognuno di partecipare personalmente a riti pagani, come segno di lealtà allo Stato. Chi accetta può vivere tranquillo, ricevendo una sorta di certificato di buona condotta. E molti cristiani difatti accettano, in modo più o meno convinto, per salvare la vita. Paolo non rende omaggio agli dèi; si salva con la fuga.
Presto l’imperatore Decio muore combattendo in Tracia contro i Goti (anno 251) e la persecuzione cessa. Ma Paolo non ritorna. Non lo si vede più: il deserto e la solitudine lo hanno conquistato. Lo appagano, lo fanno sentire realizzato e mai più bisognoso di tornare indietro verso la città, la famiglia, i beni. Un luogo montagnoso con nascondigli propizi; una fontana, e quindi degli alberi, dei frutti: questo diventa per lui il migliore dei mondi. Ci resterà per sessant’anni, morendo vecchissimo. San Gerolamo (ca. 347-420) scriverà su di lui un libro ricco di avventure entusiasmanti, ma sprovvisto di notizie certe.
Un santo bizzarro: senza data sicura della morte, senza che una sola parola sua ci sia pervenuta. C’è in Egitto un monastero, di fronte al Sinai (eretto forse nel VI secolo da Giustiniano), che, secondo la tradizione, conserva la sua cella. Niente altro abbiamo che ci colleghi materialmente a quest’uomo del silenzio. Tuttavia la Chiesa ne conserva il ricordo, con questa aureola di isolamento radicale. Sappiamo che Antonio abate, maestro di monaci, andò a visitarlo da vecchio. E che, tornando dopo alcuni anni, non l’ha più trovato vivo. Anche all’incontro con la morte Paolo l’egiziano è andato da solo. Nessuno ha saputo quando e come.
RAIMONDO DI FOSSO, Beato
Nominato redentore, il Beato Raimondo de Fosso venne inviato in terra africana per svolgere il suo oincarico di redenzione che ogni mercedario desiderava compiere. In Algeria e Mauritania liberò innumerevoli cristiani da una dura schiavitù e nella stessa Mauritania pieno di sante opere lo colse la morte.
L’Ordine lo festeggia il 10 gennaio
VALÉRIO, Santo
Eremita na Aquitânia
Na Tebaida, região do Egipto, São PAULO eremita, que abraçou a vida monástica desde os seus princípios. (séc. IV)
Gregório de Nissa, Santo
Em Nissa, na Capadócia hoje Vedsehir, Turquia, São GREGÓRIO bispo e irmão de São BASÍLIO MAGNO, (e amigo de São GREGÓRIO DE NAZIANZO) insigne pela sua vida e doutrina, que por ter proclamado a verdadeira fé, foi expulso da sua cidade no tempo do imperador ariano Valente. (400)
João de Jerusalém, Santo
Em Jerusalém, São JOÃO bispo que em tempo de controvérsia sobre a verdadeira doutrina, trabalhou arduamente pela fé católica e pela paz da Igreja. (417)
Petrónio de Die, Santo
Em Die, Vienne, hoje França, São PETRÓNIO bispo que anteriormente seguira a vida monástica na ilha de Lérins. (463)
Marciano de Constantinopla, Santo
Em Constantinopla, hoje Istambul, Turquia, São MARCIANO presbitero que se empenhou com extraordinária diligência em ornamentar as igrejas e socorrer os pobres. (471)
Valério de Limoges, Santo
No território de Viviers, ao longo do Ródano, França, Santo ARCÔNCIO bispo. (740)
Domiciano de Militene, Santo
Em Melitene, na antiga Arménia, São DOMICIANO bispo que trabalhou intensamente pela conversão dos Persas. (602)
Arcôncio de Viviers, Santo
No território de Viviers, ao longo do Ródano, França, Santo ARCÔNCIO bispo. (740)
Pedro Urseólo, Santo
No mosteiro de Cusan, nos montes Pirenéus, São PEDRO URSEÓLO que depois de ter sido doge de Veneza se fez monge; foi célebre pela sua piedade e austeridade e passou a vida num ermo próximo do mosteiro. (987)
Benincasa, Beato
No mosteiro de cava de Tirréni, na Campânia, Itália, o Beato BENINCASA abade que enviou cem dos seus monge à Sicília para ocupar o cenóbio de Monreale recentemente fundado. (1194)
Em Arezzo, na Etrúria, hoje na Toscana, Itália, o passamento do Beato GREGÓRIO X papa, que, sendo arcediago de Liège, foi eleito para a cadeia de Pedro: favoreceu de todos os modos a comunhão com os Gregos e, para promover a conciliação entre os cristãos e recuperar a Terra Santa, convocou o segundo Concílio Ecuménico de Lião. (1276)
Em Madrid, Espanha, a Beata MARIA DAS DORES RODRÍGUEZ SOPEÑA, virgem, a qual, dando eminente testemunho de caridade cristã, se aproximou dos mais abandonados da sociedade do seu tempo, especialmente nos subúrbios das grandes cidades e fundou o Instituto das Damas Catequistas e a Obra da Doutrina, para anunciar o Evangelho e promover os pobres e os operários nas questões sociais. (1918)
... e ainda...
Em Die, Vienne, hoje França, São PETRÓNIO bispo que anteriormente seguira a vida monástica na ilha de Lérins. (463)
Marciano de Constantinopla, Santo
Em Constantinopla, hoje Istambul, Turquia, São MARCIANO presbitero que se empenhou com extraordinária diligência em ornamentar as igrejas e socorrer os pobres. (471)
Valério de Limoges, Santo
No território de Viviers, ao longo do Ródano, França, Santo ARCÔNCIO bispo. (740)
Domiciano de Militene, Santo
Em Melitene, na antiga Arménia, São DOMICIANO bispo que trabalhou intensamente pela conversão dos Persas. (602)
Arcôncio de Viviers, Santo
No território de Viviers, ao longo do Ródano, França, Santo ARCÔNCIO bispo. (740)
Pedro Urseólo, Santo
No mosteiro de Cusan, nos montes Pirenéus, São PEDRO URSEÓLO que depois de ter sido doge de Veneza se fez monge; foi célebre pela sua piedade e austeridade e passou a vida num ermo próximo do mosteiro. (987)
Benincasa, Beato
No mosteiro de cava de Tirréni, na Campânia, Itália, o Beato BENINCASA abade que enviou cem dos seus monge à Sicília para ocupar o cenóbio de Monreale recentemente fundado. (1194)
Gregório X, Santo
Em Arezzo, na Etrúria, hoje na Toscana, Itália, o passamento do Beato GREGÓRIO X papa, que, sendo arcediago de Liège, foi eleito para a cadeia de Pedro: favoreceu de todos os modos a comunhão com os Gregos e, para promover a conciliação entre os cristãos e recuperar a Terra Santa, convocou o segundo Concílio Ecuménico de Lião. (1276)
Egídio (Bernardino di Bello), Beato
Em Lorenzana, na Lucânia, na actual Basilicata, Itália, o Beato EGÍDIO (Bernardino di Bello) religioso da Ordem dos Frades Menores, que viveu recluso numa gruta.
Ana dos Anjos Monteagudo, Beata
Em Arequipa, no Peru, a Beata ANA DOS ANJOS MONTEAGUDO virgem da Ordem, dos Pregadores que com o dom do conselho e da profecia promoveu o bem de toda a cidade. (1686)
Maria das Dores Rodriguez Sopeña, Beata
Em Madrid, Espanha, a Beata MARIA DAS DORES RODRÍGUEZ SOPEÑA, virgem, a qual, dando eminente testemunho de caridade cristã, se aproximou dos mais abandonados da sociedade do seu tempo, especialmente nos subúrbios das grandes cidades e fundou o Instituto das Damas Catequistas e a Obra da Doutrina, para anunciar o Evangelho e promover os pobres e os operários nas questões sociais. (1918)
Di S. Aldo, assai popolare nel nord, si conosce ben poco.
Ignoriamo perfino il luogo e la data della nascita, e quando si vuol determinare l'epoca in cui visse si parla vagamente del sec. VIII, quel periodo oscuro della nostra storia che precede l'età carolingia e l'Italia è smembrata in piccoli regni barbàrici, mentre sull'intera cristianità incombe sempre più la minaccia dell'islamismo. Un dato sicuro è il luogo di sepoltura, a Pavia, dapprima la cappella di S. Colombano e poi la basilica di S. Michele.
Un'antica tradizione ce lo presenta come carbonaio ed eremita nel pressi di Pavia, a Carbonaria. L'inclusione di S. Aldo nei Martirològi dell'Ordine benedettino ha fatto supporre che egli sia stato monaco a Bobbio, il celebre monastero fondato nel 614 da S. Colombano, a mezza strada tra il cenobio degli orientali e la comunità monastica creata un secolo prima da S. Benedetto. Il punto d'incontro di queste due forme di ascesi sembra indicato dall'esperienza religiosa del santo eremita che commemoriamo, un orante dalle mani incallite e il volto annerito dalla fuliggine delle carbonaie.
I monaci irlandesi di S. Colombano non conducevano una vita eremitica in senso stretto. Ognuno si costruiva la propria capanna di legno e di pietre tirate su a secco, entro una cinta rudimentale, per isolarvici in solitaria contemplazione nelle ore dedicate alla preghiera. Poi ne usciva con gli attrezzi da lavoro per recarsi alle consuete occupazioni giornaliere e guadagnarsi da vivere tra gli uomini col sudore della fronte. Insomma, l'eremita si allontanava provvisoriamente dagli uomini per dare più spazio alla preghiera e riempire la solitudine esteriore con la gioiosa presenza di Dio. Ma non si estraniava dalla comunità, alla cui spirituale edificazione contribuiva con l'esempio della sua vita devota e anche con carità fattiva.
Possiamo quindi ritenere S. Aldo un felice innesto dello spirito benedettino con quello apportato dai fervidi missionari provenienti dall'isola di S. Patrizio, l'Irlanda, l'"isola barbara" trasformata in "isola dei santi" per la straordinaria fioritura del cristianesimo. S. Colombano ne aveva portato sul continente una primaverile ventata di nuova spiritualità. Si era cioè prodotto un movimento inverso a quello che aveva recato la buona novella nell'isola degli Scoti. Decine di monaci e di eremiti irlandesi, fattisi "pellegrini per Cristo", in un esaltante scambio evangelico, da evangelizzati diventavano evangelizzatori.
MARCHESINA LUZI, Beata
La beata Marchesina Luzi nacque a San Severino verso la fine del '400 da Silvestro Luzi, capostipite di una illustre e nobile famiglia vissana. Marchesina viveva con il padre Silvestro, lo zio Don Bernardino, rettore della chiesa abbaziale di San Lorenzo, ed il fratello Mariotto. Marchesina cresceva virtuosa e dedita alle opere di carità e alla preghiera.
Aveva forte il desiderio di entrare in convento ma, non volendo abbandonare il padre, decise di scegliere un'altra forma di vita religiosa molto in auge in quel tempo: si iscrisse al terzo ordine di Sant'Agostino vestendone l'abito. La monaca era molto preoccupata per la vita dissoluta che conduceva Mariotto. Il fratello, dedito ad illecite relazioni, aveva persino messo gli occhi su Marchesina.
I primi di gennaio del 1510, Mariotto disse al padre di volersi recare a fare una visita a Visso, luogo di provenienza della famiglia, e chiese il permesso di portare con sé sua sorella. Durante il percorso Mariotto tentò di abusare di Marchesina, ma lei rifiutò le proposte oscene del fratello e costui la strangolò ed abbandonò il corpo in una grotta. Sarebbe passato tanto tempo prima di conoscere il misfatto, se Marchesina non fosse apparsa per tre notti in sogno ad un frate agostiniano indicandogli il luogo della sua morte e la causa.
A questo punto il frate, su consiglio del suo superiore, decise di accertarsi della veridicità del sogno e recatosi presso le Grotte di S. Eustacchio trovò il cadavere della monaca ancora roseo e flessibile, nonostante fossero passati tre giorni. Il corpo fu traslato nella chiesa di Sant' Agostino ed ancora oggi riposa lì, nell'altare dedicato a San Valentino.
Paolo di Tebe, Santo
Incomincia e finisce da solo. Non fa neppure un discepolo. Nemmeno ci pensa. Sarà considerato il primo degli eremiti cristiani, forse, ma non gli importa che ce ne sia un secondo. Avvolto nel mistero e affascinante, questo Paolo: non ha lasciato scritti o parole memorabili, morendo all’insaputa di tutti in un posto sconosciuto a moltissimi. E poi accade che, a otto secoli circa dalla sua morte, nasca una comunità religiosa col nome di “Ordine di San Paolo Primo Eremita” o “Eremiti di San Paolo”: una comunità che, allo spirare del XX secolo, sarà ancora viva e conosciutissima, avendo la sua casa generalizia in Polonia, presso il santuario mariano di Czestochowa, a contatto con milioni di pellegrini.
Però è da vedere se questo Paolo corra dalla città al deserto già con quell’idea di vivere in solitudine e preghiera fino alla morte. Sappiamo che è di famiglia egiziana nobile, già cristiano. E che fugge verso il deserto inizialmente per salvare insieme la fede e la vita. E’ cominciata infatti la persecuzione ordinata dall’imperatore Decio a metà del III secolo, nel tentativo di ridare unità al mondo romano attorno alle antiche divinità pagane. Una persecuzione breve, ma dura e capillare, perché si chiede a ognuno di partecipare personalmente a riti pagani, come segno di lealtà allo Stato. Chi accetta può vivere tranquillo, ricevendo una sorta di certificato di buona condotta. E molti cristiani difatti accettano, in modo più o meno convinto, per salvare la vita. Paolo non rende omaggio agli dèi; si salva con la fuga.
Presto l’imperatore Decio muore combattendo in Tracia contro i Goti (anno 251) e la persecuzione cessa. Ma Paolo non ritorna. Non lo si vede più: il deserto e la solitudine lo hanno conquistato. Lo appagano, lo fanno sentire realizzato e mai più bisognoso di tornare indietro verso la città, la famiglia, i beni. Un luogo montagnoso con nascondigli propizi; una fontana, e quindi degli alberi, dei frutti: questo diventa per lui il migliore dei mondi. Ci resterà per sessant’anni, morendo vecchissimo. San Gerolamo (ca. 347-420) scriverà su di lui un libro ricco di avventure entusiasmanti, ma sprovvisto di notizie certe.
Un santo bizzarro: senza data sicura della morte, senza che una sola parola sua ci sia pervenuta. C’è in Egitto un monastero, di fronte al Sinai (eretto forse nel VI secolo da Giustiniano), che, secondo la tradizione, conserva la sua cella. Niente altro abbiamo che ci colleghi materialmente a quest’uomo del silenzio. Tuttavia la Chiesa ne conserva il ricordo, con questa aureola di isolamento radicale. Sappiamo che Antonio abate, maestro di monaci, andò a visitarlo da vecchio. E che, tornando dopo alcuni anni, non l’ha più trovato vivo. Anche all’incontro con la morte Paolo l’egiziano è andato da solo. Nessuno ha saputo quando e come.
RAIMONDO DI FOSSO, Beato
Nominato redentore, il Beato Raimondo de Fosso venne inviato in terra africana per svolgere il suo oincarico di redenzione che ogni mercedario desiderava compiere. In Algeria e Mauritania liberò innumerevoli cristiani da una dura schiavitù e nella stessa Mauritania pieno di sante opere lo colse la morte.
L’Ordine lo festeggia il 10 gennaio
VALÉRIO, Santo
Eremita na Aquitânia
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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto
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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
"""""""""""""""
Eu e minha mulher (e toda a minha familia) desejamos a todos os leitores
UMA FELIZ E PRÓSPERO ANO NOVO DE 2020
Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las
ANTÓNIO FONSECA
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