Feliz Ano de 2017
Interior da Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso
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Nº 3030
Série - 2017 - (nº 56)
25 de FEVEREIRO de 2017
SANTOS DE CADA DIA
10º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
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AVERTANO, Santo
ROMEU, Beatp
Em Lucca, na Etrúria, hoje Toscana, Itália, o Santo AVERTANO, peregrino e religioso e o Beato ROMEU, da Ordem dos Carmelitas. (1386)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Cerca do ano de 1380, chegaram ao hospital de São Pedro, em Lucca, Itália, dois peregrinos que vinham, de França: chamavam-se AVERTANO e ROMEU, e pareciam não ir muito tempo de vida. Natural de Limoges, AVERTANO tinha sido sempre muito piedoso. Quando chegou a altura de escolher estado, teve a inspiração de entrar na Ordem dos carmelitas.. Os pais rogaram-lhe que não os abandonasse. "Tem compaixão dos meus cabelos brancos", dizia o pai. «Vou morrer em breve e quem me fechará os olhos?» acrescentava a mãe. A estas palavras e outras semelhantes, AVERTANO respondeu que Deus nunca abandona aqueles que seguem a sua vontade, que a felicidade dos pais consiste na dos filhos e que a vida religiosa lhe parecia preferível ao melhor trono do mundo.
A dar crédito ao seu biógrafo, aliás mais eloquente do que exacto, AVERTANO praticou no claustro toas as virtudes. Tal como SANTIAGO MENOR, bispo de Jerusalém, permaneceu ajoelhado durante tanto tempo que a pele dos joelhos se lhe tornou dura como couro, como São FRANCISCO DE ASSIS, considerava o dinheiro como veneno, recusava-se a tocar-lhe, a olhar para ele e até a manchar os lábios falando dele. O seu amor aos pecadores era tamanho que de bom grado sacrificaria mil vezes a vida para os converter.
Tendo manifestado grande desejo duma peregrinação a Roma, os superiores concordaram e deram-lhe por companheiro ROMEU, irmão leigo do convento. Raras vezes, diz o historiador, se fez peregrinação mais edificante. Dir-se-ia que percorriam a estrada dois anjos,um ao lado do outro. Rezavam sem cessar e visitavam, todas as igrejas que encontravam. Sofreram muitos trabalhos para atravessar a fronteira italiana, tão grande era o receio que todos tinham de que fossem portadores da peste. Iam efectivamente contagiados pela peste negra e tiveram de se deter na cidade de Lucca, onde ambos morreram com intervalo de uma semana.
Sebastião de Aparício, Beato
Em Puebla de Los Ângeles, no México, o beato SEBASTIÃO DE APARÍCIO um pastor de ovelhas que emigrou de Espanha para o México, onde ganhou fortuna que aplicou no auxílio aos indigentes e, depois de ter enviuvado duas vezes, foi recebido na Ordem dos Frades Menores e morreu quase centenário. (1600)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Começou por ser pastor na Galiza, Espanha, onde nasceu. A seguir partiu para o México, onde enriqueceu. Depois de se casar duas vezes, fez-se franciscano aos 72 anos de idade, e morreu quase centenário em Puebla de Los Angeles.
Luís Versiglia, Santo
Calisto Caravário, Santo
Calisto Caravário, Santo
Nas margens do rio Beijiang, Schaoguan, Guandong, China, os santos mártires LUÍS VERSIGLIA bispo e CALISTO CARAVÁRIO presbitero da Sociedade Salesiana que sofreram o martírio por terem dado assistência cristã aos fiéis que lhes estavam confiados. (1930)Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
LUÍS VERSIGLIA
Dois lugares, duas datas - os marcos que assinalam as estremas da vida de LUÍS VERSIGLIA. A 5 de Junho de 1873 nasce em Oliva Gessi (Pavia), em Itália; no dia 25 de Fevereiro de 1930 é assassinado em Li Thau Tseui - China.
O seu retrato juvenil é o de um rapaz de temperamento vivo, de inteligência perspicaz, fino nos modos. Aos 12 anos, entra na escola de Dom BOSCO, em Turim; um dia, este sussurra-lhe ao ouvido: «Hás-de vir a falar comigo; tenho uma coisa a a dizer-te». A doença e a morte do santo não permitiram o encontro, mas o pequeno ficou cativado.
Aos 16 anos faz a primeira profissão religiosa, como salesiano. Completados os estudos secundários, é enviado a Roma, a frequentar a Universidade Gregoriana. Nos tempos livres dedica-se ao apostolado no meio dos jovens.
Dedica-se a fundo aos estudos teológicos e à formação espiritual. Com pouco mais de 22 anos é ordenado sacerdote. No ano seguinte encontramo-lo já como director e mestre de noviços em Genzano de Roma. Imediatamente dá mostras de ser um exímio formador de futuros sacerdotes.
O seu sonho, porém, desde os mais tenros anos, são as Missões. Em 1906, com 33 anos de idade apenas, é nomeado chefe da primeira expedição de missionários Salesianos destinados à China. Começa por trabalhar em Macau, onde é conhecido com o nome de «pai dos órfãos», sendo ao mesmo tempo muito apreciado como director espiritual, fazendo da casa de Dom BOSCO um centro de fé para todos os católicos da cidade.
Em 1930 é nomeado e ordenado Bispo, Vigário Apostólico de Schiu Chow, na região de Kwangtung, no Sul da China. Atravessa-se então aí uma época de graves tensões sociais e políticas, que perturbam a ordem e impedem o funcionamento normal das missões católicas. Não obstante isso, o seu zelo apostólico leva-o a organizar a catequese e a fundar escolas e seminários. Uma vez mais se confirmam as suas excepcionais qualidades de animador aberto e corajoso. Todos, cristãos e não cristãos, o veneram.
Um desejo ardente de santificação acompanha o seu ardor apostólico, preparando-se assim para a forma mais profunda de união com Cristo: o martírio.
CALISTO CARAVÁRIO
O arco da vida de CALISTO CARAVÁRIO abre no dia do nascimento em Cuorgné, Turim, Itália, no dia 8 de Junho de 1903 e fecha-se com a morte trágica, no dia 25 de Fevereiro de 1930, em Li Tchau Tseui - China - juntamente com seu bispo, Dom LUÍS VERSIGLIA.
Tendo a família passado a viver em Turim, frequentou muito jovem ainda o centro juvenil e a escola primária salesiana. Fez os estudos liceais na Casa Mãe, em Valdocco. Os seus companheiros conservam dele a imagem de um rapaz piedoso, ponderado, sereno, inteligente, amável; e sobretudo «límpido».
Ainda adolescente, interessa-se vivamente pelo trabalho dos missionários; faz os possíveis por encontrar-se com eles, pedir informações sobre a actividade missionária, sempre que se encontram de passagem por Turim. "Ainda hei-de conseguir ir consigo para a China", promete; e o que diz, vai cumpri-lo. Tendo embarcado a primeira vez em Génova, jamais regressara à pátria. "Sinto-me feliz pelo sacrifício que fiz" escreveu.
Trabalha no Extremo Oriente, na longinquá ilha de Timor, mas sobretudo em Xangai e depois em Schiu Chow, onde completa a sua preparação e é ordenado sacerdote, por Dom LUÍS VERSIGLIA, em 1929.
«O teu CALISTO - escreve à mãe, que partilha com ele o espírito missionário - já não é teu: deve ser inteiramente do Senhor!» E, entre as suas reflexões, encontramos escrito: «Será breve ou longo o meu sacerdócio? Não sei, o que importa é que eu apresente ao Senhor o fruto dos dons que Ele me fez".
Apresentou-o com o martírio, no ano seguinte, com oito meses apenas de sacerdote. O seu bispo fez tudo para o salvar. «Eu já sou velho» - suplicou aos assassinos -, «Matem-me a mim, mas a este não lhe façam mal, que é tão jovem!» Os piratas não tiveram dó nem piedade. Por causa do ódio à fé e para vingar-se da luta renhida para defender a dignidade pessoal de três jovens mulheres, fuzilaram-no barbaramente, associando-o à glória do martírio.
O Bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas
Uma confusa e sangrenta situação de guerrilha atormentava os territórios inquietos do Sul da China. Piratas, revolucionários e militares foragidos infestavam caminhos e rios. Dom LUÍS VERSIGLIA ainda não conseguira deslocar-se de Schiu Chow para visitar os cristãos de Lin Chow. mas nos finais de Janeiro de 1910, resolveu ir visitá-los. «Se estamos à espera que haja segurança nos caminhos - disse - nunca mais partiremos... Será o que Deus quiser!». Da residência de Lin Chow veio ter com ele o Padre CARAVÁRIO para o acompanhar. A comitiva era composta pelo venerando bispo e o jovem sacerdote, dois alunos do colégio Dom Bosco, que iam de férias para casa, duas irmãs destes e uma catequista professora. Tinham atrasado a viagem para poderem ir na companhia dos missionários!
A agressão
Partiram de comboio no dia 24 de Fevereiro. No dia seguinte continuaram de barco através do rio Pak-Kong. Fizeram uma breve paragem em Ling Kong Hok. Por volta do meio dia já estavam de novo de viagem, pelo rio fora, de visita à localidade de Li Thau Tseui.
Estavam a rezar o Angelus, quando, de súbito, se ouviu um grito selvagem vindo da margem do rio. Uma dezena de homens, de espingardas apontadas, intimavam: «Alto! Encostem!». «Mas... nós pertencemos à Missão". "Não interessa. Parem».
Os remadores empurraram o barco para terra. No interior da embarcação, as jovens logo intuíram o perigo e, cheias de medo, põem-se a rezar. O diálogo continua. "Às ordens de quem viajais?». «De ninguém - responde o barqueiro - os missionários sempre puderam andar livremente dum lado para o outro". "Tendes de pagar uma multa de 500 dólares bem papel europeu". "Mas nós não temos aqui dólares nenhuns..."
A um dado momento, dois figurões saltam para o barco, passam tudo em revista. Ao encararem com as mulheres, desatam numa gargalhada triunfal. "Ficamos com as mulheres!». Mas já o bispo e o sacerdote se interpõem, dispostos a defendê-las energicamente. Enfurecidos, os piratas atiram-se sobre os pobres missionários, com murros e coronhadas, imprecando e blasfemando.
O bispo foi o primeiro a tombar sob a dureza dos golpes. Dos seus lábios sai-lhe uma oração em murmúrio: «Jesus... Maria!" As mulheres resistem como podem. "Coragem, minha filha - diz o bispo para MARIA THONG. "tem fé!". A luta continua, as forças é que vão faltando. Não é propriamente "a licença de trânsito", nem de "salvo-conduto". Isto é apenas pretexto. Os verdadeiros motivos de toda aquela ferocidade são o ódio contra os missionários e a paixão cega.
O martírio
Os missionários são amarrados e arrastados para um bosque que ficava próximo. Ouve-se um dos bandidos a gritar: «É preciso dar cabo da Igreja Católica!". Os dois jovens são obrigados a afastar-se para longe. As jovens , tremendo como varas verdes, apertam o crucifixo contra o peito. Arrancam-no. "Porque é que amas este crucificado?" "Nós odiámo-lo! odiámo-lo..."
Dom VERSIGLIA e o Padre CARAVÁRIO compreenderam que tinha chegado a hora de dar testemunho de Cristo, mesmo com a própria vida. de rosto sereno, começaram a rezar em voz alta, ajoelharam e ficaram absortos, a olhar para o céu. Nisto, cinco tiro de espingarda. O martírio está consumado.
Os dois jovens e as três raparigas presenciaram tudo e puderam ouvir tudo. Relataram tudo nos mínimos pormenores. As raparigas, banhadas em lágrimas, foram obrigadas a seguir os agressores, aos jovens intimaram-nos para desaparecerem dali e que se livrassem de voltar para trás.
Os corpos dos Mártires foram encontrados no dia seguinte e depois sepultados em Schiu Chow. A sua recordação vive na glória dos mártires!
Foram beatificados por JOÃO PAULO II, a 15 de Maio de 1983.
Os dois beatos e Portugal
Os dois bem-aventurados estão intimamente ligados à Província Salesiana Portuguesa.
Dom VERSIGLIA teve como noviço o Padre JOSÉ MARIA COELHO, primeira vocação portuguesa, após a entrada dos Salesianos em Portugal (1894). Os contactos mais frequentes com a nossa Província estabeleceram-se a partir do momento em que o Padre VERSIGLIA foi nomeado Chefe da 1ª Expedição missionária para Macau (1906) e nomeado para Director do Orfanato da Imaculada Conceição. Aí tem como colaborador o Salesiano português, Padre JOSÉ DA SILVA LUCAS, maestro da banda. O Padre CARAVÁRIO esteve dois anos (1927-29) na Escola Salesiana de Artes e Ofícios de Díli (Timor), como professor e colaborador do Padre HERMÍNIO ROSSEITI, Director.
Dois lugares, duas datas - os marcos que assinalam as estremas da vida de LUÍS VERSIGLIA. A 5 de Junho de 1873 nasce em Oliva Gessi (Pavia), em Itália; no dia 25 de Fevereiro de 1930 é assassinado em Li Thau Tseui - China.
O seu retrato juvenil é o de um rapaz de temperamento vivo, de inteligência perspicaz, fino nos modos. Aos 12 anos, entra na escola de Dom BOSCO, em Turim; um dia, este sussurra-lhe ao ouvido: «Hás-de vir a falar comigo; tenho uma coisa a a dizer-te». A doença e a morte do santo não permitiram o encontro, mas o pequeno ficou cativado.
Aos 16 anos faz a primeira profissão religiosa, como salesiano. Completados os estudos secundários, é enviado a Roma, a frequentar a Universidade Gregoriana. Nos tempos livres dedica-se ao apostolado no meio dos jovens.
Dedica-se a fundo aos estudos teológicos e à formação espiritual. Com pouco mais de 22 anos é ordenado sacerdote. No ano seguinte encontramo-lo já como director e mestre de noviços em Genzano de Roma. Imediatamente dá mostras de ser um exímio formador de futuros sacerdotes.
O seu sonho, porém, desde os mais tenros anos, são as Missões. Em 1906, com 33 anos de idade apenas, é nomeado chefe da primeira expedição de missionários Salesianos destinados à China. Começa por trabalhar em Macau, onde é conhecido com o nome de «pai dos órfãos», sendo ao mesmo tempo muito apreciado como director espiritual, fazendo da casa de Dom BOSCO um centro de fé para todos os católicos da cidade.
Em 1930 é nomeado e ordenado Bispo, Vigário Apostólico de Schiu Chow, na região de Kwangtung, no Sul da China. Atravessa-se então aí uma época de graves tensões sociais e políticas, que perturbam a ordem e impedem o funcionamento normal das missões católicas. Não obstante isso, o seu zelo apostólico leva-o a organizar a catequese e a fundar escolas e seminários. Uma vez mais se confirmam as suas excepcionais qualidades de animador aberto e corajoso. Todos, cristãos e não cristãos, o veneram.
Um desejo ardente de santificação acompanha o seu ardor apostólico, preparando-se assim para a forma mais profunda de união com Cristo: o martírio.
CALISTO CARAVÁRIO
O arco da vida de CALISTO CARAVÁRIO abre no dia do nascimento em Cuorgné, Turim, Itália, no dia 8 de Junho de 1903 e fecha-se com a morte trágica, no dia 25 de Fevereiro de 1930, em Li Tchau Tseui - China - juntamente com seu bispo, Dom LUÍS VERSIGLIA.
Tendo a família passado a viver em Turim, frequentou muito jovem ainda o centro juvenil e a escola primária salesiana. Fez os estudos liceais na Casa Mãe, em Valdocco. Os seus companheiros conservam dele a imagem de um rapaz piedoso, ponderado, sereno, inteligente, amável; e sobretudo «límpido».
Ainda adolescente, interessa-se vivamente pelo trabalho dos missionários; faz os possíveis por encontrar-se com eles, pedir informações sobre a actividade missionária, sempre que se encontram de passagem por Turim. "Ainda hei-de conseguir ir consigo para a China", promete; e o que diz, vai cumpri-lo. Tendo embarcado a primeira vez em Génova, jamais regressara à pátria. "Sinto-me feliz pelo sacrifício que fiz" escreveu.
Trabalha no Extremo Oriente, na longinquá ilha de Timor, mas sobretudo em Xangai e depois em Schiu Chow, onde completa a sua preparação e é ordenado sacerdote, por Dom LUÍS VERSIGLIA, em 1929.
«O teu CALISTO - escreve à mãe, que partilha com ele o espírito missionário - já não é teu: deve ser inteiramente do Senhor!» E, entre as suas reflexões, encontramos escrito: «Será breve ou longo o meu sacerdócio? Não sei, o que importa é que eu apresente ao Senhor o fruto dos dons que Ele me fez".
Apresentou-o com o martírio, no ano seguinte, com oito meses apenas de sacerdote. O seu bispo fez tudo para o salvar. «Eu já sou velho» - suplicou aos assassinos -, «Matem-me a mim, mas a este não lhe façam mal, que é tão jovem!» Os piratas não tiveram dó nem piedade. Por causa do ódio à fé e para vingar-se da luta renhida para defender a dignidade pessoal de três jovens mulheres, fuzilaram-no barbaramente, associando-o à glória do martírio.
O Bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas
Uma confusa e sangrenta situação de guerrilha atormentava os territórios inquietos do Sul da China. Piratas, revolucionários e militares foragidos infestavam caminhos e rios. Dom LUÍS VERSIGLIA ainda não conseguira deslocar-se de Schiu Chow para visitar os cristãos de Lin Chow. mas nos finais de Janeiro de 1910, resolveu ir visitá-los. «Se estamos à espera que haja segurança nos caminhos - disse - nunca mais partiremos... Será o que Deus quiser!». Da residência de Lin Chow veio ter com ele o Padre CARAVÁRIO para o acompanhar. A comitiva era composta pelo venerando bispo e o jovem sacerdote, dois alunos do colégio Dom Bosco, que iam de férias para casa, duas irmãs destes e uma catequista professora. Tinham atrasado a viagem para poderem ir na companhia dos missionários!
A agressão
Partiram de comboio no dia 24 de Fevereiro. No dia seguinte continuaram de barco através do rio Pak-Kong. Fizeram uma breve paragem em Ling Kong Hok. Por volta do meio dia já estavam de novo de viagem, pelo rio fora, de visita à localidade de Li Thau Tseui.
Estavam a rezar o Angelus, quando, de súbito, se ouviu um grito selvagem vindo da margem do rio. Uma dezena de homens, de espingardas apontadas, intimavam: «Alto! Encostem!». «Mas... nós pertencemos à Missão". "Não interessa. Parem».
Os remadores empurraram o barco para terra. No interior da embarcação, as jovens logo intuíram o perigo e, cheias de medo, põem-se a rezar. O diálogo continua. "Às ordens de quem viajais?». «De ninguém - responde o barqueiro - os missionários sempre puderam andar livremente dum lado para o outro". "Tendes de pagar uma multa de 500 dólares bem papel europeu". "Mas nós não temos aqui dólares nenhuns..."
A um dado momento, dois figurões saltam para o barco, passam tudo em revista. Ao encararem com as mulheres, desatam numa gargalhada triunfal. "Ficamos com as mulheres!». Mas já o bispo e o sacerdote se interpõem, dispostos a defendê-las energicamente. Enfurecidos, os piratas atiram-se sobre os pobres missionários, com murros e coronhadas, imprecando e blasfemando.
O bispo foi o primeiro a tombar sob a dureza dos golpes. Dos seus lábios sai-lhe uma oração em murmúrio: «Jesus... Maria!" As mulheres resistem como podem. "Coragem, minha filha - diz o bispo para MARIA THONG. "tem fé!". A luta continua, as forças é que vão faltando. Não é propriamente "a licença de trânsito", nem de "salvo-conduto". Isto é apenas pretexto. Os verdadeiros motivos de toda aquela ferocidade são o ódio contra os missionários e a paixão cega.
O martírio
Os missionários são amarrados e arrastados para um bosque que ficava próximo. Ouve-se um dos bandidos a gritar: «É preciso dar cabo da Igreja Católica!". Os dois jovens são obrigados a afastar-se para longe. As jovens , tremendo como varas verdes, apertam o crucifixo contra o peito. Arrancam-no. "Porque é que amas este crucificado?" "Nós odiámo-lo! odiámo-lo..."
Dom VERSIGLIA e o Padre CARAVÁRIO compreenderam que tinha chegado a hora de dar testemunho de Cristo, mesmo com a própria vida. de rosto sereno, começaram a rezar em voz alta, ajoelharam e ficaram absortos, a olhar para o céu. Nisto, cinco tiro de espingarda. O martírio está consumado.
Os dois jovens e as três raparigas presenciaram tudo e puderam ouvir tudo. Relataram tudo nos mínimos pormenores. As raparigas, banhadas em lágrimas, foram obrigadas a seguir os agressores, aos jovens intimaram-nos para desaparecerem dali e que se livrassem de voltar para trás.
Os corpos dos Mártires foram encontrados no dia seguinte e depois sepultados em Schiu Chow. A sua recordação vive na glória dos mártires!
Foram beatificados por JOÃO PAULO II, a 15 de Maio de 1983.
Os dois beatos e Portugal
Os dois bem-aventurados estão intimamente ligados à Província Salesiana Portuguesa.
Dom VERSIGLIA teve como noviço o Padre JOSÉ MARIA COELHO, primeira vocação portuguesa, após a entrada dos Salesianos em Portugal (1894). Os contactos mais frequentes com a nossa Província estabeleceram-se a partir do momento em que o Padre VERSIGLIA foi nomeado Chefe da 1ª Expedição missionária para Macau (1906) e nomeado para Director do Orfanato da Imaculada Conceição. Aí tem como colaborador o Salesiano português, Padre JOSÉ DA SILVA LUCAS, maestro da banda. O Padre CARAVÁRIO esteve dois anos (1927-29) na Escola Salesiana de Artes e Ofícios de Díli (Timor), como professor e colaborador do Padre HERMÍNIO ROSSEITI, Director.
NESTOR, Santo
Em Perga, na Panfília, hoje Turquia, a paixão de São NESTOR bispo de Magido e mártir que, preso durante a prosseguição do imperador Décio, foi condenado pelo governador da província a morrer na cruz, para que sofresse o mesmo suplício do Crucificado, cuja fé professava. (250)
CESÁRIO, Santo
Em Nazianzo, na Capadócia, hoje Nenízi, na Turquia, São CESÁRIO médico, irmão de São GREGÓRIO DE NAZIANZO. (369)
ADELTRUDES, Santa
Em Maubeuge, na Gália Bélgica, hoje França, Santa ADELTRUDES virgem e abadessa. (526)
VALBURGA, Santa
No mosteiro de Heindenheim, na Francónia, hoje Alemanha, Santa VALBURGA abadessa que, a pedido de São BONIFÁCIO e dos seus irmãos São VILEBALDO e São VINEBALDO, veio de Inglaterra para a Alemanha, onde dirigiu excelentemente dois mosteiros, um de monges e outro de monjas.. (779)
GERLANDO, Santo
Em Agrigento, na Sicília, Itália, São GERLANDO bispo que reorganizou a sua Igreja, liberta do poder dos Sarracenos. (1100)
ROBERTO DE ABRISSEL, Beato
Em No priorado de Orsan, no território de Bourges, Aquitânia, França, o passamento do Beato ROBERTO DE ABRISSEL presbitero que, pregando a conversão de costumes por várias terras, congregou dois mosteiros em Fontevrault, um para homens e outro para mulheres, sob a direcção de uma abadessa. (1116)
Em No priorado de Orsan, no território de Bourges, Aquitânia, França, o passamento do Beato ROBERTO DE ABRISSEL presbitero que, pregando a conversão de costumes por várias terras, congregou dois mosteiros em Fontevrault, um para homens e outro para mulheres, sob a direcção de uma abadessa. (1116)
DOMINGOS LENTÍNI, Beato
Em Láuria, na Lucânia, hoje Basilicata, Itália, o Beato DOMINGOS LENTÍNI presbitero que na sua terra desempenhou até à morte um frutuoso e multiforme ministério, sustentado numa vida de humildade, oração e penitência. (1828)
DIOGO YUKI RYOSETSU, Beato
Em Osaka, Japão, o Beato DIOGO YUKI RYOSETSU, presbitero da Companhia de Jesus e mártir. (1636)
MARIA ADEODATA (Teresa) PISÁNI, Beata
Em Mdina, ilha de Malta, a Beata MARIA ADEODATA (Teresa) PISÁNI, virgem da Ordem, de São Bento, que foi abadessa do mosteiro de São Pedro e, dispondo com harmonia as horas e os tempos, exerceu sabiamente o seu ofício, cuidando dos pobres e dos abandonados e contribuindo com isso para proveito espiritual da própria comunidade. (1855)
LOURENÇO BAI XIAOMAN, Santo
Em Xilinxian, Guangxi, China, São LOURENÇO BAI XIAOMAN mártir, operário e neófito, que preferiu ser flagelado e degolado a negar a Cristo. (1856)
CIRÍACO MARIA SANCHA Y HERVÁS, Beato
Em Toledo, Espanha, o Beato CIRÍACO MARIA SANCHA Y HERVÁS, bispo e fundador da Congregação das Irmãs da Caridade do Cardeal Sancha. (1909)
TURÍBIO ROMO, Santo
Em Tequilla, Guadalajara, México, São TURÍBIO ROMO, presbitero e mártir que durante a perseguição religiosa foi morto em ódio ao sacerdócio. (1928)
MARIA LUDOVICA (Antonina de Angelis), Beata
Em La Plata, Argentina, a Beata MARIA LUDOVICA (Antonina de Angelis) virgem da Congregação das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia, que se dedicou com espírito materno ao cuidado e formação das crianças e dos enfermos e pela sua diligente atenção aos necessitados num hospital se mostrou como um sinal da benignidade de Deus. (1962)
e ainda...
ADELELMO DE ENGENBERG, Santo
Di lui si sa solo che era un monaco del monastero benedettino di S. Biagio nella Foresta Nera. Su richiesta dèl barone Corrado di Seldenburen fu inviato a fondare la badia di Engelberg nell'Unterwalden, nella Svizzera, dove divenne priore e abate e dove morì il 25 febbraio 1131. Le sue reliquie furono riesumate nel 1611. La sua festa si celebra il 25 febbraio
CECÍLIA, Beata
Nelle Vite del Razzi, unica fonte da cui dipendono tutti gli altri biografi, si trovano le seguenti notizie : dopo otto anni di matrimonio, d'accordo col marito, che si fece domenicano, Cecilia entrò nel monastero ferrarese delle Domenicane di S. Caterina martire, dove trascorse trent'anni di vita ascetica. Fu tre volte priora, amata dalle suore per la sua « humanità, modestia et prudenza ». Morì poco dopo una celeste visione avuta nel Natale 1511. «Dopo la sua morte seguirono alcuni miracoli i quali per brevità si lasciano » ; la commemorazione ricorre il 25 febbraio
EUSTÁSIO DE AOSTA, Santo
Nel vasto panorama dei primi vescovi delle antiche diocesi piemontesi è fuori dubbio che gli unici due che rivestano un interesse per la Chiesa universale siano Sant’Eusebio di Vercelli, ricordato anche nel Calendario liturgico Romano, e San Massimo di Torino, annoverato tra i padri minori della Chiesa latina. Assai meno noti, ma non meno importanti in quanto primi padri nella fede delle comunità loro affidate, sono Gaudenzio di Novara, Maggiorino d’Acqui, Eulogio di Ivrea ed Eustasio di Aosta.
Quest’ultimo, anticamente ricordato in data odierna, è tradizionalmente ritenuto il primo vescovo dell’antica Augusta Pretoria, odierna Aosta, capoluogo della grande vallata omonima. Il suo nome di battesimo, Eustasio (citato talvolta quale Eustazio o Eustachio), ci fa presupporre che fosse di origine orientale: vari altri santi di quelle zone portano infatti tale nome. Conobbe dunque assai probabilmente Sant’Eusebio allora esiliato forzatamente e decise di seguirlo a Vercelli per entrare nel nascituro celebre cenobio da lui fondato.
Ricevette qui un’adeguata formazione e, ritenuto degno dell’episcopato. In seguito alla richiesta che, secondo Sant’Ambrogio, la Chiesa valdostana fece ad Eusebio, Eustasio fu dunque destinato nella nuova sede episcopale nella prima metà del V secolo. Non sono purtroppo stati tramandati ulteriori dettagli circa il suo operato presso Aosta, ne sussiste prova alcuna del suo passaggio presso l’attuale cattedrale cittadina. Nel 451, forse impossibilitato a parteciparvi a causa dell’età avanzata, Eustasio inviò in sua rappresentanza al concilio di Milano il presbitero Grato. Quest’ultimo gli successe poi sulla cattedra di Aosta e, venerato come santo, la venerazione nei suoi confronti superò enormemente quella verso il protovescovo.
Da tempo non è più celebrata nella sua diocesi la memoria liturgica di Sant’Eustasio e nel calendario della Regione Pastorale Piemontese non figura inspiegabilmente neppure tra i santi e beati con culto solo locale.
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
e do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga, além de outros, eventualmente
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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, não coloco quaisquer entraves para quem quiser copiá-las
Gaia - Chafariz na Praça dos Aviadores
Blogue:
SÃO PAULO (e Vidas de Santos)
http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com
http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com
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