Caros Amigos
16º ano com início na edição
Nº 5 102
NOTA:
Hoje inicia-se nova numeração anual
Este é portanto o
68º Número
da Série de 2023
e o Nº 1 2 2
do 16º ano
Todas as biografias podem ser consultadas através dos
Livros "SANTOS DE CADA DIA" da Editorial A. O. de Braga;
MARTIROLÓGIO ROMANO - Edição MMXIII
ou através das etiquetas do Blogue referentes à sua publicação em anos anteriores.
Muito Obrigado a todos os meus Seguidores e Leitores e/ou simples Visitantes
e continuem a passar os seus olhares por este Blogue e fazendo os comentários favoráveis ou não, como e se o entenderem
Igreja da Comunidade de
São PAULO DO VISO
Foto de 1-Maio-2022
António Fonseca
Autor desde 7-11-2006
Nº 5 2 2 5
9 DE MARÇO DE 2023
SANTOS DE CADA DIA
(Nº 1 2 2)
16º A N O
BENDITO E LOUVADO
SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão recordar, comemorar e até imitar a
Vida dos Santos e Beatos de cada dia
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida
deverão recordar, comemorar e até imitar a
Vida dos Santos e Beatos de cada dia
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida
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DOMINGOS SÁVIO, Santo
(1842-1857)
Com lágrimas nos olhos corrigia São JOÃO BOSCO uma das muitas edições do livro que ele próprio escreveu sobre o seu aluno predilecto, DOMINGOS SÁVIO.
- Porque chora? - pergunta-lhe o Padre TRIONE.
- Sempre que faço este trabalho tenho de pagar tributo às lágrimas.
Quem era este menino, cuja saudade fazia chorar o grande santo?
Era DOMINGOS SÁVIO, o benjamim dos santos não mártires. Nasceu em Riva de Chiéri, ao norte de Itália, a 2 de Abril de 1842, e faleceu em Mondónio, a 9 de Março de 1857, contando 15 anos menos um mês.
Devido á sua piedade e conhecimento perfeito da Catequese, admitiram-no a receber pela primeira vez Jesus com apenas sete anos, coisa inaudita nesse tempo.
«Propósitos que eu, DOMINGOS SÁVIO, fiz no ano de 1849, quando recebi pela primeira vez Jesus aos sete anos de idade:
1. Confessar-me-ei com muita frequência e receberei a Sagrada Comunhão sempre que o confessor me permitir.
2. Quero santificar os dias de festa.
3. Os meus amigos serão Jesus e Maria.
4. Antes morrer que pecar.»
Quero ser santo
Encontrava-se DOMINGOS no Oratório (Patronato) há seis meses quando ouviu uma prática que profundamente o impressionou. São JOÃO BOSCO desenvolveu estres três pensamentos:
«1 - É vontade de Deus que todos sejamos santos;
2 - É fácil consegui lo;
3 - Está preparado para os santos um grande prémio no céu».
«Aquela prática - comenta o santo - foi para DOMINGOS uma chispa que inflamou o seu coração no amor de Deus».
Filho de Maria
«Bem se pode dizer - escreve São JOÃO BOSCO - que toda a vida de SÁVIO foi um exercício de ,devoção a Nossa Senhora, pois não deixava passar ocasião alguma sem lhe prestar as suas homenagens.
No ano de 1854, o Sumo Pontífice PIO IX definiu como dogma de fé a Imaculada Conceição de Maria.
«DOMINGOS desejava ardentemente tornar vivo e duradouro entre nós a recordação deste Augusto título que a Igreja tinha dado à Rainha dos Céus.
- Queria - costuma dizer - fazer alguma coisa em honra da Virgem Santíssima.
A Companhia da Imaculada Conceição, associação que reunia os alunos mais exemplares e com maiores ânsias de apostolado, foi a realização deste anseio.
O menino dos prodígios
O seu amor à Eucaristia fica comprovado por alguns acasos narrados por São JOÃO BOSCO:
«Quando DOMINGOS ia à Igreja, especialmente nos dias em que recebia a Sagrada Comunhão ou estava exposto o Santíssimo Sacramento, acontecia-lhe muitas vezes ficar como que extasiado; se não o chamavam para cumprir os seus deveres, ficava ali muitíssimo tempo».
Outro facto mais extraordinário conta ainda DOM BOSCO;
«Falava-me amiúde do Romano Pontífice, dando-me a entender quanto desejava poder vê-lo antes de morrer, assegurando-me repetidas vezes que tinha coisas de grande importância para dizer-lhe. Perguntei-lhe que era aquilo de tanta importância que queria dizer ao papa.
- Se pudesse falar ao santo Padre, dir-lhe-ia que, no meio de tantas tribulações que o esperam, não deixe de trabalhar com especial solicitude pela Inglaterra. Deus prepara um grande triunfo ao catolicismo naquele reino..
- Em que te fundas para afirmá-lo?
- Vou dizer-lho, mas que ria que não contasse nada a ninguém. Certa manhã, ao dar graças depois da Comunhão, sobreveio-me forte "distracção". Pareceu-me ver uma vastíssima planície cheia de gente envolvida em densas trevas.
- Esta região é a Inglaterra - disse-me uma personagem que estava a meu lado. Ia perguntar-lhe outras coisas quando divisei o Santo Padre PIO IX tal como o tinha visto nalguns quadros, segurando nas mãos uma esplendorosa tocha, avançava entre aquela multidão. À medida que avançava, dissipavam-se as trevas com o resplendor da tocha e a gente ficava inundada com uma luz, como em pleno meio-dia.
- Esta luz - disse-me o amigo - é a religião católica, que há.de iluminar a Inglaterra.
Tendo ido a a Roma no ano de 1857, escreve Dom BOSCO, contei isto ao santo padre, que me ouviu com bondade e prazer.
- Isto - afirmou o papa - confirma-Me no propósito de trabalhar sem descanso em favo de Inglaterra, que é objecto de toda a minha solicitude.
Voou para o céu.
Sentindo-se fraco e doente, os médicos aconselharam-no a mudar de ares, indo recuperar as forças na casa paterna,
No dia 9 de Março pediu:;
~«Querido pai, chegou a hora. pegue no Jovem Cristão (livro de orações) e leia-me a ladainha da Boa Morte...
~Repetia DOMINGOS com voz clara e distinta todas as palavras... Pareceu conciliar o sono como quem reflecte seriamente sobre coisas de grande importância. Pouco depois despertou e com voz clara e alegre, disse
:
~- Adeus, pai, adeus! Oh! que coisas tão lindas estou a ver!
Ao dizer isto, sorriu com rosto celestial e expirou com as mãos cruzadas sobre o peito e sem fazer o mais pequeno movimento».
Passado um mês, apareceu ao pai. Dezanove anos mais tarde teve um demorado colóquio com Dom BOSCO; Nesta aparição revelou-lhe que, à hora da morte, o que mais o confortou foi a assistência da poderosa e amável Mãe de Deus.
Foi proclamado santo por PIO XII, a 13 de Julho de 1954.
FRANCISCA ROMANA, Santa
Viúva - 1384-1440
Nasceu Santa FRANCISCA em 1384 e morreu em 1440. O pai, Paulo Busa di Lioni, era de nobreza romana. Sentiu-se a menina desde a infância atraída pelo aroma da pureza e obrigou-se por voto a ser religiosa. Mas por ordem do confessor, teve de condescender com os desejos do pai, que a deu em matrimónio aos 12 anos ao jovem aristocrata Lourenço de Ponziani. Teve três filhos: INÊS e JOÃO EVANGELISTA, que morreram em pequenos, e JOÃO BAPTISTA, que veio a perpetuar a família..
A história da nossa Santa confunde-se com a da Cidade Eterna naquela época. Roma estava dividida em dois bandos que se guerreavam encarniçadamente. Os Orsini, em cuja facção ocupava elevado posto Lourenço de Ponziani, lutavam em favor do papa, ao passo que os Colonnas, seus adversários, apoiavam Ladislau de Nápoles. Lourenço ficou gravemente ferido e, perdida a batalha por parte dos pontifícios, Ladislau entrou vitorioso em Roma e levou como reféns os filhos das famílias mais distintas. A nossa Santa viu-se obrigada a entregar o filho JOÃO BAPTISTA. Depressa o recuperou mas, numa segunda invasão dos Napolitanos, voltou a perdê-lo, depois de ver saqueado o seu palácio.
Apesar de o marido estar ferido, o fiolho cativo e o palácio saqueado, FRANCISCA não perdeu a paz de alma, a resignação e o fervor que a levavam a fazer o bem a todos. Tinha as mãos rotas; tudo o que nela caía escapava-se em favor dos pobres e dos doentes.
Um dia a gente, estupefacta, viu-a guiando pelas ruas, junto ao foro, um burrinho carregado com um feixe de lenha e um fardo de roupa, tudo para os pobres. Os dois saques de Roma ofereceram-lhe campo vastíssimo para abrir as asas da sua caridade. Andava à procura dos desprotegidos pelos desvios sórdidos, onde os enfermos buscavam a luz do seu sorriso, e pelos sótãos, onde se amontoavam as crianças de caras pálidas e famintas. Toda a sua missão era mitigar a dor, aliviar a pobreza.
À sua volta reuniram-se depois outras senhorias, desejosas de imitar esses impulsos generosos; ela dirigia-as espiritualmente , apartando-as das vaidades do mundo e ensinando-lhes o caminho evangélico da caridade e do sacrifício. Assim nasceu a Confraria de Oblatas Beneditinas, que habitaram depois e habitam ainda, em forma de Terceiras conventuais, perto do Capitólio, e foram aprovadas por EUGÉNIO IV, em 1433.
Falecendo lhe o marido em 1436, FRANCISCA retirou-se para a casa das suas Oblatas, que a nomearam Superiora Geral, cargo que desempenhou até à morte.
A sua vida sobressaiu pelas graças extraordinárias, como o poder de fazer milagres e de penetrar nos segredos do outro mundo. Via o seu anjo da guarda. Viu o inferno com o seu fogo e os suplícios horríveis, e o Purgatório com o seu fogo claro, de tonalidade avermelhada e com os seus diversos "domicílios". Levada pela mão mesma de Deus penetrou no Paraíso.
A sua visão mais alta foi, porém, a do Ser divino antes da criação dos anjos. Era um círculo esplêndido e imenso que, só por si mesmo, pairava. Debaixo do círculo infinito, o deserto do nada, e dentro deste, uma por assim dizer coluna deslumbrante, em que se reflectia a divindade. E lá umas letras: Principio sem principio e Fim sem fim. Depois vieram a aparecer os anjos à semelhança de flocos de neve sobre montanhas. E Nosso Senhor disse à vidente:
"Eu sou a profundidade do poder divino. Eu criei o céu, a terra, os rios e os mares. Eu sou a sabedoria divina. Eu sou a altura e a profundidade; a esfera imensa, a altura do amor, a caridade inestimável. Pela minha obediência, fundada na humildade, remi o mundo".
Quando se tratou em 1606 , no tempo de Paulo V, de canonizar santa FRANCISCA ROMANA, o cardeal São ROBERTO BELARMINO juntou ao seu voto favorável a declaração de que esta Santa - tendo vivido primeiro em virgindade e depois uma série de anos em casto matrimónio, tendo suportado os incómodos da viuvez e tendo seguido finalmente vida de perfeição no claustro - merecia tanto mais as honras dos altares, quanto mais podia ser apresentada como modelo de virtude a todas as idades e a todos os estados.
No meio das ruas de Roma, quando estavam cheias de ódio e nelas ressoava o ruído das armas, espalhou ela a paz de Cristo nos corações como anjo de paz e de misericórdia.
O processo em ordem à glorificação iniciara-se no mesmo ano em que morreu a Santa; um segundo, três anos depois, e oito mais tarde, o terceiro. Por fim, PAULO V marcou o dia 29 de maio de 1608 para a canonização. Na Bula respectiva exalta o papa o poder da graça na débil criatura humana, e felicita Roma onde esse poder brilhou mais que nas restantes cidades da terra. Não só, diz o papa, pelos exércitos de santos mártires, adornados pela púrpura do sangue, e pelas gloriosas multidões de veneráveis prelados, mas também pelos formosos coros de castas virgens e santas mulheres, favorecidas por Deus; também por isso resplandece Roma como soberana , adornada de coroa de brilhantes joias.
Alguns dias depois da canonização em São Pedro do Vaticano saíram grandes procissões com a imagem da Santa e dirigiram-se para o convento da Porta Degli Specchi; para o seu sepulcro na igreja de santa Maria Nuova; e para Santa Maria in Araceli, como igreja do Senado Romano. Também PAULO V visitou repetidamente o sepulcro de Santa FRANCISCA e junto dele celebrou Missa.
GREGÓRIO NISSENO, Santo
Bispo - 400
Nasceu no Ponto, Mar Negro, em 335 e morreu em Nissa, cerca do ano 395. Passou toda a vida na Capadócia (Arménia Turca). Segundo já dissemos com São BASILIO, seu irmão mais velho, e São GREGÓRIO NAZIANZENO, seu amigo, forma a tríade dos "Capadocianos" ou "Luminares da Capadócia". Foram caracterizados com esta fórmula:
«BASÍLIO era o braço que actua, GREGÓRIO DE NAZIANZO a boca que fala, e GREGÓRIO DE NISSA a cabeça que pensa".
Pela parte preponderante que tomou no 1º Concilio de Constantinopla (381) em que se formulou a doutrina trinitária, e pelos seus escritos, está entre os que mais contribuíram para libertar do arianismo as Igrejas Orientais. Antes de ser bispo de Nissa (372) ensinara belas letras e vivera em matrimónio. Conserva-se do santo um conjunto escrito considerável. As suas obras místicas encerram riquezas sem par.