terça-feira, 9 de novembro de 2010

Nº 1182–10 DE NOVEMBRO DE 2010–Santos do Dia

 

SÃO LEÃO I, O MAGNO

Papa, Doutor da Igreja (461)

León Magno, Santo

León Magno, Santo

XLV Papa

A história conhece-o pelo sobrenome de Magno ou o Grande. Oriundo da Toscana, era diácono da Sé apostólica no tempo de Celestino I e pessoa estimadíssima. João Cassiano, no prólogo da obra sobre a encarnação do Senhor, composta no ano de 440 a pedido do mesmo S. Leão, chama-lhe «ornamento da Igreja romana e do divino ministério». Foi eleito Papa no mesmo ano, quando se encontrava em França com missão política importante. Um mês mais tarde, assim falava ao povo romano reunido na Basílica de Latrão: «O afecto da vossa caridade não estava satisfeito até ser presente aquele que a necessidade duma grande viagem conservava longe daqui. Dou graças a Deus Nosso Senhor, e dá-las-ei sempre, como é devido ao auxilio do vosso fervor, pois fizestes de mim um juízo tão favorável, sem que de mim, houvesse qualquer título para o merecer. Peço-vos, pelas misericórdias do Senhor, que ajudeis com as vossas orações aquele que chamastes com os vossos desejos, a fim de o espírito da graça permanecer sobre mim e não chegardes a arrepender-vos da vossa eleição. Conceda.-nos a todos a paz Aquele que pôs nos vossos corações o impulso da unanimidade». No aniversário da sua entronização falará sempre com o mesmo espírito de humildade: «Ao trazer-nos este dia o aniversário daquele em que Deus quis que eu principiasse o meu cargo episcopal, encontro grande motivo para alegrar-me para a glória de Deus que, a fim de que mais O ame, me perdoou muito e, a fim de tornar a sua graça mais admirável, encheu dos seus dons um homem no qual não pôde encontrar mérito nenhum». Estes homens são os que Deus escolhe como instrumentos seus, para tudo o que é grande. Época de perturbação e revolta. O império romano aos pés dos bárbaros, e arruinado com ele o principal baluarte exterior da unidade da Igreja. No Oriente dominava uma nova heresia, o Monofisismo de Êutiques, que punha em Cristo uma só natureza, mistura da divina e humana. S. Leão era o homem requerido pelas necessidades da Igreja. A salvação do mundo estava então em reforçar e estender o primado romano, fundamento da unidade eclesiástica; e nisso empregou o papa um zelo tão ativo como universal. Era firme e inexpugnável na fé, destro teólogo e hábil diplomata. A sua carta a Flaviano, bispo de Constantinopla, foi a resplandecente estrela que dirigiu os católicos nas suas lutas contra o monofisismo. Foi ele o primeiro a estigmatizar o conciliábulo de Éfeso, do ano de 449, com o qualificativo de latrocinium (roubo violento) que lhe ficou na história. Com a mesma decisão com que aprovou os decretos dogmáticos do concílio de Calcedónia (451), rejeitou também, o cânone 28 em que se pretendia levantar a sé de Constantinopla acima de todas as outras sés patriarcais do Oriente. Roma não lhe deve menos na ordem temporal. Átila ultrapassara os Alpes e entrara na Itália. O Imperador fugia e os generais romanos escondiam-se. O Papa era a única força capaz de impedir a ruína universal. S. Leão saí ao encontro do conquistador bárbaro, acampado às portas de Mântua. Que sucedeu naquele dia? Só sabemos como certo que o bárbaro se abrandou ao ver diante de si, em atitude de suplicante, o Pontifice dos cristãos e retrocedeu com todo o seu exército. Isto sucedeu em 452. Pouco depois escrevia o Santo; «Queira Deus que estes males sirvam para emenda dos que sobrevivem, e que, cessando as desgraças, cessem também as ofensas. Será grande misericórdia de Deus apartar Ele os açoites e converter os corações». O império estava podre e os pecados não cessavam. A imperatriz Eudóxia chama o vândalo Genserico, que se apresenta nas bocas do Tibre com grande esquadra, como flagelo da ira de Deus contra os maus cristãos. O Papa conseguiu do verdugo, em 455, que perdoasse a vida aos Romanos e se abstivesse de incêndios e destruições. Roma salvou-se, mas o castigo foi terrível. Durante 15 dias esteve sujeita ao saque de mouros e vândalos,. que se espraiaram pelas suas ruas como feras. Apenas se salvou o que se acumulara nas três grandes basílicas urbanas. S. Leão rezava diante das relíquias de S. Pedro. Alguns anos depois dizia num sermão: «O meu coração está cheio de tristeza e de temor. Os homens correm grande perigo, quando são ingratos a Deus, quando lançam ao esquecimento as suas mercês e nem se arrependem depois do castigo, nem se alegram com o perdão… Há mais entusiasmo pelos demónios que pelos Apóstolos, e atraem mais público os espetáculos insensatos que os bem-aventurados mártires. Todavia, quem salvou esta cidade?… Foram porventura os jogos de circo, ou antes a proteção dos Santos? As orações dos Santos é que mitigaram o rigor da justiça divina e graças a eles, tendo nós merecido a ira, podemos esperar o perdão». Rico de méritos e universalmente estimado, Leão, morreu a 10 de Novembro de 461. Logo foi venerado como Santo e Bento XIV colocou-o entre os Doutores da Igreja, em 1754. Conservam-se 96 sermões seus autênticos, pregados geralmente nas festas do Senhor e dos Santos, e uma coleção de 143 cartas, sobre questões doutrinais ou litúrgicas. Sintetizando e completando: Foi o momento em que o império romano se desmoronou no Ocidente, e em que Francos, Visigodos, Vândalos e Borguinhões nele se instalaram, desta vez para não arredarem. Excepto os Francos, que se mantinham pagãos, todos estes bárbaros eram arianos e os reis deles contavam claramente com «arianizar» os povos conquistados. Quanto ao Oriente, metade dos bispos eram monofisitas. A Igreja inteira ia então tornar-se herética? Leão I foi o papa de quem se serviu Cristo, então, para cumprir a sua promessa: «as portas do inferno não prevalecerão contra ela». Tinha os talentos de homem de Estado, um coração nobre e magnânimo, coragem e tenacidade a toda a prova. Não parou ao defender os dogmas da Encarnação e da Trindade, tanto aos arianos, para quem Jesus era um  homem divino, como contra os monofisitas, para quem o Filho de Deus apenas tomara a aparência da nossa natureza. Restringiu a autonomia das Igrejas particulares e impediu que Bizâncio, onde residia o Imperador, confiscasse em seu proveito o primado romano. É sabido também como,  apresentando-se diante de Átila (452), o dissuadiu – por meio dum tributo, evidentemente ! – de ir pilhar, incendiar e destruir, talvez para sempre, a Cidade Eterna. O concílio de Calcedónia foi o triunfo da doutrina e da autoridade do grande pontífice. Os 500  bispos que o Imperador convocara, para resolverem sobre a questão do monofisismo, limitaram-se a ler a carta papal, exclamando ao mesmo tempo: «Roma falou por meio de Leão, a causa está decidida; causa finita est». Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

SANTO ANDRÉ AVELINO

Sacerdote (1521-1608)

Andrés Avelino, Santo

Andrés Avelino, Santo

Muito popular em Roma e na Itália, é invocado de modo particular contra a morte repentina e a apoplexia. Nasceu em Castronovo em 1521, formou-se em direito e foi ordenado sacerdote em Nápoles. A seguir, passou a advogar nos tribunais eclesiásticos. Uma pequena mentira, em que deslizou, causou-lhe tanto remorso que, renunciando para sempre à profissão de advogado, resolveu dedicar-se exclusivamente à conversão das almas. Confiaram-lhe a reforma duma comunidade de religiosas, e conseguiu-o plenamente. Na mesma ocasião, teve a infelicidade de atrair sobre si a vingança dum libertino que tentou assassiná-lo. Ferido e com o rosto desfigurado, André conseguiu que o vice-rei perdoasse ao agressor que, pouco depois, foi morto por um marido ultrajado. Santo André Avelino entrou para a Ordem dos Teatinos em 1556; nela exerceu durante dez anos cargo de Mestre de Noviços, fundou casas dessa Ordem em Placença (ou Piazenza) e Milão; recusou um bispado que lhe ofereceu Gregório XIV, e regressou a Nápoles, onde as suas virtudes, pregações e milagres lhe suscitaram a admiração geral. Foi amigo de S. Carlos Borromeo, converteu numerosas pecadoras públicas, foi diretor espiritual de várias pessoas de categoria e contou entre os seus discípulos Scúpoli, o célebre autor do Combate espiritual. Ele próprio escreveu muito sobre assunto de ascetismo e edificação. Foi acometido dum ataque de apoplexia aos pés do altar, quando recitava as primeiras orações da missa, e morreu algumas horas mais tarde, depois de ter lutado, como aliás tinha predito, até aos últimos momentos, com o demónio. Faleceu em 10 de Novembro de 1608. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic. e www.santiebeati.it

 

SANTA NATALENA ou LENA

Era já venerada em Pamiers, na França, no tempo das cruzadas. O santuário onde ela então era invocada foi destruído durante as guerras da religião (século XVI). Era filha, diz a lenda, de Frédelas, rei de Pamiers, que, ao nascer ela, furioso por não ser antes um rapaz, mandou à parteira que a fosse deitar num ribeiro. Esta levou-a à senhora dum castelo que a educou na piedade e, ao morrer, lhe legou os seus bens. Lena pôs-se a gastá-los em esmolas e boas obras. Mas, quando Frédelas veio a saber que a bela jovem, que distribuía tantos benefícios, era a sua filha salva das águas, a fera, que ele continuava a ser, mandou-lhe cortar a cabeça. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

 

Justo de Canterbury, Santo
Novembro 10 bispo,

Justo de Canterbury, Santa

Justo de Canterbury, Santa

Bispo

Martirologio Romano: Em Canterbury, Inglaterra, santo Justo, bispo, enviado a esta ilha pelo papa são Gregório I Magno juntamente com outros monges, para ajudar a santo Agostinho na evangelização de Inglaterra, aceitando mais tarde o episcopado desta sede (627).
Etimologia: Justo = Aquele que é justo, honrado, integro e probo, é de origem latino
Santo Justo formava parte do grupo de missionários que o Papa São Gregório Magno enviou no ano 601 a ajudar a Santo Agostinho em Inglaterra.
Dados seus méritos, três anos depois Santo Agostinho o consagrou primeiro bispo de Rochester.
O rei Etelberto construiu ali uma igreja dedicada a Santo André, porque os missionários romanos vinham da igreja de
Santo André de la Colina Coeli.
Quando São Lourenço sucedeu a Santo Agostinho na sede de Canterbury, Santo Justo escreveu junto com ele e com São Militão de Londres uma carta aos bispos e abades irlandeses, convidando-os a adoptar certos costumes romanos.
Os mesmos santos escreveram outra semelhante aos britânicos cristãos. A propósito desta última, disse ironicamente Beda: "Todavía pode ver-se o que na realidade conseguiram com isso".
No ano 616, depois da morte do rei Etelberto, se desatou uma reação dos pagãos em Kent e entre os saxões do este.
Vendo isso, São Lourenço, Santo Justo e São Militão, decidiram retirar-se algum tempo, pois não podiam fazer nenhum bem enquanto que durasse a oposição dos príncipes pagãos.
Santo Justo e São Militão partiram para a Gália. Um ano mais tarde, Santo Justo voltou a Inglaterra, já que São Lourenço, movido por uma aparição de São Pedro, havia conseguido converter o rei Edbaldo de Kent.
Santo Justo foi eleito arcebispo de Canterbury no ano 624.
O Papa Bonifácio V enviou-lhe o pálio, junto com uma carta em que lhe delegava o direito patriarcal de consagrar bispos para Inglaterra. Na dita carta, o Pontífice deixa ver a estima que professava a Santo Justo, pois fala da "perfeição a que há chegado a vossa obra", da promessa de Deus de estar com quem o serve fielmente ("sua misericórdia se há comprazido em manifestar particularmente em vosso ministério o cumprimento dessa promessa") e da "grande paciência" de Santo
Justo.
A carta conclui desta maneira: "Assim pois, irmão meu, deveis esforçar-vos por conservar com perfeita lealdade o que a Santa Sede os há confiado, em prenda do qual vos enviamos este símbolo de autoridade (quer dizer, o pálio) para que o leveis sobre os ombros... Que Deus vos guarde, queridíssimo irmão".
Santo Justo morreu pouco depois. Antes de morrer, consagrou a São Paulino e o mandou acompanhar a Etelburga de Kent quando esta partiu para o norte a contrair matrimónio com o rei Edwino de Nortumbría, que era pagão. Como o faz notar Beda, essa aliança foi a ocasião para que o país abraçasse a fé". A diocese de Southwark celebra a festa de Santo Justo.

Baudolino de Alessandria, Santo
Novembro 10 Ermitão,

Baudolino de Alessandria, Santo

Baudolino de Alessandria, Santo

Ermitão

Martirologio Romano: Na aldeia de Foro, no Piemonte (Itália), santo Baudelino, ermitão (s. VIII).
Nascido na nobreza, doou toda sua fortuna aos pobres e viveu como um ermitão numa cabana nas margens do rio Tanaro.
Deus lhe outorgou os dons da profecia e da clarividência; animais selvagens se acostumaram a ir a sua choça para o ouvir falar de Deus.
Uma lenda, conta que pelo ano 1174 um camponês logo após pedir ajuda ao protetor da cidade, alimentou a uma vaca com o último grão que restava e levou-a para fora das muralhas até encontrar o exército inimigo. As forças imperiais o capturaram e a vaca foi sacrificada para ser cozinhada. Quando os imperiais encontraram o estômago da vaca cheio de grão, perguntaram a Gagliaudo o motivo de alimentar ao animal com tão cobiçado alimento. Respondeu que se havia visto forçado a fazê-lo, já que havia tanto cereal acumulado, que não havia mais sitio onde o guardar na cidade. O Imperador, temendo que o assédio se prolongasse demasiado, o deu por terminado, e a cidade se salvou.
Muitas histórias giram em torno a ele, algumas delas indicam
que foi nomeado bispo.
Morreu por causas naturais no ano 740

Outros Santos e Beatos
Novembro 10 Completando o santoral deste dia,

Otros Santos y Beatos

Outros Santos e Beatos

Santo Demetriano, bispo
Na Pérsia, trânsito de santo Demetriano, bispo de Antioquia, deportado ao desterro pelo rei Sapor I (c. 260).

Santo Orestes, mártir
Em Tiana, de Capadócia, santo Orestes, mártir (s. III/IV).

Santo Probo, bispo
Em Ravena, da província de Flaminia, santo Probo, bispo, a cujo nome o bispo santo Maximiano dedicou a célebre basílica Clasense (s. III/ IV).

Santos Narsete, bispo, e José, mártires
Na Pérsia, santos mártires Narsete, bispo, ancião venerável, e José, discípulo seu, jovem, os quais, por não querer adorar ao sol como lhes mandava o rei Sapor II, foram degolados (343).

Beato Acisclo Pina Piazuelo, religioso e mártir
Em Barcelona, cidade de Espanha, beato Acisclo Pina Piazuelo, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir, que durante a furiosa perseguição foi assassinado por ódio à religião (1936).

Beato Acisclo Pina Piazuelo Martire

Sant' Andrea Avellino Sacerdote

San Baudolino di Alessandria Eremita

San Demetriano di Antiochia Vescovo

San Giusto di Canterbury Vescovo

San Leone I, detto Magno Papa e dottore della Chiesa

San Narsete e Giuseppe Martiri in Persia

Sant' Oreste di Tiana in Cappadocia Martire

San Probo di Ravenna Vescovo

 

www.es.catholic. – www.santiebeati.itwww.jesuitas.pt (do livro Santos de Cada Dia)

 

António Fonseca

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