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Nº 1639 - (122-13) – 1ª Página
Sexta-feira - 3 de Maio de 2013
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São Filipe
S. Tiago, o Menor
FILIPE e TIAGO, SantosApóstolos
São Filipe foi natural de Betsaida, na margem do lago da Galileia. Tinha casa, mulher e três filhas pequenas quando Jesus o chamou para o apostolado com aquele “segue-Me”, que nos deixou São João no Evangelho. Desde esse momento, Filipe não vive senão para Jesus e para a sua causa.
Logo que vê um amigo seu, chamado Natanael, comunica-lhe a alegre notícia de ter encontrado o Messias. Sente-se tão cheio de autoridade e força de Jesus, que às dificuldades que lhe opõe Natanael não responde senão com estas lacónicas e profundas palavras: «Vem e vê». Sabia muito bem Filipe que ouvir e conhecer Jesus era decisivo para as almas de boa vontade. E não se equivocou. Natanael ficou também subjugado pelo Mestre.
São Filipe volta a aparecer na primeira multiplicação dos pães, junto ao lago da Galileia. O Senhor quere-o provar e pergunta-lhe: «Filipe, como havemos de dar a comer a toda esta gente?» Filipe não pensava no milagre; olhou para os presentes, fez um cálculo e chegou à conclusão de que o salário de 200 operários não bastaria para começar a dar de comer a tanta gente.
Deve ter sido homem simples e bondoso. Na segunda-feira da Semana Santa, um grupo de gregos queria falar com Jesus e dirigiu-se a Filipe para obter audiência.
No discurso da última ceia intervém ainda São Filipe com perguntas e respostas de grande ingenuidade. Não sabe ainda que o Filho e o Pai têm a mesma natureza. Quando Jesus pondera tanto as excelências e vantagens da união e conhecimento do Pai, diz-lhe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». «Filipe, responde-lhe Jesus, quem me vê a Mim, vê o Pai».
Depois da Ascensão volta a ouvir-se uma vez o nome de São Filipe, entre os Apóstolos que esperam a vida do Espírito Santo.
A seguir desaparece e somente pela tradição sabemos que esteve na Frígia e morreu na sua capital, Hierápolis. Lá se lhes venerava, no século II, o sepulcro, e o de duas filhas que a Deus consagraram a virgindade. A terceira foi enterrada em Éfeso.
A maior parte dos documentos antigos afirma que São Filipe morreu no tempo de Domiciano (81-96). São João Crisóstomo diz que o sepiulcro de São Filipe em Hierápolis foi sempre célebre pelos milagres.
São Tiago, o Menor, chamado assim pela estatura ou pela idade, tem um título que o torna credor de especial veneração: é parente do Senhor, segundo a carne.
Nasceu em Canaã, perto de Nazaré. Sua mãe, Maria ,e o seu pai, Cléofas, pertencem à mesma família que São José. É talvez sobrinho de São José por parte do pai. Tinha um irmão que se chamava Judas, distinto do traidor. Os dois foram escolhidos para o apostolado. Depois não se fala de São Tiago, senão para ser dito que o Senhor lhe apareceu nos dias da ressurreição.
Junto com Nossa Senhora e os outros Apóstolos, espera no cenáculo a vinda do Espirito Santo, que o unge e o consagra para o cargo que vai desempenhar, de primeiro bispo de Jerusalém: isto, por eleição dos outros Apóstolos, como diz São Jerónimo, ou por designação particular do Senhor, como lemos em Santo Epifânio e São Joao Crisóstomo.
A sua presença e atividade em Jerusalém foi realmente providencial. São Paulo considera-o coluna fundamental daquela comunidade, mãe de todas as igrejas. Judeus e cristãos inclinavam-se diante dele pelo amor que tinha à lei e pela grande austeridade. Todos o consideravam com respeito ao vê-lo passar magro, descalço e extenuado; todos os escutavam reverentes, quando falava de Jesus crucificado como «porta» pela qual se chega até Deus Pai.
A sua oração era contínua e fervorosa. Era visto no templo, à entrada do Sancta Sanctorum, com o rosto inclinado até ao chão.
O seu zelo ultrapassou a igreja de Jerusalém. Escreveu uma carta católica dirigida às «Doze tribos da dispersão», exortando à perseverança, que é a «coroa da vida», à resignação na pobreza e à generosidade e caridade na riqueza.
«O irmão de condição humilde glorifique-se na sua exaltação e o rico na sua humilhação, porque ele passará como a flor de erva; porque assim como o Sol desponta com ardor e a erva eca e a sua flor cai, perdendo toda a beleza, assim murchará também o rico nos seus caminhos».
A fé para São Tiago é «graça sobrenatural, dom perfeito que desce de cima, do Pai das luzes e regenera pela palavra da verdade», mas não desenvolve a sua virtude redentora, senão se a «palavra plantada na alma lançar dela todo o lodo do pecado, fazendo germinar frutos da justiça, de paz e misericórdia». Diante da corrupção dos grandes do seu povo, sente-se profeta e anuncia-lhe os castigos que hão-de vir sobre Jerusalém: «E agora vós, ó ricos, chorai em altos gritos por causa das vossas desgraças que virão sobre vós. As vossas riquezas estão apodrecidas e os vossos vestidos estão comidos pela traça. O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem dará testemunho contra vós: devorará a vossa carne como fogo, entesourastes nos últimos dias ! O salário dos trabalhadores, que ceifaram os vossos campos, foi defraudado por vós, e clama: e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. Vivestes na terra rodeados de volúpias e delícias; cevastes os vossos corações para o dia da matança».
Todas estas previsões se haviam de cumprir muito depressa, no ano 70, quando os exércitos de Tito e Vespasiano rodeassem as muralhas de Jerusalém e a fome corresse por todas as casas e palácios, até ao ponto de algumas mães chegarem a matar os próprios filhos para se alimentarem com as suas carnes inocentes. Antes, porém, tinha de morrer o profeta. Deus queria coroar-lhe a vida com a vitória dos mártires. No ano 62, por ocasião da morte de Festo, Procurador de Roma, houve um momento de exaltação nacionalista, São Tiago foi preso pelos judeus e lançado de cima da muralha do templo. Hoje venera-se o seu túmulo na torrente do Cedrão, perto da Basílica da Agonia.
RUPERT MAYER, Beato
Sacerdote (1876-1945)
Carta do Superior Geral dos Jesuítas, datada de Roma, a 19-1-1987, anunciando a beatificação:
«O P. Rupert Mayer foi um varão extraordinário. O que a outros parecia impossível, conseguiu-o ele com amor verdadeiramente engenhoso. O P. Rupert Mayer foi como um profeta: o que para muitos, no seu tempo, era impenetrável e ambíguo, ele depressa o viu com toda a claridade. Era o P. Mayer homem dotado de grande amor: amor tenaz e rico de recursos. O seu era um valor agressivo; e não pôs de lado o político. A sua sensibilidade para com a injustiça era incorruptível e impediu que ele estivesse calado. Foi vigoroso defensor dos pobres, amigo deles e inimigo declarado de toda a injustiça. Foi sobretudo no tempo intermédio entre as duas guerras mundiais que esta testemunha critica e valorosa da fé apresentou uma figura profética, que sempre constituiu um repto. Foi este o juízo que dele formaram os seus irmãos jesuítas.
A 3 de maio do presente ano (1987), beatificará o Papa João Paulo II, em Munique, este irmão nosso, pertencente à Província da Alemanha Superior. Deste modo, satisfaz o Santo Padre o desejo de muitos fiéis que, tanto em Munique e na Alemanha, como noutras regiões, se empenharam para que este grande sacerdote e jesuíta alcançasse na Igreja o reconhecimento próprio dos “santos”, nos quais, de maneira particular, nos manifestou Deus a sua obra salvífica neste mundo.
Mas, quem era o P. Rupert Mayer? A sua vida e a sua figura conservam, na atualidade, para nós, jesuítas, uma mensagem singularmente viva. ´´É cópia do que as últimas Congregações Gerais para nós formularam como traços típicos da nossa vocação inaciana.
Nascido a 23 de Janeiro de 1876, em Estugarda, no sudoeste da Alemanha, recebeu em 1899 a ordenação sacerdotal. Tendo sido coadjutor duma paróquia, entrou em 1900 no Noviciado da Companhia em Feldkirch (Áustria). Como então a nossa Ordem, estava proibida na Alemanha, teve de fazer os estudos no estrangeiro. Terminados estes, principiou sendo Sócio do Mestre de Noviços e, depois, durante vários anos, foi missionário popular na Alemanha, Áustria e Suíça. Em 1912 chamaram-no a Munique para tomar o cuidado espiritual dos “imigrados”. Foi ajudante da fundação de Religiosas dedicadas ao cuidado das famílias. Ao desencadear-se a guerra mundial de 1914, ficou sendo capelão militar. Por causa duma grave ferida, perdeu, em fins de 1916, a perna esquerda. E em 1917, estava de novo em Munique, dedicado à Pastoral. Exerceu o ministério sacerdotal com o pregador e confessor na nossa igreja de São Miguel, ocupando-se incansavelmente dos mais necessitados. Em 1921 foi nomeado Diretor da Congregação Mariana de homens. Em 1925 introduziu os serviços religiosos na estação do caminho de ferro, para os excursionistas dos domingos. Seguiu sempre com muita atenção as correntes da política na Alemanha, sendo valoroso opositor do Nacional Socialismo contra o qual defendeu a liberdade da Igreja Católica e da fé cristã, assim como os direitos dos perseguidos.
Em 1937 foi encarcerado e condenado pela primeira vez, e foi-o duas vezes mais em 1938 e em 1939, sendo em seguida confinado no campo de concentração de Oranienburgo, perto de Berlim. Por último, desde 1940, foi-lhe dado como local de prisão domiciliária a Abadia beneditina de Ettal, na Baviera Superior, até ao fim da guerra, em Maio de 1945. Voltou então para Munique, onde morreu, enquanto celebrava a Sagrada Eucaristia, no dia de Todos os Santos de 1945.
Este extremo da sua vida sacerdotal e jesuítica estava cimentado na unidade interior. Da profundidade da sua pessoa brotavam-lhe as convicções, que expressava, imperturbável, nas palavras e acções. Estava interiormente ancorado em Deus; isto levava-o a discernir os espíritos e tornava-o capaz de sair sem condições em defesa dos direitos de Deus e dos homens. A exclamação de São Paulo: «Ai de mim se não proclamar o Evangelho.” (1 Cor 9, 16) era também realidade para ele. “Não posso calar-me”, era lema que inspirava o seu compromisso em favor da verdade espezinhada. As suas últimas palavras foram: “O Senhor… O Senhor”. Morreu enquanto pregava , anunciando Aquele em torno de quem tinha girado toda a sua vida: “Senhor, como quiseres, quando quiseres, o que quiseres e enquanto Tu o quiseres… assim se faça”; esta a sua oração favorita.
A entrega em defesa da verdade não se limitou apenas a palavras. Todo o seu falar ia acompanhado por um amor prático do próximo. A vida do P. Rupert Mayer constituiu síntese convincente do anúncio do Evangelho e do compromisso em favor dos pobres e dos oprimidos. Viveu de muitas maneiras ”o amor preferencial pelos pobres”. Nos pobres encontrava ele o Senhor em pessoa. Nisto é para nós modelo. E também o é noutro aspecto: na Congregação Mariana formava ele leigos convictos das suas responsabilidades, que foram os seus colaboradores, extraordinariamente ativos na propaganda da fé, no compromisso em favor dos perseguidos e na ajuda aos necessitados. A atuação do P. Mayer ensina-nos, além disso, exemplarmente, o esforço constante para acomodar o nosso apostolado às circunstâncias do momento e a empreender novas iniciativas, de acordo com as exigências duma época em mudança.
Na carta que o Santo PADRE me entregou em Paray-Le-Monial, encarece vivamente diante de nós a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que tão profundamente está ligada aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio. Esta devoção deve unir-nos pessoalmente em Nosso Senhor Jesus Cristo. O P. Rupert Mayer pode abrir-nos os olhos para compreendermos os frutos a brotarem dessa devoção. O seu «conhecimento interno» do Senhor tornou-o capaz de chegar a ser aquilo que foi “em favor dos outros”.
Desejo para todos nós que a beatificação do nosso irmão nos estimule a indagarmos de novo o mistério da nossa vocação de jesuítas e ilumine os traços da vocação que ele viveu exemplarmente no seu tempo, tempo que se estende até ao nosso».
MARIA LEÓNIA PARADIS, Beata
Religiosa (1840-1912)
Beatificada no dia 11 de Setembro de 1984, durante a visita de João Paulo II ao Canadá, veio ao mundo em 12 de Maio de 1840, na povoação de Santa Margarida de Blairfindie, no estado de Quebeque (Canadá). Batizada no mesmo dia, deram-lhe os nomes de Alódia Virgínia.
Recebeu da mãe a primeira educação cristã, que aperfeiçoou no colégio das Religiosas de Nossa Senhora de Laprairie. Fez a primeira comunhão aos 12 anos, como era costume naquele tempo. Em 1854 ingressou no noviciado das Marianitas de Santa Cruz, com o nome de Irmã Maria de Santa Leónia. Aos 22 de Agosto de 1857 fez os votos, perante o P. Basílio Moreau, fundador da Congregação. Apesar de não ter uma saúde por aí além, encarregaram-na de cuidar das residências paroquiais em diversas freguesias. Foi, depois, para os Estados Unidos da América tomar conta de órfãos e servir de secretária da superiora do asilo. Permaneceu nesse posto oito anos.
Quando a congregação a que pertencia deixou, em França, de cuidar das residências paroquiais, para se dedicar ao ensino, as religiosas dos Estados Unidos separaram-se da casa-mãe e formaram um Instituto autónomo denominado Irmãs da Santa Cruz. A Irmã Leónia aderiu ao novo Instituto por ele conservar o trabalho inicial de auxilio aos párocos.
Quando o P. Camilo Lefebvre, fundador do Colégio de São José de Memramcook, lhe pediu para formar na vida religiosa as jovens que ele havia chamado para cuidar dos diversos serviços da casa, ela para lá partiu com outra Irmã, no dia 22 de Setembro de 1874. Sob a sua direção, o Instituto consolidou-se . Não lhe faltaram oposições, mas em 1880 os membros do capítulo da congregação de Santa Cruz deram-lhe a sua aprovação.
Depois de vinte anos na cidade de Memramcook, a casa-mãe e o noviciado mudaram para Sherbrooke, em 1885. No dia 26 de janeiro do ano seguinte, o Bispo dessa cidade publicou o decreto de ereção canônica. A 2 de de Outubro de 1904, a Serva de Deus, por instâncias do Prelado, abandonou o hábito das Irmãs de Santa Cruz, às quais estava juridicamente ligada, e vestiu o hábito da Congregação que ela mesma havia fundado com o nome de Irmãzinhas da Sagrada Família.
No dia 5 de Maio de 1905, por indulto Apostólico de São Pio X, ficou livre de todas as obrigações para com a Congregação das irmãs de Santa Cruz e pôde assim mais expeditamente aderir às regras do seu Instituto. A Serva de Deus, que sempre procurou servir o Senhor com todo o seu coração, custasse o que custasse – e não foram pequenos nem poucos os sofrimentos que teve de suportar –, viu coroados de êxito os próprios trabalhos. A Congregação contava 635 Irmãs em 40 casas, dedicadas a auxiliar os sacerdotes, material e espiritualmente. Podia, pois, partir para os braços do Pai quando Ele quisesse. Assim sucedeu, quase inopinadamente, a 3 de Maio de 1912. Deixou vários volumes de escritos que revelam quanto ele a procurou viver na presença de Deus e fazer tudo apoiada n’Ele. Mas o presente mais valioso que legou às suas Filhas e à igreja foi o exemplo de uma vida santa, que Deus confirmou com milagres que a levaram às honras dos altares.
AAS (1967) 451-3; 73 (1981) 211-14; 77 (1985) 397-403.
EDUARDO JOSÉ ROZAS, Beato
Bispo (1830-1903)
De família abastada, veio ao mundo em Susa, Itália, a 15 de Fevereiro de 1830. Recebeu a educação e primeira instrução na casa paterna, dada pelos seus pais, bons católicos, e por um professor particular. Continuou os estudos em Turim e por último num colégio de Soluzzo. Andando nos 19 anos, tendo falecido os pais e julgando ser chamado para o sacerdócio , entrou no Seminário de Susa, mas pouco depois teve de procurar um clima mais benigno para a saúde, Por essa razão foi para a cidade de Nice, França.
No Sábado Santo de 1854 recebeu a ordem de diácono, e na vigília da festa da Santíssima Trindade foi ordenado sacerdote. Nessa altura, tomou os seguintes propósitos: Promover o bem do povo em todas as coisas; reservar para si os encargos, prescindindo de todos os incômodos; levar por diante com boa vontade o que se refere ao bem da alma ou do corpo dos fieis; estar à disposição, pronta e gratuitamente, dos sacerdotes, para exercer qualquer género e apostolado da melhor maneira possível.
Depois da ordenação sacerdotal, entregou-se à ação pastoral em Susa, empregando o tempo em ouvir confissões, pregar a palavra de Deus por meio de missões, tríduos, prática das quarenta horas, bem como ensinar o catecismo às crianças e jovens. Desempenhou, além disso, as funções de capelão das cadeias (1863), reitor do liceu da cidade (1866), diretor espiritual das Irmãs de São José de Oulx (1869-1871) e reitor do seminário diocesano (1874-1878).
Por carta apostólica, assinada em Roma a 15 de janeiro de 1878, foi elevado a Bispo de Susa. No novo cargo de tamanha responsabilidade, continuou com a vida de oração, meditação, estudo da doutrina sagrada, exercícios espirituais, que fazia todos os anos em particular ou juntamente com o clero da diocese. Pôs particular empenho na formação dos padres e leigos. Seis vezes percorreu todas nas paroquias da diocese, mesmo as mais afastadas nos montes, com vias de acesso difíceis. Era o bom pastor que não abandonava as suas ovelhas. Escreveu bastantes cartas pastorais e levou a termo numerosos projetos de apostolado. Favoreceu a impressão de revistas e livros católicos. Lutou denodadamente contra o liberalismo, que se difundia por toda a parte e atacava os direitos da Igreja.
A sua casa estava sempre aberta para todos, sobretudo para os padres que vinham de longe. Não os deixava sair sem partilhar da própria mesa. Nos casos de grande calamidades, como a cólera-morbo e chuvas torrenciais, era o primeiro a socorrer as vítimas, dando do que era seu e não se envergonhando de pedir esmolas, inclusive em outras dioceses.
Para ajudar as meninas e jovens abandonadas, fundou a Congregação das Irmãs de São Francisco de Susa, que depois também tomaram conta de pessoas idosas e doentes. No dia 2 de Fevereiro de 1903, ele mesmo aprovou com decreto episcopal, para a diocese de Susa, o seu Instituto, e preparou-lhe constituições apropriadas.
Seguiu e fielmente imitou São Francisco de Assis, sobretudo pelo caminho da pobreza e da humildade. Rico por nascimento, viveu sempre pobre para imitar a Cristo pobre. Sobressaiu nele o amor à Sagrada Eucaristia e à Santíssima Virgem.
Durante a sua vida teve a alegria e o privilégio de privar da amizade de quatro santos: São João Baptista Vianney (1876-1859), São José Cafasso (1811-1860), Santa Maria José Rosselo (1811-1880) e São João Bosco (1815-1888). Pôde até assistir à morte deste último, que faleceu em Turim no dia 31 de janeiro, com 73 anos e meio. Com quase essa mesma idade viria a morrer D. Eduardo José Rozas. De facto, nos começos de 1903, um ataque súbito anunciava-lhe que o seu fim estava próximo. No dia 26 de Abril ainda se demorou com a juventude do liceu de Susa, distribuindo alguns doces. Depois disse ao prefeito: «A ti confio estes jovens. É a obra mais bela, mais santa e mais notável que se realiza na vida. Devem fazer-se todos os esforços para a juventude ser cristãmente educada». Este foi o seu testamento.
No dia 2 de maio pediu o sacramento da Unção e o Sagrado Viático, No dia seguinte de manhã, rodeado de vários sacerdotes, adormeceu no Senhor.
As suas virtudes heroicas foram aprovadas no dia 22 de março de 1986. Recebeu as honras da beatificação a 14 de Julho de 1991.
AAS 78 (1986); 1178-82: 84 (1992): 947-9: DIP 7, 2028.
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MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA
Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos
“REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”
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NOTA:
Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
A PARTIR DE HOJE AS PÁGINAS SERÃO NUMERADAS PELA ORDEM ABAIXO INDICADA:
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Para terminar, APELO NOVAMENTE aos meus eventuais leitores se manifestem, sobre o merecimento OU NÃO deste Blogue ou dos textos que venho colocando diariamente bastando para tal marcar o quadrado que entendam, que segue sempre abaixo de cada publicação, como aliás eu faço, relativamente aos blogues que vou vendo sempre que me é possível, com o que ficaria muito grato.
António Fonseca
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Localização geográfica da sede deste Blogue, no Porto
http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com
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