terça-feira, 13 de março de 2018

5 ANOS DE PONTIFICADO - PAPA FRANCISCO








5 anos, em 2013, neste dia 13 de Março, o Cardeal Jorge Bergoglio - Bispo de Buenos Aires - Argentina, foi eleito PAPA da Igreja Católica, tendo tomado o nome de FRANCISCO.

Para comemorar a Efeméride que deve ser festejada por toda a Cristandade, resolvi colocar aqui a publicação que fiz do PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA, no passado mês de Fevereiro e que é como segue


Papa FRANCISCO







CCLXIV Papa desde 13 de Março de 2013

266º na Wikipédia

SÍNTESE

Francisco (em latim: Franciscus), S.J., nascido Jorge Mario Bergoglio; (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936), é o 266.º Papa da Igreja Católica e atual Chefe de Estado do Vaticano, sucedendo ao Papa Bento XVI, que abdicou ao papado em 28 de fevereiro de 2013.[3]

É o primeiro papa nascido no Novo Mundo, o primeiro latino-americano, o primeiro pontífice do hemisfério sul, o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1 200 anos [4] (o último havia sido Gregório III, morto em 741) e também o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e foi elevado ao cardinalato em 21 de fevereiro de 2001 - véspera da festa da Cátedra de São Pedro - com o título de Cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino, pelo Santo Padre São João Paulo II. Foi eleito papa em 13 de março de 2013.

HISTÓRIA

Infância e juventude

Jorge Mario Bergoglio nasceu numa família de imigrantes italianos. O seu pai, Mario Giuseppe Bergoglio Vasallo, nascido em Portacomaro em 2 de abril de 1908 e falecido em 1959, era um trabalhador ferroviário e sua mãe, Regina Maria Sivori Gogna, nascida em Buenos Aires, de pais genoveses, em 28 de novembro de 1911 e falecida em 8 de janeiro de 1981, era dona de casa. Os dois casaram-se em Buenos Aires no dia 12 de dezembro de 1935. Mario Giuseppe também jogava basquetebol no San Lorenzo, um dos cinco grandes do futebol argentino e cujas origens haviam sido impulsionadas por um padre. Jorge tornar-se-ia torcedor sanlorencista, já tendo afirmado que não perdeu nenhum jogo do título argentino de 1946, quando tinha então dez anos.[5] Em carta aos dirigentes do clube que o visitaram uma semana após tornar-se Papa, relembrou: "Tem vindo à minha memória belas recordações, começando desde a minha infância. Segui, aos dez anos, a gloriosa campanha de 1946. Aquele gol de Pontoni!".[6][7]

Nascido e criado no bairro de Flores,[8] atual sede do San Lorenzo,[5] o Papa Francisco é o mais velho de cinco filhos, tendo como irmãos: Oscar Adrian Bergoglio (nascido em 30 de janeiro de 1938 e já falecido), Marta Regina Bergoglio (nascida em 24 de agosto de 1940 e falecida em 11 de julho de 2007), Alberto Horacio Bergoglio (nascido em 17 de julho de 1942 e falecido em 15 de junho de 2010) e Maria Elena Bergoglio (nascida em 7 de fevereiro de 1948). Jorge Bergoglio fez graduação e mestrado em química, na Universidade de Buenos Aires.[9] Na juventude, teve uma doença respiratória que numa operação de remoção lhe fez perder um pulmão.[10][11] Durante a sua adolescência, teve uma namorada, Amalia.[12][13][14] Segundo ela, Bergoglio chegou a pedi-la em casamento durante a época, tendo ele inclusive afirmado que, de contrário, se tornaria padre.[15][16][17]

Companhia de Jesus

Ingressou no noviciado da Companhia de Jesus em março de 1958. Fez o juniorado em Santiago, Chile. Graduou-se em Filosofia em 1960, na Universidade Católica de Buenos Aires. Entre os anos 1964 e 1966, ensinou Literatura e Psicologia, no Colégio Imaculada, na Província de Santa Fé, e no Colégio do Salvador, em Buenos Aires. Graduou-se em Teologia em 1969. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. Emitiu seus últimos votos na Companhia de Jesus em 1973. e foi nomeado Mestre de Noviços, no Seminário da Villa Barilari, em San Miguel. No mesmo ano foi eleito superior provincial dos jesuítas, na Argentina. Em 1980, após o período do provincialato, retornou a San Miguel, para ensinar em uma escola dos jesuítas.[9]
No período de 1980 a 1986 foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel.
[18] Após seu doutorado na Alemanha [carece de fontes], foi confessor e diretor espiritual em Córdoba. Além do espanhol, fala fluentemente italiano, alemão, francês e inglês, tendo razoáveis conhecimentos de português.[19][20][21]

Episcopado

Em 20 de maio de 1992, o Papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Buenos Aires, com a sé titular de Auca (Aucensi).[18][22] Sua ordenação episcopal deu-se a 27 de junho de 1992, pelas mãos do cardeal Quarracino, de Dom Emilio Ogñénovich e de Dom Ubaldo Calabresi.[23] Em 3 de junho de 1997, foi nomeado arcebispo coadjutor de Buenos Aires.[24] Tornou-se arcebispo metropolitano de Buenos Aires no dia 28 de fevereiro de 1998.
Foi nomeado ordinário para os fiéis de rito oriental sem ordinário próprio,[nota 1] na Argentina, pelo Papa João Paulo II, em 30 de novembro de 1998.[25]

Cardinalato

Foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público de 2001,[26]ocorrido em 21 de fevereiro de 2001, presidido pelo Papa João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino.[18] Quando foi nomeado, convenceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma. Em vez de irem ao Vaticano celebrar a nomeação, pediu que dessem o dinheiro da viagem aos pobres.[27]
Foi membro dos seguintes dicastérios na Cúria Romana:

Congregação para o Clero[28][29]
Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos[29][30]
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica [29]
Pontifícia Comissão para a América Latina[31][32]
Pontifício Conselho para a Família [33]

Pontificado

Eleição






Papa Francisco, recém-eleito, na sua primeira aparição pública, na varanda central da Basílica de São Pedro.

O cardeal Bergoglio foi eleito em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave, escolhendo o nome de Francisco. Ele é o primeiro jesuíta a ser eleito Papa, o primeiro Papa do continente americano, do Hemisfério Sul e o primeiro não europeu investido como bispo de Roma em mais de 1 200 anos, desde o Papa Gregório III, que nasceu na Síria e governou a Igreja Católica entre 731-741.[34][35]
Quando lhe foi perguntado, na Capela Sistina, se aceitava a escolha, disse: "Eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento, aceito".[36] O anúncio (Habemus Papam) foi feito por Jean-Louis Tauran:

Annuntio vobis gaudium magnum:
Anuncio-vos com grande alegria

habemus Papam!
temos um Papa!

Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
O Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor

Dominum Georgium Marium
Sr. Jorge Mario

Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem Bergoglio
Cardeal da Santa Igreja Romana, Bergoglio

qui sibi nomen imposuit Franciscum.
que adotou o nome de Francisco.

[37]

O Papa Francisco apareceu ao povo na sacada (ou varanda) central da Basílica de São Pedro por volta das 20 horas e 30 minutos (hora de Roma). Vestindo apenas a batina papal branca, acompanhou a execução da Marcha Pontifical e saudou a multidão com um discurso:

“Irmãos e irmãs, boa noite!
Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado! E, antes de mais nada, quero fazer uma oração pelo nosso Bispo Emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde.”

O Papa rezou as orações do Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai, dedicando-os ao Papa Emérito. Em seguida, completou:

“E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo... este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho de Igreja, que hoje começamos e no qual me ajudará o meu Cardeal Vigário, aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta cidade tão bela!
E agora quero dar a bênção, mas antes… antes, peço-vos um favor: antes de o Bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim.”

O Papa abaixou a cabeça em sinal de oração, e toda a praça silenciou por um momento. Por fim, realizou sua primeira bênção Urbi et Orbi, e despediu-se da multidão dizendo

"Boa noite, e bom descanso!".[38]

Nome papal

Ao ser eleito, o novo pontífice escolheu o nome de Francisco. Segundo o próprio, uma
alusão a Francisco de Assis fazendo referência à "sua simplicidade e dedicação aos pobres" e motivado pela frase dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, logo após sua eleição, ainda na Capela Sistina: "Não se esqueça dos pobres".[39][40][41] Francisco de Assis (1182 — 1226), padroeiro da Itália, foi o fundador da família franciscana.

“Muitos disseram que me deveria chamar Adriano como o grande reformador Adriano VI, ou Clemente, em vingança contra Clemente XIV, que aboliu a Companhia de Jesus.
Alguns não sabiam por que tinha escolhido o nome Francisco, e interrogavam-se se seria por Francesco Saverio,[43]Francisco de Sales[44] ou Francisco de Assis.[45] Foi por causa dos pobres que pensei em Francisco. Depois, enquanto o escrutínio prosseguia, pensei nas guerras, e assim surgiu o homem da paz, o homem que ama e protege a criação, com o qual hoje temos uma relação que não é tão boa.”

O nome do pontífice não será acrescido do ordinal "I" (primeiro) em algarismo romano. Segundo a Santa Sé isso só acontecerá se, um dia, houver um papa Francisco II.[46]

Encontro histórico com o Papa Emérito

No dia 23 de março de 2013 o papa Francisco, após um breve voo de helicóptero, chegou ao Palácio Pontifício de Castel Gandolfo, residência de verão dos papas, para um encontro com seu antecessor, o Papa emérito Bento XVI. O encontro entrou para a história por ter sido o primeiro entre dois papas em, pelo menos, 600 anos.[47] Após uma reunião de aproximadamente 45 minutos, os dois almoçaram e o Papa Francisco voltou ao Vaticano.[48][49]

Consagração do Estado do Vaticano

Na presença do seu antecessor, o papa emérito Bento XVI, e por ocasião da inauguração de um novo monumento nos jardins do Vaticano, da autoria do artista Giuseppe Antonio Lomuscio, o Papa Francisco consagrou no dia 5 de julho de 2013 o Estado da Cidade do Vaticano a São Miguel Arcanjo e a São José. Durante o acto solene de consagração, o Santo Padre pediu expressamente a São Miguel:

"Vele por esta cidade e pela Sé Apostólica, coração e centro do catolicismo, para que viva na fidelidade ao Evangelho e no exercício da caridade heroica" e implorou "Desmascare as insídias do demônio e do espírito do mundo. Faz-nos vitoriosos contra as tentações de poder, da riqueza e da sensualidade. Seja o baluarte contra todos os tipos de manipulação que ameaça a serenidade da Igreja; seja a sentinela de nossos pensamentos, que livra do assédio da mentalidade mundana; seja nosso paladino espiritual".

Em relação à consagração feita a São José, o Santo Padre proclamou:

"Queridos irmãos e irmãs, consagramos também o Estado da Cidade do Vaticano a São José, custódio de Jesus e da Sagrada Família. Que a sua presença nos torne mais fortes e corajosos em dar espaço a Deus na nossa vida, para vencer sempre o mal com o bem. Sob o seu olhar benevolente e sábio colocamos hoje com confiança renovada, os bispos e sacerdotes, as pessoas consagradas e os fiéis leigos que trabalham e vivem no Vaticano".[50]

Brasão e Lema





Escudo eclesiástico de blau, com um sol radiante e flamejante de jaldecarregado do monograma IHS de goles, sobreposta a letra H de uma cruz do mesmo e três cravos de sable postos em pala, sob o monograma – armas da Companhia de Jesus - acompanhado em ponta de uma estrela de oito pontas senestrada de um ramo de flor de nardo, ambos de jalde. O escudo está assente em tarja branca, na qual se encaixa o pálio papal (omofório) branco com cruzetas de goles. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes.[51]

Timbre

Uma mitra papal de argente, com três faixas de jalde. Sob o escudo, um listel de jalde com o mote: "MISERANDO ATQVE ELIGENDO", em letras de blau. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.[51]

Interpretação

O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Nele estão representadas armas da Companhia de Jesus, a qual pertence o pontífice, sendo que a cor blau (azul) simboliza o firmamento e o manto de Maria Santíssima e, heraldicamente, significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza; o sol (radiante de 16 pontas retilíneas e flamejante de dezesseis pontas ondeantes, alternadamente) representa Nosso Senhor Jesus Cristo, o “Sol da Justiça”, reforçado pelo monograma de Cristo: IHS (adotado por Santo Inácio em 1541) sobreposto pela cruz, que sendo de goles (vermelho) simboliza: o fogo da caridade inflamada no coração do Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente do governo supremo da Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Vigário de Cristo deve dispensar a todos os homens.[51]
Os cravos, enquanto instrumentos da paixão, lembram a nossa redenção pelo sangue de Cristo e sua cor, sable (preto), representa: sabedoria, ciência, honestidade e firmeza. A estrela, de acordo com a antiga tradição heráldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja;[51] enquanto a flor de nardo simboliza São José, patrono da Igreja Universal, que na tradição da iconografia hispânica, é representado com um ramo de nardo nas mãos.
Sendo ambos de jalde, têm o significado heráldico deste metal, já descrito acima. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção a Nossa Senhora e ao seu castíssimo esposo. Somadas as três representações, têm-se a homenagem do pontífice à Sagrada Família: Jesus, Maria e José, modelo da família humana que devem ser defendidas pela Igreja. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves decussadas, uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal.
E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A mitra pontifícia usada como timbre, recorda em sua forma e esmalte, a simbologia da tiara, sendo que as três faixas de jalde (ouro) significam os três poderes papais: Ordem, Jurisdição e Magistério, ligados verticalmente entre si no centro para indicar a sua unidade na mesma pessoa.
O pálio papal (omofório), muito usado nas antigas representações papais, simboliza ser o Papa pastor universal do rebanho que lhe foi confiado por Cristo. No listel, o lema " MISERANDO ATQVE ELIGENDO " (Com misericórdia o elegeu), foi retirado de uma homilia de São Beda, o Venerável, (Hom. 21; CCL 122, 149-151) que, comenta o evangelho de São Mateus (Mt 9,9), escrevendo "Vidit ergo lesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me' ("Viu Jesus a um publicano e, olhando-o com misericórdia, o elegeu e lhe disse: siga-me").
Este lema, presente na Liturgia das Horas da festa de São Mateus, é um tributo à misericórdia divina, tendo um significado especial e particular na vida e no itinerário espiritual do pontífice[52]

Opiniões éticas e sociopolíticas[editar | 

É ligado a setores católicos conservadores na Argentina no que se refere a teologia católica,[53]como o movimento de leigos Comunhão e Libertação,[54] contrário ao aborto, à eutanásia e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Todavia, apresentou durante os anos de episcopado um forte impulso simplificador e modernizante no que se refere a prática e vida pastoral, em especial na administração arquidiocesana de Buenos Aires.

Evita aparições na mídia e possui hábitos simples. Utiliza o transporte coletivo e não frequenta restaurantes.[8] Aprecia música clássica, literatura e é associado[55] e torcedor do clube de futebol San Lorenzo de Almagro.[56][57]

Diálogos com a juventude[editar | editar código-fonte]

O Papa em conjunto com um grupo de rock progressivo Le Orme em 2015 lançou um disco musical chamado Wake Up!,[58] sendo que esta relação com o Rock teve precedente na época do Papa Bento XVI quando se organizou em 2007 um musical de Hard Rock baseado na obra Divina Comédia de Dante Alighieri.[59] Sua conta no Twitter ultrapassou quinze milhões de seguidores em agosto de 2014, sendo que a conta está escrita em nove idiomas.[60]

Tradicionalismo[editar | editar código-fonte]

Embora não seja conhecida especial ligação a nenhum movimento tradicionalista dentro da Igreja Católica, quando era Arcebispo de Buenos Aires, Dom Bergoglio foi um dos primeiros a aplicar as disposições do Motu Proprio Summorum Pontificum,[61] no qual o Papa Bento XVI concede a todo e qualquer padre a faculdade de celebrar a missa no rito tridentino. Dois dias depois da promulgação do Motu Proprio, Dom Bergoglio concedeu uma capela para a celebração da missa tridentina.[62] Fontes tradicionalistas, porém, alegam que o capelão nomeado por Bergoglio para celebrar a Missa tridentina, uma vez por mês, introduzia, com o conhecimento do arcebispo, mudanças na celebração da missa tridentina, que o aproximavam da forma ordinária do Rito Romano, concluindo assim que a aplicação da Summorum Pontificum na arquidiocese de Buenos Aires, de facto, não existiu.[63]
As mesmas fontes, ligadas ao tradicionalismo na Argentina, afirmam ainda que, enquanto arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio teve uma ação inibidora da Missa tridentina, alegadamente proibindo padres de a celebrar. Criticam ainda as suas ações ecuménicas e acusam-no de perseguir os padres que apresentassem um pendor mais tradicionalista, por exemplo, na forma de vestir.[64]

Bioética[editar | editar código-fonte]

O cardeal Bergoglio convidou os seus clérigos e os leigos para que se opusessem ao aborto e à eutanásia.[65] Na conclusão da missa do dia 12 de maio de 2013 na praça de São Pedro quando canonizou os Mártires de Otranto e duas religiosas latino-americanas, o Papa Francisco disse que é importante manter viva a atenção ao respeito pela vida humana desde o momento da concepção. Na ocasião declarou apoio expresso à iniciativa europeia Um de nós, para garantir a tutela jurídica do embrião, e lembrou que "um momento especial para quantos fazem questão de defender a sacralidade da vida humana será o "Dia da Evangelium vitae, que terá lugar no Vaticano, no contexto do Ano da Fé, a 15 e 16 de junho de 2013.", afirmou.[66] Papa Francisco reafirma ainda a condenação de práticas contracetivas artificiais.[67]

Relações homoafetivas[editar | editar código-fonte]

O pontífice é coerente com o Magistério da Igreja Católica com relação à homosexualidade: as práticas realizadas são consideradas intrinsecamente desordenadas, mas os homossexuais devem sempre ser respeitados, devendo procurar a castidade.[68][69][70] De tal forma, enquanto Bispo de Buenos Aires, opôs-se fortemente à legislação argentina que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tendo dito que: "se o projeto de lei que prevê às pessoas do mesmo sexo a possibilidade de se unirem civilmente e adotarem também crianças vier a ser aprovado, poderia ter efeitos seriamente danosos sobre a família.".[71] Já como Papa, naquela que foi considerada por alguns meios de comunicação como a mais ousada declaração de um Pontífice sobre o assunto, Francisco limitou-se a demonstrar um sentimento de acolhida ao homossexuais, dizendo que "não devem ser marginalizados, mas integrados à sociedade", em coerência com o proposto pelo Catecismo da Igreja Católica (1992):

“Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição— Catecismo da Igreja Católica # 2358.[72]”

O Papa continua condenando fortemente o lobby gay, dentro e fora da Santa Sé.

“Se uma pessoa é gay e procura o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para a julgar? O Catecismo da Igreja Católica explica isso de forma muito bela, dizendo – esperem um pouco… como diz... -: «Não se devem marginalizar estas pessoas por isso, devem ser integradas na sociedade.[73]”

Justiça social[editar | editar código-fonte]

É conhecido por sua postura a favor da justiça social, tendo dito em 2007 que: "Vivemos na região mais desigual do mundo, a que mais cresceu e a que menos reduziu a miséria. A distribuição injusta de bens persiste, criando uma situação de pecado social que grita aos céus e limita as possibilidades de vida mais plena para muitos de nossos irmãos". Além disso, tal como Francisco de Assis lavava os pés dos leprosos, o Cardeal Bergoglio ganhou notoriedade em 2001 ao lavar os pés de 12 doentes de Aids em visita a um hospital.[54]

Relações com o governo argentino[editar | editar código-fonte]

Bergoglio, então cardeal, foi denunciado em 2005 por supostas conexões com o sequestro, pela ditadura argentina, dos padres jesuítas Orlando Virgilio Yorio e Francisco Jalics, em 23 de maio de 1976, quando trabalhavam sob o comando de Bergoglio. A denúncia teve por base artigos jornalísticos e o livro Igreja e Ditadura, escrito por Emilio Mignone, fundador do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS).[74][75][76][77] Além do trabalho de pesquisa de Mignone, também o livro El Silencio de Horacio Verbitsky, membro do grupo guerrilheiro de extrema-esquerda Montoneros, faz referência a supostas ligações com a ditadura. No capítulo "As Duas Faces do Cardeal", Verbitsky explora o eventual papel de agente duplo desempenhado por Bergoglio junto à ditadura argentina. Segundo o autor do livro, que alega ter acesso a documentos do Ministério das Relações Exteriores e do Culto da Argentina, Bergoglio "vai à Chancelaria, pede um trâmite em favor do sacerdote (Jalics), mas, por baixo do pano, diz para não o concederem porque se trata de um subversivo".[78][79]Bergoglio também foi acusado de não contribuir com as investigações sobre o desaparecimento de cidadãos argentinos, incluindo bebês, durante a ditadura, período em que dirigia a ordem jesuíta da Argentina.[80]

Porém, todas essas denúncias foram desmentidas por pessoas envolvidas direta ou indiretamente nos fatos. O próprio Francisco Jalics desmentiu de forma categórica as insinuações, numa declaração sua publicada no site da ordem jesuíta alemã: "O missionário Orlando Yorio e eu mesmo não fomos denunciados pelo padre Bergoglio."[81]

Sergio Rubin,[82] o seu biógrafo autorizado, relatou que Bergoglio, após a prisão dos dois sacerdotes, trabalhou nos bastidores para a sua libertação e intercedeu, de forma privada e pessoal, junto do ditador Jorge Rafael Videla: a sua intercessão poderia ter contribuído para a posterior libertação destes sacerdotes. Ele também relatou que, em segredo, Bergoglio deu frequentemente abrigo a pessoas perseguidas pela ditadura em propriedades da Igreja, e houve uma vez que chegou mesmo a dar os seus próprios documentos de identidade a um homem que se parecia com ele, para que pudesse fugir da Argentina.[83]

Também o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, refutou todas as acusações referentes ao Papa Francisco. Esquivel, perseguido pela ditadura, afirmou que alguns bispos foram cúmplices do regime, mas não foi o caso de Bergoglio.[84] A argentina Graciela Fernández Meijide, membro da organização não governamental "Assembleia Permanente para os Direitos Humanos" (APDH) e ex-membro da Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (CONADEP), também declarou que não há provas que ligam Bergoglio com a ditadura. Numa entrevista ao Clarín (15 de Março de 2013), ela afirmou que "não há informação e a Justiça não conseguiu provar [esta ligação]. Eu estava na APDH durante todos os anos da ditadura e recebi centenas de depoimentos. Bergoglio nunca foi mencionado. Aconteceu o mesmo na CONADEP. Ninguém falou dele nem como instigador nem como nada."[85]

O ex-promotor argentino, Julio Strassera,[86] que ganhou notoriedade por seu trabalho de investigação e acusação no histórico julgamento das juntas militares, afirmou também que é "uma canalhice" vincular o Papa Francisco com a última ditadura argentina (1976-1983). "Tudo isto é uma canalhice, absolutamente falso, em todo o julgamento não houve uma só menção a (Jorge) Bergoglio", declarou Strassera a "Rádio Mitre", em referência ao julgamento das juntas militares no qual atuou como promotor em 1985. Após a eleição de Bergoglio como Papa, organizações de direitos humanos denunciaram o papel da Igreja na ditadura e lembraram que o cardeal argentino depôs como testemunha em duas causas por delitos de lesa-humanidade. Para Strassera, estas acusações estão motivadas, porque nem a presidente argentina, Cristina Kirchner, nem os seus partidários "podem suportar que alguém a quem desprezaram antes esteja acima deles".[87]

O jornalista italiano Nello Scavo relata em seu livro A lista de Bergoglio, como o jesuíta Bergoglio, no período da ditadura argentina (1976-1983), constituiu uma rede clandestina para proteger pessoas perseguidas e ajudá-las a fugir dos militares.[88][89]

Nos seus últimos anos como arcebispo de Buenos Aires, a relação entre Bergoglio e os Kirchner se tornou ainda mais turbulenta com a aprovação das leis sobre o aborto e o casamento homossexual na Argentina. Após todas estas desavenças, o Papa recebeu em 18 de março de 2013 a presidente Cristina Kirchner para um almoço, num gesto que o Vaticano considerou "de cortesia e afeto" para com a chefe de Estado e o povo argentino, e não uma visita formal ou de Estado.[90][91]

Proteção do meio ambiente

Na homilia da missa inaugural de seu pontificado, o Papa Francisco reiterou o exemplo de Francisco de Assis de respeitar todas as criaturas de Deus e o ambiente em que vivem. Na mesma ocasião, fez um apelo aos governantes e a todas as pessoas para que cuidem do meio ambiente. Em outras palavras: que se desenvolvam sem destruir o que é de Deus.[92]
No dia 18 de junho de 2015, lançou a Encíclica Laudato si' sobre o cuidado com a casa comum, em que faz duras críticas à devastação ambiental, ao modelo de desenvolvimento vigente e à falta de responsabilidade com os mais pobres. Propõe uma Ecologia Integral e uma conversão e educação ecológicas.

Luta contra os abusos sexuais na Igreja[editar | editar código-fonte]

Em 5 de abril de 2013 o Papa Francisco, em audiência com o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, arcebispo Gerhard Ludwig Müller, pediu que a congregação continue com a linha desenvolvida por Bento XVI, agindo de forma decisiva contra o abuso sexual de menores por membros da Igreja Católica, promovendo medidas para a proteção e ajuda às crianças que sofreram esse tipo de violência e auxiliando nos processos contra os culpados. Essas ações devem reafirmar o compromisso das Conferências Episcopais na formulação e aplicação das diretivas necessárias nesta área, tão importantes para o testemunho da Igreja e sua credibilidade.[93]
Seguindo essa linha de conduta, o Papa assinou em 11 de julho de 2013 um decreto de Motu proprio, reformando o código penal do Vaticano e tornando mais rígidas as sanções para este tipo de crime.[94]
Em 22 de março de 2014, nomeou os oito primeiros integrantes da "Comissão de Proteção às Crianças", órgão instituído por ele em 2013 para combater mundialmente os abusos sexuais de menores na Igreja Católica.[nota 2] Em abril de 2014, o Papa pediu perdão pelos casos de pedofilia e abusos sexuais cometidos por sacerdotes da Igreja Católica.[96]
Numa decisão inédita na história da Igreja Católica, em setembro de 2014 o Papa Francisco ordenou pessoalmente a prisão do ex-arcebispo e ex-embaixador da Santa Sé, o polonês Jozef Wesolowskide, acusado de abusos sexuais durante o período de 2008 a 2013, quando era representante diplomático da Igreja Católica na República Dominicana.[97]

Predomínio do culto às riquezas na sociedade[editar | editar código-fonte]

Em discurso na apresentação das cartas credenciais de embaixadores na Santa Sé em 16 de maio de 2013,[98][99] o Papa fez menção que a solidariedade é o verdadeiro tesouro do homem e que o culto ao dinheiro produz desigualdades e injustiças contra corações e contra povos. Citando São João Crisóstomo, exortou a solidariedade desinteressada:

“O dinheiro deve servir e não governar!”

Citou ainda as causas e consequências éticas da chamada crise econômica mundial:

“Criámos novos ídolos. A adoração do antigo bezerro de ouro [nota 3] encontrou uma nova e cruel versão na idolatria do dinheiro e na ditadura de uma economia realmente sem fisionomia nem finalidade humanas(...) E porque não dirigirem-se a Deus para que lhes inspire os seus desígnios!? Formar-se-á então uma nova mentalidade política e económica, que contribuirá para transformar a profunda dicotomia entre as esferas económica e social numa sã convivência.[nota 4]”

Banco do Vaticano[editar | editar código-fonte]

No início de seu pontificado, o Papa Francisco nomeou uma comissão a fim de aconselhá-lo para uma reforma financeira no oficialmente chamado Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como Banco do Vaticano, uma das instituições mais polêmicas da Igreja, sendo ligada a escândalos de corrupção e lavagem de dinheiro. A intenção do Papa com a comissão, formada por quatro prelados e um leigo especialista em direito, é harmonizar as atividades do IOR com a verdadeira missão da Igreja.[100]

Desperdício de comida e fome no mundo[editar | editar código-fonte]

Durante uma audiência semanal na Praça de São Pedro, Francisco criticou diretamente quem desperdiça alimentos e contribui para a desigualdade no mundo:

“Deus confiou ao homem e à mulher o cultivo e o cuidado da Terra, para que todos pudessem morar nela, mas o egoísmo e a cultura do desperdício levaram ao descarte das pessoas mais fracas e necessitadas. Mais ainda, em muitas partes do mundo, apesar da fome e da desnutrição existentes, muitos alimentos são desperdiçados.”

O Papa salientou que a comida jogada fora é como que roubada dos que não podem tê-la, é como tirar da mesa dos pobres; e dar mais atenção ao dinheiro que à vida humana indefesa é indignante:

“Os alimentos jogados no lixo são alimentos roubados da mesa do pobre, de quem tem fome. A ecologia humana e a ecologia ambiental são inseparáveis,(...) vemos agora a crise no meio ambiente, mas a vemos, sobretudo, no homem. A pessoa humana está hoje em perigo! (...) Na cultura do desperdício, se morrem homens e crianças não é notícia; mas se a bolsa cai é uma tragédia. (...) Acaba-se por descartar as pessoas. Deixa-se de respeitar a vida, sobretudo se é pobre ou incapacitada, ou se ainda não é útil, como a criança que vai nascer, ou se não serve mais, como o idoso.[101]”

E aos membros da FAO o Papa disse sobre possíveis soluções para o problema da fome:

“Sabe-se que a produção é suficiente e mesmo assim existem milhões de pessoas que sofrem e morrem de fome: isto constitui um verdadeiro escândalo. É necessário encontrar modos para que todos possam beneficiar dos frutos da terra, não só para evitar que aumente o abismo entre quem mais tem e quem deve se contentar com as migalhas, mas sobretudo por uma exigência de justiça e de equidade e de respeito por cada ser humano.[102]”

“Algo mais pode e deve ser feito a fim de fornecer um novo estímulo à atividade internacional em nome dos pobres, inspirado por algo mais do que mera boa vontade ou, ainda pior, as promessas que muitas vezes não têm sido mantidas. Nem pode a atual crise global continuar a ser usada como um álibi.[103]”

Teologia da Libertação[editar | editar código-fonte]

Roberto Bosca, da Universidade Austral de Buenos Aires, disse que apesar de ter a reputação de oponente, Bergoglio é de certa forma simpático à Teologia da Libertação, devido à sua premissa de opção pelos pobres, mas sem ser ideológico da TL.[carece de fontes]
Leonardo Boff, um dos mais proeminentes teólogos da Teologia da Libertação, também é otimista sobre a relação do Papa Francisco com os pobres: "O papa Francisco tem tanto o vigor como a ternura que precisamos para criar um novo mundo espiritual". E diz ainda que trabalham juntos para apoiar causas universais, como os direitos humanos, a partir da perspectiva dos pobres, o destino da humanidade que sofre, os serviços para as pessoas que vivem marginalizadas.[104]
Rachel Donadio do New York Times escreveu que os discursos de Francisco descrevem claramente os temas da Teologia da Libertação, um movimento que busca usar os ensinamentos do Evangelho para ajudar a libertar as pessoas da pobreza e que tem sido particularmente forte em sua terra natal, a América Latina. (...) "Mas o que está claro é que ele sempre foi contra as cepas da Teologia da Libertação que tiveram um elemento ideológico marxista".[105]
Outros afirmam que o Papa Francisco não é tão favorável à TL, como o jornalista investigativo Robert Parry, do Consortium News: "O novo papa não foi confortável com a Teologia da Libertação. É possível falar em nome dos pobres, sem apoio as verdadeiras mudanças fundamentais que estão presentes com a teologia da libertação", e que a abordagem dele se encaixa com a atitude da igreja ao longo dos séculos quanto aos pobres.[106]
Escrevendo na revista Tikkun, o autor Matthew Fox afirma sobre Bergoglio: "Este papa opôs-se à teologia da libertação e as comunidades de base na América Latina, sendo que a teologia da Igreja de base que levou a sério o ensinamento do Concílio Vaticano II que a Igreja é "o povo" não é a hierarquia. Muitos heróis desse movimento foram mortos e torturados em todo América Latina, Oscar Romero sendo o mais visível. Bergoglio em nenhum lugar foi visto junto com eles. Muito pelo contrário, ele lutou contra a teologia da libertação com unhas e dentes como chefe da conferência dos bispos e ele era um instigador eficaz, com atitudes papais nesse sentido (a CIA, sob o comando de Reagan estava ligada com o Papa João Paulo II para eliminar a teologia da libertação, como eu provo em meu livro, Guerra do Papa )".[107]
De acordo com Sandro Magister, o papa Francisco está mais preocupado com militantes do secularismo do que com a teologia da libertação. Magister afirma que Francisco se preocupa com a disseminação global de conceitos, incluindo legalização do aborto e casamento gay , que Francisco vê como o trabalho do diabo e do anticristo. Magister afirma que os objetivos da teologia da libertação são menos importantes para o Papa que lutar contra secularismo.[108]

Celibato dos padres[editar | editar código-fonte]

O jornalista Tracy Connor da NBC escreveu que o papa Francisco, em entrevista em 2012, comentou que podem haver mudanças nas leis do celibato. O celibato "é uma questão de disciplina, não de fé. No momento, eu sou a favor de manter o celibato, com todos os seus prós e contras, porque temos dez séculos de boas experiências ao invés de falhas.[...] A tradição tem peso e validade ". Ele observou que "nos bizantinos, ucranianos, russos e greco-católicos[...] os padres podem ser casados, mas os bispos têm que ser celibatários". Se, hipoteticamente, o catolicismo oriental fosse rever a questão do celibato, eu acho que iria fazê-lo por razões culturais (como no ocidente), não tanto como uma opção universal". Enfatizou ainda que, entretanto, a regra deve ser rigorosamente respeitada, e qualquer sacerdote que não possa obedecê-la "tem de deixar o ministério".[109]
Em 26 de maio de 2014, no retorno de sua viagem à Terra Santa, Francisco deu declarações de que “a porta sempre está aberta”.

“A Igreja católica tem padres casados. Católicos gregos, católicos coptas, existem no rito oriental. Por que não é um debate sobre um dogma, mas sobre uma regra de vida que eu aprecio muito e que é um dom para a Igreja. Por não ser um dogma da fé, a porta sempre está aberta.[110]”

Participação da mulher na Igreja[editar | editar código-fonte]

Francisco falou sobre a importância fundamental das mulheres na Igreja Católica, salientando que elas têm um papel especial na divulgação da fé, e que foram as primeiras testemunhas da ressurreição de Cristo.

“Somente homens são lembrados como testemunhas da ressurreição, os Apóstolos, mas não as mulheres. Isso porque, de acordo com a lei judaica da época, as mulheres e as crianças não eram consideradas confiáveis, testemunhas credíveis. Nos evangelhos, entretanto, as mulheres têm um papel fundamental primário. (...) As primeiras testemunhas (...) Isso é muito bonito, e essa é a missão das mulheres, das mães e das avós, para dar testemunho a seus filhos e netos que Cristo ressuscitou! Mães, adiante com este testemunho! O seu testemunho também nos leva a refletir sobre a forma como, na Igreja e no caminho da fé, as mulheres tiveram e ainda têm um papel especial na abertura de portas para o Senhor.[111]”

Quanto à possível ordenação de mulheres, o Papa confirmou em 2013, por ocasião de uma entrevista durante o voo de retorno à Itália, depois da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, a posição definitiva da Igreja Católica, negando esta possibilidade, como já havia declarado pela última vez o então papa São João Paulo II na Carta Apostólica Ordinatio Sacerdotalis, publicada em maio de 1994:[112]

“E, quanto à ordenação das mulheres, a Igreja falou e disse: «Não». Disse isso João Paulo II, mas com uma formulação definitiva. Aquela porta está fechada. Mas, a propósito disso, eu quero dizer-lhe uma coisa. Eu já disse isso, mas repito. Nossa Senhora, Maria, era mais importante que os Apóstolos, os bispos, os diáconos e os presbíteros. A mulher, na Igreja, é mais importantes que os bispos e os presbíteros; o como é que devemos procurar explicitar melhor, porque eu acho que falta uma explicação teológica disso.[113]”

Tal posição também havia sido confirmada em outubro de 1995, pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Joseph Ratzinger.[114]

Estilo pessoal[editar | editar código-fonte]



Papa Francisco em sua missa de inauguração de pontificado, 19 de março de 2013.

Sendo o Papa Francisco um Jesuíta, membro de uma ordem religiosa onde se professam votos de pobreza, é conhecido por um estilo pessoal despojado e frugal de viver. Durante seus anos como cardeal em Buenos Aires, vivia num pequeno e austero quarto atrás da Catedral Metropolitana e usava normalmente apenas transporte público, como metrô e ônibus, para se locomover,[115] além de cozinhar a própria comida.[116]
Eleito Papa, continuou a usar o crucifixo que usava enquanto cardeal que é de aço e não de ouro, como de costume com Papas anteriores.[116] Também optou por continuar a fazer uso de sapatos totalmente pretos, em vez dos tradicionais múleos, algo que, por exemplo, São João Paulo II fez em algumas vezes.

Mostrando desde o início do papado um estilo mais simples, coerente com a sua condição de jesuíta com votos de pobreza, Francisco dispensou a limusine blindada papal para comparecer a um primeiro encontro, na residência de Santa Marta, no dia seguinte de sua eleição, preferindo um veículo comum, e espantou a todos ao pagar pessoalmente a conta do hotel onde se hospedou para o Conclave, hotel este pertencente à própria Igreja Católica.[117] Dias depois de eleito, surpreendeu o telefonista de uma ordem jesuíta em Roma, ao ligar pessoalmente querendo falar com um padre amigo e anunciando-se ao atendente - nunca outro Papa fez ligações telefônicas diretamente, sempre feitas por assessores ou por seu secretário - ouvindo de volta: "Você é o novo Papa? Ah sim, e eu sou Napoleão!."[118] Na semana seguinte em que foi eleito, ele ligou direto do Vaticano para a banca da Praça de Maio, em Buenos Aires, onde comprava os seus jornais e revistas quando vivia na cidade, para cumprimentar o jornaleiro, seu amigo de muitos anos, e avisar que dificilmente voltariam a se ver. Nesta ocasião, ao ter sua chamada novamente confundida com um trote, foi chamado de "idiota".[119]

Viagens apostólicas
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Ver artigo principal: Viagens apostólicas de Papa Francisco

Na Itália[editar | editar código-fonte]
Fonte: Santa Sé.[120][121][122][123][124]

Em ITÁLIA:
8 de julho de 2013 - Ilha de Lampedusa - Missa e homenagens aos milhares de imigrantes norte-africanos que morreram durante a travessia para a ilha.
22 de setembro - Cagliari, na Ilha da Sardenha - Missa, encontros com trabalhadores desempregados e visitas, pela crise de desemprego na Ilha da Sardenha.
4 de outubro - Assis - Missa e encontros, celebrando a festa litúrgica de São Francisco de Assis.[nota 5]
21 de junho de 2014 - Cassano all'Ionio(Calábria) - Missa, encontro e visita, em solidariedade à comunidade que vivia uma situação de violência.[125]
5 de julho - Dioceses de Campobasso-Boiano e Isernia-Venafro - Missa e encontros, pela crise de desemprego na região de Molise.
26 de julho - Caserta - Missa e encontro, celebrando a festa litúrgica de Santa Ana, padroeira de Caserta.
13 de setembro - Sacrário de Redipuglia
21 de março de 2015 - Pompeia e Nápoles - Encontros, visitas e Missa. Visita pastoral em solidariedade à população local, pela crise econômica e social na região.[nota 6]
21 e 22 de junho - Turim - (21) - celebração e encontros com trabalhadores, religiosos, presidiários, enfermos e jovens. Visita à Catedral de Turim, com oração diante do Santo Sudário.  (22) - encontro ecumênico com pastores da Igreja Valdense.[nota 7] Encontro, celebração e almoço com seus familiares.[nota 8]
10 de novembro - Prato e Florença - Encontros com trabalhadores, com a comunidade carente, com participantes do Congresso Nacional da Igreja Italiana e celebrações.[nota 9]
4 de agosto de 2016 - Assis - Visitas à Basílica de Santa Maria dos Anjos e à Igreja de Porciúncula, onde morreu e está sepultado São Francisco de Assis. Orações e encontros com religiosos e enfermos.[nota 10]
20 de setembro - Assis - Visita para a Jornada Mundial de Oração pela Paz. Orações, cerimônias e encontros ecumênicos com Bartolomeu I de Constantinopla, com um representante do Islamismo, com Justin Welby (Primaz da Igreja da Inglaterra), com Inácio Efrém II (Primaz da Igreja Ortodoxa Síria), com um representante do Judaísmo, com um representante do Budismo, com Andrea Riccardi (fundador da Comunidade de Santo Egídio[nota 11]
25 de março de 2017 - Milão - Celebração e encontros com famílias, imigrantes, presidiários, jovens e religiosos.
2 de abril - Carpi - Celebrações e encontros com religiosos.
20 de junho - Bozzolo e Barbiano - Encontros com religiosos.
1 de outubro - Cesena e Bolonha - Celebração e encontros com famílias, refugiados, presidiários, estudantes e religiosos.

Fora da Itália[editar | editar código-fonte]
Fonte: Santa Sé.[126][127][128][129][130][131]

22 a 28 de julho de 2013 - Brasil - Viagem apostólica por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.
24 a 26 de maio de 2014 - Jordânia - Israel - Palestina - Missas, encontros e visitas na Terra Santa, a lugares sagrados do cristianismo, judaísmo e islamismo, por ocasião do 50º aniversário do encontro em Jerusalém entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras.
13 a 18 de agosto - Coreia do Sul - Missas e encontros, por ocasião da VI Jornada da Juventude Asiática.
21 de setembro - Albânia - Missas e encontros em Tirana, pelos quase 25 anos da queda do regime comunista na Albânia e pela convivência pacífica entre as diferentes religiões.
25 de novembro - França - Visita ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa em Estrasburgo. Discursos nas duas instituições, tratando de diversos temas relacionados à realidade europeia.
28 a 30 de novembro - Turquia - Missas, encontros e visitas a lugares sagrados em Ancara e Istambul. Encontro com Sua Santidade, o Patriarca Bartolomeu I de Constantinopla, por ocasião do 50º aniversário do encontro em Jerusalém entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras.
13 a 19 de janeiro de 2015 - Sri Lanka - Filipinas - Encontros, visitas em Colombo e Madhu. Missa por ocasião da canonização do Beato José Vaz.[nota 12] Em Manila e Tacloban, encontros, visitas, celebrações e almoço com sobreviventes do tufão Yolanda (2013).[nota 13)
6 de junho - Bósnia e Herzegovina - Visita à Presidência da República, encontro com autoridades, religiosos e jovens em Sarajevo. Santa Missa no Estádio Koševo.[nota 14]
5 a 12 de julho - Equador - Bolívia - Paraguai - Em Quito e Guayaquil, visitas ao Presidente da República, à Catedral de Quito, à “Iglesia de la Compañia”. Visitas, celebrações e encontros com religiosos, seminaristas e estudantes.
Em La Paz e Santa Cruz de la Sierra, visita ao Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia e à Catedral de La Paz. Visitas, celebrações e encontros com religiosos, seminaristas e estudantes. Participação do II Encontro Mundial dos Movimentos Populares.
Em Assunção, visitas ao Presidente da República, à Catedral Metropolitana de Assunção. Visitas, celebrações e encontros com religiosos, seminaristas e jovens.
19 a 27 de setembro - Cuba - Estados Unidos - Em Havana, Holguín e Santiago, celebrações, visita ao Presidente e ao Conselho dos Ministros da República, encontro com jovens.[nota 15]. Celebrações e encontros com religiosos e famílias.
Em Washington, visita ao Presidente, encontro com religiosos e missa de canonização do Beato Junípero Serra, visita ao Congresso dos Estados Unidos.
Em Nova Iorque, encontro com religiosos, celebrações, visita à sede da Organização das Nações Unidas e encontro com membros participantes da 70º Seção da Assembleia Geral da ONU,[nota 16]visita ao Memorial Ground Zero.
Na Filadélfia, encontro com religiosos e celebração, encontro com comunidades de imigrantes, encontro com vítimas de abusos sexuais, visita a presidiários, celebração de encerramento do 8º Encontro Mundial das Famílias.
25 a 30 de novembro - Quênia - Uganda - República Centro-Africana - Em Nairóbi, visitas, encontros com autoridades civis e religiosas (ecuménicas), celebração.[nota 17]
Em Entebbe e Kampala, visitas, encontros com autoridades civis e religiosas, seminaristas e jovens, celebração pelos Mártires de Uganda.
Em Bangui, encontros com autoridades civis e religiosas (ecuménicas), visita a campo de refugiados, celebração.[nota 18][nota 19]
12 a 18 de fevereiro de 2016 - Cuba[nota 20] - México - Em Havana, encontro com Cirilo, patriarca da Igreja Ortodoxa Russa. No encontro histórico, o primeiro entre dois chefes destas igrejas desde o Grande Cisma no ano de 1054, foi assinada uma declaração conjunta, de união fraternal entre as igrejas católica e ortodoxa em busca de diálogo, reconciliação e liberdade inter-religiosa.[136][nota 21]
Na Cidade do México, visita ao presidente da República, encontros com autoridades civis, diplomáticas e eclesiais. Celebração na Basílica de Guadalupe e visita a um hospital pediátrico. Em Ecatepec, celebrações. Em Chiapas celebração e encontro com comunidades indígenas e famílias em Tuxtla Gutiérrez[138] e visita ao túmulo de Samuel Ruiz em San Cristóbal de las Casas.[139][140] Em Morelia, celebração com religiosos e encontro com jovens. Em Ciudad Juárez, visita a um centro presidiário, encontro com trabalhadores e celebração.
16 de abril - Grécia - Visitas a refugiados na ilha de Lesbos, acompanhado de outros dois líderes cristãos: Bartolomeu I, patriarca ortodoxo de Constantinopla e Jerônimo II, primaz da Igreja da Grécia. Foi assinada pelos três líderes, uma declaração conjunta de comprometimento na defesa dos direitos dos refugiados. Francisco retornou ao Vaticano levando três famílias de refugiados, doze pessoas ao todo.[141][142]
24 a 26 de junho - Arménia - Em Ierevan e Guiumri, visitas e encontros com autoridades civis e religiosas. Declaração conjunta com Sua Santidade Karekin II pela maior proximidade entre a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Católica.[143] Celebrações e encontros ecumênicos. Visita ao Mosteiro de Khor Virap
26 a 31 de julho - Polónia - Viagem apostólica por ocasião da XXXI Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia.
30 de setembro a 2 de outubro - Geórgia - Azerbaijão - Em Tiblisi, encontro com a comunidade dos Assírios e com Elias II da Igreja Ortodoxa Georgiana. Em Baku, encontro inter-religioso com líderes muçulmanos do cáucaso.
31 de outubro a 1 de novembro - Suécia - Em Malmoe, celebrações e encontro ecumênico por ocasião da comemoração comum Luterano-Católica da Reforma.
28 e 29 de abril de 2017 - Egipto - No Cairo, visitas de cortesia ao presidente da República, ao Grão-Imã da Mesquita de al-Azhar e a S.S. o Papa da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria. Discurso na Conferência Internacional em prol da Paz. Encontros com jovens, religiosos e seminaristas.[nota 22]
12 e 13 de maio - Portugal - Visita ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima para celebração do 100º aniversário das aparições da Virgem Maria decorridas na Cova da Iria e para presidir à solene canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto. Apresentou-se como um «Peregrino na Esperança e na Paz».
6 a 11 de setembro - Colômbia - Em Bogotá, encontros com autoridades civis e religiosas, encontro com o comitê diretivo do CELAM, que tem sua sede em Bogotá, celebração. Em Villavicencio, encontro com militares, celebração e encontro de oração para a reconciliação nacional, entre o governo colombiano e o ELN. [nota 23] Em Medellín, visita a um orfanato, celebração e encontro com religiosos. Em Cartagena, celebração e encontros.
26 de novembro a 2 de dezembro - Myanmar - Bangladesh - Myanmar: em Nay Pyi Taw (capital), visitas e encontros com líderes religiosos e autoridades civis. Em Yangon, celebrações e encontros com o Conselho Supremo Sangha e com bispos católicos.
Bangladesh: em Daca (capital), visita ao memorial aos mártires da Guerra de Independência de Bangladesh, visita ao Museu Bangabandhu, antiga residência oficial do fundador e primeiro presidente do país, Sheikh Mujib. Visitas e encontros com autoridades civis. Celebrações e encontros com religiosos. Encontro inter-religioso e ecumênico pela Paz. Visitas e encontros com jovens.
A visita aos dois países teve como objetivo estreitar o diálogo entre muçulmanos, hindus, budistas e cristãos, e também em solidariedade ao povo refugiado de etnia rohingya.[nota 24]
15 a 22 de janeiro de 2018 - Chile - Peru - Ao final do dia 16 de janeiro de 2018, visitou o túmulo de Alberto Hurtado, jesuíta chileno que foi canonizado em 2005[145].

Documentos pontifícios[editar | editar código-fonte]
Encíclicas[editar | editar código-fonte]

Lumen fidei (Luz da Fé), assinada em 29 de junho de 2013, publicada em 5 de julho de 2013. Primeira encíclica do seu pontificado, que havia sido iniciada pelo seu antecessor, Bento XVI.[146]
Laudato si' (Louvado Seja), publicada em 18 de junho de 2015, apela à ação contra o aquecimento global e a degradação do meio ambiente.[147][148]

Exortações apostólicas[editar | editar código-fonte]
Fonte: Santa Sé.[149]

Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho), publicada em 24 de novembro de 2013.
Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.
Amoris laetitia (Alegria do Amor), publicada em 8 de abril de 2016.
Exortação Apostólica sobre a alegria do amor na família.[150]
Motu próprio[editar | editar código-fonte]
Fonte: Santa Sé.[151]

Carta Apostólica sobre a jurisdição dos órgãos judiciários do Estado da Cidade do Vaticano em matéria penal - 11 de julho de 2013.
Carta Apostólica sobre a prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à proliferação de armas de destruição de massa - 8 de agosto de 2013.
Carta Apostólica aprovando o novo Estatuto da Autoridade de Informação Financeira - 15 de novembro de 2013.
Carta Apostólica Fidelis dispensator et prudens (Administrador fiel e prudente) para a constituição de uma nova estrutura de coordenação para os assuntos econômicos da Santa Sé e do Vaticano - 24 de fevereiro de 2014.
Carta Apostólica sobre a Transferência da Seção Ordinária da Administração da Sé Apostólica à Secretaria para a Economia - 8 de julho de 2014.

Ordenações episcopais[editar | editar código-fonte]
Ordenações episcopais antes do pontificado[editar | editar código-fonte]

Dom Mario Bergoglio presidiu a ordenação episcopal dos seguintes prelados:[23]

Horacio Ernesto Benites Astoul (1999)
Jorge Rubén Lugones, SJ (1999)
Jorge Eduardo Lozano (2000)
Joaquín Mariano Sucunza (2000)
José Antonio Gentico (2001)
Fernando Carlos Maletti (2001)
Andrés Stanovnik, OFM Cap (2001)
Mario Aurelio Poli (2002)
Eduardo Horacio García (2003)
Adolfo Armando Uriona, FDP (2004)
Eduardo Maria Taussig (2004)
Raúl Martín (2006)
Hugo Manuel Salaberry Goyeneche, SJ (2006)
Óscar Vicente Ojea Quintana (2006)
Hugo Nicolás Barbaro (2008)
Enrique Eguía Seguí (2008)
Ariel Edgardo Torrado Mosconi (2008)
Luis Alberto Fernández (2009)
Vicente Bokalic Iglic, CM (2010)
Alfredo Horacio Zecca (2011)
Foi concelebrante nas ordenações episcopais dos seguintes prelados:[23]

Oscar Domingo Sarlinga (2003)
Luis Mariano Montemayor (2008)

Ordenações episcopais durante o pontificado[editar | editar código-fonte]

O Papa Francisco presidiu a ordenação episcopal dos seguintes prelados:[23]

Jean-Marie Speich (2013)
Giampiero Gloder (2013)
Fernando Vérgez Alzaga, LC (2013)
Fabio Fabene (2014)


Criação de cardeais[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Consistórios de Papa Francisco

Em seu primeiro consistório, em 22 de fevereiro de 2014, o Papa Francisco criou dezenove novos cardeais, incluindo o brasileiro Dom Orani João Tempesta, arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.[152]

Em seu segundo consistório, realizado em 14 de fevereiro de 2015, Francisco criou vinte novos cardeais, incluindo o patriarca de Lisboa Dom Manuel José Macário do Nascimento Clemente, o Bispo de Santiago de Cabo Verde Dom Arlindo Gomes Furtado e o bispo-emérito de Xai-Xai, Dom Júlio Duarte Langa.[153][154][155]

Obras[editar | editar código-fonte]

O registro de autoria de obras de pontífices são padronizados conforme regras do Código de Catalogação Anglo-Americano. Têm-se três entradas distintas, conforme a responsabilidade autoral[156]:

Francisco, papa, 1936-
Bergoglio, Jorge Mario, 1936-
Igreja Católica. Papa (2013- : Francisco)
Publicações antes do pontificado[editar | editar código-fonte]
Bergoglio, Jorge Mario (1982). Meditaciones para religiosos (em espanhol). Buenos Aires: Ediciones Diego de Torres. 311 páginas. OCLC 644781822
Bergoglio, Jorge Mario (1987). Reflexiones espirituales sobre la vida apostólica (em espanhol). Buenos Aires: Ediciones Diego de Torres. 321 páginas. ISBN 9789509210073
Bergoglio, Jorge Mario (1992). Reflexiones en esperanza (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Universidad del Salvador. OCLC 36380521
Jorge Mario Bergoglio; Papa João Paulo II, Fidel Castro (1998). Diálogos entre Juan Pablo II y Fidel Castro (em espanhol). Buenos Aires: Ciudad Argentina/Editorial de Ciencia y Cultura. ISBN 9789875070745
Bergoglio, Jorge Mario (2003). Educar: exigencia y pasión. desafíos para educadores cristianos (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 190 páginas. ISBN 9505124570
Bergoglio, Jorge Mario (2004). Ponerse la patria al hombro. memoria y camino de esperanza (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 80 páginas. ISBN 9789505125111
Bergoglio, Jorge Mario (2005). La nación por construir. utopía, pensamiento y compromiso (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 78 páginas. ISBN 9789505125463
Bergoglio, Jorge Mario (2005). Corrupción y pecado subtítulo. algunas reflexiones en torno al tema de la corrupción (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. ISBN 9789505125722
Bergoglio, Jorge Mario (2006). Sobre la acusación de sí mismo. [S.l.: s.n.]
Bergoglio, Jorge Mario (2007). El verdadero poder es el servicio(em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 364 páginas. OCLC 688511686
Jorge Mario Bergoglio; Sergio Rubin e Francesca Ambrogetti (entrevistadores) (2010). El jesuita. conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, sj (em espanhol). Barcelona: Vergara, Grupo Zeta. 192 páginas. ISBN 9789501524505
Jorge Mario Bergoglio; Abraham Skorka (2010). Sobre el cielo y la tierra (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Sudamericana. ISBN 9789500732932
Bergoglio, Jorge Mario (2011). Nosotros como ciudadanos, nosotros como pueblo. hacia un bicentenario en justicia y solidaridad (em espanhol). Buenos Aires: Editorial Claretiana. 89 páginas. ISBN 9789505127443
Bergoglio, Jorge Mario (2012). Mente abierta, corazón creyente. [S.l.: s.n.]
Jorge Mario Bergoglio; et al. (2012). Dios en la ciudad : primer Congreso pastoral urbana región Buenos Aires (em espanhol). Buenos Aires: San Pablo. 248 páginas
BERGOGLIO, Jorge Mario (1999-2013). «Homilías y mensajes»(em espanhol). Arzobispado de Buenos Aires
Biografias[editar | editar código-fonte]
Rubin, Sergio (2013). O Papa Francisco. Conversas Com Jorge Bergoglio. [S.l.]: Editora Verus. 200 páginas. ISBN 8576862727
Jorge Mario Bergoglio; Sergio Rubin, Francesca Ambrogetti (entrevistadores) (2013). Papa Francisco. conversas com Jorge Bergoglio. Lisboa: Paulinas Editora. 216 páginas. ISBN 978-989-673-304-9
Mello, Alexandre Awi (2014). Ela é a minha Mãe! - Encontros do Papa Francisco com Maria. [S.l.]: Loyola. 264 páginas. ISBN 9788515041404
Pode me chamar de Francisco
Efígie numismática[editar | editar código-fonte]
Ainda em 2013 o Vaticano cunhou a medalha oficial com a efígie do Papa no anverso e com o brasão papal sobreposto a arquitetura da Praça São Pedro.[157]

Notas

Ir para cima↑ Fora de seus países, os imigrantes católicos de ritos orientais não possuíam templos nem sacerdotes próprios, e participavam das comunidades de rito latino. Com o tempo, os imigrantes decidiram que era necessário construir templos conforme suas tradições, para conservar seus costumes religiosos. Assim, em 14 de novembro de 1951, o Papa Pio XII, através do decreto "Cum fidelium", da Congregação para as Igrejas Orientais, criou o Ordinariato para os fiéis orientais católicos: maronitas, greco-melquitas, ucranianos, russos, romanos, sírios, coptas e armênios. Fonte: Rádio Vaticano
Ir para cima↑ O grupo tem como objetivos, preparar o estatuto da comissão, informar a situação das crianças que sofreram abuso em todos os países, propor medidas e nomes, tanto de laicos quanto religiosos, para implantar novas iniciativas de combate aos abusos sexuais de menores na Igreja Católica, criar códigos de conduta e avaliações psiquiátricas para o ministério sacerdotal, além de implementar políticas que protejam os menores de idade e colaborar com as autoridades civis nas investigações de possíveis crimes. Integram a comissão, entre outros, Marie Collins, uma irlandesa vítima de abuso sexual por um padre, a psicóloga e psiquiatra francesa Catherine Bonnet, o cardeal norte-americano Sean O'Malley, defensor das vítimas norte-americanas e o jesuíta alemão Hans Zollner, decano da faculdade de psicologia da Universidade Gregoriana, com sede em Roma.[95]
Ir para cima↑ Passagem bíblica relatada em Êxodo 32:1-8
Ir para cima↑ Dicotomia, significando aqui o antagonismo entre os interesses econômicos e as prioridades sociais das nações
Ir para cima↑ "Desejo começar a minha visita em Assis convosco, saúdo-vos a todos! Hoje é a festa de São Francisco, e como Bispo de Roma, eu escolhi assumir o seu nome. Eis por que estou aqui hoje..."
Papa Francisco - Discurso no Instituto Seráfico, na chegada a Assis em 4 de outubro de 2013
Ir para cima↑ "Também desejo incentivar a presença e participação ativa do governo da cidade, porque a comunidade não pode progredir sem o seu apoio, especialmente em tempos de crise e na presença de situações sociais difíceis e às vezes extremas."
Papa Francisco — Discurso à população de Nápoles
Ir para cima↑ ..."as relações entre católicos e valdenses hoje estão cada vez mais baseadas no respeito mútuo e na caridade fraterna. Não foram poucas as ocasiões em que se procurou encontrar um equilíbrio nessas relações".
Papa Francisco — Discurso na Igreja Valdense
Ir para cima↑ A família do papa Francisco é da região de Piemonte
Ir para cima↑ "A sociedade italiana constrói-se quando as suas diversas riquezas culturais podem dialogar de modo criativo: a popular, a académica, a juvenil, a artística, a tecnológica, a económica, a política, a dos mass media... A Igreja seja fermento de diálogo, de encontro, de unidade.".
Papa Francisco — Discurso no V Congresso Nacional da Igreja Italiana, em Florença
Ir para cima↑ "O perdão, de que São Francisco se fez «canal» aqui na Porciúncula, continua ainda a «gerar paraíso» depois de oito séculos. Neste Ano Santo da Misericórdia, torna-se ainda mais evidente como a estrada do perdão pode, verdadeiramente, renovar a Igreja e o mundo."
Papa Francisco — Meditação na Basílica de Santa Maria dos Anjos.
Ir para cima↑ "Abra-se, finalmente, um tempo novo, em que o mundo globalizado se torne uma família de povos. Implemente-se a responsabilidade de construir uma paz verdadeira, que esteja atenta às necessidades autênticas das pessoas e dos povos, que impeça os conflitos através da colaboração, que vença os ódios e supere as barreiras por meio do encontro e do diálogo.".
Papa Francisco — Apelo a favor da Paz
Ir para cima↑ "Um ponto central desta visita será a canonização do Beato José Vaz, cujo exemplo de caridade cristã e de respeito por todos, sem distinção de etnia ou religião, continua a servir-nos de inspiração e lição ainda hoje".
Papa Francisco — Cerimônia de boas vindas em 13 de janeiro de 2015.

"Ontem, em Madhu, vi uma coisa que nunca teria imaginado: não eram todos católicos, nem sequer a maioria. Havia budistas, muçulmanos, hindus; e todos vão lá rezar.(...) E se eles se sentem assim tão naturalmente unidos que vão rezar juntos a um templo – que é cristão, mas não é só cristão, porque todos o querem – por que motivo não deveria eu ir ao templo budista para os saudar?"
Papa Francisco — durante o voo entre Colombo e Manila, respondendo a um jornalista que lhe perguntou sobre o motivo da visita a um templo budista.
Ir para cima↑ "Vinte anos atrás, São João Paulo II afirmou, neste mesmo lugar, que o mundo precisa de «um novo tipo de jovem»: um jovem que esteja comprometido com os mais altos ideais e desejoso de construir a civilização do amor. Sede aqueles jovens de que falava São João Paulo II. Não percais os vossos ideais".
Papa Francisco — durante encontro com jovens em Manila em 18 de janeiro de 2015.[132]
Algumas horas depois do encontro com os jovens, o Papa celebraria uma missa em Manila para seis milhões de pessoas. Segundo o Vaticano, foi o recorde de número de pessoas em uma missa católica.[133]
Ir para cima↑ Para o encontro com religiosos em 6 de junho, o papa havia preparado um discurso. Porém, depois de ouvir testemunhos de três religiosos, decidiu discursar espontaneamente, abandonando o discurso que havia preparado.[134]
Ir para cima↑ "Obrigado a todos os que se prodigaram na preparação desta visita pastoral. E queria pedir-lhe, Senhor Presidente, para transmitir os meus sentimentos de especial consideração e respeito ao seu irmão Fidel".
Papa Francisco — Cerimônia de boas vindas em Havana em 19 de setembro de 2015, dirigindo-se a Raúl Castro, presidente de Cuba.[135]
Ir para cima↑ "Mais uma vez, seguindo uma tradição de que me sinto honrado, o Secretário-Geral das Nações Unidas convidou o Papa para falar a esta distinta assembleia das nações(...) Saúdo ainda os chefes de Estado e de Governo aqui presentes, os embaixadores, os diplomatas e os funcionários(...) Por vosso intermédio, saúdo também os cidadãos de todas as nações representadas neste encontro. Obrigado pelos esforços de todos e cada um em prol do bem da humanidade".
Papa Francisco — dirigindo-se aos participantes da 70º Seção da Assembleia Geral da ONU em 25 de setembro de 2015
Ir para cima↑ "Considero importante que, ao visitar os católicos duma Igreja local, sempre tenha ocasião de encontrar os líderes doutras comunidades cristãs e doutras tradições religiosas. Tenho esperança de que este tempo transcorrido em conjunto possa ser um sinal da estima da Igreja pelos seguidores de todas as religiões; possa este encontro ajudar a fortalecer os laços de amizade que já existem entre nós".
Papa Francisco — Encontro ecumênico e inter-religioso em Nairóbi, 26 de novembro de 2015
Ir para cima↑ "Juntos, digamos não ao ódio, não à vingança, não à violência, especialmente aquela que é perpetrada em nome duma religião ou de Deus. Deus é paz, Deus salam."
Papa Francisco — Encontro com a comunidade muçulmana em Bangui, 30 de novembro de 2015
Ir para cima↑ "Uma grande tristeza. Ontem, por exemplo, fui ao hospital pediátrico: o único que há em Bangui e no país! E, na terapia intensiva, não têm os instrumentos para o oxigénio. Havia muitas crianças subnutridas, muitas. E a médica disse-me: «Na sua maioria, estes morrerão, porque têm a malária, forte, e estão subnutridos»."
Papa Francisco — durante o voo de regresso a Roma, respondendo a um jornalista que lhe perguntou o que sentiu ao escutar dos jovens em Nairóbi, as histórias de exclusão, por causa da ganância e da corrupção
Ir para cima↑ Breve passagem no dia 12, que durou 3h30, para um encontro com o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo no salão VIP do aeroporto de Havana.
Ir para cima↑ "Não é uma declaração política ou sociológica, é uma declaração pastoral, mesmo quando fala sobre questões seculares e específicas, como da manipulação genética e todas essas coisas. É pastoral; de dois bispos que se reuniram com preocupações pastorais em comum. E eu estou muito feliz. Agora, 23 quilômetros de um papamóvel aberto estão esperando por mim ..."
Papa Francisco aos jornalistas, durante a viagem de Cuba para o México.[137]
Ir para cima↑ "É um grande dom estar aqui e começar neste lugar a minha visita ao Egito, dirigindo-me a vós no âmbito desta Conferência Internacional em prol da Paz. Agradeço ao meu irmão, o Grande Imã, por a ter idealizado e organizado e por me ter gentilmente convidado."
Papa Francisco, aos participantes da Conferência Internacional em prol da Paz – Cairo, 28/4/2017.[144]
Ir para cima↑ "Foram 54 anos de guerrilha... Pensava que tivessem sido mais, imaginava uns sessenta; mas, segundo me disseram, foram 54 anos mais ou menos. Neles acumula-se muito, muito, muito ódio, muito rancor, muita alma doente... Às vezes requer-se a intervenção da ONU para sair da crise; mas um processo de paz só avança quando o assume o povo. Se o povo não o assume, poder-se-á avançar um pouco, chegar-se-á a qualquer compromisso... Foi isto que procurei fazer sentir nesta visita: o protagonista da pacificação, ou é o povo ou então ficar-se-á pelo caminho. Mas, quando um povo faz seu o processo, é capaz de o fazer bem. Eu diria, esta é a estrada melhor.".
Papa Francisco — Conferência de imprensa, durante o voo de regresso a Roma, 10 de setembro de 2017
Ir para cima↑ "Vinham cheios de medo, não sabiam que fazer [os rohingya]. Alguém (não do governo do Bangladesh, mas uma das pessoas que se ocupava dos contactos) lhes dissera: "Cumprimentais o Papa, não dizeis nada".[...] E chegou o momento de eles virem cumprimentar-me. Em fila indiana: já não gostei disto, um atrás do outro. O pior é que, imediatamente, queriam expulsá-los do palco. Nesse momento irritei-me e levantei um pouco a voz – sou pecador – e repeti muitas vezes a palavra "respeito, respeito". Fiz parar a evacuação, e eles ficaram lá. Em seguida, depois de os ouvir um a um com a ajuda do intérprete que falava a língua deles, comecei a sentir algo dentro de mim: "Não posso deixá-los ir embora, sem dizer uma palavra"; e pedi o microfone. E comecei a falar ... Não me lembro o que disse. Sei que, a dada altura, pedi perdão. Penso que duas vezes, não me lembro. Entretanto a sua pergunta é: "Que senti". Naquele momento, eu chorava. Fazia de modo que não se visse. Eles choravam também. Depois pensei que estávamos num encontro inter-religioso, mas os líderes das outras tradições religiosas estavam distantes. [Então disse:] "Vinde também vós; estes rohingya são de todos nós."
Papa Francisco — Conferência de imprensa, durante o vosso a Roma, 2 de dezembro de 2017, respondendo à pergunta de um jornalista.


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Com os melhores cumprimentos


ANTÓNIO FONSECA

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