sábado, 24 de março de 2018

Nº 3422 - SÉRIE DE 2018 - (083) - SANTOS DE CADA DIA - 24 DE MARÇO DE 2018 - 11º ANO

Caros amigos:


Com a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo
Ámen.






 Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso



B O M   A N O   DE   2 0 1 8 






Foto actual do autor
26-Agosto-2016




Nº  3 4 2 2
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Série - 2018 - (nº 0 8 3)
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24 de MARÇO de 2018
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SANTOS DE CADA DIA
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11º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos

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Catarina da Suécia, Santa
     



Em Valdstena, na Suécia, Santa CATARINA virgem, filha de Santa BRIGÍDA que, dada em casamento contra a sua vontade, conservou a virgindade de comum acordo com seu esposo e, após a morte dele, se consagrou à vida de piedade. peregrina de Roma e da terra Santa, trasladou os restos morfais de sua mãe para a Suécia e depositou-os no mosteiro de Valdstena, onde ela mesma tomou o hábito monástico. (1381)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:

Nasceu pelo ano de 1331, teve por mãe Santa BRÍGIDA e por pai Ulfo Gadmarsson, ambos aparentados com a família reinante da Suécia. Com uns dois anos, foi enviada para a abadia de Bisbegr, onde continuou até ao casamento. EDGAR, que lhe foi dado por marido, era fervoroso católico: tanto que aceitou respeitar a virgindade daquela que tinha sido obrigada a casar-se.
CATARINA estava em Roma para o jubileu de 1350, quando perdeu o marido. Encontrara aí, porém, a mãe que, tendo enviuvado, se estabelecera na Cidade Eterna até ao fim dos seus dias. Aí viveram ambas durante 23 anos. A filha, de excepcional beleza, começou por ter enormes trabalhos para afastar os pretendentes. Um tentou duas vezes raptá-la. Primeiro, quando ela se dirigia para a igreja de São Sebastião; mas apareceu inesperadamente um, veado na rua, e o rapaz, grande caçador, deixou logo CATARINA para o seguir. Depois, ao ir ela para a igreja de São Lourenço, caiu um véu sobre os olhos do perseguidor, de maneira que tanto poderia raptar uma velha como uma jovem; nada vendo claro, renunciou de novo ao seu projecto.
BRIGÍDA morreu ao regressar duma peregrinação que fizera à Terra Santa com a filha (1372-1373). Esta reconduziu-lhe o corpo para a Suécia e enterrou-o em, Valdstena, berço da ordem de São Salvador que a falecida tinha fundado. depois de nova estadia em Roma para apressar a canonização da mãe, CATARINA regressou definitivamente à pátria, onde foi abadessa das brigidinas, em Valdstena, até à morte, a 24 de Março de 1381.



Agapito, Santo



Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

Ao terminar a segunda metade do século II, nasceu o ilustre bispo Santo AGAPITO. Teatro das suas gloriosas acções foi a cidade de Sínade, na Frígia.
As elevadas funções do sucessor dos Apóstolos foram tão admiravelmente desempenhadas pela santidade e zelo de AGAPITO quer todos lhe chamavam "pai carinhoso". A caridade dirigiu sempre os passos do santo bispo. Visitava os enfermos,. consolava os aflitos e socorria os necessitados. O Senhor favoreceu-o com o dom dos milagres, a cuja influência manifesta se deveu a conversão de grande número de infiéis.
O escritor EUSÉBIO DE PANFÍLIA célebre Bispo de Cesareia da Palestina, faz o panegírico das virtudes deste Santo e refere a multidão de milagres que se operaram por sua intercessão. O cardeal BARÓNIO também fez menção de Santo AGAPITO com a justiça devida à sua santidade.
Ao cabo dum  pontificado gloriosíssimo, morreu no Senhor no ano de 311.







Diogo José de Cádis
(Francisco José López-Caamaño). Beato





Em Ronda, na Andaluzia, Espanha, o Beato DIOGO JOSÉ DE CÁDIS (Francisco José López-Caamaño) presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, pregador insigne e intrépido defensor da liberdade da Igreja. (1801)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

Não se podem contar facilmente 30 anos de activíssima vida missionária deste religioso capuchinho, que, sempre a pé, percorreu inúmeras vezes a Andaluzia inteira; que se dirigiu depois de Aranjuez a Madrid, sem deixar de missionar na passagem as aldeias cas Mancha e de Toledo; que fez mais tarde longa viagem de Roma até Barcelona, pregando à ioda por Castela-a-Nova e Aragão, e à volta por todo o Levante; que saiu de Sevilha, embora doente, e, atravessando a Extremadura e Portugal, chegou até à Galiza e Astúrias, regressando por Leão e Salamanca.
Mas é preciso recordar ainda que nas suas missões, bem antes da invenção da rádio, falava horas seguidas ao dia a multidões de 40 e 60 000 almas; que teve por ouvintes da sua palavra apostólica, autorizada pela santidade de vida, príncipes e cortesãos, e também humildes campónios, intelectuais e universitários, o clero de todas as categorias, marinheiros e militares, câmaras civis e cabidos eclesiásticos, comerciantes e industriais, e até presos das cadeias. Interveio com  a palavra e com escritos nos principais assuntos da sua época e na direcção de inúmeras consciências. escreveu muitos sermões, obras ascéticas e de devoção: tudo impresso formaria bom número de volumes. Andava sempre a pé, coberto dum tecido de cilício, e alimentando a alma com várias horas de oração mental por dia. Se o seguia um cortejo de milagres e de conversões ruidosas, conheceu também cortejos dolorosos de ingratidões, incompreensões e mesmo perseguições, vindo até a morrer envolvido num infamante processo inquisitorial.
A missão concreta da sua vida e o porquê da sua existência poderiam resumir-se nesta única afirmação: foi o enviado de Deus à Espanha oficial do fim do século XVIII e o autêntico missionário do povo espanhol quando se desfazia o Império.
Diz-se que Napoleão, já desterrado em Santa Helena, exclamava recordando as suas vitórias e a sua derrota definitiva: «A desgraçada guerra de Espanha foi o eu me derribou». Mas esta guerras não a venceram os reis nem os intelectuais; venceu-a aquele povo que tinha recebido com submissão e fidelidade os ensinamentos do "enviado de Deus". Este povo, fiel â missão de FREI DIOGO, não atraiçoou nem a fé nem a pátria; os intelectuais e governantes, que tinham recusado essa missão, atraiçoaram a pátria, porque já tinham atraiçoado a fé.
Descrevendo o Beato DIOGO a sua vocação religiosa dizia: «Todo o meu afã era ser capuchinho, para ser missionário e santo». E foi tudo isto. Veio a falecer em 1801.




TIMOLAU, DIONÍSIO, PÁUSIDES, RÓMULO, ALEXANDRE e outro ALEXANDRE, AGÁPIO e outro DIONÍSIO, Santos


Em Cesareia da Palestina, os santos mártires TIMOLAU, DIONÍSIO, PÁUSIDES, RÓMULO, ALEXANDRE e outro ALEXANDRE que, durante a perseguição do imperador Diocleciano conduzidos de mãos atadas aio prefeito Urbano, confessaram ser cristãos e, poucos dias depois, foram decapitados com os companheiros AGÁPIO e outro DIONÍSIO merecendo assim as coroas da vida eterna. (303)



SECÚNDULO ou SECUNDINO, Santo

Na Mauritânia, no território actual da Argélia, Santo SECÚNDULO ou SECUNDINO que sofreu o martírio pela fé em Cristo. (data incerta)

MAC CAIRTHIND, Santo



Em Clogher, na Hibérnia, hoje Irlanda, São MAC CAIRTHIND bispo que é considerado discípulo de São PATRÍCIO. (séc. V)

SEVERO, Santo




Em Catânia, na Sicília, Itália, São SEVERO bispo. (814)

JOÃO DEL BASTONE, Santo


Em Fabriano, no Piceno, hoje Marcas, Itália, o Beato JOÃO DEL BASTONE presbitero e monge companheiro de São SILVESTRE abade. (1290)




MARIA SERAFINA DO SAGRADO CORAÇÃO 
(Clotilde Michele), Beato



Em Faicchio, Benevento, Itália, a Beata MARIA SERAFINA DO SAGRADO CORAÇÃO (Clotilde Michele) virgem fundadora da Congregação das Irmãs dos Anjos, Adoradoras da Santíssima Trindade. (1911)


MARIA KARLOWSKA, Beata

   

Em Pniewite, junto de Gdansk, Polónia, a beata MARIA KARLOWSKA virgem que, para reconduzir as jovens e mulheres indigentes e de vida dissoluta à dignidade de filhas de Deus, fundou a Congregação das Irmãs do Divino Pastor da Divina Providência. (1935)

...e AINDA  ...

ALDEMARO DE BUCCHIANICO, Santo

Benedettino, originario di Capua, dopo essere stato per alcuni anni monaco a Montecassino, fu nominato, benché ancora diacono, rettore del monastero di San Lorenzo di Capua, edificato dalla principessa Aloara, vedova di Pandolfo Testa di Ferro, verso il 982. La fama di santità e i miracoli che vi compì indussero l'abate Aligerno (949-86) a richiamarlo a Montecassino. Nacque allora una grossa lite tra la principessa e l'abate, per troncar la quale Aldemaro fuggì a Boviano. Qui operò ancora miracoli: tra l’altro guarì un canonico da grave malatt1a; sfuggì miracolosamente all’attentato di un tale, irritato per una donazione di terre fatta dal fratello al Santo. Più tardi fu ordinato sacerdote

BERNOLFO, Santo


Le fonti relative alla vita di San Bernolfo, presunto vescovo della diocesi piemontese di Mondovì, sono assai scarse e sono principalmente di carattere cultuale. Nel 1514, durante la consacrazione dell’altare maggiore della cattedrale, il vescovo Lorenzo Fieschi ricordava di aver ivi collocato le reliquie di San Donato, cui l’edificio era dedicato, e di San Bernolfo martire. 
La tradizione che sembra essere scaturita da questa deposizione, fece del santo un vescovo della città, ucciso nel corso di una delle tante scorrerie saracene avvenute nel Piemonte sud occidentale nel corso del IX - X secolo. Il culto che venne riservato a questo sconosciuto santo, era incentrato in una cappella eretta in località Priola, nei presi della casina Saracina, non lontano da Mondovì. Tale edificio, eretto sul presunto luogo del martirio di Bernolfo, conteneva una pittura, forse del XIII secolo, che ne raffigurava la morte per scorticamento e vi era anche venerata una statua lignea che lo ritraeva con paramenti vescovili. 
Nella cattedrale più non esiste la cappella che una nobile famiglia monregalese aveva fatto edificare in suo onore e l’unica testimonianza di un culto verso il santo è costituita da un reliquiario in argento che ne conserverebbe il capo. 
Sulla base di queste scarse notizie non è facile ricostruire la vera identità di Bernolfo, né stabilire con maggior precisione l’epoca e le circostanze del suo eventuale martirio. Forse egli fu un cristiano che subì persecuzioni o venne ucciso durante la dominazione saracena, la cui memoria venne successivamente codificata all’interno della ricordata identificazione con un presule locale. Si potrebbe anche ritenere che Bernolfo sia stato un martire di qualche altra sconosciuta località italiana, le cui reliquie, come avvenne, nel 1488, per il patrono San Donato vescovo e martire di Arezzo, furono traslate a Mondovì. 
La sua festa liturgica è celebrata il 24 marzo.


BERTRADA DE LAON, Beata


Tanto è celebre il figlio, tanto è caduta nell’oblio della storia la madre. Trattasi della Beata Bertrada (o Berta) di Laon, madre dell’imperatore San Carlo Magno. Nata nel 726, sposa dunque di Pipino il Breve, fu regina dei Franchi. Morì il 12 luglio 783 e venne inumata a Saint-Denis, ove la sua tomba, fatta restaurare dal re francese San Luigi IX, porta come unica iscrizione “Berta, mater Caroli Magni”. Gli storici dicono che il grande imperatore nutrisse nei confronti di sua madre una tenerezza rispettosa e che ascoltassi i suoi consigli con una certa deferenza. Nulla di certo sappiamo circa le esatte origini di Bertrada: secondo alcuni era figlia di Cariberto, conte di Laon, mentre altri la riterrebbero addirittura figlia di un imperatore di Costantinopoli. E’ però risaputo come i re franchi si preocupassero poco delle origini più o meno illustri delle loro spose e nessuno si è mai occupato di scoprire verosimilmente donde venisse la regina Berta, visto che anche l’antica poesia eroica e varie leggende tralasciarono la questione. Il suo culto quale “beata” ha carattere prettamente locale. Talvolta è nota come “Berta La Pia”. E’ considerata patrona delle filatrici. La sua festa ricorre al 24 marzo




ÓSCAR ARNULFO ROMERO GALDÁMEZ, Beato


“Non ho la vocazione di martire”, confida, anche se predica che “uno non deve mai amarsi al punto da evitare ogni possibile rischio di morte che la storia gli pone davanti. Chi cerca in tutti i modi di evitare un simile pericolo, ha già perso la propria vita”.
Oscar Arnulfo Romero nasce il 15 marzo 1917 a Ciudad Barrios di El Salvador; ordinato il 4 aprile 1942 a Roma dove sta studiando, quando torna in patria, gli trovano un posto in parrocchia; poi diventa rettore del seminario interdiocesano di San Salvador, direttore di riviste pastorali e segretario della Conferenza Episcopale dell'America Centrale e di Panama. È un uomo che conta, conosciuto per la sua posizione conservatrice e tradizionalista, spiritualmente molto vicino all’Opus Dei. Per questo sono in molti a stupirsi ed a dispiacersi, quando nel 1970 diventa ausiliare del vescovo “progressista” di San Salvador, perché si ha timore che il conservatore Romero possa frenare l’azione innovativa intrapresa.
Timori e ostilità anche nel clero si manifestano maggiormente quando, nel 1977, diventa a sorpresa arcivescovo di San Salvador, cui si contrappone la gioia del governo e dei gruppi di potere, per i quali la nomina di questo vescovo quasi sessantenne, tutto “spirituale” e completamente “dedito agli studi”, è la miglior garanzia di un rallentamento dell’impegno per i poveri che l'arcidiocesi stava sviluppando con il predecessore. Ci sono cioè fondate speranze che con lui la Chiesa di San Salvador si sciolga da ogni impegno sociale e politico, che la sua diventi una pastorale “spiritualizzata” e dunque asettica, disincarnata, disinteressata ad ogni evento politico. Così si interpreta il suo rifiuto della Cadillac fiammante e del sontuoso palazzo di marmi che i proprietari terrieri subito gli offrono, come anche la sua mancata presenza alla cerimonia di insediamento del dittatore.
Cosa avvenga di così deflagrante nella vita di Mons. Romero, da trasformare il conservatore che tutti conoscono nel battagliero assertore dei diritti umani, non è dato saperlo, anche se alcuni collegano questa sua “conversione” all’assassinio del gesuita padre Rutilio Grande, di cui era amico, avvenuto poche settimane dopo la sua nomina. Non bisogna però dimenticare che Romero fin dagli anni giovanili aveva fama di sacerdote austero, con una profonda spiritualità, una salda dottrina e un amore speciale per i poveri. Molto semplicemente, di fronte all’oppressione e allo sfruttamento del popolo, osservando gli squadroni della morte che uccidono contadini, poveri e preti impegnati, il vescovo capisce di non poter fare a meno di prendere una posizione chiara. Istituisce una Commissione per la difesa dei diritti umani; le sue messe cominciano a diventare affollatissime; memorabili le sue denunce dei crimini di stato che ogni giorno si compiono.
Paga con un progressivo isolamento e con forti contrasti, sia in nunziatura che in Vaticano, la sua scelta preferenziale per i poveri: alcuni vescovi lo accusano di incitare “alla lotta di classe e alla rivoluzione”, mentre è malfamato e deriso dalla destra come sovversivo e comunista. “Nel nome di Dio e del popolo che soffre vi supplico, vi prego, e in nome di Dio vi ordino, cessi la persecuzione contro il popolo", dice il 23 marzo 1980, nella sua ultima predica in cattedrale. Il giorno dopo, nel tardo pomeriggio, un sicario si intrufola nella cappella dell’ospedale, dove Romero sta celebrando, e gli spara dritto al cuore, mentre il vescovo alza il calice al momento dell’offertorio. Aveva appena detto: “In questo Calice il vino diventa sangue che è stato il prezzo della salvezza. Possa questo sacrificio di Cristo darci il coraggio di offrire il nostro corpo ed il nostro sangue per la giustizia e la pace del nostro popolo”.
Subito considerato come martire dal popolo salvadoregno, la causa della sua beatificazione inizia nel 1997 ma si arena subito in Vaticano, perché anche da morto il vescovo ha i suoi nemici: pesa come un’ombra cupa sul suo operato l’accusa di essere stato simpatizzante della Teologia della Liberazione, mentre chi lo ha conosciuto bene continua a testimoniare che “Romero non era un rivoluzionario, ma un uomo della Chiesa, del Vangelo e quindi dei poveri”. 
La Causa sembrava sbloccarsi con l’avvento di Papa Francesco e si cominciò a sperare nella beatificazione nel 2017, anno centenario della nascita, ma il Papa spiazzando tutti il 3 febbraio 2015 ha riconosciuto il martirio del vescovo Romero, che il 23 maggio 2015 è diventato dunque beato.

Autore: Gianpiero Pettiti



Arnulfo Romero nasce a Ciutad Barrios il 15 agosto 1917. Sin da giovanissimo matura la vocazione sacerdotale. A 12 anni entra nel seminario e dopo alcuni anni giunge a Roma per continuare gli studi. E' ordinato sacerdote nel 1942 nella cappella maggiore del Collegio Pio Latino Americano di Roma. Torna in patria e diventa parroco di Anamoros. Poco tempo dopo viene trasferito a San Miguel, dove resta fino alla nomina di Vescovo ausiliare di San Salvador. Dopo quattro anni, nel 1974 è Vescovo di Santiago de Maria, una delle diocesi più povere del paese sudamericano. Qui conosce da vicino le povertà del popolo salvadoregno e le ingiustizie che subisce. Nel 1977 è Arcivescovo di San Salvador in un momento in cui nel paese infierisce senza sosta la repressione sociale e politica. La nomina di Mons. Romero è ben vista dal potere: egli è un uomo di cultura non impegnato socialmente; un vescovo che avrebbe pensato ad una pastorale "spirituale" per il popolo, disincarnata completamente dalla vita e dalla storia della città e del paese. Pochi giorni dopo la sua elezione, uno dei suoi sacerdoti migliori e fedeli, il padre gesuita Rutilio Grande, viene assassinato. Mons. Romero passa tutta la notte vicino alla sua salma e ordina che sia celebrata una sola Messa di suffragio in tutta la diocesi. Il sangue di questo sacerdote - dirà più tardi - lo orienta verso i valori della giustizia sociale e della solidarietà verso i più poveri del paese. Nella sua prima Lettera Pastorale dichiara di volersi schierare apertamente dalla parte dei più poveri. Ogni domenica il popolo attende con ansia i suoi messaggi pronunciati nel corso delle celebrazioni nella cattedrale e diffusi in tutto il paese attraverso la radio. Il suo messaggio è quello di una vera e propria redenzione del popolo costretto a subire atti di violenza e di ingiustizia. Mons. Romero diventa così pericoloso: la Chiesa inizia a subire altri attentati. La stessa sorte di p. Rutilio tocca ad altri quattro sacerdoti. La voce di Romero è diventata la "Voz de los que no tienen voz", la voce di coloro che non hanno voce, una voce libera che invoca la pace. 
"Nel nome di Dio e del popolo che soffre - dice il giorno prima di essere assassinato - vi supplico, vi prego, e in nome di Dio vi ordino, cessi la persecuzione contro il popolo". Pace per Mons. Romero è avere la possibilità di parlare, di criticare e di dire pubblicamente la propria opinione. E lo testimonia con il suo comportamento quotidiano. Le sue omelie domenicali sono molto applaudite: applaudire è il solo modo che il popolo salvadoregno ha di manifestare il proprio diritto alla parola, in un paese dove non si concede tale elementare diritto. 
"Sappiamo che ogni sforzo per migliorare una società, soprattutto che è piena d'ingiustizia e di peccato, è uno sforzo che Dio benedice, che Dio vuole, che Dio esige".
E' il 24 marzo 1980: Mons. Oscar Arnulfo Romero, arcivescovo di San Salvador, conclude la sua omelia durante la Messa vespertina. Pochi minuti dopo, al momento dell'Elevazione del calice, un sicario, entrato in quel momento nella piccola cappella dell'ospedale della "Divina Provvidenza" di San Salvador, spara e lo uccide. In ricordo di ciò, il 24 marzo è stato scelto come giorno per celebrare la Giornata di preghiera e digiuno per i missionari martiri, istituita dal Movimento giovanile missionario delle Pontificie opere missionarie.
Il cardinal Roger Etchegaray nella prefazione al volume "Oscar Romero: un vescovo centro-americano tra guerra fredda e rivoluzione", scrive: "Mons. Romero era un uomo mite che aveva orrore della violenza in un paese segnato dalla violenza. I suoi nemici, fautori di prospettive violente, non sopportavano la sua affermazione della dottrina sociale della Chiesa, non accettavano la sua richiesta di pietà e giustizia. Tanto da ucciderlo. La vita di Romero non si può riassumere con degli slogan perchè non lo consegnano alla storia come merita. Ne riducono la statura. Lo costringono in una gabbia di uno scontro ideologico."
Una delle caratteristiche dell'apostolato di questo pastore e vescovo della Chiesa cattolica è il servizio alla Parola di Dio che Romero ha pagato con la vita. I suoi discorsi e pensieri sono uno stimolo per destare le coscienze e riconoscere la responsabilità individuale e collettiva di ciascuno per il mondo in cui viviamo, rischiarata dalla speranza nella vittoria dell'amore.
Quello del 24 marzo è un anniversario di dolore e di inquietudine per chi crede nel ricordo di questo "zelante pastore che -ha detto Giovanni Paolo II inginocchiandosi sulla sua tomba- per amore di Dio e per servire i fratelli arrivò fino ad offrire la sua vita, troncata da morte violen-ta, mentre celebrava sull' altare il sacramento del perdono.
Monsignor Romero in mezzo al suo popolo che soffre per l' ingiustizia, la repressione, lo sfruttamento, capisce che sono i poveri, gli oppressi che devono segnare il cammino della Chiesa: questa è la grande scelta e il più grande insegnamento di questo Pastore. La sua voce diventa quella di un popolo, quello salvadoregno, sfruttato da secoli e che comincia finalmente a prendere coscienza dei propri diritti per ottenere la vera pace. Egli non fu un semplice funzionario della Chiesa, ma un "Buon Samaritano" che viene in aiuto di tutti i poveri ed i bisognosi, vittime dell' ingiustizia e dell' indifferenza. Il suo esempio ha lasciato un segno profondo: la sua tomba è meta di pellegrinaggio per invocare la sua intercessione per la giustizia e la pace per il mondo intero.
Ultimamente, è stato aperto il processo per la causa di beatificazione.

PREGHIERA A MONS. ROMERO


Noi t’invochiamo, vescovo dei poveri, 

intrepido assertore della giustizia, martire della pace! 
Ottienici dal Signore il dono di mettere la sua Parola al primo posto. 
Aiutaci a intuirne la radicalità e a sostenerne la potenza, 
anche quando essa ci trascende. 
Liberaci dalla tentazione di decurtarla per paura dei potenti, 
di addomesticarla per riguardo di chi comanda, 
di svilirla per timore che ci coinvolga. 


Non permettere che, sulle nostre labbra, 

la Parola di Dio s’inquini con i detriti delle ideologie. 
Ma dacci una mano, 
perché possiamo coraggiosamente incarnarla nella cronaca, 
nella piccola cronaca personale e comunitaria, 
e produca così storia di salvezza. 
Aiutaci a comprendere 
che i poveri sono il luogo teologico dove Dio si manifesta, 
il roveto ardente e inconsumabile da cui egli ci parla. 
Prega, vescovo Romero, 
perché la chiesa di Cristo, 
per amore loro, non taccia.




Siamo grati a papa Francesco per il Decreto di Beatificazione dell’Arcivescovo Óscar Arnulfo Romero, firmata il giorno della memoria di Sant’Oscar, nel calendario latino. E’ un dono straordinario a tutta la Chiesa di questo inizio di millennio vedere salire all’altare un pastore che ha dato la vita per il suo popolo; lo è anche per tutti i cristiani, come mostra l’attenzione della Chiesa anglicana che ha posto la statua di Romero nella facciata della cattedrale di Westmister accanto a quella di Martin Luther King e Dietrich Bonhoeffer, ed anche alla stessa società umana che vede in lui un difensore dei poveri e della pace. La gratitudine va anche a Benedetto XVI che ha seguito la causa fin dall’inizio e che il 20 dicembre del 2012 – poco più di un mese dalla sua rinuncia - ne ha deciso lo sblocco perché proseguisse il suo itinerario ordinario. Penso con gratitudine anche a san Giovanni Paolo II che volle ricordare mons. Romero nella celebrazione dei Nuovi Martiri durante il Giubileo del 2000, inserendone il nome, assente nel testo, nell’oremus finale. E dobbiamo ricordare anche il beato Paolo VI che Romero vedeva come suo ispiratore e che per lui fu un difensore.
L’impegno della Congregazione per le Cause dei Santi – con il cardinale Angelo Amato – è stato attento e sollecito. L’unanimità dei pareri sia della commissione cardinalizia che della commissione dei teologi ha confermato il martirio in odium fidei. Il sensus fidelium, in verità, non è mai venuto meno sia in El Salvador sia ovunque nel mondo. Il martirio di Romero ha dato senso e forza a tante famiglie salvadoregne che avevano perso parenti e amici durante la guerra civile. Il suo ricordo diventò immediatamente il ricordo delle altre vittime, magari meno illustri, della violenza.
Dopo un lungo lavoro che ha visto non poche difficoltà sia per le opposizioni rispetto al pensiero e all’azione pastorale dell’arcivescovo sia per la situazione conflittuale che si era creata attorno alla sua figura, l’itinerario processuale è giunto alla conclusione. Romero diviene come il primo della lunga schiera dei Nuovi Martiri contemporanei. Il 24 marzo – giorno della sua morte - è divenuto per decisione della Conferenza Episcopale Italiana "Giornata di preghiera per i missionari martiri". E le stesse Nazioni Unite hanno proclamato quel giorno "International Day for the right to the Truth Concerning Gross Human Rights Violations and for the Dignity of Victims".
Il mondo è molto cambiato da quel lontano 1980, ma quel pastore di un piccolo paese dell’America Centrale, parla più forte. E non è senza significato che la sua beatificazione avvenga proprio mentre sulla cattedra di Pietro vi è, per la prima volta nella storia, un papa latinoamericano che vuole una "Chiesa povera, per i poveri". Vi è una coincidenza provvidenziale.

Romero un pastore


Si potrebbe dire che il martirio di Romero è strettamente legato a quello di padre Rutilio Grande, un gesuita che aveva lasciato l’insegnamento universitario per andare fra i contadini in un piccolo villaggio, Aguilares, vivendo in una stanzetta con un letto, un comodino, un piccolo lume, una Bibbia. Romero gli era molto amico. La notte del 12 marzo 1977 Romero vegliò tutta la notte davanti al corpo dell’amico e dei due contadini uccisi insieme a lui in un agguato. Era arcivescovo di San Salvador da pochi giorni, non aveva ancora preso confidenza con le sue funzioni. In quelle ore provò molta commozione vedendo l’amico ucciso e i tanti contadini che affollavano la chiesetta. Romero – disse ad un amico – vide che erano rimasti orfani del loro "padre" e che ora toccava a lui arcivescovo prenderne il posto anche a costo della vita. In quella notte sentì – lo scrive più volte - una ispirazione divina a essere forte, ad assumere un’attitudine di fortaleza, mentre nel paese, segnato dall’ingiustizia sociale, aumentava la violenza: violenza dell’oligarchia contro i contadini, violenza dei militari contro la Chiesa che difendeva i poveri, violenza della guerriglia rivoluzionaria.

Romero corresse la vulgata diffusa circa la sua conversione: "Non parlerei di conversione – disse - come molti dicono perché sempre ho avuto affetto per il popolo, per il povero… Prima di essere vescovo sono stato per ventidue anni sacerdote a San Miguel… Quando visitavo i cantoni sentivo un vero piacere nello stare con i poveri e aiutarli... Giungendo però a San Salvador, la stessa fedeltà cui avevo voluto ispirare il mio sacerdozio mi fece comprendere che il mio affetto verso i poveri, la mia fedeltà ai principi cristiani e l’adesione alla Santa Sede dovevano prendere una direzione un po’ diversa. Il 22 febbraio del 1977 presi possesso dell’Arcidiocesi e a quella data vi era una raffica di espulsioni di sacerdoti... Il 12 marzo del 1977 avvenne l’assassinio del p. Rutilio Grande… ebbe un forte impatto nella diocesi e mi aiutò a sentire fortaleza."
Romero credette alla sua funzione di vescovo e di primate del paese e si sentiva responsabile della popolazione specie più povera: per questo si fece carico del sangue, del dolore, della violenza, denunciandone le cause nella sua carismatica predicazione domenicale seguita alla radio da tutta la nazione. Potremmo dire che fu una "conversione pastorale", con l’assunzione da parte di Romero di una fortaleza indispensabile nella crisi in cui versava il paese. Si fece defensor civitatis secondo la tradizione dei Padri antichi della Chiesa, difese il clero perseguitato, protesse i poveri, affermò i diritti umani.
Il clima di persecuzione era palpabile. Ma Romero divenne chiaramente il difensore dei poveri di fronte ad una repressione crudele. Dopo due anni di arcivescovado a San Salvador, Romero conta 30 preti perduti, tra uccisi, espulsi o richiamati per sfuggire alla morte. Gli squadroni della morte uccidono decine e decine di catechisti delle comunità di base, e molti fedeli di queste comunità scompaiono. La Chiesa era la principale imputata e quindi quella maggiormente colpita. Romero resistette e accettò di dare la vita per difendere il suo popolo.


Ucciso sull’altare durante la S. Messa


Fu ucciso sull’altare. In lui si voleva colpire la Chiesa che sgorgava dal Concilio Vaticano II. La sua morte – come mostra chiaramente l’accurato esame documentario – fu causata non da motivi semplicemente politici, ma dall’odio per una fede che impastata della carità che non taceva di fronte alle ingiustizie che implacabilmente e crudelmente si abbattevano sui poveri e sui loro difensori. L’uccisione sull’altare – una morte senza dubbio più incerta visto che si doveva sparare da trenta metri rispetto ad una provocata da distanza ravvicinata – aveva una simbolicità che suonava come un terribile avvertimento per chiunque volesse proseguire su quella strada. Lo stesso san Giovanni Paolo II - che ben conosceva i due altri santi uccisi sull’altare, san Stanislao di Cracovia e Thomas Becket di Canterbury - lo nota con efficacia: "lo hanno ucciso proprio nel momento più sacro, durante l’atto più alto e più divino… E’ stato assassinato un vescovo della Chiesa di Dio mentre esercitava la propria missione santificatrice offrendo l’Eucarestia". E più volte ha ripetuto con vigore: "Romero è nostro, Romero è della Chiesa!".


Romero e la scelta dei poveri


Romero da sempre ha amato i poveri. Giovanissimo sacerdote a San Miguel veniva accusato di comunismo perché chiedeva ai ricchi di dare il giusto salario ai contadini coltivatori di caffè. Diceva loro che, agendo in quel modo, non solo andavano contro la giustizia, ma erano essi stessi ad aprire le porte al comunismo. Tutti coloro che lo hanno conosciuto ancora semplice sacerdote ricordano la sua commozione e la sua tenerezza verso i poveri che incontrava. Particolare impressione fece il suo interessamento per i bambini lustrascarpe di San Miguel che lo portò ad organizzare anche una mensa per loro. Notoria poi era la generosità. Un piccolo episodio mostra la sua "esagerazione", come qualcuno diceva. Una volta ricevette una gallina da mangiare, lungo la strada una donna chiedeva aiuto e lui subito gliela diede, non badando alle rimostranze dell’autista che gli diceva che in episcopio non c’era nulla da mangiare. Certo frequentava anche i ricchi, ma chiedeva loro di aiutare i poveri e la Chiesa, come una via per salvare la loro anima.

Romero comprese sempre più chiaramente che per essere il pastore di tutti doveva iniziare dai poveri. Mettere i poveri al centro delle preoccupazioni pastorali della Chiesa e quindi anche di tutti i cristiani, compresi i ricchi, era la via nuova della pastorale. L’amore preferenziale per i poveri non solo non attutiva l’amore di Romero per il suo paese, al contrario lo sosteneva. In tal senso Romero non era un uomo di parte, anche se ad alcuni poteva apparire tale, bensì un pastore che voleva il bene comune di tutti, ma a partire, appunto, dai poveri. Non ha mai cessato di cercare le vie per la pacificazione del paese.

Romero, uomo di Dio e della Chiesa


Romero era un uomo di Dio, un uomo di preghiera, di obbedienza e di amore per la gente. Pregava molto: si arrabbiava se nelle prime ore del mattino, mentre pregava, lo interrompevano. Ed era severo con se stesso, legato ad una spiritualità antica fatta di sacrifici, di cilicio, di penitenza, di privazioni. Ebbe una vita spirituale "lineare", pur con un carattere non facile, rigoroso con se stesso, intransigente, tormentato. Ma nella preghiera trovava riposo, pace e forza. Quando doveva prendere decisioni complicate, difficili, si ritirava in preghiera.

Fu un vescovo fedelissimo al magistero. Nelle sue carte emerge chiara la familiarità con i documenti del Vaticano II, di Medellin, di Puebla, della dottrina sociale della Chiesa e in genere gli altri testi pontifici. Ho potuto fare l’elenco delle opere della sua biblioteca: gran parte è occupata dai testi del Magistero. Nelle carte dell’archivio sono conservati i discorsi che Romero scriveva per due nunzi quando questi dovevano spiegare i testi conciliari. Il cardinale Cassidy racconta che nel 1966 con Romero e qualche altro sacerdote facevano spesso giornate di approfondimento sui testi del Vaticano II. Romero si era costruito uno amplissimo schedario di citazioni (circa 5000 schede) per predicare, tratte soprattutto dal Magistero. Venti giorni prima di morire, il 2 marzo 1980, in una omelia domenicale afferma: "Fratelli, la gloria più grande di un pastore è vivere in comunione con il papa. Per me il segreto della verità e della efficacia della mia predicazione è stare in comunione con il papa. E quando vedo nel suo magistero pensieri e gesti simili a quelli di cui ha bisogno la nostra Chiesa, mi riempio di gioia".
Molte volte si dice che Romero era subornato dalla teologia della liberazione. Un giornalista gli chiese: "Lei è d’accordo con la teologia della liberazione?" Romero rispose: "Si certo. Ma ci sono due teologie della liberazione. Una è quella che vede la liberazione solo come liberazione materiale. L’altra è quella di Paolo VI . Io sono con Paolo VI".

Autore: Mons. Vincenzo Paglia




La morte è il momento cruciale dei tre anni di Romero arcivescovo. Fu martirio in odium fidei, esemplificato nell’uccisione all’altare nonché nel far tacere la voce pubblica che autorevolmente chiedeva conversione dal male e rigetto del peccato. Per questo rimando alla documentazione del processo canonico, che si rende disponibile con la beatificazione. Qui vorrei notare che Romero sapeva che sarebbe stato ucciso e per questo ebbe un lungo travaglio interiore.

Doveva anzitutto dare senso alla morte che gli veniva annunciata ogni giorno attraverso minacce riferitegli da fedeli e amici, lettere piene d’insulti, telefonate minatorie, avvisi persino in televisione, comunicazioni allarmate di autorità civili e religiose, attentati scampati per un soffio. Un primo senso della morte che s’avvicinava stava nella fedeltà al suo mandato apostolico: era un pastore, e il buon pastore non abbandona le sue pecore, tanto più quando sono nel pericolo. Romero non ebbe dubbi: non avrebbe lasciato il Salvador, sarebbe restato al suo posto. Diceva: "Un pastore non se ne va, deve restare sino alla fine con i suoi". Rifiutò anche un’offerta di ospitalità della Santa Sede.
Un secondo senso della sua morte stava nell’offerta della vita. Romero meditava molto sul martirio, a partire da quello dei suoi preti e catechisti già uccisi in gran numero. Aveva predicato ai funerali di un suo prete assassinato:
"Non tutti, dice il Concilio Vaticano II, avranno l’onore di dare fisicamente il loro sangue, di essere uccisi per la fede; però Dio chiede a tutti coloro che credono in lui uno spirito del martirio, cioè tutti dobbiamo essere disposti a morire per la nostra fede, anche se il Signore non ci concede questo onore. Noi, sì, siamo disponibili, affinché, quando giunge la nostra ora di render conto, possiamo dire 'Signore, io ero disposto a dare la mia vita per te. E l’ho data'. Perché dare la vita non significa solo essere uccisi; dare la vita, avere spirito di martirio è dare nel dovere, nel silenzio, nella preghiera, nel compimento onesto del dovere; è dare la vita a poco a poco, nel silenzio della vita quotidiana, come la dà la madre che senza timore, con la semplicità del martirio materno, dà alla luce, allatta, fa crescere e accudisce con affetto suo figlio."
Romero voleva dare un senso alla sua morte secondo la volontà di Dio. Tre settimane prima di morire disse al suo confessore: "Mi costa accettare una morte violenta... devo essere nella disposizione di dare la mia vita per Dio qualunque sia il fine della mia vita. Le circostanze sconosciute si vivranno con la grazia di Dio. Egli ha assistito i martiri e se necessario lo sentirò molto vicino nell’offrirgli l’ultimo respiro. Ma più che il momento di morire vale il dargli tutta la vita e vivere per lui". Pareva pacificato, ed è probabile che interiormente lo fosse.
In realtà, Romero era terrorizzato dalla morte che sentiva imminente. Nelle ultime settimane ogni rumore gli dava soprassalto. Un frutto di avocado che cadeva sul tetto della sua modesta dimora lo gettava nel panico. Un qualsiasi rumore notturno lo portava a nascondersi. Confidava che neppure sapeva se lo avrebbe ucciso l’estrema destra o l’estrema sinistra, che lo contestava negli ultimi tempi per la sua contrarietà alla rivoluzione. Fu poi lo squadrone della morte organizzato dall’ex maggiore D’Aubuisson a ucciderlo, ma Romero questo non lo poteva sapere in anticipo. Nelle ultime settimane ebbe continui momenti di abbattimento. Il giorno prima d’essere ucciso predicò ben due ore e pronunciò l’appello famoso ai soldati perché non uccidessero in violazione della legge di Dio:
"Un appello speciale agli uomini dell’esercito… Davanti all’ordine di uccidere dato da un uomo deve prevalere la legge di Dio che dice: non uccidere. Nessun soldato è obbligato a obbedire a un ordine contrario alla legge di Dio […] In nome di Dio, e in nome di questo popolo sofferente i cui lamenti salgono fino al cielo ogni giorno più impetuosi, vi supplico, vi scongiuro, vi ordino in nome di Dio: cessi la repressione!".
Dopo questa sfida ai comandi militari era apparentemente sereno come avesse assolto il suo dovere, e andò a mangiare in quella che era la sua famiglia d’adozione, quella dell’amico Barraza, un commerciante. Giocò dapprima con i bambini, ma a tavola apparve smarrito:
"Si tolse gli occhiali, cosa che non faceva mai, e rimase in un silenzio che fu per tutti noi molto grave. Lo si vedeva abbattuto e triste. Mangiava la minestra con lentezza e ci guardava attentamente uno per uno. Eugenia, mia moglie, che alla tavola gli sedeva a fianco, restò interdetta per uno sguardo lungo e profondo che le rivolse, come volesse dirle qualcosa. Dai suoi occhi sgorgarono lacrime. Lupita lo rimproverò: ‘ma perché, che motivo c’è di piangere?’. Eravamo tutti perplessi. Improvvisamente si mise a parlare dei suoi migliori amici, sacerdoti e laici. Li nominava uno a uno, mostrando ammirazione per ciascuno di loro e lodandone le virtù che aveva scoperto e i doni che Dio aveva dato loro. Un pranzo come quello, a casa nostra, non c’era mai stato. Fu triste e sconcertante per tutti noi."
Così Romero il giorno prima della morte. Una morte interpretata a lungo con le retoriche parole apparse postume nella penna di un giornalista guatemalteco: "Se mi uccidono, risorgerò nel popolo salvadoregno, il mio sangue sia seme di libertà, la mia morte sia per la liberazione del mio popolo". Queste frasi, ripetute incessantemente in manifesti e comizi, ma non dagli amici intimi dell’arcivescovo ucciso che ne dubitavano, stanno al cuore di un mito ideologico di Romero profeta del popolo e messia a sfondo politico. Tutto lascia credere che siano apocrife, e nella Positio lo si discute a sufficienza. In realtà, il senso della sua morte, Romero lo affidava ai suoi appunti intimi in questi termini:
"Pongo sotto la provvidenza amorosa del Cuore di Gesù tutta la mia vita e accetto con fede in lui la mia morte, per quanto difficile sia. Né voglio darle una intenzione, come lo vorrei, per la pace del mio paese e per la fioritura della nostra Chiesa… perché il Cuore di Cristo saprà darle il fine che vuole. Mi basta per essere felice e fiducioso il sapere con sicurezza che in lui sono la mia vita e la mia morte, che malgrado i miei peccati in lui ho posto la mia fiducia e non rimarrò confuso e altri proseguiranno con maggiore saggezza e santità i lavori della Chiesa e della Patria".
Possiamo considerare queste parole, scritte un mese prima di essere assassinato, come il testamento spirituale di monsignor Romero.
Romero non pensava ad una morte eroica che facesse la storia, non voleva sfidare i nemici del popolo a ucciderlo per poi mostrarsi risorto nella rivoluzione, non concepiva il suo martirio in senso ideologico come un simbolo di lotta avvenire. Pensava invece alla sua morte secondo la tradizione della Chiesa, per la quale il martire non è una bandiera contro, non è un atto d’accusa verso il persecutore, ma un testimone della fede. Fede nella grazia divina che, come dice il salmo 62, vale più della vita. Questa è precisamente la grandezza cristiana di Romero: aver anteposto l’adesione alla volontà di Dio alla salvaguardia della propria vita, come Cristo nell’orto degli ulivi.




SIMONINO ou SIMÃO, Beato


Anche se la festa liturgica di questa singolare figura di beato fanciullo è stata eliminata nel 1965, vale la pena di ricordarla per le implicazioni sociali e religiose che dal lontano 1475 aveva impresso nella società trentina. 
Il piccolo Simone, chiamato poi nei secoli Simonino, figlio del conciacapelli Andrea (parrucchiere dell’epoca), all’età di due anni e mezzo, scomparve misteriosamente la sera del 23 marzo 1475, ricorrenza del giovedì santo e il suo corpo dopo convulse ricerche fu ritrovato la mattina del 26 nel giorno di Pasqua, in condizioni strazianti, in un fosso d'acqua che attraversava lo scantinato della casa, di uno dei maggiori rappresentanti degli ebrei di Trento. 
Per una serie di circostanze, di tempo, di luogo e di clima creatasi dopo la predicazione recente del beato Bernardino da Feltre, con riferimenti antisemiti, si instaurò subito la certezza che l’omicidio fosse dovuto ad un rituale perpetrato dagli ebrei. 
Furono imprigionate una trentina di persone, tutte appartenenti alle tre famiglie di ebrei allora residenti in Trento, quelle degli usurai Samuele ed Angelo e del medico Tobia; per ordine del principe-vescovo Giovanni Hinderbach furono sottoposti a processo, che fece largo uso della tortura, per cui alla fine finirono per confessarsi colpevoli. 
Nonostante gli interventi del papa Sisto IV e dell’arciduca Sigismondo del Tirolo, per niente favorevoli all’agire del principe-vescovo trentino, il processo proseguì con estrema durezza, fino alla condanna a morte e relativa esecuzione di 15 dei presunti rei e la confisca dei loro beni. 
Sono conservati gli Atti del processo a Roma, a Trento e Vienna, importantissimi perché testimoniano gli sforzi fatti per accreditare l’omicidio rituale agli ebrei con l’opinione che simili riti avvenissero anche in altre città e con una certa frequenza. 
La morte avvenuta per un rito del piccolo Simonino, dava l’opportunità al principe-vescovo Hinderbach di considerarlo un martire e quindi iniziò un culto con vasta azione propagandistica sia con scritti di autori umanistici (prima stampa nel 1475) sia con la predicazione, in particolare dei francescani del Trentino e regioni vicine. 
Il papa Sisto IV proibì sotto pena di scomunica il culto al beato Simonino, perché non era chiaro il motivo della morte del piccolo. Ma la venerazione dei fedeli provenienti da ogni parte d’Europa, dietro la fama dei miracoli avvenuti, si diceva per sua intercessione, fece sì che il culto divenisse un culto di fatto, superando anche la proibizione papale. 
Il culto persisteva nel secolo successivo, al punto che nel 1584, Cesare Baronio inseriva il suo nome nel ‘Martirologio Romano’ e nel 1588 su richiesta del vescovo di Trento, il papa Sisto V, concesse la festa e Messa propria, dando così l’assenso ad una formale beatificazione. 
Il culto invece di scemare aumentò nei secoli successivi fino ai nostri giorni, soprattutto nell’epoca barocca, suscitando tutta una produzione artistica locale. Luoghi centri del culto furono le cappelle erette nei luoghi dell’uccisione, del rapimento e nella chiesa di S. Pietro dove era il corpicino imbalsamato. 
Oltre la celebrazione annuale del 24 marzo, vi era fino al 1955 una sontuosa processione decennale con il corpo del fanciullo e i reliquiari con gli strumenti del presunto martirio. L’omicidio, la cacciata degli ebrei dal Trentino, le sentenze di colpevolezza e le esecuzioni capitali, suscitarono sempre la contestazione ebraica, con relativa condanna finché fosse praticato il culto del beato Simonino. 
La questione coinvolse studiosi, giuristi, teologi, specie nell’800 sia da parte cattolica sia da parte ebraica; finché nel ‘900 studi più approfonditi di commissioni di studiosi, portarono a conclusioni onestamente accettabili, di esclusione di riti ebraici nell’omicidio. 
Pertanto il vescovo di Trento A. M. Gottardo, il 28 ottobre 1965, abrogò ufficialmente il culto del beato Simonino di Trento, con il pieno consenso della S. Sede e con soddisfazione del mondo ebraico, che si vide togliere il sospetto di praticare riti sanguinari; bisogna ricordare che analoga accusa fu fatta ai cristiani delle catacombe dei primi tempi. 
Gli artisti furono chiamati, nei cinque secoli del culto, ad immortalare con ogni forma di arte, il martirio, i resti tagliati, la figurina benedicente, in piedi su un tavolo o legato ad una croce del piccolo Simonino, comunque beato in Dio; vittima innocente, come in tutti i tempi di omicidi oscuri e orribili, che ogni tanto vengono perpetrati quali simbolo del male che continuamente si aggira nell’umanità, qualunque sia la mano assassina.




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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

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e do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga, além de outros, eventualmente 

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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, não coloco quaisquer entraves para quem quiser copiá-las




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