Caros Amigos
Série - 2019 - (nº 0 3 3)
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MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
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Desejo que este Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue
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Nº 3 7 3 7
Série - 2019 - (nº 0 3 3)
2 de FEVEREIRO de 2019
SANTOS DE CADA DIA
Nº 8 7
12º A N O
12º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
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APRESENTAÇÃO DO SENHOR
PURIFICAÇÃO DE NOSSA SENHORA
SENHORA DAS CANDEIAS ou
CANDELÁRIA
Festa da APRESENTAÇÃO DO SENHOR, pelos gregos chamada HYPAPANTE; Quarenta dias depois do Nascimento do Senhor, Jesus foi levado ao templo por MARIA e JOSÉ, cumprindo exactamente a lei moisaica, mas na verdade indo ao encontro do seu povo crente exultante, como luz para se revelar às nações e glória do seu povo Israel. Celebra-se também a Purificação de NOSSA SENHORA e também é conhecida pela festa de Nossa Senhora das Candeias ou CANDELÁRIA.
Texto do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
A festa que a Igreja celebra hoje tem o nome de APRESENTAÇÃO DO SENHOR no Templo. E é também a Purificação de NOSSA SENHORA ou NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS (Candelária). É hoje o dia da benção das velas (candeias) e em muitas igrejas, antes da celebração da Missa, organiza-se solene procissão, em que são levadas velas acesas, símbolos de JESUS CRISTO - que apresentado a Deus no templo de Jerusalém pelo santo velho SIMEÃO, foi saudado como a luz que veio para iluminar os povos.
Comemora-se o dia em que MARIA SANTÍSSIMA, em obediência à lei moisaica, se apresentou no templo do Senhor, quarenta dias depois do nascimento do divino Filho. Para melhor compreensão deste acto de MARIA, sejam lembradas neste lugar duas leis que Deus impôs, no Antigo Testamento. A mulher que desse à luz uma criança do sexo masculino ficava privada de entrar no templo durante quarenta dias a seguir aio parto; e se a criança era menina, o tempo de Purificação era de oitenta dias. Passado este tempo, devia apresentar-se no templo e oferecer um cordeirinho, duas rolas ou dois pombinhos, e entregar a oferta ao sacerdote, para que este rezasse sobre ela. Com esta cerimónia, a mulher era aceite outra vez na comunhão dos fiéis, da qual a lei a excluía por algum tempo, depois de ter dado à luz.
A segunda lei impunha aos pais da tribo de Levi a obrigação de dedicar o filho primogénito ao serviço de Deus. Crianças que pertenciam a outra tribo, que não a de Levi, pagavam resgate.
É admirável a rectidão e humildade de MARIA SANTÍSSIMA em sujeitar-se a uma lei humilhante, como foi a da purificação. A maternidade da Virgem, em tudo diferente das outras mulheres, isentava-a desta obrigação. DAVID enche.-se de vergonha, quando se lembra da sua origem: «em pecados me concebeu minha mãe». A MARIA, o ANJO tinha dito: «O Espírito Santo vira sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra». São JOSÉ recebeu do céu a comunicação consoladora: «O que dela (de MARIA) nascerá, é do Espírito Santo». Virgem antes, durante e depois do parto, o seu lugar não era entre as outras filhas hebreias, que no templo se apresentavam para fazer penitência e procurar perdão do pecado.
MARIA prefere, todavia, obedecer à lei e a parecer atingida pela pecha comum a todas. Além disso, sendo de origem nobre, descendente directa de DAVID, oferece o sacrifício dos pobres, isto é, dois pombinhos!
Na humildade é acompanhada pelo Filho. Ele, que é «Filho do Altíssimo», autor e Senhor das leis, não admite para Si motivos que O isentem das mesmas. Querendo ser nosso semelhante em tudo, excepto no pecado, sujeita-Se à lei da circuncisão. Por altura de ser apresentada MARIA SANTÍSSIMA no templo, deu-se um facto que merece toda a nossa atenção.Vivia em Jerusalém, um santo chamado SIMEÃO, provecto em idade, que com muito fervor anelava pela vinda do Messias. De Deus tinha recebido a promessa de não sair desta vida sem ter visto, com os próprios olhos, o Salvador do mundo. Guiado por inspiração divina, viera ao templo quando os pais de Jesus nele entraram, em cumprimento das prescrições legais. Como os Magos conheceram o Salvador, este fez-Se conhecido por SIMEÃO, o qual o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, deixai partir o Vosso servo em paz, conforme a vossa palavra, pois os meus olhos viram, a vossa salvação, que preparastes diante dos olhos das nações; Luz para aclarar os gentios e glória de Israel, vosso povo».
JOSÉ e MARIA ficaram admirados do que se dizia do MENINO. SIMEÃO abençoou-os e disse a MARIA, sua Mãe: «Este Menino veio ao mundo para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição. Vós mesma tereis a alma varada por uma aguda espada e assim serão patenteados os pensamentos ocultos no coração de muitos». - Havia também uma profetisa, ANA, filha de FANUEL, da tribo de Aser. Já estava muito velha. Vivera 7 anos casada, enviuvara e estava com 84 anos. Não deixava o templo, e servia a Deus dia e noite, jejuando e rezando. tendo vindo ao templo na mesma ocasião, desfez-se em louvores ao Senhor e falava do Menino a todos os que esperavam a redenção de Israel.
Cumpridas todas as prescrições da lei, JOSÉ e MARIA voltaram para casa.
A Igreja Católica reservava outrora uma benção especial às parturientes que, logo que o seu estado permitia, se apresentavam a Deus com o fruto das suas entranhas. É provável que este uso se tenha introduzido na Igreja em memória e veneração da Mãe de Deus, que, obediente à lei dom seu povo, fez a sua apresentação no templo.
A Deus deve-Se louvor e gratidão, depois dum parto bem sucedido. De Deus vem todo o bem para a mãe e para o filhinho. É justo, pois, que a mãe peça a benção divina. A mãe cristã sabe que sem a assistência e auxílio de Deus, não pode educar os filhos na virtude e no temor de Deus. Reconhecendo esta insuficiência, faz a Deus oferecimento do filho, prometendo ao Senhor ver nele uma propriedade divina, garantia do seu amor, e fazer tudo que lhe estiver ao alcance para educá-lo para o céu. Oxalá todas as mães cristãs eduquem os filhos para Deus, e não para o serviço do mundo, de Satanás e da carne!
Joana de Lestonnac, Santa
Em Bordéus, França, Santa JOANA DE LESTONNAC que, ainda adolescente, recusou sempre os convites e tentativas da mãe para se afastar da Igreja Católica e, depois da morte do esposo, orientou com sabedoria a educação dos seus cinco filhos. Fundou a Sociedade das Filhas de Nossa Senhora, à imitação da Companhia de Jesus, para fomentar a formação cristã da juventude feminina. (1640)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Em Bordéus nasceu em 1556 e morreu em 1640. Era sobrinha do filósofo Montaigne. O autor dos Essais livrou a sobrinha, que muito estimava, de ser huguenote, subtraindo-a à influência em sentido calvinista que organizara a própria mãe dela. Em 1597, já viúva, começou a sentir a vocação religiosa. E no ano de 1607, ajudada por dois jesuítas, fundou uma congregação destinada a fazer pelas meninas, no campo da educação, o que fazia a Companhia de Jesus pelos rapazes. É a Companhia de Maria Nossa Senhora, que existe ainda. Durante os últimos três anos de vida, deixou JOANA de a governar, destituída por duas freiras invejosas. Sofreu com serenidade as maldades das suas perseguidores e até, por isso, mais as amou.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Era centurião romano destacado para Cesareia da Palestina. A sua conversão assinala a ruptura entre a Igreja nascente e a Sinagoga (Act 10 e 11). Quando quis prostrar-se aos pés de PEDRO, este disse-lhe: «Levanta-te, que também eu não sou senão um homem». Baptizou-o. E ficou desde então entendido que um cristão já não tinha que preocupar-se com os ritos e acções da Lei Antiga.
André Carlos Ferrári, Beato
Em Milão, Itália, o Beato ANDRÉ CARLOS FERRÁRI bispo que valorizou a tradição religiosa do seu povo e abriu novos caminhos, para dar a conhecer ao mundo a mensagem de Cristo e a caridade da Igreja. (1921)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O,. de Braga:
São PAULO, enumerando as virtudes que devem adornar o Bispo, diz: «É necessário que seja sóbrio, prudente, hospitaleiro, capaz de ensinar». Assim foi o Cardeal ANDRÉ CARLOS FERRÁRI que veio ao mundo numa pequena aldeia de Itália, a 13 de Agosto de 1850, de pais humildes.
Tendo frequentado o seminário, ordenou-se padre a 19 de Dezembro de 1873. Como pároco, teve especial cuidado com a juventude. Pouco tempo esteve à frente do trabalho paroquial, pois foi nomeado professor e reitor do seminário de Parma.
Distinguindo-se por sua piedade, doutrina e direcção de almas, LEÃO XIII nomeou-o Bispo de Guastalla, no dia 23 de Junho de 1890, não contando ainda 40 anos de idade. Foi tal o seu proceder à frente da pequena diocese que o mesmo Sumo Pontífice resolveu transferi-lo para outra maior e mais importante, a de Como.
Nos anos em que permaneceu nessa diocese, percorreu-a de lés a lés, visitando todas as freguesias, por menores e remotas que fossem. Empenhou-se sobremaneira na formação do clero e desenvolvimento da Acção Católica.
No consistório de 18 de Maio de 1894, LEÃO XIII, que estimava o Bispo de Como, incluiu-o no número dos Cardeais, e três anos depois confiou-lhe o governo da Arquidiocese de Milão. No dia em que foi nomeado Arcebispo dessa cidade, o Servo de Deus acrescentou o nome de CARLOS ao de ANDRÉ, que recebera no baptismo, para honrar São CARLOS BORROMEU, Pastor imortal e glória da igreja milanesa.
O que ele fez neste novo campo de apostolado, é-nos referido por João Paulo II na homilia que proferiu no dia da beatificação do Cardeal, a 10 de maio de 1987:
«Cristo foi a "porta" da santidade para o Cardeal CARLOS ANDRÉ FERRÁRI, que, depois, de ter sido Bispo de Guastalla e de Como, dirigiu por cerca de 27 anos a Arquidiocese de Milão, seguindo com fervor apaixonado as pegadas dos grandes predecessores AMBRÓSIO e CARLOS».
«Sustentado por fé robusta e zelo iluminado, ele soube indicar com tino seguro o caminho a percorrer entre novas e difíceis realidades emergentes no contexto religioso e social do seu tempo. Soube ver os problemas pastorais, que as circunstâncias históricas apresentavam, com o olhar do Bom Pastor, indicando os modos para os enfrentar e resolver. Ele é, portanto, um exemplo de grande actualidade.
Consciente de que a ignorância dos princípios essenciais da fé e da vida moral expunha os fiéis à propaganda ateia e materialista, organizou juma forma de catequese moderna e incisiva. Também o estilo pastoral foi por ele renovado; inspirando-se no Bom Pastor, ele repetia com vigor que não se devia esperar passivamente que os fiéis se aproximassem da Igreja, mas que era indispensável voltar a percorrer, como Jesus, as ruas e as praças para ir ao encontro deles, falando a linguagem deles. Visitou quase quatro vezes a vasta arquidiocese ambrosiana, indo às localidades mais distantes e inacessíveis, mesmo a cavalo e a pé, onde desde tempo imemorável não se tinha visto um Bispo. Por esta razão, ante a sua pastoral incansável, alguns diziam: "São CARLOS voltou".
A solicitude do Pastor foi expressa também na promoção de formas novas de assistência, adequadas às mudanças dos tempos. Primeiros destinatários do admirável florescer de iniciativas sociais forma as crianças e os jovens abandonados, os trabalhadores e os pobres».
A seguir o Santo Padre enumera os meios de que se valeu o Beato ANDRÉ CARLOS para levar por diante o seu programa:
«Amadureceu assim no coração do cardeal FERRÁRI projecto de uma Obra, que constituí
hoje uma sua herança preciosa: a Companhia de São PAULO, chamada também Obra Cardeal Ferrári. Da ideia originária de uma casa do Povo, que recolhesse as organizações do apostolado dos leigos e da assistência da arquidiocese, desenvolveu-se uma série de actividades inspiradas no genial e corajoso dinamismo pastoral do Arcebispo; o "Secretariado do Povo", os refeitórios nas empresas, as missões aos operários, a Casa da Criança e a Casa para Reeducação dos desencarcerados, as grandes iniciativas na imprensa católica, a organização das grandes peregrinações.
Mérito insigne do Cardeal FERRÁRI foi precisamente ter percebido com feliz intuito a urgência de envolver os leigos na vida da comunidade eclesial, organizando-lhes as forças para uma presença cristã mais incisiva na sociedade. Foi zeloso promotor da Acção Católica masculina e feminina que, sob o seu determinante impulso, cresceu e de Milão
teve benéfico influxo em toda a Itália. Prodigalizou-se também por erigir a Universidade Católica e teve a alegria de ver a a sua actuação incipiente».
Por fim João Paulo II refere-se às virtudes heroicas do Bem-aventurado nestes termos:
«Mas o segredo da incansável acção apostólica do novo Beato continua a ser a sua vida interior, baseada em profundas convicções teológicas, inunda de terna e filial devoção a Nossa Senhora, centrada em Jesus Eucaristico e Crucificado, expressa numa atitude constante de grande bondade para com todos, de comovida solicitude pelos pobres, de heróica paciência no sofrimento. A 29 de setembro de 1920, entre as lancinantes dores do mal que o afligia, escreveu no seu diário, estas extremas palavras
"Seja feita a vontade de Deus, sempre e em tudo"».
O Beato ANDRÉ CARLOS FERRÁRI faleceu em Milão no dia 2 de Fevereiro de 1921.
AAS 56 (1964) 708-711; 67 (1075) (217-221; L'OSS. ROM. 17.5.1987.
Filha de pais pobres, nasceu a 26 de Maio de 1820, na aldeia de Dernbach, Westerwald. Não tinha nem muita saúde, nem grandes talentos. Frequentou a escola por pouco mais de dois anos. Além do pesado trabalho no campo do pai. ou por conta de outros, dedicava-se aos doentes e abandonados, reunia crianças e ensinava-lhes o catecismo. A sua piedade e amor pelo próximo bem cedo atraíram outras jovens que nutriam os mesmo sentimentos.
Em 1845 fundou na sua aldeia uma "Pia Associação". Foi dela que, mais tarde, após vencer muitas dificuldades, com a aprovação do Bispo, se formou a Congregação das "Pobres Escravas de Jesus Cristo". O grão de mostarda desenvolveu-se rapidamente no seio da Igreja. Em 1856 havia já oito casas nas dioceses de Limburgo e Colónia; em 1859, as Irmãs eram mais de duzentas. Rapidamente a nova Congregação - que obtivera o decreto de louvor em 1860 e a provação Pontifícia em 1870 - estendeu-se aos Estados Unidos da América do Norte, Inglaterra, Holanda e Boémia. Quando a Madre KASPER morreu , em 1898, elevava-se a 1700 o número de religiosas distribuídas por 193 casas.
O teólogo protestante Walter Nigg, deu ao livro que escreveu sobre a beata o título de «A Santa escondida», e Dom Francisco Amoroso redigiu outro que rotulou " A mulher guiada por Deus".
João Paulo II na sua homilia da beatificação, a 16 de Abril de 1978, asseverou a respeito da Bem-aventurada:
"Já a pobre existência terrena desta figura de mulher, toda fé e fortaleza de alma, é para nós uma autêntica lição de estilo evangélico, pois se desenrolou integralmente na esteira do Divino Mestre. Simples e pobre aldeã, CATARINA (que depois tomou o nome de MARIA CATARINA) viveu como Ele entre o trabalho e as privações, acolhendo como vontade do Pai celeste as humilhações e as contrariedades que encontrou no seu caminho. Como Ele, sobretudo, se consagrou com incansável solicitude a aliviar as múltiplas formas de miséria física e espiritual: dedicou-se às crianças pobres e abandonadas, abriu escolas, ajudou e confortou os doentes, assistiu aos anciãos, com um coração sempre ardente de grande amor para com os irmãos necessitados e alimentado por contínuo e quase conatural colóquio com aquele Deus de toda a consolação melhor conhecido pela via do amor do que pela da ansiosa especulação».
L'OSS. ROM. 16-4-1978 E 23.4.1978; DIP 5, 338-9.
Flósculo de Orleães, Santo
Em Orleães na Gália Lionense, hoje França, São FLÓSCULO bispo. (500)
LOURENÇO, Santo
Em Cantuária, Inglaterra, São LOURENÇO bispo que governou esta Igreja depois de Santo Agostinho e engrandeceu muito, convertendo à fé o rei Edwaldo. (619)
BURCARDO, Santo
Em Susa, Piemonte, Itália, o Beato PEDRO CAMBIANO DE RUFFIA presbitero da Ordem dos Pregadores e mártir, que foi cruelmente assassinado no claustro pelos hereges em ódio à Igreja. (1365)
CATARINA DE RÍCCI, Santa
Em Prato, na Etrúria, Toscana, Itália, Santa CATARINA DE RÍCCI virgem da Ordem Terceira Regular de São Francisco que se empenhou diligentemente na renovação da vida religiosa e se entregou à meditação contínua dos mistérios da Paixão de Jesus Cristo, dos quais teve frequentes experiências místicas. (1590)
NICOLAU SÁGGIO DE LANGOBÁRDI, Beato
Em Roma, o Beato NICOLAU SÁGGIO DE LANGOBÁRDI religioso da Ordem dos Mínimos, que desempenhou humilde e santamente o ofício de porteiro. (1709)
ESTÊVÃO BELLISINI, Beato
Em Genazzano, no Lácio, Itália, o Beato ESTÊVÃO BELLISINI presbitero da Ordem de Santo Agostinho que, em tempos difíceis permaneceu fiel à Ordem perseguida, dedicando-se à educação das crianças, à pregação e ao trabalho pastoral. (1840).
JOÃO TEÓFANO VÉNARD, Santo
Em Hanoi, Tonquim hoje Vietname, São JOÃO TEÓFANO VÉNARD presbitero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir quem, depois de seis anos de tribulações e trabalhos em ministério clandestino, finalmente encerrado numa jaula e condenado à morte no Tempo do imperador Tu Duc foi serenamente ao encontro do martírio. (1861)
fundou o Instituto das Pobres Servas de Jesus Cristo, para servirem o Senhor nos pobres. (1898)
LUÍS BRISSON, Beato
Em Plancy, França, o Beato LUÍS BRISSON presbitero da diocese de Troyes que fundou as duas congregações, das Irmãs Oblatas e dos Oblatos de São Francisco de Sales. (1908)
MARIA DOMINGAS MANTOVÁNI, Beata
Em Verona, Itália, a Beata MARIA DOMINGAS MANTOVÁNI virgem que fundou, juntamente com o Beato JOSÉ NASCIMBÉNI presbitero , o Instituto das Irmãzinhas da Sagrada Família, do qual foi a primeira superiora, servindo com profunda humildade, por amor de Cristo, os pobres , os orfãos e os enfermos. (1934)
... e ainda ...
ADALBALDO, Santo
Signore di Ostrevant, forse duca di Douai, dignitario della corte di Da goberto I e di Clodoveo II, nipote per parte di madre di s. Gertrude, fondatrice del monastero di Hamage, presso Marchiennes, durante una spedizione militare in Guascogna Adalbaldo sposò s. Rictrude, figlia di Ernoldo, signore di Tolosa, malgrado la violenta opposizione dei genitori di lei. Da questo matrimonio ebbe quattro figli, venerati anch'essi nella Chiesa : s. Mauronte, la b. Clotsinda, s. Euse bia e la b. Adalsinda. Venne assassinato nei pressi di Périgueux durante una successiva spedizione in Aquitania (650), forse ad opera di sicari del suocero, offeso dal fatto che la figlia avesse sposato un nemico della sua gente.
Fu sepolto nel monastero di Elnon (St. Amand-lcs-Eaux)
ADELOGA DE KITZINGEN, Santa
Secondo una biografia piuttosto leggendaria, composta nel sec. XII, era figlia di Carlo Martello; bella e virtuosa fu da molti chiesta in sposa, ma Adeloga rifiutò ogni pretendente avendo consacrato a Dio la sua verginità. Accusata di fornicazione con il cappellano reale, furono ambedue scacciati dalla reggia e, recatisi in un bosco, fondarono un doppio monastero, secondo la regola di s. Benedetto, di cui A. fu la prima badessa. In seguito alla vita santa ed ai miracoli operati da Adeloga il padre credette alla virtù della figlia e dotò il monastero di molti beni. Adeloga morì il 2 febb. e fu sepolta presso l'altare della Vergine nella chiesa del monastero. Le sue reliquie furono profanate nel 1525 in una rivolta di contadini e, dopo la ricostruzione del monastero fatta nel 1695-9, essendo stato affidato il luogo alle Orsoline, si perdette anche la memoria del sepolcro.
Che Adeloga sia stata la fondatrice del monastero di Kitzingen è molto dubbio, poiché secondo un documento era viva ancora nel 766, mentre il monastero sarebbe stato fondato un po' prima, durante l'opera missionaria di s. Bonifacio, e prima badessa ne sarebbe stata s. Tecla. La festa di Adeloga si celebra il 2 febbraio.
BERNARDO DE CORBARA, Santo
Proveniente dalla nobile famiglia dei conti di Montemarte, San Bernardo era nato a Corbara nei pressi di Orvieto. Fu uno dei primi compagni di S.Pietro Nolasco dal quale aveva ricevuto l’abito il 10 agosto 1218, il giorno stesso della fondazione dell’Ordine Mercedario, entrò come cavaliere laico e in seguito ricevette gli ordini sacri, ed era, a quel tempo l’unico sacerdote dell’Ordine. Uomo dotto e pio, fu maestro dei novizi che guidò con santità per la sua vita esemplare.
Successivamente inviato a compiere una redenzione ad Algeri venne incarcerato dai mori e per due anni dovette sopportare una dura schiavitù. Indossò l’abito a S. Maria de Cervellon e con essa fu cofondatore del primo ramo femminile della Mercede. Morì santamente a Barcellona e nella chiesa mercedaria di questa città il suo corpo riposa incorrotto.
L’Ordine lo festeggia il 2 febbraio
COLOMBA OSORIO, Beata
La beata Colomba Osorio è stata una badessa di Archen.
Di lei non sappiamo nulla. In un documento del monastero di San Giovanni di Tarouca del 1129, si ricorda che la beata Colomba sarebbe stata martirizzata, nel 982, con tutte le sue consorelle “per manus cuiusdam Mauri Almançoris”.
Non c’è alcuna certezza su di un culto verso la beata Colomba, perché potrebbe trattarsi di una trasposizione locale di quella tributata a una delle sante omonime.
La sua festa ricorre il giorno 2 febbraio.
FEOCA, Santa
Feoca (Feock) è una santa di cui non sappiamo praticamente nulla. Esiste solo nel Cornwall, presso il famoso porto di Falmouth, in una località in cui si parlava la lingua celtica fino al 1640, una parrocchia intitolata a San Feoca (Feock).
Gli storici locali ritengono che la parrocchia prendesse il titolo da una Santa di nome Feoca, emigrata dall’Irlanda in un’epoca sconosciuta.
La sua festa, menzionata in un catalogo dei santi della prima metà del secolo scorso pubblicato a Londra, viene celebrata solo dai benedettini di Ramsgate nel giorno 2 febbraio.
FRANCISCO MARIA PAULO LIBERMANN, Venerável
Nacque a Saverne, in Alsazia il 12 aprile 1804, da genitori ebrei, noti per la carità verso i poveri, e alla circoncisione ricevette il nome di Giacobbe. Giovinetto fu inviato dal padre Lazzaro, rabbino della provincia, all'alta scuola di Metz per compiervi la sua educazione rabbinica e vi si fece notare per acuto ingegno e straordinaria memoria.
La conversione al cattolicesimo del fratello maggiore prima; e di due altri poi, scosse il suo spirito, mentre la lettura dell'Emilio del Rousseau gli apri più vasti orizzonti. Il 25 dicembre 1826 abbracciòla fede cattolica e fu battezzato col nome di Francesco. L'anno dopo entrò nel seminario di S. Sulpizio, vincendo la forte resistenza paterna e passò poi al seminario d'Issy, ove rimase sette anni. Inviato a Rennes, fu maestro dei novizi della Congregazione degli Eudisti, ma animato da ardente spirito missionario, si recò a Roma con altri due soci, con i quali pensò ad una fondazione religiosa. In un pellegrinaggio a piedi a Loreto, guarì da una grave forma di epilessia che lo tormentava da tempo. Ordinato sacerdote ad Amiens ii 18 settembre 1841, poté attuare il suo desiderio missionario fondando la Congregazione del Cuore di Maria per le missioni in Africa, alla quale poi si unI quella del Santo Spirito, fondata a Parigi nel 1703 da p. Desplaces, la cui esistenza era allora fortemente minata. Diresse il nuovo Istituto con somma prudenza ed energia, inviando missionari in Africa e nei possedimenti francesi. Morì a Parigi il 2 febbraio 1852 a soli quarantotto anni di età.
Il 10 agosto 1910 s. Pio X approvò l'eroicità delle sue virtù
SANTOS MÁRTIRES DE EBSTORF
Nel monastero di Ebstorf, cittadina della Sassonia inferiore, nell’antica diocesi di Verden, si sviluppò, durante il Medioevo, un centro di pellegrinaggi in onore di questi martiri. Il fatto storico che è all’origine del culto non è noto: si sa soltanto che di esso furono protagonisti i vescovi di Minden, Teodorico (Dietrich), e di Hildesheim, Marquardo, il duca di Sassonia Brunone e altri, nominati in Acta Sanctorum caduti il 2 febbraio 880 nella guerra contro i Normanni e sepolti ad Ebstor
NICOLA DE LONGOBARDI (Giovanni Battista Saggio) Santo
Nel 1681 il beato fu mandato nel convento di S. Francesco da Paola ai Monti, in Roma, perché aiutasse il parroco nell'assistenza religiosa al popoloso quartiere e facesse da portinaio. Ebbe così modo di venire a contatto di tanti poveri, di dire loro una buona parola e di soccorrerli nelle loro necessità con l'aiuto di benefattori. Quando non riusciva a soddisfare le loro necessità, i bisognosi lo insultavano con le parole più volgari, ma egli le sopportava con pazienza, in silenzio, in riparazione dei propri peccati. I parrocchiani e i devoti di S. Francesco da Paola, però, si avvidero presto di quante virtù fosse adorno l'umile oblato, basso di statura, ossuto, macilento, ma forte e agile nelle fatiche. Tutti lo ricercavano per confidargli le loro pene e raccomandarsi alle sue preghiere.
Questo Fratello Oblato, professo dell'Ordine dei Minimi, nacque a Longobardi (Cosenza), il 6 genaio 1650, primo dei tre figli che Fulvio Saggio e Aurelia Pizzini, contadini poveri di beni, ma ricchi di virtù, diedero alla luce. Al fonte battesimale gli furono posti i nomi di Giovanni Battista e Clemente. Crescendo negli anni, invece di frequentare la scuola, egli imparò a maneggiare la zappa e la falce in compagnia del padre. Anche se soltanto a diciotto anni poté ricevere la cresima dal vescovo di Tropea (Catanzaro), Mons. Luigi de Morales, dai genitori e dal parroco aveva imparato a frequentare la chiesa tutti i giorni di buon mattino, ad accostarsi con frequenza ai sacramenti e a fare delle volontarie mortificazioni oltre quelle imposte dalla tristezza dei tempi e dalle misere condizioni familiari. Il venerdì e il sabato digiunava a pane ed acqua per dare ai più poveri di lui quello che risparmiava.
A contatto dei Frati Minimi che a Longobardi avevano un convento, il beato si sentì chiamato a lasciare il mondo e a tendere alla perfezione nella pratica dei consigli evangelici come aveva fatto fin dalla gioventù il suo grande conterraneo e taumaturgo, Francesco da Paola (+1507). I genitori, che facevano affidamento sulle sue forze, gli dissero che per servire il Signore non era necessario chiudersi in un convento, ma che bastava essere buoni dove ci si trovava. Il figlio, per piegare la loro volontà, andò al convento dei Minimi, si fece dare un abito, lo indossò e poi si presentò alla madre sperando di metterla così dinanzi al fatto compiuto, ma ella, indignata, gli ingiunse di deporre immediatamente quel saio e di non frequentare più il convento dei Minimi. Il beato a malincuore obbedì, ma mentre si spogliava dell'abito religioso perse ad un tratto la vista. Non la riacquistò se non quando i genitori, pentiti della loro ostinazione, non gli permisero di seguire la propria vocazione.
Il giovane santo chiese di essere ammesso nell'Ordine dei Minimi al P. Isidoro Verardo da Fuscaldo, provinciale per la Calabria inferiore, il quale lo autorizzò a recarsi al santuario di Paola, a rivestirvi l'abito in qualità di fratello oblato con il nome di Fra Nicola e iniziarvi il noviziato.
Essendo ormai deciso di darsi a Dio con tutte le forze, divenne ben presto modello di osservanza religiosa a tutti, superiori a sudditi, chierici professi e novizi. Al termine della prova fu quindi ammesso senza difficoltà alla professione dei tre voti comuni a tutti i religiosi, e di quello speciale dei Minimi riguardante la perpetua interdizione dell'uso della carne, delle uova e dei latticini. Come oblato ve ne aggiunse un quinto: quello di fedeltà all'Ordine, consistente nel consegnare integralmente all'economo le elemosine che avrebbe ricevuto in dono.
Fra Nicola iniziò la sua vita di oblato proprio a Longobardi. Per due anni, e cioè dal 1670 al 1671, si comportò in chiesa, in cucina e nell'orto da vero uomo di Dio. In seguito, docile alla volontà dei superiori, si occupò dei lavori più umili nel convento di S. Marco Argentano, di Montalto Uffugo, di Cosenza, di Spezzano della Sila e infine di Paterno Calabro con il gradimento di superiori, confratelli e fedeli. Il P. Provinciale, P. Carlo Santoro, lo richiamò a Paola perché gli facesse da compagno nelle "visite" ai conventi. Si sentì perciò maggiormente impegnato nella fedele osservanza delle regole e nella sollecita obbedienza ai superiori.
Nel 1681 il beato fu mandato nel convento di S. Francesco da Paola ai Monti, in Roma, perché aiutasse il parroco nell'assistenza religiosa al popoloso quartiere e facesse da portinaio. Ebbe così modo di venire a contatto di tanti poveri, di dire loro una buona parola e di soccorrerli nelle loro necessità con l'aiuto di benefattori. Quando non riusciva a soddisfare le loro necessità, i bisognosi lo insultavano con le parole più volgari, ma egli le sopportava con pazienza, in silenzio, in riparazione dei propri peccati. I parrocchiani e i devoti di S. Francesco da Paola, però, si avvidero presto di quante virtù fosse adorno l'umile oblato, basso di statura, ossuto, macilento, ma forte e agile nelle fatiche. Tutti lo ricercavano per confidargli le loro pene e raccomandarsi alle sue preghiere. Tra gli altri spiccavano il Card. Mellini e il principe Don Antonio Colonna. Ma quando i suoi ammiratori, incontrandolo per strada, si profondevano in attestati di stima verso di lui, egli protestava di essere il più miserabile degli uomini, e si considerava indegno di portare l'abito dei Minimi essendo "il più grande peccatore".
I superiori, temendo che la virtù di Fra Nicola corresse pericoli, decisero di sottrarlo a tanti onori rimandandolo, dopo dodici anni di permanenza nella Città Eterna, nel protocenobio dei Minimi. Quando giunse a Napoli, la contessa di S. Stefano, vice-regina, avrebbe voluto trattenerlo, me le fu comunicato che l'umile oblato doveva raggiungere il santuario di Paola per volere del papa Innocenzo XII (+1700). Nel convento gli fu assegnato il compito di aiutante del sacrista. Il beato ne approfittò non soltanto per tenere in ordine i paramenti, pulita la chiesa, ben sistemati gli altari, ma soprattutto per moltiplicare le sue adorazioni davanti al SS. Sacramento. In quel tempo non gli mancarono umiliazioni e pubblici rimbrotti da parte del Provinciale che lo considerava un buono a nulla, indegno dell'ufficio di sacrestano, capace soltanto di pulire gli zoccoli dei cavalli, ma egli sopportò la prova con grande dignità meditando la Passione del Signore. Quando era vilipeso e ingiuriato, anziché rattristarsene, diceva: "Merito tutto per i miei peccati perché sono peggiore di un cane morto per avere offeso Dio".
Nel 1695 Fra Nicola fu trasferito prima a Fiumefreddo Bruzio, poi a Cosenza e finalmente a Longobardi, dove lavorò con i muratori intenti nell'ampliamento della chiesa. Per ottenere aiuti in denari, in natura e in mano d'opera visitò le famiglie delle campagne circostanti. Molti gli prestarono volentieri la loro collaborazione tanto che, dopo due anni, la costruzione della chiesa si poteva dire compiuta.
Nel 1697 Fra Nicola fu rimandato a Roma a fare da portinaio nel convento-parrocchia di S. Francesco da Paola ai Monti con grande esultanza dei poveri i quali ben sapevano di costituire il principale oggetto delle sue premure. Accorrevano al convento a tutte le ore per raccomandarsi alle sue preghiere, chiedere un consiglio, ricevere un aiuto. I più assidui erano un centinaio. Per essi di buon mattino preparava la minestra che avrebbe distribuito loro a mezzogiorno dopo una preghiera fatta in comune. Per trovarsi a tempo con loro una volta rinunciò all'udienza di Clemente XI (+1721) al Quirinale, e un'altra volta a un invito dei Colonna-Pamphili dicendo: "I poveri di Gesù Cristo mi aspettano a quest'ora, dai signori potrò recarmi in altro tempo". Nella propria cella custodiva in due cassette i piatti e vari alimenti per i poveri di riguardo. Con le offerte che riceveva dai benefattori o che andava questuando, procurava vesti alle vedove, doti alle ragazze da marito, aiuti agli studenti poveri e alle famiglie cadute in miseria.
Nella sua vita Fra Nicola svolse sempre i compiti più faticosi e più umili nei vari conventi in cui visse. In quello di Roma, secondo le necessità, fu sacrestano, portinaio, giardiniere, ortolano, refettoriere, infermiere e compagno del parroco nelle visite alle famiglie della parrocchia. Un suo confratello, il P. Paolo Stabile, dichiarò: "Mi stupiva vederlo impegnato in tanti uffici che richiedevano più persone, e come potesse provvedere a tutto con esattezza". Nessuno lo vide mai starsene in ozio o fare visite e discorsi inutili. Si recava nelle famiglie quando c'erano malati da assistere o questue da fare per la celebrazione delle Quarantore e la riparazione della chiesa. Con le offerte dei benefattori, specialmente di Donna Olimpia Pamphili, consorte del principe Don Filippo Colonna, i quali lo vollero padrino al battesimo dell'erede, nella cappella dedicata al santo fondatore fece eseguire decorazioni e dorature artistiche, e dispose che fosse adornato l'altare di un paliotto d'argento.
Benché la sua giornata fosse ripiena di mille gravose occupazioni Fra Nicola non rifuggì dalla pratica della penitenza. Nella propria cella conservava in una cassetta di legno le discipline di cui faceva sovente uso specialmente nel campanile, quando vi si recava per regolare il grande orologio a pesi. Per vincere le violenti tentazioni alle quali andava soggetto portava anche cilici e catenelle, e dormiva pochissimo di notte per terra o su due tavole, facendo uso come guanciale di un pezzo di legno. In questo modo riuscì a conservare illibata l'innocenza battesimale secondo le testimonianze dei suoi direttori di spirito, e a ridare a confratelli sfiduciati o tribolati la serenità dello spirito. Benché non avesse frequentato le scuole possedeva una così sorprendente intelligenza delle verità della fede da destare meraviglia anche nei più provetti professori di teologia, e da spingere cardinali, prelati, sacerdoti e semplici fedeli a fare ricorso al suo consiglio. A chi gli proponeva dubbi su verità difficili da comprendere come quella della predestinazione rispondeva: "Bisogna semplicemente credere e fermamente operare".
Un giorno il P. Tommaso da Spoleto, dei Frati Minori Riformati e suo amico, chiese a Fra Nicola: "Come fai a resistere senza mangiare, bere e dormire per molto tempo?" Con la sua solita semplicità il beato gli rispose: "E tanto l'amore che sento verso Dio che non penso ad altro che a lui. Non ho altro desiderio che piacere a lui. E posso aggiungere che e tale il fervido amore che provo nel mio cuore che, per spegnere questo ardore, mi getterei in un fiume". In altra occasione il medesimo Padre gli chiese: "Fra Nicola, ami molto Dio?" Il beato, molto emozionato, gli rispose: "Il mio Spirito langue e si liquefa perché non lo amo come dovrei amarlo e come desidero, cioè come gli angeli lo amano in cielo... Per questo mi sono legato all'Istituto religioso al quale appartengo". E ne osservò sempre la regola con tanta perfezione che, chi lo conobbe, lo ritenne degno della canonizzazione benché ancora vivente.
Di giorno e di notte Fra Nicola trascorreva molte ore in preghiera. Più volte i confratelli lo trovarono in estasi in coro e in cella. Al Card. Colloredo che un giorno gli chiese quale profitto ricavava dalle sue molte preghiere, rispose: "Non altro che la conoscenza delle mie miserie e del mio nulla". Alle volte non riusciva a contenere l'impeto del suo amore, e allora esplodeva in gioiosi canti di lode e di ringraziamento a Dio oppure sospirava: "Signore, il mio cuore brucia per te. Non ne posso più... Muoio, muoio di amore!". Il P. Giovanni Battista Picardi più volte lo vide andare in estasi all'udire soltanto ragionare dei misteri della fede, o al vedere un confratello sollevare le tre dita della mano. Il gesto era sufficiente per richiamargli alla mente la SS. Trinità.
Quando Fra Nicola era in estasi e godeva di celesti visioni, l'unico mezzo efficace per richiamarlo in sé era l'ordine dategli anche solo mentalmente per obbedienza. Un giorno andò in estasi mentre i confratelli in coro cantavano il Te Deum. Poiché aveva cominciato a sospirare così forte da perturbare i salmodianti, il superiore fece tornare la calma dicendo soltanto: "Fra Nicola... per obbedienza". Il beato abbassò subito le braccia che teneva sollevate in alto, volse la testa verso di lui e sommessamente esclamò: "Deo gratias!"
A chi lo sorprendeva in estasi il beato diceva confuso: "Per carità, non sopravvalutatemi; sono semplicemente un indegno... Non capisco come il cielo mi soffra e la terra mi sostenga... Se vedete in me qualche cosa di buono è pura misericordia di Dio... pura misericordia di Dio". Se, dopo un'estasi, i confratelli o i devoti gli si avvicinavano con ammirazione, egli era solito dichiarare: "Io sono l'infimo tra gli infimi, il minimo tra i Minimi. Sono niente". A chi gli chiedeva che cosa occorresse fare per amare Dio con tutte le forze, rispondeva: "Occorre essere umili". E soggiungeva: "Umiliamoci, fratelli. L'anima nostra è come una bilancia: quanto più si piega da una parte, tanto più si innalza dall'altra. Umiliamoci sempre, umiliamoci". Era tanto convinto di quello che diceva che persino nel camminare assumeva l'atteggiamento di un buono a nulla, Clemente XI, molto preoccupato per le sorti della Chiesa ancora scossa dall'eresia gianseniana, e per quelle dell'Europa, devastata da una sanguinosa guerra combattuta tra Leopoldo I (+1705), imperatore di Germania, e Luigi XIV (+1715), re di Francia, per la successione al trono di Spagna, nel 1709 aveva fatto trasportare l'immagine acheropita del SS. Salvatore conservata nel Sancta Sanctorum Lateranense alla basilica di S. Pietro affinchè tutti i fedeli elevassero a Dio speciali preghiere propiziatorie. Fra Nicola, nonostante le precarie condizioni di salute, due volte al giorno andò a venerarla e a offrirsi vittima alla giustizia di Dio tanto era ansioso di morire per andare in paradiso. Il P. Francesco Zavarroni, in seguito superiore generale dei Minimi, lo udì pregare: "Signore, eccomi, fa' di me ciò che vuoi. Ti raccomando la tua santa Chiesa. Perdona al tuo popolo". Il Signore accettò la generosa offerta di lui. Difatti, alcuni giorni dopo, l’umile oblato non ebbe più la forza di alzarsi da letto a causa di una violenta febbre.
Trasferito nell'infermeria, il beato fece a un confratello la sua confessione generale e chiese gli ultimi sacramenti. Perché non si stancasse, un sacerdote lo esortò a fare soltanto atti interni di amore di Dio invece di lunghe preghiere, ma egli gli rispose: "Ah, padre mio, io l'amo con tutto il cuore e vorrei essere una candela accesa per consumarmi come olocausto in onore di Dio". Tra gli altri accorsero a fargli visita i principi Don Marcantonio Borghese, Don Filippo Colonna, Don Augusto Chigi, il marchese Naro, il duca di Patagonia Don Giuseppe Matteo Orsini e molti nobili. A chi si raccomandava alle sue preghiere diceva: "Io sono un grandissimo peccatore, e ho bisogno che il Signore mi usi misericordia per salvarmi. Se mi farà degno della salute eterna, vi terrò raccomandato al Signore".
Anche il Card. Mellini accorse al capezzale del tanto venerato oblato per chiedergli la benedizione. Il beato gliela impartì con il cordone dell'abito religioso nel nome della SS. Trinità e di S. Francesco da Paola soltanto in seguito all'esortazione del suo superiore. Il confessore, P. Alberto da Cosenza, temendo che la visita di tante persone di riguardo cagionasse nell'animo del morente tentazioni di vanagloria, si preoccupò di dirgli: "Fra Nicola, questi onori si fanno non a tè, ma all'abito di S. Francesco da Paola". Fra Nicola gli rispose dolcemente: "Padre mio caro, da circa dodici anni Dio mi ha fatto questa grazia... non c'è stato e non c'è in me altro che Lui. Io ho sempre sperato nella SS. Trinità e in essa spero di terminare questa vita". Diverse famiglie nobili inviarono al convento i propri medici per un consulto. A chi gli dava buone speranze di guarigione l'infermo rispondeva: "I medici non sanno cosa dicono. Facciano pure ciò che desiderano, ma sappiano che io starò in vita fino a quando avrò lucrato l'indulgenza plenaria della prossima festa della Purificazione della Vergine". Morì difatti nelle prime ore del 3 febbraio 1709, rivestito dell'abito religioso dopo avere tracciato tre segni di croce sugli astanti con le tre dita della mano destra ed esclamato: "Paradiso! Paradiso!".
Ai funerali di Fra Nicola ci fu un'affluenza tanto grande di popolo che fu necessario lasciarne esposta la salma per tre giorni. Dal 1718 le sue reliquie sono venerate nella chiesa di S. Francesco da Paola ai Monti. Pio VI lo beatificò il 17 settembre 1786.
SICARIA DE ORLEÃES, Santa
Santa Sicaria è una vergine che si presume sia vissuta nella città di Orléans.
Su di lei non sappiamo nulla.
Esiste solo una citazione su Santa Sicaria nel “Martirologio Geroniminiano”.
La citazione in oggetto riporta: ”Depositio Sichariae Deo sacratae virginis quae Aurelianis obiit”. Questa menzione è stata trascritta subito dopo quella di San Flosculo, vescovo di Orléans, di cui sappiamo solo il nome e l’epoca in cui dovrebbe essere vissuto, sul finire del V secolo.
Alcuni ritengono che anche santa Sicaria possa essere vissuta nello stesso periodo del vescovo Flosculo, ma questa affermazione non ha alcun fondamento storico.
Nel martirologio la sua festa era fissata nel giorno 2 febbraio.
TSHIMANGADZO SAMUELE BENEDETTO DASWA (Bakali), Beato
PURIFICAÇÃO DE NOSSA SENHORA
SENHORA DAS CANDEIAS ou
CANDELÁRIA
Festa da APRESENTAÇÃO DO SENHOR, pelos gregos chamada HYPAPANTE; Quarenta dias depois do Nascimento do Senhor, Jesus foi levado ao templo por MARIA e JOSÉ, cumprindo exactamente a lei moisaica, mas na verdade indo ao encontro do seu povo crente exultante, como luz para se revelar às nações e glória do seu povo Israel. Celebra-se também a Purificação de NOSSA SENHORA e também é conhecida pela festa de Nossa Senhora das Candeias ou CANDELÁRIA.
Texto do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
A festa que a Igreja celebra hoje tem o nome de APRESENTAÇÃO DO SENHOR no Templo. E é também a Purificação de NOSSA SENHORA ou NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS (Candelária). É hoje o dia da benção das velas (candeias) e em muitas igrejas, antes da celebração da Missa, organiza-se solene procissão, em que são levadas velas acesas, símbolos de JESUS CRISTO - que apresentado a Deus no templo de Jerusalém pelo santo velho SIMEÃO, foi saudado como a luz que veio para iluminar os povos.
Comemora-se o dia em que MARIA SANTÍSSIMA, em obediência à lei moisaica, se apresentou no templo do Senhor, quarenta dias depois do nascimento do divino Filho. Para melhor compreensão deste acto de MARIA, sejam lembradas neste lugar duas leis que Deus impôs, no Antigo Testamento. A mulher que desse à luz uma criança do sexo masculino ficava privada de entrar no templo durante quarenta dias a seguir aio parto; e se a criança era menina, o tempo de Purificação era de oitenta dias. Passado este tempo, devia apresentar-se no templo e oferecer um cordeirinho, duas rolas ou dois pombinhos, e entregar a oferta ao sacerdote, para que este rezasse sobre ela. Com esta cerimónia, a mulher era aceite outra vez na comunhão dos fiéis, da qual a lei a excluía por algum tempo, depois de ter dado à luz.
A segunda lei impunha aos pais da tribo de Levi a obrigação de dedicar o filho primogénito ao serviço de Deus. Crianças que pertenciam a outra tribo, que não a de Levi, pagavam resgate.
É admirável a rectidão e humildade de MARIA SANTÍSSIMA em sujeitar-se a uma lei humilhante, como foi a da purificação. A maternidade da Virgem, em tudo diferente das outras mulheres, isentava-a desta obrigação. DAVID enche.-se de vergonha, quando se lembra da sua origem: «em pecados me concebeu minha mãe». A MARIA, o ANJO tinha dito: «O Espírito Santo vira sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra». São JOSÉ recebeu do céu a comunicação consoladora: «O que dela (de MARIA) nascerá, é do Espírito Santo». Virgem antes, durante e depois do parto, o seu lugar não era entre as outras filhas hebreias, que no templo se apresentavam para fazer penitência e procurar perdão do pecado.
MARIA prefere, todavia, obedecer à lei e a parecer atingida pela pecha comum a todas. Além disso, sendo de origem nobre, descendente directa de DAVID, oferece o sacrifício dos pobres, isto é, dois pombinhos!
Na humildade é acompanhada pelo Filho. Ele, que é «Filho do Altíssimo», autor e Senhor das leis, não admite para Si motivos que O isentem das mesmas. Querendo ser nosso semelhante em tudo, excepto no pecado, sujeita-Se à lei da circuncisão. Por altura de ser apresentada MARIA SANTÍSSIMA no templo, deu-se um facto que merece toda a nossa atenção.Vivia em Jerusalém, um santo chamado SIMEÃO, provecto em idade, que com muito fervor anelava pela vinda do Messias. De Deus tinha recebido a promessa de não sair desta vida sem ter visto, com os próprios olhos, o Salvador do mundo. Guiado por inspiração divina, viera ao templo quando os pais de Jesus nele entraram, em cumprimento das prescrições legais. Como os Magos conheceram o Salvador, este fez-Se conhecido por SIMEÃO, o qual o tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, deixai partir o Vosso servo em paz, conforme a vossa palavra, pois os meus olhos viram, a vossa salvação, que preparastes diante dos olhos das nações; Luz para aclarar os gentios e glória de Israel, vosso povo».
JOSÉ e MARIA ficaram admirados do que se dizia do MENINO. SIMEÃO abençoou-os e disse a MARIA, sua Mãe: «Este Menino veio ao mundo para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição. Vós mesma tereis a alma varada por uma aguda espada e assim serão patenteados os pensamentos ocultos no coração de muitos». - Havia também uma profetisa, ANA, filha de FANUEL, da tribo de Aser. Já estava muito velha. Vivera 7 anos casada, enviuvara e estava com 84 anos. Não deixava o templo, e servia a Deus dia e noite, jejuando e rezando. tendo vindo ao templo na mesma ocasião, desfez-se em louvores ao Senhor e falava do Menino a todos os que esperavam a redenção de Israel.
Cumpridas todas as prescrições da lei, JOSÉ e MARIA voltaram para casa.
A Igreja Católica reservava outrora uma benção especial às parturientes que, logo que o seu estado permitia, se apresentavam a Deus com o fruto das suas entranhas. É provável que este uso se tenha introduzido na Igreja em memória e veneração da Mãe de Deus, que, obediente à lei dom seu povo, fez a sua apresentação no templo.
A Deus deve-Se louvor e gratidão, depois dum parto bem sucedido. De Deus vem todo o bem para a mãe e para o filhinho. É justo, pois, que a mãe peça a benção divina. A mãe cristã sabe que sem a assistência e auxílio de Deus, não pode educar os filhos na virtude e no temor de Deus. Reconhecendo esta insuficiência, faz a Deus oferecimento do filho, prometendo ao Senhor ver nele uma propriedade divina, garantia do seu amor, e fazer tudo que lhe estiver ao alcance para educá-lo para o céu. Oxalá todas as mães cristãs eduquem os filhos para Deus, e não para o serviço do mundo, de Satanás e da carne!
Joana de Lestonnac, Santa
Em Bordéus, França, Santa JOANA DE LESTONNAC que, ainda adolescente, recusou sempre os convites e tentativas da mãe para se afastar da Igreja Católica e, depois da morte do esposo, orientou com sabedoria a educação dos seus cinco filhos. Fundou a Sociedade das Filhas de Nossa Senhora, à imitação da Companhia de Jesus, para fomentar a formação cristã da juventude feminina. (1640)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Em Bordéus nasceu em 1556 e morreu em 1640. Era sobrinha do filósofo Montaigne. O autor dos Essais livrou a sobrinha, que muito estimava, de ser huguenote, subtraindo-a à influência em sentido calvinista que organizara a própria mãe dela. Em 1597, já viúva, começou a sentir a vocação religiosa. E no ano de 1607, ajudada por dois jesuítas, fundou uma congregação destinada a fazer pelas meninas, no campo da educação, o que fazia a Companhia de Jesus pelos rapazes. É a Companhia de Maria Nossa Senhora, que existe ainda. Durante os últimos três anos de vida, deixou JOANA de a governar, destituída por duas freiras invejosas. Sofreu com serenidade as maldades das suas perseguidores e até, por isso, mais as amou.
Cornélio, o centurião, Santo
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Era centurião romano destacado para Cesareia da Palestina. A sua conversão assinala a ruptura entre a Igreja nascente e a Sinagoga (Act 10 e 11). Quando quis prostrar-se aos pés de PEDRO, este disse-lhe: «Levanta-te, que também eu não sou senão um homem». Baptizou-o. E ficou desde então entendido que um cristão já não tinha que preocupar-se com os ritos e acções da Lei Antiga.
André Carlos Ferrári, Beato
Em Milão, Itália, o Beato ANDRÉ CARLOS FERRÁRI bispo que valorizou a tradição religiosa do seu povo e abriu novos caminhos, para dar a conhecer ao mundo a mensagem de Cristo e a caridade da Igreja. (1921)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O,. de Braga:
São PAULO, enumerando as virtudes que devem adornar o Bispo, diz: «É necessário que seja sóbrio, prudente, hospitaleiro, capaz de ensinar». Assim foi o Cardeal ANDRÉ CARLOS FERRÁRI que veio ao mundo numa pequena aldeia de Itália, a 13 de Agosto de 1850, de pais humildes.
Tendo frequentado o seminário, ordenou-se padre a 19 de Dezembro de 1873. Como pároco, teve especial cuidado com a juventude. Pouco tempo esteve à frente do trabalho paroquial, pois foi nomeado professor e reitor do seminário de Parma.
Distinguindo-se por sua piedade, doutrina e direcção de almas, LEÃO XIII nomeou-o Bispo de Guastalla, no dia 23 de Junho de 1890, não contando ainda 40 anos de idade. Foi tal o seu proceder à frente da pequena diocese que o mesmo Sumo Pontífice resolveu transferi-lo para outra maior e mais importante, a de Como.
Nos anos em que permaneceu nessa diocese, percorreu-a de lés a lés, visitando todas as freguesias, por menores e remotas que fossem. Empenhou-se sobremaneira na formação do clero e desenvolvimento da Acção Católica.
No consistório de 18 de Maio de 1894, LEÃO XIII, que estimava o Bispo de Como, incluiu-o no número dos Cardeais, e três anos depois confiou-lhe o governo da Arquidiocese de Milão. No dia em que foi nomeado Arcebispo dessa cidade, o Servo de Deus acrescentou o nome de CARLOS ao de ANDRÉ, que recebera no baptismo, para honrar São CARLOS BORROMEU, Pastor imortal e glória da igreja milanesa.
O que ele fez neste novo campo de apostolado, é-nos referido por João Paulo II na homilia que proferiu no dia da beatificação do Cardeal, a 10 de maio de 1987:
«Cristo foi a "porta" da santidade para o Cardeal CARLOS ANDRÉ FERRÁRI, que, depois, de ter sido Bispo de Guastalla e de Como, dirigiu por cerca de 27 anos a Arquidiocese de Milão, seguindo com fervor apaixonado as pegadas dos grandes predecessores AMBRÓSIO e CARLOS».
«Sustentado por fé robusta e zelo iluminado, ele soube indicar com tino seguro o caminho a percorrer entre novas e difíceis realidades emergentes no contexto religioso e social do seu tempo. Soube ver os problemas pastorais, que as circunstâncias históricas apresentavam, com o olhar do Bom Pastor, indicando os modos para os enfrentar e resolver. Ele é, portanto, um exemplo de grande actualidade.
Consciente de que a ignorância dos princípios essenciais da fé e da vida moral expunha os fiéis à propaganda ateia e materialista, organizou juma forma de catequese moderna e incisiva. Também o estilo pastoral foi por ele renovado; inspirando-se no Bom Pastor, ele repetia com vigor que não se devia esperar passivamente que os fiéis se aproximassem da Igreja, mas que era indispensável voltar a percorrer, como Jesus, as ruas e as praças para ir ao encontro deles, falando a linguagem deles. Visitou quase quatro vezes a vasta arquidiocese ambrosiana, indo às localidades mais distantes e inacessíveis, mesmo a cavalo e a pé, onde desde tempo imemorável não se tinha visto um Bispo. Por esta razão, ante a sua pastoral incansável, alguns diziam: "São CARLOS voltou".
A solicitude do Pastor foi expressa também na promoção de formas novas de assistência, adequadas às mudanças dos tempos. Primeiros destinatários do admirável florescer de iniciativas sociais forma as crianças e os jovens abandonados, os trabalhadores e os pobres».
A seguir o Santo Padre enumera os meios de que se valeu o Beato ANDRÉ CARLOS para levar por diante o seu programa:
«Amadureceu assim no coração do cardeal FERRÁRI projecto de uma Obra, que constituí
hoje uma sua herança preciosa: a Companhia de São PAULO, chamada também Obra Cardeal Ferrári. Da ideia originária de uma casa do Povo, que recolhesse as organizações do apostolado dos leigos e da assistência da arquidiocese, desenvolveu-se uma série de actividades inspiradas no genial e corajoso dinamismo pastoral do Arcebispo; o "Secretariado do Povo", os refeitórios nas empresas, as missões aos operários, a Casa da Criança e a Casa para Reeducação dos desencarcerados, as grandes iniciativas na imprensa católica, a organização das grandes peregrinações.
Mérito insigne do Cardeal FERRÁRI foi precisamente ter percebido com feliz intuito a urgência de envolver os leigos na vida da comunidade eclesial, organizando-lhes as forças para uma presença cristã mais incisiva na sociedade. Foi zeloso promotor da Acção Católica masculina e feminina que, sob o seu determinante impulso, cresceu e de Milão
teve benéfico influxo em toda a Itália. Prodigalizou-se também por erigir a Universidade Católica e teve a alegria de ver a a sua actuação incipiente».
Por fim João Paulo II refere-se às virtudes heroicas do Bem-aventurado nestes termos:
«Mas o segredo da incansável acção apostólica do novo Beato continua a ser a sua vida interior, baseada em profundas convicções teológicas, inunda de terna e filial devoção a Nossa Senhora, centrada em Jesus Eucaristico e Crucificado, expressa numa atitude constante de grande bondade para com todos, de comovida solicitude pelos pobres, de heróica paciência no sofrimento. A 29 de setembro de 1920, entre as lancinantes dores do mal que o afligia, escreveu no seu diário, estas extremas palavras
"Seja feita a vontade de Deus, sempre e em tudo"».
O Beato ANDRÉ CARLOS FERRÁRI faleceu em Milão no dia 2 de Fevereiro de 1921.
AAS 56 (1964) 708-711; 67 (1075) (217-221; L'OSS. ROM. 17.5.1987.
Maria Catarina Kasper, Beata
Em Dernbach, na Renânia, Alemanha, a Beata MARIA CATARINA KASPER virgem que fundou o Instituto das Pobres Servas de jesus Cristo, para servirem o Senhor nos pobres. (1898)Texto do livro dos SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O, de Braga:
Filha de pais pobres, nasceu a 26 de Maio de 1820, na aldeia de Dernbach, Westerwald. Não tinha nem muita saúde, nem grandes talentos. Frequentou a escola por pouco mais de dois anos. Além do pesado trabalho no campo do pai. ou por conta de outros, dedicava-se aos doentes e abandonados, reunia crianças e ensinava-lhes o catecismo. A sua piedade e amor pelo próximo bem cedo atraíram outras jovens que nutriam os mesmo sentimentos.
Em 1845 fundou na sua aldeia uma "Pia Associação". Foi dela que, mais tarde, após vencer muitas dificuldades, com a aprovação do Bispo, se formou a Congregação das "Pobres Escravas de Jesus Cristo". O grão de mostarda desenvolveu-se rapidamente no seio da Igreja. Em 1856 havia já oito casas nas dioceses de Limburgo e Colónia; em 1859, as Irmãs eram mais de duzentas. Rapidamente a nova Congregação - que obtivera o decreto de louvor em 1860 e a provação Pontifícia em 1870 - estendeu-se aos Estados Unidos da América do Norte, Inglaterra, Holanda e Boémia. Quando a Madre KASPER morreu , em 1898, elevava-se a 1700 o número de religiosas distribuídas por 193 casas.
O teólogo protestante Walter Nigg, deu ao livro que escreveu sobre a beata o título de «A Santa escondida», e Dom Francisco Amoroso redigiu outro que rotulou " A mulher guiada por Deus".
João Paulo II na sua homilia da beatificação, a 16 de Abril de 1978, asseverou a respeito da Bem-aventurada:
"Já a pobre existência terrena desta figura de mulher, toda fé e fortaleza de alma, é para nós uma autêntica lição de estilo evangélico, pois se desenrolou integralmente na esteira do Divino Mestre. Simples e pobre aldeã, CATARINA (que depois tomou o nome de MARIA CATARINA) viveu como Ele entre o trabalho e as privações, acolhendo como vontade do Pai celeste as humilhações e as contrariedades que encontrou no seu caminho. Como Ele, sobretudo, se consagrou com incansável solicitude a aliviar as múltiplas formas de miséria física e espiritual: dedicou-se às crianças pobres e abandonadas, abriu escolas, ajudou e confortou os doentes, assistiu aos anciãos, com um coração sempre ardente de grande amor para com os irmãos necessitados e alimentado por contínuo e quase conatural colóquio com aquele Deus de toda a consolação melhor conhecido pela via do amor do que pela da ansiosa especulação».
L'OSS. ROM. 16-4-1978 E 23.4.1978; DIP 5, 338-9.
Flósculo de Orleães, Santo
Em Orleães na Gália Lionense, hoje França, São FLÓSCULO bispo. (500)
LOURENÇO, Santo
Em Cantuária, Inglaterra, São LOURENÇO bispo que governou esta Igreja depois de Santo Agostinho e engrandeceu muito, convertendo à fé o rei Edwaldo. (619)
BURCARDO, Santo
Em Wurzburg na Austrásia, hoje Alemanha, São BURCARDO bispo oriundo de Inglaterra, que foi ordenado por São BONIFÁCIO como primeiro bispo desta cidade. (754)
SIMÃO FIDÁTI DE CÁSSIA, Beato
Em Florença, Etrúria, hoje Toscana, Itália, o Beato SIMÃO FIDÁTI DE CÁSSIA presbitero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que pelas suas palavras e escritos conduziu muitos à vida cristã mais perfeita. (1348)
PEDRO CAMBIANO DE RUFFIA, Beato
Em Florença, Etrúria, hoje Toscana, Itália, o Beato SIMÃO FIDÁTI DE CÁSSIA presbitero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que pelas suas palavras e escritos conduziu muitos à vida cristã mais perfeita. (1348)
PEDRO CAMBIANO DE RUFFIA, Beato
Em Susa, Piemonte, Itália, o Beato PEDRO CAMBIANO DE RUFFIA presbitero da Ordem dos Pregadores e mártir, que foi cruelmente assassinado no claustro pelos hereges em ódio à Igreja. (1365)
CATARINA DE RÍCCI, Santa
Em Prato, na Etrúria, Toscana, Itália, Santa CATARINA DE RÍCCI virgem da Ordem Terceira Regular de São Francisco que se empenhou diligentemente na renovação da vida religiosa e se entregou à meditação contínua dos mistérios da Paixão de Jesus Cristo, dos quais teve frequentes experiências místicas. (1590)
NICOLAU SÁGGIO DE LANGOBÁRDI, Beato
Em Roma, o Beato NICOLAU SÁGGIO DE LANGOBÁRDI religioso da Ordem dos Mínimos, que desempenhou humilde e santamente o ofício de porteiro. (1709)
ESTÊVÃO BELLISINI, Beato
Em Genazzano, no Lácio, Itália, o Beato ESTÊVÃO BELLISINI presbitero da Ordem de Santo Agostinho que, em tempos difíceis permaneceu fiel à Ordem perseguida, dedicando-se à educação das crianças, à pregação e ao trabalho pastoral. (1840).
JOÃO TEÓFANO VÉNARD, Santo
Em Hanoi, Tonquim hoje Vietname, São JOÃO TEÓFANO VÉNARD presbitero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir quem, depois de seis anos de tribulações e trabalhos em ministério clandestino, finalmente encerrado numa jaula e condenado à morte no Tempo do imperador Tu Duc foi serenamente ao encontro do martírio. (1861)
fundou o Instituto das Pobres Servas de Jesus Cristo, para servirem o Senhor nos pobres. (1898)
LUÍS BRISSON, Beato
Em Plancy, França, o Beato LUÍS BRISSON presbitero da diocese de Troyes que fundou as duas congregações, das Irmãs Oblatas e dos Oblatos de São Francisco de Sales. (1908)
MARIA DOMINGAS MANTOVÁNI, Beata
Em Verona, Itália, a Beata MARIA DOMINGAS MANTOVÁNI virgem que fundou, juntamente com o Beato JOSÉ NASCIMBÉNI presbitero , o Instituto das Irmãzinhas da Sagrada Família, do qual foi a primeira superiora, servindo com profunda humildade, por amor de Cristo, os pobres , os orfãos e os enfermos. (1934)
... e ainda ...
ADALBALDO, Santo
Signore di Ostrevant, forse duca di Douai, dignitario della corte di Da goberto I e di Clodoveo II, nipote per parte di madre di s. Gertrude, fondatrice del monastero di Hamage, presso Marchiennes, durante una spedizione militare in Guascogna Adalbaldo sposò s. Rictrude, figlia di Ernoldo, signore di Tolosa, malgrado la violenta opposizione dei genitori di lei. Da questo matrimonio ebbe quattro figli, venerati anch'essi nella Chiesa : s. Mauronte, la b. Clotsinda, s. Euse bia e la b. Adalsinda. Venne assassinato nei pressi di Périgueux durante una successiva spedizione in Aquitania (650), forse ad opera di sicari del suocero, offeso dal fatto che la figlia avesse sposato un nemico della sua gente.
Fu sepolto nel monastero di Elnon (St. Amand-lcs-Eaux)
ADELOGA DE KITZINGEN, Santa
Secondo una biografia piuttosto leggendaria, composta nel sec. XII, era figlia di Carlo Martello; bella e virtuosa fu da molti chiesta in sposa, ma Adeloga rifiutò ogni pretendente avendo consacrato a Dio la sua verginità. Accusata di fornicazione con il cappellano reale, furono ambedue scacciati dalla reggia e, recatisi in un bosco, fondarono un doppio monastero, secondo la regola di s. Benedetto, di cui A. fu la prima badessa. In seguito alla vita santa ed ai miracoli operati da Adeloga il padre credette alla virtù della figlia e dotò il monastero di molti beni. Adeloga morì il 2 febb. e fu sepolta presso l'altare della Vergine nella chiesa del monastero. Le sue reliquie furono profanate nel 1525 in una rivolta di contadini e, dopo la ricostruzione del monastero fatta nel 1695-9, essendo stato affidato il luogo alle Orsoline, si perdette anche la memoria del sepolcro.
Che Adeloga sia stata la fondatrice del monastero di Kitzingen è molto dubbio, poiché secondo un documento era viva ancora nel 766, mentre il monastero sarebbe stato fondato un po' prima, durante l'opera missionaria di s. Bonifacio, e prima badessa ne sarebbe stata s. Tecla. La festa di Adeloga si celebra il 2 febbraio.
BERNARDO DE CORBARA, Santo
Proveniente dalla nobile famiglia dei conti di Montemarte, San Bernardo era nato a Corbara nei pressi di Orvieto. Fu uno dei primi compagni di S.Pietro Nolasco dal quale aveva ricevuto l’abito il 10 agosto 1218, il giorno stesso della fondazione dell’Ordine Mercedario, entrò come cavaliere laico e in seguito ricevette gli ordini sacri, ed era, a quel tempo l’unico sacerdote dell’Ordine. Uomo dotto e pio, fu maestro dei novizi che guidò con santità per la sua vita esemplare.
Successivamente inviato a compiere una redenzione ad Algeri venne incarcerato dai mori e per due anni dovette sopportare una dura schiavitù. Indossò l’abito a S. Maria de Cervellon e con essa fu cofondatore del primo ramo femminile della Mercede. Morì santamente a Barcellona e nella chiesa mercedaria di questa città il suo corpo riposa incorrotto.
L’Ordine lo festeggia il 2 febbraio
COLOMBA OSORIO, Beata
La beata Colomba Osorio è stata una badessa di Archen.
Di lei non sappiamo nulla. In un documento del monastero di San Giovanni di Tarouca del 1129, si ricorda che la beata Colomba sarebbe stata martirizzata, nel 982, con tutte le sue consorelle “per manus cuiusdam Mauri Almançoris”.
Non c’è alcuna certezza su di un culto verso la beata Colomba, perché potrebbe trattarsi di una trasposizione locale di quella tributata a una delle sante omonime.
La sua festa ricorre il giorno 2 febbraio.
FEOCA, Santa
Feoca (Feock) è una santa di cui non sappiamo praticamente nulla. Esiste solo nel Cornwall, presso il famoso porto di Falmouth, in una località in cui si parlava la lingua celtica fino al 1640, una parrocchia intitolata a San Feoca (Feock).
Gli storici locali ritengono che la parrocchia prendesse il titolo da una Santa di nome Feoca, emigrata dall’Irlanda in un’epoca sconosciuta.
La sua festa, menzionata in un catalogo dei santi della prima metà del secolo scorso pubblicato a Londra, viene celebrata solo dai benedettini di Ramsgate nel giorno 2 febbraio.
FRANCISCO MARIA PAULO LIBERMANN, Venerável
Nacque a Saverne, in Alsazia il 12 aprile 1804, da genitori ebrei, noti per la carità verso i poveri, e alla circoncisione ricevette il nome di Giacobbe. Giovinetto fu inviato dal padre Lazzaro, rabbino della provincia, all'alta scuola di Metz per compiervi la sua educazione rabbinica e vi si fece notare per acuto ingegno e straordinaria memoria.
La conversione al cattolicesimo del fratello maggiore prima; e di due altri poi, scosse il suo spirito, mentre la lettura dell'Emilio del Rousseau gli apri più vasti orizzonti. Il 25 dicembre 1826 abbracciòla fede cattolica e fu battezzato col nome di Francesco. L'anno dopo entrò nel seminario di S. Sulpizio, vincendo la forte resistenza paterna e passò poi al seminario d'Issy, ove rimase sette anni. Inviato a Rennes, fu maestro dei novizi della Congregazione degli Eudisti, ma animato da ardente spirito missionario, si recò a Roma con altri due soci, con i quali pensò ad una fondazione religiosa. In un pellegrinaggio a piedi a Loreto, guarì da una grave forma di epilessia che lo tormentava da tempo. Ordinato sacerdote ad Amiens ii 18 settembre 1841, poté attuare il suo desiderio missionario fondando la Congregazione del Cuore di Maria per le missioni in Africa, alla quale poi si unI quella del Santo Spirito, fondata a Parigi nel 1703 da p. Desplaces, la cui esistenza era allora fortemente minata. Diresse il nuovo Istituto con somma prudenza ed energia, inviando missionari in Africa e nei possedimenti francesi. Morì a Parigi il 2 febbraio 1852 a soli quarantotto anni di età.
Il 10 agosto 1910 s. Pio X approvò l'eroicità delle sue virtù
SANTOS MÁRTIRES DE EBSTORF
Nel monastero di Ebstorf, cittadina della Sassonia inferiore, nell’antica diocesi di Verden, si sviluppò, durante il Medioevo, un centro di pellegrinaggi in onore di questi martiri. Il fatto storico che è all’origine del culto non è noto: si sa soltanto che di esso furono protagonisti i vescovi di Minden, Teodorico (Dietrich), e di Hildesheim, Marquardo, il duca di Sassonia Brunone e altri, nominati in Acta Sanctorum caduti il 2 febbraio 880 nella guerra contro i Normanni e sepolti ad Ebstor
NICOLA DE LONGOBARDI (Giovanni Battista Saggio) Santo
Nel 1681 il beato fu mandato nel convento di S. Francesco da Paola ai Monti, in Roma, perché aiutasse il parroco nell'assistenza religiosa al popoloso quartiere e facesse da portinaio. Ebbe così modo di venire a contatto di tanti poveri, di dire loro una buona parola e di soccorrerli nelle loro necessità con l'aiuto di benefattori. Quando non riusciva a soddisfare le loro necessità, i bisognosi lo insultavano con le parole più volgari, ma egli le sopportava con pazienza, in silenzio, in riparazione dei propri peccati. I parrocchiani e i devoti di S. Francesco da Paola, però, si avvidero presto di quante virtù fosse adorno l'umile oblato, basso di statura, ossuto, macilento, ma forte e agile nelle fatiche. Tutti lo ricercavano per confidargli le loro pene e raccomandarsi alle sue preghiere.
Questo Fratello Oblato, professo dell'Ordine dei Minimi, nacque a Longobardi (Cosenza), il 6 genaio 1650, primo dei tre figli che Fulvio Saggio e Aurelia Pizzini, contadini poveri di beni, ma ricchi di virtù, diedero alla luce. Al fonte battesimale gli furono posti i nomi di Giovanni Battista e Clemente. Crescendo negli anni, invece di frequentare la scuola, egli imparò a maneggiare la zappa e la falce in compagnia del padre. Anche se soltanto a diciotto anni poté ricevere la cresima dal vescovo di Tropea (Catanzaro), Mons. Luigi de Morales, dai genitori e dal parroco aveva imparato a frequentare la chiesa tutti i giorni di buon mattino, ad accostarsi con frequenza ai sacramenti e a fare delle volontarie mortificazioni oltre quelle imposte dalla tristezza dei tempi e dalle misere condizioni familiari. Il venerdì e il sabato digiunava a pane ed acqua per dare ai più poveri di lui quello che risparmiava.
A contatto dei Frati Minimi che a Longobardi avevano un convento, il beato si sentì chiamato a lasciare il mondo e a tendere alla perfezione nella pratica dei consigli evangelici come aveva fatto fin dalla gioventù il suo grande conterraneo e taumaturgo, Francesco da Paola (+1507). I genitori, che facevano affidamento sulle sue forze, gli dissero che per servire il Signore non era necessario chiudersi in un convento, ma che bastava essere buoni dove ci si trovava. Il figlio, per piegare la loro volontà, andò al convento dei Minimi, si fece dare un abito, lo indossò e poi si presentò alla madre sperando di metterla così dinanzi al fatto compiuto, ma ella, indignata, gli ingiunse di deporre immediatamente quel saio e di non frequentare più il convento dei Minimi. Il beato a malincuore obbedì, ma mentre si spogliava dell'abito religioso perse ad un tratto la vista. Non la riacquistò se non quando i genitori, pentiti della loro ostinazione, non gli permisero di seguire la propria vocazione.
Il giovane santo chiese di essere ammesso nell'Ordine dei Minimi al P. Isidoro Verardo da Fuscaldo, provinciale per la Calabria inferiore, il quale lo autorizzò a recarsi al santuario di Paola, a rivestirvi l'abito in qualità di fratello oblato con il nome di Fra Nicola e iniziarvi il noviziato.
Essendo ormai deciso di darsi a Dio con tutte le forze, divenne ben presto modello di osservanza religiosa a tutti, superiori a sudditi, chierici professi e novizi. Al termine della prova fu quindi ammesso senza difficoltà alla professione dei tre voti comuni a tutti i religiosi, e di quello speciale dei Minimi riguardante la perpetua interdizione dell'uso della carne, delle uova e dei latticini. Come oblato ve ne aggiunse un quinto: quello di fedeltà all'Ordine, consistente nel consegnare integralmente all'economo le elemosine che avrebbe ricevuto in dono.
Fra Nicola iniziò la sua vita di oblato proprio a Longobardi. Per due anni, e cioè dal 1670 al 1671, si comportò in chiesa, in cucina e nell'orto da vero uomo di Dio. In seguito, docile alla volontà dei superiori, si occupò dei lavori più umili nel convento di S. Marco Argentano, di Montalto Uffugo, di Cosenza, di Spezzano della Sila e infine di Paterno Calabro con il gradimento di superiori, confratelli e fedeli. Il P. Provinciale, P. Carlo Santoro, lo richiamò a Paola perché gli facesse da compagno nelle "visite" ai conventi. Si sentì perciò maggiormente impegnato nella fedele osservanza delle regole e nella sollecita obbedienza ai superiori.
Nel 1681 il beato fu mandato nel convento di S. Francesco da Paola ai Monti, in Roma, perché aiutasse il parroco nell'assistenza religiosa al popoloso quartiere e facesse da portinaio. Ebbe così modo di venire a contatto di tanti poveri, di dire loro una buona parola e di soccorrerli nelle loro necessità con l'aiuto di benefattori. Quando non riusciva a soddisfare le loro necessità, i bisognosi lo insultavano con le parole più volgari, ma egli le sopportava con pazienza, in silenzio, in riparazione dei propri peccati. I parrocchiani e i devoti di S. Francesco da Paola, però, si avvidero presto di quante virtù fosse adorno l'umile oblato, basso di statura, ossuto, macilento, ma forte e agile nelle fatiche. Tutti lo ricercavano per confidargli le loro pene e raccomandarsi alle sue preghiere. Tra gli altri spiccavano il Card. Mellini e il principe Don Antonio Colonna. Ma quando i suoi ammiratori, incontrandolo per strada, si profondevano in attestati di stima verso di lui, egli protestava di essere il più miserabile degli uomini, e si considerava indegno di portare l'abito dei Minimi essendo "il più grande peccatore".
I superiori, temendo che la virtù di Fra Nicola corresse pericoli, decisero di sottrarlo a tanti onori rimandandolo, dopo dodici anni di permanenza nella Città Eterna, nel protocenobio dei Minimi. Quando giunse a Napoli, la contessa di S. Stefano, vice-regina, avrebbe voluto trattenerlo, me le fu comunicato che l'umile oblato doveva raggiungere il santuario di Paola per volere del papa Innocenzo XII (+1700). Nel convento gli fu assegnato il compito di aiutante del sacrista. Il beato ne approfittò non soltanto per tenere in ordine i paramenti, pulita la chiesa, ben sistemati gli altari, ma soprattutto per moltiplicare le sue adorazioni davanti al SS. Sacramento. In quel tempo non gli mancarono umiliazioni e pubblici rimbrotti da parte del Provinciale che lo considerava un buono a nulla, indegno dell'ufficio di sacrestano, capace soltanto di pulire gli zoccoli dei cavalli, ma egli sopportò la prova con grande dignità meditando la Passione del Signore. Quando era vilipeso e ingiuriato, anziché rattristarsene, diceva: "Merito tutto per i miei peccati perché sono peggiore di un cane morto per avere offeso Dio".
Nel 1695 Fra Nicola fu trasferito prima a Fiumefreddo Bruzio, poi a Cosenza e finalmente a Longobardi, dove lavorò con i muratori intenti nell'ampliamento della chiesa. Per ottenere aiuti in denari, in natura e in mano d'opera visitò le famiglie delle campagne circostanti. Molti gli prestarono volentieri la loro collaborazione tanto che, dopo due anni, la costruzione della chiesa si poteva dire compiuta.
Nel 1697 Fra Nicola fu rimandato a Roma a fare da portinaio nel convento-parrocchia di S. Francesco da Paola ai Monti con grande esultanza dei poveri i quali ben sapevano di costituire il principale oggetto delle sue premure. Accorrevano al convento a tutte le ore per raccomandarsi alle sue preghiere, chiedere un consiglio, ricevere un aiuto. I più assidui erano un centinaio. Per essi di buon mattino preparava la minestra che avrebbe distribuito loro a mezzogiorno dopo una preghiera fatta in comune. Per trovarsi a tempo con loro una volta rinunciò all'udienza di Clemente XI (+1721) al Quirinale, e un'altra volta a un invito dei Colonna-Pamphili dicendo: "I poveri di Gesù Cristo mi aspettano a quest'ora, dai signori potrò recarmi in altro tempo". Nella propria cella custodiva in due cassette i piatti e vari alimenti per i poveri di riguardo. Con le offerte che riceveva dai benefattori o che andava questuando, procurava vesti alle vedove, doti alle ragazze da marito, aiuti agli studenti poveri e alle famiglie cadute in miseria.
Nella sua vita Fra Nicola svolse sempre i compiti più faticosi e più umili nei vari conventi in cui visse. In quello di Roma, secondo le necessità, fu sacrestano, portinaio, giardiniere, ortolano, refettoriere, infermiere e compagno del parroco nelle visite alle famiglie della parrocchia. Un suo confratello, il P. Paolo Stabile, dichiarò: "Mi stupiva vederlo impegnato in tanti uffici che richiedevano più persone, e come potesse provvedere a tutto con esattezza". Nessuno lo vide mai starsene in ozio o fare visite e discorsi inutili. Si recava nelle famiglie quando c'erano malati da assistere o questue da fare per la celebrazione delle Quarantore e la riparazione della chiesa. Con le offerte dei benefattori, specialmente di Donna Olimpia Pamphili, consorte del principe Don Filippo Colonna, i quali lo vollero padrino al battesimo dell'erede, nella cappella dedicata al santo fondatore fece eseguire decorazioni e dorature artistiche, e dispose che fosse adornato l'altare di un paliotto d'argento.
Benché la sua giornata fosse ripiena di mille gravose occupazioni Fra Nicola non rifuggì dalla pratica della penitenza. Nella propria cella conservava in una cassetta di legno le discipline di cui faceva sovente uso specialmente nel campanile, quando vi si recava per regolare il grande orologio a pesi. Per vincere le violenti tentazioni alle quali andava soggetto portava anche cilici e catenelle, e dormiva pochissimo di notte per terra o su due tavole, facendo uso come guanciale di un pezzo di legno. In questo modo riuscì a conservare illibata l'innocenza battesimale secondo le testimonianze dei suoi direttori di spirito, e a ridare a confratelli sfiduciati o tribolati la serenità dello spirito. Benché non avesse frequentato le scuole possedeva una così sorprendente intelligenza delle verità della fede da destare meraviglia anche nei più provetti professori di teologia, e da spingere cardinali, prelati, sacerdoti e semplici fedeli a fare ricorso al suo consiglio. A chi gli proponeva dubbi su verità difficili da comprendere come quella della predestinazione rispondeva: "Bisogna semplicemente credere e fermamente operare".
Un giorno il P. Tommaso da Spoleto, dei Frati Minori Riformati e suo amico, chiese a Fra Nicola: "Come fai a resistere senza mangiare, bere e dormire per molto tempo?" Con la sua solita semplicità il beato gli rispose: "E tanto l'amore che sento verso Dio che non penso ad altro che a lui. Non ho altro desiderio che piacere a lui. E posso aggiungere che e tale il fervido amore che provo nel mio cuore che, per spegnere questo ardore, mi getterei in un fiume". In altra occasione il medesimo Padre gli chiese: "Fra Nicola, ami molto Dio?" Il beato, molto emozionato, gli rispose: "Il mio Spirito langue e si liquefa perché non lo amo come dovrei amarlo e come desidero, cioè come gli angeli lo amano in cielo... Per questo mi sono legato all'Istituto religioso al quale appartengo". E ne osservò sempre la regola con tanta perfezione che, chi lo conobbe, lo ritenne degno della canonizzazione benché ancora vivente.
Di giorno e di notte Fra Nicola trascorreva molte ore in preghiera. Più volte i confratelli lo trovarono in estasi in coro e in cella. Al Card. Colloredo che un giorno gli chiese quale profitto ricavava dalle sue molte preghiere, rispose: "Non altro che la conoscenza delle mie miserie e del mio nulla". Alle volte non riusciva a contenere l'impeto del suo amore, e allora esplodeva in gioiosi canti di lode e di ringraziamento a Dio oppure sospirava: "Signore, il mio cuore brucia per te. Non ne posso più... Muoio, muoio di amore!". Il P. Giovanni Battista Picardi più volte lo vide andare in estasi all'udire soltanto ragionare dei misteri della fede, o al vedere un confratello sollevare le tre dita della mano. Il gesto era sufficiente per richiamargli alla mente la SS. Trinità.
Quando Fra Nicola era in estasi e godeva di celesti visioni, l'unico mezzo efficace per richiamarlo in sé era l'ordine dategli anche solo mentalmente per obbedienza. Un giorno andò in estasi mentre i confratelli in coro cantavano il Te Deum. Poiché aveva cominciato a sospirare così forte da perturbare i salmodianti, il superiore fece tornare la calma dicendo soltanto: "Fra Nicola... per obbedienza". Il beato abbassò subito le braccia che teneva sollevate in alto, volse la testa verso di lui e sommessamente esclamò: "Deo gratias!"
A chi lo sorprendeva in estasi il beato diceva confuso: "Per carità, non sopravvalutatemi; sono semplicemente un indegno... Non capisco come il cielo mi soffra e la terra mi sostenga... Se vedete in me qualche cosa di buono è pura misericordia di Dio... pura misericordia di Dio". Se, dopo un'estasi, i confratelli o i devoti gli si avvicinavano con ammirazione, egli era solito dichiarare: "Io sono l'infimo tra gli infimi, il minimo tra i Minimi. Sono niente". A chi gli chiedeva che cosa occorresse fare per amare Dio con tutte le forze, rispondeva: "Occorre essere umili". E soggiungeva: "Umiliamoci, fratelli. L'anima nostra è come una bilancia: quanto più si piega da una parte, tanto più si innalza dall'altra. Umiliamoci sempre, umiliamoci". Era tanto convinto di quello che diceva che persino nel camminare assumeva l'atteggiamento di un buono a nulla, Clemente XI, molto preoccupato per le sorti della Chiesa ancora scossa dall'eresia gianseniana, e per quelle dell'Europa, devastata da una sanguinosa guerra combattuta tra Leopoldo I (+1705), imperatore di Germania, e Luigi XIV (+1715), re di Francia, per la successione al trono di Spagna, nel 1709 aveva fatto trasportare l'immagine acheropita del SS. Salvatore conservata nel Sancta Sanctorum Lateranense alla basilica di S. Pietro affinchè tutti i fedeli elevassero a Dio speciali preghiere propiziatorie. Fra Nicola, nonostante le precarie condizioni di salute, due volte al giorno andò a venerarla e a offrirsi vittima alla giustizia di Dio tanto era ansioso di morire per andare in paradiso. Il P. Francesco Zavarroni, in seguito superiore generale dei Minimi, lo udì pregare: "Signore, eccomi, fa' di me ciò che vuoi. Ti raccomando la tua santa Chiesa. Perdona al tuo popolo". Il Signore accettò la generosa offerta di lui. Difatti, alcuni giorni dopo, l’umile oblato non ebbe più la forza di alzarsi da letto a causa di una violenta febbre.
Trasferito nell'infermeria, il beato fece a un confratello la sua confessione generale e chiese gli ultimi sacramenti. Perché non si stancasse, un sacerdote lo esortò a fare soltanto atti interni di amore di Dio invece di lunghe preghiere, ma egli gli rispose: "Ah, padre mio, io l'amo con tutto il cuore e vorrei essere una candela accesa per consumarmi come olocausto in onore di Dio". Tra gli altri accorsero a fargli visita i principi Don Marcantonio Borghese, Don Filippo Colonna, Don Augusto Chigi, il marchese Naro, il duca di Patagonia Don Giuseppe Matteo Orsini e molti nobili. A chi si raccomandava alle sue preghiere diceva: "Io sono un grandissimo peccatore, e ho bisogno che il Signore mi usi misericordia per salvarmi. Se mi farà degno della salute eterna, vi terrò raccomandato al Signore".
Anche il Card. Mellini accorse al capezzale del tanto venerato oblato per chiedergli la benedizione. Il beato gliela impartì con il cordone dell'abito religioso nel nome della SS. Trinità e di S. Francesco da Paola soltanto in seguito all'esortazione del suo superiore. Il confessore, P. Alberto da Cosenza, temendo che la visita di tante persone di riguardo cagionasse nell'animo del morente tentazioni di vanagloria, si preoccupò di dirgli: "Fra Nicola, questi onori si fanno non a tè, ma all'abito di S. Francesco da Paola". Fra Nicola gli rispose dolcemente: "Padre mio caro, da circa dodici anni Dio mi ha fatto questa grazia... non c'è stato e non c'è in me altro che Lui. Io ho sempre sperato nella SS. Trinità e in essa spero di terminare questa vita". Diverse famiglie nobili inviarono al convento i propri medici per un consulto. A chi gli dava buone speranze di guarigione l'infermo rispondeva: "I medici non sanno cosa dicono. Facciano pure ciò che desiderano, ma sappiano che io starò in vita fino a quando avrò lucrato l'indulgenza plenaria della prossima festa della Purificazione della Vergine". Morì difatti nelle prime ore del 3 febbraio 1709, rivestito dell'abito religioso dopo avere tracciato tre segni di croce sugli astanti con le tre dita della mano destra ed esclamato: "Paradiso! Paradiso!".
Ai funerali di Fra Nicola ci fu un'affluenza tanto grande di popolo che fu necessario lasciarne esposta la salma per tre giorni. Dal 1718 le sue reliquie sono venerate nella chiesa di S. Francesco da Paola ai Monti. Pio VI lo beatificò il 17 settembre 1786.
SICARIA DE ORLEÃES, Santa
Santa Sicaria è una vergine che si presume sia vissuta nella città di Orléans.
Su di lei non sappiamo nulla.
Esiste solo una citazione su Santa Sicaria nel “Martirologio Geroniminiano”.
La citazione in oggetto riporta: ”Depositio Sichariae Deo sacratae virginis quae Aurelianis obiit”. Questa menzione è stata trascritta subito dopo quella di San Flosculo, vescovo di Orléans, di cui sappiamo solo il nome e l’epoca in cui dovrebbe essere vissuto, sul finire del V secolo.
Alcuni ritengono che anche santa Sicaria possa essere vissuta nello stesso periodo del vescovo Flosculo, ma questa affermazione non ha alcun fondamento storico.
Nel martirologio la sua festa era fissata nel giorno 2 febbraio.
I suoi assassini sono a tutt’oggi impuniti e neppure completamente individuati, in compenso è stato beatificato il 13 settembre 2015 come martire: Tshimangadzo Samuele Benedetto Daswa è così il primo beato del Sudafrica.
La sua vita si svolge tutta a Mbahe, circa 150 km a nord di Polokwane, diocesi di Tzaneen, dove nasce il 16 giugno 1946 in seno al clan Lemba, i cui membri sono conosciuti come gli "ebrei neri", quindi in una famiglia non cristiana. Per la morte prematura di papà, tocca a lui, come primogenito, prendersi cura dell’educazione e dell’istruzione dei tre fratelli e della sorella. Nell’adolescenza si unisce al gruppo dei catecumeni che si raduna sotto un albero di fico, con la guida di Benedetto Risimati, catechista carismatico con una tale influenza sul ragazzo che, quando a 16 anni suonati, chiede il battesimo sceglie il nome di Benedetto, in onore di chi ha accompagnato il suo cammino di fede.
Il lavoro non gli fa paura: gli piace lavorare la terra, continuando insieme ai fratelli la coltivazione del giardino che gli ha lasciato il padre e che in pratica rifornisce di verdura l’intero paese, nel quale i poveri possono andare a comprare senza soldi, mentre i giovani vi possono lavorare per guadagnarsi quanto serve a pagare le spese scolastiche senza gravare sulle loro famiglie. Esigente nel pretendere che ciascuno dia il meglio di sé, giusto fino allo scrupolo perché ad ognuno venga corrisposto il dovuto, Benedetto è soprattutto impegnato sul fronte educativo: maestro elementare e poi direttore di scuola primaria, non si limita alle ore di insegnamento per cui è retribuito, ma sa trasformarsi in guida ed animatore dei giovani nei week-end e nelle vacanze, dotando il villaggio di un campo sportivo ed allenando i ragazzi della squadra di calcio. Non ha paura di sporcarsi le mani anche nei lavori manuali ed ancora oggi tutti lo ricordano mentre con la sua automobile trasporta sassi e ghiaia dal fiume al villaggio per la costruzione della chiesa e della scuola.
Sui 30 anni si sposa con Shadi Eveline Monyai, dalla quale ha 8 figli, per i quali si espone anche al ridicolo, perché sfidando usi e costumi si reca personalmente al fiume a lavare i loro pannolini e aiuta la moglie nelle faccende di casa. Orgoglioso della sua fede, si fa catechista ed animatore della comunità, all’interno della quale gode di una indiscussa autorità, almeno fino a gennaio 1990, quando inaspettatamente gli viene chiesto di pagare il prezzo della sua fede. Nei primi giorni di gennaio, infatti, un nubifragio si abbatte sulla zona e il tetto di molte capanne va a fuoco per una serie di fulmini, che i capi villaggio interpretano come una maledizione frutto di stregoneria. Nel corso di un’animata assemblea si decide così di assoldare uno sciamano, perché con le sue arti magiche individui il responsabile della maledizione e, possibilmente, la allontani dal villaggio, stabilendo di pagarlo con un’autotassazione di 5 rand a testa.
L’unico ad opporsi è Benedetto, perché, spiega, “la mia fede mi impedisce di partecipare a questa caccia alle streghe”, mentre ai compaesani si sforza di spiegare l’origine del tutto naturale di questa anomala caduta di fulmini. Subito guardato con sospetto e schernito per aver rinnegato le tradizioni popolari, gli tendono un’imboscata appena una settimana dopo: alcuni rami messi di traverso sulla strada che deve percorrere lo costringono a scendere dall’automobile, permettendo così l’assalto di un gruppo di compaesani armati di pietre e bastoni. Rincorso e malmenato, riesce a rifugiarsi in una casa, dalla quale tuttavia esce spontaneamente per non mettere a rischio la vita dei proprietari. Bastonato senza pietà, ustionato con acqua bollente e finito a colpi di pietra, raccontano di averlo sentito pregare ad alta voce prima di spirare, mentre i suoi assassini lo schernivano con le stesse parole già udite sul Golgota: “Vediamo se il suo Dio viene ora ad aiutarlo!”.
Ai suoi funerali i sacerdoti indossano paramenti rossi, perché nessuno ha dubbi sul suo martirio e questa convinzione è rimasta inalterata in questi 25 anni. Il che ha permesso un processo-lampo per la sua beatificazione ed un pronunciamento della Congregazione ad appena cinque anni dal deposito della “positio”. Impuniti e perdonati, i suoi assassini ancora oggi si presentano per ottenere aiuti e li ottengono dai figli di Benedetto, “perché, dicono, così avrebbe fatto nostro padre”.
Autore: Gianpiero Pettiti
Sposo e padre di otto figli, Tshimangadzo Benedict Daswa è il primo martire della fede sudafricano. È stato proclamato beato domenica 13 settembre 2015. Oltre 30mila persone hanno partecipato alla celebrazione eucaristica svoltasi all’aperto a Tshitanini, villaggio nella provincia settentrionale di Limpopo, a pochi chilometri di distanza dal luogo dove Daswa fu ucciso, il 2 febbraio 1990.
«Uomo di famiglia, catechista diligente, educatore premuroso, ha datotestimonianza eroica del vangelo fino all’effusione del sangue: d’ora in avanti sarà chiamato beato», ha solennemente dichiarato il cardinale Angelo Amato, prefetto della Congregazione delle cause dei santi e inviato di papa Francesco, che ha presieduto l’eucaristia insieme a vescovi e sacerdoti sudafricani e tanti altri venuti da nazioni limitrofe. Presenti alla celebrazione erano i figli di Daswa, l’ultranovantenne madre e numerose autorità civili locali e nazionali.
In uno stato laico come il Sudafrica, dove c’è libertà di religione e circa l’80% della popolazione si dice cristiana, risulta difficile credere che una persona sia stata uccisa a motivo della sua fede in Gesù. Ma è stata l’incompatibilità con alcune credenze della religione tradizionale africana, più fortemente radicata nelle zone rurali del Sudafrica, che ha portato Benedict Daswa a scontrarsi con le autorità tradizionali. In particolare, con la loro visione della realtà secondo cui i disastri atmosferici così come le malattie o la morte sono da attribuire sempre alla presenza di spiriti maligni manovrati da esseri umani e mai riconducibili a cause naturali.
Torniamo sul tragico epilogo della vita del primo martire sudafricano. Gennaio 1990: un nubifragio si abbatte sul villaggio dove Benedict abita con la famiglia, e alcune capanne, colpite da fulmini, vanno in fiamme. La gente è spaventata. Il capo-villaggio e i suoi consiglieri decidono di dare la caccia al “colpevole” di tali straordinari fenomeni atmosferici. Scelgono di autotassarsi per pagare lo “stregone” incaricato di identificare il responsabile del sortilegio.
Benedict, che è segretario del consiglio del capo-villaggio, rifiuta di sborsare la somma richiesta, l’equivalente di 50 centesimi di euro. Tenta di spiegare al capo-villaggio e ai suoi consiglieri che fulmini e nubifragi sono fenomeni naturali e che cercare dei colpevoli avrebbe portato sicuramente alla uccisione di persone innocenti. E dichiara che a motivo della sua fede in Gesù non può accettare tale decisione.
2 febbraio. È sera e Benedict, alla guida del suo furgoncino, sta rientrando a casa. A un certo punto è costretto a fermarsi e a uscire dal veicolo per liberare la strada bloccata da rami e grosse pietre. È allora che scatta la trappola: dai cespugli spunta fuori un gruppo di giovani armati che lo colpiscono con bastoni e sassi.
Sanguinante, tenta di salvarsi, rifugiandosi in una capanna poco distante da dove però la padrona lo costringe ad allontanarsi subito perché assalitori minacciano di dare fuoco alla casa. Incapace di difendersi, si consegna ai suoi assassini che lo finiscono a colpì di bastone.
Questo il prezzo pagato da Benedict per la convinta adesione alla fede cristiana. La sua colpa? Aver messo in crisi un sistema di credenze e aver tentato di minare i fondamenti su cui si regge la tradizionale struttura sociale e religiosa.
In controtendenza
Ma l’intera vita del beato Daswa è stata in controtendenza, anche nei confronti della mentalità patriarcale, e di critica nei riguardi delle superstizioni religiose.Nato il 16 giugno 1946 nel villaggio rurale di Mbahe da una famiglia non cristiana dell’etnia venda e appartenente al clan dei lemba, chiamati “ebrei neri” per via di rituali e tradizioni con antichi legami col giudaismo, a 17 anni si converte al cattolicesimo e sceglie Benedict come nome di battesimo.Per finanziarsi gli studi al college e divenire insegnante, fa le pulizie in un ospedale. Venuto al corrente della sua conversione, il direttore del centro sanitario intima di abbandonare la fede cristiana pena la perdita del posto di lavoro. Benedict non ha dubbi: accetta di essere licenziato piuttosto che rinunciare alla fede in Gesù.Diventato insegnante, è prima maestro elementare e poi direttore della scuola primaria nel villaggio di Nweli. Ama coltivare la terra e rifornisce di frutta e verdura la gente del villaggio e dà gratuitamente i prodotti del campo a coloro che sono troppo poveri per pagarli. Appassionato di sport, organizza e allena una squadra di calcio.Nel villaggio e conosciuto come assiduo lavoratore e persona molto concreta ed efficiente. Con il lavoro delle sue mani, partecipa alla costruzione della scuola locale e acquista un furgoncino per poter trasportare dal fiume ghiaia e sassi con cui costruire la chiesa, per la comunità cattolica. Si impegna attivamente in parrocchia, anima le celebrazioni liturgiche e insegna catechismo.A 30 anni si sposa con Shadi Eveline Monyai (deceduta alcuni anni fa) dalla quale ha otto figli. Aiuta la moglie nelle faccende domestiche, compito esclusivamente femminile nella tradizione venda.Il figlio Lufunwo Daswa, che sta completando gli studi universitari per diventare insegnante, conserva di lui la memoria di un padre coscienzioso e pronto ad aiutare gli altri: «Avevo solo 14 anni quando fu ucciso. Era un uomo lungimirante. Voleva che ciascuno di noi figli avesse la possibilità di studiare e si dava da fare affinché tutti i bambini del villaggio potessero frequentare la scuola. In casa era sempre disponibile ad aiutare. Il sabato mattino spesso usciva, fuori per andare a fare legna nella savana e portarla alla mamma. E non era raro vederlo andare al fiume per lavare la biancheria sporca».Chris Mphaphuli, amico di famiglia, ricorda: «Ciò che faceva in casa era qualcosa che non vedevi fare da altri mariti qui nella nostra zona. Agli uomini, secondo il costume locale, sono riservate certe mansioni e alle donne altre. Ma per Benedict questa distinzione non esisteva. Il suo era un comportamento tanto inusuale Che certuni arrivarono a dire che era “stregato”».
Eroe del vangelo
Di animo generoso, non intendeva conformarsi a tradizioni che gli impedivano di essere di aiuto ad altri, e tantomeno era disposto a cedere a credenze superstiziose. E così, per esempio, si rifiutò di fare indossare ai giocatori della sua squadra di calcio degli amuleti che “assicuravano” la vittoria.Questo suo modo di vivere gli procurò numerosi nemici che lo condannavano per aver voltato le spalle alla tradizione dei venda e aver abbracciato la mentalità occidentale, in particolare la Fede cristiana. Sono molti però nella comunità locale ad averlo sempre stimato e che sono rimasti traumatizzati dall’efferatezza della sua uccisione.La celebrazione della beatificazione di Benedict e stata un’opportunità per far conoscere a un pubblico più vasto e alla Chiesa universale il messaggio e la testimonianza di fede del primo martire sudafricano. Lo ha evidenziato il cardinale Angelo Amato nell’omelia: «La beatificazione di Benedict è una benedizione per tutta la Chiesa, per il Sudafrica, per I’Africa. II suo nome Tshimangadzo significa “miracolo” ed egli fu un’autentica meraviglia di Dio. Lo Spirito Santo ha trasformato questo giovane sudafricano in autentico eroe del vangelo. E’ simile ai primi martiri della Chiesa che difesero coraggiosamente la fede, pregando e perdonando i loro nemici».Monsignor Rodrigues, vescovo della diocesi di Tzaneen, dove Daswa è nato e vissuto, che ha portato a termine la causa di beatificazione iniziata dal suo predecessore, il vescovo emerito Hugh Slattery, commenta: «Benedict visse nello spirito di libertà fondato sulla libertà di Gesù Cristo. La fede in lui lo ha liberato dalla paura della stregoneria, degli spiriti maligni e delle forze oscure. In verità la vita e la morte sua testimoniano che stregoneria e ogni forma di divinazione non hanno senso e sono un peso che rende schiavo Io spirito umano condizionato spesso da paura e ignoranza».Padre Smilo Mngadi, portavoce della Conferenza episcopale sudafricana, sottolinea il significato della coincidenza di una data storica del Sudafrica: «Il 2 febbraio 1990, a Città del Capo, nell’estremo sud dell’Africa, il presidente de Klerk annunciava la liberazione di Nelson Mandela e dava inizio al nuovo corso della nostra nazione. Nello stesso giorno, nel punto più a nord del nostro paese nei pressi di Thohoyandou, in Limpopo, Benedict Daswa donava la propria vita per liberarci dall’oppressione della stregoneria; causa di guai per la nostra società e il mondo. Egli è un modello di vita per noi che accogliamo per dire insieme a lui: no alla stregoneria, si a Gesù Cristo».
Un santuario
La cerimonia del 13 settembre nello sperduto villaggio di Tshitanini è stata significativa non solo per la Chiesa ma anche per la società sudafricana. Lo ha spiegato in maniera chiara il vicepresidente del Sudafrica, Cyril Ramaphosa, anch'egli di etnia venda, rappresentante del governo alla celebrazione. «Il suo coraggioso servizio gli è costato la vita. Possa quest’oggi essere il giorno in cui noi sudafricani ci impegniamo a costruire una società libera da intolleranza, ignoranza e violenza». Nel suo intervento si è espresso contro la pratica della stregoneria, esortando i concittadini a dire no a questa usanza e no a uccisioni rituali e mutilazioni per ottenere salute, soldi e successo. E ha incoraggiato «un dialogo aperto per capire il perché continuano ad esserci uccisioni rituali».Alle parole del vicepresidente Ramaphosa ha fatto eco Fikile- Ntsikelelo Moya, direttore del quotidiano di Durban ‘The Mercury’: «Al di là del fatto che sia santo o meno, Daswa è un esempio da seguire anche per la società secolare. Egli è un uomo che ha avuto il coraggio delle proprie convinzioni ed e andato incontro a una morte atroce perché si è rifiutato di adeguarsi alla mentalità corrente della società dove il “fan tutti così” non si discute, è un dogma. Tutto ciò ha fatto di lui una persona eccezionale e un modello da seguire per il nostro paese e per il mondo dove molte persone pensano di essere troppo piccole e le nostre azioni troppo insignificanti per avere peso. Tanti, troppi di noi si sono rassegnati all’idea di non avere altra alternativa se non quella di adeguarsi passivamente a ciò che si vede di sbagliato attorno a noi».La venerazione del nuovo martire è motivo di ispirazione per tanti e darà coraggio alla sparuta minoranza cattolica nella diocesi di Tzaneen che conta soltanto 45mila fedeli su una popolazione di 2,7 milioni di abitanti. «E’ nostra speranza - affermano i vescovi sudafricani in un comunicato - che la beatificazione di Daswa possa contribuire alla rivitalizzazione della fede della gente, affinché si senta incoraggiata a mantenersi salda nella fede di fronte alle difficoltà che deve affrontare nella vita di tutti i giorni».Il 24 agosto scorso, il corpo di Benedict è stato riesumato dal cimitero di Mbahe. il villaggio dove era nato, per riposare nella chiesetta di Santa Maria Assunta che egli stesso aveva contribuito a costruire a Nweli. In futuro i resti mortali verranno traslati in un santuario che la diocesi di Tzaneen intende erigere. Diventerà un luogo di preghiera e di venerazione dedicate al primo martire cristiano sudafricano. La sua memoria verrà celebrata ogni anno il 1° febbraio.»»»»»»»»»»
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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las
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