domingo, 5 de abril de 2020

LEITURA DA PAIXÃO, MORTE E SEPULTURA DE JESUS - DOMINBGO DE RAMOS - 5 DE ABRIL DE 2020

DOMINGO DE RAMOS  -  5 DE ABRIL DE 2020


LEITURA DA PAIXÃO, MORTE E SEPULTURA DE JESUS

Lc 22, 23


Conspiração dos judeus - Entretanto, aproximava-se a festa dos Ázimos, chamada Páscoa. E os príncipes dos sacerdotes e escribas procuravam maneira de O fazerem desaparecer, mas temiam o povo. Entrou Satanás em Judas, chamado Iscariotes que era do número dos Doze. Foi falar com os sacerdotes e os oficiais sobre o modo de lh'O entregar. Eles regozijaram-se e combinaram darlhe dinheiro. Judas concordou e procurava ocasião de O entregar, sem a multidão saber.

Preparação da Ceia Pascal - Chegou o dia dos Ázimos, em que devia sacrificar-se o cordeiro, e Jesus enviou Pedro e João, dizendo: «Ide preparar-nos o necessário para comermos o cordeiro pascal»! Perguntaram-Lhe: «Onde queres que o preparemos?»  «Ao entrardes na cidade, respondeu, virá ao vosso encontro um homem transportando uma bilha de água. Segui-o até à casa em que entrar e dizei ao dono da casa: O Mestre manda-te dizer: Onde é a sala em que hei-de comer o cordeiro pascal com os Meus discípulos? "Mostrar-vos-à uma grande sala mobilada, no andar de cima. Fazei aí os preparativos». Partiram, e encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito e prepararam a Páscoa.

Ceia Pascal - Eucaristia - Quando chegou a hora, pôs-Se à mesa e os Apóstolos com Ele. Disse-lhes: "Tenho ardentemente desejado comer convosco esta Páscoa, antes de padecer. pois digo-vos que já não a comerei até ela ter pleno cumprimento no reino de Deus». Tomando uma taça. deu graças e disse:«Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira até chegar o reino de Deus». Tomou, então o pão e, depois de dar graças, partiu-o e deu-o dizendo: «Isto é o Meu Corpo, que vai ser entregue por vós; fazei nisto em memória de Mim». Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova Aliança no Meu sangue, que por vós se vai derramar».

A traição - «No entanto, vede a mão daquele que Me vai entregar, está comigo à mesa! O Filho do Homem segue o Seu caminho, como está determinado; mas aí daquele por meio de quem vai ser entregue» Começaram a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante coisa.

Quem é o maior - Levantou-Se entre eles uma disputa sobre o qual devia ser considerado o maior. Jesus disse-lhes: «Os reis das nações imperam sobre elas e os que nela exercem a autoridade serão chamados benfeitores. «Convosco não deve ser assim, que o maior entre vós seja, como o menor e aquele que mandar, como aquele que serve. Pois quem é o maior? O que está sentado à mesa ou o que serve? Não é o que está sentado à mesa? Ora Eu estou no meio de vós como aquele que serve. Vós estivestes sempre junto de Mim e nas Minhas provações, e Eu disponho a vossos favor do reino, como Meu Pai dispõe dele a Meu favor , a fim de que comais e bebais à Minha mesa no Meu Reino. E sentar-vos-eis, em tronos, a julgar as doze tribos de Israel».

Anúncio da negação de Pedro - «Simão, Simão, olha que Satanás vos reclamou para vos joeirar como o trigo. Mas Eu roguei por ti, a fim de que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, Senhor, estou pronto a ir Contigo até para a prisão e para a morte». Jesus disse-lhe: «Digo-te, Pedro, o galo não cantará hoje sem que, por três vezes, tenhas negado conhecer-me».

A hora do combate - Depois acrescentou: «Quando vos enviei sem bolsa, nem alforge, nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?» «Nada» responderam, eles. E Ele acrescentou: «Mas agora quem tem uma bolsa que a tome, assim como alforge, e quem não tem espada, venda a capa e compre uma. Porque, digo-vo-lo Eu, deve cumprir-se em Mim esta escritura: "Foi contado entre os malfeitores. Efectivamente, o que Me diz respeito toca o seu termo». Disseram-lhe eles: «Senhor, aqui estão duas espadas». Mas Ele respondeu-lhes: «Basta"

Agonia de Getsemani  -  Saiu, então e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com Ele. Quando chegou ao local, disse-lhes: «Orai para que não entreis em tentação». Depois afastou-Se bruscamente deles até à distância de um tiro de pedra, aproximadamente, em posto de joelhos, começou a orar, dizendo: «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice, não se faça, contudo, a Minha vontade, mas a Tua». Então vindo do Céu, apareceu-Lhe um Anjo que O confortava. Cheio de angústia, pôs-Se a orar mais instantemente e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue. que caíam na terra. Depois de ter orado, levantou-Se e foi ter com os discipulos, encontrando-se a dormir devido à tristeza. Disse-lhes: «Porque dormisLevantai-vos e orai, para que não entreis em tentação».

Prisão de Jesus - Ainda Ele estava a falar quando surgiu uma multidão de gente, precedendo-os um dos Doze, o chamado Judas, que caminhava à frente, e aproximou-se de Jesus para o beijar. Jesus disse-lhe: «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do Homem?» Vendo aqueles que O cercavam o que ia suceder, perguntaram-Lhe «Senhor, ferimo-lo à espada?» E um deles feriu num servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus interveio dizendo: «Já basta, deixai-os». E tocando, na orelha, curou-o. Depois disse aos que tinham  vindo contra Ele, e, aos príncipes dos sacerdotes, aos oficiais do Templo e aos anciãos: «Vós saístes com espadas e varapaus como se fosseis ao encontro dum salteador? Estando Eu todos os dias convosco no Templo, não Me deitastes as mãos; mas esta é a vossa hora e o domínio das trevas».

Negação de Pedro - Apoderando-se então de Jesus, levaram-n'O e introduziram-n'O em casa do Sumo sacerdote. Pedro seguia-O de longe. Como tivessem acendido uma fogueira no meio do pátio e se tivessem sentado, Pedro sentou-se no meio deles. Ora, uma criada, ao vê-lo sentado ao lume, fitando-o, disse: «Este também estava com Ele». Mas Pedro negou-o, dizendo: «Não o conheço, mulher». Pouco depois,  disse outro, ao vê-lo. «Tu também és dos tais. Mas Pedro disse: «Homem, não sou». Cerca de uma hora mais tarde um outro asseverou  com insistência: «Com certeza este também estava com Ele, pois até é galileu». Pedro respondeu: «Homem, não sei o que dizes». E, no mesmo instante estando ele ainda a falar, cantou um galo. Voltando-Se, o Senhor fixou os olhos em Pedro, e Pedro recordou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: «Antes de o galo cantar, negar-Me-às três vezes». E, vindo para fora, chorou amargamente.

Primeiros ultrajes - Entretanto, os que guardavam Jesus troçavam d'Ele e maltratavam-n'O. Cobriam-Lhe o rosto  e perguntavam-Lhe: «Adivinha! Quem te bateu?» E muitos outros insultos proferiram contra Ele.

No tribunal judaico - Quando se fez dia, reuniu-se o Conselho dos anciãos do povo, príncipes dos sacerdotes e escribas, os quais O levaram ao seu tribunal.  Disseram-Lhe: «Declara-nos se Tu és o Messias». Ele respondeu-lhes: «Se vo-lo disser, não Me acreditareis e, se vos perguntar, não respondereis. Mas o Filho do Homem sentar-se-á doravante, à direita do poder de Deus». Disseram todos: «Tu és então o Filho de Deus?» Ele respondeu-lhes: «Vós o dizeis, Eu Sou». Então exclamaram: «Que necessidade temos já de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da sua boca?.

No tribunal romano - Levantando-se todos, levaram-n'O a Pilatos e começaram a acusá-l'O dizendo: « Encontramos este homem a sublevar o povo, a impedir que se pagasse tributo a César e a dizer-Se El próprio o Messias-Rei». Pilatos interrogou-O: «Tu és o rei dos Judeus?» Jesus respondeu: «Tu o dizes». Pilatos disse, então, aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Nada encontro de culpável neste Homem».
Mas eles insistiram, dizendo: «Ele amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou até aqui.
Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu: e ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava em Jerusalém por esses dias.

Jesus perante Herodes  -  Ao ver Jesus, Herodes ficou extremamente satisfeito, pois havia bastante tempo que O queria ver, devido ao que ouvia dizer d'Ele esperando que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-Lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas  que lá estavam acusavam-n'O  insistentemente. Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com uma capa magnifica, enviando-O de novo a Pilatos. Nesse dia, Herodes e Pilatos ficaram amigos, pois até aí eram inimigos um do outro.

Novamente perante Pilatos - Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes: «Trouxestes esse homem à minha presença como andando a revoltar o povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei n'Ele nenhum dos crimes de que o acusais. Herodes tão pouco, visto que no-l'O mandou de novo. Como vedes, Ele nada praticou que mereça a morte. Vou, portanto libertá-lo, depois de O castigar». Ora, pela festa, Pilatos era obrigado a soltar-lhes um preso. E todos se puseram a gritar: «Dá a morte a esse e solta-nos Barrabás! Este último fora metido na prisão por causa de uma insurreição desencadeada na cidade, e por um homicídio. de novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam, «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos disse-lhes pela terceira vez: «Que mal fez Ele então? Nada encontrei n'Ele que mereça a morte. Libertá-lo-ei, portanto, depois de o castigar». Mas eles insistiam entre altos brados, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Pilatos, então, decretou que se fizesse o que eles pediam. Libertou o que fora preso  por sedição e homicídio, como eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.

A caminho do Calvário  -  Quando o iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que voltava do campo e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de Jesus. Seguiam-n'O uma grande massa de povo e umas mulheres que se lamentavam e choravam por Ele. Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos, pois dias virão em que se dirá: Felizes as estéreis e os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram. Hão-de então dizer aos montes: «Caí sobre nós e às colinas: Cobri-nos. Porque se tratam assim a madeira verde, o que acontecerá à seca?» E levavam também dois malfeitoria para serem executados com Ele.

A Crucificação  - Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-n'O a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Perdoai-lhes ó Pai, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram sortes para dividirem entre si as Suas vestes. O povo permanecia ali, a observar e os chefes zombavam, dizendo: «Salvou os outros, salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito" Os soldados também troçavam d'Ele, aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre. Diziam: «Se és o rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». E por cima d'Ele havia uma inscrição: «ESTE É O REI DOS JUDEUS».

Os dois ladrões -  Ora, um dos malfeitores que tinham  sido crucificados, insultava-O dizendo: «Não és Tu o Messias. Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplicio? Quanto a nós, fez-se justiça pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam, mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus lembra-Te de Mim quando estiveres  no teu reino». Ele respondeu-lhe : «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».

Morte de Jesus  -  Por volta da hora sexta, as trevas cobriram toda a terra, até à hora nona, por o Sol se haver eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. e Jesus exclamou, dando um grande grito: «Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou.
Vendo o que se passava, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
«Verdadeiramente, este homem era justo» 
E toda a multidão que tinha assistido àquele espectáculo, vendo o que acontecera, regressava, batendo no peito. Todos os Seus conhecidos e as mulheres que O acompanhavam, desde a Galileia, se mantinham a distância, observando estas coisas.

A sepultura de Jesus  -  Um membro do Conselho, chamado José, homem recto e justo, não tinha concordado com a decisão nem com o procedimento dos outros. Era natural da Arimateia, cidade da Judeia, e esperava o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus e, descendo-O da cruz, envolveu-O num lençol e depositou-O num sepulcro talhado na rocha, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Era o dia da Preparação e já amanhecia o sábado. Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia, acompanharam José, observaram o túmulo e viram como o corpo de Jesus fora depositado. Ao regressar preparam aromas e perfumes. E no sábado, observaram o descanso, conforme o preceito.




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ANTÓNIO FONSECA

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