Caros Amigos
16º ano com início na edição
Nº 5 102
NOTA:
Hoje inicia-se nova numeração anual
Este é portanto o
100º Número
da Série de 2023
e o Nº 1 5 4
do 16º ano
Todas as biografias podem ser consultadas através dos
Livros "SANTOS DE CADA DIA" da Editorial A. O. de Braga;
MARTIROLÓGIO ROMANO - Edição MMXIII
ou através das etiquetas do Blogue referentes à sua publicação em anos anteriores.
Muito Obrigado a todos os meus Seguidores e Leitores e/ou simples Visitantes
e continuem a passar os seus olhares por este Blogue e fazendo os comentários favoráveis ou não, como e se o entenderem
Igreja da Comunidade de
São PAULO DO VISO
Foto de 1-Maio-2022
António Fonseca
Autor desde 7-11-2006
Nº 5 2 5 7
10 DE ABRIL DE 2023
SANTOS DE CADA DIA
(Nº 1 5 4)
16º A N O
BENDITO E LOUVADO
SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão recordar, comemorar e até imitar a
Vida dos Santos e Beatos de cada dia
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida
deverão recordar, comemorar e até imitar a
Vida dos Santos e Beatos de cada dia
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida
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NOSSA SENHORA DOS PRAZERES
Festa na Arquidiocese de Braga na 2ª feira de Páscoa
O seu culto é muito antigo, e alguns autores afirmam que teve início em Portugal. A. Pimentel, na página 110 da História do Culto de Nossa Senhora em Portugal, diz:
«É certo ter sido a Igreja portuguesa (Lisboa, Évora e Braga) a primeira da cristandade que festejou as alegrias da Virgem Santíssima pela ressurreição do Seu amado Filho, dando-lhe a invocação de - Senhora dos Prazeres».
Cauteloso foi Fr. A. de Santa Maria (Sant. Mar. tom. I, liv II tit. XLIV), referindo-se à "imagem de Nossa Senhora dos Prazeres que se venera junto à casa de saúde, sobre a Ribeira de Alcântara (...) jamais celebrada em outro reino (que se saiba ao certo) da Cristandade. Pimentel declara ainda que "a devoção de Nossa Senhoria dos Prazeres remonta, entre nós ao século XV" embora no século XVI toma "maior de envolvimento pela aparição de uma imagem na quinta dos condes da Ilha, sobre a ribeira de Alcântara, em Lisboa".
É de lembrara que em 1958 foi criada, em Lisboa, a freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres, cujo primeiro pároco tomou posse em 11 de Outubro de 1964, na igreja do Triunfo, por não haver ainda Igreja paroquial.
Esta Senhora é orago de muitas igrejas paroquiais e de muitas capelas. Na diocese da Guarda é orago de quatro freguesias e de outras tantas capelas.
Na arquidiocese de Braga estão, pelo menos, 15 imagens ao culto, algumas delas em capelas próprias.
Na diocese de leiria é orago da freguesia de Alcaria (Porto de Mós) e de uma das duas de Aljubarrota (Alcobaça)..
Tem destas tradicionais em Ponte de Sor, distrito e diocese de Portalegre.
Em Borba, arquidiocese de Évora, há uma imagem desta Senhora. No Pico da Pedra, São Miguel - Açores, há uma paróquia com o orago de Nossa Senhora dos Prazeres.
Uma das seis capelas que São NUNO ÁLVARES PEREIRA (NUNO DE SANTA MARIA) deixou por completar à hora da sua morte, na igreja do Carmo, foi a de Nossa Senhora dos Prazeres.
Õ nome do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, vem da invocação desta Senhora, e na capela está uma sua antiga imagem.
Também à India chegou o culto desta Senhora, levado pelos Portugueses.
Na freguesia de Ribandar, concelho, distrito e arquidiocese de Goa, a sua confraria está reunida à de Nossa Senhora da Ajuda, desde 1925.
Não faltam estampas desta Senhora na Biblioteca Nacional de Lisboa.
EZEQUIEL, Santo
Profeta
EZEQUIEL (aquele que Deus torna forte) era filho do sacerdote Búzi e, ele próprio, sacerdote. Não se conhecem nem a sua naturalidade nem a data do nascimento. Tinha cerca de 25 anos quando foi levado para o cativeiro com o rei Jeconias e a flor da nação, a seguir à tomada de Jerusalém, por Nabucodonosor. Fixou-se em Telavive, localidade situada junto do rio Chobar, a sudoeste da Babilónia. Casou-se, e a sua casa veio a ser o ponto de reunião dos exilados.
No quinto dia do quarto mês do quinto ano da transmigração, no tempo de Jeconias (592) antes de Cristo, EZEQUIEL foi chamado ao ministério profético. Estava nas margens do Chobar, quando a glória de Deus lhe apareceu num carro misterioso e lhe marcou a missão. Reconduzido pelo Espirito Santo para entre os seus concidadãos, fica lá em silêncio durante sete dias, passados os quais a palavra de Deus lhe revelou as responsabilidades de vida e de morte que fazia pesar sobre ele o encargo recebido.
A história da vocação que recebe ocupa o início do seu livro (cc. 1 a 3).
E EZEQUIEL anunciará:
1. A ruína de Jerusalém, castigo pelas culpas do povo (cc. 4 a 24):
2. Como passagem para o anúncio da libertação, pronunciará uma série de oráculos contra as nações estrangeiras (cc, 25 a 33);
3., por fim, quando a catástrofe constituir facto realizado, publicará a libertação e a restauração de Israel pelo Messias (cc. 34 a 48).
Tal a obra que deve levar a termo durante a sua vida.
1. Na primeira parte, várias acções simbólicas destinam-se a dar a conhecer de maneira claríssima e impressionantíssima a ruína próxima de Jerusalém: plano de assédio traçado num tijolo, sertã de ferro a constituir, por assim dizer, muro e a marcar que Deus decide não socorrer a cidade sitiada, etc., penitência simbólica do profeta. Segue-se nova visão em que Deus manifesta o juízo irrevogável contra o seu povo e os motivos que O levam a actuar (cc. 8 a 11).
Em vão publica EZEQUIEL aos exilados estes sinais: persistem no endurecimento. Deus manda-lhe recorrer à linguagem mais expressiva das acções simbólicas. São preparativos de viagem com que o profeta quer assinalar a fuga do rei Sedecias e a sua prisão,; compara Israel a uma vinha brava, cuja madeira só serve para ser deitada ao fogo (c. 15) ,
e depois a um esposa ingrata e infiel (cc. 16 a 17).
O anuncio destes castigos parece causar uma objecção a que responde
EZEQUIEL sobre a responsabilidade dos pecados: Deus, sem dúvida, escreve ele, não castiga ninguém senão pelos seus próprios pecados, mas castiga os crimes dos pais nos filhos quando estes imitam a iniquidade dos pais (c. 18).
No sétimo ano da deportação de EZEQUIEL, Deus mandou-lhe explicar pela última vez que a ingratidão de Israel, sem cessar de repetir-se no decurso da sua história, receberia depressa o devido castigo: então quatro novos oráculos, encerrados nos capítulos 20 a 23, apresentaram a conversão como o meio único e indispensável de salvação.
A hora da catástrofe esta a ponto de soar quando Nabucodonosor pôs o cerco diante de Jerusalém; o profeta foi avisado e, pela última vez, predisse a ruína da cidade (c. 24).
2. Os oráculos contra as nações pagãs foram ao mesmo tempo o encerramento da primeira secção e a introdução à segunda: o profeta fala aí primeiro das povoa- ções mais vizinhas, quer dizer: Ámon, Moab e Edom; detém-se mais a respeito de Tiro, a rainha dos mares, e deu lugar considerável ao Egipto (ss. 25 a 31)
.
Duas elegias terminam a série dos oráculos contra o Egipto, personificação das potências inimigas de Deus (c. 32).
3. O segundo período do ministério profético de EZEQUIEL anunciou a ressurreição da nova teocracia mais gloriosa que antiga-. Assim ele recebeu, por assim dizer, uma missão nova (c. 33);
o que ficou a dever anunciar, foi que bastaria a conversão para se entrar na graça de Deus.
O Messias, novo David, seria o pastor e o rei do povo de Deus (cc. 34 a 39)
.
A obra termina com magnifica descrição da teocracia restaurada (cc. 40 a 48)
.
A vida publica de Ezequiel durou 22 anos (592 a 570).
É crível que a sua existência tenha chegado mais longe e tenha tido outras ocupações, mas não é possível afirmá-lo. O que se poderia acrescentar pertence mais à lenda ou às tradições indecisas: o pseudo EPIFÂNIO atribuiu-lhe vários grandes milagres: terá estado em relação om JEREMIAS, sacerdote e profeta como ele; terá sido executado por um chefe do seu povo, irritado com as acusações de idolatrai a quer lhe imputava. Não se sabe qual a época da sua morte.
Dos elogios, que os Padres da Igreja fizeram deste profeta, mencionaremos apenas o que escreveu São GREGÓRIO MAGNO:
"EZEQUIEL é a honra e a glória de todos os mestres e de todos os doutores, é nas suas predições o modelo perfeito dos pregadores. Torna-se, é certo, terrível, medonho e duro, mas é porque tinha a ordem de anunciar castigos extremamente duros a povos empedernidos no mal. Todavia, chorou amargamente durante sete dias antes de comunicar os seus oráculos: Belo exemplo para todos os pastores que, se querem falar com utilidade, devem primeiro guardar silêncio, derramar abundantes lágrimas sobre os males que veem; observar com exactidão tudo o que se passa.
(só sabe falar como é preciso, aquele que soube calar.se tanto como devia).
Quem deseja ser excelente pregador, deve imitar os que pregam somente verdades capazes de penetrar nos corações, de levar à penitência aqueles que principiam por tomar conhecimento perfeito dos pecados, antes de acusar e repreender seja quem for".
O nome de EZEQUIEL aparece já a 10 de Abril no martirológio de BEDA (princípios do século VIII).