domingo, 11 de julho de 2010

Nº 1063 - 11 DE JULHO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

 Buildings along the Trave riverside in Lübeck, Germany

In: MARTIROLÓGIO ROMANO DE

www.santiebeati.it

 

21200 > São Bento da Núrsia Abade, patrono d'Europa 11 Julho (e 21 Março) - Festa MR
61770 > São Bertrando (Betrando) Abade de Grand-Selve 11 Julho MR
92965 > São Chetillo Sacerdote 11 Julho MR
92110 > São Drostano di Deer Monge 11 Julho MR
61740 > Santo Idulfo (Idolfo) di Moyenmoutier Abade 11 Julho MR
61720 > São Leôncio II Bispo de Bordeaux 11 Julho MR
62250 > Santa Marciana de Cesareia de Mauritânia Mártir 11 Julho MR
61710 > São Marciano de Icónio Mártir 11 Julho MR
61750 > Santa Olga de Kiev Grã duquesa 11 Julho MR
61850 > Santo Pio I Papa e mártir 11 Julho MR
93510 > Santo Savino Venerato ad Antigny 11 Julho
61730 > Santos Sigisberto e Plácido 11 Julho MR
91987 > Beata Teotista do Ss. Sacramento (Maria Elisabetta Pelissier) e 3 companheiras Virgem e mártir 11 Julho MR
61780 > Beatos Tommaso Benstead e Tommaso Sprott Mártires 11 Julho MR

 

Benito, (Bento) Santo
Julho 11   -  Abade, Padroeiro da Europa e Patriarca do monasticismo ocidental

Benito, Santo

Benito, Santo

Abade, Padroeiro de Europa e Patriarca do monasticismo ocidental

S. BENTO, o patriarca dos monges do Ocidente, é comparado com Abraão, o pai dos crentes, porque Deus o abençoou também com uma posteridade mais numerosa que as areias do mar e as estrelas do céu. Nasceu em Núrsia da Úmbria, Itália, pelo ano de 480, de família nobre, consagrou-se aos estudos em Roma; depressa, contudo, abandonou esta cidade por causa da imoralidade reinante entre os seus condiscípulos, e refugiou-se, primeiro em Enfide, aldeia de Sabina, e depois numa caverna existente no vale de Aniene, perto de Subiaco, onde se votou à oração e à penitência. Descrevendo a fecundidade deste retiro, pôde alguém dizer:  «O que de lá saiu pela graça de Deus é maior que a azinheira frondosa originada na semente que lança uma criança à borda do caminho; maior e mais duradoiro que tudo o que realizaram o génio e a espada; depois da árvore da Cruz, Deus não plantou na terra nada tão magnifico e que tenha produzido tantos frutos. No mundo não havia senão as forças destruidoras. Deus lançou entre os penhascos aquele jovem desconhecido, aquele menino de tudo desprovido, para tomar como esposa e dela gerar uma raça de heróis que a tudo haviam de resistir, tudo venceriam e tudo restaurariam. Aquela gruta era o abrigo da civilização. Tudo se mantinha em germe invisível no interior das rochas de Subiaco. Lá se iria formar o grande Seminário de Cristo, viveiro de bispos, de papas, e civilizações, de doutores e de mestres do mundo». A semente de frutos tão prolíficos foi a Regra dos Mosteiros que redigiu S. Bento nas solidões de Subiaco para os 12 mosteiros que ali nasceram á sua volta. Em cada mosteiro colocou 12 monges e um abade, querendo, por assim dizer, reproduzir o colégio dos 12 apóstolos sob a direcção de Cristo. Nobres romanos, tais Équicio e Tertúlia, entregaram-lhe os filhos – Santo Amaro e S. Plácido – a quem dedicaria sempre terno e profundo carinho. Já indicamos o milagre que S. Bento realizou, levando Amaro a salvar Plácido de morrer afogado. S. Bento atribuiu o prodígio à obediência de Amaro. Este, por sua vez, à ordem do abade, pois ele nem sequer notara ter pisado a água. Plácido interveio dizendo que, enquanto caminhava pelo rio, via o manto do Padre Bento debaixo dos pés e parecia-lhe que era o manto que o arrastava para a margem. Assim, observa Bossuet, recordando o milagre, a obediência dá graça para cumprir o que se manda e dá o mandato para que seja eficaz a obediência. Passara já S. Bento 20 anos de suores nas imediações de Subiaco, quando se viu forçado a abandonar aquele berço da sua infância espiritual, devido ás intrigas maquinadas contra ele por clérigos invejosos. desterrou-se voluntariamente, por amor da paz, seguindo os caminhos de Deus. No meio da planície da Campânia ergue-se a montanha de Cassino; para lá sobre o santo e lá funda o mosteiro que será berço e centro da Ordem Beneditina. Em vez do templo de Apolo e Júpiter, levanta outro em honra de S. Martinho e S. João. A graça de Deus acompanha-o e dá-lhe o triunfo sobre as dificuldades que lhe vêm ao encontro. S. Gregório pinta-nos S. Bento como imagem de perfeita justiça: «Estava cheio do espírito de todos os justos». Por isso tinha à sua livre disposição o poder e a sabedoria de Deus. Penetrava no futuro e mudava as forças da natureza. O mesmo Santo explica ao diácono Pedro porque fez S. Bento tantos milagres. «Porque admirar que tivesse o poder divino quem estava iniciado nas intimidades divinas? E como não havia de conhecer os segredos da Divindade, uma vez que observava os seus mandamentos? Pois está escrito: “Quem se une ao Senhor, constitui com Ele um só espírito” (I Cor 6, 17). E parece impossível , quem é um mesmo espírito com outro, deixar e conhecer os seus pensamentos». O mesmo S. Gregório nos conta um facto que revela a sabedoria divina de S. Bento; «À janela invocava a Deus todo-poderoso e, de repente, no meio das trevas viu uma luz que descia do céu e desfazia a noite. Era mais brilhante que o dia mais claro. Nesta visão passou-se uma coisa admirável, porque, segundo ele contava, o mundo inteiro apresentou-se-lhe nos olhos condensado num raio de sol». Se alguém perguntava a S. Gregório como podia o homem ver o mundo inteiro num só olhar, respondia-lhe o santo Doutor: «Para uma alma que vê o Criador, toda a criatura é pequeníssima. Diante da luz divina, o que não é Deus torna-se insignificante; pois – como a claridade da visão interior da alma se dilata e eleva dessa maneira em Deus, que chega a ser superior ao universo – vendo na sua elevação o que fica a seus pés compreende a pequenez do que antes não podia abarcar». Com esta luz, que lhe vinha da união intima com Deus, explicam-se a sublimidade da regra de S. Bento e a sua influência perene na vida de perfeição da Igreja. A regra de S. Bento, obra de carácter legislativo ainda em vigor passados 1400 anos, e fruto dum espírito romano versado em leis, com talento prático e organizador, mas sobretudo dum santo intimamente unido a Deus. Inspirado na Sagrada Escritura , nas obras de S. Basílio, fez uma adaptação pessoal, uma síntese maravilhosamente acomodada ao espírito ocidental. É a Regra da vida cenobitica, quer dizer, vida em comum, e não eremítica, para se adquirir a perfeição do Evangelho. Dois são os gonzos nos quais gira toda a vida comum para S. Bento: a obediência e o trabalho. A primeira exige do súbdito muita fé e muita humildade; do superior, muita caridade e muita prudência. O trabalho há-de ser espiritual e manual; trabalho interior da alma que se santifica com a oração, a meditação e os louvores divinos; trabalho exterior literário ou manual, que obriga rigorosamente o monge. Bossuet chamava à regra de S. Bento «Suma do cristianismo, resumo douto e misterioso de toda a doutrina do Evangelho, das instituições dos santos Padres, de todos os conselhos de perfeição, na qual atingem o seu mais alto apogeu a prudência e a simplicidade, a humildade e o valor, a severidade, a doçura, liberdade e dependência , na qual a correcção encontra toda a firmeza, a condescendência todo o encanto, a voz de comando todo o vigor, as sujeição todo o repouso, o silencio a sua gravidade, a palavra a sua graça, a força o seu exercício e a debilidade o seu apoio». S. Bento morreu pelo ano de 547. Alma pura que, para vencer as seduções da carne, se lançou, nos anos do seu vigor corporal, sobre espinhos, voou para o seu Criador depois de para si abrir o sepulcro, seis dias antes da morte. Fez que o levassem à igreja, recebeu os sacramentos e, encostado aos seus discípulos, morreu para viver eternamente no céu e na terra. Pio XII chamou-lhe pai da Europa; e desta mesma o constituiu Paulo VI patrono em 1964.  Do livro SANTOS DE CADA DIA – WWW.JESUITAS.PT.  Ver também, HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL E WWW.SANTOEBEATI.IT

 

• Olga de Kiev, Santa
Julho 11   -  Grã duquesa

Olga de Kiev, Santa

Olga de Kiev, Santa

Padroeira de conversos e viúvas

Também conhecida como: Olha; Helena; Helga. Foi a primeira cristã que existiu na Rússia. Em 913, desposara o príncipe Igor, Grão-duque de Kiev. Tendo este morrido assassinado (945), ela foi regente durante a menoridade de Svistoslav. Em 957, Olga foi receber o baptismo em Constantinopla. A seu pedido, Otão Magno, imperador da Alemanha, enviou-lhe missionários para a conversão dos Russos, que ainda ofereciam sacrifícios humanos. Todos foram assassinados, menos o chefe, santo Adalberto. Foi S. Vladimiro, filho de Svistoslav, quem impôs aos Russos o cristianismo como religião do Estado (987). Olga morreu em 969.  Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.  Ver também http://es.cathjolic.net/santoral e www.santiebeati.it

 

 

• Marciana de Cesareia de Mauritânia, Santa
Julho 11   -  Mártir

Marciana de Cesarea de Mauritania, Santa

Marciana de Cesareia de Mauritânia, Santa

Santa Marciana, originária de "Rusuccur" (actualmente Tigzirt), na Mauritânia, abandonou valentemente todas as vantagens que procura o mundo para ir a encerrar-se numa cela em Cesareia e guardar intacta sua virgindade, sob o olhar de Deus. Sem embargo, ela acreditou que era seu dever declarar a guerra à idolatria que então reinava em África. Um dia, ao atravessar a praça pública, não pôde suportar ver exposta uma estátua de Diana e partiu-lhe a cabeça. 
Prenderam-na,feriram-na com varas, e, depois, a condenaram a morrer no anfiteatro, rasgada pelos dentes das feras. Quando esperava este último suplício, a entregaram aos gladiadores para que violassem sua castidade, mas Deus não permitiu esta infâmia.
Ao chegar a data do suplício, Marciana foi exposta primeiro a um leão que não lhe causou dano algum; depois, um touro se lançou sobre ela e meteu-lhe os cornos no peito, com o que caiu de bruços sobre o chão, quase sem sentidos. Por último, um leopardo a destroçou e neste tormento expirou.
Os manuscritos das Actas não estão de acordo sobre a data do martírio, 9 de Janeiro, 9 ou 12 de Julho. Barónio, em suas notas no Martirológio Romano, estima que em 12 de Julho marca uma mudança de relíquias e em 9 de Janeiro, o aniversário do martírio. Em 12 de Julho o Martirológio menciona uma santa Marciana, virgem e mártir, em Toledo. Barónio pensa que se trata de santa Marciana de Mauritânia, venerada em Toledo. No breviário moçárabe se encontra um belo hino em sua honra.

Pío I, Santo
Julho 11   -  X Papa

Pío I, Santo

Pío I, Santo

X Papa

Martirológio Romano: Em Roma, comemoração de santo Pío I, papa, irmão de Hermas, autor este de uma obra cujo título é O Pastor, denominação que bem mereceu o santo Pontífice, pois durante quinze anos foi de verdade um bom pastor que guardou a Igreja (155).
Etimologicamente: Pío = Aquele que é piedoso, é de origem latina.

Data de nascimento desconhecida: nomeado Papa desde o ano 140 até 154. De acordo com a lista mais antiga do Papado, dado por Ireneu, Pío foi o nono sucessor de S. Pedro. O único dado cronológico que possuímos é suposto pelo ano da morte de S. Policarpo de Esmirna, o qual está referido com grande certeza no ano 155-6.
Em sua visita a Roma no ano anterior à sua morte, Policarpo se apresentou ante Aniceto, o sucessor de Pío. Bispo dali. Por consequência a morte de Pío deve ter ocorrido cerca do ano 154. O "Liber Pontificalis" diz que o pai de Pío era Rufino e o declara nativo de Alquileia, sem embargo é provavelmente uma conjectura de autor que havia escutado de Rufino de Alquileia.
Durante o pontificado de Pío, a Igreja Romana, foi visitada por vários hereges, que buscavam propagar suas falsas doutrinas entre os fieis desta capital. O gnóstico Valentim que havia feito sua aparição durante o pontificado do Papa Higinio, continuou mostrando essas heresias, aparentemente não sem êxito. O gnóstico Cerdos esteve activo também en Roma, neste período, durante o qual Marción chegou à capital. Excomungado por Pío, foi o último fundador desta doutrina herética. Também mestres católicos visitaram a igreja romana, o mais importante foi S. Justino, que expôs os ensinos cristãos, durante o pontificado de Pío e o de seu sucessor.
Desta maneira, adquire uma grande actividade a comunidade cristã de Roma, a qual é claramente visitada como o centro da igreja. O "Liber Pontificalis" fala da decisão deste Papa de que os judeus convertidos ao cristianismo deveriam ser admitidos e baptizados. Não sabemos que quer dizer com isto, sem dúvida aqui o autor de "Liber pontificalis", como quase sempre, refere ao Papa um decreto válido na igreja de seu próprio tempo.
Uma tardia lenda, se refere à fundação de duas igrejas, a "titulus pudentis" (ecclesia Pudentiana) e a "titulus Praxedis", do tempo deste Papa, do qual se supõe também, que construiu um baptistério perto e haver exercido funções episcopais ali. Sem embargo esta lenda, não tem credibilidade histórica. Estas duas igrejas vieram a existir no século IV, e é possível que elas substituíram as casas cristãs nas quais os fieis de Roma se reuniam para os serviços divinos antes do tempo de Constantino. 
A lenda sem embargo pode não estar afastada, em suas provas deste facto. Em muitos escritos posteriores (ex.. Liber Pontificalis) o "Pastor" ou "Shepherd" no trabalho de Hermas, e desde o posto de Pastor e Bispo Romano lhe é assinalado um importante papel na fundação dessas igrejas.

http://es.catholic.net/santoral  -  www.santiebeati.it  e  livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

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