• Norberto, Santo
Junho 6 - Bispo
Norberto, Santo
Norberto nasceu em Santen, pertencente ao ducado de Cleves, Alemanha, no ano de 1080, de ilustre família, aparentada com os Imperadores. Seu pai tinha um castelo com terras e vassalos. Norberto recebeu educação esmerada. Ficou sendo apreciado pelos conhecimentos literários, pela graça da conversa, pela grandeza de alma e pelas maneiras aristocráticas. Foi agraciado com uma conezia que o ligou ao estado religioso, e até recebeu ordens menores e subdiaconado; mas daqui não quis passar, porque o atraía mais o mundo que a Igreja. Assistia a todas as festas da corte com os cabelos perfumados, um colar de ouro ao pescoço, um manto de seda e arminhos. O Imperador Henrique V nomeou-o capelão e a seguir ofereceu-lhe o bispado de Cambraia, mas Norberto negou-se a aceitá-lo. Passou a juventude, segundo frase sua, «como cidadão de Babilónia, escravo do prazer e prisioneiro dos seus caprichos». Em 1114, quando tinha 34 anos de idade, continuava na inconsciência da vida dos sentidos quando se dirigiu a Freten, aldeola da Vestefália, acompanhado por um criado. De repente, rompe uma violenta tempestade e cai um raio aos pés do cavalo que montava, abrindo-se grande fosso na terra, no qual por pouco ficou sepultado. Quando, passada uma hora, voltou a si, ainda se notava o cheiro a enxofre. Mudança completa se realizou no cavaleiro, como outrora em Paulo. Voltou ao palácio, deixou para sempre os vestuários preciosos, vestiu-se de um tecido de cilício e começou a vida rígida e austera de asceta. Ordenou-se sacerdote, vendeu o castelo que herdara dos pais e distribuiu entre os pobres as riquezas, conservando para si dez moedas de prata. Mesmo esta insignificância lhe pareceu desconfiança na Providência e por isso desfez-se delas. Desde agora será apenas o pregador da pobreza e da austeridade evangélica. Como missionário, caminha sempre descalço, vive de esmolas, dorme nos hospitais e nos mosteiros, e troveja contra os vícios, especialmente contra a simonia. Quatro anos levava de pregações apostólicas pelas margens do Reno e das províncias de França, quando em Valenciennes se lhe uniu Hugo, capelão do bispo de Cambraia. Ficam sendo já dois os missionários. Um dia detém-se Norberto ao lado de Soissons, num valezinho de difícil acesso e de aparência desolada. Dizem-lhe que aquele lugar se chama Praemonstratum. «É o lugar do meu descanso e o porto da minha saúde». No meio do bosque havia uma capela com uma imagem de S. João Baptista. Norberto ficou lá com o seu companheiro Hugo. Vieram mais colegas, construiu-se à volta da capela e assim ficou constituído, no Natal de 1121, o primeiro mosteiro de cónegos regulares premonstratenses. O Fundador deu-lhes hábito branco, colocou-os sob a regra de Santo Agostinho e mandou-lhes viver como monges e servir ao próximo como clérigos. S. Norberto prosseguiu as suas excursões apostólicas pela Bélgica, Alemanha e França. Em 1126 prega em Espira e aclamam-no como bispo de Madgeburgo; não pôde resistir à vontade de Deus, manifestada pelo Imperador e pelo papa. Fez a entrada triunfal na diocese, montado num burro. Continuou sempre a andar descalço e impondo agora como bispo, a moral cristã, com o exemplo e a palavra. Ao cabo de doze anos de pontificado, estava o seu corpo esgotado. Passou na cama quatro meses e morreu a 6 de Junho de 1134. A sua juventude longínqua – tinha 54 anos – chorava-a como perdida nas amargas alegrias do mundo, mas consolava-se com o fervor dos discípulos que deixava atrás de si, cheios de entusiasmo pela penitência e pelo apostolado. www.jesuitas.pt. Ver também http://es.catholic.net/santoral
• Marcelino Champagnat, Santo
Junho 6 - Fundador
Marcelino Champagnat, Santo
Fundador da Sociedade de María
Marcelino Champagnat nasceu em Marlhes, freguesia rural da diocese francesa de Lião, que se ergue sobre o planalto de Pilar, entre Saint-Etienne e Le Puy, a 20 de Maio de 1789, ao tempo em, que as vitórias da águia napoleónica entusiasmavam a nação inteira. À simplicidade agreste da serra, por onde Marcelino passa os dias como pastor dum pequeno rebanho, chega o eco esbatido de Austerlitz e de Iena. mas a família é humilde. Habituada ao trabalho duro da gente do campo e não sente necessidade de muitos estudos. Enviado pelo Arcebispo à busca de aspirantes ao seminário, passa pela terra o Padre Duplaix, que fala ao rapaz de quinze anos na vocação ao sacerdócio. Abrem-se as portas do Seminário, primeiro em Verrières, depois em Lião. Passaram onze anos. À ordenação sacerdotal de 22 de Julho de 1816 sucede a nomeação para coadjutor da paróquia de La Valla. Quando ainda se debruçava sobre os livros de teologia, impressionado pelos muitos pontos fracos que na prática do cristianismo, em época de subversões e paixões politicas, como as da França em princípios do século XIX, costumam aflorar, concebeu com alguns colegas o projecto de fundar uma Sociedade de sacerdotes que, sob a protecção de Nossa Senhora, se dedicasse às missões paroquiais e à educação da gente nova. Para se ocuparem exclusivamente neste segundo ponto, lembrou Marcelino a conveniência dos Irmãos nesta Sociedade. A ideia ficou-lhe na alma. Antes de partir para La Valla, dois dias depois de ordenado sacerdote, passa pelo santuário de Fourvière e, consagrando toda a vida à Mãe de Deus, confia-lhe a intenção de fundar um Instituto de Irmãos, cujo fim especifico fosse o ensino e a educação cristã da infância e da juventude. Uma placa de bronze, colocada à direita do altar, recorda este facto e assinala o lugar onde nasceu a Sociedade de Maria. Passam alguns meses. É o encontro de uma noite – com um rapaz de 16 anos, moribundo, ignorante das mais fundamentais verdades da fé – que o decide a começar sem demora a realização do sonho que vinha acalentando desde os tempos de seminarista. Colaboradores? Para começar, dois jovens paroquianos que lhe aceitam a proposta. Morada? Uma casa em ruínas, situada na colina fronteira, não longe da residência paroquial, adquirida com dinheiro emprestado. Onde dormir? Em duas camas de madeira fabricadas pelo coadjutor de La Valla. Meios de subsistência? A indústria caseira de pregos, bastante geral na região. Foi isto no dia 2 de Janeiro de 1817. Temeridade e imprudência? Não importavam as críticas maldizentes e destrutivas, porque tudo se esvai. Que pode faltar-nos…? – perguntava M. Champagnat aos poucos membros do seu Instituto. Ainda que o mundo se voltasse todo contra nós, nada devemos temer porque Deus está do nosso lado. Por onde começar? Pela adaptação ás circunstâncias, encarando as dificuldades à medida que se apresentam. Antes de mais, os lugarejos escondidos nas vertentes das montanhas, onde a pequenada, em tempo de chuva, não sabe o que há-de fazer. Vão-se os Irmãos, dois a dois, e ensinam a ler, escrever e contar, explicam o Catecismo e habituam-se a não dizer «não» às obras de Deus. Abram-se mais os horizontes: sem deixar as crianças da aldeia, não se percam de vista as terras de missão. Torna-se necessária a assistência mais assídua do Fundador na comunidade? Pois bem, pede dispensa do trabalho paroquial de La Valla. Já não basta a primeira casa para abrigar as vocações que Deus lhe envia? Adquire-se um terreno nas margens do rio Gier e levanta-se o eremitério de Nossa Senhora que seria o centro do Instituto durante mais de trinta anos, e guardaria os restos mortais de M. Champagnat quando, a 6 de Junho de 1840, depois de recomendar aos seus fidelidade, amor mútuo e devoção à Padroeira do Instituto, morreu… Estavam abertas quarenta casas e passavam de duzentos os Irmãos Maristas. Como reacção contra os erros da Revolução Francesa, Marcelino Champagnat recebera de Deus a missão que muito bem descreveu Bento XV: pôr de sobreaviso o mundo «contra os falsos profetas. Eram profetas que se apresentavam como defensores dos direitos do povo, anunciando uma era de liberdade, de fraternidade e de igualdade; mas quem não os reconheceria disfarçados, à maneira de lobos vestidos de ovelhas?» Toda a actividade da Congregação se inspira neste conselho do Fundador: «Lembrai-vos que Maria é a nossa Mãe, o nosso Modelo e a nossa Primeira Superiora». Marcelino Champagnat foi beatificado a 29 de Março de 1955, por Pio XII. porque ele disse: «Todas as dioceses do mundo estão no nosso pensamento», os seus filhos professos são hoje uns 7 000, distribuídos pelos vários continentes. Em Portugal entraram em 1947, têm a casa provincial em Lisboa, ensinam alunos externos em Lisboa, Porto e Carcavelos, têm casa de formação para o Instituto em Ermesinde, Chaves e Vouzela. Os prédios que tinham em Angola e Moçambique foram nacionalizados. Paulo VI dizia, em 1973, a um grupo internacional de Irmãos: «O Instituto Marista, por ser dedicado ao ensino, e Nós sabemos com que êxito, faz jus ao agradecimento dos bons, ao encorajamento dos que realmente desejam a educação da juventude». www.jesuitas.pt e http://es.catholic.net/santoral
• Guido Maramaldi, Santo
Junho 6 - Confessor
Guido Maramaldi, Santo
Confessor
Etimologicamente significa “o que guia e conhece todos os caminhos”. Vem da língua alemã.
¡Que se regozije o coração simples! ¡Ditoso quem tenha um coração de criança! Todas as realidades de Deus estão nele.
Guido foi um confessor do século XIV. Pertencia a uma família de Nápoles de origem nobre. Eram quatro irmãos, e em todos eles brilhava a flor da simplicidade, um dos dons grandes que Deus concede às pessoas que querem sê-lo.
Um foi um soldado valoroso; outro, um brilhante homem de governo e primeiro ministro de Nápoles; o terceiro foi um arcebispo exemplar de Bari e, mais tarde, chegou a ser cardeal da Igreja.
O menos brilhante aos olhos do mundo, era Guido. Escolheu o caminho da humildade em lugar do caminho da ambição.
Entrou muito jovem na Ordem dos Dominicanos. Encontrou dificuldades para entrar por motivos de saúde, muito mais que por causas familiares.
Uma vez que entrou na Ordem, revelou-se como um dominicano de primeira linha na pregação – o típico desta Ordem – e por sua virtude.
Foi o mestre do convento napolitano; depois foi missionário para terras do Sul.
Em Sicília adquiriu uma fama sensacional como um comunicador claro.
Todo o mundo que o escutava, entendia tudo. Sabia adaptar-se aos ouvintes com a linguagem adequada.
Em Ragusa fundou um novo convento. Foi nomeado pela Santa Sede Inquisidor da fé em Nápoles. O exerceu com prudência. Morreu no ano 1309.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários ao P. Felipe Santos: al Santoral">al Santoral">al Santoral">fsantossdb@hotmail.com
• Inocêncio Guz, Beato
Junho 6 - Mártir
Inocêncio Guz, Beato
Nasceu em Leopoli (Polónia), em 18 Março de 1890
Sacerdote professo entre os Conventuais Franciscanos, colaborava também com São Maximiliano Kolbe em Grodno e Niepokalanów, confessor de seus co-irmãos e dos noviços, admirado por sua paciência «angelical».
Preso no começo de Abril de 1940, foi deportado para o campo de concentração de Sachsenhausen, onde morreu em 6 de Junho de 1940 assassinado pelos guardas do campo.
Em 13 de Junho de 1999, o papa João Paulo II beatificou, em Varsóvia, a 108 mártires da última Guerra Mundial na Polónia.
• Alejandro de Fiésole, Santo
Junho 6 - Bispo
Alejandro de Fiésole, Santo
Na região de Bolonha, na Emília, trânsito de santo Alexandre, bispo de Fiésole, o qual, de regresso da cidade de Pavia, a que havia ido para reclamar ante o rei dos longobardos os bens de sua igreja, retidos por usurpadores, estes o afogaram atirando-o a um rio.
• Paulina de Roma e família, Santos
Junho 6 - Mártires
Paulina de Roma e família, Santos
A existência da mártir santa Paulina está fora de toda a dúvida, já que é mencionada em muitas hagiografias antigas, junto com Artémio e Cândida.
Se comemora em 6 de Junho no Martirológio Romano, baseando-se na "Paixão de Pedro e Marcelino" que conta que: Artémio era o guarda de prisão romana onde estavam prisioneiros dois cristãos e futuros mártires chamados Pedro e Marcelino. Artémio tinha uma filha chamada Paulina que estava possuída pelo demónio.
Pedro prometeu a libertação de sua filha se se convertessem ao cristianismo, Artémio se negou já que pensava que o santo mártir estava louco. Mas depois de presenciar um milagre se converteu junto com sua esposa Cândida e sua filha Paulina que foi curada.
Denunciado como cristão ante o juiz Sereno, Artémio foi sentenciado a morrer, junto com sua família, na Via Aurélia. As 2 mulheres, Cândida e Paulina, foram lançadas a uma fossa e logo enterradas sob uma massa de pedras, enquanto Artémio foi executado com uma espada.
Logo se assinala que Artémio e Paulina foram enterrados na Basílica de São Pancrácio na Via Aurélia e Cândida foi enterrada numa igreja da via Portuense.
SÃO FILIPE
Diácono
São Filipe era um dos sete primeiros diáconos e aquele que, nos Actos dos Apóstolos, é nomeado imediatamente depois de Santo Estêvão. É também chamado evangelista por S. Lucas, pois pregou em muitos lugares, com fervor e resultado extraordinário, o Evangelho. É ainda por este motivo que Santo Ambrósio, Santo Agostinho e Tertuliano lhe dão a qualidade de apóstolo, ainda que ele não seja um dos doze que Nosso Senhor escolheu. Depois do martírio de Santo Estêvão, saiu de Jerusalém e foi para a Samaria, a fim de aí anunciar a vinda do Filho de Deus e trabalhar na conversão dos infiéis. A sua palavra foi acompanhada de grandes milagres; libertou muitos possessos e curou grande número de coxos, paralíticos e outros doentes. os samaritanos escutaram-no com extremo interesse, e muitos deixaram a sua falsa religião, judaico-pagã, para abraçarem a verdadeira. Simão, o Mago, que até então os havia enganado pelos seus prodígios, chamando-se a Grande Virtude de Deus, entrou no número dos convertidos e recebeu o baptismo. Sendo necessário confirmá-lo a outros, S. Pedro e S. João dirigiram-se para a Samaria. O Espírito Santo desceu de maneira visível. Simão teve ardente desejo de receber o poder miraculoso; encontrando S. Pedro e S. João, ofereceu-lhes avultadas quantias. Mas S. Pedro censurou-o severamente e ameaçou-o com um castigo terrível de Deus, se porventura não fizesse penitência. Em seguida, Filipe recebeu ordem de um anjo para sair da Samaria e ir pelo caminho que conduz de Jerusalém a Gaza, ao lugar onde o Espírito Santo o conduzisse. Partiu e numa carruagem viu um homem que voltava de Jerusalém e lia o profeta Isaías. Era um eunuco, ou um dos primeiros ministros de Candace, rainha da Etiópia, que viera adorar a Deus em Jerusalém. Então, o Espírito que conduzia Filipe disse-lhe: «Aproxima-te desta carruagem e junta-te ao homem que nela vai». Aproximou-se e notou que ele lia esta passagem do capítulo 53: «Foi entregue à morte como ovelha e como cordeiro que não grita entre as mãos daquele que o tosquia; ele não abre a boca; pela sua humildade foi julgado contra toda a espécie de justiça. Quem é que poderá contar a sua geração?» Perguntou ao eunuco se entendia bem o que lia. Este respondeu-lhe que não era bastante esclarecido para o entender sem que ninguém lho explicasse; e notando nele alguma coisa de divino, pediu-lhe que o acompanhasse na carruagem, a fim de lhe descobrir o sentido, dizendo-lhe: «De quem fala este profeta, dele mesmo ou doutro?» S. Filipe explicou-lhe os mistérios do Filho de Deus e da sua missão entre os homens, da sua paixão e morte, da necessidade de crer n’Ele e de ser baptizado em seu nome para ser salvo. A graça concorreu com a palavra do grande evangelista, e tocou tão no íntimo do coração deste infiel que, tendo avistado uma fonte à borda do caminho, diz a Filipe: «Eis aqui a água, que impede que eu seja baptizado?» «Se vós credes de todo o coração em Jesus Cristo, responde o santo, nada o impede». Assim, desceram ambos da carruagem e Filipe baptizou o eunuco. Após esta celebração, um anjo arrebatou-o e o eunuco nunca mais o viu; mas persuadiu-se de que este homem lhe fora enviado extraordinariamente por Deus para o pôr no caminho da salvação. Filipe foi levado para Azot, no país dos Filisteus, e continuou a pregar em todas as cidades da região, até que chegou enfim a Cesareia da Palestina, sua terra natal. A mulher, que ele tinha antes de ser chamado à escola de Nosso Senhor, de quem era discípulo, deixara-lhe quatro filhas; passou o resto da vida em companhia delas. Teve a honra de receber em sua casa S. Paulo, na viagem, que fazia da Ásia para Jerusalém. Afirma uma tradição grega que este feliz discípulo foi bispo dos Tralianos, na Ásia Menor, na Província da Lídia. Outra tradição narra que fez uma viagem à Abissínia para aí anunciar o Evangelho. Estes povos invocam-no de modo muito particular. www.jesuitas.pt
http://es.catholic.net/santoral e www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca
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