domingo, 8 de maio de 2011

Nº 913-2 - A RELIGIÃO DE JESUS - 8 DE MAIO DE 2011

 
913-2
 
Do livro A Religião de Jesus, de José Mª CastilloComentário ao Evangelho do diaCiclo A (2010-2011)Edição de Desclée De BrouwerHenao, 648009 Bilbaowww.edesclee.cominfo@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca
 Estrela O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, directamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos,  (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente.AF.
 
 
8 de Maio – 3º DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
 
Lc 24, 13-35
 
Nesse mesmo dia, dois deles iam a caminho de uma aldeia chamada de Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios, e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. Enquanto conversavam e discutiam, acercou-se deles o próprio Jesus e pôs-Se com eles a caminho; os seus olhos porém, estavam impedidos de O reconhecerem. Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto andais?» Pararam entristecidos, e um deles, de nome Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!» Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo; como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram, para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele Quem libertasse Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia em que se deram estas coisas… Verdade é que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro, de madrugada, e não Lhe achando o corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos que afirmavam que Ele vivia. Então um dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres haviam dito. Mas a Ele , não O viram». Jesus disse-lhes então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito em crer em tudo quanto os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na Sua glória»? E, começando por Moisés e seguindo por todos os profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. Os outros porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso». Entrou para ficar com eles; e, quando Se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um ao outro: «Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras»? Partiram imediatamente, voltaram para Jerusalém e encontraram reunidos os onze e os seus companheiros, que lhes disseram: «Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».! E eles contaram, o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer ao partir do pão.
 
1. No relato, além da afirmação de que Jesus havia ressuscitado, destacam-se dois temas fundamentais: 1) O facto de reconhecer a Jesus vivo e presente na actualidade. Há gente que está como cega para se dar conta de que Jesus vive e segue presente na vida. Porquê? 2) A importância que tem a Eucaristia para poder reconhecer a Jesus. Muitos cristãos vão à missa e saem dela como entraram; tão cegos para ver a Jesus e como é Jesus.
 
2. O relato diz que, quando Jesus se aproximou dos dois discípulos, “seus olhos não eram capazes de o reconhecer” (Lc 24, 16). O texto utiliza o verbo epignóskô, que aqui significa não só “reconhecer”, mas também “ver” ou “dar-se conta” (W. Hackenberg). Mas o evangelho diz que os olhos daqueles dois homens estavam “retidos” ou “enfeitiçados” (ekratoûnto) (como em Act. 2, 24) precisamente para se dar conta de que era Jesus quem estava junto deles. Porque haviam perdido a ilusão e a esperança. Não suportaram o fracasso de Jesus. E o deles com o de Jesus: “Nós esperávamos…” (Lc 24, 21). Já não esperavam nada. Assim, não podiam ver a Jesus.
 
3. Como se lhes abriram os olhos e se deram conta de que Jesus estava com eles? (Lc 24, 31). Ao compartilhar a mesa, ao partir e compartilhar o pão. No facto tão profundamente humano da “ceia que recria e enamora” (S. João da Cruz). Eles haviam procurado em Jesus o profeta poderoso (Lc 24, 19); acreditavam no poder. E encontraram a Jesus no ser humano que partiu o pão com eles. A religião de poder e o boato cega quando se trata de ver a Jesus. A experiência humana da mesa compartilhada abre os olhos para descobrir a Jesus.

Compilação por
António Fonseca

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