• Estanislao de Cracóvia, Santo
Abril 11 Bispo E Mártir
Estanislao de Cracóvia, Santo
Bispo E Mártir
A história recorda o rei Boleslao II de Polónia (1058-1079) por suas vitórias militares que consolidaram seu jovem Estado e o ampliaram, pela valorização das terras que ele promoveu com uma nova organização territorial, e pelas reformas jurídicas e económicas. Mas o primeiro historiador polaco, Vicente Kadlubeck, deste rei recorda também as graves injustiças e a conduta. Mas em seu caminho Boleslao se encontrou com um severo censor. Como Juan Bautista a respeito de Herodes, o valente bispo de Cracóvia, Estanislao, levantou a voz, admoestando o poderoso soberano sobre o dever de respeitar os direitos alheios.
Estanislao nasceu em Szczepanowski (Polónia) no ano 1030, de pais bem pobres. Fez seus primeiros estudos com os beneditinos de Cracóvia, e depois os aperfeiçoou na Bélgica e em París. Quando regressou à pátria, se distinguiu por seu zelo e pelas benéficas iniciativas que realizo com caridade e inteligência. Morto o bispo de Cracóvia, o Papa Alejandro II o nomeou seu sucessor. Sua nomeação foi promovida não só pelo povo e o clero, mas também pelo próprio Boleslao II, que nos primeiros anos colaborou na obra de evangelização de toda a região e na formação do clero local, secular, que pouco a pouco deveria ocupar o posto dos monges beneditinos na administração da Igreja polaca.
A boa harmonia entre o bispo e o soberano durou até quando o valente Estanislao teve que antepor seus deveres de pastor à tolerância para com as faltas do amigo, pois a reprovável conduta do soberano podia fomentar os maus costumes dos súbditos.
Estanislao de Cracóvia, Santo
Com efeito, as crónicas do tempo narram que o rei se enamorou da bela Cristina, esposa de Miecislao e, sem pensar duas vezes, a fez raptar com grave escândalo para todo o país. Estanislao o ameaçou com a excomunhão e depois o excomungou; então o rei Boleslao se enfureceu e ordenou assassinar a Estanislao em Cracóvia, na igreja de santa Matilde, durante a celebração da missa. Parece que o horrível “assassinato na catedral” o cometeu o próprio soberano, depois dos guardas se virem obrigados a retirar-se por uma força misteriosa. Era em 11 de Abril de 1079.
Desde o próprio dia de seu martírio, os polacos começaram a venerá-lo.
Santo Estanislao foi canonizado em 17 de agosto de 1253 na basílica de são Francisco de Assis, e desde então se difundiu seu culto em toda Europa e América.
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• Gema Galgani, Santa
Abril 10 - Virgem
Gema Galgani, Santa
Virgem
A história desta santa, tão próxima de nós pelo tempo (1878-1903) e pelos costumes da vida quotidiana, tem coisas incríveis pelos fenómenos místicos de que foi protagonista.
Em certos períodos de sua atormentada vida suportou vexames de toda classe. O demónio lhe aparecia até sob a figura do confessor para lhe sugerir obscenidades. Outras vezes lhe aparecia como um anjo luminoso; quando se via desmascarado, desaparecia numa grande chama vermelha deixando no chão uma estrela de cinza. Às vezes a golpeava e a deixava exânime no solo, onde a encontravam com o rosto tumefacto e com os ossos deslocados.
Mas a animava a miúdo a companhia de Cristo, da Virgem e de seu anjo custódio. Assim narrou ela mesma, por obediência, os acontecimentos que precederam o misterioso fenómeno dos estigmas: “Era a noite de 8 de Junho de 1899, quando de repente sinto uma dor interna de meus pecados... Apareceu Jesús, com todas as feridas abertas; mas dessas feridas já não saía sangue, mas que saiam, umas como chamas de fogo, que vieram a tocar minhas mãos, meus pés e meu coração. Acreditei morrer...”.
As chagas que se haviam aberto apareciam cada semana das oito da noite de quinta-feira até às três da tarde de sexta-feira, acompanhadas com o êxtase. Ante estes fenómenos misteriosos, que foram cedo motivo de curiosidade dos vizinhos de Lucca onde vivia Gema, a gente começou a chamá-la: “a menina da graça”. Era uma jovenzita crescida rapidamente e amadurecida pela experiência da dor.
Era filha de um farmacêutico da província de Lucca, e quando tinha oito anos perdeu a mãe. Cuidaram dela os sete irmãos. Poucos anos depois morreu também o pai e ela, curada prodigiosamente de uma grave enfermidade que a atormentava, pediu entrar ao convento, mas sua petição foi recusada. Foi recebida em casa do cavaleiro Mateo Giannini, e ali levou uma vida muito retirada, serena e obediente às directivas do pai espiritual e das Irmãs passionistas que se preocuparam dela. Debaixo das luvas e do modestíssimo vestido ocultava os sinais de sua participação na paixão de Cristo.
Entretanto as manifestações de sua santidade haviam superado os limites do bairro e da cidade. Muitos, que haviam ido a sua casa movidos pela curiosidade, saíam transformados em seu espírito. A enfermidade óssea que a havia atacado desde muito jovem voltou a aparecer e a fazia sofrer atrozmente. Compreendeu que seu calvário estava por terminar. Mas em sua humildade não acreditava haver pago suficientemente com a moeda do sofrimento o privilégio de haver sido associada à paixão de Cristo.
Morreu aos 25 anos, em 11 de Abril de 1903. era a manhã de sábado santo.
Canonizada por S.S. Pío XII em 2 de Maio de 1940.
ORAÇÃO
Aqui me tendes prostrada a vossos pés santíssimos, meu querido Jesús,
para manifestar-vos em cada instante meu reconhecimento e gratidão por tantos e tão contínuos favores
como me haveis outorgado e que todavia quereis conceder-me.
Quantas vezes vos tenho invocado,
¡oh Jesús!
me haveis deixado sempre satisfeita; hei recorrido a miúdo a Vós, e sempre me haveis consolado.
¿Como poderei expressar-vos meus
sentimentos, amado Jesús?
Vos dou graças…; mas outra graça quero de Vós,
¡oh Deus meu!, se é de vosso agrado…
(aqui se manifesta a graça que se deseja conseguir).
Se não fosseis todo poderoso não Vos faria esta súplica.
¡Oh Jesús!, tende piedade de mim. Faça-se em tudo vossa santíssima vontade.
Rezar Pai nosso, Avé María e Glória.
• Elena Guerra, Beata
Abril 11 - Virgem
Elena Guerra, Beata
Fundadora das Oblatas do Espírito Santo
Elena nasceu em 23 de Junho de 1835.
Uma data marcaria sua vida: em 5 de Junho de 1845, data de sua Confirmação. A preparação para este sacramento e a vivência da presença do Espírito significaram, para aquela menina de dez anos, um passo decisivo na sua espiritualidade, que jamais olvidaria.
E, para conhecer mais e melhor ao Espírito Santo, começou a ler assiduamente a Sagrada Escritura e os Santos Padres, na língua em que por então podiam ler-se: o latim.
Em 1872, depois de uma enfermidade, que a reteve em casa durante anos, e de uma peregrinação a Roma, fundou a «Congregação de Santa Zita», sem um projecto claro de vida comunitária, para a formação de meninas y jovens.
A aluna mais famosa do colégio das «zitinas» de Luca foi Gema Galgani - (ver biografia anterior). Mais tarde quando se decidiram a vida em comum, vestiram o hábito religioso e redigiram as Constituições, receberam a aprovação do bispo diocesano, monsenhor Ghilardi.
Assim nasceu a Congregação das Oblatas do Espírito Santo. Elena descobriu a importância da «boa imprensa», e a escrever folhetos e folhas soltas dedicou todo o tempo que lhe deixava o governo de sua congregação, e todo o dinheiro que pôde conseguir de sua família.
Seus escritos tinham um destinatário quase fixo: a mulher em seus distintos estados de vida. Os temas eram vários, ainda que pouco a pouco foi-se desencantando pelo que constituiria o principal objectivo de sua vida e de seu apostolado: o Espírito Santo.
A iniciativa da Beata Elena Guerra em finais do século dezanove, o Papa León XIII pediu a todos os fieis que celebrassem uma novena solene (9 dias de oração) perpetuamente entre a Ascensão e Pentecostes pela unidade da cristandade.
Morreu recusada, caluniada e incompreendida em 11 de Abril de 1914.
Em 26 de Abril de 1959 João XXIII a proclamou beata e apóstola do Espírito Santo.
BENIGNÍSSIMO JESÚS
Benigníssimo Jesús,
mandai-nos vosso Espírito com sua Luz,
para que sejais melhor conhecido.
Mandai-nos com seu Fogo,
para que sejais mais amado.
Mandai-nos com seus Dons
para que sejais verdadeiramente imitado.
Ámen.
Oração escrita pela Beata Elena Guerra
• Calínico, Santo
Abril 11 - Bispo
Calínico, Santo
Bispo
Etimologicamente significa “o que alcança uma bela vitória. Na mitologia, sobrenome de Heracles. Vem da língua grega.
Rezando, te surpreenderás às vexes ao dizer: ”Meu pensamento se perde, meu coração se dispersa”. O Evangelho te responde: “Deus é maior que teu coração”. Em todo momento, abandona-te de corpo e de espírito. Confia-lhe tudo o que te pesa. Atreve-te a dizer-lhe: ”Concede-me o dar-me”. Com outros, canta-lhe até descobrir o desejo de Deus.
Morreu em 1868. Este santo, de nome raro, foi um grande confessor.
Depois de fazer seus estudos numa escola greco-romena de Bucareste, pensou muito a sério onde estaria o futuro de sua vida.
E, após muitas horas de reflexão, oração e contemplação, se decidiu por entrar no mosteiro de Tchernica.
Cedo, levado por seus ideais de vocação, se distinguiu por seu zelo ascético.
Quando viram suas boas disposições, o ordenaram de sacerdote. A partir deste instante, se dedicou ao ministério da confissão com toda sua alma.
Confessava a laicos e sacerdotes de todos os arredores. Depois de levar a cabo uma peregrinação ao Monte Atos, teve que suportar muitas dificuldades devidas, em grande parte, a insurreição de 1821.
Muitos habitantes de Bucareste, temendo a repressão dos Turcos, se refugiaram em seu mosteiro.
Fez todo o possível para lhes dar alimento. Sabia que Deus é maior que ele.
Com o tempo, o mosteiro teve em seu interior até 30 monges. A rogos do príncipe Barbu Stibei, aceitou ser bispo de Rimmi-Vilcea, onde restaurou igrejas e deu um claro dinamismo chave em seus assuntos pastorais, animando-os a levar uma vida espiritual inspirada no ideal monástico.
¡Felicidades a quem leve este nome!
• Angelo Carletti de Chivasso, Beato
Abril 11 - Franciscano
Angelo Carletti de Chivasso, Beato
Nascido no ano 1411 em Chivasso, diocese de Ivrea, Itália.
Estudou leis em Bolonha, e exerceu em Monferrato.
Foi eleito senador, mas abandonou sua função e seu trabalho para se unir aos franciscanos em Génova.
Notável teólogo. Foi Núncio Papal para S.S. Sixto IV e também para o Papa Inocêncio VIII.
Pregava contra os prestamistas e usurários.
Escrito "Casos de Consciência", um dicionário de teologia moral.
Entrou ao reino dos céus em 11 de Abril de 1495 em Coni, Itália.
Seu culto foi confirmado pelo Papa Bento XIV.
• Sinforiano Ducki, Beato
Abril 11 - Mártir
Sinforiano Ducki, Beato
Nasceu em 10 de Maio de 1888 em Varsóvia. No baptismo, em 27 de Maio, recebeu o nome de Félix. Frequentou a escola elementar na nativa Varsóvia. Quando em 1918 os capuchinhos regressaram a seu convento próprio, abandonado com a supressão czarista de 1864, Félix Ducki, que de tempo atrás sentia a vocação, se uniu a eles, primeiro ajudando simplesmente a reorganização do convento e mais tarde como postulante. Em 19 de Maio de 1920 começou o noviciado en Nowe Miasto com o nome de frei Sinforiano. Terminado o ano de noviciado se dedicou ao serviço fraterno nos conventos de Varsóvia, de Lomza e de novo em Varsóvia (desde o 27 de Maio de 1924), até à profissão solene, em 22 de Maio de 1925.
Em Varsóvia desempenhou primeiro o oficio de irmão esmoler, preocupando-se sobretudo de recolher ofertas para a construção do Seminário Menor de São Fidel. Depois foi nomeado irmão sócio do padre Provincial.
De carácter sociável, simples, cortês e amigável, facilmente conquistava a simpatia do povo e novos amigos para a Ordem. Não obstante sua vida tão activa no meio da gente, não perdeu nunca o espírito interior, distinguindo-se por sua oração devota e fervorosa. Era conhecido e estimado pelos habitantes da capital e o chamavam "padre" ainda que não era sacerdote.
Ao sobrevir a II Guerra mundial se esforçou para que não faltasse o necessário nem a seus irmãos frades nem aos demais pobres, até 27 de Junho de 1941, dia em que a Gestapo prendeu a todos os 22 capuchinhos do convento da capital. Num primeiro momento frei Sinforiano foi internado na prisão de Pawiak, e logo, em 3 de Setembro, no campo de concentração de Auschwitz. De constituição robusta, sofreu mais que os outros a fome e as perseguições, suportando tudo em silêncio. as míseras rações que recebiam não cobriam nem sequer a quarta parte da necessidade do organismo de um homem normal. Depois de sete meses foi condenado a uma morte lenta.
Uma tarde, enquanto os custódios do campo haviam começado a assassinar prisioneiros de um modo bestial, destroçando-lhes a cabeça com garrotes, frei Sinforiano teve a valentia de fazer sobre os caídos o sinal da cruz. A testemunha ocular e companheiro de prisão César Ostankowicz declara que houve um momento de aturdimento e surpresa, ao que seguiu a ordem de bater com pauladas a Sinforiano. Um golpe na cabeça o fez cair ao solo entre os esbirros e os prisioneiros. Pouco depois teve forças para levantar-se e fazer de novo o sinal da cruz. Foi então quando o assassinaram. Era 11 de Abril de 1942. A morte de frei Sinforiano pôs fim à tremenda matança que os soldados estavam perpetrando, e uns quinze prisioneiros se salvaram assim da morte. Estes, com grande veneração, carregaram a frei Sinforiano no carro que o levaria, com os demais cadáveres, ao forno crematório.
Com seu martírio frei Sinforiano demonstrou heroicamente sua fé na Trindade, e salvou de uma morte segura a um grupo de companheiros de prisão.
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Sancha de Portugal, Beata
Sancha de Portugal, Beata
Virgem
Martirológio Romano: Em Coimbra, cidade de Portugal, beata Sancha, virgem, filha do rei Sancho I, que fundou o mosteiro de Cellis (Chelas) de monjas cistercienses, e nele abraçou a vida regular. († 1229).
Data de beatificação: Junto a sua irmã Teresa, em 13 de Dezembro de 1705 pelo Papa Clemente XI.
Foi a segunda filha de Sancho I o Povoador e de D. Dulce de Barcelona, irmã das beatas Mafalda e Teresa.
À morte de Sancho I, Sancha devia receber, segundo as disposições testamentárias de seu pai, o Castelo de Alenquer, como o resto do território, uma luta com seu irmão Afonso II, que desejando centralizar o poder, obstruiu a prossecução do testamento de seu pai, impedindo a infanta-rainha de receber os títulos e os réditos a que tinha de direito e de facto. Afonso II temia que esta pudesse passar a eventuais herdeiros o vasto património que o testamento lhe legava, criando assim um problema à soberania do rei de Portugal e dividindo o país ao meio.
O testamento previa também terras e castelos para suas irmãs Teresa e Mafalda, formando-se um partido de nobres afectos às infantas, liderado pelo infante Pedro (que se exilou em Leão sob a protecção de Teresa, na época rainha consorte de Leão, e tomou algumas praças transmontanas), que acabou por ser derrotado. Com a morte de Afonso II, e a subida de seu filho Sancho II o Capelo resolveu o problema, concedendo os impostos dos castelos a suas tias, nomeando seus alcaides de entre os nomes que estas propuseram, pedindo-lhes apenas que renunciassem ao título de rainhas (1223).
Sancha renunciou ao matrimónio e ingressa no mosteiro cisterciense de Chelas, o mosteiro que ela própria havia contribuído a fundar em 1216, ali tomou o hábito regular e transcorreu o resto de seus anos.
Morreu em 13 de Março de 1229; posteriormente seus restos foram trasladados a Lorvão.
As Beatas Mafalda, Teresa e Sancha de Portugal
Pintura barroca conservada no Mosteiro de Lorvão
LANUINO
Beato
Lanuino, Beato
Monge
Martirológio Romano: Em Calábria, Itália, beato Lanuino, que foi companheiro de são Bruno e seu sucessor, insigne intérprete do espírito do fundador nas instituições e mosteiros da Cartuxa. († 1119)
Data de beatificação: Culto confirmado em 4 de Fevereiro de 1893 pelo Papa Leão XIII.
Lanuino era filho de uma família oriunda de Normandía (França).
NOTA: Dada a extensão da sua biografia não permitir uma tradução em tempo útil (estou a fazer esta transcrição às 13 horas de hoje, Domingo, 11/Abril, permito-me indicar aos meus eventuais leitores que cliquem em http://es.catholic.net/santoral para conhecer a vida do Monge Beato LANUINO. As minhas desculpas e obrigado. António Fonseca
"Santos e Beatos da Cartuxa", pág. 89, autor Juan Mayo Escudero, Edit. Analecta Cartusiana, ISBN 3-901995-24-2, ano 2000 REPRODUCIDO CON AUTORIZACIÓN DEL AUTOR
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução (incompleta) de espanhol para português por António Fonseca
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