IDA DE BOLONHA, BEATA
Viúva (1040-1113)
Teve dois filhos e um genro cujos nomes ficaram na história. Os filhos, Godofredo de Bulhão e Balduíno I, tomaram parte gloriosa na primeira cruzada e foram os primeiros soberanos do reino franco de Jerusalém (1099-1187). O genro foi Henrique IV, imperador da Alemanha, cujo nome anda ligado à “questão das investiduras”. Vencido, foi pedir e obteve o perdão de S. Gregório VII em Canossa (1077). Mas, tornando-se mais forte, reabriu as hostilidades, apoderou-se de Roma e enviou o Papa a morrer no exílio (1085).
Filha de Godofredo, duque da Baixa Lotaríngia, casou-se aos 17 anos com Eustáquio, conde de Bolonha. Os imensos domínios do conde iam do Luxemburgo actual até ao Atlântico. Piedosíssima, recebeu conselhos de Santo Anselmo, que a visitava em Bolonha e lhe escrevia cartas espirituais que se conservam. Gostava sobretudo de fazer belos paramentos litúrgicos. Rezava tanto que não faltou cronista que atribuísse, em boa parte, às suas orações o bom êxito da primeira cruzada. Dotou ricamente antigas abadias e fundou três novas. Numa destas, em Wast, foi enterrada e fez milagres segundo a tradição. Faleceu a 13 de Abril de 1113m, com setenta e três anos.
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• Martinho l, Santo
Abril 13 - Papa e Mártir, Abril 13
Martinho l, Santo
LXXIV Papa e Mártir
Oriundo de Todi e diácono da Igreja romana, Martín foi eleito Papa para suceder ao Papa Teodoro, morto em 13 de Maio de 649. Imediatamente demonstrou muita firmeza na condução da Igreja. com efeito, não pediu nem esperou o consentimento para sua eleição por parte do imperador Constante II que um ano antes havia promulgado o Tipo, um documento em defesa da tese herética dos monotelitas. Para acabar com a difusão desta heresia, aos três meses de sua eleição, o Papa Martín convocou na basílica lateranense um grande concilio, a que foram convidados todos os bispos de Ocidente.
A condenação de todos os escritos monotelitas, decretada nas cinco solenes sessões conciliares, suscitou a furiosa reacção da corte bizantina. O imperador ordenou ao exarca de Ravena, Olímpio, que fosse a Roma e prendesse o Papa. Olímpio não só se propôs cumprir as ordens imperiais, mas que tratou de assassinar ao Papa por meio de um sicário durante a celebração da missa em Santa María Maior.
No momento de receber a Hóstia de mãos do Pontífice, o vil sicário sacou o punhal, mas nesse momento ficou repentinamente cego.
Provavelmente este feito convenceu a Olímpio de mudar de atitude e a reconciliar-se com o santo Pontífice e a projectar uma luta armada contra Constantinopla. Em 653, morto Olímpio de peste, o imperador pôde levar a cabo sua vingança, fazendo prender ao Papa por meio do novo exarca de Ravena, Teodoro Caliopa.
Martín, acusado de haver-se apoderado ilegalmente do alto cargo pontifício e de haver tramado com Olímpio contra Constantinopla, foi levado por mar para a cidade do Bósforo. A longa viagem, que durou quinze meses, foi o começo de um cruel martírio. Durante as numerosas escalas não se permitiu a nenhum dos fieis que saíram a saudar ao Papa que se acercassem a ele. Ao prisioneiro não se lhe dava nem sequer a água para se banhar.
Martín l, Santo
Em 17 de Setembro de 654 chegou a Constantinopla, foi colocado numa camilla e exposto durante todo um dia aos insultos do povo, e depois o encerraram durante três meses na cadeia Prandiaria. Depois começou um longo e extenuante processo, durante o qual foram tais as sevícias que lhe fizeram murmurar ao imputado: “Façam de mim o que queiram; qualquer classe de morte será um bem para mim”.
Degradado publicamente, desnudo e exposto aos rigores do frio, encadeado, foi encerrado na cela reservada aos condenados a morte. Em 26 de Março de 655 o fizeram partir secretamente para o desterro em Crimeia. Sofreu a fome entre os bárbaros que habitavam a região, e morreu, ao que parece, a 13 de Abril de 656. Ficou sendo celebrado liturgicamente, até há pouco, a 12 de Novembro; o outro Martinho, do dia 11, atraiu este para junto de si.
Monotelismo: É uma heresia em que se aceitava as duas naturezas de Jesús, mas tão só uma vontade: a divina.
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Neste dia também se festeja a São Hermenegildo e a Santa Margarita de Ciudad Castillo
• Hermenegildo, Santo
Abril 13 - Mártir
Hermenegildo, Santo
Mártir
Hermenegildo e seu irmão, Recaredo eram filhos de Leovigildo, rei dos visigodos de Espanha, e de sua primeira esposa, Teodósia.
Seu pai os educou na heresia arriana. Sem embargo, Hermenegildo se casou com uma católica, que com seu exemplo e orações converteram o mártir.
Seu pai ao inteirar-se disto se enfureceu e o deserdou, e tomou prisioneiros a sua esposa e filho.
Sem embargo, logo depois de um ano fizeram as pazes. Tempo depois, a segunda esposa de Leovigildo começou a despertar novas suspeitas contra Hermenegildo, que foi encarcerado em Tarragona acusado de heresia; se lhe oferecia a liberdade na condição de que se retractasse.
O mártir pediu fervorosamente a Deus que o fortalecesse em seu combate pela fé, acrescentou mortificações voluntárias a seus sofrimentos e se vestiu com um saco, como os penitentes.
Ao negar-se a receber a comunhão de mãos de um bispo arriano, seu pai o mandou matar.
Hermenegildo recebeu a noticia com grande resignação e morreu instantaneamente de um só golpe de maça.
São Gregório o Grande atribui aos méritos de Santo Hermenegildo a conversão de seu irmão Recaredo e de toda a Espanha visigótica.
MARGARIDA DE CIDADE CASTELO, Beata
(ou BEATA MARGARIDA DE MÉTOLA)
Abril 13 - Laica Dominicana - (Cega, corcunda, coxa) (1320)
Margarita de Cidade Castello, Beata
Laica Dominicana
No castelo de Métola, em Città di Castello, em Itália, viviam em 1287 os Condes D. Parisio e D. Emília, esperando o nascimento do primeiro herdeiro. Certos de que seria um menino, forte e belo, continuador do nome e das glórias da família, mandaram preparar grandes festejos. Convidaram os fidalgos das cidades vizinhas, prepararam banquetes e esplendorosos espectáculos. Os trovadores, os actores e os músicos aguardavam o minuto em que o menino viesse à luz do dia para desatarem num coro de louvores e de música.
Quanto tão grandes esperanças se debruçavam sobre a criança que havia de nascer, veio ao mundo uma menina disforme, cega e coxa, aleijada e feia.
A notícia foi mantida oculta e toda a festa se desfez repentinamente. Os pais, envergonhados, ocultaram a infeliz, chamada Margarida, a princípio no celeiro, depois no sótão e mais tarde numa cela pegada à capela que possuíam no bosque.
Os horríveis defeitos do corpo eram compensados pelas qualidades de alma. Dotada de inteligência e memória invulgares, aprendeu Margarida de cor muitas orações que repetia nas horas de soledade, para seu conforto.
Morreu nessa altura na cidade um frade franciscano, de nome Tiago. Era tal a fama da sua santidade que lhe começaram a atribuir numerosos milagres. Um raio de esperança iluminou a vida dos Condes. Levaram a aleijadinha, que então contava 16 anos, ao túmulo do frade santo, para lhe pedirem ou quase exigirem um milagre. A menina , depois de longo tempo de oração silenciosa, proferiu estas palavras:
Senhor, concedei-me a cura, se for da vossa santíssima vontade. Senhor, se quiserdes que leve a minha cruz até à morte, ficarei igualmente contente. Só Vos peço que se faça a vossa vontade.
O milagre não veio. No fim da oração, a menina continuava cega, corcunda, coxa e anã. Os desapiedados pais abandonaram a desgraçadinha na igreja e fugiram apressadamente para o castelo. Umas pobres mulheres, que ali vieram rezar, tiveram compaixão da menina. Desde essa altura passou ela a ser propriedade comum de toda a gente, andando de casa em casa, sustentada pela caridade.
A pobre cega, abandonada, como traste inútil, por todos, até pelas freiras dum convento, foi finalmente recolhida por uma família rica. Com memória prodigiosa, rezava de cor todos os dias os 150 salmos, os Ofícios de Nossa Senhora e de Santa Cruz. Consagrava especial devoção ao Menino Jesus e a São José, concorrendo poderosamente para a difusão do culto de tão amável santo.
Alma inocente e pura, encantava a toda a gente pela sua alegria, inocência, desconhecimento do mal do mundo, abandono filial nas mãos de Deus e terna confiança nos amigos. Desculpava os defeitos alheios e acreditava na bondade de toda a gente.
Apaixonada pelas crianças, atendi-as com carinho, ensinava-lhes a catequese e contava-lhes variadas histórias. Conduzida por mãos caridosas à cabeceira dos doentes, consolava-os, infundia-lhes resignação e consegui a que os pecadores mais endurecidos se reconciliassem com Deus. Parecia ter recebido do céu a missão de difundir a paz, luz e graça. Atribuíam-lhe já em vida grandes milagres. Tendo-se declarado um incêndio na casa duma família que a recebera, bastou deitar o seu manto sobre as labaredas para logo se apagarem.
Prodígios ainda maiores sucederam depois da sua morte, ocorrida no dia 13 de Abril de 1320, quando Margarida contava 33 anos de idade. O povo começou desde logo a invocá-la como santa. A 9 de Junho de 1558, mais de dois séculos após a sua morte, o seu corpo foi encontrado fresco e incorrupto. A 19 de Outubro de 1509, o Papa Paulo V reconheceu a sua santidade concedendo-lhe o título de Beata. É venerada na Ordem Dominicana e na Diocese de Santo Ângelo in Vado.
Todos os limitados físicos, como a Beata Margarida de Métola, podem ser integrados na sociedade e prestar-lhe serviço.
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• Scubilion Rousseau, Beato
Abril 13 - Irmão Cristão de La Salle
Scubilion Rousseau, Beato
Religioso Lassallista
Martirológio Romano: Na ilha da Reunião, no Oceano Índico, beato Scubilión (Juan Bernardo), religioso do Instituto das Escolas Cristãs, que ensinou incansavelmente as crianças e ofereceu ajuda aos pobres e esperança aos escravos (1867).
Data de beatificação: 2 de Maio de 1989
Jovem cristão, Juan Bernardo Rousseau faz o catecismo em seu povo natal de Borgonha, França, quando lhe apresentam aos Irmãos que acabam de abrir uma escola numa cidade vizinha. Entra no Noviciado de París em 1822.
Depois de dez anos de ensino nas escolas elementares, em França, o irmão Scubilion sai de França em 1833 para consagrar os trinta e quatro anos de vida que ficam os escravos da ilha da Reunião, no Oceano Índico.
O chamam o "Catequista dos escravos"; inaugura classes de noite para eles e são numerosos os que vêm, ainda depois de uma dura jornada de trabalho.
Inventa programas e técnicas especialmente adaptadas a suas necessidades e a suas capacidades, para poder ensinar-lhes o essencial da doutrina e da moral cristãs e prepará-los para receber os sacramentos.
Ganha sua amizade com suas atitudes cordiais e cheias de respeito para com eles. Depois da emancipação dos escravos em 1848, continua ocupando-se deles e os ajuda a adaptar-se a sua nova vida de liberdade e de responsabilidade.
Durante os últimos anos de sua vida, apesar de sua saúde delicada, colabora com o clero local quando vai a visitar os enfermos, granjeando-se o coração dos pecadores, animando as vocações e até fazendo o que parece curas milagrosas.
Quando falece se o venera em toda a ilha como a um santo.
Nascido em Annay la-Côte, França, em 21 de Março de 1797
Entrado no Noviciado em 24 de Dezembro de 1822
Falecido na ilha da Reunião, em 13 de Abril de 1867
Beatificado em 2 de Maio de 1989
• Sabas Reyes Salazar, Santo
Abril 13 - Mártir Mexicano
Sabas Reyes Salazar, Santo
Nasceu em Cocula, Jalisco (Arquidiocese de Guadalajara), em 5 de Dezembro de 1883.
Vigário de Tototlán, Jal. (Diócesis de San Juan de los Lagos). Simples e fervoroso, tinha especial devoção à Santíssima Trindade.
Também invocava frequentemente as almas do purgatório.
Procurou muito a formação dos meninos jovens, tanto na catequese como no ensino de ciências, ofícios e artes, especialmente na música.
Cumprido e abnegado em seu ministério. Exigia muito respeito em tudo o referente ao culto e gostava que com prontidão se cumprisse qualquer dever.
Quando, pelo perigo que havia para os sacerdotes, o aconselhavam que saísse de Tototlán, ele replicava: «A mim aqui me deixaram e aqui espero, a ver que dispõe Deus».
Na Semana Santa de 1927 chegaram as tropas federais e los agrários buscando ao Sr. Cura Francisco Vizcarra e a seus ministros.
Só encontraram ao padre Reyes e nele concentraram todo seu ódio. O tomaram preso, o ataram fortemente a uma coluna do templo paroquial, o torturaram três dias por meio da fome e da sede e com sadismo inqualificável, lhe queimaram as mãos porque estavam consagradas.
Em 13 de Abril de 1927, Quarta-feira Santa, foi conduzido ao cemitério. Balearam-no, mas antes de morrer, mais com a alma que com a voz, pôde gritar o sacerdote mártir: «¡Viva Cristo Rei!».
Os 25 santos canonizados em 21 de Maio de 2000 foram:
1 - Cristobal Magallanes Jara, Sacerdote; 2 - Roman Adame Rosales, Sacerdote; 3 - Rodrigo Aguilar Aleman, Sacerdote; 4 - Julio Alvarez Mendoza, Sacerdote; 5 - Luis Batis Sainz, Sacerdote; 6 - Agustin Caloca Cortés, Sacerdote; 7 - Mateo Correa Magallanes, Sacerdote; 8 - Atilano Cruz Alvarado, Sacerdote; 9 - Miguel De La Mora De La Mora, Sacerdote; 10 - Pedro Esqueda Ramirez, Sacerdote; 11 - Margarito Flores Garcia, Sacerdote; 12 - José Isabel Flores Varela, Sacerdote; 13 - David Galvan Bermudez, Sacerdote; 14 - Salvador Lara Puente, Laico; 15 - Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Sacerdote; 16 - Jesus Mendez Montoya, Sacerdote; 17 - Manuel Morales, Laico; 18 - Justino Orona Madrigal, Sacerdote; 19 - Sabas Reyes Salazar, Sacerdote; 20 - José Maria Robles Hurtado, Sacerdote; 21 - David Roldan Lara, Laico; 22 - Toribio Romo Gonzalez, Sacerdote; 23 - Jenaro Sanchez Delgadillo; 24 - David Uribe Velasco, Sacerdote; 25 - Tranquilino Ubiarco Robles, Sacerdote
Para ver as biografias dos Mártires Mexicanos do século XX. Faz Click AQUI
Reproduzido com autorização de Vatican.va
http://es.catholic.net/santoral e também www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução (incompleta) de espanhol para português, por António Fonseca
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