• Vicente Ferrer, Santo
Abril 5 - Pregador
Vicente Ferrer, Santo
Pregador
“Bebe a água do mestre Vicente” se diz ainda em Espanha para recomendar o silêncio. A expressão se refere a um sábio conselho que o dominicano são Vicente Ferrer deu a uma mulher que lhe perguntava que podia fazer para se contentar com o mal-humorado marido. “Tome este frasco de água - respondeu o santo - e quando teu esposo regresse do trabalho, toma um sorvo e mantêm-no na boca o máximo tempo possível”. Era o melhor modo de fazer com que a mulher tivesse a boca fechada e não respondesse ao marido.
A anedota faz ver a humana simpatia deste homem, acérrimo fustigador dos costumes, que lhe mereceu de seus contemporâneos o título de “anjo do Apocalipse”, porque em seus sermões costumava ameaçar com flagelos e tribulações.
Vicente nasceu em Valência (Espanha) em 1350. Aos 17 anos havia já terminado com tanto êxito seus estudos de filosofia e teologia que seus professores o incluíram imediatamente no corpo docente.
Entrou no convento dos dominicanos de Valência e foi ordenado sacerdote em 1375, uma data que na história da Igreja se recorda como o começo do grande cisma de Ocidente (1378-1417). A grande confusão dividiu os cristãos em duas obediências: a Roma e a Avinhão. Era inevitável que ainda espíritos rectos, como Vicente Ferrer, estivessem ao lado do Papa ilegítimo. A boa fé de Vicente Ferrer se prova com o facto de que ele fez todo o possível para solucionar o grande conflito e restituir assim a unidade à Igreja. Percorreu toda Europa, entusiasmando com sua grande oratória às multidões de fieis, atraídos também por um fenómeno especial: ao pregador dominicano - que só conhecia o castelhano, o latim e um pouco de hebreu - o entendiam todos os fieis das diversas nações a onde ele ia, cada um em sua língua, repetindo-se assim o milagre de Pentecostes.
Autêntico pregador da mensagem cristã, São Vicente recuperava todo o vigor juvenil ainda em avançada idade tão cedo subia ao púlpito ou nos palcos improvisados nas praças, porque as igrejas não eram suficientes para as grandes multidões; e isto apesar de não comover ao auditório com palavras de esperança, mas que fustigava os costumes com tom ameaçador. Lograda a unidade do pontificado com o concilio de Constanza e com a eleição de Martinho V, Vicente percorreu o norte de França tratando de pôr fim à guerra dos Cem anos. Morreu em 5 de Abril de 1419, durante a missão em Vannes, e foi canonizado por seu compatriota Calixto III em 1455.
ORAÇÃO
¡Amantíssimo Pai e meu Protector,
São Vicente Ferrer!
Alcança-me uma fé viva e sincera
para valorizar devidamente as coisas divinas,
rectidão e pureza de costumes
como a que tu pregavas,
e caridade audiente para amar a Deus
e ao próximo.
Tu, que nunca deixaste sem consolo
aos que confiam em ti,
não me esqueças em minhas tribulações.
Dá-me a saúde da alma
e a saúde do corpo.
Remedia todos meus males.
E dá-me a perseverança no bem
para que possa acompanhar-te
na glória por toda a eternidade.
Ámen.
Três Pai nossos a São Vicente Ferrer pedindo pelas necessidades de todos seus devotos.
• Jorge, Santo
Abril 5 - Mártir
Jorge, Santo
Mártir
Etimologicamente significa “agricultor”. Vem da língua grega.
Este Jorge de hoje não é o mesmo de 23 de Abril. O santo de hoje era originário da Ásia Menor. Morreu mártir no ano 1801.
A primeira parte de sua vida foi um desastre para ele mesmo e para sua mulher e filhos. Se emborrachava um dia e outro também. Era um verdadeiro desastre de pai e de esposo.
Foi justamente pelo efeito de uma borracheira, pelo que renegou de Cristo e se fez muçulmano.
As coisas começarem a correr-lhe pior no entanto. As dúvidas interiores, a culpabilidade que sentia em seu coração não o deixavam viver.
Então decidiu voltar de novo a Cristo. Para o seguir mais de perto, foi para a ilha de Samos.
Sem embargo, os muçulmanos não o deixaram tranquilo. Ele, para lhes indicar que não estava de acordo com que o prendessem, entregou-se de novo à bebida e inclusive se deixou circuncidar.
Os árabes o puseram como guardião de uma mesquita. Aguentou somente um ano.
Atormentado de novo pelo que havia feito, lhes disse que confessava a Cristo.
Ao ver que não estava bêbedo nem louco, o juiz mandou que lhe atassem os pés com estacas. Lhe pediam que renunciasse de Cristo. Ele se negou rotundamente. E por esta causa o decapitaram
¡Felicidades a quem leve este nome!
• María Crescência Höss, Santa
Abril 5 - Monja
María Crescência Höss, Santa
Monja da Terceira Ordem Regular de São Francisco
Nasceu e 20 de Outubro de 1682. Era filha de um modesto tecedor de lã na cidade de Kaufbeuren, que naquele tempo contava só com dois mil quinhentos habitantes, na sua maioria protestantes. Na escola se distinguiu por sua inteligência e sua devoção. Se fez tecedora, para ajudar a seu pai, mas sua maior aspiração era entrar no mosteiro das Franciscanas de Kaufbeuren. Sem embargo, sua família era demasiado pobre para pagar o dote requerido e só com a ajuda decisiva do alcaide protestante pôde entrar finalmente no convento.
Sua vida consagrada esteve sempre impregnada de amor alegre a Deus, com a preocupação fundamental de cumprir em tudo sua santíssima vontade. Vivia uma gozosa e profunda relação com Deus.
Sua intensa oração, mediante fervorosos colóquios com a Trindade, com a Virgem Maria e com os santos, desembocou muitas vezes em visões místicas, das que só falava por obediência ante seus superiores eclesiásticos.
Desde sua infância orava muito e com fervor ao Espírito Santo, devocional que cultivou durante toda sua vida. Desejava que as pessoas visem nele um caminho mais fácil de vida espiritual.
Costuma ser representada sustentando a cruz com a mão direita, enquanto com a esquerda se dirige ao Salvador crucificado, pois durante toda sua vida predominou nela a contemplação e devoção a Cristo em sua agonia, que a levava a um grande espírito de sacrifício pessoal, seguindo o exemplo do Salvador.
Sempre buscou fazê-lo tudo por amor a Deus, a quem desejava glorificar pela fé, com obediência e humildade.
Suas experiências místicas não a afastavam do mundo real; ao contrário, seus olhos se achavam abertos de par em par às necessidades do próximo. Certamente, dedicava longos espaços de tempo à oração e à contemplação, mas durante grande parte de sua jornada se entregava a socorrer aos necessitados, em que via a Cristo mesmo.
Durante muitos anos foi porteira do convento, cargo que aproveitou para aconselhar a muita gente e realizar um generoso labor de caridade. Mais tarde, nomeada mestra de noviças, se entregou à formação espiritual das irmãs jovens para a vida monástica.
Em 1741 foi eleita superiora. Desempenhando esse cargo dirigiu de modo sábio e prudente o mosteiro, tanto no campo espiritual como em seus interesses seculares, melhorando até tal ponto a posição económica que, por mérito seu, o mosteiro pôde ajudar a muita gente com suas esmolas.
Convém sublinhar que sem amor aos outros não podia haver amor a Deus e que «todo o bem que se fazia ao próximo era tributado a Deus, que se escondia nos andrajos dos pobres».
Considerava importante que também as mulheres se realizaram na vida religiosa. De modo constante e consciente se esforçou sempre por aumentar a fé em todos aqueles com quem entrava em contacto, fazendo-lhes compreender qual era o caminho que deviam seguir. Por isso, para numerosas pessoas, tanto consagradas como laicas, foi guia espiritual e conselheira decisiva. Tinha a rara capacidade de reconhecer rapidamente os problemas e oferecer-les a solução adequada e razoável.
o príncipe herdeiro e arcebispo de Colónia Clemente Augusto a considerava uma guia de almas sábia e muito compreensiva;ficou tão prendado de sua santidade que chegou a pedir ao Papa que a canonizasse imediatamente depois de sua morte.
Numerosas pessoas iam consultá-la em seu mosteiro e com tal de manter uma conversação com ela estavam dispostas a esperar vários dias. Eram milhares os que lhe escreviam desde as regiões de Europa de língua alemã, pedindo-lhe conselho e ajuda, e recebendo sempre uma resposta adequada. Graças a ela, o pequeno mosteiro de Kaufbeuren desempenhou um surpreendente e importante apostolado epistolar.
Imediatamente depois de sua morte, que aconteceu em 5 de Abril de 1744, domingo de Páscoa, a gente acudiu em grande número a visitar sua tumba na igreja do mosteiro, convencida de se encontrar ante uma santa. Kaufbeuren se converteu num lugar famoso de peregrinações na Europa. Esse fenómeno se verificou ininterruptamente desde sua morte, e se intensificou depois de sua beatificação, levada a cabo pelo Papa León XIII em 7 de Outubro de 1900. Essa veneração há seguido viva até hoje de modo surpreendente, não só entre os católicos mas também entre as comunidades surgidas da Reforma. A canonizou João Paulo II em 25 de Novembro del 2001.
• Mariano de la Mata Aparicio, Beato
Abril 5 - Sacerdote Agostinho
Mariano de la Mata Aparicio, Beato
Nasceu em 31 de Dezembro de 1905 em Bairro de la Puebla (Palência, Espanha), no seio duma família profundamente cristã. Seus pais se chamavam Manuel e Martina. Seguindo o exemplo de três irmãos seus ― Leovigildo, Tomás e Baltasar ―, depois dos estudos humanísticos, em 9 de Setembro de 1921, ingressou na Ordem de Santo Agostinho. Um ano mais tarde, em 10 de Setembro de 1922, terminado o tempo de noviciado, emitiu a profissão temporal, depositando-a em mãos do prior da casa, Anselmo Polanco, futuro bispo de Teruel, mártir da fé de Cristo, beatificado pelo Papa João Paulo II em 1995.
Com os estudos filosóficos iniciados na capital de Pisuerga, em 1926 se trasladou ao mosteiro de "Santa María" de La Vid (Burgos), no qual realizou os teológicos, formando parte da província agostiniana de Espanha. Se consagrou definitivamente a Deus com os votos solenes em 23 de Janeiro de 1927 e recebeu a ordenação sacerdotal em 25 de Julho de 1930.
Após uma fugaz estadia no colégio da Encarnação de Llanes (Astúrias) como professor, em Julho de 1931 foi destinado à vice província de Brasil, primeiro a Taquaritinga, onde desempenhou durante dois anos o ministério sacerdotal, e posteriormente a Santo Agostinho, onde conjugou o labor educativo com os cargos de administrador (1942-1945) e secretário.
Durante o triénio (1945-1948) foi prior vice provincial, e mais tarde (1948-1951 e 1960-1963) assessorou a seus sucessores nesse cargo como conselheiro. Finalizada a tarefa de comissário, se incorporou no colégio Engenheiro Schmitt como ecónomo (1951), director (1957) e professor. Em 1961 regressou de novo a São Paulo, em cujo centro juntou a tarefa docente e o cargo de vice prior do colégio Santo Agostinho (1973-1977), com o trabalho de coadjutor paroquial.
Fisicamente o padre Mariano foi uma pessoa alta e bem proporcionada, com óculos grossos e abundante calvície. Era um homem activo e empreendedor, generoso, aberto e comunicativo, cheio de simpatia, simplicidade e bondade, com o sorriso sempre nos lábios. Ainda que tivesse um temperamento forte, era incapaz de ocultar os sentimentos e as lágrimas. Seus irmãos de Brasil recordam com emoção o momento em que, após haver sido operado de cataratas em Belo Horizonte e levar vários das com os olhos cerrados, ao voltar a abri-los e contemplar um quadro da Virgem da Consolação, começou a chorar como uma criança.
O padre Mariano nasceu para ajudar humana e espiritualmente as pessoas que estavam a seu lado, que não eram outras que as famintas de pão humano e divino. Era um mensageiro da caridade: amigo das crianças e dos maiores, um cireneu dos enfermos e necessitados, consolador e esmoler dos pobres, sacerdote zeloso de suas obrigações ministeriais.
Pelas tardes era frequente vê-lo percorrer as ruas de São Paulo, visitando as 200 Oficinas de Caridade de Santa Rita, de que foi muitos anos assessor religioso, e levando ajuda material e espiritual aos sedentos de saúde humana e religiosa. A morte ― costuma dizer ― não espera.
¡Quantas vezes voltou tarde ao colégio, porque a atenção ao próximo o havia impedido chegar a tempo! Para ele sempre existiam outras prioridades mais importantes que a hora comunitária.
Uma de suas grandes paixões constituíam as plantas. Falava com elas, acariciava suas folhas, o emocionava seu colorido. Suas pétalas lhe recordavam a grandeza do Criador. O terraço do colégio Santo Agostinho de São Paulo sabe muito deste seu mimo pelas flores e os pássaros. Tampouco lhe eram alheias as colecções de selos e estampas religiosas.
La edad y el esfuerzo que había desplegado en todas sus actividades terminaron haciendo mella en su naturaleza física. En los últimos días de enero de 1983 comenzó a sentir un extraño dolor en el vientre, como si un "gatinho", según sus palabras, lo estuviera arañando. Era el principio del fin.
Desde hacía tiempo venía enseñando una herida en la sien derecha, que a pesar de las atenciones médicas, no logró restañar. Sin duda alguna era la terrible enfermedad del cáncer que se estaba insinuando y de la que moriría el 5 de abril de 1983. Contaba 77 años de edad y 60 de vida religiosa. Sus restos descansan en la iglesia agustiniana de São Paulo.
Su trayectoria humana y religiosa fuera de lo común ―era un gran devoto de la Eucaristía y de la Santísima Virgen― hizo que el pueblo de Dios y sus hermanos de la Orden acudieran a las autoridades eclesiásticas pidiendo el reconocimiento de sus virtudes con vistas a una próxima beatificación, ceremonia que se llevó a cabo en São Paulo el 31 de mayo de 1997 con la presencia del cardenal Paulo Evaristo Arns, o.f.m. La Orden agustiniana le tiene dedicadas en esa ciudad una guardería, un centro de juventud y un colegio profesional; y la alcaldía, una calle. Igualmente el Gobierno español, a través de su consulado general en Brasil, le concedió la gran cruz de Isabel la Católica.
• Juliana de Monte Cornillon, Beata
Abril 5 - Monja
Juliana de Monte Cornillon, Beata
Monja, nacida en Retinnes, cerca de Lieja, Bélgica, en 1193; murió en Fosses el 5 de abril de 1258.
A la edad de cinco años perdió a sus padres y fue colocada en el convento de Mont-Cornillon, cerca de Lieja. Hizo rápidos progresos, y leyó con placer los escritos de San Agustín y San Bernardo. También cultivó un ardiente amor por la Santísima Virgen, la Sagrada Pasión, y especialmente el Santísimo Sacramento.
En 1206 recibió el velo y se dedicó a los enfermos en el hospital a cargo del convento.
Desde muy temprano empleó toda su energía para introducir la fiesta del Corpus Christi. Este deseo se dice haberse intensificado por una visión que ella tuvo de la Iglesia bajo la apariencia de luna llena con una mancha negra, que significaba la ausencia de esta solemnidad. Ella comunicó esta visión a Roberto de Thorete, el entonces obispos de Liège, también al docto Dominico Hugh, más tarde cardenal legado de los Países Bajos; a Jacques Pantaleón, en ese tiempo archidiácono de Liège, después obispo de Verdun, Patriarca de Jerusalén y finalmente al Papa Urbano IV.
El obispo Roberto se impresionó favorablemente y como en ese tiempo los obispos tenían el derecho de ordenar fiestas para sus diócesis, invocó un sínodo en 1246 y ordenó que la celebración se tuviera el año entrante; también el Papa ordenó, que un monje de nombre Juan debía escribir el oficio para esa ocasión.
En 1230 fue elegida superiora por el voto unánime de la comunidad. Pero pronto Dios le envió pruebas pesadas. Su convento estaba bajo la supervisión de un superior general, Roger, un hombre de hábitos viciosos y escandalosos; él aseguró esta posición en 1233 mediante intrigas y sobornos.
Disgustado por las virtudes y la piedad de Juliana, y mucho más por sus súplicas y reproches, incitó a la multitud contra ella.
Ella escapó a la celda de Beata Eva de Lieja, y luego a una casa que le fue dada por John, un canónigo de Lausana.
Reivindicada en las cortes mediante la influencia de Roberto de Thorate, Obispo de Lieja, ella fue restaurada a su posición en la comunidad, y Roger fue desposeído.
Pero en 1247 Roger estaba otra vez en el poder, y consiguió de nuevo expulsar a la beata. Juliana encontró refugio en Namur y después en Fosses, donde pasó los últimos años de su vida en reclusión.
Por petición propia fue enterrada en Villiers. Después de su muerte, un número de milagros ocurrieron por su intercesión (Acta SS., April, I, 435 sq.). En 1869 Pío IX confirmó el culto y permitió el oficio y Misa en su honor.
• Catalina Tomás, Santa
Abril 5 - Monja
Catalina Tomás, Santa
Monja
Martirológio Romano: Na cidade de Palma, na ilha de Mallorca, em Espanha, santa Catalina Tomás, virgem, que, havendo ingressado na Ordem de Canonesas Regulares de Santo Agostinho, destacou por sua humildade e a abnegação da vontade (1574).
Se alguma vez foram a Mallorca, será obrigatório que visitem Valldemosa. O turismo se baseia, por desgraça, no espectacular. E assim, lhes indicam a Cartuxa, com suas celas, e aquelas onde viveram o pobre Federico Chopin e a escritora George Sand uma bem pobre aventura humana. Ou em La Foradada, a mancha de fumo daquela fogueira que acendeu Ruben Dário, quando quis fazer uma paelha junto ao mar. Salvo se vocês perguntem, ninguém ou quase ninguém lhes falará de Catalina Thomás, aquela "santita mucama", como a chamou um escritor viajante espanhol.
Pois ali, em Valldemosa, nasceu a menina. Em 1531, segundo uns historiadores. Ou em 1533, segundo outros. Filha de Jaime Thomás e Marquesina Gallard. E desde sua meninice, a lenda doirada que acompanha piedosamente aos santos com milagres calorosos e prodígios estranhos.
As biografias de Catalina Thomás recolhem um sem fim destes dados que mostram que a Santa teve, já em vida, uma admiração popular fervorosa: enquanto recolhe espigas, Catalina recebe a visão de Jesús crucificado. Outra vez, fugindo de uma festa popular que não gostava, é Nossa Senhora mesma que baixa a dizer-lhe que está escolhida por seu Filho. Até prodígios calorosos: uma vez, chorando arrependida por haver desejado uns vestidos como os de sua irmã, diz a tradição que Santa Práxedes e Santa Catalina mártir —que será sempre fiel protectora sua— baixam do céu para a consolar.
Pocos prodigios tan poéticos, tan bellos como el de aquella noche en que, al despertarse, vio Catalina la habitación inundada de una luz hermosa y clara. Era la luz blanca, azulada, del plenilunio. Catalina piensa que está amaneciendo y se levanta a por agua a una cercana fuente. Estando allí, dieron las doce de la noche en la Cartuja y luego la campana que llamaba a coro a los frailes del convento. Catalina se asusta entonces, al encontrarse perdida en aquella noche de luz tan misteriosa. Como es una chiquilla, empieza a llorar. Y San Antonio Abad, dicen, bajó del cielo y la tomó de la mano para llevarla a casa.
Catalina va a conocer una gran amargura muy joven. A los tres años murió su padre. Ella se puso a rogar por su alma y un ángel vino a decirle que estuviese contenta, porque su padre estaba en la gloria de Dios. Cuatro años más tarde, tenía siete la chiquilla, se le aparece su madre:
"Hija mía, acabo de expirar en este mismo momento. Estoy esperando tus oraciones para entrar en la gloria." Y tres horas más tarde, Catalina recibía el consuelo de que su madre estaba en el cielo. Huérfana, Catalina fue recogida por unos tíos suyos, quienes la llevaron al predio "Son Gallart". Durante once años, Catalina vivió en aquella finca, a seis o siete kilómetros de Valldemosa. Es éste un momento duro para Catalina, pues la ausencia de Valldemosa significa dificultad para ir al templo, para oír misa y para las prácticas religiosas en la casa de Dios. Los domingos, al fin, podía asistir a misa en el oratorio de la Trinidad. Es aquella zona donde los eremitas buscaban la paz de Dios frente a la paz de aquel mar inolvidable; frente a esos crepúsculos de Mallorca en los que el sol parece incendiar finalmente las aguas, teñirlas de rojo o, cuando está en lo alto, revela desde la cornisa valldemosina, el fondo limpísimo del mar.
Pero Catalina no tenía mucho tiempo para la contemplación poética. Una finca como "Son Gallart" exige mucho trabajo. Hay en ella muchos peones, y ganado, y faenas de labranza que realizar. Catalina es una muchacha activa. Ya es la criadita. Va a donde trabajan unos peones a llevarles la comida de mediodía, trabaja en la casa, fregando, cosiendo, barriendo; guarda algún rebaño cuando lo manda tío Bartolomé. Y tiene siempre buen semblante, sonrisa a punto, corazón abierto.
Aparece entonces en la vida de Catalina un personaje importante y muy decisivo. Uno de aquellos ermitaños, el venerable padre Castañeda. Es un hombre que ha abandonado el mundo buscando la total entrega de su alma al Señor. Vive en las colinas y de limosna. Un día pasa por el predio a pedir y Catalina le conoce. Surge entre ambos una corriente de simpatía y de afecto. Recomendada más tarde por Ana Más, Catalina va a visitar al padre Castañeda al oratorio de la Trinidad. Catalina se le confía: ella quiere ser religiosa. A la segunda entrevista, el padre Castañeda está convencido. La dirección espiritual del religioso hará todavía un gran bien a la muchacha. Pero entonces empieza un largo episodio: el de las dificultades.
Los tíos, al saber la vocación de su sobrina, se oponen decididamente. Por aquellas fechas, una muchacha valldemosina, que había ingresado en un convento de Palma, se sale, reconociéndose sin verdadera vocación. Es, pues, mal momento político para que nadie ayude a Catalina. Por otra parte, Catalina era una muchacha guapa y muy atractiva. Es natural que muchos jóvenes de los alrededores se fijaran en ella con el deseo de entablar relaciones y casarse. Catalina espera pacientemente. Y otra dificultad llega. El padre Castañeda decide marcharse de Mallorca.
Catalina se despide de él con una sonrisa misteriosa. No, el padre se irá, pero volverá, porque Dios quiere que él sea su apoyo para entrar en el convento. Efectivamente, el barco que llevaba al religioso sale de Sóller con una fuerte tormenta que le impide llegar a Barcelona. Y regresa de nuevo a Valldemosa. El religioso ve que la profecía de la muchacha se ha cumplido y decide ayudarla plenamente. Va a hablar con los tíos y los convence. Catalina se marcha a Palma, para ir realizando las gestiones previas a su ingreso en un convento. Y, en tanto, se coloca como sirvienta en la casa de don Mateo Zaforteza Tagamanent y, en concreto, al servicio de una hija de este señor llamada Isabel. Las dos muchachas se cobran un fuerte cariño. Isabel la enseña a leer, escribir, bordar y otros trabajos. Catalina da más; Catalina habla de Dios, permanentemente, a Isabel. Y lleva una vida tan heroica, tan mortificada, que cae enferma. Los señores y sus hijos se turnan celosamente junto al lecho de la criada. Como si la criada fuese ahora la señora y ellos los honrados en servirla.
Y llega el momento de intentar, ya en serio, el ingreso en alguno de los conventos de Palma. El padre Castañeda los recorre, uno tras otro. Hay un grave inconveniente: Catalina carece de dote. Es totalmente pobre. Pero estos conventos son también necesitados. No pueden acoger a una aspirante que no traiga alguna ayuda... Convento de Santa Magdalena, de San Jerónimo, de Santa Margarita... Las noticias que el padre va llevando a Catalina son descorazonadoras. Catalina se refugia en la oración. Y reza tan intensamente que, cuando ya todo aparece perdido, los tres conventos a la vez, interesados por la descripción que de la joven les ha hecho el religioso, deciden pasar por alto el requisito de la dote. Y los tres conventos están dispuestos a admitir a Catalina Thomás.
Una tradición representa a Santa Catalina, sentada en una piedra del mercado, llorando tristemente su soledad. Y en aquella piedra, según la misma tradición, recibe Catalina la noticia de que ha sido admitida. Aún se conserva esta piedra, adosada al muro exterior de la sacristía, en la parroquia de San Nicolás, con una lápida —colocada en 1826— que lo acredita. Catalina, entonces, decide ingresar en el primero de los tres conventos visitados, el de Santa Magdalena.
A los dos meses y doce días de su ingreso, Catalina toma el velo blanco. Media ciudad de Palma, con su nobleza al frente, acude al acto, pues tanta es ya la fama de la muchacha. Enero de 1553.
Los años que vive Catalina en el convento palmesano serán casi ocultos. Pero como es tan difícil que la santidad pueda estar bajo el celemín, toda la ciudad acude a verla, a consultarle sus problemas, a encomendarse a sus oraciones, a pedirle consejo... Ella se resiste a salir al locutorio, se negaba a recibir regalos y cuando tenía que recibirlos, los daba a las demás monjas. Practicaba la pobreza, la obediencia, la castidad, siempre en grado heroico. La prelada decidió un día someterla a una prueba bien dura. En pleno verano, le ordenó que se saliese al patio y estuviera bajo el sol hasta nueva orden. Catalina no dice una sola palabra: va al lugar indicado y permanece allí varias horas, hasta que la superiora, admirada de su fortaleza, la manda llamar.
Catalina crece en amor y sabiduría. Sus éxtasis son cada vez más frecuentes e intensos. Algunos duran hasta días. En su celda se conserva aún la piedra sobre la que se arrodillaba y que muestra las hendiduras practicadas por tantísimas horas de oración en hinojos. Aunque ella procuraba ocultar, por humildad, estos regalos de Dios, era natural que sus hermanas se enterasen. Y la fama crecía.
Un día, Catalina recibe el aviso de Dios. Diez años antes de su muerte, supo cuándo sería llamada por el Señor. Y estuvo esperando ansiosamente este momento. La Dominica de Pasión de 1574, el 28 de marzo, Catalina entró en el locutorio donde estaba una hermana suya con una visita. Iba a despedirse —dijo—, pues se marchaba al cielo. Y efectivamente, al día siguiente, después de comulgar en éxtasis, mandó llamar al sacerdote porque se sentía morir. Los médicos dijeron que no la encontraban grave, pero el sacerdote acudió y apenas recibidos los sacramentos, mientras la superiora rezaba con ella las oraciones, tras haber pedido perdón a la madre y a las hermanas, cayó en un éxtasis al final del cual entregó su alma a Dios el 5 de abril.
Lo demás, vendría por sus pies contados. El proceso de beatificación, la beatificación, el proceso siguiente y por fin la gloria de los altares. Con una particularidad. El fervor popular por Santa Catalina Thomás iría creciendo y manteniéndose de tal modo que, aunque ella murió en 1574, la beatificación se dicta —por Pío VI— en 1792 y la canonización —por Pío XI— en 1930. El cuerpo de Catalina Thomás se ha conservado incorrupto.
La vida de esta muchacha mallorquina es, ya lo decimos, un distinto camino de la santidad, Una santidad vivida con impresionante sencillez, con rotunda eficacia. Una santidad hecha de la elevación de la virtud al grado heroico. Y, al mismo tiempo, una santidad popular. En el alma de Mallorca sigue bien recio el amor por su santita criada, su santita pastora, su santita monja. Aunque el turismo no muestre su itinerario, está en el corazón de los mallorquines.
En Valldemosa se la festeja durante dos días, 27 y 28 de Julio. El Martirologio romano la recuerda el 5 de Abril.
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução incompleta por António Fonseca
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