Feliz Ano de 2017
Interior da Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso
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Nº 3159
Série - 2017 - (nº 185)
4 de JULHO de 2017
SANTOS DE CADA DIA
10º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
**********************************************************
Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
___________________________________________________________________________
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ISABEL, Santa
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da
Editorial A. O. de Braga:
Segundo parece mais provável, nasceu em princípios de 1270, filha do rei Dom Pedro III de Aragão e da rainha Dona Constança. Onde? Em Saragoça? Em Barcelona? Não sabemos ao certo. Casou-se em 1282 com Dom Dinis, rei de Portugal, assinando o diploma matrimonial em latim. Esta frágil criatura de cabelo dourado e 12 anos incompletos não adivinhava, com certeza, a missão que Deus lhe reservava na agitada vida peninsular daqueles tempos, missão religiosa, política, social e humana de primeira classe.
Neta de Jaime I, o Conquistador, bisneta de Frederico II da Alemanha, deles herdou a energia tenaz e a força da alma. Mas caracterizava-se principalmente pela bondade imensa e pelo espírito equilibrado e justo de Santa ISABEL DA HUNGRIA, sua parenta próxima. Como diz a lenda medieval da sua vida, escrita por mão contemporânea da Rainha Santa, era mulher cheia de doçura e bondade, muito inteligente e bem educada.
A viagem até Portugal foi longa e dificil, pois os guerreiros envolviam os caminhos de então, pouco seguros. Em Junho de 1282, encontrou-se em Trancoso com o rei Dom Dinis, a quem via pela primeira vez.
O Livro que fala da boa vida que levou a rainha de Portugal, Dona Isabel de Portugal, a quem chamaremos lenda primitiva, e as Crónicas dos sete primeiros reis de Portugal traçam vigorosamente o retrato moral desta mulher extraordinária, que tão carinhosamente amou o indomável Dom Afonso IV, o Bravo.
Gostava da vida interior e do trabalho silencioso. Jejuava dias sem contra através do ano, comovia-se com os que erravam, rezava pelo seu Livro de horas, cosia e fazia bordados em companhia das damas e donzelas, e distribuía esmolas aos necessitados, sem esquecer-se do governo de sua casa (a casa da rainha era um mundo). Tudo isto o fazia intensamente, e esta intensidade dá-nos a medida da sua vida.
Aos seus 20 anos nasce Dom Afonso IV o Bravo, que foi a sua cruz e o grande amor da sua existência. Caso único na primeira dinastia portuguesa, a vida deste homem foi pura e não virá fora de propósito descobrir nisto a influência da mãe, e talvez um complexo de repugnância pelas aventuras amorosas, influenciado pela dores que via sofrer Santa ISABEL, meio abandonada pelo marido.
Mas era discreta, esta jovem rainha. Obrigava o filho a obedecer ao pai (ele era rei), fingir não saber nada sobre as andanças de Dom Dinis e, ao trazê-las ele ao assunto, mudava a conversa ou começava a rezar e a ler os seus livros. O rei arrependia-se ou encobria ao máximo os seus pecados. E ela, muito mulher, mas cristã até à medula da alma, criava os filhos ilegítimos do marido. Deste modo, todos se admiravam de ver esta menina com tanto juízo e domínio de si mesma.
Na política peninsular de então, o seu poder moderador fez-se sentir profundamente, tanto nas guerras entre os reinos cristãos que haviam de formar a Espanha moderna, como nas desavenças intermináveis de Dom Dinis com o irmão e com o filho turbulento. Dava a razão a quem a tinha, e procurava explicar-lhe o direito e a verdade. E nem sempre era fácil convencê-lo. Nestes momentos sombrios e carregados de destino, fazia de espoca, de mãe e de rainha, embora sendo agradável ao falar: jogava heroicamente tudo por tudo, chegando a ser desterrada para longe do rei.
Ódio vigoroso se enraizava na alma do infante, a ponto de tratar o pai como a um estranho. E não era somente a família real que estava desunida, eram milhares de famílias divididas por ambos os partidos, odiando-se implacavelmente, queimando casas e talando campos. Para restaurar a paz, desfeita a cada momento, Santa ISABEL pôs-se a caminho de Coimbra. Lutava por aquilo que modernamente chamamos arbitragem. Nada de guerras. Seja a sentença dada pelo juiz. Assim deve ser. Afastem-se as tropas e, se o infante tem alguma razão, seja o rei a reconhecê-la.
Agora era junto de Lisboa, onde os soldados de Dom Dinis e os do Infante iam começar uma guerrilha mais, sem proveito. À pressa, Santa ISABEL subiu para uma mula e, sem qualquer pessoa à sua volta, passou, como uma mulher qualquer, pelas hostes entre si inimigas.
Recordou ao filho os seus juramentos passados, pediu-lhe que não fizesse mal ao pai, faliu com Dom Dinis e voltou a ter com o Infante. E a tempestade foi-se apaziguando. É pena que se tenha perdido quase toda a correspondência, excepto algumas cartas. Destas recordamos uma que enviou ao rei Dom Jaime, almirante da Santa Igreja de Roma. Outra destinava.se ao rei Dom Dinis, e dá-nos a medida exacta da angústia desta mulher, que amava igualmente o marido e o filho, e os via sempre em guerra:
«Não permitais - escreve ela - que se derrame sangue da vossa geração que esteve nas minhas entranhas. Fazei que as vossas armas parem ou então vereis como em breve morro. Se não o fizerdes, irei prostrar-me diante de vós e do infante, como a loba no parto se alguém se aproxima dos lobinhos recém-nascidos. Es os balestreiros hão-de ferir o meu corpo antes que se toque em vós ou no Infante. Por Santa Maria e pelo bendito São DINIS vos peço que me respondais depressa, para que Deus vos guie».
Os anos foram passando, Dom Dinis adoeceu de velho, como diz o cronista anónimo. Levaram-no para Santarém e Santa ISABEL uma vez mais, foi sua humilde enfermeira, até que o rei entregou a alma a Deus. Então sentiu-se a rainha mais longe do mundo. Voltaria a fazer pazes, a entrar em relações, a encaminhar como podia a tormentosa política da Peninsula ibérica, mas o seu propósito estava feito. Pós o véu branco e vestiu o hábito de Santa Clara, ainda que livres de votos religiosos, conservando o que era seu, como diz ela, para construir igrejas, mosteiros e hospitais. Era resolução antiga, já conhecida pelo filho e pelo confessor, Frei JOÃO DE ALCAMI. Como antes (e até mais, pois era agora mais livre para dar-se a deus e aos pobre), entregou-se à vida interior e deu largas ao seu sentido cristão do papel social da riqueza. Nas suas viagens via os pobres sentados às portas das vilas e das aldeias. Distribuía vestuários, visitava os doentes, pondo neles as mãos sem ter nojo, e entregava-os aos médicos. Frades menores, dominicanos e carmelitas, freiras meio emparedadas nos conventos religiosos e aquelas pessoas que vinham de Espanha pedindo esmola: a todos dava alguma coisa. Numa palavra: não ficavam desemparados nem presos, que da sua esmola não recebessem parte. Beijava os pés das mulheres leprosas. Junto a si criava muitas filhas de fidalgos, cavaleiros e gente mais humilde. dessas, umas vinham, a casar-se, outras faziam-se religiosas, conforme Deus queria, levando todas o seu dote. E Santa ISABEL punha em tudo um carinho especial, um gesto de inefável delicadeza. Por exemplo às noivas que ela casava emprestava-lhes uma coroa de pedras amarelas, o toucado e o véu, para que ficassem mais belas. Era actividade de estadista competente e de benfeitora social. Por onde passava e via hospitais, igrejas, pontes ou fontes em construção, logo ajudava da sua parte com alguma dádiva. Interessava-se por todas as obras, dirigiu a construção do convento de Santa Clara de Coimbra, falava com os operários, dizia-lhes como deviam fazer as coisas e eles ficavam assombrados de tantos conhecimentos que ela tinha.
Como todos os cristãos da Idade Média iam a Santiago de Compostela, para lá se dirigiu ela, sem dar explicações a ninguém, pois Dom Dinis já tinha morrido. O arcebispo celebrou missa e Santa ISABEL ofereceu ao padroeiro de Espanha a mais nobre coroa do seu tesouro, véus, panos bordados, pedras preciosas e a mula com o seu manto de ouro e prata. Ao voltar a Portugal trazia consigo o bordão e a esclavina dos peregrinos, para «aparecer como peregrina de Santiago».
Num dia quente de Verão, ouviram-na dizer que ia começar a guerra entre Afonso IV, rei de Portugal e o rei de Castela. Eram seu filho e seu neto. O calor era tremendo. Apesar disso, a rainha cansada de anos e trabalhos, pôs-se a caminho. Desta vez, indo a caminho de Extremoz, a torreira era como de morte. Com dor aguda, apareceu-lhe uma ferida no braço e teve também febre. Junto à sua cama estava a nora, Dona Beatriz. Então viu passar uma dama com vestido branco. Nossa Senhora? É possível. Revela seguramente uma alma que pensava no outro mundo. Na quinta-feira seguinte confessou-se, assistiu à Missa e com grande devoção e muitas lágrimas recebeu o corpo de Deus, Voltou à cama. Quando a noite caía, disse a Dom Afonso IV que fosse cear, seguindo o costume que têm as mães de cuidar dos filhos, como se sempre fossem pequenos. Sentia que a hora estava a chegar. Muito tinha rezado na sua vida! Tinha visitado centenas de igrejas, tinha assistido a incontáveis festas eucarísticas. sabia latim, conhecia de cor os hinos litúrgicos, a ponto de corrigir os clérigos quando se equivocavam. Não nos admiremos que rezasse à hora da morte os versos latinos, Maria, mater gratie, etc. A voz consumia-se cada vez mais, mas ela continuava rezando, até que ninguém a compreendia já, e assim rezando acabou o seu tempo. Cumprir-se-ia o que ela tanto pedia a Deus: morreu junto ao filho. E nada tão comovente como o amor indestrutível desta Santa, que ninguém viu aborrecida com aquele filho bravo e duro de cerviz. Deu-se isto no castelo de Extremoz a 4 de Julho de 1336.
Em sete jornadas, através das planícies abrasadoras do Alentejo e da Estremadura, levaram o seu corpo ao convento de Santa Clara de Coimbra. E lá ficou através dos séculos, rodeado duma autêntica auréola de milagres. Alguns deles lendários, como o milagre das rosas, que não vem na lenda primitiva. Outros verdadeiros. Ao canonizá-la, a 25 de Maio de 1625, URBANO VIII confirmava a voz antiga do povo, rodeando duma glória imortal uma das mais perfeitas mulheres da Idade Média.
Eis como se lhe refere o Padre ANTÓNIO VIEIRA, num dos seus panegíricos mais perfeitos:
«O mundo a conhece com o nome de ISABEL; e a nossa pátria, que lhe não sabe outro nome, a venera com a antonomásia de Rainha Santa. Com este título que excede todos os títulos, a canonizou, em vida, o pregão das suas obras; a este pregão se seguiram as vozes dos seus vassalos; e a estas vozes a a adoração, os altares, os aplausos do mundo. Rainha e Santa; estes dois nomes somente havemos de complicar, um com o outro: e veremos a nossa Rainha, tão industriosa negociante no manejo destas duas coroas, que, com a coroa de rainha negociou ser maior santa, e com a coroa de santa negociou ser maior rainha. Maior Rainha porque Santa e maior Santa porque Rainha.
Perdoai-me Rainha Santa, este discurso: mas não mo perdoeis, porque todo ele foi ordenado a avaliar o preço, encarecer a singularidade, e a sublimar a grandeza da vossa glória. Menos santa fora ISABEL se a sua santidade não assentara sobre mulher e coroa. destes dois metais, um tão frágil e outro tão precioso, deste vidro e deste ouro, se formou e fabricou a peanha que levantou a estátua de ISABEL até às estrelas».
Santa ISABEL rainha de Portugal, que foi admirável pela sua intervenção conciliadora dos reis em conflito e pela sua caridade para com os pobres; depois da morte do Rei Dom Dinis, seu esposo, abraçou a vida religiosa entre as monjas da Ordem Terceira de Santa Clara no mosteiro de Santa Clara a Velha em Coimbra, por ela fundado, e quando procurava conseguir a reconciliação entre o filho e o neto em Extremoz, dali partiu deste mundo para Deus. (1336)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da
Editorial A. O. de Braga:
Segundo parece mais provável, nasceu em princípios de 1270, filha do rei Dom Pedro III de Aragão e da rainha Dona Constança. Onde? Em Saragoça? Em Barcelona? Não sabemos ao certo. Casou-se em 1282 com Dom Dinis, rei de Portugal, assinando o diploma matrimonial em latim. Esta frágil criatura de cabelo dourado e 12 anos incompletos não adivinhava, com certeza, a missão que Deus lhe reservava na agitada vida peninsular daqueles tempos, missão religiosa, política, social e humana de primeira classe.
Neta de Jaime I, o Conquistador, bisneta de Frederico II da Alemanha, deles herdou a energia tenaz e a força da alma. Mas caracterizava-se principalmente pela bondade imensa e pelo espírito equilibrado e justo de Santa ISABEL DA HUNGRIA, sua parenta próxima. Como diz a lenda medieval da sua vida, escrita por mão contemporânea da Rainha Santa, era mulher cheia de doçura e bondade, muito inteligente e bem educada.
A viagem até Portugal foi longa e dificil, pois os guerreiros envolviam os caminhos de então, pouco seguros. Em Junho de 1282, encontrou-se em Trancoso com o rei Dom Dinis, a quem via pela primeira vez.
O Livro que fala da boa vida que levou a rainha de Portugal, Dona Isabel de Portugal, a quem chamaremos lenda primitiva, e as Crónicas dos sete primeiros reis de Portugal traçam vigorosamente o retrato moral desta mulher extraordinária, que tão carinhosamente amou o indomável Dom Afonso IV, o Bravo.
Gostava da vida interior e do trabalho silencioso. Jejuava dias sem contra através do ano, comovia-se com os que erravam, rezava pelo seu Livro de horas, cosia e fazia bordados em companhia das damas e donzelas, e distribuía esmolas aos necessitados, sem esquecer-se do governo de sua casa (a casa da rainha era um mundo). Tudo isto o fazia intensamente, e esta intensidade dá-nos a medida da sua vida.
Aos seus 20 anos nasce Dom Afonso IV o Bravo, que foi a sua cruz e o grande amor da sua existência. Caso único na primeira dinastia portuguesa, a vida deste homem foi pura e não virá fora de propósito descobrir nisto a influência da mãe, e talvez um complexo de repugnância pelas aventuras amorosas, influenciado pela dores que via sofrer Santa ISABEL, meio abandonada pelo marido.
Mas era discreta, esta jovem rainha. Obrigava o filho a obedecer ao pai (ele era rei), fingir não saber nada sobre as andanças de Dom Dinis e, ao trazê-las ele ao assunto, mudava a conversa ou começava a rezar e a ler os seus livros. O rei arrependia-se ou encobria ao máximo os seus pecados. E ela, muito mulher, mas cristã até à medula da alma, criava os filhos ilegítimos do marido. Deste modo, todos se admiravam de ver esta menina com tanto juízo e domínio de si mesma.
Na política peninsular de então, o seu poder moderador fez-se sentir profundamente, tanto nas guerras entre os reinos cristãos que haviam de formar a Espanha moderna, como nas desavenças intermináveis de Dom Dinis com o irmão e com o filho turbulento. Dava a razão a quem a tinha, e procurava explicar-lhe o direito e a verdade. E nem sempre era fácil convencê-lo. Nestes momentos sombrios e carregados de destino, fazia de espoca, de mãe e de rainha, embora sendo agradável ao falar: jogava heroicamente tudo por tudo, chegando a ser desterrada para longe do rei.
Ódio vigoroso se enraizava na alma do infante, a ponto de tratar o pai como a um estranho. E não era somente a família real que estava desunida, eram milhares de famílias divididas por ambos os partidos, odiando-se implacavelmente, queimando casas e talando campos. Para restaurar a paz, desfeita a cada momento, Santa ISABEL pôs-se a caminho de Coimbra. Lutava por aquilo que modernamente chamamos arbitragem. Nada de guerras. Seja a sentença dada pelo juiz. Assim deve ser. Afastem-se as tropas e, se o infante tem alguma razão, seja o rei a reconhecê-la.
Agora era junto de Lisboa, onde os soldados de Dom Dinis e os do Infante iam começar uma guerrilha mais, sem proveito. À pressa, Santa ISABEL subiu para uma mula e, sem qualquer pessoa à sua volta, passou, como uma mulher qualquer, pelas hostes entre si inimigas.
Recordou ao filho os seus juramentos passados, pediu-lhe que não fizesse mal ao pai, faliu com Dom Dinis e voltou a ter com o Infante. E a tempestade foi-se apaziguando. É pena que se tenha perdido quase toda a correspondência, excepto algumas cartas. Destas recordamos uma que enviou ao rei Dom Jaime, almirante da Santa Igreja de Roma. Outra destinava.se ao rei Dom Dinis, e dá-nos a medida exacta da angústia desta mulher, que amava igualmente o marido e o filho, e os via sempre em guerra:
«Não permitais - escreve ela - que se derrame sangue da vossa geração que esteve nas minhas entranhas. Fazei que as vossas armas parem ou então vereis como em breve morro. Se não o fizerdes, irei prostrar-me diante de vós e do infante, como a loba no parto se alguém se aproxima dos lobinhos recém-nascidos. Es os balestreiros hão-de ferir o meu corpo antes que se toque em vós ou no Infante. Por Santa Maria e pelo bendito São DINIS vos peço que me respondais depressa, para que Deus vos guie».
Os anos foram passando, Dom Dinis adoeceu de velho, como diz o cronista anónimo. Levaram-no para Santarém e Santa ISABEL uma vez mais, foi sua humilde enfermeira, até que o rei entregou a alma a Deus. Então sentiu-se a rainha mais longe do mundo. Voltaria a fazer pazes, a entrar em relações, a encaminhar como podia a tormentosa política da Peninsula ibérica, mas o seu propósito estava feito. Pós o véu branco e vestiu o hábito de Santa Clara, ainda que livres de votos religiosos, conservando o que era seu, como diz ela, para construir igrejas, mosteiros e hospitais. Era resolução antiga, já conhecida pelo filho e pelo confessor, Frei JOÃO DE ALCAMI. Como antes (e até mais, pois era agora mais livre para dar-se a deus e aos pobre), entregou-se à vida interior e deu largas ao seu sentido cristão do papel social da riqueza. Nas suas viagens via os pobres sentados às portas das vilas e das aldeias. Distribuía vestuários, visitava os doentes, pondo neles as mãos sem ter nojo, e entregava-os aos médicos. Frades menores, dominicanos e carmelitas, freiras meio emparedadas nos conventos religiosos e aquelas pessoas que vinham de Espanha pedindo esmola: a todos dava alguma coisa. Numa palavra: não ficavam desemparados nem presos, que da sua esmola não recebessem parte. Beijava os pés das mulheres leprosas. Junto a si criava muitas filhas de fidalgos, cavaleiros e gente mais humilde. dessas, umas vinham, a casar-se, outras faziam-se religiosas, conforme Deus queria, levando todas o seu dote. E Santa ISABEL punha em tudo um carinho especial, um gesto de inefável delicadeza. Por exemplo às noivas que ela casava emprestava-lhes uma coroa de pedras amarelas, o toucado e o véu, para que ficassem mais belas. Era actividade de estadista competente e de benfeitora social. Por onde passava e via hospitais, igrejas, pontes ou fontes em construção, logo ajudava da sua parte com alguma dádiva. Interessava-se por todas as obras, dirigiu a construção do convento de Santa Clara de Coimbra, falava com os operários, dizia-lhes como deviam fazer as coisas e eles ficavam assombrados de tantos conhecimentos que ela tinha.
Como todos os cristãos da Idade Média iam a Santiago de Compostela, para lá se dirigiu ela, sem dar explicações a ninguém, pois Dom Dinis já tinha morrido. O arcebispo celebrou missa e Santa ISABEL ofereceu ao padroeiro de Espanha a mais nobre coroa do seu tesouro, véus, panos bordados, pedras preciosas e a mula com o seu manto de ouro e prata. Ao voltar a Portugal trazia consigo o bordão e a esclavina dos peregrinos, para «aparecer como peregrina de Santiago».
Num dia quente de Verão, ouviram-na dizer que ia começar a guerra entre Afonso IV, rei de Portugal e o rei de Castela. Eram seu filho e seu neto. O calor era tremendo. Apesar disso, a rainha cansada de anos e trabalhos, pôs-se a caminho. Desta vez, indo a caminho de Extremoz, a torreira era como de morte. Com dor aguda, apareceu-lhe uma ferida no braço e teve também febre. Junto à sua cama estava a nora, Dona Beatriz. Então viu passar uma dama com vestido branco. Nossa Senhora? É possível. Revela seguramente uma alma que pensava no outro mundo. Na quinta-feira seguinte confessou-se, assistiu à Missa e com grande devoção e muitas lágrimas recebeu o corpo de Deus, Voltou à cama. Quando a noite caía, disse a Dom Afonso IV que fosse cear, seguindo o costume que têm as mães de cuidar dos filhos, como se sempre fossem pequenos. Sentia que a hora estava a chegar. Muito tinha rezado na sua vida! Tinha visitado centenas de igrejas, tinha assistido a incontáveis festas eucarísticas. sabia latim, conhecia de cor os hinos litúrgicos, a ponto de corrigir os clérigos quando se equivocavam. Não nos admiremos que rezasse à hora da morte os versos latinos, Maria, mater gratie, etc. A voz consumia-se cada vez mais, mas ela continuava rezando, até que ninguém a compreendia já, e assim rezando acabou o seu tempo. Cumprir-se-ia o que ela tanto pedia a Deus: morreu junto ao filho. E nada tão comovente como o amor indestrutível desta Santa, que ninguém viu aborrecida com aquele filho bravo e duro de cerviz. Deu-se isto no castelo de Extremoz a 4 de Julho de 1336.
Em sete jornadas, através das planícies abrasadoras do Alentejo e da Estremadura, levaram o seu corpo ao convento de Santa Clara de Coimbra. E lá ficou através dos séculos, rodeado duma autêntica auréola de milagres. Alguns deles lendários, como o milagre das rosas, que não vem na lenda primitiva. Outros verdadeiros. Ao canonizá-la, a 25 de Maio de 1625, URBANO VIII confirmava a voz antiga do povo, rodeando duma glória imortal uma das mais perfeitas mulheres da Idade Média.
Eis como se lhe refere o Padre ANTÓNIO VIEIRA, num dos seus panegíricos mais perfeitos:
«O mundo a conhece com o nome de ISABEL; e a nossa pátria, que lhe não sabe outro nome, a venera com a antonomásia de Rainha Santa. Com este título que excede todos os títulos, a canonizou, em vida, o pregão das suas obras; a este pregão se seguiram as vozes dos seus vassalos; e a estas vozes a a adoração, os altares, os aplausos do mundo. Rainha e Santa; estes dois nomes somente havemos de complicar, um com o outro: e veremos a nossa Rainha, tão industriosa negociante no manejo destas duas coroas, que, com a coroa de rainha negociou ser maior santa, e com a coroa de santa negociou ser maior rainha. Maior Rainha porque Santa e maior Santa porque Rainha.
Perdoai-me Rainha Santa, este discurso: mas não mo perdoeis, porque todo ele foi ordenado a avaliar o preço, encarecer a singularidade, e a sublimar a grandeza da vossa glória. Menos santa fora ISABEL se a sua santidade não assentara sobre mulher e coroa. destes dois metais, um tão frágil e outro tão precioso, deste vidro e deste ouro, se formou e fabricou a peanha que levantou a estátua de ISABEL até às estrelas».
GUILHERME ANDLEBY, presbitero, HENRIQUE ABBOT, TOMÁS WARCOP e EDUARDO FULTHORP e ainda, JORGE ERRINGTON, GUILHERME KNIGHT e GUILHERME GIBSON, mais 18 MÁRTIRES DE IORQUE, Santos
Em Iorque, Inglaterra, os beatos mártires GUILHERME ANDLEBY, presbitero, HENRIQUE ABBOT, TOMÁS WARCOP e EDUARDO FULTHORP, leigos, que na perseguição ocorrida no reinado de Isabel I, foram condenados à morte por causa da sua fidelidade à Igreja, depois de terem suportado aso meso tempo o suplício do patíbulo,. partiram deste mundo e alcançaram a recompensa eterna. (1597)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da
Editorial A. O,. de Braga:
Ao Norte de Inglaterra, para Este, no caminho da Escócia, Iorque mantém ainda o encanto da cidade antiga, parecida com uma senhora idosa que respira calma e paz. Hospedou, na sua juventude, imperadores romanos, e um bispo desde o século VII; alojou Dinamarqueses e Normandos. E foi a última residência de numerosos mártires no tempo dos suplícios que seguiram a nacionalização da Igreja, nos séculos XVI e XVII.
A 4 de Julho de 14597 morreram em Iorque os Beatos GUILHERME ANDLEBY, sacerdote secular, HENRIQUE ABBOT, TOMÁS WARCOP e EDUARDO FULTHROP, três leigos.
ANDLEBY nascera em Eton, perto de Beverley, sé episcopal na Inglaterra do Norte. recebeu educação protestante e fez os estudos em Cambridge, na planície a Nordeste do Tamisa, sede duma grande feira na Idade Média e orgulhosa da sua Universidade, criada no século XIII. ANDLEBY tinha uns 25 anos quando fez uma viagem ao continente. Procurando chegar à Holanda, então em guerra com a Espanha, passou por Douai e falou com o reitor do seminário inglês. O jovem, adversário do papismo e mesmo de todas as religiões, foi tão completamente mudado que ficou em Douai e foi ordenado sacerdote em 1577. Foi enviado como missionário para os condenados de Iorque e de Lincoln, a Nordeste de Inglaterra. Acompanhou os católicos prisioneiros em Hull, não sem grandes perigos para ele. A tragédia terminou pelo enforcamento. E como se tratava de padre, foi entregue ao executor da justiça real, que o esquartejou.
O Beato EDUARDO FULTHROP foi executado no mesmo dia: era gentil-homem do condado de Iorque que se tinha reconciliado com a Igreja.
O Beato TOMÁS WARCOP foi simplesmente enforcado por oferecer guarida a ANDLEBY.
O Beato HENRIQUE ABBOT foi despedaçado, como ANDLEBY e FULTHROP por ter levado um terceiro a entrar na Igreja Católica. ABBOT era originário de Holden, no condado de Iorque. Tinha sido enganado por um ministro protestante encarcerado em Iorque, o qual fingiu querer abjurar. ABBOT ofereceu-lhe os seus serviços e, embora não tivesse encontrado nenhum sacerdote para ajudar este pastor, foi condenado com três prisioneiros católicos, os veneráveis JORGE ERRINGTON, GUILHERME KNIGHT e GUILHERME GIBSON, que o pastor tinha denunciado para conseguir em paga, ser solto. Anteriormente, já tinha havido em Iorque 18 mártires
PEDRO JORGE FRASSÁTI, Santo
Em Turim, Itália, o beato PEDRO JORGE FRASSÁTI um jovem que, militando nas associações de leigos católicos se dedicou com grande diligência e alegria em iniciativas de desenvolvimento social e no exercício da caridade para com os pobres e os enfermos,. até que, afectado por uma paralisia fulminante, partiu deste mundo. (1925)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu em Turim, a 6 de Abril de 1901, uma criança que nesse mesmo dia foi baptizada e recebeu o nome de PEDRO JORGE. Seu pai Alfredo Frassáti, que era advogado e jornalista, seria mais tarde embaixador em Berlim e Senador do Reino.
A primeira comunhão, que PEDRO JORGE recebeu a 19 de Junho de 1911, impressionou tão vivamente a sua alma que jamais poderá esquecer essa data. Jesus Cristo, presente no Santíssimo Sacramento, tornar-Se-á o centro dos seus afectos bem como fonte e força espiritual para praticar em grau heroico, todas as virtudes. Todavia, a comunhão diária e as frequentes e demoradas visitas ao Santíssimo não impedirão PEDRO JORGE de ser um rapaz alegre e um companheiro simpático nas reuniões sociais, no desporto e em excursões às montanhas.
Concluídos com distinção os estudos preparatórios num colégio de jesuítas e num liceu do estado, ingressou na Universidade como estudante de engenharia de minas. Pretendia casar no fim do curso e ser pai de uma grande família. Deus, no entanto, tinha outros desígnios. Queria que ele ficasse como modelo de estudante universitário de fé intrépida, sem respeitos humanos.
PEDRO JORGE nunca se acanhou de apresentar-se sempre e em toda a parte como católico praticante. Foi membro activo da Congregação Mariana, da Conferência de São Vicente de Paulo e da Acção Católica. Procurou ser apóstolo no Colégio e na Universidade, defendendo a Igreja quando a atacavam, esclarecendo a verdade sempre que necessário, conforme o conselho de São PEDRO: «Estai sempre prontos a responder com doçura e respeito a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança» (1 Pe 3, 15).
Este jovem simpático e cheio de vida foi fulminantemente atacado por uma poliomielite que o vitimou em poucos dias. Faleceu santamente, a 4 de Julho de 1925. Ao seu funeral acorreram não apenas familiares, professores e colegas, mas uma multidão de pobres, que ele tinha socorrido.
Se ao seu enterro acudiu tão ingente número de pessoas, o que dizer do dia da sua beatificação,a 20 de Maio de 1990, na Praça de São Pedro? Basta referir que compareceram ao acto solene o Presidente da República Italiana, acompanhado de outras autoridades do Governo, vários Cardeais, Arcebispos e Bispos, os Membros do Corpo Diplomático, além de uma irmã de PEDRO JORGE, com outros membros da família. Na homilia, o Santo Padre disse a respeito do novo Beato.
«A fé e a caridade, verdadeiras forças motrizes da sua existência, tornaram-no activo e operoso no ambiente em que viveu, na família e na escola, na universidade e na sociedade; transformaram-no em alegre e entusiasta apóstolo de Cristo, em apaixonado seguidor da sua mensagem e da sua caridade.
O segredo do seu zelo apostólico e da sua santidade, deve ser buscado no itinerário ascético e espiritual por ele percorrido; na oração, na adoração perseverante, também nocturna, do Santíssimo Sacramento, na sua sede da Palavra de Deus, prescrutada nos textos bíblicos, na serena aceitação das dificuldades da vida, mesmo familiares; na caridade vivida com disciplina alegre e sem comprometimentos, na predilecção quotidiana pelo silêncio e pela «normalidade» da existência.
AAS 71 (1979) 141-4; 79 (1987) 1414-19; L'OSS. ROM. 27.5.1990.
JUCUNDIANO, Santo
Na África Setentrional, São JUCUNDIANO mártir. (data incerta)
LAUREANO, Santo
Em Vatan, território de Bourges, na Aquitânia, França, São LAUREANO mártir. (séc. III)
VALENTIM, Santo
Em Langres, Aquitânia, São VALENTIM presbitero e eremita. (séc. V)
BERTA DE BLANGY, Santa
Em Blangy, no território de Arras, França, Santa BERTA abadessa que, tendo ingressado com as filhas GERTRUDES e DEOTILA no mosteiro por ela fundado, alguns anos depois viveu como reclusa numa pequena cela. (725)
ANDRÉ DE CRETA, Santo
Em Erissos, na ilha de Lesbos, Grécia, o passamento de Santo ANDRÉ DE CRETA bispo de Gortina, que com orações, hinos e cânticos de excelente composição, cantou os louvores de Deus e exaltou a Virgem Mãe de Deus Imaculada e elevada ao Céu. (740)
ULDARICO ou ULRICO, Santo
Em Augsburgo, Baviera, hoje Alemanha, Santo ULDARICO ou ULRICO bispo ilustre pela sua admirável abstinência, liberalidade e assiduidade às vigílias que, depois de 50 anos de episcopado, morreu nonagenário. (973)
BONIFÁCIO, Santo
No mosteiro de Hautecombe, junto ao lago Burget, na Savóia, hoje França, o sepultamento do Beato BONIFÁCIO bispo, de linhagem régia que, depois de ter ingressado na Cartuxa foi eleito para a sede de Belley e finalmente elevada à sede de Cantuária, manifestando sempre grande solicitude pelo seu rebanho. (1270)
JOÃO DE VESPIGNIANO, Beato
Em Florença, na Etrúria, hoje Toscana, Itália, o Beato JOÃO DE VESPIGNIANO. (séc. XIII)
JOÃO (Connor O'Malley) "CORNÉLIO",
TOMÁS BOSGRAVE, JOÃO CARCY e PATRÍCIO SALMON, Beatos
Em Dorchester, Inglaterra, os beatos mártires JOÃO (Connor O'Malley) ou "CORNÉLIO" como ele próprio se apelidava, presbitero pouco tempo antes de ser admitido na Companhia de Jesus, TOMÁS BOSGRAVE, JOÃO CARCY e PATRÍCIO SALMON leigos que ajudaram este sacerdote, todos eles ao mesmo tempo, no reinado de Isabel I, glorificaram a Cristo com o martírio. (1594)
ANTÓNIO DANIEL, Santo
Entre os Hurões, no território do Canadá, Santo ANTÓNIO DANIEL presbitero da Companhia de Jesus e mártir que, depois de terminar a celebração da Missa, colocando-se à porta do oratório para proteger os neófitos do ataque dos inimigos indígenas, foi trespassado pelas flechas e lançado na fogueira. A sua memória celebra-se com a dos seus companheiros no dia 11 de Outubro. (1648)
CATARINA JARRIGE, Beata
Em Mauriac, junto ao monte Cantal, em França, a Beata CATARINA JARRIGE virgem da Ordem Terceira de São Domingos que se tornou ilustre pelo auxilio aos pobres e aos enfermos e, durante a revolução francesa, defendeu de todos os modos os sacerdotes perseguidos e os visitava no cárcere. (1836)
CESÍDIO GIACOMANTÓNIO, Santo
Em Heng-Tchou-Fu, cidade do Hunai, China, São CESÍDIO GIACOMANTÓNIO presbítero da Ordem dos Menores e mártir que, durante a perseguição movida pelos, «Yihetuan» quando procurava proteger o Santíssimo Sacramento das investidas da multidão, foi apedrejado e, envolto num lençol imbuído em petróleo morreu queimado. (1900)
JOSÉ KOWALSKI, Beato
Em Blangy, no território de Arras, França, Santa BERTA abadessa que, tendo ingressado com as filhas GERTRUDES e DEOTILA no mosteiro por ela fundado, alguns anos depois viveu como reclusa numa pequena cela. (725)
ANDRÉ DE CRETA, Santo
Em Erissos, na ilha de Lesbos, Grécia, o passamento de Santo ANDRÉ DE CRETA bispo de Gortina, que com orações, hinos e cânticos de excelente composição, cantou os louvores de Deus e exaltou a Virgem Mãe de Deus Imaculada e elevada ao Céu. (740)
ULDARICO ou ULRICO, Santo
Em Augsburgo, Baviera, hoje Alemanha, Santo ULDARICO ou ULRICO bispo ilustre pela sua admirável abstinência, liberalidade e assiduidade às vigílias que, depois de 50 anos de episcopado, morreu nonagenário. (973)
BONIFÁCIO, Santo
No mosteiro de Hautecombe, junto ao lago Burget, na Savóia, hoje França, o sepultamento do Beato BONIFÁCIO bispo, de linhagem régia que, depois de ter ingressado na Cartuxa foi eleito para a sede de Belley e finalmente elevada à sede de Cantuária, manifestando sempre grande solicitude pelo seu rebanho. (1270)
JOÃO DE VESPIGNIANO, Beato
Em Florença, na Etrúria, hoje Toscana, Itália, o Beato JOÃO DE VESPIGNIANO. (séc. XIII)
JOÃO (Connor O'Malley) "CORNÉLIO",
TOMÁS BOSGRAVE, JOÃO CARCY e PATRÍCIO SALMON, Beatos
Em Dorchester, Inglaterra, os beatos mártires JOÃO (Connor O'Malley) ou "CORNÉLIO" como ele próprio se apelidava, presbitero pouco tempo antes de ser admitido na Companhia de Jesus, TOMÁS BOSGRAVE, JOÃO CARCY e PATRÍCIO SALMON leigos que ajudaram este sacerdote, todos eles ao mesmo tempo, no reinado de Isabel I, glorificaram a Cristo com o martírio. (1594)
ANTÓNIO DANIEL, Santo
Entre os Hurões, no território do Canadá, Santo ANTÓNIO DANIEL presbitero da Companhia de Jesus e mártir que, depois de terminar a celebração da Missa, colocando-se à porta do oratório para proteger os neófitos do ataque dos inimigos indígenas, foi trespassado pelas flechas e lançado na fogueira. A sua memória celebra-se com a dos seus companheiros no dia 11 de Outubro. (1648)
CATARINA JARRIGE, Beata
Em Mauriac, junto ao monte Cantal, em França, a Beata CATARINA JARRIGE virgem da Ordem Terceira de São Domingos que se tornou ilustre pelo auxilio aos pobres e aos enfermos e, durante a revolução francesa, defendeu de todos os modos os sacerdotes perseguidos e os visitava no cárcere. (1836)
CESÍDIO GIACOMANTÓNIO, Santo
Em Heng-Tchou-Fu, cidade do Hunai, China, São CESÍDIO GIACOMANTÓNIO presbítero da Ordem dos Menores e mártir que, durante a perseguição movida pelos, «Yihetuan» quando procurava proteger o Santíssimo Sacramento das investidas da multidão, foi apedrejado e, envolto num lençol imbuído em petróleo morreu queimado. (1900)
JOSÉ KOWALSKI, Beato
No campo de concentração de Auschwitz, perto de Cracóvia, na Polónia, o beato JOSÉ KOWALSKI mártir que, durante a guerra, foi encarcerado por causa da sua fé em Cristo e, submetido a atrozes torturas, consumou o martírio. (1942)
MARIA CRUCIFICADA (Rosa Cúrcio), Beata
Em Santa Marinella, perto de Roma, a Beata MARIA CRUCIFICADA (Rosa Cúrcio) virgem, fundadora da Congregação das Carmelitas Missionárias de Santa Teresa do Menino Jesus. (1957)
PEDRO KIBE KASUI e 187 companheiros, Santos
No Japão, o Beato PEDRO KIBE KASUI presbitero da Companhia de Jesus e 187 companheiros, JULIÃO NAKAURA e DIOGO YUKI RYOSETSU presbiteros da Companhia de Jesus, NICOLAU FUKUNAGA KEIAN, religioso da mesma Companhia, TOMÁS DE SANTO AGOSTINHO (Tomás Ochia Jihyoe "Kintsuba"), presbitero da Ordem de Santo Agostinho, JOÃO HARA MONDO, religiosos da Ordem Terceira de São Francisco; JOÃO MINAMI GOROZAEMON, SIMÃO TAKEDA GOHYOE, JOANA TAKEDA, INÊS TAKEDA, MADALENA MINAMI e LUÍS MINAMI, MELCHIOR KUMAGAI MOTONAO, DAMIÃO, catequista, JOAQUIM WATANABE JIROZAEMON, LEÃO SAISHO SHICHIEMON, JOÃO HATORI JINGORO e seu filho PEDRO HATORI, MIGUEL MITSUISHI e seu filho TOMÉ MITSUISHI, GASPAR NISHI GENKA, sua esposa ÚRSULA NISHI e seu filho JOÃO NISHI MATAISHI; ADRIÃO TAKAHASHI MONDO e sua esposa JOANA TAKAHASHI; LEÃO HAYASHIDA SUKEEMON, sua esposa MARTA HAYASHIDA e seus filhos MADALENA HAYASHIDA e DIOGO HAYASHIDA, LEÃO TAKEMODI HAN'EMON e seu filho PAULO TAKEMODI HAN'EMON; ADÃO ARAKAWA, JOÃO HASHIMOTO TAHYOE sua esposa TECLA HASHIMOTO e seus filhos: CATARINA HASHIMOTO, TOMÉ HASHIMOTO, PEDRO HASHIMOTO e LUÍSA HASHIMOTO; TOMÉ KIAN, TOMÉ IKEGAMI; LINO RIHYOE sua esposa MARIA; COSME SHIZABURO e seu filho FRANCISCO SHIZABURO; ANTÓNIO DÓMI, JOAQUIM OGAWA, JOÃO KYUSAKU sua esposa MADALENA e sua filha REGINA; TOMÉ KOSHIMA SHINSHIRO sua esposa MARIA; GABRIEL, outra MARIA e sua filha MÓNICA; MARTA e seu filho BENTO; outra MARIA e seu filho SISTO; outra MÓNICA , TOMÉ TOEMON e sua esposa LUZIA; RUFINA e sua filha MARTA; outra MÓNICA, MANUEL KOSABURO, ANA KAJIVA e seu filho TOMÉ KAIJA YOEMON; ÁGUEDA, MARIA CHUJÓ, JERÓNIMO SOROKU e sua esposa MARIA; MÊNCIA e sua filha LUZIA; MADALENA, DIOGO TSUZU, FRANCISCO e MARIA; DIOGO KAGAYAMA HAITO; BALTASAR KAGAYAMA HANZAEMON e seu filho TIAGO; JOÃO HARA MONDO, FRANCISCO TOYAMA JINTARÓ; MATIAS SHOBARA ICHIZAEMON, JOAQUIM KUROEMON; BALTASAR UCHIBORI, ANTÓNIO UCHIBORI e INÁCIO UCHIBORI, PAULO UCHIBORI SAKUEMON, GASPAR KIZAEMON e sua esposa MARIA MINE, GASPAR NAGAI SOHAN, LUÍS SHINZABURO, DINIS SAEKIEKI ZENKA e seu filho LUÍS SAEKI KIZO, DAMIÃO ICHIYATA, LEÃO NAKAJIMA SOKAN e seu filho PAULO NAKAJIMA, JOÃO KISAKI KYUHACHI, JOÃO MHEISAKU; TOMÉ UZUMI SHINGORO, ALEIXO SUGI SHOHACHI, TOMÉ KONDO HYOEMON, JOÃO ARAKI KANSHICHI; JOAQUIM MINE SUKEDAYU, PAULO NISHIDA KYUHACHI, MARIA, JOÃO MATSUTAKE CHOZABURO, BARTOLOMEU BABA HAN'EMON, LUÍS FURUE SUKEEMON, PAULO ONIZUKA MAGOEMON, LUÍS HAYASHIDA SOKA, MADALENA HAYASHIDA, PAULO HAYASHIDA MOHYOE; LUÍS AMAGASU IEMON e seu filho VICENTE KUROGANE ICHIBIYOE, MIGUEL AMAGASU IEMON, sua esposa DOMINGAS AMAGASU e sua filha JUSTA AMAGASU, TECLA KUROGANE, LUZIA KUROGANE, MARIA ITO, MARINA ITO CHOBO, PEDRO ITO YAHYOE, MATIAS ITO HIKOSUKE, TIMÓTEO OBASAMA JIROBYOE, LUZIA OBOSAMA , JOÃO GOROBYOE, JOAQUIM SABUROBYOE, JOÃO BANZAI KASUE, ÁUREA BANZAI, ANTÓNIO BANZAI ORUSU, PAULO SANJURO, RUFINA BANZAI e seus filhos PAULO e MARTA, SIMÃO TAKAHASHI SEIZAEMON, TECLA TAKAHASHI, PAULO NISHIHORI SHIKIBU, LUÍS JIN'EMON e sua filha ANA, MÂNCIO YOSHINO HAN'EMON, JÚLIA YOSHINO, ANTÓNIO ANAZAWA HAN'EMON, PAULO ANAZAWA JUZABURO, ANDRÉ YAMAMOTO SHICHIEMON, INÁCIO IIDA SOEMON, JOÃO ARIE KIEMON, PEDRO ARIE JINZO, ALEIXO SATO SEISUKE, LUZIA SATO, ISABEL SATO, PAULO SATO MATAGORO, (N) SHICHIZAEMON, MADALENA, duas filhas de SHICHIZAEMON e MADALENA; LUZIA IIDA, CRESCÊNCIA ANAZAWA, ROMÃO ANAZAWA MATSUJIRO, MIGUEL ANAZAWA OSAMU, MAIA YAMAMOTO, ÚRSULA YAMAMAMOTO e MADALENA ARIE; ALEIXO CHOEMON e seus filhos CÂNDIDO e INÁCIO; MIGUEL KUSURIYA, OGASAWARA MARI, OGASAWARA KURI, OGASAWARA SASAEMON, OGASAWARA SAYUEMON, OGASAWARA SHIRO, OGASAWARA GORO, OGASAWARA TSUCHI e OGASAWARA GONOSUKE e quatro servos da família OGASAWARA. Todos foram mártires.
... E AINDA ...
Nacque a Rivolta, della cui chiesa divenne successivamente preposto. Il giovedì santo 29 marzo 1168 fu scelto dal clero e dal popolo di Lodi come proprio vescovo quando Galdino, arcivescovo di Milano e legato pontificio in Lombardia, ordinò loro di staccarsi dal vescovo Alberico Merlin, che era stato eletto a quella sede dall'antipapa Pasquale III, di cui era stato fautore. Fu pastore attivo e zelante, strenuo difensore del papa Alessandro III, e prese parte al III Concilio Lateranense. La sua rettitudine fu riconosciuta anche dai suoi nemici tra cui Acerbis Murena, partigiano di Pasquale III. Come non si conosce la sua data di nascita così è incerta quella della sua morte: il 1173 per il Gams, il 1179 per i Bollandisti. Traslato solennemente nel 1588, la sua festa viene celebrata il 4 lugli.
CARILEFFO DE ANILE, Santo
Secondo Gregorio di Tours (Histo-ria Francorum, V, cap. 14), nel 576, nella diocesi di Le Mans, presso il fiume Anille, sorgeva il monastero detto Anille (Anisola o Anninsola; oggi St-Calais) eretto in onore di Carileffo, vissuto, sembra, nel sec. VI. Delle tre Vitae di C. pervenuteci, una è senza valore, mentre le altre due furono redatte nel sec. IX, in epoca, cioè, molto posteriore a quella in cui visse il santo. In un diploma di Clodoveo III del 693 si parla di un monastero costruito in onore del « pio Carìlefus, confessore », e in un testo di Dagoberto III, databile tra il 712 e il 715, Carileffo è definito « beatissimo », mentre un altro diploma del 752 lo chiama santo.
Secondo la tradizione leggendaria, Carileffo, monaco a Ménat, avrebbe poi lasciato l'Alvernia assieme a s. Avito, si sarebbe recato nel Sologne e nel Perche e avrebbe infine fondato il monastero di Anille. In realtà, dalle scarse notizie certe che mettono Carileffo in relazione con questo monastero, si può ricavare che egli non ne fu il fondatore e neppure l'abate, dal momento che esso fu eretto in suo onore: forse il santo conduceva vita eremitica nei pressi del luogo ove sarebbe poi sorto il monastero.
Al momento delle invasioni normanne i resti di Carileffo furono trasferiti a Blois e poi riportati a St-Galais nel 1663. La sua festa ricorre al 4 lugl. nel Proprio di Le Man
DAMIANO GRASSI DE RIVOLI, Beato
Abbiamo informazioni scarse su questo beato. Il culto non è mai stato confermato dalla S. Sede. Si racconta che, colpito dalla notizia del martirio del beato Antonio Neryot si decidesse di entrare nell'Ordine Domenicano, desideroso del martirio. Fece gli studi all’università di Parigi e si laureò nel 1500. Tornato in patria, il capitolo generale dell’ordine, tenuto a Pavia, lo nominò reggente dello studio generale della città. In questo incarico gravoso, non abbandonò mai la sacra predicazione. Fu provinciale della provincia di S. Pietro martire con carica elettiva dal 1513. Nello stesso anno fu scelto come confessore da Carlo III di Savoia. Morì a Piombino, mentre tornava dal capitolo generale di Napoli, il 4 luglio 1515
ELIAS I, Santo
Nacque nel 430, fu patriarca dal 494 al 516, morì nel 518. E' commemorato il 4 luglio.
Elia e Martirio, di origine araba, erano eremiti sulla montagna di Nitria, in Egitto, al tempo della morte del patriarca cattolico di Alessandria, Proterio. Fuggiti in Palestina per sfuggire la persecuzione dei monofisiti furono accolti da sant'Eutimio nella laura da lui fondata a Sahel. Dopo alcuni anni i due si separarono da lui: mentre Martirio si stabilì in una grotta, Elia si costruì una celletta presso Gerico che divenne la culla di due monasteri,i "monasteri di Elia". Alla sepoltura di Eutimio i due di rirovarono e furono notati dal patriarca di Gerusalemme, Anastasio che li prese con sè facendoli preti della sua chiesa.
Quando morì, gli succedettero Martirio, Sallustio e poi Elia. Il suo primo pensiero fu di costruire un convento per gli Spudei,una confraternita i cui membri erano dediti al servizio divino, in particolare alla celebrazione solenne della liturgia. Ebbe strette relazioni con san Saba, respinse la comunione con i vescovi monofisiti di Antiochia ed Alessandria. Strenuo difensore della dottrina del concilio di Calcedonia. Elia lo era di meno nella difesa del Concilio stesso di cui preferiva non parlare per non svegliare il serpente che dorme, cioè l'imperatore Anastasio che aveva aderito all'eresia.
Nonostante tanta prudenza usata per tenere la chiesa di Gerusalemme lontana dalle dispute, Elia fu esiliato a Eilat dove visse ancora due anni. A san Saba che lo aveva raggiunto annunziò la propria morte con dieci giiorni di anticipo. Morì il 20 luglio 518
Elia e Martirio, di origine araba, erano eremiti sulla montagna di Nitria, in Egitto, al tempo della morte del patriarca cattolico di Alessandria, Proterio. Fuggiti in Palestina per sfuggire la persecuzione dei monofisiti furono accolti da sant'Eutimio nella laura da lui fondata a Sahel. Dopo alcuni anni i due si separarono da lui: mentre Martirio si stabilì in una grotta, Elia si costruì una celletta presso Gerico che divenne la culla di due monasteri,i "monasteri di Elia". Alla sepoltura di Eutimio i due di rirovarono e furono notati dal patriarca di Gerusalemme, Anastasio che li prese con sè facendoli preti della sua chiesa.
Quando morì, gli succedettero Martirio, Sallustio e poi Elia. Il suo primo pensiero fu di costruire un convento per gli Spudei,una confraternita i cui membri erano dediti al servizio divino, in particolare alla celebrazione solenne della liturgia. Ebbe strette relazioni con san Saba, respinse la comunione con i vescovi monofisiti di Antiochia ed Alessandria. Strenuo difensore della dottrina del concilio di Calcedonia. Elia lo era di meno nella difesa del Concilio stesso di cui preferiva non parlare per non svegliare il serpente che dorme, cioè l'imperatore Anastasio che aveva aderito all'eresia.
Nonostante tanta prudenza usata per tenere la chiesa di Gerusalemme lontana dalle dispute, Elia fu esiliato a Eilat dove visse ancora due anni. A san Saba che lo aveva raggiunto annunziò la propria morte con dieci giiorni di anticipo. Morì il 20 luglio 518
LUARSAB, Santo
Luarsab successe al padre Giorgio X re di Kartli, regione della Georgia, nel 1609 all'età di 14 anni. Poco dopo i turchi e i tatari della Crimea invasero il paese mentre Luarsab si trovava nella sua residenza estiva e poté sfuggire all'attacco grazie al prete Teodoro che con uno stratagemma riuscì a dirottare i nemici; ciò permise a Luarsab di raccogliere le forze con le quali annientò il nemico. Anche lo Scià di Persia aveva mire sulla Georgia e tentò ripetutamente di ridurla in suo potere non con la forza, ma attraverso una politica che mirava a mettere l'uno contro l'altro Luarsab re di Kartli e Tamaraz re di Kakheti ma, non essendo riuscito a renderli nemici fra loro, divisò di farli uccidere durante una partita di caccia ma anche questo disegno andò a vuoto. Tuttavia con l'inganno riuscì a fare prigioniero Luarsab al quale offrì un lauto pranzo durante la quaresima e, avendo egli rifiutato di rompere il digiuno, gli ordinò di abbracciare l'islam ma, al nuovo diniego del santo re, ordinò che fosse strangolato nel 1622
NATÁLIA DE TOLOSA, Santa
Nata nel 1312 a Gaillac in Francia, Santa Natalia, si trasferì all’età di 16 anni nella città di Tolosa. Ricevuta un’educazione cristiana, entrò nell’Ordine della Mercede nel convento della stessa città dove fece la professione solenne innanzi al Beato Bernardo di Poncelli commendatore di Tolosa. Pregava zelantemente per la liberazione degli schiavi con infinite mortificazioni e fu rallegrata da Gesù che gli apparve incoraggiandola su questa via di penitenza. Tutti si rivolgevano a lei, i redentori in particolare, esortandola a pregare per la conversione dei peccatori e per restare lontani dalle tentazioni impure. Finché trionfante, il 4 luglio 1355, raggiunse la gloria del cielo.
L’Ordine la festeggia il 4 lugli
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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
In
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
e do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga, além de outros, eventualmente
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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, não coloco quaisquer entraves para quem quiser copiá-las
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Rio Douro, Porto e Gaia.
ANTÓNIO FONSECA
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