domingo, 17 de julho de 2022

Nº 4 991 - SÉRIE DE 2022 - (Nº 198) - SANTOS DE CADA DIA - 17 DE JULHO DE 2022 - (Nº 2 5 3) DO 15º ANO

     Caros Amigos





Iniciou-se um Novo Ano que é o 
2022 
da Era de Cristo

Este blogue nascido em 7 de Novembro de 2006 vai continuar a ser publicado, diariamente, enquanto Deus permitir que eu mantenha a minha Saúde e as minhas faculdades mentais.

 Procurarei na medida do possível, melhorar cada vez mais os textos das biografias dos Santos e Beatos e Festividades que forem acontecendo ao longo do ano.


Este é portanto o 

Centésimo Nonagésimo Oitavo Número

da Nova Série de 2022

e o Nº  2  5  3

do 15º ano



Todas as biografias que não estejam completas, podem ser consultadas através dos 
Livros "SANTOS DE CADA DIA" da Editorial A. O. de BragaMARTIROLÓGIO ROMANO - Edição MMXIII
ou através das etiquetas do Blogue referentes à sua publicação em anos anteriores.

Muito Obrigado a todos os meus Seguidores e Leitores e/ou simples Visitantes
continuem a passar os seus olhares por este Blogue e façam os comentários favoráveis ou não, como e se o entenderem




Igreja da Comunidade de 
São PAULO DO VISO






Foto de 1-Maio-2022

António Fonseca
Autor desde 7-11-2006

Nº  4  9  9  1


SÉRIE DE 2022  -  (Nº  1 9 8)


17  DE JULHO DE 2022



SANTOS DE CADA DIA



(Nº  2  5  3)


15º  A N O 










BENDITO E LOUVADO 
SEJA PARA SEMPRE

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão recordar, comemorar e até imitar a 

Vida dos Santos e Beatos de cada dia 
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida

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INÁCIO DE AZEVEDO e 39 companheiros, DIOGO DE ANDRADE, presbitero, GONÇALO HENRIQUES, diácono; ANTÓNIO SOARES, BENTO DE CASTRO, JOÃO FERNANDES, MANUEL ÁLVARES, FRANCISCO ÁLVARES, JOÃO DE MAYORGA, ESTÊVÃO DE ZURARA, AFONSO DE BAENA, DOMINGOS FERNANDES, outro JOÃO FERNANDES, ALEIXO DELGADO, LUÍS CORREIA, MANUEL RODRIGUES, SIMÃO LOPES, MANUEL FERNANDES, ÁLVARO MENDES, PEDRO NUNES, LUÍS RODRIGUES, FRANCISCO DE MAGALHÃES, NICOLAU DINIS, GASPAR ÁLVARES, BRÁS RIBEIRO, ANTÓNIO FERNANDES, MANUEL PACHECO, PEDRO DE FONTOURA, ANDRÉ GONÇALVES, AMARO VAZ, DIOGO PIRES, MARCOS CALDEIRA, ANTÓNIO CORREIA, FERNANDO SÁNCHEZ, GREGÓRIO ESCRIBANO, FRANCISCO PÉREZ GODOY, JOÃO DE ZAFRA, JOÃO DE SAN MARTIN, SIMÃO DA COSTA, religiosos; e ainda JOÃO "Agregado" (isto é, que se lhes juntou), Beatos


Inácio de Azevedo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Inácio de Azevedo
Beato Inácio de Azevedo de Ataíde Abreu e Malafaya
Mártir da Companhia de Jesus
NascimentoPortoReino de Portugal 
1526
MorteLocal desconhecido, no Oceano Atlântico ao largo das ilhas Canárias 
15 de julho de 1570 (44 anos)
Veneração porIgreja Católica
Beatificação11 de maio de 1854
por Papa Pio IX
Festa litúrgica17 de julho
Gloriole.svg Portal dos Santos

Inácio de Azevedo d'Athayde Abreu e Malafaya, mais conhecido como Beato Inácio de Azevedo, foi um jesuíta português do século XVI. É um dos "Quarenta Mártires do Brasil", beatificados pelo Papa Pio IX em 11 de Maio de 1854.

Infância e Juventude

Era filho de D. Manuel de Azevedo[1][2], senhor da honra de Barbosa e abade comendatário do Mosteiro de S. João de Alpendurada[3], com D. Francisca de Abreu, prioresa do Convento de S. Bento da Avé Maria, no Porto[4]; e neto paterno de D. João de AzevedoBispo do Porto[5], e de D. Joana de Castro (neta do 1.º Conde de Atouguia e senhora das honras de Barbosa e de Ataíde[6]). O seu avô materno era o navegador e poeta João Gomes de Abreu, "o das Trovas" do cancioneiro de Garcia de Resende; sendo sua avó materna, muito provavelmente, D. Filipa de Eça, abadessa do Mosteiro de Lorvão.

Teve sete irmãs e cinco irmãos, o mais famoso dos quais foi D. Jerónimo de Azevedo, capitão-geral da conquista de Ceilão e Vice-Rei da Índia portuguesa. Outros dois irmãos, D. João de Azevedo, governador de Moçambique, e D. Manuel de Azevedo[7], capitão de Chaul, foram também personalidades relevantes do Império português da época.

Nasceu em 1526, provavelmente no primeiro trimestre do ano[1], na diocese do Porto. Filho ilegítimo, foi legitimado aos 13 anos de idade por carta régia de D. João III[8], datada de 22 de julho de 1539[9], como D. Inácio de Ataíde[2], "para herdar sua fazenda (...) e poder suceder ao seu pai".[10] Foi educado na corte portuguesa e aos vinte anos de idade tornou-se administrador dos bens familiares. Mas, depois de ouvir as prédicas do padre jesuíta Francisco Estrada, decidiu renunciar a esses bens, nomeadamente o senhorio da honra e quinta de Barbosa, em Penafiel de Sousa, Entre Douro e Minho[11], cabeça do morgadio criado por seu pai com bens dos Azevedos Athaydes Malafayas e dos Sousas. Por esse motivo, os referidos bens vieram a ser herdados por seu irmão, D. Francisco de Azevedo d'Athayde Malafaya, tendo a posse da honra continuado nos descendentes deste até à extinção dos senhorios em 1834[12] e a da quinta até à atualidade.

O solar da antiga honra de Barbosa, em Penafiel de Sousa (séc. XII)[13]. D. Inácio de Azevedo não sucedeu a seu pai no senhorio da honra, porque renunciou à herança paterna ao ingressar nos Jesuítas.

Ingresso nos Jesuítas

Em 28 de dezembro de 1548 - depois de fazer um retiro e exercícios espirituais em Coimbra, seguindo a sugestão de um outro futuro mártir jesuíta, João de Madureira[14] - fez opção definitiva pela vida religiosa, ingressando na Companhia de Jesus. Como noviço usou o sobrenome Ataíde, que lhe advinha de quando era presumível herdeiro (por sua avó, D. Joana de Castro) da honra e quinta de Ataíde, no antigo julgado de Santa Cruz de Riba Tâmega, solar de origem dessa família. A partir de 1564, depois de renunciar totalmente à herança paterna, passou a assinar as suas cartas como Inácio de Azevedo.[1]

Em 1553 foi nomeado reitor do Colégio de Santo Antão, em Lisboa,[15] antes mesmo de concluir o curso de Teologia. A abertura solene das aulas desta instituição - a primeira escola pública gratuita de Portugal - teve lugar a 18 de outubro desse ano. No mesmo ano, em fevereiro, Azevedo já tinha tomado ordens sacras, em Braga[16].

No ano de 1555, D. João III ofereceu aos Jesuítas a direção do Colégio das Artes de Coimbra e no início de 1556 Azevedo foi encarregado de "visitar" o Colégio pelo novo provincial de Portugal, o padre Miguel de Torres. Meses mais tarde, em outubro, após o falecimento de Santo Inácio de Loyola, o provincial de Portugal teve que viajar para Roma a fim de participar na eleição do novo Superior Geral da Ordem e indicou Inácio de Azevedo para, na sua ausência, ficar "em meu lugar com todos os meus poderes", ou seja, deixou este interinamente com o governo dos jesuítas portugueses. No início do ano seguinte, Azevedo regressou a Coimbra para exercer o cargo de reitor do Colégio das Artes até fevereiro de 1558.

Em 1560, após longas negociações, o arcebispo de Braga D. Fr. Bartolomeu dos Mártires fez a entrega do edifício do Colégio de São Paulo à Companhia de Jesus, seguindo as instruções do Cardeal D. Henrique e Inácio de Azevedo foi nomeado primeiro reitor desse Colégio.

Nesse mesmo ano, D. Inácio (que perdera o direito aos bens do morgadio instituído pelo seu pai, mas mantinha o direito à sua parte na legítima paterna, avaliada na avultada soma de 12 mil cruzados) concordou com o seu pai em renunciar ao seu direito a troco do pagamento, ainda em vida de seu pai, da quantia de 1500 cruzados no período de 3 anos, dos quais 600 vieram a ser aplicados no Colégio de Santo Antão[17] e 900 cruzados no Colégio Romano dos jesuítas. Não foi assim possível atender à pretensão inicial de S. Francisco de Borja de aplicar a totalidade dos 12 mil cruzados da legítima de D. Inácio ao financiamento do Colégio Romano, pois D. Manuel de Azevedo, apesar de já estar na avançada idade (para a época) de 74 anos, não concordou em renunciar a essa soma ainda em vida[1].

Em 1564, Inácio de Azevedo deixou a reitoria do Colégio de São Paulo e dirigiu-se a Coimbra para fazer a profissão solene, tornando-se padre professo a 9 de abril desse ano[1], na capela do Colégio de Coimbra.

Viagem ao Brasil como Visitador

Entretanto, com o falecimento do primeiro sucessor de Inácio de Loyola (Diego Laynez) em 19 de janeiro de 1565 e a eleição no mesmo ano do novo Geral da Companhia, Francisco de Borja, ia abrir-se uma nova época na atividade missionária dos jesuítas, com maior ênfase aos esforços de conversão ao cristianismo das populações indígenas da América do Sul. Borja conhecia bem Inácio de Azevedo e desde logo lhe prometeu[1] procurar satisfazer as aspirações missionárias que este de há muito vinha exprimindo. O provincial de Portugal, padre Leão Henriques, apoiou as pretensões de D. Inácio e assim, em 24 de fevereiro de 1566[1]São Francisco de Borja assinou a "Patente" que nomeou Azevedo visitador do Brasil, por "confiar muito na sua integridade, prudência e conhecimento do Instituto". Borja conferiu a Azevedo amplos poderes sobre as pessoas e bens dos jesuítas do Brasil e sancionou de antemão todas as modificações e reformas que este julgasse convenientes no sentido de melhor execução dos objetivos da Companhia no Brasil.

Inácio de Azevedo partiu para o Brasil, acompanhado por cinco padres da Companhia, a 13 de maio desse ano, na frota de três naus que zarpou do Tejo sob o comando de Cristóvão de Barros e chegou a Salvador, depois de escalas na Madeira e em Cabo Verde, a 23 de agosto de 1566. Só iria regressar a Portugal no final de outubro de 1568.

Passou cerca de 3 meses em Salvador - na época, uma povoação com cerca de 200 casas - onde se inteirou da situação dos cerca de 30 jesuítas que viviam na cidade e em 5 aldeias próximas e em 19 de novembro escreveu a Francisco de Borja para o informar que seria necessário o envio de mais gente para o Brasil. Dias depois, partiu na frota de 6 embarcações armada pelo governador Mem de Sá para auxiliar os sitiadores portugueses no Rio de Janeiro no assalto final aos fortes franceses na Guanabara. Acompanhavam-no, entre outros, o bispo D. Pedro Leitão e os padres Luís da Grã e José de Anchieta. Durante a viagem rumo ao sul, a frota tocou em todas as capitanias do Brasil para aumentar o número de combatentes, sobretudo índios leais à coroa portuguesa, arregimentados em grande parte pelos padres jesuítas. Azevedo visitou assim IlhéusPorto Seguro e Espírito Santo, onde contatou os jesuítas lá presentes e os instruiu sobre a melhor forma de ordenar a sua vida e tarefas, no contexto do Brasil, de acordo com as constituições e regras da Ordem.

A frota chegou ao Rio de Janeiro em 18 de janeiro de 1567 e Azevedo assistiu aos ataques que expulsaram franceses e seus aliados indígenas do reduto de Uruçumirim e da ilha do governador, bem como às exéquias de Estácio de Sá, mortalmente ferido nessas batalhas. Em fevereiro já estava em São Vicente, onde passou 3 meses em consultas com o padre Manuel da Nóbrega. Concordaram ambos na necessidade de ser fundado um colégio no Rio de Janeiro, escrevendo nesse sentido a D. Sebastião, que logo no início de 1568 assinou a provisão real que determinava a criação desse colégio com "50 religiosos (...) providos à custa da minha fazenda". Azevedo ainda visitou Piratininga antes de regressar a Salvador em janeiro de 1568. Aí assistiu à conclusão dos trabalhos de edificação de uma das alas do Colégio dos Jesuítas da cidade, antes de embarcar com destino a Portugal - com a promessa de regressar ao Brasil não só com padres mas com mestres de artes e ofícios, pedreiros e carpinteiros - a 14 de agosto.

Regresso a Portugal e estadia em Roma

Inácio de Azevedo desembarcou no cais da Ribeira em 31 de outubro de 1568 e partiu de seguida para Almeirim, onde se encontrava a corte, a fim de agradecer a D. Sebastião a fundação do colégio do Rio de Janeiro e propor o seu plano para o futuro da missão dos Jesuítas no Brasil. Em março de 1569, partiu para Roma acompanhando o novo Embaixador português junto ao Papa Pio VJoão Telo de Meneses. Era seu propósito obter do Papa a concessão de privilégios pontifícios com vista a facilitar a ação missionária no Brasil e também liberdade de ação para poder recrutar pessoal seleto, que ele formaria para futura ação na América do Sul. A missão foi coroada de sucesso e o Geral Francisco de Borja confirmou a nomeação de Azevedo para provincial do Brasil. A 4 de julho, correspondendo ao pedido de D. Inácio, Borja assinou uma carta em que exortava os provinciais da Espanha a auxiliarem a empresa do Brasil com gente escolhida de acordo com os critérios preconizados por Azevedo. Na última audiência que teve com o Pontífice, em finais de julho, acompanhado pelo Geral Borja, Azevedo recebeu de Pio V cartas para a família real portuguesa e dois breves para o bispo e o governador do Brasil, exortando-os a colaborar com a atividade missionária dos Jesuítas.

Azevedo partiu de Roma com destino a Gênova, onde tomou o navio para Barcelona e visitou de seguida várias cidades da Espanha, recrutando já pelo caminho padres e também alguns leigos dispostos a auxiliá-lo no Brasil. Não pôde dirigir-se logo a Lisboa devido à epidemia de peste que grassava na cidade. Dado o perigo de contágio, o rei e a corte abandonaram também a capital; Azevedo foi-lhes no encalço e foi recebido por D. Sebastião em Almeirim. Entregou-lhe as cartas do Papa e obteve do rei a promessa de que bancaria os custos da viagem para o Brasil de 20 das pessoas que viessem a acompanhar Azevedo. No final do ano, voltou a encontrar o rei em Évora; D. Sebastião frequentou nesse período aulas de Teologia na universidade dos Jesuítas na cidade e reforçou a sua anterior promessa, comprometendo-se a pagar a viagem de todos os missionários até o Brasil - o que, a 15 ducados por pessoa, significava uma soma total de até 4 mil ducados. D. Sebastião também decidiu que uma parte dos direitos da fazenda real sobre produtos importados do Brasil fosse aplicada em benefício da colônia.[1]

Monumento a Inácio de Azevedo e aos seus 39 companheiros (os quarenta mártires do Brasil) erigido no farol de Fuencaliente, na ilha de La Palma (Canárias) em outubro de 2014, perto do local onde foram martirizados.

Na sua visita a Roma, Azevedo estivera envolvido na questão do casamento de D. Sebastião, sendo portador de mensagens secretas sobre o tema entre Lisboa e Roma.[18] Desfeito o projeto de casamento com Isabel de Áustria, o monarca português parecera aceitar a ideia de um enlace com Margarida de Valois, irmã de Carlos IX de França. Mas o projeto não avançava, pelo que o confessor do rei, o jesuíta Luís Gonçalves da Câmara, teve a ideia de usar o prestígio de Azevedo para reavivar o assunto, levando D. Inácio de novo à presença do rei para sugerir que este mandasse Azevedo a Roma em missão especial com vista a concluir as negociações matrimoniais. Porém, a decisão do monarca foi a de "que se adiasse o assunto"[1], o que liberou Azevedo para se dedicar em exclusivo aos preparativos da sua viagem para o Brasil.

Viagem final e martírio

No início de 1570, Inácio de Azevedo estava já na quinta do Vale do Rosal, perto de Almada, onde reuniu os noviços que o acompanhariam na viagem, com o propósito de lhes dar a necessária preparação - não só espiritual com também física - para as tarefas que iriam desempenhar no Brasil, num intenso trabalho que durou cerca de 5 meses. Na lista dos seus acompanhantes estavam os nomes de 70 religiosos, 16 mestres seculares de artes e ofícios e outras cerca de 30 pessoas entre trabalhadores com família e pretendentes à vida religiosa, para um total superior a 100 indivíduos. Era assim a mais numerosa expedição de missionários até então constituída em Portugal, tendo por destino as suas conquistas ultramarinas[14].

Partiu enfim para o Brasil a 5 de Junho de 1570, na frota de 7 naus e uma caravela comandada pelo novo governador , D. Luís Fernandes de Vasconcelos, nomeado para substituir Mem de Sá na Bahia. Inácio de Azevedo e mais 39 companheiros partiram a bordo do navio mercante Santiago, enquanto os demais companheiros seguiam em vasos de guerra. Na sua última carta a São Francisco de Borja, escrita 3 dias antes da partida, Azevedo dava-lhe conta da muita gente, "homens mulheres e órfãos", que o rei D. Sebastião estava enviando na frota, para povoar a terra do Brasil. Sete dias depois chegavam à ilha da Madeira, de onde a 30 de junho o capitão da Santiago decidiu partir isoladamente para a próxima escala, as ilhas Canárias, pois tinha urgência em lá descarregar e receber mercadorias e o governador nomeado não mostrava ter pressa para deixar a ilha da Madeira.

A viagem isolada para as Canárias era especialmente perigosa, estando o mar infestado de corsários franceses com embarcações muito mais rápidas do que a lenta nau portuguesa - e no dia 15 de julho de 1570, perto da ilha La Palma, a Santiago foi atacada por uma frota de 5 velas e 300 homens, comandada pelo corsário huguenote Jacques de Sores. Com apenas 30 combatentes a bordo, a nau portuguesa tinha escassas hipóteses de ganhar o combate; depois de trocas de artilharia, a Santiago foi abalroada e abordada por dezenas de corsários que a dominaram após combates corpo a corpo. Os huguenotes pouparam parte da tripulação mas massacraram os quarenta jesuítas chefiados por Inácio de Azevedo, lançando depois os corpos ao mar.

O seu legado

A morte do jesuíta e missionário Inácio de Azevedo e seus 39 companheiros às mãos de corsários calvinistas foi o mais numeroso martírio coletivo da era moderna[14] e teve grande e imediata repercussão numa Europa dilacerada por guerras de religião e onde se assistia ao rápido aumento das missões católicas nos continentes americano, asiático e africano.

Painel dedicado à morte de Inácio de Azevedo, na Igreja de Santo Inácio em Paris.

Logo em 1571, no dia 7 de julho, Pio V honrou os quarenta mártires, referindo o seu "martírio voluntário" na breve Dum Indefese. Segundo a tradição, São Francisco de Borja encomendava-se diariamente aos quarenta mártires, dando assim início a um culto que levaria à sua beatificação por Pio XI em 1854, decorrendo entretanto os processos para a canonização[14].

Se, no curto prazo, a perda humana e material do martírio constituiu um revés para os jesuítas no seu projeto de evangelização dos índios brasileiros, na prática a vontade de emulação dos "quarenta mártires do Brasil" rapidamente deu novo impulso e vitalidade ao movimento a favor das missões desenvolvido por Inácio de Azevedo durante a sua vida. E, na Ásia, o seu irmão mais novo, D. Jerónimo de Azevedo, governador de Ceilão de 1594 a 1612, acabou como que prosseguindo a sua obra num outro continente, ao abrir as portas aos jesuítas e às suas missões, no território do atual Sri Lanka[19].

Árvore Genealógica

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16. Gonçalo Peres (Malafaia), Regedor da Casa do Cível e senhor de Belas
 
 
 
 
 
 
 
8. Luís Gonçalves MalafaiaVedor da Fazenda
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. Maria Anes
 
 
 
 
 
 
 
4. D. João de AzevedoBispo do Porto
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18. Lopo Dias de Azevedo, 1.º senhor de S. João de Rei
 
 
 
 
 
 
 
9. D. Filipa de Azevedo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19. D. Joana Gomes da Silva, herdeira da honra de Silva
 
 
 
 
 
 
 
2. D. Manuel de Azevedo, senhor das honras de Barbosa e Ataíde
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20. Martim Afonso de Sousa, senhor da torre de Santo Estevão
 
 
 
 
 
 
 
10. Fernão de Sousa, 1.º senhor de Gouveia
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21. Violante de Távora, filha do senhor de Mogadouro
 
 
 
 
 
 
 
5. D. Joana de Castro, senhora das honras de Ataíde e Barbosa
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22. D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, 1.º conde de Atouguia
 
 
 
 
 
 
 
11. D. Mécia de Castro
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. D. Guiomar de Castro, filha do senhor do Cadaval
 
 
 
 
 
 
 
1. Beato Inácio de Azevedo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24. Diogo Gomes de Abreu, senhor da honra de Abreu
 
 
 
 
 
 
 
12. Antão Gomes de Abreu
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25. Leonor Viegas do Rego, herdeira do senhorio de Regalados
 
 
 
 
 
 
 
6. João Gomes de Abreu, "o das Trovas"
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. Fernão Soares de Albergaria, senhor do Prado
 
 
 
 
 
 
 
13. Isabel de Melo de Albergaria
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Isabel de Melo, filha do 6.º senhor de Melo
 
 
 
 
 
 
 
3. D. Francisca de Abreu, prioresa do Convento de S. Bento da Avé Maria
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28. D. Fernando de Eça, filho do Infante D. João
 
 
 
 
 
 
 
14. D. Pedro de Eça, alcaide-mor de Moura
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29. ?
 
 
 
 
 
 
 
7. D. Filipa de Eça, abadessa do Mosteiro de Lorvão
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30. ?
 
 
 
 
 
 
 
15. ?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31. ?
 
 
 
 
 
 


Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i Costa, S.J., Manuel G. da (1946). Inácio de Azevedo, o Homem e o Mártir da Civilização do Brasil. Braga: Livraria Cruz. pp. 21, 26, 46, 220–221, 223, 250–251, 273, 382, 385
  2. ↑ Ir para:a b Cardoso, Augusto-Pedro Lopes (julho de 2013). «Dom Manuel de Azevedo, Pai do Beato Inácio de Azevedo, sj»Brotéria Cristianismo e Cultura vol. 177, no. 1, 2013: 41. Consultado em 25 de junho de 2019
  3.  «Mosteiro de São João Baptista de Pendorada - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq»digitarq.arquivos.pt. Consultado em 25 de janeiro de 2020
  4.  Cardoso, Augusto-Pedro Lopes (Outubro 1987). «Abadessas, Prioresas e Subprioresas do Convento de S. Bento da Avé Maria nos Séculos XVI e XVII»O Tripeiro (Revista da Associação Comercial do Porto): 301. Consultado em 25 de janeiro de 2020
  5.  «Bishop João de Azevedo [Catholic-Hierarchy]»www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 4 de novembro de 2019
  6.  «Carta régia de D. Manuel I, de 10/01/1503, em que delibera acerca de uma contenda entre os povos da comarca de Entre Douro e Minho e D. Joana». Arquivo Municipal do Porto. Consultado em 26 de junho de 2019
  7.  Subrahmanyam, Sanjay, (1993). The Portuguese empire in Asia, 1500-1700 : a political and economic history. London: Longman. p. 155. OCLC 26014685. Consultado em 16 de outubro de 2020
  8.  Chancelaria de D. João III, Perdões e Legitimações, Liv. 10, fls. 235v. Lisboa: Arquivo Nacional Torre do Tombo. p. PT-TT-ID-1-54_m0021.TIF. Consultado em 23 de fevereiro de 2020
  9.  Cardoso, Augusto-Pedro Lopes (2018). «Um abade viajante do séc. XVI. Dom Manuel de Azevedo, senhor da honra de Barbosa»Armas e Troféus, separata, IX série, Tomo 20: 31 (442). Consultado em 2 de setembro de 2019
  10.  Costa, S. J., op. cit., p. 35, transcrição da carta régia de legitimação: "Dom Joham ... a todos quantos esta minha carta virem faço saber q Dom Inacio datayde filho de dom Manuell dazevedo e de Francisca dabreu ... eu .. o legyitmo ... e faço o legytimo"
  11.  «Inácio de Azevedo e companheiros mártires». Jesuítas Brasil. Consultado em 28 de junho de 2019
  12.  Cardoso, Augusto-Pedro Lopes (2005). A Honra de Barbosa, subsídios para a sua história institucional. Porto: Livraria Esquina. pp. 26–27
  13.  Garcês, Patrícia Maria Rocha (2016). A Honra de Barbosa: para uma retrospeção construtiva do seu Solar. [S.l.]: Biblioteca da Universidade do Minho - Dissertação de Mestrado Integrado. Consultado em 5 de julho de 2019
  14. ↑ Ir para:a b c d Osswald, Maria Cristina (2010). «O martírio de Inácio de Azevedo e dos seus trinta e nove companheiros (1570) na hagiografia da Companhia de Jesus entre os séculos XVI e XIX»"Cultura, Revista de História e Teoria das Ideias", vol.27: 163-186. Consultado em 28 de março de 2020
  15.  Domingues, SJ, Ernesto (1973). Lisboa quinhentista na correspondência de Inácio de Azevedo. Lisboa: Olisipo. p. 4
  16.  Beato Inácio de Azevedo e Companheiros
  17.  Alden, Dauril (1996). The making of an enterprise : the Society of Jesus in Portugal, its empire, and beyond, 1540-1750. Stanford, Calif.: Stanford University Press. p. 348. OCLC 29952153
  18.  Leite, SJ, Serafim (Dezembro 1959). «O casamento do Rei D. Sebastião e a ida a Roma de Inácio de Azevedo, provincial do Brasil: carta inédita de S. Francisco de Borja.». Brotéria (Vol. LXIX n.º 6): 133 - 139
  19.  Maryks, Robert Aleksander (2009). The Jesuit Order as a Synagogue of Jews. Leiden - Boston: Brill. p. 100. ISBN 978 9004 17981 3. Consultado em 5 de julho de 2019
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MARIA MADALENA CLAUDINA LIDOINE (Teresa de Santo Agostinho) e 15 companheiras,
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ALEIXO, Santo



ESPERATO, NARZAL, CITINO, VETÚRIO, FÉLIX, AQUILINO, LETÂNCIO, JANUÁRIA, GENEROSA, VÉSTIA, DONATA e SEGUNDA, Santos
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FREDEGANDO de Deurne, Santo


BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES FERNANDES, Beato

Bartolomeu dos Mártires

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bartolomeu dos Mártires
Santo da Igreja Católica
Arcebispo-emérito de Braga
Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires

Título

Primaz das Espanhas
Atividade eclesiástica
OrdemOrdem dos Pregadores
DioceseArquidiocese de Braga
Nomeação29 de janeiro de 1559
Entrada solene4 de outubro de 1559
PredecessorDom Baltazar LimpoO.Carm.
SucessorDom João (VIII) Afonso de Menezes
Mandato1559 - 1582
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal29 de janeiro de 1559
Ordenação episcopal3 de setembro de 1559
Convento de São Domingos de Lisboa
por Dom João SoaresO.S.A.
Nomeado arcebispo29 de janeiro de 1559
Brasão arquiepiscopal
Coat of arms of Bartolomeu dos Mártires.svg
Santificação
Beatificação4 de novembro de 2001
Basílica de São Pedro
por Papa João Paulo II
Canonização10 de novembro de 2019
Basílica de São Pedro
por Papa Francisco
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica18 de julho
Dados pessoais
NascimentoMártiresLisboaPortugal
3 de maio de 1514
MorteViana da Foz do LimaPortugal
16 de julho de 1590 (76 anos)
Nome religiosoFrei Bartolomeu dos Mártires
Nome nascimentoBartolomeu Fernandes
Nacionalidadeportuguês
ProgenitoresMãe: Maria Correia
Pai: Domingos Fernandes
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

São Bartolomeu dos MártiresO.P., (LisboaMártires3 de Maio de 1514 – Viana do CasteloConvento de Santa Cruz16 de Julho de 1590), foi um influente Arcebispo e doutor da Igreja português[1], que actuou em Braga entre 1559 e 1582. É lembrado como um modelo de benevolência e dedicação para a Igreja Católica.[2]

Participou de forma notável no Concílio de Trento como defensor de um tempo de graça e renovação. Os resultados obtidos foram próximos aos desejados devido ao seu entusiamo como porta-voz de uma ala renovadora, mas também como testemunha viva do que já tinha começado e iria continuar praticando na Igreja.[3] Esteve presente nas reuniões de 1562 e 1563, na qual apresentou 268 petições. Defendeu a primazia bracarense em oposição ao Arcebispo de Toledo, já que ambos reivindicavam a primazia das Espanhas, a tal ponto que teve de ser aberta uma porta extra para que pudessem entrar ao mesmo tempo.[4]

O arcebispo primaz, rapidamente, procurou aplicar as normas de Trento através do Sínodo Provincial de 1566. Acabou encontrando resistências no conservadorismo e comodismo das estruturas eclesiásticas de Braga. No entanto, isso não o impediu de continuar defendendo o que acreditava e almejar o ordenamento do clero e da população.[5] D. Frei Bartolomeu dos Mártires privilegiou a formação dos futuros presbíteros com a fundação de um seminário, o primeiro depois de Trento. Teve atenção na formação permanente dos sacerdotes, escrevendo o “Catecismo ou Doutrina Cristã e Práticas Espirituais”, para que instruíssem os fiéis.[6]

Era muito popular e passava a maior parte do tempo em visita pastoral na sua longa e diversificada arquidiocese.[7] Preocupou-se muito com várias questões sociais, durante a peste de 1570 e a crise econômica de 1574, as suas obras de caridade foram exemplares. [8]

Durante a crise da sucessão de 1580 manteve a sua neutralidade esperando que a questão se resolvesse politicamente. Mesmo assim, apesar da sua aparente imparcialidade, renunciou ao Arcebispado de Braga em 1582, logo que as Cortes aclamaram Filipe II de Espanha como Rei de Portugal e o seu discípulo Prior do Crato abandonou o País[9].

Os últimos 8 anos de vida passou-os S. Bartolomeu recolhido no convento de Santa Cruz, em Viana do Castelo e com tal fama de homem santo, pai dos pobres e dos enfermos,[8] que os vianenses tiveram de proteger o seu cadáver dos bracarenses que o reivindicavam.[10]

Papa Francisco concedeu, a 20 de Janeiro de 2016, em audiência à Congregação para a Causa dos Santos, a autorização necessária à dispensa do milagre formalmente demonstrado para a declaração de Santidade do Beato D. Frei Bartolomeu dos Mártires. A canonização[11] foi aprovada a 5 de Julho de 2019.

Trajetória eclesiástica

Estátua de São D. Frei Bartolomeu dos Mártires, inaugurada no ano de 2017, em Braga.

Primeiros anos

Bartolomeu Fernandes, filho de Domingos Fernandes e de sua mulher Maria Correia, nasceu no dia 3 de Maio de 1514, em Verdela, na freguesia dos Mártires, na região de Lisboa.[12] Veio duma família humilde e, até ao fim da sua vida, manteve-se fiel às suas origens. A sua infância foi marcada pelo seu fervor religioso.[5]

Ingressou na Ordem Dominicana a 11 de Novembro de 1528, aos catorze anos de idade, sob o nome de Frei Bartolomeu dos Mártires, em alusão aos ditos que deram o seu nome às suas Paróquia e Freguesia de nascimento, e estudou no studium do Convento de São Domingos de Lisboa, dando início a um curso de Artes.[12] Só começou seu primeiro curso de Teologia em 1542, aos vinte e oito anos, no Convento de Batalha. Ambos os estudos contribuíram para seu convívio com elementos da ordem Dominicana.[5]

A esta altura, o jovem começou a fazer seu nome dentro da Ordem, alcançando grande prestígio entre seus colegas e chamando a atenção de seus superiores, que chegaram a pedir a intervenção do rei D. João III para que ele pudesse concorrer ao grau de Mestre na Universidade de Coimbra.[13] Após terminar seu magistério, em 1551, Frei Bartolomeu dos Mártires suspendeu suas lições e seguiu para o Capítulo Geral, celebrado em Salamanca, para receber seu grau de Mestre em Teologia[14].

Em 1552, o Frei foi chamado a Évora a fim de exercer a função de Mestre de D. Antonio, futuro Prior do Crato e pretendente à coroa portuguesa,[15] num colégio fundado por D. Henrique e com a direção de padres jesuítas. Não se sabe muito sobre seu trabalho nessa época, apenas que essa experiência serviu para o desenvolvimento de suas relações políticas, assim como sua espiritualidade. Passou a dar mais importância para a pregação, a catequese e pela participação ativa na comunidade, influenciado pelo contato com os jesuítas.[16]

Catecismo ou Doutrina Cristã e Práticas Espirituais.

Primeiros escritos

Frei Bartolomeu dos Mártires teria começado seus primeiros trabalhos sobre a Suma Teológica de São Tomás de Aquino em 1542, durante seus estudos sobre Teologia. Nesses escritos, ele fazia análises críticas e debatia questões polêmicas. Depois, em 1548, ele iniciou suas lições sobre as questões da Secunda Secundae, onde demonstra profunda erudição e cita diversos teólogos durante suas análises. Entre 1550 e 1551, também escreve sobre a Prima Secundae, até deixar o convento em 1552.[17]

Ofereceu também a sua opinião sobre um tema polêmico e bastante debatido na época, o preceito da correção fraterna. Frei Bartolomeu dos Mártires defendia a proteção da boa fama dos pecadores junto à comunidade, acreditando que pecados que eram cometidos em segredo deveriam ser corrigidos também em segredo e não publicamente, algo que ia contra algumas premissas da Inquisição.[18]

Seguindo as ideias de São Tomás de Aquino, Frei Bartolomeu dos Mártires acreditava que existiam dois tipo de infidelidade. O primeiro tipo de infiel era aquele que não conhecia e nunca tinha ouvido a palavra cristã, este, ao morrer, era perdoado do seu pecado. Já o segundo tipo era aquele que conhecia, mas que negava a palavra de Cristo ou que se opunha a ela, não sendo perdoado caso morresse nesta condição.[19]

Entre o fim de 1557 e início de 1558, Frei Bartolomeu dos Mártires torna-se Prior do Convento de Benfica, mas permanece no cargo por pouco tempo. Em 1558, D. Frei Baltasar Limpo, até então arcebispo de Braga primaz das Espanhas morre, sendo necessário nomear um substituto para a mais antiga diocese do reino. A escolha do arcebispo primaz requer um reconhecimento dos níveis de formação e carreira, no entanto, a escolha de Frei Bartolomeu dos Mártires deu-se também pela necessidade de efectuar uma reforma na Igreja, como refere o seu hagiólogo Frei Luís de Sousa.[20] Foi consagrado em 3 de setembro de 1559, no Convento de São Domingos de Lisboa, pelas mãos de Dom João SoaresO.S.A.bispo de Coimbra, coadjuvado por Dom Julião de Alva, bispo de Portalegre e por Dom Pedro Fernando, bispo-titular de Hippos.[21]

A cidade de Braga encontrava-se então “a ferro e fogo” com a prisão de 23 importantes mercadores no ano anterior, sob influência de Baltasar Limpo e de um Cabido da Sé igualmente empenhado nas atividades do inquisidor santo ofício. E esta foi a primeira grande revolução que Bartolomeu protagonizou – restaurar a paz social na capital do arciprestado.[22]

Atuação no Concílio de Trento

Retrato do jovem Bartolomeu dos Mártires.

século XVI foi turbulento para a Igreja Católica. A vida de muitos membros era dominada por luxúria e ganância, com o consequente desleixo religioso. São conhecidas as desavenças que conduziram à formação de novas confissões cristãs.[3]

D. Frei Bartolomeu dos Mártires também ansiava por uma reforma, mas não com esse desfecho, já que defendia a plena comunhão eclesial, na terceira fase do Concílio de Trento. Tratava-se de uma reforma para a qual há muito se preparava pelo modo de viver simples e despretensioso, piedoso e dedicado de frade dominicano.[3]

A sua participação no Concílio de Trento marca uma importante época na vida de D. Frei Bartolomeu dos Mártires, que teve um papel principal na assembleia. Há inclusivamente muitos e credenciados historiadores o elegem como “a figura maior do Concílio”. Igualmente reconhecido é o seu pioneirismo na aplicação nas normas e doutrina lá definidas[23].

Arcebispo de Braga Primaz das Espanhas estava entre os três prelados portugueses que atenderam ao chamado de Roma para participar do Concílio e seu vasto conhecimento teológico e o fato de ter sido um dos primeiros a atender a convocação, fizeram com que logo ele fosse respeitado entre os presentes.[24]

A sua acção no Concílio foi marcada pela defesa do princípio da correção fraterna e da força episcopal como principal força da reforma. Após chegar a cidade de Trento, D. Frei Bartolomeu dos Mártires ficou por alguns meses esperando pelo início das suas sessões e, durante esse período, ele escreveu a Suma Geral dos Concílios, O Stimulus Pastorum e outras duzentas e sessenta petições que tratavam do estado da Cúria e da necessidade de uma reforma.[25] Ele defendeu a importância dar fim ao absenteísmo e à negligência dos bispos e afirmou o poder episcopal frente à investida dos embaixadores de Portugal e de Espanha.[25]

Assinatura dos decretos tridentinos por D. Fr. Bartolomeu dos Mártires.

Num dos seus escritos, Estímulo de Pastores (1565), que acabou por se tornar um dos maiores espelhos dos bispos da época, D. Frei Bartolomeu dos Mártires discorre sobre o ofício episcopal e sobre sua responsabilidade para com a manutenção dos bons costumes cristãos e a salvação dos fiéis sob sua jurisdição.[26] Esta obra reforça que a posição do Arcebispo de Braga Primaz das Espanhas era diferente do procedimento inquisitorial, uma vez que ele defendia a aplicação de punições mais leves aos fiéis, por acreditar que os castigos muito árduos mais afastavam as pessoas, do que as ajudavam.[18] Para ele, apenas casos muito graves mereciam punições severas. [18] D. Frei Bartolomeu dos Mártires também divergia da Inquisição por não priorizar a perseguição dos cristãos-novos e sim outros delitos que não recebiam tanta atenção nos tribunais inquisitoriais, como a feitiçaria e o luteranismo.[27]

O que também fica muito claro nos seus escritos é a importância que D. Frei Bartolomeu dos Mártires dá para a prática das visitas na atividade pastoral. Ele as utilizou como meio de afirmar sua autoridade frente ao Cabido da , com o qual teve inúmeros conflitos, e à Inquisição. Até o momento em que obteve sua dispensa do cargo de Arcebispo de Braga, o Frei já havia percorrido diversas vezes toda sua Arquidiocese, colocando as viagens junto das atividades na cidade de Braga.

Actuação no Arcebispado de Braga

Fachada da atual Sé de Braga.

Preocupado com o despreparo do clero e com a falta de conhecimento da doutrina católica por parte dos fiéis, Bartolomeu escreveu um catecismo, que foi distribuído a todos os clérigos do Arcebispado de Braga. Este catecismo foi separado em duas partes, uma primeira que fazia uma exposição da oração do Pai Nosso, da profissão de fé (o Credo ou Creio), dos Dez Mandamentos, dos pecados capitais e dos sacramentos. A segunda parte possuía práticas e sermões a serem lidos aos fiéis aos domingos e dias de festa. A leitura deste catecismo se fez obrigatória a todos aqueles que não eram profundos conhecedores (doutos) da Sagrada Escritura, de Teologia ou dos Cânones, o que abrangia grande parte da população, e por esse motivo a obra se difundiu por todo o território português. Bartolomeu tinha como objetivo atingir as camadas mais simples da população, abordando a doutrina cristã de forma acessível, para que todos tivessem conhecimento dos pecados contra a fé, especialmente a feitiçaria, para que esse crime fosse erradicado.[28]

Mapa actual de Portugal: em rosa, a província eclesiástica de Braga e em vermelho, a sua Diocese.

D. Frei Bartolomeu dos Mártires expressou diversas vezes ao longo da obra o temor do assalto demoníaco que caracterizou o período tratado.[29]

Uma análise do governo do Arcebispado de Braga, sob o comando de D. Frei Bartolomeu dos Mártires deixa a impressão de que ele não teria uma oposição ideológica total contra os cristãos-novos.[30]

D. Frei Bartolomeu dos Mártires foi um dos defensores do princípio da correção fraterna, adotando a correção dos hereges em segredo, ao invés de enviá-los ao Santo Ofício, ou de julgá-los em tribunais episcopais; com isso, tornava-se possível poupar o indivíduo de uma pena mais dura e da exposição pública.[30]

A atividade exercida por D. Frei Bartolomeu dos Mártires no Arcebispado de Braga no período inquisitorial criou uma dinâmica diferenciada das habitualmente encontradas no restante do território português, uma vez que se fez presente uma insistente presença de denúncias de crimes de presença demoníaca e feitiçaria num grau muito maior do que se comparado com a presença dessas mesmas denúncias em outras partes do território lusitano, que tinha em seu Santo Ofício um foco muito mais contundente sobre as práticas do crime de judaizar e do criptojudaísmo.[31]

Estátua de São D. Frei Bartolomeu dos Mártires inaugurada no ano de 2008 em Viana do Castelo. Busca representar uma figuras mais importante de região, pela sua dedicação aos pobres e doentes, notável participação em Trento e cofundação do convento de Santa Cruz.

Visitas pastorais

Conhecido por ser um arcebispo muito cuidadoso, D. Frei Bartolomeu dos Mártires realizou mais de 90 visitas em todas as 1260 paróquias que faziam parte da Arquidiocese de Braga.[32]

Elas possibilitaram que o Frei colocasse seu plano pastoral em prática. O qual foi desenvolvido desde o início do seu episcopado e baseou-se em formulários que se aplicavam a cada paróquia, sendo eles novos e/ou específicos conforme as suas necessidades. Daí se criou um autêntico programa de reforma pastoral.[33]

Grande defensor da permanência do arcebispo em sua arquidiocese para que assim pudesse melhor administrá-la, D. Frei Bartolomeu dos Mártires foi um dos primeiros a tomar essa atitude. As normatizações elaboradas possibilitaram a prosperidade de seu projeto: formação de um clero mais preparado, aumento no número de fiéis participativos e devotos. Dentre elas, podemos citar:

  1. O ensino da doutrina cristã antes ou depois da missa aos meninos e pessoas mais necessitadas;[33]
  2. homilia (palavra dirigida aos fiéis após a leitura do evangelho) tornou-se obrigatória;[33]
  3. Todos os sacerdotes deveriam ter uma licença para atuar em igreja, conforme a Constituição clerical;[33]
  4. Campanha contra o hábito de jurar sem causa em nome de Deus.[33]

Beatificação e canonização

Interior da Sé de Braga

Arquidiocese de Braga é uma Igreja com raízes históricas muito antigas e profundas. Seu patrimônio é bastante rico, em Portugal, é apelidada de “Roma Portuguesa”. Tal desenvolvimento espiritual e pastoral deve-se à atividade dos seus pastores, inclusive a marcante atuação de D. Frei Bartolomeu dos Mártires.[34]

Pelas suas virtudes, já em vida foi considerado santo. Tanto clérigos, quanto leigos o chamavam de "Arcebispo Santo".[34]

O processo de reconhecimento da santidade de D. Frei Bartolomeu dos Mártires foi iniciado pouco tempo depois da sua morte pelos seus sucessores na sede de Braga. Constatando a profunda veneração que o povo tinha por ele e as inúmeras graças obtidas de Deus, por seu intermédio, ordenaram a recolha de depoimentos entre os fiéis em diversos territórios como BragaViana do Castelo e de sua cidade natal.[35]

O seu famoso caso de intervenção percorreu então o itinerário canônico, desde a Cúria Arquidiocesana de Braga, via postulação, até à Congregação para a Causa dos Santos. O estudo pericial a que foi sujeito na Cúria Romana confirmou que o acontecimento era "inexplicável pela Ciência", o que levou os Teólogos Consultores e a Sessão Ordinária de Cardeais e Bispos a declararem tratar-se de "um milagre divino". Na sequência disso, o Papa São João Paulo II declarou, a 4 de Novembro de 2001, D. Frei Bartolomeu dos Mártires como Beato, estabelecendo o 18 de Julho como dia litúrgico da sua veneração oficial.[3]

Para o reconhecimento da Santidade do Beato D. Frei Bartolomeu dos Mártires, em vida e após a sua morte, foi certamente decisivo o seu grandioso contributo para a renovação da Igreja de sua época.[3]

Desde 20 de Janeiro de 2016, entrou em fase final o processo de canonização. O Papa Francisco, em audiência à Congregação para a Causa dos Santos, autorizou a dispensa do milagre formalmente demonstrado para a declaração de Santidade[36]

O pedido em questão ressaltava seu entusiasmo, sua dedicação, criatividade e ousadia na hora de responder aos problemas do seu tempo. Além de referir-se a ele como um pastor exemplar, verdadeiramente inesquecível e enaltecer suas obras de caridade e formação.[20]

A 6 de Julho de 2016, foi anunciado que o Papa Francisco decidiu canonizar o Beato D. Frei Bartolomeu dos Mártires através do processo de equipolência. A leitura solene do Decreto aconteceu em Braga, no dia 10 de Novembro de 2019.[37]

Cronologia

1514
nasce
1528
ingressa no convento aos 14
1542
começa a lecionar teologia
1559
é ordenado arcebispo aos 45
1562
é eleito para organizar o índice dos livros proibidos e apontar os remédios mais convenientes para os livros heréticos
1563
participa do Concílio de Trento
1564
apresenta o seu catecismo para ser lido na sua diocese
1580
motins em Braga, bandos vindos de Prado tentam matá-lo
1582
finaliza a sua atividade como arcebispo de Braga
1590
falece aos 76
1631
organização do seu processo canônico
1845
é declarado venerável pelo Papa Gregório XVI
2001
Papa João Paulo II procede à sua beatificação
2016
processo de canonização em estado final
2019
é declarado santo pelo Papa Francisco

Veja também

Referências

  1.  São Bartolomeu dos Mártires e a Inquisição, por António J. Andrade, Jornal Nordeste (consulta a 5 de Junho de 2022)
  2.  PEREIRA, 2013a, p.1
  3. ↑ Ir para:a b c d e ORTIGA, 2015, p.3
  4.  MARQUES, 1999
  5. ↑ Ir para:a b c «OPINIÃO: QUE LIÇÃO SE PODE TIRAR DA VIDA DE FREI BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES?»Arquidiocese de Braga. Consultado em 6 de junho de 2019
  6.  PEREIRA, 2013b, p.29
  7.  «VISITAS PASTORAIS DE FREI BARTOLOMEU: ASPECTOS ETNOGRÁFICOS»Arquidiocese de Braga. Consultado em 6 de junho de 2019
  8. ↑ Ir para:a b «Comunicação | Notícias | Braga presta tributo a Frei Bartolomeu dos Mártires»www.cm-braga.pt (em inglês). Consultado em 6 de junho de 2019
  9.  São Bartolomeu dos Mártires e a Inquisição, por António J. Andrade, Jornal Nordeste (consulta a 5 de Junho de 2022)
  10.  S.A, RTP, Rádio e Televisão de Portugal-© 2008 LUSA- Agência de Notícias de Portugal. «Presidente da República deposita coroa flores no túmulo de Frei Bartolomeu dos Mártires»www.rtp.pt. Consultado em 6 de junho de 2019
  11.  Renascença. «Processo de canonização de Bartolomeu dos Mártires "está no bom caminho" - Renascença»rr.sapo.pt. Consultado em 6 de junho de 2019
  12. ↑ Ir para:a b SOUSA, 1946, p.15-21
  13.  PEREIRA, 2017, p.71
  14.  São Bartolomeu dos Mártires e a Inquisição, por António J. Andrade, Jornal Nordeste (consulta a 5 de Junho de 2022)
  15.  PEREIRA, 2017, p.72
  16.  PEREIRA, 2017, p.117
  17.  PEREIRA, 2017, p.73
  18. ↑ Ir para:a b c PEREIRA, 2017, p.74
  19.  PEREIRA, 2017, p.87
  20. ↑ Ir para:a b «ARQUIDIOCESE APRESENTA FREI BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES COMO EXEMPLO»Arquidiocese de Braga. Consultado em 6 de junho de 2019
  21.  Catholic Hierarchy
  22.  São Bartolomeu dos Mártires e a Inquisição, por António J. Andrade, Jornal Nordeste (consulta a 5 de Junho de 2022)
  23.  São Bartolomeu dos Mártires e a Inquisição, por António J. Andrade, Jornal Nordeste (consulta a 5 de Junho de 2022)
  24.  PEREIRA, 2017, p.120
  25. ↑ Ir para:a b PEREIRA, 2013, p.7
  26.  PEREIRA, 2013a, p.8
  27.  MARCOCCI, 2003, p.133-143
  28.  PEREIRA, 2013b, p.29
  29.  PEREIRA, 2013b, p.30
  30. ↑ Ir para:a b PEREIRA, 2018, p.32
  31.  PEREIRA, 2013b, p.33
  32.  «FREI BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES: VISITAS PASTORAIS (I)»Arquidiocese de Braga. Consultado em 6 de junho de 2019
  33. ↑ Ir para:a b c d e «FREI BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES: VISITAS PASTORAIS (II)»Arquidiocese de Braga. Consultado em 6 de junho de 2019
  34. ↑ Ir para:a b ORTIGA, 2015, p.1
  35.  ORTIGA, 2015, p.2
  36.  «Bartolomeu dos Mártires será declarado santo»Arquidiocese de Braga. Consultado em 6 de junho de 2019
  37.  «Há um novo santo (e é português)»

Bibliografia

Ligações externas

Precedido por
Frei Baltasar Limpo
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo Primaz de Braga

1559 - 1581
Sucedido por
João Afonso de Meneses

KENELMO de Mércia, Santo


LEÃO IV, Santo
Papa

Papa Leão IV

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Leão IV.
Leão IV
Santo da Igreja Católica
103° Papa da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
OrdemOrdem de São Bento
DioceseDiocese de Roma
Eleição27 de janeiro de 847
Entronização10 de abril de 847
Fim do pontificado17 de julho de 855 (8 anos)
PredecessorSérgio II
SucessorBento III
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal21 de janeiro de 847
Ordenação episcopal10 de abril de 847
Cardinalato
Criação844
por Papa Sérgio II
OrdemCardeal-presbítero
TítuloSantos Quatro Mártires Coroados
Dados pessoais
NascimentoRomaItália
790
MorteRomaItália
17 de julho de 855 (65 anos)
Nacionalidadeitaliano
SepulturaBasílica de São Pedro
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de Papas

Leão IV (em latimLeo IV) foi consagrado papa em 10 de Abril de 847. Morreu em 17 de julho de 855.

Nasceu em Roma, onde foi educado no Mosteiro de São Martinho. Era monge beneditino. Fortificou com altas muralhas a colina do Vaticano e a zona em torno da basílica de S. Pedro, que tinha sido saqueada pelos sarracenos, criando a "Cidade Leonina". A fim de obter maior protecção consagrou imperador Luis II, o Jovem. Confirmou aos venezianos o direito de eleger o Doge.

Foi o primeiro pontífice que pôs data nos documentos oficiais.


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