quarta-feira, 20 de julho de 2022

Nº 4 994 - SÉRIE DE 2022 - (Nº 201) - SANTOS DE CADA DIA - 20 DE JULHO DE 2022 - (Nº 2 5 5) DO 15º ANO

   Caros Amigos





Iniciou-se um Novo Ano que é o 
2022 
da Era de Cristo

Este blogue nascido em 7 de Novembro de 2006 vai continuar a ser publicado, diariamente, enquanto Deus permitir que eu mantenha a minha Saúde e as minhas faculdades mentais.

 Procurarei na medida do possível, melhorar cada vez mais os textos das biografias dos Santos e Beatos e Festividades que forem acontecendo ao longo do ano.


Este é portanto o 

Ducentésimo Primeiro Número

da Nova Série de 2022

e o Nº  2  5  6

do 15º ano



Todas as biografias que não estejam completas, podem ser consultadas através dos 
Livros "SANTOS DE CADA DIA" da Editorial A. O. de BragaMARTIROLÓGIO ROMANO - Edição MMXIII
ou através das etiquetas do Blogue referentes à sua publicação em anos anteriores.

Muito Obrigado a todos os meus Seguidores e Leitores e/ou simples Visitantes
continuem a passar os seus olhares por este Blogue e façam os comentários favoráveis ou não, como e se o entenderem




Igreja da Comunidade de 
São PAULO DO VISO






Foto de 1-Maio-2022

António Fonseca
Autor desde 7-11-2006

Nº  4  9  9  4


SÉRIE DE 2022  -  (Nº  2  0  1)


20  DE JULHO DE 2022



SANTOS DE CADA DIA



(Nº  2  5  6)


15º  A N O 










BENDITO E LOUVADO 
SEJA PARA SEMPRE

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão recordar, comemorar e até imitar a 

Vida dos Santos e Beatos de cada dia 
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida

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ELIAS, O Tesbita, Santo
Profeta


Elias

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Elias (desambiguação).
Santo Elias
Elias revivendo o filho da viúva de Sarepta, por Louis Hersent.
Profeta do Senhor, Taumaturgo
NascimentoTisbeGileade 
?
Veneração portodas as Religiões Abraâmicas
Festa litúrgica20 de Julho
Padroeiroda Ordem dos Carmelitas
Gloriole.svg Portal dos Santos

Elias (em hebraicoאֱלִיָּהוּtransl. Eliyahu, lit. "Meu Deus é Javé";[1][2] em gregoΗλίας, transl. Elías; em árabeإلياس, transl. Ilyās) foi um profeta e taumaturgo que viveu no reino de Israel[3] durante o reinado de Acabe (século IX a.C.).

De acordo com o Livro dos Reis, Elias defendeu o culto de Javé contra a veneração do deus canaanita Baal (que era considerado um culto idólatra); Deus através dele ressuscitou os mortos, fez chover fogo dos céus, e foi levado por um redemoinho,acompanhado por uma carruagem e cavalos em chamas, ou cavalgando-os.[4] No Livro de Malaquias, o retorno de Elias foi profetizado "antes que venha o grande e temível dia do Senhor",[5] o que fez dele um arauto do Messias nas diversas fés que reverenciam a Bíblia hebraica. Referências a Elias aparecem no Talmude, na Mishná, no Novo Testamento e no Corão.

No judaísmo, o nome de Elias é invocado no ritual semanal do Havdalá, que marca o fim do Shabbat, além de outros costumes daquela religião, como o Sêder de Pessach e o brit milá (circuncisão ritual). Elias é mencionado ainda em diversas histórias e referências no Hagadá e na literatura rabínica, entre eles o Talmud Babilônico.

No cristianismo, o Novo Testamento descreve como tanto Jesus quanto João Batista foram comparados com Elias e, em determinadas ocasiões, tidos como manifestações dele; além disso, Elias aparece, juntamente com Moisés, durante a Transfiguração de Jesus.

No islamismo, o Corão descreve Elias como um profeta grande e justo de Deus, que pregou intensamente contra o culto a Ba'al.

Biografia

Mapa de Israel tal como o território se encontrava no século IX a.C.; em azul está o Reino de Israel, e em amarelo está o Reino de Judá.

No século IX a.C., o Reino de Israel, que havia sido unido pelo rei Salomão, havia sido dividido em dois por seu filho, o rei Roboão: o Reino de Israel, no norte, e o Reino de Judá, no sul, que seguia mantendo a sede histórica de governo e foco da religião israelita no Templo de Jerusalém.[6] Omri, rei de Israel, manteve em prática políticas que datavam do reinado de Jeroboão, contrárias às leis de Moisés, que visavam reorientar o foco religioso para longe da cidade de Jerusalém, encorajavam a construção de altares e templos locais para a realização de sacrifícios, a indicação de sacerdotes que não pertenciam à família dos levitas, e permitindo ou até mesmo encorajando a construção de templos dedicados ao deus canaanita Baal.[7][8] Omri conseguiu uma situação doméstica segura através de uma aliança obtida com o casamento de seu filho, Acab, e a princesa Jezabel, uma sacerdotisa de Baal, filha do rei de Sídon, na Fenícia.[9] Estas soluções trouxeram segurança e prosperidade econômica para Israel por algum tempo,[10] porém não lograram obter paz com os profetas israelitas, que estavam interessados numa interpretação deuteronômica rígida da lei mosaica.

Como rei, Acab exarcebou estas tensões. Ele permitiu o culto a um deus estrangeiro dentro de seu próprio palácio, construindo ali um templo para Baal e permitindo que Jezabel trouxesse consigo um grande séquito de sacerdotes e profetas, tanto de Baal quanto de Aserá, para seu país. Neste contexto, Elias é apresentado no Primeiro Livro dos Reis (17:1) como "Elias, o tesbita". Ele alerta Acab que se seguirão anos de uma seca tão catastrófica que nem mesmo o orvalho cairá, porque Acab e sua rainha ocupavam o fim de uma fila de reis de Israel que teriam "feito o mal aos olhos do Senhor."

Primeiro e Segundo Livro de Reis

Elias no deserto, de Washington Allston.

Nenhum contexto acerca da pessoa de Elias é dado nos textos bíblicos. Seu nome, em hebraico, significa "Meu Deus é Javé", e pode ser um título aplicado a ele devido ao seu questionamento ao culto de Baal.[11][12][13][14][15]

O desafio feito por Elias, característico de seu comportamento em outros episódios de sua história, tal como narrada na Bíblia, é ousado e direto. Baal era o deus canaanita responsável pela chuva, pelo trovão, pelo relâmpago e pelo orvalho. Elias desafia não só Baal, para defender seu próprio Deus, Javé, mas também Jezabel, seus sacerdotes, Acab e o povo de Israel.

Viúva de Sarepta

Após Elias confrontar Acab,Deus lhe ordena que fuja de Israel,para um esconderijo ao lado do riacho de Carit, a leste do rio Jordão, onde ele é alimentado por corvos. Quando o rio seca, Deus lhe ordena que vá para uma viúva que habita a cidade de Sarepta, na Fenícia. Quando Elias a encontra e pede a ela que o alimente, ela afirma que não tem comida suficiente para manter vivos ela e o próprio filho. Elias afirma que Deus não deixará que sua reserva de farinha e azeite se esgote, afirmando: "Não temas; (...) Porque eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: a farinha que está na panela não se acabará, e a ânfora de azeite não se esvaziará, até o dia em que o Senhor fizer chover sobre a face da terra." Ela o alimenta com tudo o que resta de sua comida, e a promessa de Elias, miraculosamente, se realiza, e a mulher recebe a bênção prometida: Deus lhe dá o "maná" dos céus ao mesmo tempo em que negava comida ao povo de sua terra prometida, que lhe fôra infiel. Algum tempo depois, o filho da viúva morre, e ela reclama, furiosa: "Vieste, pois, à minha casa para lembrar-me os meus pecados e matar o meu filho?" Movido por uma fé semelhante à de Abraão (Romanos 4:17, Hebreus 11:19), Elias ora a Deus para que ele ressuscite seu filho, demonstrando assim a veracidade e a confiabilidade da palavra de Deus. O Primeiro Livro dos Reis (17:22) relata então como Deus "ouviu a oração de Elias: a alma do menino voltou a ele, e ele recuperou a vida." Este é o primeiro exemplo de uma ressurreição relatada nas Escrituras. Esta viúva, que nem sequer era israelita, recebeu a maior bênção divina na forma da vida de seu filho - a única esperança de uma viúva numa sociedade antiga. A viúva então exclamou: "Agora vejo que és um homem de Deus e que a palavra de Deus está verdadeiramente em teus lábios", fazendo assim uma profissão de fé que nem mesmo os israelitas haviam feito.

Depois de mais de três anos de seca e fome, Deus ordena a Elias que retorne a Acab e anuncie o fim da seca, não devido a qualquer tipo de arrependimento por parte dos israelitas, mas por determinação a se revelar novamente ao seu povo. No caminho, Elias encontra Obadias, intendente de Acab, que havia escondido cem profetas do Deus de Israel quando Acab e Jezabel começaram a assassiná-los. Elias envia Obadias de volta a Acab, para anunciar seu retorno a Israel.

Desafio a Baal

Estátua de Elias na Caverna de Elias, Monte Carmel, Israel.
A oferenda de Elias é consumida pelo fogo dos céus num vitral da Igreja Evangélica Luterana Alemã de São Mateus em CharlestonCarolina do SulEstados Unidos.

Quando Acab confronta Elias, ele se refere a ele como "o perturbador de Israel". Elias responde devolvendo a acusação a Acab, afirmando que ele é que teria perturbado Israel ao permitir o culto a falsos deuses. Elias então repreende tanto o povo de Israel quanto Acab por tolerar o culto a Baal. "Até quando claudicareis dos dois pés? Se o Senhor é Deus, segui-o, mas se é Baal, segui a Baal!" (Primeiro Livro dos Reis, 18:21). "O povo nada respondeu." O termo hebraico traduzido como o verbo "claudicar" é o mesmo utilizado para "dançar" no versículo 26, utilizado para descrever a dança frenética dos profetas de Baal; Elias fala com uma ironia afiada: Israel, ao se envolver nesta ambivalência religiosa, estaria tomando parte numa "dança" religiosa fútil e selvagem.

Neste ponto Elias propõe um teste direto dos poderes de Baal e Javé. O povo de Israel, 450 profetas de Baal e 400 profetas de Aserá são convocados ao Monte Carmel. Lá, dois altares são erguidos, um para Baal e um para Javé, sobre os quais madeira é colocada. Dois bois são sacrificados e cortados em pedaços, que são colocados sobre a madeira. Elias pede então aos sacerdotes de Baal que orem para que o fogo acenda sob o sacrifício; eles oram de manhã até o meio-dia, sem sucesso. Elias ridiculariza seus esforços, e eles respondem cortando a si mesmos e derramando seu próprio sangue sobre o sacrifício (a mutilação do próprio corpo era estritamente proibida pela lei mosaica). Os sacerdotes continuam a orar até o anoitecer, sem sucesso.

Elias ordena então que o altar de Javé seja encharcado com a água de quatro jarras grandes, derramadas por três vezes (18:33-34), ele pede a Deus que aceite o sacrifício. O fogo do Senhor desce do céu, consumindo a água, o sacrifício e as pedras do altar. Elias aproveita-se da situação e ordena a morte dos sacerdotes de Baal, e em seguida, ora com furor para que a chuva volte a cair sobre a terra - o que acontece, simbolizando o fim da fome.

Monte Horeb

Jezabel, enfurecida porque Elias ordenou a morte de seus sacerdotes, ameaça matá-lo (Primeiro Livro de Reis, 19:1-13). Este foi o primeiro encontro entre ambos, embora não o último. Posteriormente, Elias faria uma profecia acerca da morte de Jezabel, devido a seus pecados. Elias foge então para Bersabeia, no Reino de Judá, e de lá segue, sozinho, pelo deserto, até que finalmente se senta sob um arbusto (zimbro, segundo algumas traduções, giesta, segundo outras), onde pede a Deus que o mate. Acaba por adormecer ali, e é tocado por um anjo, que ordena a ele que acorde e coma. Ao despertar, ele encontra ao lado de si pão e uma jarra de água; após adormecer novamente, ele volta a ser acordado pelo anjo, que ordena a ele que volte a comer e beber pois tem diante de si uma longa jornada.

Elias viaja por quarenta dias e quarenta noites até o Monte Horeb, onde Moisés havia recebido os Dez Mandamentos. Elias é a única pessoa mencionada na Bíblia a retornar a Horeb depois que Moisés e sua geração haviam passado pelo lugar, muitos séculos antes. Lá, ele procura abrigo numa caverna. Deus novamente volta a falar com ele (19:9): "Que fazes aqui, Elias?" Elias não dá uma resposta direta à pergunta de Deus, mas fala de maneira evasiva, deixando a entender que o trabalho que o Senhor havia começado séculos antes não havia levado a lugar algum, e que seus próprios esforços haviam sido em vão. Ao contrário de Moisés, que tentou defender o povo israelita quando ele havia pecado com o bezerro de ouro, Elias reclama, com amargura, a respeito da impiedade dos israelitas e afirma que ele era "o único que havia ficado". Até então, Elias contava apenas com a palavra de Deus para guiá-lo, porém agora ele recebe a ordem de sair da caverna e colocar-se "na presença do Senhor". Um vento terrível passa por ele, porém Deus não estava nele. Em seguida, um grande terremoto sacode a montanha, porém Deus tampouco se revela nele. Então um fogo se acende, e novamente Deus não se revela nele. Elias ouve então o "murmúrio de uma brisa ligeira", que lhe pergunta novamente: "Que fazes aqui, Elias?" Elias novamente responde a pergunta de maneira evasiva, com o mesmo lamento, mostrando que não compreendeu a importância da revelação divina que ele havia acabado de presenciar. Deus então ordena que ele parta novamente, desta vez para Damasco, para ungir Hazael como rei da SíriaJeú como rei de Israel, e Eliseu como seu substituto.

Caverna de Elias, Monte Carmelo, Israel.

Vinha de Nabot

Elias encontra Acab novamente no Primeiro Livro dos Reis, 21, após Acab ter adquirido uma vinha através de um assassinato. Acab desejava obter a vinha de Nabot, em Jezrael, e para isso ofereceu uma vinha melhor ou um preço justo pelo terreno; Nabot, no entanto, fala a Acab que Deus lhe ordenou que não se desfizesse do terreno. Acab aceita a resposta com irritação e mau humor, mas Jezabel desenvolve um plano para adquirir o terreno: ela envia cartas em nome de Acab aos anciões e nobres que viviam nas proximidades de Nabot, para que organizassem um banquete e o convidassem. Neste banquete, uma falsa acusação de blasfêmia e ofensas contra Acab seriam feitas contra Nabot. O plano é posto em prática, e Nabot acaba sendo apedrejado até a morte. Quando ouve a notícia de que Nabot está morto, Jezabel diz a Acab que ele já pode se apoderar da vinha.

Deus então volta a falar com Elias, e lhe ordena que confronte Acab com uma pergunta e uma profecia: "Mataste, e agora usurpas?" e "no mesmo lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabot, lamberão também o teu." (21:19). Acab confronta então Elias, chamando-o de seu inimigo. Elias responde afirmando que ele mesmo havia se tornado inimigo de Deus por seus próprios atos, e afirmando que todo o reino rejeitaria a autoridade de Acab, que Jezabel seria devorada por cães em Jezrael, e que todos membros de sua família seriam devorados por cães, se morressem dentro de uma cidade, ou por pássaros, se morressem no campo. Ao ouvir isso, Acab se arrepende de tal maneira que rasgou suas vestes, cobriu-se com um saco e entrou em jejum; Deus então desiste de puni-lo, porém insiste em punir Jezabel e seu filho, Ocozias.

Ocozias

Ícone russo do profeta Elias, século XVIII (Iconóstase do mosteiro de KijiCaréliaRússia).

Elias parte então para encontrar-se com Ocozias. A cena se abre com Ocozias recuperando-se de um ferimento grave que teve depois de uma queda de sua janela, tendo enviado emissários aos sacerdotes de Baal-Zebub, em Acaron, fora do reino de Israel, para saber se poderia se recuperar. Elias intercepta os emissários e os envia de volta a Ocozias com uma mensagem. Como é de seu costume, sua mensagem se inicia com uma pergunta direta e impertinente: "Não há porventura um Deus em Israel, para irdes consultar Baal-Zebub, deus de Acaron?" (Segundo Livro de Reis, 1:3) Ocozias pede aos emissários que descrevam a pessoa que lhes deu esta mensagem; eles afirmam que ele trajava um casaco felpudo com um cinto de couro, e ele instantaneamente o reconhece como Elias, o tesbita.

Ocozias envia então três grupos de cinquenta soldados para prender Elias. Os dois primeiros são destruídos por chamas que Elias faz descer dos céus. O líder do terceiro grupo então implora por misericórdia para si próprio e seus homens; Elias concorda e pede que eles o acompanhem até Ocozias, onde ele faz pessoalmente a profecia que havia mencionado a Acab.

Arrebatamento

Elias, juntamente com Eliseu, se aproxima do rio Jordão. Lá, ele dobrou seu manto e golpeou a água (2:8); imediatamente a água se dividiu, permitindo que Elias e Eliseu caminhassem em meio a ela. Repentinamente surgiu uma carruagem de fogo, acompanhado por cavalos igualmente em chamas, levantando Elias sobre um turbilhão. Enquanto ele era erguido, seu manto caiu sobre solo, e de onde foi prontamente apanhado por Eliseu.

Menção final: Segundo Livro de Crônicas

Santo Elias na caverna e sobre uma carruagem de fogo. Afresco do Mosteiro de RilaBulgária, tradição ortodoxa medieval, restauração do século XX.

Elias é mencionado mais uma vez no Segundo Livro de Crônicas (21), sua última menção na Bíblia hebraica. Uma carta é enviada com seu nome para Jorão de Judá, mencionando que ele havia induzido o povo de Judá à idolatria da mesma maneira que Acab havia feito com o povo de Israel; a mensagem termina profetizando para ele, por este motivo, uma morte dolorosa ("uma enfermidade que fará sair de teu corpo as entranhas durante longos dias"). Esta carta é um enigma até hoje aos leitores da Bíblia por diversos motivos: primeiro, ela foi destinada a um rei do reino meridional de Judá, enquanto Elias costumava se preocupar unicamente com o reino setentrional de Israel; em segundo lugar, ela se inicia com: "Eis o que diz o Senhor (YHVH), Deus de Davi, teu pai", no lugar de "...em nome do Senhor (YHVH), Deus de Israel", mais comum. A mensagem também parece vir após a ascensão de Elias. Diversos autores especularam sobre os possíveis motivos para esta carta, entre eles o de que ela poderia ser um exemplo de um nome de um profeta menos conhecido sendo substituído posteriormente pelo nome de outro mais conhecido.[16] Já outros, como John Van Seters, da Universidade da Carolina do Norte, no entanto, rejeitam pura e simplesmente a carta como tendo qualquer tipo de ligação com a tradição de Elias.[17] Michael Wilcock, no entanto, do Trinity College, de Bristol, argumentou que a carta de Elias estaria se referindo a uma situação muito peculiar ao reino do norte e que estaria ocorrendo no reino do sul, e que, por este motivo, seria autêntica.[18]

O fim cristão de Elias no Livro de Malaquias

"Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e temível dia do Senhor, e ele converterá o coração dos pais para os filhos, e o coração dos filhos para os pais, de sorte que não ferirei mais de interdito a terra."

— Malaquias, 4:5–6

Enquanto a menção final de Elias na Bíblia hebraica ocorre no Livro de Crônicas, a inversão na ordem dos livros feita na Bíblia cristã, visando colocar o Livro de Malaquias, que profetiza a vinda de um Messias, imediatamente antes dos Evangelhos cristãos, significa que a aparição final de Elias no "Antigo Testamento" ocorre justamente no Livro de Malaquias, onde se pode ler: "Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e temível dia do Senhor." Este dia é descrito como uma fornalha, no qual "...nada ficará: nem raiz, nem ramos" (4:1). No judaísmo, tradicionalmente, isto é interpretado como indicando que o retorno de Elias antecederá a chegada do Messias, enquanto no cristianismo a tradição dita que o ministério de João Batista teria cumprido essa profecia. Além disso, estes versos são vistos como a representação de que Elias teria um papel no fim dos tempos, imediatamente após a segunda vinda de Jesus.

Análise textual

De acordo com pelo menos um estudioso recente,[19] as histórias de Elias teriam sido adicionados à História Deuteronomística em quatro etapas. A primeira data da edição final da História, por volta de 560 a.C., quando as três histórias (a vinha de Nabot, a morte de Ocozias e a história do golpe de Jeú) foram incluídas no texto para representar os temas da confiabilidade da palavra de Deus, o ciclo do culto de Baal e a reforma religiosa ocorrida na história do reino setentrional. As narrativas a respeito das guerras que envolveram o rei Omri teriam sido acrescentadas pouco tempo depois, para ilustrar um tema recém-introduzido, o de que a atitude do rei com relação às palavras dos profetas determinaria o destino de Israel. Os capítulos 17 e 18 do Primeiro Livro dos Reis teriam sido adicionados no período pós-exílico (após 538 a.C.) para demonstrar a possibilidade de uma vida nova, em comunhão com Deus, após o dia do julgamento. No século V a.C., os versículos de 1 a 18 do capítulo 19 do Primeiro Livro dos Reis, bem como o restante das histórias que envolvem Eliseu, teriam sido inseridas para dar à profecia um alicerce legítimo na história de Israel.[19]

Referências

  1.  New Bible Dictionary. 1982 (2ª edição). Tyndale Press, Wheaton, IL, USA. ISBN 0-8423-4667-8, p. 319
  2.  Wells, John C. (1990). Longman pronunciation dictionary. [S.l.]: Longman|local Harlow, Inglaterra. p. 239. ISBN 0-582-05383-8, verbete "Elijah"
  3.  «Kingdom of Samaria». Christianbookshelf.org. Consultado em 5 de março de 2014
  4.  Livro dos 2Reis, 2:11
  5.  Livro de Malaquias, 3:23
  6.  Holman Bible Editorial Staff, Holman Concise Bible Dictionary, B&H Publishing Group, USA, 2011, p. 193
  7.  Kaufman, Yehezkel. "The Biblical Age." In Schwarz, Leo W. (ed.) Great Ages and Ideas of the Jewish People. Modern Library: Nova York. 1956. p. 53–56.
  8.  Raven, John H. The History of the Religion of Israel. Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1979. p. 281–281.
  9.  Salmo 45, por vezes visto como uma canção matrimonial para Acab e Jezabel, e que pode aludir a esta união e seus problemas: "Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de teu pai. De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens. Habitantes de Tiro virão com seus presentes, próceres do povo implorarão teu favor." (Salmo 45:10-12). Ver: Smith, Norman H. "I Kings." in Buttrick, George A., et al. (eds.) The Interpreter's Bible: Volume 3. Nashville: Abingdon Press, 1982. p 144.
  10.  Miller, J. M. e J. H. Hayes. A History of Ancient Israel and Judah. Louisville, KY: Westminster John Knox Press, 2006.
  11.  New Bible Dictionary. 1982 (2ª edição). Tyndale Press, Wheaton, IL, USA. ISBN 0-8423-4667-8, p.323
  12.  G. Hirsch, Emil, Eduard König, Solomon Schechter, Louis Ginzberg, M. Seligsohn, Kaufmann Kohler (2002). ElijahJewish Encyclopedia. [S.l.]: The Kopelman Foundation. Consultado em 8 de abril de 2007
  13.  "Elijah." Encyclopedia Judaica. Jerusalém: Keter Publishing House, 1971. p 633.
  14.  Cogan, Mordechai. The Anchor Bible: I Kings. Nova York: Doubleday, 2001. p 425.
  15.  In Werblowsky, R.J.Z. e Geoffrey Wigoder (eds.) Oxford Dictionary of the Jewish Religion. Oxford: Oxford University Press, 1997. ISBN 0-19-508605-8
  16.  Myers, J. M. The Anchor Bible: II Chronicles. Garden City, NY: Doubleday and Company, 1965. pp.121–123.
  17.  Van Seters, John. "Elijah." In Jones, Lindsay (ed.) Encyclopedia of Religion. Farmington Hills, MI: Thomson Gale, 2005. p. 2764.
  18.  IVP New Bible Commentary, 21st Century Edition, p. 410.
  19. ↑ Ir para:a b Otto, Susanne (1 de junho de 2003). «Susanne Otto, "The Composition of the Elijah-Elisha Stories and the Deuteronomistic History", Journal for the Study of the Old Testament, Vol. 27, No. 4, 487–508 (2003), abstract». Jot.sagepub.com. Consultado em 5 de março de 2014

Ligações externas




MARGARIDA (Marinha) de Antioquia, Santa


Margarida de Antioquia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outras santas de mesmo nome, veja Santa Margarida.
Santa Margarida (Marina)
Santa Margarida, por Francisco de Zurbarán (ca. 1631).
Grande MártirVirgem
NascimentoAntioquia (na Pisídia). 
desconhecida
Morte 
304
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Ortodoxa.
Festa litúrgica20 de Julho17 de Julho nas Igrejas orientais
AtribuiçõesJovem saindo de um dragão com um crucifixo ou Bíblia na mão
PadroeiraMulheres grávidas, nefrologia e problemas renais
Gloriole.svg Portal dos Santos

Margarida de Antioquia (Antioquia da Pisídia,? – ?, 304 d.C.), também conhecida como Santa Margarida, é uma santa cristãvirgem e mártir, inscrita no grupo dos Catorze santos auxiliares, cuja celebração litúrgica se situa, tal como na Igreja Anglicana, a 20 de julho. Na Igreja Ortodoxa é venerada como Marina de Antioquia, três dias antes, a 17 de julho. A sua veracidade histórica não está comprovada. De facto, o papa Gelásio I declarou-a como apócrifa em 494, mas a devoção Ocidental a esta personagem foi reavivada com as Cruzadas. A sua reputação incluía indulgências muito poderosas para todos quanto escrevessem ou lessem a sua vida, ou invocassem a sua intercessão. Não há dúvidas que isto contribuiu decisivamente para o alastramento do seu culto.[1]

Biografia

Segundo a Legenda Áurea, Margarida (ou Marina) nasceu em Antioquia da Pisídia e era filha de um sacerdote pagão chamado Aedesius. Renegada pelo pai por causa da sua fé, foi viver com uma mãe adoptiva na Ásia Menor, actual Turquia, acabando a guardar ovelhas. Olybrus, o governador, fascinado com a beleza da jovem, propôs-lhe casamento, em troca da sua renúncia ao cristianismo. Não ocultando que era cristã, o governador decidiu então entregá-la aos cuidados de uma mulher nobre. Detinha a esperança que esta a convenceria a renegar Cristo. Mas Margarida manteve-se firme e negou-se a oferecer um sacrifício aos ídolos. Encarcerada por não aceder aos pedidos do prefeito, submeteram-na então às mais terríveis torturas, entre as quais se contam o açoitamento com varas, o cortar do seu corpo com tridentes, o cravar de cravos e a sua laceração por meio de um gancho. Contam-se então alguns episódios; Um relata que, sobrevivendo milagrosamente, conseguiu, mediante o sinal da cruz, expulsar de si mesma um demónio da sua garganta. Noutro momento, diz-se que, engolida por Satanás (que assumira a forma de um dragão), ela rasgou a pele do mesmo com um crucifixo que possuía, saindo então, de dentro do animal. Ora, curiosamente, num momento atípico de cepticismo, a própria Legenda Aurea descreve este último incidente como "apócrifo e que não deve ser levado a sério." (trans. Ryan, 1.369) Seja isto verdade ou não, Margarida é então condenada à morte no ano de 304.

A sua lenda, descrita pelos cruzados diz que morreu decapitada, sem precisar se teria perdido a sua virgindade, mas permaneceu no imaginário popular como modelo de virgem consagrada.

As suas relíquias encontravam-se em Constantinopla até à tomada da cidade pelos cruzados no ano de 1204. O braço de Santa Margarida encontra-se no monte Atos no Mosteiro de Vatopedi. A Igreja Ortodoxa conhece Margarida como Santa Marina, e celebra-a no dia 17 de julho. Não confundir com Marina de Bitínia, também venerada como Santa Marina, por outras igrejas.

Tem sido, de igual modo, identificada com Santa Pelagia — sendo "Marina" o equivalente latino ao nome grego "Pelagia" — a qual, segundo a lenda, também se chamava Margarida. Não possuímos documentos históricos que distingam uma da outra. A "Marina" grega é natural de Antioquia, na Síria (em oposição a Antioquia da Pisídia). Todavia, no mundo ocidental perdeu-se a distinção entre os dois locais homónimos.

Sendo reconhecida como santa pela Igreja Católica, a sua festa litúrgica foi colocada no Martirológio Romano a 20 de julho.[2] Do século XII ao século XX, ela fora incluída entre os santos celebrados onde quer que se celebrasse o rito romano.[3] Porém, dado o carácter completamente fictício (juntamente com a falta de comprovação e veracidade) das suas histórias, a sua entrada foi removida do supracitado calendário. [4] Margarida é ainda uma dos catorze santos auxiliares, e é um dos santos que teria falado com Joana d'Arc.

Margarida teria aparecido para Joana d'Arc, junto com Santa Catarina de Alexandria e São Miguel, para ajudarem Joana a salvar a França dos ingleses. Santa Barbara e Santa Catarina foram uma das 14 santos auxiliares, com a adição de Santa Doroteia elas formam o grupo das Virgens capitais, as importantes virgens.

Representações e atributos

É tida como padroeira da gravidez. O seu principal atributo é o dragão que leva preso ou que jaz a seus pés; por vezes é representada guardando o seu rebanho ou sustém uma cruz entre as mãos e um rosário de pérolas.

Ver também

Referências

  1.  "Margaret of Antioch" The Oxford Dictionary of Saints. David Hugh Farmer. Oxford University Press 2003. Oxford Reference Online. Oxford University Press. Accessed 16 June 2007
  2.  Martyrologium Romanum (Libreria Editrice Vaticana, 2001 ISBN 88-209-7210-7)
  3.  vd. Calendário Geral Romano de 1954
  4.  Calendarium Romanum (Libreria Editrice Vaticana, 1969), p. 130

Bibliografia

  • Acta Sanctorum, July, v. 24—45
  • Bibliotheca hagiographica. La/ma (Brussels, 1899), n. 5303—53r3
  • Frances Arnold-Forster, Studies in Church Dedications (London, 1899), i. 131—133 and iii. 19.
  • Brugada, Martirià (2008). Santa Margarita. [S.l.]: Barcelona: Editorial Centro de Pastoral Litúrgica

Ligações externas

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ÁUREA de Córdova, Santa


AURÉLIO de Cartago, Santo


VILGEFORTE (Liberata ou Comba), Santa

Vilgeforte

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Santa Vilgeforte
Liberata
Santa Vilgeforte retratada num quadro de 1678, no Museu Municipal de Schwäbisch Gmünd, na Alemanha.
Nascimento 
c. 119
Morte 
c. 139
Veneração porIgreja Católica
Principal temploCatedral de Siguença[1]
Festa litúrgica20 de julho
AtribuiçõesBarbacrucifixoviolinista e um sapato de ouro caído
Suprimido do catolicismo1969 por papa Paulo VI que tornou opcional o culto à santa, no santoral da Igreja Católica.[2]
Gloriole.svg Portal dos Santos

Vilgeforte,[3] também conhecida como Santa Liberata[1] (c. 119 — c. 139), é uma santa lendária de tradição católica, cuja lenda data do século XIV.[4] Retratada como uma mulher barbada, algumas referências indicam que o seu nome provém do alto-alemão antigo heilige Vartez (santa face),[5] uma tradução do italiano Volto Santo, e outras referências indicam que teria se originado do latim virgo fortis (virgem forte).[6]

Na Inglaterra, é conhecida como Uncumber (não oprimida), em holandês como Ontkommer (libertada), e em alemão como Kümmernis (aflita ou ansiosa). Na Itália e Galiza é conhecida por Liberata, em Espanha por Librada (libertada), e na França por Débarras (libertada). Na cidade espanhola de Siguença, é por vezes confundida com a Santa Liberata, uma das irmãs de Santa Marinha de Águas Santas, cuja festa litúrgica também é celebrada a 20 de julho.[7] É considerada a padroeira das mulheres malcasadas.

História

Peça-de-altar alemã de 1513, na Igreja de Santo Egídio em Erlangen, na Alemanha.

Os historiadores de arte defendem que o culto teria se originado dos retratos de Cristo crucificado, que foram pintados no estilo oriental e, especialmente a Santa Face de Luca (em italianoVolto Santo di Lucca), uma figura de Cristo crucificado esculpida em madeira no século XI (que foi substituída por uma cópia do século XIII) com o rosto barbado, vestindo uma túnica comprida semelhante a um vestuário feminino, ao invés da tradicional tanga. Na Idade Média era comum representar Cristo na cruz com uma túnica comprida e uma coroa real, mas a partir dos séculos XI e XII, essa prática deixou de ser utilizada.[nota 1]

Tal teoria deve-se ao facto de que quando a composição foi adotada e levada em pequenas cópias ao norte dos Alpes pelos peregrinos e comerciantes cento e cinquenta anos depois, essa imagem desconhecida teria levado os habitantes da Europa Setentrional a criar uma narrativa para explicar o ícone andrógino.[10] Algumas imagens antigas de Cristo crucificado foram reprojetadas para criar Vilgeforte, e as novas imagens destinavam-se a representar claramente a santa criada, com trajes femininos e seios. Alguns investigadores argumentam que algumas imagens de Cristo na cruz já incluíam alusões deliberadas numa figura andrógina por razões teológicas.[11]

Veneração

Santa Vilgeforte no Museu Diocesano de Graz, na Áustria.

A popularidade do culto no período final da Idade Média foi associada à Devotio Moderna e às tendências relacionadas com a devoção medieval, onde a meditação intensa e a identificação com os sofrimentos de Cristo foram encorajadas por escritores como Tomás de Kempis, o autor da obra A Imitação de Cristo, que foi publicada no século XV.[12]

De acordo com a narrativa da lenda, que por vezes se passa no antigo território romano da Lusitânia, parte do qual corresponde parcialmente a Portugal, uma infanta chamada Vilgeforte foi oferecida em casamento por seu pai, um rei pagão. Para impedir o casamento indesejável, ela pronunciou um voto de virgindade e rezou para que se tornasse fisicamente repugnante. Em resposta às suas orações, ela acordou com barba, que fez com que o seu noivado fosse terminado. O pai de Vilgeforte ficou furioso com essa decisão e mandou crucificá-la.[13]

A lenda de Santa Vilgeforte ficou conhecida na Europa Setentrional até o final do período gótico, onde há uma escultura de Vilgeforte com barba segurando uma cruz, que foi construída na Capela de Henrique VII da Abadia de Westminster.[14] Ela também é retratada num tríptico pintado por Hans Memling.[15] A lenda foi desacreditada no final do século XVI (após ter sido popular nos séculos XV e XVI), tendo desaparecido da arte erudita. No entanto, a lenda permaneceu popular no século XX, especialmente na Baviera e Áustria,[16] e também no norte da França e Bélgica. Na Igreja de Santo Estêvão em Beauvais, datada do século XII, há uma estátua de Vilgeforte crucificada que foi esculpida em madeira no século XVI. Vilgeforte é retratada com barba, vestindo uma túnica azul comprida. Ela é venerada na Argentina e no Panamá com o nome de Santa Librada.[17]

Vilgeforte é frequentemente mostrada com um pequeno violinista a seus pés e com um sapato caído. Esta retratação deriva de uma lenda, também associada à Santa Face de Luca, de um sapato de ouro ou prata que a estátua calçava, que caiu espontaneamente nos pés de um peregrino pobre. Na versão de Vilgeforte, o pobre devoto torna-se um violinista, possivelmente no século XIII.[18]

Ver também

Notas e referências

Notas

  1.  A Santa Face é por vezes descrita como um exemplo típico dos crucifixos do período bizantino.[8] Mas nenhuma figura grande fazia parte da arte bizantina, embora existam várias figuras preservadas na Alemanha. Qualquer influência bizantina é considerada muito remota, pois a face e o cabelo são típicos dos crucifixos alemães, e muitos manuscritos otonianos mostram túnicas nas crucificações. Os exemplos bizantinos são extraídos dos ícones, iluminações ou escavações de relevos pequenos.[9]

Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Wilgefortis», especificamente desta versão.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Leão 1610, p. 74
  2.  López, Luis Barrera (24 de março de 2016). «Reviven reliquias de Santa Librada»El Mañana (em espanhol)
  3.  Mattoso, José«Santos portugueses de origem desconhecida» (PDF). Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de LisboaUniversidade Nova de Lisboa. Consultado em 22 de julho de 2017
  4.  Friesen 2001, p. 15
  5.  Hayes 2016, p. 153
  6.  Ott, Michael (1913). «Wilgefortis»Enciclopédia Católica (em inglês). Nova Iorque: Robert Appleton Company
  7.  Friesen 2001, p. 47–8
  8.  Jordan & Shinners 2003, p. 300-302
  9.  Schiller & Seligman 1972, p. 327–37, 379–394 e 455–75
  10.  Hall 1983, p. 172
  11.  Friesen 2001, p. 27-29
  12.  Friesen 2001, p. 21-32
  13.  Anunciação, Paulo (15 de fevereiro de 1999). «Uma santa barbuda e portuguesa»Público
  14.  «Saint Wilgefortis» (em inglês). Instituto Courtauld. Consultado em 22 de julho de 2017
  15.  «Triptych of Adriaan Reins (closed)» (em inglês). Web Gallery of Art. Consultado em 22 de julho de 2017
  16.  Friesen 2001, p. 81-82
  17.  Althaus-Reid 2000, p. 83-87
  18.  Friesen 2001, p. capítulo 3

Bibliografia

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APOLINÁRIO de Ravena, Santo


JOSÉ BARSABÁS, Santo

José Barsabás

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

José Justo, dito Barsabás, aparece brevemente no sorteio realizado entre os quase 120 discípulos reunidos após a ascensão de Jesus para substituir Judas Iscariotes, perfazendo os doze apóstolos novamente. Neste sorteio, Matias foi o escolhido.

História

Segundo os Atos dos Apóstolos:

Apresentaram dois - José, também chamado Barsabás, que tinha por sobrenome Justo, e Matias. E orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces os corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para tomar o lugar deste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou para ir ao seu próprio lugar. A respeito deles deitaram sortes; caiu a sorte sobre Matias, e foi ele contado com os onze apóstolos.
 

Uma vez que a passagem identifica os candidatos como sendo dentre «dos homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, começando desde o batismo de João até o dia em que dentre nós foi recebido acima, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição» (Atos 1:21-22), pode-se concluir que José era um membro de um grupo maior de discípulos mais próximos de Jesus.

Uma identificação mais profunda desta obscura figura é incerta, embora, na tradição cristã, ele seja listado entre os Setenta Discípulos mencionados em Lucas 10:24, mesmo que nenhum nome apareça diretamente ali. Também não há nenhum "José Justo" nas listas de discípulos que aparecem nos evangelhos sinóticos, a não ser que ele tenha ali sido listado sob um apelido.

Porém, há tanto um José e um Tiago, o Justo, entre os adelphoi de Jesus. José é mencionado Marcos 6:3 e, numa passagem quase idêntica, em Mateus 13:54. Robert Eisenman entende que este "José Justo" é uma consolidação que representaria, numa única figura, todos os Desposyni - rejeitados, de acordo com o autor dos Atos, em favor do até então desconhecido Matias [1].

Justo de Eleuterópolis

Ainda de acordo com a tradição, este Justo acabou se tornando bispo de Eleuterópolis, onde ele teria morrido como um mártir, sendo hoje venerado como "São Justo de Eleuterópolis". A localização nos dá uma pista da idade desta lenda, pois o local onde a cidade de Eleuterópolis estava era apenas uma vila no século I d.C. cujos habitantes foram assassinados ou escravizados por Vespasiano em 68 d.C.[2]. O local foi re-fundado, como Eleuterópolis, em 200 d.C. por Sétimo Severo.

Referências

  1.  Eisenman, Robert (1997). «xxxvi». James the Brother of Jesus: The Key to Unlocking the Secrets of Early Christianity and the Dead Sea Scrolls (em inglês). [S.l.]: Viking Penguin. 1074 páginas. ISBN 0-670-86932-5. Consultado em 16 de maio de 2011
  2.  Flávio JosefoGuerra dos Judeus

FRUMÊNCIO da Etiópia,Santo



VULMARO de Boulogne, Santo


PAULO de Córdova, Santo


BERNARDO de Hildshem, Beato


MADALENA YI YONG-HUI e companheiras TERESA YI MAC-IM, MARTA KIM SONG-IM, LUZIA KIM, ROSA KIM CHANG-GUM e MARIA WON KWI-IM e ainda JOÃO BAPTISTA YI KWANG-NYOL, Santos


JOSÉ MARIA DIAZ SANJURGO, Santo


LEÃO INÁCIO MANGIN, Santo
PAULO DENN, Santo
MARIA ZHOU WUZHI, Santo


PEDRO ZHOU RIVIN, Santo


MARIA FU GUILIN, Santa


MARIA ZHAO GUOZHI, Santa e filhas
ROSA ZHAO, Santa
MARIA ZHAO, Santa


XI GUIZI, Santo


RITA DOLORES DO CORAÇÃO DE JESUS (Rita Dolores Pujalte y Sanchez), Beata
FRANCISCA DO CORAÇÃO DE JESUS (Francisca Aldea y Araújo), Beata


ANTONIO FERNANDEZ CAMACHO, Beato


LUÍS FURONES FURONES 
(Abraão Furones Furones), Beato


LUCAS DE SÃO JOSÉ (José Tristañy Pujol), Beato
JOÃO JOSÉ DE JESUS CRUCIFICADO (João Páfila Montileó), Beato


JORGE DE SÃO JOSÉ 
(António Bosch Verdura), Beato






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